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IA é ferramenta importante na melhoria da qualidade do ensino

IA é ferramenta importante na melhoria da qualidade do ensino | Inovação Educacional | Scoop.it
É promissor programa paulista para correção de questões discursivas por meio de inteligência artificial
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Curadoria por Luciano Sathler. CLIQUE NOS TÍTULOS. Informação que abre caminhos para a inovação educacional.
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September 10, 2024 9:19 AM
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Igualdade Artificial, um risco para a educação. Por Luciano Sathler

Igualdade Artificial, um risco para a educação. Por Luciano Sathler | Inovação Educacional | Scoop.it

O que acontece quando a maioria faz uso de uma IA para realizar suas atividades laborais? E, no caso dos estudantes, quando os trabalhos passam a ser produzidos com o apoio de uma IA generativa?
Luciano Sathler
É PhD em administração pela USP e membro do Conselho Deliberativo do CNPq e do Conselho Estadual de Educação de Minas Gerais
As diferentes aplicações de Inteligência Artificial (IA) generativa são capazes de criar novos conteúdos em texto, imagens, áudios, vídeos e códigos para software. Por se tratar de um tipo de tecnologia de uso geral, a IA tende a ser utilizada para remodelar vários setores da economia, com impactos políticos e sociais, assim como aconteceu com a adoção da máquina a vapor, da eletricidade e da informática.
Pesquisas recentes demonstram que a IA generativa aumenta a qualidade e a eficiência da produção de atividades típicas dos trabalhadores de colarinho branco, aqueles que exercem funções administrativas e gerenciais nos escritórios. Também traz maior produtividade nas relações de suporte ao cliente, acelera tarefas de programação e aprimora mensagens de persuasão para o marketing.
O revólver patenteado pelo americano Samuel Colt, em 1835, ficou conhecido como o "grande equalizador". A facilidade do seu manuseio e a possibilidade de atirar várias vezes sem precisar recarregar a cada disparo foram inovações tecnológicas que ampliaram a possibilidade individual de ter um grande potencial destrutivo em mãos, mesmo para os que tinham menor força física e costumavam levar desvantagem nos conflitos anteriores. À época, ficou famosa a frase: Abraham Lincoln tornou todos os homens livres, mas Samuel Colt os tornou iguais.
Não fazemos aqui uma apologia às armas. A alegoria que usamos é apenas para ressaltar a necessidade de investir na formação de pessoas que sejam capazes de usar a IA generativa de forma crítica, criativa e que gerem resultados humanamente enriquecidos. Para não se tornarem vítimas das mudanças que sobrevirão no mundo do trabalho.
A IA generativa é um meio viável para equalizar talentos humanos, pois pessoas com menor repertório cultural, científico ou profissional serão capazes de apresentar resultados melhores se souberem fazer bom uso de uma biblioteca de prompts. Novidade e originalidade tornam-se fenômenos raros e mais bem remunerados.
A disseminação da IA generativa tende a diminuir a diversidade, reduz a heterogeneidade das respostas e, consequentemente, ameaça a criatividade. Maior padronização tem a ver com a automação do processo. Um resultado que seja interessante, engraçado ou que chama atenção pela qualidade acima da média vai passar a ser algo presente somente a partir daqueles que tiverem capacidade de ir além do que as máquinas são capazes de entregar.
No caso dos estudantes, a avaliação da aprendizagem precisa ser rápida e seriamente revista. A utilização da IA generativa extrapola os conceitos usualmente associados ao plágio, pois os produtos são inéditos – ainda que venham de uma bricolagem semântica gerada por algoritmos. Os relatos dos professores é que os resultados melhoram, mas não há convicção de que a aprendizagem realmente aconteceu, com uma tendência à uniformização do que é apresentado pelos discentes.
Toda Instituição Educacional terá as suas próprias IAs generativas. Assim como todos os professores e estudantes. Estarão disponíveis nos telefones celulares, computadores e até mesmo nos aparelhos de TV. É um novo conjunto de ferramentas de produtividade. Portanto, o desafio da diferenciação passa a ser ainda mais fundamental diante desse novo "grande equalizador".
Se há mantenedores ou investidores sonhando com a completa substituição dos professores por alguma IA já encontramos pesquisas que demonstram que o uso intensivo da Inteligência Artificial leva muitos estudantes a reduzirem suas interações sociais formais ao usar essas ferramentas. As evidências apontam que, embora os chatbots de IA projetados para fornecimento de informações possam estar associados ao desempenho do aluno, quando o suporte social, bem-estar psicológico, solidão e senso de pertencimento são considerados, isso tem um efeito negativo, com impactos piores no sucesso, bem-estar e retenção do estudante.
Para não cair na vala comum e correr o risco de ser ameaçado por quem faz uso intensivo da IA será necessário se diferenciar a partir das experiências dentro e fora da sala de aula – online ou presencial; humanizar as relações de ensino-aprendizagem; implementar metodologias que privilegiem o protagonismo dos estudantes e fortaleçam o papel do docente no processo; usar a microcertificação para registrar e ressaltar competências desenvolvidas de forma diferenciada, tanto nas hard quanto soft skills; e, principalmente, estabelecer um vínculo de confiança e suporte ao discente que o acompanhe pela vida afora – ninguém mais pode se dar ao luxo de ter ex-alunos.
Atenção: esse artigo foi exclusivamente escrito por um ser humano.
O editor, Michael França, pede para que cada participante do espaço "Políticas e Justiça" da Folha sugira uma música aos leitores. Nesse texto, a escolhida por Luciano Sathler foi "O Ateneu" de Milton Nascimento.

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Marisa Maiô: Magazine Luiza 'contrata' apresentadora em IA para fazer propaganda

Marisa Maiô: Magazine Luiza 'contrata' apresentadora em IA para fazer propaganda | Inovação Educacional | Scoop.it
A Magazine Luiza lançou uma campanha com Marisa Maiô, apresentadora criada por IA de Raony Phillips, como parte de sua estratégia inovadora para o Dia dos Namorados, destacando integração de tecnologia e marketing.
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Menos de 2% das crianças pobres no Brasil atingem a renda dos mais ricos

Menos de 2% das crianças pobres no Brasil atingem a renda dos mais ricos | Inovação Educacional | Scoop.it

A probabilidade de uma criança brasileira que faz parte da metade mais pobre ter ascensão social capaz de colocá-la entre os 10% mais ricos quando adulta é menor do que 2%. Dois terços delas muito provavelmente permanecerão entre os 50% mais pobres na vida adulta, e apenas 10,8% subirão ao patamar dos 25% mais ricos.
Menos de 2% também conseguirão terminar uma faculdade, e o mais provável é que a metade chegue ao fim do ensino médio, segundo o novo Atlas da Mobilidade Social, do IMDS (Instituto Mobilidade e Desenvolvimento Social), plataforma de acompanhamento de políticas públicas com foco na ascensão social.
Os resultados mostram a baixíssima mobilidade social no Brasil, fato que leva o país a manter altas taxas de pobreza e uma profusão bilionária de programas sociais (como o Bolsa Família, com R$ 158 bilhões em 2025) para mitigar os efeitos da falta de renda e oportunidades entre os mais pobres.
O Atlas reúne dados de IBGE, Receita Federal e CadÚnico, entre outros, de 1983 a 2019 para calcular a evolução. Nas regiões Norte e Nordeste, é muito maior a chance de crianças na metade mais pobre permanecerem no mesmo patamar na vida adulta (78,3% e 76,4%, respectivamente). No Sul, ela é menor: 41,4%. Estados agrícolas também aparecem como tendo maior possibilidade de ascensão social.
"Isso mostra como políticas de desenvolvimento regional [como Sudene, Sudam e Zona Franca de Manaus] tiveram pouco efeito ao longo do tempo", diz Paulo Tafner, diretor-presidente do IMDS. "De um modo geral, o que acontecia até os anos 1980, em que os filhos tinham maior renda e escolaridade que os país, ficou cada vez mais difícil a partir dos anos 1990."
Para Naercio Menezes, professor da Cátedra Ruth Cardoso no Insper e da FEA-USP, a educação desempenha papel fundamental na melhora da renda futura. Mas a precariedade do ensino no Brasil reduz a possibilidade de ascensão social.
Menezes cita pesquisa recente do economista Eric Hanushek e outros ("Global universal basic skills: Current deficits and implications for world development"), em que foram calculadas as parcelas de jovens que não têm as habilidades básicas para o trabalho em 159 países.
"No Brasil, 66% dos jovens não atingem o básico para o mundo do trabalho. Isto significa que 2/3 não têm o mínimo para obterem chance de sucesso na vida, especialmente em um mundo em que tecnologias de informação e inteligência artificial irão substituir os humanos em várias tarefas", afirma.
A situação brasileira é similar à da América Latina, com exceção do Chile (44%). Nos países europeus, no entanto, apenas 20% dos jovens não atingem as habilidades básicas para o mercado de trabalho.
"É por isso que a maioria dos jovens brasileiros acaba trabalhando em ocupações que não exigem essas habilidades, como entrega de comida por aplicativo, ou são 'nem-nem' [não trabalham ou estudam] ou estão envolvidos com o crime."
Menezes afirma que uma série de fatores contribui para a má qualidade do ensino, mas destaca os problemas na formação básica dos professores, que acabam progredindo nas carreiras sem cursos de gestão; e o fato de as 5.570 prefeituras do país poderem fazer o que bem entender na educação básica dos alunos até a quinta série.
"Muitos prefeitos acabam alterando boas políticas só para se diferenciar de seus antecessores", diz.
Outro ponto destacado por pesquisadores é a instabilidade macroeconômica. Ela causa períodos de altos e baixos, fazendo com que os mais pobres muitas vezes sofram com a descontinuidade de oportunidades de trabalho ou tenham que deixar a escola para conseguir alguma renda.
Entre 2012 e 2021, por exemplo, apesar de um expressivo aumento de 27% nos anos de estudo (de 6,4 para 8,1) da população na metade mais pobre, a renda do trabalho dessa parcela despencou 26,2%, segundo a FGV Social.
No período, a crise econômica gestada no segundo governo de Dilma Rousseff (PT) derrubou o PIB em mais de 7% no biênio 2015-2016 —aumentando o desemprego e a pobreza.

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Censo 2022: católicos seguem em queda; evangélicos e sem religião crescem no país | Agência de Notícias

Censo 2022: católicos seguem em queda; evangélicos e sem religião crescem no país | Agência de Notícias | Inovação Educacional | Scoop.it
De 2010 a 2022, de acordo com os dados do Censo Demográfico, houve redução do percentual de católicos apostólicos romanos (56,7%) e aumento de evangélicos (26,9%) e sem religião (9,3%). Em 2010, os católicos eram 65,1% da população de 10 anos ou mais, os evangélicos, 21,6%, enquanto os sem religião correspondiam a 7,9% dos declarantes.
Entre os católicos, a diminuição foi de 8,4 pontos percentuais (p.p.) frente a 2010. Já a proporção de evangélicos e sem religião no país cresceu, respectivamente, 5,2 p.p. e 1,4 p.p.
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Inteligência artificial da UNB encontra potencial de economia de R$ 3 milhões anuais em 20 universidades

Inteligência artificial da UNB encontra potencial de economia de R$ 3 milhões anuais em 20 universidades | Inovação Educacional | Scoop.it
Programa analisa faturas de energia e sugere contratos mais vantajosos aos gestores
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IA é ferramenta importante na melhoria da qualidade do ensino

IA é ferramenta importante na melhoria da qualidade do ensino | Inovação Educacional | Scoop.it
É promissor programa paulista para correção de questões discursivas por meio de inteligência artificial
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June 3, 9:05 PM
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Inteligência artificial no dia a dia: Como os modelos de IA estão mudando seu celular e computador?

Inteligência artificial no dia a dia: Como os modelos de IA estão mudando seu celular e computador? | Inovação Educacional | Scoop.it
Modelos mais avançados de IA agora funcionam localmente em smartphones e PCs, melhorando desempenho, segurança e privacidade
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June 3, 9:04 PM
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Agentes de IA em operação já são mais de 60 milhões, mas isso não significa que você perderá emprego

Agentes de IA em operação já são mais de 60 milhões, mas isso não significa que você perderá emprego | Inovação Educacional | Scoop.it
Profissionais com habilidades em Crew AI e conhecimento em AI Agents estão se destacando, e dominar essa tecnologia pode ser o ‘pulo do gato’ na hora da contratação
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June 3, 9:03 PM
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IA muda a cara da web — nem o Google escapa das transformações impulsionadas pela Geração Z

IA muda a cara da web — nem o Google escapa das transformações impulsionadas pela Geração Z | Inovação Educacional | Scoop.it
Pesquisador destaca, no Summit Tecnologia e Inovação, as transformações provocadas pelo uso da inteligência artificial e como até o principal buscador do mundo tem enfrentado dificuldades
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June 3, 9:01 PM
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Terapia de choque: por que você precisa de um método extremo para sair do celular

Terapia de choque: por que você precisa de um método extremo para sair do celular | Inovação Educacional | Scoop.it

Todos nós sabemos: é quase impossível ficar sem redes sociais, mensageiros ou apps financeiros no celular - afinal, é como o mundo funciona nos dias de hoje. Mas algumas vezes, o uso excessivo de plataformas no smartphone ultrapassa o limite saudável. Assim, para se livrar do vício, muitas pessoas estão adotando medidas drásticas, em uma espécie de terapia de choque, que vai desde adoção de celulares “burros” até utilização de limitadores severos a aplicativos.
Gabriel Camargo Caldini, 26, é uma das pessoas que precisou de uma mudança radical para sair do celular. O estudante chegava a passar de 10 horas no aparelho por dia, entre vídeos no YouTube, Instagram e outros aplicativos. No caso dele, a solução foi trocar um iPhone 15 por um celular sem acesso a aplicativos, um modelo Positivo P28, que custa R$ 170.
“Percebi que precisava fazer uma mudança radical quando certas atividades que sempre me proporcionaram lazer já não capturavam a minha atenção tanto quanto um vídeo no YouTube ou um reel do Instagram. Quando eu percebi que uma manhã de leitura ou uma tarde no parque viraram um dia inteiro no celular, soube que algo precisava mudar”, afirma Caldini.
Amanda Pavilião Paulilo, 23, também enfrentava problemas com o tempo que passava na internet do celular e adotou um comportamento considerado incomum para seus amigos. Para ela, a escolha foi ficar um ano e meio sem qualquer rede social para cortar o hábito.
“Tive uma mudança drástica. Em 2020, eu cortei todas as minhas redes sociais, apaguei todas as contas: Twitter, Tumblr, Pinterest. O único app que eu tinha nessa época era o WhatsApp, porque os meus pais falaram: ‘pelo amor de Deus, eu preciso ter contato com você’”, afirmou Amanda.
Esses métodos podem parecer mais extremos do que simplesmente policiar o tempo gasto nas redes sociais ou mesmo se obrigar a fazer outras atividades que não exijam o telefone, mas, de acordo com especialistas, têm sido cada vez mais comuns - e necessários - para quem identifica um problema em relação ao tempo de tela.
“Todos nós atualmente somos meio abusadores de internet. Todo mundo passa muito tempo rolando pela tela, vendo mensagem. E quando todo mundo tá assim, nesse lugar do exagero, você perde contraste. Você está muito mais disfuncional para perceber. Então o supranormal, o patológico, ele fica mais longe e mais extremo”, explica o professor Aderbal de Castro Vieira Júnior, da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp).
O aplicativo Touch Grass é um resultado da necessidade mais radical de acabar com o vício em redes sociais. Ele funciona como um app comum de bloqueio, mas o método para desbloquear uma plataforma é um tanto diferente. Para usar o app é preciso que o usuário tire uma foto tocando um pedaço de grama. Pode ser de um jardim, um parque ou qualquer canteiro que tenha um “matinho”, mas o importante é sair de casa e ter contato com a natureza.
E não adianta tentar burlar: o app usa uma inteligência artificial (IA) para identificar o que é grama e o que o usuário pode tentar usar como substituto. Um vaso de planta, por exemplo, não é suficiente para desbloquear as redes sociais. O app foi inspirado na experiência de seu próprio criador, que percebeu que estratégias tradicionais já não funcionavam mais.
“Criei o aplicativo para mim - eu estava tão cansado de me levantar e meu reflexo ser pegar meu telefone e passar algumas horas navegando antes de começar meu dia”, afirma Rhys Kentish, fundador da Touch Grass, ao Estadão. “Eu o criei para me forçar a sair de casa”. A sacada é boa, afinal: qual é a chance de alguém ter grama dentro de casa?
O Touch Grass só libera o uso do aplicativo quando o usuário demonstra que está do lado de fora de casa, tocando grama Foto: Bruna Arimathea/Estadão
Disponível apenas para iPhone, o app acumula resenhas de usuários satisfeitos com a proposta e cerca de 75 mil downloads na App Store.
Outros apps têm restrições mais simples, como o Opal e o OneSec. Eles permitem que o usuário estabeleça um tempo limite para o uso da rede social por dia. Depois disso, eles bloqueiam o serviço. Até é possível aguardar um tempo e cumprir algumas tarefas para ganhar mais minutos de uso, mas os apps relembram, a cada vez que você tenta entrar em alguma plataforma, quantas tentativas foram feitas e exibe mensagens motivacionais para te fazer desistir de “furar” o bloqueio.
Métodos mais lúdicos também podem ter efeito para ajudar na hora de superar a necessidade do celular. Alguns aplicativos usam o mesmo mecanismo que é o responsável pela quantidade de horas que facilmente perdemos nas redes sociais: o da recompensa. É a engrenagem que libera hormônios do prazer quando vemos algo que gostamos, como a dopamina.
O app Forest, por exemplo, faz com que o usuário estimule essa satisfação cultivando uma árvore a cada minuto que passa sem usar o celular. Quanto mais tempo fora dos aplicativos, mais a árvore cresce. Para Rodrigo Machado, psiquiatra do Programa de Transtornos do Impulso do IPq - Instituto de Psiquiatria do HC, esse método é interessante para quem precisa de um estímulo a mais para se motivar a ficar sem o aparelho.
“Ele brinca com os mesmos mecanismos de reforço de gratificação para o cérebro, que é saber que eu estou cumprindo um objetivo, superando uma barreira, porque a minha arvorezinha está crescendo. Então é mesmo estímulo que aplicativos como o Instagram, por exemplo, trazem, só que para usar menos (as plataformas)”, afirmou.
A tradutora Maria das Graças de Quadros, 30, usa o recurso há alguns anos e considera que foi um aliado para ganhar mais tempo na “vida real”. A ideia começou quando ela precisava de mais concentração para estudar, mas foi adotada de vez depois que Maria percebeu os benefícios de passar menos tempo na tela.
“É como se eu desligasse o celular. Na tela bloqueada você vê quanto tempo falta para terminar seu timer. Eu acho legal porque muitas vezes eu pegaria o celular para perder tempo e não pra fazer algo de fato que eu precise”, explicou Maria.
Todas essas técnicas podem funcionar como um tempo de reflexão entre a ansiedade de usar um aplicativo e seguir um plano de detox digital. Isso porque o tempo entre abrir o aplicativo, fazer alguma atividade que permita ganhar minutos de uso e o acesso à plataforma, o usuário consegue refletir se aquele movimento é realmente necessário.
A média de idade das pessoas que buscam ajuda para sair do celular - em geral, adolescentes e jovens adultos - não é uma coincidência. Um estudo do Pew Research Center destacou que 48% dos jovens americanos entre 13 e 17 anos acreditam que as redes sociais prejudicam a saúde mental. Entre os participantes, 44% já admitiram tentar alguma técnica para diminuir o tempo gasto no celular.
A busca por aproveitar melhor o dia fora dos celulares virou até trend no TikTok - por mais irônico que pareça. A hashtag #screentime (tempo de tela, em inglês) já tem quase 112 mil publicações e reúne relatos de pessoas que cortaram aplicativos e dicas de como passar menos tempo no celular e o que fazer para substituir o hábito de rolar o feed. Para Amanda, essa é uma tendência que ela identifica ser da geração Z.
“Eu acho que é algo muito da minha geração também, a gente tentar ser radical. Ou é tudo ou é nada. Ou você fica muito tempo no celular ou exclui de vez. Ou dorme muito ou acorda às seis da manhã. É sempre muito”, aponta a estudante.
Para os especialistas, o importante é descobrir um método que possa motivar e ser efetivo para diminuir o tempo de tela assim que o problema for identificado. A terapia de choque pode não ser o melhor método para todos mas, em última instância, é um exercício que pode valer a pena - e ser necessário para recuperar horas valiosas do dia.
“Acho que, no momento, são necessários métodos mais inovadores de bloqueio de aplicativos. Eu já havia tentado o tempo de tela e os outros grandes players no cenário de bloqueio de aplicativos, mas nada funcionou. Então, criei minha própria solução”, afirma Kentish, do Touch Grass.
Caldini concorda com o criador do Touch Grass. “Depois de alguns excessos que quase comprometeram partes importantes da minha vida, caí na real que precisava de algo radical, um tratamento de choque para mudar a minha relação com a tecnologia e retomar certa autonomia que havia perdido”.

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A pornografia gerada por IA vai desestabilizar o setor de conteúdo adulto e levantar novas questões

A pornografia gerada por IA vai desestabilizar o setor de conteúdo adulto e levantar novas questões | Inovação Educacional | Scoop.it
Produção em massa de pornografia com IA tem implicações éticas e sociais significativas
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June 3, 8:54 PM
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‘Antes de contratar alguém, quero saber se a IA faz o trabalho’, diz CEO da Shopify

‘Antes de contratar alguém, quero saber se a IA faz o trabalho’, diz CEO da Shopify | Inovação Educacional | Scoop.it
Shopify, empresa de softwares de compra, impôs aos funcionários o uso de ferramentas de IA em quase todos os setores de trabalho
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June 3, 8:46 PM
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Entenda em 4 gráficos como a IA mudou profundamente os chips de computação

Entenda em 4 gráficos como a IA mudou profundamente os chips de computação | Inovação Educacional | Scoop.it
Não há um fim à vista. No ano passado, o Google inaugurou 11 data centers na Carolina do Sul, Indiana, Missouri e em outros lugares. Meta disse que sua mais nova instalação, em Richland Parish, Louisiana, seria grande o suficiente para cobrir a maior parte do Central Park, o centro de Manhattan, Greenwich Village e o Lower East Side da cidade de Nova York.
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Bancos públicos têm rombo bilionário com inadimplência do Fies

Bancos públicos têm rombo bilionário com inadimplência do Fies | Inovação Educacional | Scoop.it
A inadimplência do Fies, além de dificultar a expansão do programa, também causa um rombo bilionário aos bancos públicos. Juntos, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil (BB) amargam um prejuízo de ao menos R$ 15,7 bilhões, de acordo com dados do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). O valor, no entanto, é maior, já que a cifra repassada pelo governo é restrita aos contratos inadimplentes na fase de amortização entre 2020 e 2024.
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Nas escolas sem notas e sem provas, quais alunos se dão bem? Entenda impacto de teste na Dinamarca | Educação

Nas escolas sem notas e sem provas, quais alunos se dão bem? Entenda impacto de teste na Dinamarca | Educação | Inovação Educacional | Scoop.it
Imagine estar no ensino médio e não encarar mais nenhuma semana de provas. O fim oficial da temporada de simulados. A abolição completa do frio na barriga antes da entrega dos boletins. A extinção dos terríveis pesadelos antes dos testes de física e de química. O adeus ao medo de mostrar uma nota vermelha para os pais.

Com o objetivo de aliviar o estresse e a ansiedade dos jovens, colégios da Dinamarca cancelaram totalmente ou reduziram de forma significativa as provas aplicadas para alunos de 15 a 17 anos.

✖️Você acha que quem tinha dificuldade e ia mal na escola entrou em festa? Sim? Resposta errada. Os estudantes com baixo desempenho acadêmico foram justamente os mais prejudicados nessa “inovação”, mostra um estudo do Centro Dinamarquês de Pesquisa sobre a Juventude (CeFU), da Universidade de Aalborg.

O g1 conversou com uma das pesquisadoras dinamarquesas responsáveis pela pesquisa: Noemi Katznelson, referência mundial em educação. Ela explicou que não é possível classificar o fim das provas como algo totalmente positivo ou totalmente negativo — o resultado depende muitíssimo do que a escola coloca no lugar das avaliações tradicionais.

“Quando [o sistema] funciona bem, ele reduz o estresse e aumenta o envolvimento dos alunos com o próprio aprendizado. Eles passam a entender melhor seus interesses, colaboram mais entre si — porque há menos competição — e se tornam mais conscientes do que os estimula”, diz.

“Mas a retirada da nota pode ser muito desmotivadora para jovens que já têm dificuldades. O estresse deles não desaparece, só muda de foco. Em vez de se preocuparem com a nota, eles se preocupam por não saberem onde estão. Perdem a referência e ficam desnorteados.”
Mais abaixo, nesta reportagem, leia sobre as consequências positivas e negativas observadas pelos pesquisadores.

O desafio central, explica Noemi, é implementar um esquema sólido de “feedbacks” ao longo de todo o ano letivo, para que os alunos saibam em que conteúdos avançaram e em quais precisam melhorar.

“Você não obtém automaticamente melhores resultados de aprendizagem e bem-estar apenas eliminando provas e notas. É preciso pensar em como promover a motivação, o aprendizado e a redução da pressão”, afirma.
👩‍🏫Que tipos de escolas implementaram as mudanças na Dinamarca?

Escolas independentes (friskoler): particulares e parcialmente financiadas pelo governo, elas têm mais liberdade para escolher o currículo e os métodos de ensino. Podem seguir linhas pedagógicas como a cristã, a Waldorf e a montessoriana.
Internatos (efterskoler): também subsidiados pelo estado, esses locais servem de moradia para os alunos durante o ano letivo. Os jovens aprendem os conteúdos com foco em autonomia, convivência e desenvolvimento pessoal.
Quais as consequências negativas observadas nos colégios sem notas?

Frederiksberg Palace, em Copenhague, na Dinamarca. País tem escolas livres que testam modelo sem provas ou notas — Foto: Diego Petroncari/Pexels

O estudo levanta pontos de atenção observados nas escolas dinamarquesas:

Sensação de “estar perdido”:
Uma desvantagem frequente, já citada no início da reportagem, é a incerteza sentida por uma parcela significativa de jovens (especialmente aqueles que têm baixo desempenho acadêmico). Sem notas, eles ficam desorientados e não sabem se estão atingindo o padrão mínimo esperado pelo colégio.

“Os alunos mais seguros lidam melhor com isso, mas os que têm menos confiança podem se desmotivar. A nota funciona como uma bússola. Se você tira a bússola e não coloca nada no lugar, muitos ficam perdidos. Os que já são engajados continuam se esforçando, mas os outros podem simplesmente parar”, diz ao g1 a pesquisadora Katznelson.

Perda da motivação:
Embora, para alguns estudantes, a ausência de provas alivie o estresse e aumente a vontade de aprender, ao menos 25% dos dinamarqueses observados no estudo deixaram de enxergar um propósito em estudar. Eles pensam: “não vale nota mesmo, para que vou gastar meu tempo?”. Para essa parcela, fica mais difícil ter autodisciplina e se sentir motivado.

Sobrecarga de trabalho para os professores:
As escolas que substituem as provas por esquemas de feedback contínuos acabam exigindo mais dos professores. Eles têm de receber a formação adequada para avaliar da forma “não tradicional”.

O g1 contou à pesquisadora dinamarquesa sobre um obstáculo na realidade brasileira: por causa da baixa remuneração e da desvalorização da carreira, muitos docentes trabalham em mais de uma escola. Com centenas de alunos, como seria possível que eles dessem “feedbacks” personalizados para cada jovem?

Katznelson reconhece que, de fato, nosso contexto é mais desafiador. Uma alternativa, segundo ela, é pensar em dinâmicas complementares, nas quais os próprios alunos avaliam seus colegas em momentos específicos.

“Claro que é mais difícil, mas não impossível. O conteúdo do ‘feedback’ precisa ser pensado — não pode ser superficial. E se o professor não conhece o aluno, é possível criar espaços para os próprios alunos darem feedback entre si”, diz.

“Pode ser algo desconfortável no começo, mas, se a escola cria um ambiente onde isso é normalizado, funciona. Pode-se, por exemplo, organizar rodas de feedback após apresentações, em que cada aluno dá um elogio e uma sugestão ao outro.”
Dificuldade de lidar com feedbacks:
Nem todos os jovens conseguem entender e decodificar o retorno que recebem dos professores. E é comum que os docentes mudem o foco da “avaliação” para algo mais subjetivo e “psicologizado”, sem focar no aprendizado dos conteúdos escolares.

Qual é o caminho mais indicado, então?
Cabe aqui uma observação: a entrada dos estudantes dinamarqueses na universidade não é associada a algo equivalente ao nosso vestibular. As instituições de ensino, em geral, selecionam os aprovados com base no histórico escolar completo deles. Isso alivia a pressão que as escolas sentem em preparar o jovem para uma prova específica e determinante.
A pesquisadora Katznelson critica o modelo escolar 100% sustentado na pressão por notas altas.

Com mais “tranquilidade escolar”, é possível abrir espaço para outras formas de ensino, além de estimular a curiosidade dos jovens e o desejo de aprender conteúdos novos.

"A educação sempre será desafiadora e, em algum grau, estressante. Mas, quando a pressão é excessiva, ela começa a prejudicar o aprendizado, a gerar desmotivação e a levar a um aprendizado mecânico. Além disso, afasta os alunos da escola, especialmente os mais pobres, que abandonam os estudos porque sentem que não têm sucesso”, diz.
O caminho, no entanto, não é simples: tirar totalmente as provas ou diminuir de forma significativa a frequência delas exige cuidado, como demonstrou o estudo dinamarquês.

Para evitar as consequências negativas observadas pelos pesquisadores, eles recomendam as seguintes práticas:

Sem exigir notas, é preciso criar outras formas de instigar os alunos. O estudo menciona 5 tipos de motivação:
Pelo conhecimento: O conteúdo é visto como algo novo, relevante e útil. Todos se sentem animados quando percebem que aqueles ensinamentos podem ser conectados com “a vida real”.
Pelo domínio: Os estudantes constroem, aos poucos, a capacidade de confiar em si mesmos. Isso é obtido após sentirem que podem explorar, tentar, errar e recalcular o percurso.
Pela autodeterminação: Os jovens devem sentir que têm liberdade para tomar suas próprias decisões e para eleger os conteúdos que mais lhe interessam. A flexibilidade da escola vai dando, aos poucos, mais confiança para os alunos tomarem decisões.
Pelas relações: Os trabalhos devem ser colaborativos, para que a interação social seja estabelecida com confiança entre todos.
Pelo desempenho: O desejo de “ir bem” não pode desaparecer. Sem provas, ele surge em apresentações de trabalhos e em jogos, por exemplo. “Nestas escolas, o desempenho está muitas vezes mais integrado em contextos sociais e relacionais, com menos pressão individual do que com notas”, afirma o estudo.
Os feedbacks têm de ser pensados com cautela.
➡️Não adiantará nada apenas dar um retorno para os alunos depois do fim de um ciclo. O processo deve ser contínuo.

➡️Os comentários não podem ser superficiais, como “muito bem!” ou “precisa melhorar”. O aluno necessita de detalhes para entender se está cumprindo os objetivos esperados pela escola. Precisa se empenhar mais em matemática ou em geografia? Respostas mais concretas diminuem o risco de os jovens ficarem desorientados.

➡️É preciso ter cuidado com o tom usado nos feedbacks. Quando um aluno ou um professor avalia outra pessoa, é comum que sinta medo de magoar quem está sendo criticado. Isso pode levar a avaliações excessivamente positivas ou falsas.

E mais: para manter um bom ambiente, há o risco de os docentes abrirem mão da “integridade acadêmica” para que ninguém se frustre. Novamente, isso tende a prejudicar os de baixo desempenho, que ficam desnorteados sem uma referência do que devem fazer.

“Se a escola tem um propósito claro e se os professores estão alinhados, é possível fazer um ótimo trabalho mesmo. Mas não é algo automático. Isso exige direção, intencionalidade e clareza sobre os objetivos da educação”, afirma a pesquisadora.

“A nota mostra só um propósito: o de obter um bom resultado. Mas o colégio também serve para preparar os alunos para a vida, a partir da leitura, da matemática e do conhecimento de mundo.”
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Today, 10:59 AM
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Governo quer discutir Fundeb e benefícios tributários 

Governo quer discutir Fundeb e benefícios tributários  | Inovação Educacional | Scoop.it

Principal mecanismo de financiamento da educação básica, o Fundeb reúne impostos estaduais e municipais e é acrescido de uma complementação da União.
Até 2020, esse complemento federal era de 10% do valor repassado por estados e municípios. Por iniciativa do Congresso, o percentual passou a aumentar progressivamente, chegando a 21% em 2025. A ideia é, ao menos, travar esse percentual, evitando que haja um novo aumento, para 23%, no ano que vem.
O aporte do governo federal ao Fundeb em 2025 é de R$ 56,5 bilhões. O congelamento evitaria um aumento de despesa que, de acordo com os valores atuais do fundo, ficaria na casa de R$ 5 bilhões ou R$ 6 bilhões.

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Today, 10:39 AM
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Por um Brasil que monitore mais a sua educação

Por diferentes motivos, os avanços em relação ao monitoramento da educação brasileira desaceleraram nos últimos anos. O país precisa de metas desafiadoras, mas bem embasadas e aderentes à realidade
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Today, 10:36 AM
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Can AI be trusted in schools?

A pilot programme in Nigeria helped students make two years’ worth of progress in six weeks
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June 3, 9:08 PM
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Se você acha que IA é uma chuvinha passageira, se prepare: ela é uma grande tempestade; leia análise

Se você acha que IA é uma chuvinha passageira, se prepare: ela é uma grande tempestade; leia análise | Inovação Educacional | Scoop.it

Bem, porque a cultura está um pouco atrasada em relação à tecnologia. Por um lado, acredite ou não, os chefes corporativos geralmente odeiam demitir pessoas, o que é traumático para eles e ruim para o moral. Por outro lado, meus chefes não queriam aprender a digitar, em parte porque o período de transição teria sido bastante incômodo. Além disso, gerentes de certa estatura tinham secretárias. Atender seus próprios telefones ou acompanhar os clientes em suas próprias reuniões teria feito com que eles se sentissem - e parecessem - menos impressionantes.
Por fim, os aspectos práticos financeiros superaram o atraso cultural, especialmente quando os graduados universitários com conhecimento em informática começaram a subir na hierarquia gerencial. Mas isso levou muito mais tempo do que o necessário, simplesmente porque a cultura gerencial evoluiu mais lentamente do que a tecnologia. Isso foi amplamente verdadeiro para todos os recursos digitais que hoje consideramos garantidos, e também será verdadeiro para a IA.
Portanto, se você estiver procurando os primeiros sinais da revolução da IA, deve presumir que o último lugar em que ela aparecerá será no coração de uma organização estabelecida - pelo menos com exceção das empresas de tecnologia, que provavelmente terão o melhor entendimento das possibilidades. O CEO da Shopify disse recentemente aos funcionários que, antes de solicitar mais recursos ou um número maior de funcionários, eles devem provar que não conseguem realizar o trabalho usando IA.
Mas, na maioria das vezes, é provável que ela apareça nas margens do mercado. As empresas iniciantes, onde cada dólar precioso conta e não há funcionários antigos com os quais se preocupar, provavelmente usarão a IA para escrever código ou automatizar alguns processos em vez de contratar um funcionário caro. Eu também esperaria que a IA se estabelecesse em pelo menos algumas empresas em dificuldades, onde o desespero se torna a mãe da inventividade.
Quando ela penetrar no restante do mercado, provavelmente começará, como outros trabalhadores, no nível de entrada - preenchendo formulários, fazendo pesquisas básicas e executando tarefas simples de programação. Isso ocorrerá porque esses são os tipos de tarefas em que a IA já é boa e porque haverá menos resistência interna a limites mais rígidos para novas contratações do que a grandes reorganizações ou demissões.
No entanto, mesmo essas mudanças serão irregulares, porque a natureza de “caixa preta” da IA cria dores de cabeça para os setores que têm exposição significativa a regulamentações ou responsabilidades. É difícil ver como a IA toma suas decisões. Isso é bom para alguns tipos de produção de textos, em que é suficiente que os humanos verifiquem os resultados finais. Mas não é bom o suficiente para julgamentos que estão sujeitos a uma segunda avaliação por reguladores ou júris, porque esses órgãos não aceitarão a resposta “não sabemos realmente como a IA decidiu fazer isso”.
Os órgãos reguladores também estarão sob pressão para proteger os poderosos grupos estabelecidos contra o deslocamento. A IA é muito promissora na leitura de imagens e no diagnóstico de doenças, mas as associações médicas farão tudo o que estiver ao seu alcance para manter os humanos bem pagos no circuito.
Tudo isso significa que a falsa revolução da IA continuará por mais tempo do que se poderia esperar. Mas ninguém deve confundir uma calmaria temporária com uma condição permanente. Estamos descansando no olho de uma tempestade que se forma, e aqueles que não se fortalecerem agora correm o risco de serem varridos quando a tempestade finalmente liberar toda a sua força.

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June 3, 9:05 PM
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Planejamento não funciona mais diante de um futuro incerto, diz futurista Martha Gabriel

Planejamento não funciona mais diante de um futuro incerto, diz futurista Martha Gabriel | Inovação Educacional | Scoop.it
Autora do best-seller ‘Liderando o Futuro’ trouxe ao Summit Tecnologia e Inovação, do Estadão, alertas para lidar com IA e outras tecnologias disruptivas
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June 3, 9:04 PM
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Economia de milhões: produtividade está impulsionando a adoção de inteligência artificial no Brasil

Economia de milhões: produtividade está impulsionando a adoção de inteligência artificial no Brasil | Inovação Educacional | Scoop.it
Executivos de empresas como a Amazon Web Services explicam no ‘Estadão Summit Tecnologia e Inovação’ como a IA tem trazido ganhos tanto para o fornecedor quanto para o cliente
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June 3, 9:03 PM
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‘IA agora leva automações menos ‘burras’ para as empresas’, afirma professor da UFG

‘IA agora leva automações menos ‘burras’ para as empresas’, afirma professor da UFG | Inovação Educacional | Scoop.it
Processos que antes eram custosos para a empresa agora já podem ser feitos com maior eficácia; para professor, regulação precisa ser revista
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June 3, 8:58 PM
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IAs devem ter direitos humanos caso se tornem conscientes?

IAs devem ter direitos humanos caso se tornem conscientes? | Inovação Educacional | Scoop.it
A questão parece distante, mas já movimenta pesquisadores e empresas
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June 3, 8:55 PM
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Por que os barões da IA querem atropelar as leis de direito autoral?

Por que os barões da IA querem atropelar as leis de direito autoral? | Inovação Educacional | Scoop.it
O software de IA que alimenta produtos como o ChatGPT ou o chatbot Grok, de Musk, foi treinado usando um grande número de imagens e textos extraídos da internet pública, muitos deles protegidos por direitos autorais. As empresas de tecnologia argumentam que o uso de material protegido por direitos autorais para criar ferramentas de IA se enquadra na isenção de “uso justo” da lei de direitos autorais porque os resultados desses modelos de IA alteram substancialmente a arte, a música ou a escrita subjacentes.
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June 3, 8:53 PM
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Você sabe o que é ‘doomscrolling’? Entenda o fenômeno e saiba como evitar

Você sabe o que é ‘doomscrolling’? Entenda o fenômeno e saiba como evitar | Inovação Educacional | Scoop.it

Rolar sem parar o feed das redes sociais, em busca de notícias ruins, se tornou um comportamento comum na era dos smartphones. O fenômeno, batizado de ‘doomscrolling’, combina design de plataformas, algoritmos e uma tendência humana evolutiva de vigilância constante para formar um hábito que especialistas alertam ser prejudicial ao bem-estar psicológico.
“Estamos programados para monitorar ameaças. Isso está no nosso DNA”, explicou Angelica Mari, especialista em cyberpsicologia, em entrevista ao Estadão. “Consumir informação sobre desastres ou notícias ruins dá uma falsa sensação de preparação e controle frente a essas ameaças”.
Segundo ela, essa tendência natural é hiperativada no ambiente digital, que opera por meio de estímulos constantes e recompensas intermitentes. O design das plataformas, com rolagem infinita, notificações e métricas de engajamento, favorece a permanência do usuário e, consequentemente, a exposição prolongada a conteúdos de teor negativo. “É um ambiente muito propício ao ‘doomscrolling’”, afirma Angelica.
Em um ambiente digital que amplifica o viés negativo, o ‘doomscrolling’ se torna um fenômeno difícil de evitar. “Os algoritmos das redes sociais reforçam esse viés porque tendem a dar mais atenção à informação negativa. Isso cria um ciclo de feedback: conteúdo negativo engaja mais, o que leva a mais conteúdo negativo”, diz a especialista.
Embora não haja dados conclusivos sobre os grupos mais afetados, a especialista apontou que pessoas em contextos vulneráveis tendem a sentir os efeitos de forma mais intensa. “Se você já vive uma situação de ameaça real e entra num ambiente digital que amplia essa programação, parece razoável que o ‘doomscrolling’ seja mais presente”.
Como identificar que está imerso no ‘doomscrolling’
Os sinais de que a prática se tornou excessiva nem sempre são claros, mas podem incluir comportamentos como a procrastinação digital e a sensação de perda de tempo. “A pessoa passa três, quatro horas no celular e nem percebe. Fica lendo sobre tarifaço, emergência climática, as várias facetas do apocalipse, entre outras notícias ruins”, afirma Angelica. “Não que devamos nos alienar, mas há um ponto em que isso paralisa”.
Outro indicativo seria o envolvimento em comportamentos digitais automáticos, como encher carrinhos de compras virtuais sem intenção real de adquirir os produtos. “O algoritmo entende aquilo como interesse, e o ciclo se retroalimenta. O indivíduo se envolve em comportamentos digitais que reforçam o nefasto”.
De acordo com Angelica, há uma ligação entre o ‘doomscrolling’ e a nomofobia, o medo irracional de ficar sem o celular. “Ela anda de mãos dadas com o ‘doomscrolling’, porque o celular é a principal via para essa prática. A pessoa sente que não consegue ficar sem o aparelho, nem sem acessar esses conteúdos”. O Brasil, segundo a especialista, é particularmente vulnerável a esse tipo de comportamento. “É um dos países com maior índice de vício em celular. Isso nos torna uma população altamente suscetível ao vício em padrões destrutivos dentro do aparelho”, explicou.
Efeitos emocionais do ‘doomscrolling’
A exposição contínua a notícias ruins não é apenas desgastante, ela pode gerar efeitos psicológicos profundos. “Psicologicamente, o ‘doomscrolling’ é um confronto com a sombra coletiva da humanidade”, explicou a ciberpsicóloga. “Consumir essas notícias desastrosas o tempo todo é se envolver, ainda que inconscientemente, com o lado sombrio do que é ser humano”.
Ela também explicou que existe uma atração paradoxal por aquilo que é perturbador, como uma tentativa de lidar com os aspectos sombrios da realidade. “A prática também tem algo de ritual coletivo. A gente está absorvendo, e sendo absorvido, por essa ansiedade coletiva”.
Com o tempo, esse ciclo pode distorcer a percepção de realidade e comprometer a saúde emocional. “Quem está preso a essas dinâmicas está preso ao mundo do simulacro, vivendo negação de si mesmo, do outro, e se afastando da realidade. É preocupante”, pontuou a especialista.
Como sair do ciclo?
O caminho para sair do ‘doomscrolling’ começa pela conscientização. “Fora do escopo técnico, o primeiro passo é reconhecer o padrão. Pensar sobre o que esses aspectos sombrios representam. Muitas vezes, o ‘doomscrolling’ é uma tentativa de compreender a realidade”, disse Angelica.
Para romper com o ciclo, a especialista recomenda práticas que reorientem a atenção para o interior. “Meditação, caminhar no parque, ler um livro, essas coisas parecem utópicas diante da realidade, mas não se trata de alienação. É sobre equilíbrio. E talvez transformar essa energia do ‘doomscrolling’ em ação significativa no mundo”.
Ela destacou também a importância da chamada “higiene digital”. “Existem ferramentas: o Instagram, por exemplo, permite limitar o tempo de uso diário. E quando atingir esse limite, não estenda. Respeite os limites que você mesmo definiu”.
Para definir um limite de tempo de uso no Instagram, o usuário deve abrir o aplicativo, tocar no menu de três linhas no canto superior direito do perfil e selecionar a opção Sua atividade. Em seguida, basta acessar Tempo de uso e tocar em Definir lembrete diário. É possível escolher o tempo máximo que deseja passar na plataforma por dia, ao atingir esse limite, o Instagram envia uma notificação lembrando o usuário de fazer uma pausa.
No TikTok, o processo é parecido. O usuário deve tocar em Perfil, depois no menu de três linhas no canto superior e selecionar Configurações e privacidade. Em Bem-estar digital, é possível ativar o Tempo de tela diário e escolher um limite personalizado. O app também oferece recursos extras, como resumos semanais de uso e a possibilidade de proteger as configurações com senha, em casos de controle parental.
Se necessário, vale considerar medidas mais radicais, como a desinstalação temporária de aplicativos ou a mudança do eletrônico que costuma utilizar. “A experiência no desktop é diferente e pode inibir o uso excessivo”, afirmou a ciberpsicóloga.
Mas a mudança depende de disposição genuína para alterar o comportamento. “Muitas pessoas têm letramento digital suficiente para buscar formas de conter isso. A questão é: será que elas realmente querem? É preciso se perguntar: quanto tempo você está deixando de dedicar ao que realmente importa? Esse é o X da questão”, concluiu.

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June 3, 8:44 PM
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Presidente da Microsoft Brasil: ‘Gestor do futuro terá que lidar com equipe de humanos e máquinas’

Presidente da Microsoft Brasil: ‘Gestor do futuro terá que lidar com equipe de humanos e máquinas’ | Inovação Educacional | Scoop.it
A chegada dela ao comando da operação brasileira pela empresa fundada por Bill Gates acontece em um momento em que a companhia é um dos principais nomes na fronteira da inteligência artificial (IA), uma aposta feita pelo CEO Satya Nadella a partir de 2019. Com isso, Priscyla tem a missão de expandir os usos da tecnologia no País, incluindo investimentos em infraestrutura, cursos profissionalizantes e adoção por empresas e governos.
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