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Inovação Educacional
September 10, 2024 9:19 AM
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O que acontece quando a maioria faz uso de uma IA para realizar suas atividades laborais? E, no caso dos estudantes, quando os trabalhos passam a ser produzidos com o apoio de uma IA generativa? Luciano Sathler É PhD em administração pela USP e membro do Conselho Deliberativo do CNPq e do Conselho Estadual de Educação de Minas Gerais As diferentes aplicações de Inteligência Artificial (IA) generativa são capazes de criar novos conteúdos em texto, imagens, áudios, vídeos e códigos para software. Por se tratar de um tipo de tecnologia de uso geral, a IA tende a ser utilizada para remodelar vários setores da economia, com impactos políticos e sociais, assim como aconteceu com a adoção da máquina a vapor, da eletricidade e da informática. Pesquisas recentes demonstram que a IA generativa aumenta a qualidade e a eficiência da produção de atividades típicas dos trabalhadores de colarinho branco, aqueles que exercem funções administrativas e gerenciais nos escritórios. Também traz maior produtividade nas relações de suporte ao cliente, acelera tarefas de programação e aprimora mensagens de persuasão para o marketing. O revólver patenteado pelo americano Samuel Colt, em 1835, ficou conhecido como o "grande equalizador". A facilidade do seu manuseio e a possibilidade de atirar várias vezes sem precisar recarregar a cada disparo foram inovações tecnológicas que ampliaram a possibilidade individual de ter um grande potencial destrutivo em mãos, mesmo para os que tinham menor força física e costumavam levar desvantagem nos conflitos anteriores. À época, ficou famosa a frase: Abraham Lincoln tornou todos os homens livres, mas Samuel Colt os tornou iguais. Não fazemos aqui uma apologia às armas. A alegoria que usamos é apenas para ressaltar a necessidade de investir na formação de pessoas que sejam capazes de usar a IA generativa de forma crítica, criativa e que gerem resultados humanamente enriquecidos. Para não se tornarem vítimas das mudanças que sobrevirão no mundo do trabalho. A IA generativa é um meio viável para equalizar talentos humanos, pois pessoas com menor repertório cultural, científico ou profissional serão capazes de apresentar resultados melhores se souberem fazer bom uso de uma biblioteca de prompts. Novidade e originalidade tornam-se fenômenos raros e mais bem remunerados. A disseminação da IA generativa tende a diminuir a diversidade, reduz a heterogeneidade das respostas e, consequentemente, ameaça a criatividade. Maior padronização tem a ver com a automação do processo. Um resultado que seja interessante, engraçado ou que chama atenção pela qualidade acima da média vai passar a ser algo presente somente a partir daqueles que tiverem capacidade de ir além do que as máquinas são capazes de entregar. No caso dos estudantes, a avaliação da aprendizagem precisa ser rápida e seriamente revista. A utilização da IA generativa extrapola os conceitos usualmente associados ao plágio, pois os produtos são inéditos – ainda que venham de uma bricolagem semântica gerada por algoritmos. Os relatos dos professores é que os resultados melhoram, mas não há convicção de que a aprendizagem realmente aconteceu, com uma tendência à uniformização do que é apresentado pelos discentes. Toda Instituição Educacional terá as suas próprias IAs generativas. Assim como todos os professores e estudantes. Estarão disponíveis nos telefones celulares, computadores e até mesmo nos aparelhos de TV. É um novo conjunto de ferramentas de produtividade. Portanto, o desafio da diferenciação passa a ser ainda mais fundamental diante desse novo "grande equalizador". Se há mantenedores ou investidores sonhando com a completa substituição dos professores por alguma IA já encontramos pesquisas que demonstram que o uso intensivo da Inteligência Artificial leva muitos estudantes a reduzirem suas interações sociais formais ao usar essas ferramentas. As evidências apontam que, embora os chatbots de IA projetados para fornecimento de informações possam estar associados ao desempenho do aluno, quando o suporte social, bem-estar psicológico, solidão e senso de pertencimento são considerados, isso tem um efeito negativo, com impactos piores no sucesso, bem-estar e retenção do estudante. Para não cair na vala comum e correr o risco de ser ameaçado por quem faz uso intensivo da IA será necessário se diferenciar a partir das experiências dentro e fora da sala de aula – online ou presencial; humanizar as relações de ensino-aprendizagem; implementar metodologias que privilegiem o protagonismo dos estudantes e fortaleçam o papel do docente no processo; usar a microcertificação para registrar e ressaltar competências desenvolvidas de forma diferenciada, tanto nas hard quanto soft skills; e, principalmente, estabelecer um vínculo de confiança e suporte ao discente que o acompanhe pela vida afora – ninguém mais pode se dar ao luxo de ter ex-alunos. Atenção: esse artigo foi exclusivamente escrito por um ser humano. O editor, Michael França, pede para que cada participante do espaço "Políticas e Justiça" da Folha sugira uma música aos leitores. Nesse texto, a escolhida por Luciano Sathler foi "O Ateneu" de Milton Nascimento.
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Today, 11:18 AM
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Não é de hoje que artistas visuais usam a tecnologia em seus trabalhos. Em relação à IA, área do conhecimento que surgiu na década de 1950, um dos pioneiros foi o pintor britânico Harold Cohen (1928-2016). “Ele fazia pinturas a óleo e tinha projeção na Europa quando se mudou para os Estados Unidos, nos anos 1960, para um estágio de pós-doutorado na Universidade Stanford. Ali, conheceu um grupo de pesquisadores que estudava IA”, conta o artista brasileiro Fabrizio Poltronieri, da Universidade de Nottingham, no Reino Unido. No final da década de 1960, o pintor concebeu o Aaron, software de criação artística que desenvolveu até sua morte, em 2016. “A princípio, a máquina reproduzia os desenhos de Cohen”, prossegue Poltronieri. “Mas, no final da vida, Cohen passou a trabalhar em conjunto com o programa, que sugeria novas formas em um processo de cocriação.”
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Today, 11:12 AM
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Levantamento mapeou 875 empresas desse tipo no Brasil; 55% delas no estado de São Paulo
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Today, 11:08 AM
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Inovações feitas a partir do material miram baterias, cosméticos, fungicidas e catalisadores
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Today, 11:06 AM
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No período, foram notificadas 39,9 mil ocorrências; dois em cada três casos aconteceram na casa da vítima
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Today, 11:04 AM
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Óbitos por temperaturas muito baixas ou muito altas causaram perdas anuais de cerca de US$ 443 milhões no período
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Today, 11:03 AM
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Maysa Furlan, especialista em química de produtos naturais, vai comandar a universidade até 2029
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Today, 10:37 AM
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Capazes de atingir milhões de pessoas nas redes sociais, eles têm sido procurados para fazer propaganda de produtos, serviços e vídeos institucionais para empresas
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Today, 10:35 AM
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Desenvolvida por empresa nacional, solução já é usada em propriedades rurais no Brasil, Estados Unidos e Canadá
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Today, 10:20 AM
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As medidas incluem a suspensão da publicação de relatórios e comunicados, proibição de contato com a imprensa e o congelamento de recursos e programas de pesquisa. Vários bancos de dados e páginas que continham orientações sobre vacinas, vírus e doenças sexualmente transmissíveis, por exemplo, foram retiradas do ar para serem “revisadas” e garantir que não estejam em desacordo com as diretrizes da administração trumpista. Em uma das medidas mais polêmicas, pesquisadores do CDC foram oficialmente instruídos a não publicar relatórios ou estudos científicos que contenham palavras consideradas “proibidas” ou problemáticas pela administração Trump, como “gênero”, “LGBT”, “transgênero”, “diversidade” e “inclusão”. Um e-mail enviado pela direção da agência aos pesquisadores no fim de janeiro trazia até um texto pronto para que eles justificassem os pedidos de retratação de artigos já submetidos para publicação em revistas científicas, dizendo: “Em consonância com a Ordem Executiva do Presidente intitulada ‘Defendendo as Mulheres do Extremismo da Ideologia de Gênero e Restaurando a Verdade Biológica ao Governo Federal’, estou me retirando como coautor desta submissão”.
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Inovação Educacional
Today, 6:58 AM
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Entre os principais temas abordados estão o possível impacto da inteligência artificial na produtividade e o investimento em pessoas, uma evidência de que, apesar do avanço tecnológico, o fator humano continua fundamental
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Inovação Educacional
Today, 6:55 AM
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“Esta é a pior epidemia de drogas da história do país, e é muito maior e pior do que as crises anteriores. Já tivemos uma epidemia de crack, e houve, há muito tempo, uma epidemia de opioides. Mas esta é, de longe, a pior em todos os sentidos”, continua ele. No início de 2019, os EUA registravam, na somatória de 12 meses, pouco mais de 30 mil mortes por overdose de fentanil. Os números não pararam de subir nos anos seguintes. Foram quase 72 mil, entre setembro de 2021 e setembro de 2022. Em novembro de 2023, também considerando os 12 meses anteriores, 74.239 overdoses fatais nos EUA pela substância - o equivalente a 6,1 mil mortes por mês ou 1.428 mortes por semana. Os números de 2024 recuaram um pouco, mas seguem em um patamar assustador (veja gráfico). O assunto mobiliza autoridades e aterroriza famílias americanas. No início do mês, o presidente americano, Donald Trump, anunciou que os EUA passariam a cobrar tarifas de importação de 25% sobre todos os produtos importados do México e do Canadá e de 10% dos produtos da China.
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Today, 6:49 AM
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Fundações e fundos patrimoniais (“endowments”) de universidades dos EUA passaram a aumentar sua exposição a criptomoedas para entrar na corrida de ativos digitais provocada pela promessa do presidente Donald Trump de transformar o país na “superpotência mundial do bitcoin”. Nos últimos cinco anos, o desempenho das criptomoedas superou em muito o de outras classes de ativos, apesar de sua grande volatilidade, e hoje muitos dos que se mantinham longe desse tipo de investimento estão entrando, por medo de perder a chance de se beneficiar dos saltos de preços vertiginosos.
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Inovação Educacional
Today, 3:50 PM
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Muitos previram que, à medida que a IA melhora, ela vai comoditizar habilidades técnicas e conhecimento, mas acentuará as coisas que nos tornam humanos — coisas como nossa empatia e conexão com outros seres humanos. Ou nossa capacidade de comunicação. Mas há algo muito direto, muito preguiçoso e muito generalizado nessas observações diante das evidências crescentes que mostram que os grandes modelos de linguagem (LLMs) são frequentemente melhores que os humanos em "executar" coisas com empatia — o que consideramos "habilidades humanas". Veja um estudo de Harvard mostrando que “ companheiros de IA reduzem a solidão ”. Ou um de pesquisadores da Universidade da Califórnia em San Diego que descobriram que profissionais de saúde classificaram as respostas de chatbots como “significativamente mais altas em qualidade e empatia”. Ou o trabalho da minha colega do Christensen Institute, Julia Freeland Fisher, registrando 30 empresas de tecnologia educacional e aconselhando organizações que descobriram que “ imbuir bots com cordialidade é a chave para impulsionar o engajamento ”. Para pensar sobre o que podemos fazer que talvez os LLMs não possam, precisamos ser mais precisos. O trabalho de Ben Riley ponderando a natureza da inteligência, por exemplo, nos moveu em direção a esse objetivo. Mas no nível de tarefas ou habilidades, precisamos ser mais claros sobre o que é a habilidade em si — e o nível em que alguém é capaz de fazê-la. Aqui está uma maneira como pensei sobre isso. Em um nível superficial, os chatbots de IA são bons "ouvintes". Em uma época em que muitos de nós não reservamos um tempo para ouvir os outros — especialmente aqueles com pontos de vista diferentes — você pode argumentar que eles ouvem muito melhor do que a maioria de nós. Eles aceitam o que você pergunta, “ouvem” completamente e, na maioria das vezes, não julgam. Então, eles se envolvem com você. Eles oferecem uma resposta — ou, se treinados como Khanmigo, por exemplo, talvez eles façam perguntas de volta. Então, em um conjunto de níveis, eles talvez nos superem em muito. Mas os chatbots de IA são tão bons em ouvir quanto os mestres ouvintes entre nós — pessoas como meu colega, Bob Moesta , da fama de Jobs to Be Done, ou Chris Voss da fama de negociação, ou os ouvintes profundos que a jornalista Amanda Ripley descreve em seu livro “ High Conflict ”? Em outras palavras, eles são tão bons quanto o que poderíamos chamar de “Ouvintes de Nível 10”? Suspeito que não. Talvez precisemos ser mais precisos nas habilidades que pessoas como esses mestres ouvintes empregam. Eles não estão apenas ouvindo. Eles são bons em realmente entender — e garantir que o indivíduo com quem estão falando sinta como se tivesse sido visto e compreendido também. Eles são mestres da empatia — entendida como "a capacidade de entender e compartilhar os sentimentos do outro". Eles fazem isso por meio de uma variedade de técnicas. Eles não apenas ouvem passivamente a pergunta ou divagações de uma pessoa — e então respondem. Em vez disso, eles ouvem o afeto de uma pessoa e seguem a energia social e emocional das pessoas. Eles buscam entender mais profundamente fazendo perguntas investigativas. Eles não se contentam com entendimentos superficiais de palavras comuns ou vagas que um mecanismo de IA preditiva pode simplesmente substituir por qualquer número de outros "sinônimos". Eles usam contraste e outras técnicas para entender os verdadeiros significados. Quando alguém diz que uma experiência foi "OK" ou mais "rapidamente", eles não se contentam com essas respostas genéricas. Eles descompactam e investigam o que "rapidamente" realmente significa neste contexto. "Rapidamente" é menos de um minuto? Menos de 10 minutos? Menos de uma hora? Eles fazem loop e espelham. Eles cometem erros de propósito para ver o que os outros podem corrigir — para entender o que importa para eles. Eles não presumem. Neste nível de escuta, a linguagem sobre a qual grandes modelos de linguagem são construídos é muito imprecisa. Assim como as doenças no corpo humano têm um “vocabulário” limitado — e, portanto, compartilhado — de sintomas para se expressarem, as palavras compartilham muitos significados. Podemos construir agentes que imitem esse nível de escuta profunda copiando suas técnicas? Talvez até certo ponto, mas é uma questão em aberto para mecanismos construídos com base em predição e médias. No entanto, a maioria de nós, humanos, não somos o tipo divergente de ouvintes que Bob Moesta ou Chris Voss são. Compreendendo e investindo em nossos ativos Para nos tornarmos assim — e talvez “à prova de IA” — precisaríamos desenvolver mais completamente essa capacidade, ou o que em nosso livro “ Job Moves ” consideramos um ativo no balanço pessoal de alguém. Um ativo é um recurso adquirido a um custo que cria valor econômico no futuro. E os ativos se depreciam ao longo do tempo — seja porque se degradam ou porque o mundo ao nosso redor muda. Para desenvolver esses ativos e mantê-los atualizados e úteis em um nível além do que a IA poderia fazer, precisamos incorrer em passivos — obrigações de tempo e recursos para "pagar" por nossos ativos. Uma questão-chave para muitos de nós no momento é se e onde nós, como indivíduos, estamos dispostos a fazer esses investimentos em tempo e dinheiro por meio da prática para desenvolver “habilidades humanas” além do que os LLMs podem fazer. Qual seria a vida útil desses ativos? Suspeito que a vida útil dos conjuntos de habilidades de Moesta e Voss, por exemplo, seja muito maior do que seu ouvinte de “Nível 1” no momento, dado o avanço da IA. Isso levanta outra consideração. Talvez a melhor pergunta seja pensar sobre como podemos parear com a IA para tornar os ativos que desenvolvemos em nós mesmos o melhor da máquina mais o humano? E pensar na IA como parte de nossos ativos que realmente acentuam nossas qualidades humanas em um nível que é especial e mais duradouro. Minha sensação é que essas são habilidades — empatia, comunicação e mais — que estão sendo colocadas em prática em níveis muito baixos agora. Em outras palavras, como incorporamos a IA como um facilitador para nos tornarmos a melhor versão de nós mesmos, descarregando coisas para que possamos fazer um trabalho mais significativo? Para que possamos ser mais produtivos. E sim, para que nós, como indivíduos, possamos resistir à possibilidade de que nosso pacote total de habilidades se torne uma mercadoria tão cedo.
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Today, 11:15 AM
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Nova trilha prevê mestrado com currículos interdisciplinares e chance de migrar para o doutorado após um ano de curso
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Today, 11:10 AM
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A ideia surgiu há 10 anos quando Buzzar começou a promover uma série de oficinas sobre questões urbanas em escolas públicas de São Carlos. Lançado em 2018, Agentes urbanos e a cidade participativa tem hoje cinco versões, divididas de acordo com a faixa etária dos participantes, disponíveis para download gratuito no site do Cartilha da Cidade. Ao longo da partida, que acontece em duas etapas com cerca de 50 minutos de duração cada uma, os participantes se dividem em grupos de “agentes urbanos”, como associação de moradores ou secretaria da habitação. Assim, cabe a eles decidir, por exemplo, se um terreno municipal vai abrigar um shopping center ou um centro cultural com biblioteca. “As partidas têm caráter colaborativo: não há vencedores ou perdedores”, diz Buzzar.
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Today, 11:07 AM
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Universidades e centros nacionais de pesquisa desenvolvem protótipos de dispositivos à base de luz que prometem mais velocidade e gasto menor de energia
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Today, 11:06 AM
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Estudo compara eficácia de cinco modelo baseados em aprendizado de máquina para prever esse tipo de desastre em São Sebastião
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Today, 11:04 AM
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O economista Tulio Chiarini, pesquisador do Ipea e primeiro autor da nota técnica, afirma que é preciso investigar as razões para essas mudanças, mas sugere algumas hipóteses. “Os pesquisadores nas áreas das ciências duras e da vida estavam habituados a se organizarem formalmente em grupos de pesquisa pela dinâmica colaborativa dessas áreas. No entanto não era tão comum nas humanidades, onde a pesquisa frequentemente se caracteriza por abordagens mais individuais. Nos últimos anos, a exigência dos órgãos de fomento de que os pesquisadores estejam cadastrados em grupos de pesquisa para participar de alguns editais pode ter impulsionado a institucionalização de grupos nas humanidades”, explica. “Outra questão é que as pesquisas em humanidades geralmente não demandam grandes infraestruturas ou equipamentos de alto custo para serem realizadas.”
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Today, 10:40 AM
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Todos os continentes bateram seu recorde de temperatura média, com exceção da Oceania e da Antártida
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Inovação Educacional
Today, 10:36 AM
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Polo Norte geográfico permanece fixo (no cume do eixo rotacional da Terra), mas o magnético deslocou-se para leste, afastando-se do Canadá em direção à Sibéria, de acordo com o mapa atualizado produzido pela Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (Noaa), dos Estados Unidos, e pelo Serviço Geológico Britânico (BGS), do Reino Unido. Refeito a cada cinco anos, o modelo magnético mundial serve para recalibrar os sistemas de navegação em navios e aviões – as atualizações nos navegadores por satélite e nos celulares são feitas automaticamente. Perfeitamente verticais, os polos magnéticos Norte e Sul são os pontos de onde partem e para onde convergem as linhas de indução do campo magnético da Terra. Suas posições variam de acordo com o movimento do ferro e do níquel no interior da Terra. “O Norte magnético tem se movido lentamente ao redor do Canadá desde 1500, mas, nos últimos 20 anos, acelerou em direção à Sibéria, aumentando sua velocidade a cada ano até cerca de cinco anos atrás, quando desacelerou repentinamente de 50 para 35 quilômetros por ano, que é a maior desaceleração em velocidade que já vimos”, comentou William Brown, do BGS, ao site ScienceAlert (BGS News e Noaa, 17 de dezembro; ScienceAlert, 20 de dezembro).
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Today, 10:25 AM
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Para muitos chineses, o sucesso do DeepSeek é uma vitória para o sistema educacional da China, prova de que ele se iguala ao dos Estados Unidos ou até mesmo o supera. A equipe principal de desenvolvedores e cientistas por trás da DeepSeek, a startup chinesa que abalou o mundo da IA, todos frequentaram a universidade na China, de acordo com o fundador da empresa. Isso é um contraste com muitas empresas de tecnologia chinesas, que frequentemente buscaram talentos educados no exterior. Enquanto os comentaristas chineses online se deleitavam com as reações chocadas dos americanos, alguns apontaram para o alto número de Ph.Ds em ciências que a China produz anualmente. “O sucesso do DeepSeek prova que nossa educação é incrível”, dizia a manchete de um post de blog. Aclamação chegou até mesmo do exterior. Pavel Durov , o fundador da plataforma de mensagens Telegram, disse no mês passado que a competição acirrada nas escolas chinesas havia alimentado os sucessos do país em inteligência artificial. “Se os EUA não reformarem seu sistema educacional, correm o risco de ceder a liderança tecnológica para a China”, ele escreveu online. A realidade é mais complicada. Sim, a China investiu pesadamente em educação, especialmente em ciência e tecnologia, o que ajudou a nutrir um conjunto significativo de talentos, essencial para sua ambição de se tornar um líder mundial em IA . até 2025. Mas fora da sala de aula, esses graduados também devem lidar com obstáculos que incluem uma cultura corporativa desgastante e os caprichos políticos do Partido Comunista no poder. Sob seu atual líder máximo, Xi Jinping, o partido enfatizou o controle, em vez do crescimento econômico, e tem se mostrado disposto a reprimir empresas de tecnologia que considera muito influentes. O DeepSeek conseguiu escapar de muitas dessas pressões, em parte porque manteve um perfil baixo e seu fundador declarou seu comprometimento com a exploração intelectual, em vez de lucros rápidos. Resta saber, no entanto, por quanto tempo ele pode continuar fazendo isso. “Há muitos pesquisadores e engenheiros jovens, enérgicos e talentosos dentro da China. Não acho que haja uma grande lacuna em termos de educação entre a China e os EUA nessa perspectiva, especialmente em IA”, disse Yiran Chen, professor de engenharia elétrica e de computação na Duke University. “Mas a restrição vem realmente de outras partes.” Para muitos na China, a força do seu sistema educacional está intimamente ligada ao status global da nação. O governo investiu pesadamente no ensino superior, e o número de graduados universitários a cada ano, antes minúsculo, cresceu mais de 14 vezes nas últimas duas décadas. Várias universidades chinesas agora estão entre as melhores do mundo. Ainda assim, por décadas, os melhores e mais brilhantes estudantes da China foram para o exterior, e muitos permaneceram lá. Segundo algumas métricas, isso está começando a mudar. A China produziu mais de quatro vezes mais graduados em STEM em 2020 do que os Estados Unidos. Especificamente em IA, ela adicionou mais de 2.300 programas de graduação desde 2018, de acordo com pesquisa da MacroPolo, um grupo de pesquisa sediado em Chicago que estuda a China. Até 2022, quase metade dos principais pesquisadores de IA do mundo vieram de instituições de graduação chinesas , em oposição a cerca de 18 por cento das americanas, descobriu a MacroPolo . E enquanto a maioria desses principais pesquisadores ainda trabalha nos Estados Unidos, um número crescente está trabalhando na China.
"Vocês estão produzindo todo esse talento nos últimos anos. Eles precisam ir para algum lugar", disse Damien Ma, fundador da MacroPolo.
Washington também tornou mais difícil para estudantes chineses de certas áreas, incluindo IA, obterem vistos para os Estados Unidos, citando preocupações com a segurança nacional .
“Se eles não vão para o exterior, eles vão abrir alguma empresa” ou trabalhar para uma chinesa, disse o Sr. Ma.
Alguns criticaram o sistema educacional da China como excessivamente orientado a exames e sufocante para a criatividade e inovação. A expansão da educação em IA da China tem sido desigual, e nem todo programa está produzindo talentos de primeira linha, reconheceu o Sr. Ma. Mas as principais escolas da China, como a Universidade Tsinghua e a Universidade de Pequim, são de classe mundial; muitos dos funcionários da DeepSeek estudaram lá.
O governo chinês também ajudou a promover laços mais robustos entre a academia e as empresas do que no Ocidente, disse Marina Zhang, professora da University of Technology Sydney que estuda a inovação chinesa. Ele investiu dinheiro em projetos de pesquisa e encorajou acadêmicos a contribuírem para iniciativas nacionais de IA.
No entanto, o envolvimento do governo também é uma das maiores ameaças potenciais à inovação chinesa.
Pequim abençoou o setor de IA — por enquanto. Mas em 2020, após decidir que tinha muito pouco controle sobre grandes empresas como a Alibaba, lançou uma repressão abrangente e de anos de duração à indústria de tecnologia chinesa. (O fundador da DeepSeek, Liang Wenfeng, mudou para IA de seu foco anterior em negociação especulativa, em parte por causa de uma repressão governamental separada lá.)
As demissões resultantes em empresas de tecnologia, combinadas com a incerteza do futuro do setor, ajudaram a diminuir o apelo de um setor que antes atraía muitos dos melhores estudantes da China. Números recordes de jovens optaram, em vez disso, por competir por empregos no serviço público, que são mal pagos, mas estáveis.
A IA tem sido um tanto protegida da fuga de cérebros até agora, em parte por causa de seu imprimatur político, disse Yanbo Wang, professor da Universidade de Hong Kong que estuda o empreendedorismo tecnológico da China. Ele acrescentou que esperava que mais startups chinesas de IA bem-sucedidas surgissem em breve, impulsionadas por jovens. Mas é impossível dizer como seria o cenário da IA da China se Pequim tivesse sido mais tolerante com as grandes empresas de tecnologia nos últimos anos, ele acrescentou.
“A competitividade de longo prazo da IA da China depende não apenas de seu sistema educacional STEM, mas também de sua forma de lidar com investidores privados, empreendedores e empresas com fins lucrativos”, acrescentou.
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Estandes chineses em uma conferência sobre inteligência artificial em Xangai no ano passado.Crédito...Andy Wong/Associated Press Mesmo dentro de empresas privadas, os funcionários frequentemente precisam lidar com o foco em resultados rápidos. Isso levou a um estereótipo amplamente aceito, inclusive na China, de que os engenheiros chineses são melhores em melhorar as inovações de outras pessoas do que em criar as suas próprias.
O Sr. Liang, fundador da DeepSeek, lamentou isso, observando no ano passado que “os principais talentos na China são subestimados. Como há tão pouca inovação hardcore acontecendo no nível social, eles não têm a oportunidade de serem reconhecidos.”
O sucesso da DeepSeek pode depender tanto de como ela se diferenciava de outras empresas de tecnologia chinesas quanto de como ela compartilhava seus pontos fortes. Ela foi financiada pelos lucros de seu fundo de hedge pai. E o Sr. Liang descreveu a contratação de graduados em humanidades , além de cientistas da computação, no espírito de promover uma atmosfera intelectual livre.
Desde o sucesso estrondoso do DeepSeek, algumas vozes têm instado mais empresas chinesas a imitar seu modelo. Um comentário online do comitê do Partido Comunista da Província de Zhejiang, onde o DeepSeek tem sua sede, declarou a necessidade de “confiar em jovens talentos” e dar às empresas líderes “maior controle sobre os recursos de inovação”.
Mas a melhor maneira da China capitalizar sua força de trabalho de IA bem-educada e ambiciosa pode ser o governo sair do caminho.
“A inovação requer o mínimo de intervenção e gerenciamento possível”, disse o Sr. Liang em outra entrevista. “A inovação geralmente vem por si só, não como algo deliberadamente planejado, muito menos ensinado.”
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Today, 7:00 AM
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Crescimento da educação a distância impulsiona matrículas no ensino superior, mas alta evasão e queda no ticket médio preocupam setor privado. MEC planeja novas regras para garantir qualidade e reequilibrar mercado.
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Today, 6:58 AM
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Embora eles sejam os que mais usam a inteligência artificial generativa no seu trabalho diário, os analistas pertencem a um dos grupos de profissionais que mais temem ser substituídos pela nova tecnologia. Um temor que diminui à medida que se sobe na hierarquia corporativa, uma vez que gestores e lideranças acreditam estar menos vulneráveis à perda do emprego com a implementação do uso da ferramenta. Esses dados fazem parte de uma pesquisa realizada pela consultoria brasileira EDC Group, com atuação na América Latina e Estados Unidos, que ouviu 549 profissionais, em diversos estados brasileiros. “É uma contradição interessante. Ao mesmo tempo que os analistas e assistentes têm receio de serem substituídos, eles também são os maiores usuários da IA generativa”, diz Daniel Campos Neto, CEO da EDC Group. Na pesquisa, 43% dos respondentes que ocupam funções de auxiliares e assistentes temem perder o emprego por conta da implementação da IA generativa, seguidos pelo grupo dos analistas, com 39,66%. Campos Neto lembra que esses trabalhadores, geralmente estão no início da carreira e exercem tarefas mais operacionais e repetitivas, justamente onde a IA generativa pode ajudar a gerar mais produtividade. O levantamento também evidencia que conforme o nível hierárquico sobe, o medo diminui, caindo para 3% entre aqueles que ocupam cargos de gerência e liderança. “A percepção de quem está em um nível mais alto é mais tranquila, porque existe um entendimento de que a sua função não será substituída pela IA”, diz Campos Neto. Para ele, o nível mais alto da hierarquia ainda acredita que não precisa usar muito a IA generativa, portanto, não se sente ameaçado. “Ele é o trabalhador do conhecimento”. Mas o CEO acredita que o gestor que ainda não usa a ferramenta deveria estar preocupado no sentido de que precisará utilizar. “A IA é como a energia elétrica há 200 anos atrás, ou você usa ou você usa ou você usa”, afirma. “O gestor que só controla, supervisiona, aquele do comando e controle pode ser substituído por uma IA que pode ser programada para fazer supervisão, ver se alguém subiu um relatório ou mandou um e-mail. O gestor que lidera, engaja, envolve e traz características humanas para a liderança vai ter sempre emprego”, observa. Uma maneira de diminuir o medo da IA generativa, segundo Campos Neto, é promovendo um letramento digital na companhia. “É preciso explicar para que ela serve, que se trata de um meio e não um fim”, diz. Ele lembra que a ferramenta pode ler manuais e documentos muito rápido e executar tarefas repetitivas muito bem. “Se você der um manual de 400 páginas, ela vai ler em 5 segundos e executar a tarefa de acordo com ele de forma perfeita. Para atividades repetitivas, que dependem de atenção, como conferir um relatório financeiro, revisar coisas, ela vai fazer muito melhor que você”, afirma. “É como ter um estagiário super proativo à sua disposição”. Mas, não dá para esquecer que quem está no comando da IA generativa é sempre um humano, diz. “Se você mandar fazer uma coisa inútil, ela vai fazer uma coisa inútil”. Por isso, para tirar o melhor proveito da nova tecnologia é preciso capacitar os gestores para explicar para os analistas e os auxiliares que esta não é uma mudança que ocorre do dia para a noite. “É um trabalho de longo prazo”, ressalta. Ele conta que na EBC, que tem 350 funcionários, o trabalho de letramento começou há um ano e meio. “Educação é repetição”, enfatiza. Ele recomenda que os gestores sejam os primeiros a serem preparados na empresa, porque eles serão os disseminadores desse conhecimento. “Se esse gestor se sentir ameaçado, ele não vai querer trazer essa ameaça para dentro”, alerta. Campos Neto diz que os líderes precisam ter segurança emocional para disseminar a mensagem e não boicotá-la. Outro ponto importante na implementação da IA generativa é ter na ponta alguém que valida a informação. “Um erro comum é pegar a resposta de uma IA generativa, como ChatGPT, Bing, Gemini, copiar, colar e mandar para o cliente, achando que aquela resposta é a verdade absoluta”, afirma. “Tem que treinar as pessoas, tem que ter um certo julgamento”. A estratégia de disseminação, segundo ele, começa pelo letramento de quem vai ver maior ganho para a empresa com seu uso, como os gestores que têm equipes que fazem muitos trabalhos repetitivos. “Na minha empresa, crio metas trimestrais de uso de IA para esses líderes”, explica. A faixa etária dos usuários também foi observada no levantamento. Segundo a pesquisa, 83,08% dos profissionais que usam IA generativa têm entre 18 e 34 anos, e 73,08% dos que não fazem uso da ferramenta têm mais de 35 anos. Segundo Campos Neto, uma característica dos mais jovens é que eles usam a IA generativa, que é um Large Language Model (LLM) ou um grande modelo de linguagem, sem muito diálogo. “Eles querem respostas imediatas, então usam uma Ferrari sempre na primeira marcha. Se não houver diálogo, como você vai extrair o máximo de uma ferramenta de linguagem?”, questiona. Ele conta que, na sua empresa, treinou os gestores para que as perguntas ou os chamados “prompts” para a IA generativa tenham pelo menos 10 linhas. “O letramento do líder é sobre mostrar que uma boa pergunta vai fazer a diferença. É isso que ele vai passar para os mais jovens”. Um dos achados que o surpreendeu da pesquisa foi relativo ao ganho de produtividade. Dos 65% respondentes que usam a IA generativa no trabalho, 48% concordam apenas parcialmente que ela pode ser extremamente útil para melhorar a eficiência e a qualidade do que fazem. Somados com aqueles que concordam totalmente, o percentual sobe para 69%. “Para mim foi um dado contra intuitivo, eu achava que todo mundo ia dizer que conseguiu uma super produtividade”, diz. “Eu até já ajustei o meu discurso, trata-se de uma ferramenta que ajuda, melhora, mas depende muito do tipo de trabalho e de função.”
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Inovação Educacional
Today, 6:51 AM
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Após assinar um cheque de cerca de R$ 2 bilhões pela aquisição da Escola Eleva, que tinha entre seus principais acionistas o empresário Jorge Paulo Lemann, em 2022, o grupo britânico Inspired Education já investiu, desde então, outros R$ 3 bilhões no país. Os recursos foram destinados à expansão da rede que aumentou de oito para onze unidades e ampliação das escolas já existentes com incorporação, por exemplo, de estruturas comuns em outros colégios do grupo no mundo como áreas para atividades esportivas e artes. A operação brasileira tem cerca de 8,3 mil alunos. Fundada em 2013 por Nadim Nsouli, um ex-executivo do mercado financeiro de cidadania britânica e libanesa, a Inspired é uma rede formada por 119 colégios premium, que juntos possuem 90 mil alunos, em seis países. O grupo escolar tem como sócios as gestoras de private equity Warburg Pincus e TA Associates, o fundo soberano GIC e fundos ligados às famílias Oppenheimer e Mansour, do Egito. Em 2022, o fundo americano especializado em infraestrutura Stonepeak investiu € 1 bilhão na Inspired. Mesmo com vários investidores, o controle da rede escolar continua nas mãos do fundador. Em sua primeira entrevista a um veículo no Brasil, Nsouli explicou que seus sócios têm como característica comum serem de longo prazo, não há pressa de retorno. Um IPO (oferta inicial de ações) não está nos planos de curto prazo de Nsouli que, antes de criar a Inspired, era gestor de private equity na área de educação. “Não sei se abrir capital é ideal para esse projeto, mas não significa que, em algum momento, dependendo do nosso tamanho, não possamos pensar nisso, considerar. Talvez tenhamos que pensar nisso um dia. Eu prefiro não abrir capital se eu conseguir continuar crescendo do jeito que eu cresço no mercado privado. Mas se não conseguirmos e optarmos por abrir o capital, precisa ser de uma forma que a gente continue operando com essa estratégia de longo prazo, com educação de qualidade. Aí sim, poderia considerar”, disse o empresário que não revela a receita da Inspired. “Uma das vantagens de não ser aberto é não ser obrigado a divulgar esses números”, brincou. No Brasil, o crescimento da Inspired está sendo pautado por expansão orgânica. No último ano e meio, foram abertas três escolas no Rio, São Paulo e Salvador, mas novas aquisições não estão descartadas. Há um grande interesse de grupos internacionais, em especial os ingleses, pelo mercado de educação básica premium que estão desembarcando no Brasil comprando escolas de referência por cifras milionárias. O maior cheque foi assinado, inclusive pela Inspired que pagou o equivalente a 26 vezes o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da Eleva, em 2022. Entre os grupos estrangeiros que já estão por aqui há também a Nord Anglia, Cognita, ISP e SIS. A Inspired tem como estratégia global adquirir um colégio de referência no país e depois expandir a marca -- caminho seguido no Brasil. Além da bandeira Eleva, a mais conhecida, a aquisição envolveu também as escolas Os Batutinhas, no Rio, Gurilândia e Land School, de Salvador, e Centro Educacional Leonardo da Vinci, em Vitória. No Brasil, as mensalidades chegam a R$ 9 mil e variam conforme a unidade e etapa escolar. Nos países em que não há colégios premium, o grupo constrói do zero. Isso já foi feito em 25 escolas no mundo, inclusive, nas Bahamas, onde Nsouli mora e ergueu essa unidade em 2022 para seus filhos estudarem. “A escola é linda. A gente espera que o pessoal da Eleva do Brasil possa vir. Criei uma casa na praia para receber alunos de intercâmbio”, disse Nsouli, que já esteve várias vezes no Brasil. A primeira aquisição foi uma escola na África do Sul, a Reddan House. Era uma rede com quatro unidades, tocadas por um educador que tinha planos de vender o negócio e se mudar para Los Angeles. Hoje, a Reddan House tem cerca de 15 unidades na Europa, África, Oriente Médio e Ásia Pacífico. Nsouli conta que conheceu o mercado de educação na época em que era gestor de um fundo private equity que investia no setor. “Sofri uma tragédia pessoal na minha vida e decidi sair do private equity. Eu queria fazer uma coisa por conta própria. Então, decidi tentar construir um grupo de escolas. E, para ser bem sincero, eu jamais, jamais imaginei que chegaria ao tamanho que chegou hoje”, contou Nsouli, que tem uma fundação, ao lado de sua esposa, para pesquisas sobre câncer cerebral infantil. A Inspired tem como dois principais pilares o esporte e as artes, que são levados para todas as suas unidades no mundo. Questionado sobre como trabalha a diversidade tendo em vista que todas as suas escolas são voltadas ao público de alta renda, ele explicou que há programa de bolsas que atende 2,5 mil alunos, com uma verba de € 50 milhões de euros, por ano. Nesse grupo, há cerca de 100 brasileiros. Entre os diversos projetos do grupo, o que mais tem demando sua atenção é uso da inteligência artificial e tecnologias como realidade aumentada na edução. “Estamos investindo muito em inteligência artificial, acredito que estamos liderando essa frente no mercado de educação. Temos a primeira escola metaverso do mundo”. Ao ser questionado, se a IA pode substituir o professor, Nsouli argumenta que já viu “algumas coisas bem interessantes sendo feitas”. “Mas, no fim das contas, acho que a conexão humana é muito importante. A gente precisa identificar as emoções do aluno ou da criança. Sobretudo quando são pequenos.” Ao fim da entrevista, ele brincou que a IA o tornou poliglota. Nsouli gravou vídeos de mensagens de fim de ano em inglês, árabe, português, espanhol e italiano com a ajuda da ferramenta. “Em inglês e árabe, sou eu mesmo falando. Nas demais, não... o que eu mais gostei foi em italiano.”
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Inovação Educacional
Today, 6:38 AM
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Passados os primeiros dias do drama, a realidade começou a se assentar. Ficou óbvio que o DeepSeek R1 não havia sido desenvolvido com apenas US$ 6 milhões, mas sim com um orçamento superior a um bilhão - ainda assim, muito inferior ao de seus concorrentes ocidentais. Também se constatou que, provavelmente, os modelos da empresa foram treinados utilizando as plataformas de IA americanas, algo que também ocorre com outros competidores menores. Ou seja, não houve uma disrupção massiva, mas sim uma demonstração de que o futuro do setor, ainda em sua infância, está longe de ser definido. A principal lição deixada pelo DeepSeek, no entanto é mais sutil. Seu lançamento reforçou a força da engenhosidade humana. Enquanto a maior parte da indústria apostava na ampliação da capacidade computacional, a DeepSeek concentrou esforços em seus engenheiros - talentos que, mesmo sob restrições tecnológicas, encontraram novas abordagens para superar limitações. E esse processo não foi conduzido às sombras: a empresa vinha documentando suas descobertas e publicando abertamente seus artigos científicos, além de ser de código aberto, o que foi ignorado por todo um setor que já “sabia” o que se fazer. Agora, o que antes era tratado como um “futuro certo” da IA retorna ao debate. O talento humano, de certa forma negligenciado na discussão, volta ao centro - inclusive em temas polêmicos como imigração. Enquanto a inteligência artificial ainda é amplamente debatida como uma força de substituição de talentos, o caso do DeepSeek R1 nos lembra de pontos essenciais: o futuro ainda está em aberto, e, mais importante, será definido por esses talentos, que conseguem enxergar além do presente e criar as próximas fronteiras do possível.
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