Trabalhabilidade. Skills visibility. Empregabilidade. Upskilling. Reskilling. A educação está em constante transformação e estes são alguns dos termos que estão ganhando força na Europa e nos Estados Unidos. Todos têm a ver com um tipo de especialização cada vez mais demandada pelo mercado e por alunos (e ex-alunos, como veremos adiante): as microcertificações. Também chamados de microformações, tratam-se de cursos rápidos que desenvolvem habilidades específicas, que serão empregadas – e comprovadas – no curto prazo. Geralmente, ocorrem a distância ou em encontros rápidos e dinâmicos, dando flexibilidade para a educação continuada de profissionais ou estudantes. O crescimento da procura está relacionado à educação por competência, em que interessa muito mais o que o profissional de fato consegue entregar do que os diplomas que ostenta na parede. No entanto, a comprovação se faz necessária para que os recrutadores ou algoritmos encontrem a mão de obra que procuram – e é aí que aparece a skill visibility. Mais eficiente do que saber onde e quando um profissional concluiu a graduação é entender rapidamente, por exemplo, que ferramentas ele domina ou que competências específicas acumula e que serão importantes para as tarefas a ele delegadas. – Duas forças estão movendo tudo isso. A primeira é a longevidade: as pessoas precisam trabalhar por mais tempo. A segunda são as mudanças no mundo do trabalho, fazendo com que elas precisem aprender mais sobre o que fazem ou dominem coisas novas – analisa o membro do Conselho Deliberativo do CNPq e do Conselho Científico da Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED) Luciano Sathler. Quando a opção é por aprender coisas novas, o caminho é o chamado upskilling, ou seja, incrementar o hall de competências. Aqueles que buscam aprender mais sobre funções que já exercem se encaixam no conceito de reskilling. Os dois são fundamentais em função da longevidade referida por Sathler, caso contrário, a colocação no mercado de trabalho fica seriamente comprometida. Eis que aparecem outros dois termos importantes para compreender a tendência das microcertificações: empregabilidade e trabalhabilidade. O primeiro se refere à formação pensada para inserir e estabilizar o estudante no mercado de trabalho. Já o segundo tem a ver com o desenvolvimento de competências complementares, mas que se mostram cada vez mais essenciais, como as chamadas soft skills e o domínio de ferramentas específicas de acordo com a carreira escolhida. O papel das instituições Feito este preâmbulo, é hora de entender o que tudo isso tem a ver com a realidade das instituições de ensino. Na verdade, tudo. Estar alinhado com o que o mercado de trabalho demanda é o ponto mais óbvio, mas, com um pouquinho de estratégia, dá para tirar ainda mais coisas do cenário apresentado. Olhando para a educação formal, tem-se uma reorganização do Ensino Médio, a partir das novas diretrizes e da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), estruturado sobre eixos e itinerários de aprendizagem de acordo com competências. O aluno começa a ser orientado para o que pretende desenvolver na vida profissional e até mesmo pessoal. Neste contexto, o currículo passa a prever uma gama de atividades que podem extrapolar os limites físicos das escolas. – Parte da carga horária poderá ser trabalho voluntário, ou em uma empresa, visita guiada a museu. E aí o que acontece? O aluno vai terminar o Ensino Médio com o diploma, mas também pode ter certificados de curso técnico, microcertificado de voluntariado e experiência no campo de trabalho durante uma semana. Esse conjunto de microcertificados vai falar tanto ou mais do que o diploma de Ensino Médio – detalha Sathler. Uma grande possibilidade é a formatação de parcerias com instituições de Ensino Superior. É comum que laboratórios fiquem ociosos boa parte do tempo, especialmente em cursos noturnos. A parceria entre escolas e universidades pode garantir uma formação mais completa, com diversos microcertificados que vão aumentar a trabalhabilidade dos alunos e, de quebra, ainda estimulam o vínculo com o nível superior e aproximam o futuro universitário e a instituição. IES e as microcertificações Se é vantagem para as escolas de Ensino Médio, que vão oferecer novas oportunidades e competências aos estudantes, é mais ainda para as faculdades e universidades. Além de ocuparem espaços até então ociosos, divulgam o trabalho e a estrutura para prospectar futuros alunos. Para os que já estão na sala de aula, o movimento é de repensar as unidades curriculares ao redor das competências e habilidades. Dando dinamismo, é possível desmembrar as trilhas de ensino em uma arquitetura curricular que ofereça dezenas de microcertificações ao longo do curso. Atividades complementares, de extensão, atividades práticas, eventos ou, inclusive, cada unidade curricular pode dar origem a um microcertificado. Desta forma os alunos podem concluir cada semestre com uma série de habilidades comprovadas (novamente a ideia de skill visibility). – Elas têm de estar registradas de uma forma digital e a tendência é que aconteça em blockchain, para que os algoritmos encontrem. As competências ficam visibilizadas em uma carteira digital de habilidades. Esse movimento já está na União Europeia, nos Estados Unidos e na Ásia. Está chegando no Brasil – alerta Sathler. A comprovação dessas competências tem passado muito por ferramentas digitais. O próprio LinkedIn, rede social profissional, tem algoritmos que filtram a busca por prestadores de serviço ou profissionais que aleguem determinadas habilidades. Com a chamada Carteira Digital de Competências e Habilidades, já em prática em outros países, isso fica muito mais fácil e confiável. Se as microcertificações aproximam os futuros alunos e intensificam a visibilidade da formação dos atuais, falta apenas falar dos ex-alunos. Para Sathler, eles não existem mais: a oportunidade está em oferecer cursos rápidos, flexíveis e acessíveis como opção de formação continuada. Por isso, as microcertificações devem fazer parte da estratégia dos gestores de Instituições de Ensino Superior. – Para permanecer relevante, tenho que me integrar ao ecossistema de inovação e ajudar a desenvolvê-lo na tríade universidade, empresas e governos. O que nós estamos entregando não está sendo valorizado pelo mercado de trabalho. As pessoas estão se diplomando e indo trabalhar fora da sua área de formação ou em empregos que exigem menos do que um diploma – aponta Sathler. Segundo ele, há um desalinhamento entre os serviços prestados pelas instituições de Ensino Superior e o que o mundo do trabalho está demandando. E as instituições, especialmente de EAD, que estão muito focadas em ênfase conteudista, são as que mais colaboram com essa desvalorização do diploma. No entanto, elas é que podem ser o principal motor para reverter isso, desde que mudem a oferta para que os alunos possam interagir com professores e colegas, focando nas microcertificações e na trabalhabilidade. Cooperativismo gaúcho já se beneficia das microcertificações Criada há mais de 10 anos, a Faculdade de Tecnologia do Cooperativismo (Escoop) oferece o curso de graduação de Tecnólogo em Gestão de Cooperativas, além de diversas pós-graduações focadas no tema e ainda mais customizadas, como gestão financeira para cooperativas de crédito. No Congresso Brasileiro do Cooperativismo de 2019, as entidades foram desafiadas a melhorar o nível de profissionalização e governança das cooperativas. Um ano depois, viram a procura por cursos on-line disparar – até mesmo em função da pandemia. A saída foi oferecer opções ainda mais rápidas e dinâmicas. – Temos módulos de até 50 horas, mas conseguimos calibrar para mais ou para menos de acordo com cada cooperativa e o nível de maturidade dos conselheiros – explica o diretor-geral da Escoop e gerente-geral do Sescoop/RS, José Máximo Daronco. Os conselheiros a que se refere são os que atuam na gestão das cooperativas. Anualmente, os conselhos fiscais passam por renovação de dois terços de seus quadros e os novos ocupantes precisam compreender as atribuições do cargo. Outro curso atua na formação de coordenadores de núcleos – que possivelmente se tornarão conselheiros nos anos seguintes. – Intensificamos o projeto de segurança cibernética para empresas de segmentos como energia e infraestrutura. Fizemos o primeiro módulo, com 20 horas, já estamos no segundo e, no começo de 2023 devemos ter o terceiro, além de ampliar para outros ramos, como agro e crédito – conta Daronco. O maior desafio para oferecer os cursos, segundo ele, é ter um conjunto de professores devidamente preparados. Para driblar este obstáculo, a Escoop busca pessoas que estão dentro das cooperativas. As aulas são síncronas para permitir maior interação, indo ao encontro do que defende Luciano Sathler. Mas isso também demanda um domínio por parte dos professores, que, além de conhecerem o dia a dia das cooperativas, precisam dominar a metodologia de atuação no modo virtual, mantendo o engajamento dos participantes. O resultado tem agradado a instituição, parceiros e alunos. Os dirigentes das cooperativas reportam que os alunos voltaram às atividades com uma capacidade maior de observação e que novas visões foram implementadas. – A formação continuada desperta o senso crítico, permitindo a melhoria nos processos de tomada de decisão dentro das cooperativas e, também, uma participação mais efetiva dessas pessoas no processo democrático que a cooperativa constrói para decisões. Devemos proporcionar cada vez mais a educação continuada – conclui Daronco.
Para reduzir o desmatamento na Amazônia, é preciso implementar e fortalecer medidas de conservação não apenas de terras públicas, como também de áreas privadas. O Código Florestal, em vigor desde 2012, permite o desmatamento legal de até 20% da floresta amazônica localizada dentro de propriedades particulares. Isso significa que políticas de conservação em áreas privadas poderiam potencialmente proteger cerca de 11.3 Mha (milhões de hectares) na Amazônia brasileira.
To contrast this threat with the traditional Control Problem described above, I refer to this emerging AI risk as the “Manipulation Problem.” It’s a danger I’ve been tracking for almost two decades, but over the last 18 months, it has transformed from a theoretical long-term risk to an urgent near-term threat. That’s because the most efficient and effective deployment mechanism for AI-driven human manipulation is through conversational AI. And, over the last year, a remarkable AI technology called Large Language Models (LLMs) has rapidly reached a maturity level. This has suddenly made natural conversational interactions between targeted users and AI-driven software a viable means of persuasion, coercion, and manipulation. Of course, AI technologies are already being used to drive influence campaigns on social media platforms, but this is primitive compared to where the technology is headed. That’s because current campaigns, while described as “targeted,” are more analogous to spraying buckshot at flocks of birds. This tactic directs a barrage of propaganda or misinformation at broadly defined groups in the hope that a few pieces of influence will penetrate the community, resonate among its members and spread across social networks. This tactic is extremely dangerous and has caused real damage to society, polarizing communities, spreading falsehoods and reducing trust in legitimate institutions. But it will seem slow and inefficient compared to the next generation of AI-driven influence methods that are about to be unleashed on society.
In this issue we have a very useful Guide to Cyber Security for Schools produced by the National Cyber Security Centre. A principal's perspective on online safety by Robbie O'Connell gives us the low down on getting the best out of the internet and technology in schools while ensuring that it is a safe and secure place for our students and educators. Rachel Farrell and Mark Baldwin introduce us to the amazing potential of immersive technology in the classroom with a look at how they have implemented a number of projects using VR and AR.
Nesse episódio da primeira série documental do G4 Educação, falaremos sobre o Fim dos Unicórnios. O que significa o termo “Unicórnios” no mundo dos negócios? Ela se refere às empresas que valem mais de 1 bilhão de dólares. São empresas que conseguiram dar escala para algum tipo de serviço. Descobriram como resolver a dor de um grande número de pessoas e a partir disso, aumentaram a sua base de usuários.
This is a guide to cities to improve “Food-Water-Energy Nexus” (FWEN) using green and blue infrastructure in cities. IFWEN is a new framework to address old problems in cities: unsustainable use and scarcity of natural resources, inefficient and wasteful management and social inequalities. FWEN is based on “systems thinking” instead of “silos thinking” to help integrate different sectors and departments in managing resources to improve efficiency and quality in the use of food, water and energy. By identifying the connections between these elements and the sectors involved in their governance, this guide adopts an “urban metabolism” approach. It outlines an integrated management vision in providing environmental services to its inhabitants. By considering the synergies and trade-offs between these resources within a collaborative governance approach, the methodology presented here can help urban managers and policy makers on the pathway toward sustainable development. Deployment of Green and Blue Infrastructure (GBI) can improve the FWEN. The FWEN approach addresses several of the Sustainable Development Goals (SDGs) simultaneously, particularly SDG 11 (Sustainable Cities and Communities), and supports the implementation of the 2030 Sustainable Development Agenda.
Coursera CEO Jeff Maggioncalda said at the Davos conference yesterday that the company plans to integrate ChatGPT across its platform catalog this year. “ChatGPT can be trained on Coursera’s data to talk like “the smartest professors in the world,” he added. In addition, he predicted that “cheating in class will be rampant.” “The first time I sat down in front of ChatGPT, I said, ‘this is not possible,’” Maggioncalda explained. He called ChatGPT a “game changer” that is “blowing my mind” — so much so that he now talks to ChatGPT daily and uses it as a “writing assistant” and a “blog partner.”
Debater os impactos e dar um direcionamento para as instituições de educação superior (IES) sobre novas ferramentas que surgem e que revolucionam o setor é um dos compromissos da ABMES. Nesse sentido, a Associação realizará no próximo dia 14 de fevereiro, um seminário virtual sobre o ChatGPT, uma inteligência artificial de geração de texto (GPT-3) que foi lançada em novembro de 2022 e já está no radar e na rotina de algumas IES. Como o ChatGPT impacta o setor educacional? Como lidar com essa ferramenta? Como adaptar planos de ensino e também a forma de avaliar os alunos? E também como formar e capacitar professores que atuarão diretamente com essa e outras tecnologias que surgem? Essas e outras questões serão pautadas e aprofundadas por especialistas com o objetivo de apoiar as IES de todos os portes e localidades. Coordenação • Celso Niskier – Diretor presidente da ABMES Participação • Luciano Sathler – Reitor do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix e membro do CNPq • Carmen Tavares – Gestora Educacional e de Inovação • Ronaldo Mota – Membro da Academia Brasileira de Educação Data: 14/02/3023 Horário: 9h Via YouTube
Ao g1, estudantes falam sobre como se sentiram ‘extraterrestres’ em um espaço que, até então, era formado majoritariamente por professores e alunos brancos. Ao longo dos 5 anos de curso, cotistas transformaram a universidade com novos debates e luta por políticas de permanência mais efetivas.
In times past, we, as teachers, were limited by what we could provide in the classroom. If we didn’t have the supplies, manipulates, or materials available to us, our students missed out on extension that we could have provided. Today, though, earning can be taken beyond the classroom. Extension, explanation, and exploration are easily done in engaging and relevant ways like never before. We merely use the education technology provided to us!
A dissertação analisou a saúde mental dos estudantes da UFBA (Universidade Federal da Bahia) e investigou qual a incidência e os fatores associados aos TMC (Transtornos Mentais Comuns) entre os alunos. A pesquisa disponibilizou questionários online que obtiveram 509 respostas.
O estudo quantitativo concluiu que entre os questionários analisados há uma suspeição de TMC de 78,6%, o percentual é mais agravantes entre os alunos que fazem parte de minorias políticas. A análise também enfatizou a necessidade de políticas preventivas para evitar o adoecimento mental dos estudantes.
O mercado de startups nunca foi tão concorrido: em 2022, o Brasil registrou 11.562 delas, de acordo com um levantamento da Cortex. A pesquisa ainda mostrou que, desse total, 28% são do segmento de Tecnologia da Informação, 22% da área de serviços e 16% do varejo; 11% são da área industrial e 6% da financeira. Só o Estado de São Paulo concentra 50% do total de empresas com este perfil.
A growing and ageing global population looks to exacerbate existing issues with social mobility and human capital development. Meanwhile, geopolitical tensions are amplifying the need to find alternate energy sources amid the already urgent need to transform into a more sustainable economy. More Social Jobs, those in the education, healthcare and care sectors, can help address social mobility and human capital issues. Similarly, more Green Jobs are essential for enabling an environmental transition.
Our feature article this issue, by Gavin Ward, the Managing Director and VP of Dell Technologies in Ireland, considers the lessons learned over the past 18 months in the implementation of education technology policy in Ireland and looks to the future of the digital classroom. Jennifer McGarry follows her last article on the Makey Makey circuit board with an in-depth interview with its co-inventor, the remarkable Jay Silver. The Ireland’s Future is MINE programme sees Microsoft and RTEjr team up to launch a new national digital skills competition for Primary Schools using Minecraft Education Edition.
In this issue we look at the rapid development of artificial intelligence and machine learning in education technology. Over the past two months there has been much debate, discussion and frequent hysteria attached to the ‘rise of AI’, much of this stems from the release of ChatGPT, an advanced ChatBot. Our writers include academic researchers and practising teachers who share their experience and expertise in the field, remarkably one which is evolving before our eyes!
Há uma máxima na política que aponta a diferença entre a vitória e a conquista. Ganhar uma eleição não é o suficiente para mudar o país, estabelecer novos valores e a Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE) tem apontado que o governo do presidente Lula inicia sob uma concepção liberal para os rumos da educação pública. A manutenção da reforma do ensino médio é um exemplo de como grupos econômicos têm influenciado as decisões e imposto uma visão de escola voltada à formação exclusivamente tecnicista dos estudantes e das estudantes no país. Além de encontrarem brechas para fazer do ensino um lucrativo mercado. Segundo o cientista político Rudá Ricci, o chamado terceiro setor mudou a forma de se apropriar das verbas inclusive em governos progressistas. Desde 1994, analisa, houve o crescimento de fundações e institutos, inclusive com perfil de movimentos sociais, que começaram a formular políticas e iniciativas para tomar recursos públicos. Inicialmente, por meio da venda de material didático e cursos continuados aos professores. Em 2017, ao menos 77 prefeituras escolheram pagar por apostilas de grandes empresas educacionais ao invés de receber livros gratuitamente por meio do Programa Nacional do Livro e Material Didático (PNLD). No governo Jair Bolsonaro (PL), as tentativas de privatização da educação foram marcadas por ameaças de implantação de sistema de "vouchers", que serviriam para pagar serviços de educação no setor privado e pelo corte sistemático de verbas na educação pública. No final da gestão, o governo Bolsonaro deixou de comprar parte do material que integra o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) para os alunos da rede pública em 2023 e uma parcela dos estudantes só vai receber o material em 2024. Além disso, uma nova frente se abriu com o projeto de educação cívico-militar que passou a ser uma fonte de recursos a militares da reserva. Os métodos baseados na disciplina produziram cenas lamentáveis como a que ocorreu em 2019, em Goiás, quando alunos e alunas tiveram de tirar a roupar para que fossem revistados. Isso não foi suficiente para reverter a pauta do ex-presidente. A proposta de orçamento de Bolsonaro para 2023 previa mais dinheiro para a construção de colégios militares em São Paulo, R$ 147 milhões, do que para moradias populares, R$ 34,2 milhões. Espaço em disputa A influência da iniciativa privada na gestão da educação fez com que o início do governo Lula tivesse como uma das marcas o embate nesse setor, a ponto de três comissões serem criadas durante o processo de transição para atender ao lobby do setor. Segundo Rudá Ricci, há uma tendência de que o segmento siga a ditar os rumos do ensino. “A mercantilização da educação é um risco real pelas mãos do MEC (Ministério da Educação). A secretária executiva é a Izolda Cela, embaixatriz do modelo Sobral, de concepção empresarial da educação, presente na reforma do ensino médio, que busca tirar qualquer aspecto de reflexão crítica sobre o mundo. Não pensa o estudante como sujeito, mas como objeto dentro do que Paulo Freire chamava de educação bancária”, critica. O cenário torna ainda mais preocupante o futuro da educação no país. De acordo com pesquisa do Instituto Semesp, divulgada em setembro do ano passado, faltarão 235 mil docentes no país em 2040. Isso se explica por fatores como a alta pressão e contraposição aos baixos salários e a ausência de fatores motivadores para a permanência em sala de aula. Enquanto isso, crescem os projetos de parceria com a iniciativa privada. Professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e coordenadora do Fórum Estadual Permanente de Educação de Minas Gerais, Analise da Silva, explica que o processo de mercantilização do ensino ocorre de maneira sutil e vem embalado numa ideia de responsabilidade social. “Minas tem um projeto do governo do estado em que professores recebem formação continuada por meio de institutos privados como Itaú, Fundação Lemann e Todos pela Educação. O argumento do governo é que os institutos não são remunerados, mas, além de venderem uma perspectiva de um ensino atrelado a metas a serem batidas, ao invés de uma formação baseada no compartilhar saberes e conhecimentos com estudantes, têm acesso aos dados de toda comunidade escolar. O governo Bolsonaro fez uma série de parcerias com instituições privadas e uma delas encaminha até hoje a professores que estão na educação superior e-mails que oferecem planos de saúde e cursos virtuais”, explica. Analise aponta ainda que no estado as ONGs contribuem com a higienização social. Ela explica que um projeto chamado Somar assumiu a Escola Francisco Menezes Filho, no bairro de Ouro Preto, e mudou a rotina dos alunos. “Esse é um bairro de classe média de Belo Horizonte e na hora da matrícula, o governo do estado direcionou as crianças das vilas que também vivem na região para outros colégios, sob a alegação de que ficavam mais próximos. Coincidentemente, os alunos que permaneceram e que moram perto da escola são filhos da classe média. Os professores que ficaram, porque também houve seleção, receberam uma formação robusta focada em como aumentar índice do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). Então, na prática, em números, não tem como fazer avaliação do projeto e dizer que não deu certo”, pontua. Dessa maneira, as escolas caminham para as mãos da iniciativa privada com professores pagos com verba pública. Sem diálogo A Secretária de Assuntos Educacionais da CNTE, Guelda Andrade, destaca que a confederação já solicitou uma audiência com o ministro da Educação, Camilo Santana, mas ainda não obteve resposta. Para a entidade, o primeiro ponto a ser discutido é Emenda Constitucional 95/2016, a chamada lei do teto de gastos, que desmontou toda e qualquer estrutura financeira organizada que o país tinha para o investimento em serviços públicos. Até o momento, o projeto meritocrático apresentado e defendido por Santana é um tiro no pé de um governo que se elegeu para revogar retrocessos como a reforma do ensino médio, avalia Guelda. “Não existe educação de qualidade sem garantir valorização profissional e uma estrutura física adequada para os estudantes, que faça com que queiram estar na escola. Precisamos pensar a educação integral e não apenas de tempo integral, porque não queremos mais do mesmo. É preciso garantir um projeto pedagógico que tenha sequência no espaço da escola. Não são avaliações estandartizadas que irão garantir educação de qualidade, mas, para mudar isso precisamos ter um canal de diálogo aberto”, pontua. A CNTE também defende a campanha "Fazemos a escola pública! Por mais investimento em educação" , uma iniciativa global da Internacional da Educação (IE) lançada no dia 24 de janeiro contra os cortes orçamentários, austeridade e privatizações, e ao mesmo tempo se mobilizam para construir educação pública inclusiva e de qualidade para todos.
Vão ser beneficiados os profissionais do magistério que estavam em efetivo exercício na educação básica estadual entre agosto de 1998 e dezembro de 2006. Mais de R$ 709 milhões vão ser destinados aos pagamentos dos profissionais, o valor corresponde a 60% dos precatórios do Fundef que o Ceará tem direito. Os 40% restantes dos precatórios vão ser aplicados na ampliação da estrutura de ensino em tempo integral no Estado. Ao todo, esse outro montante corresponde a R$ 472,8 milhões.
We understand that artificial intelligence (AI) resulted in the loss of many blue-collar jobs as smart robots took over the manufacturing process. However, we now know that this generation of AI will have even greater impact in truly creative fields, including art and original authorship. The impact is far-reaching and revolutionary.
Search Another critical step is to search for sources. While everyone knows how to ‘Google’ for information, many are unaware of the right way to craft their search terms and queries. So, to get their hands-on on the appropriate sources need to use general terms (at times) or use very specific terms to eliminate poor sources. The key questions to answer at the search phase include: What kinds of search terms will produce the best results? What are we expecting from this search process At this stage, educators can help learners become better and efficient searchers by demonstrating how different search terms yield different resources. They should include terms that give results for websites with misleading content to show the need to be mindful when searching for information. While in online classes, educators can shoot a narrated screencast video of different searches to teach learners how to craft searches in their field.
These three foundations — and the IT issues they encompass — will shape the coming year for higher education. Higher education IT leaders are tasked with driving their organizations’ IT missions while mentoring their staff. Data and analytics are key to providing IT leaders with actionable insights that allow them to make meaningful change at their institutions. And administrative leaders have recognized that tasks can be completed from anywhere, just as efficiently as before.
A avaliação é considerada um processo de determinação de mérito e de valor de projetos, programas e políticas públicas na medida que oferece um parecer sobre a implementação das ações, se elas produzem os efeitos esperados e quão bons ou convenientes são esses efeitos (Scriven, 2018). Considerando esse papel, não há dúvida de que a avaliação se tornou uma ferramenta muito útil para a gestão de projetos e programas sociais e também para estimular o aumento do volume de investimento social. No entanto, a finalidade da avaliação na promoção da equidade se estende para além de uma determinação de eficácia ou eficiência de maximização de benefícios sociais ao menor custo possível. Como argumenta Jara Dean-Coffey, pesquisadora norte-americana em avaliação e equidade: “ao invés da avaliação se tratar de mérito e valor das políticas públicas, se trata de mérito, valor e de construir relações para equidade” (Seminário Internacional de Avaliação, 2020).
Importante fator de desenvolvimento infantil, o ensino de música nas escolas encontra entraves como baixa formação profissional e dificuldade de aplicação mesmo após quase 15 anos de obrigatoriedade
Sharing your scoops to your social media accounts is a must to distribute your curated content. Not only will it drive traffic and leads through your content, but it will help show your expertise with your followers.
Integrating your curated content to your website or blog will allow you to increase your website visitors’ engagement, boost SEO and acquire new visitors. By redirecting your social media traffic to your website, Scoop.it will also help you generate more qualified traffic and leads from your curation work.
Distributing your curated content through a newsletter is a great way to nurture and engage your email subscribers will developing your traffic and visibility.
Creating engaging newsletters with your curated content is really easy.
To get content containing either thought or leadership enter:
To get content containing both thought and leadership enter:
To get content containing the expression thought leadership enter:
You can enter several keywords and you can refine them whenever you want. Our suggestion engine uses more signals but entering a few keywords here will rapidly give you great content to curate.