Trabalhabilidade. Skills visibility. Empregabilidade. Upskilling. Reskilling. A educação está em constante transformação e estes são alguns dos termos que estão ganhando força na Europa e nos Estados Unidos. Todos têm a ver com um tipo de especialização cada vez mais demandada pelo mercado e por alunos (e ex-alunos, como veremos adiante): as microcertificações. Também chamados de microformações, tratam-se de cursos rápidos que desenvolvem habilidades específicas, que serão empregadas – e comprovadas – no curto prazo. Geralmente, ocorrem a distância ou em encontros rápidos e dinâmicos, dando flexibilidade para a educação continuada de profissionais ou estudantes. O crescimento da procura está relacionado à educação por competência, em que interessa muito mais o que o profissional de fato consegue entregar do que os diplomas que ostenta na parede. No entanto, a comprovação se faz necessária para que os recrutadores ou algoritmos encontrem a mão de obra que procuram – e é aí que aparece a skill visibility. Mais eficiente do que saber onde e quando um profissional concluiu a graduação é entender rapidamente, por exemplo, que ferramentas ele domina ou que competências específicas acumula e que serão importantes para as tarefas a ele delegadas. – Duas forças estão movendo tudo isso. A primeira é a longevidade: as pessoas precisam trabalhar por mais tempo. A segunda são as mudanças no mundo do trabalho, fazendo com que elas precisem aprender mais sobre o que fazem ou dominem coisas novas – analisa o membro do Conselho Deliberativo do CNPq e do Conselho Científico da Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED) Luciano Sathler. Quando a opção é por aprender coisas novas, o caminho é o chamado upskilling, ou seja, incrementar o hall de competências. Aqueles que buscam aprender mais sobre funções que já exercem se encaixam no conceito de reskilling. Os dois são fundamentais em função da longevidade referida por Sathler, caso contrário, a colocação no mercado de trabalho fica seriamente comprometida. Eis que aparecem outros dois termos importantes para compreender a tendência das microcertificações: empregabilidade e trabalhabilidade. O primeiro se refere à formação pensada para inserir e estabilizar o estudante no mercado de trabalho. Já o segundo tem a ver com o desenvolvimento de competências complementares, mas que se mostram cada vez mais essenciais, como as chamadas soft skills e o domínio de ferramentas específicas de acordo com a carreira escolhida. O papel das instituições Feito este preâmbulo, é hora de entender o que tudo isso tem a ver com a realidade das instituições de ensino. Na verdade, tudo. Estar alinhado com o que o mercado de trabalho demanda é o ponto mais óbvio, mas, com um pouquinho de estratégia, dá para tirar ainda mais coisas do cenário apresentado. Olhando para a educação formal, tem-se uma reorganização do Ensino Médio, a partir das novas diretrizes e da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), estruturado sobre eixos e itinerários de aprendizagem de acordo com competências. O aluno começa a ser orientado para o que pretende desenvolver na vida profissional e até mesmo pessoal. Neste contexto, o currículo passa a prever uma gama de atividades que podem extrapolar os limites físicos das escolas. – Parte da carga horária poderá ser trabalho voluntário, ou em uma empresa, visita guiada a museu. E aí o que acontece? O aluno vai terminar o Ensino Médio com o diploma, mas também pode ter certificados de curso técnico, microcertificado de voluntariado e experiência no campo de trabalho durante uma semana. Esse conjunto de microcertificados vai falar tanto ou mais do que o diploma de Ensino Médio – detalha Sathler. Uma grande possibilidade é a formatação de parcerias com instituições de Ensino Superior. É comum que laboratórios fiquem ociosos boa parte do tempo, especialmente em cursos noturnos. A parceria entre escolas e universidades pode garantir uma formação mais completa, com diversos microcertificados que vão aumentar a trabalhabilidade dos alunos e, de quebra, ainda estimulam o vínculo com o nível superior e aproximam o futuro universitário e a instituição. IES e as microcertificações Se é vantagem para as escolas de Ensino Médio, que vão oferecer novas oportunidades e competências aos estudantes, é mais ainda para as faculdades e universidades. Além de ocuparem espaços até então ociosos, divulgam o trabalho e a estrutura para prospectar futuros alunos. Para os que já estão na sala de aula, o movimento é de repensar as unidades curriculares ao redor das competências e habilidades. Dando dinamismo, é possível desmembrar as trilhas de ensino em uma arquitetura curricular que ofereça dezenas de microcertificações ao longo do curso. Atividades complementares, de extensão, atividades práticas, eventos ou, inclusive, cada unidade curricular pode dar origem a um microcertificado. Desta forma os alunos podem concluir cada semestre com uma série de habilidades comprovadas (novamente a ideia de skill visibility). – Elas têm de estar registradas de uma forma digital e a tendência é que aconteça em blockchain, para que os algoritmos encontrem. As competências ficam visibilizadas em uma carteira digital de habilidades. Esse movimento já está na União Europeia, nos Estados Unidos e na Ásia. Está chegando no Brasil – alerta Sathler. A comprovação dessas competências tem passado muito por ferramentas digitais. O próprio LinkedIn, rede social profissional, tem algoritmos que filtram a busca por prestadores de serviço ou profissionais que aleguem determinadas habilidades. Com a chamada Carteira Digital de Competências e Habilidades, já em prática em outros países, isso fica muito mais fácil e confiável. Se as microcertificações aproximam os futuros alunos e intensificam a visibilidade da formação dos atuais, falta apenas falar dos ex-alunos. Para Sathler, eles não existem mais: a oportunidade está em oferecer cursos rápidos, flexíveis e acessíveis como opção de formação continuada. Por isso, as microcertificações devem fazer parte da estratégia dos gestores de Instituições de Ensino Superior. – Para permanecer relevante, tenho que me integrar ao ecossistema de inovação e ajudar a desenvolvê-lo na tríade universidade, empresas e governos. O que nós estamos entregando não está sendo valorizado pelo mercado de trabalho. As pessoas estão se diplomando e indo trabalhar fora da sua área de formação ou em empregos que exigem menos do que um diploma – aponta Sathler. Segundo ele, há um desalinhamento entre os serviços prestados pelas instituições de Ensino Superior e o que o mundo do trabalho está demandando. E as instituições, especialmente de EAD, que estão muito focadas em ênfase conteudista, são as que mais colaboram com essa desvalorização do diploma. No entanto, elas é que podem ser o principal motor para reverter isso, desde que mudem a oferta para que os alunos possam interagir com professores e colegas, focando nas microcertificações e na trabalhabilidade. Cooperativismo gaúcho já se beneficia das microcertificações Criada há mais de 10 anos, a Faculdade de Tecnologia do Cooperativismo (Escoop) oferece o curso de graduação de Tecnólogo em Gestão de Cooperativas, além de diversas pós-graduações focadas no tema e ainda mais customizadas, como gestão financeira para cooperativas de crédito. No Congresso Brasileiro do Cooperativismo de 2019, as entidades foram desafiadas a melhorar o nível de profissionalização e governança das cooperativas. Um ano depois, viram a procura por cursos on-line disparar – até mesmo em função da pandemia. A saída foi oferecer opções ainda mais rápidas e dinâmicas. – Temos módulos de até 50 horas, mas conseguimos calibrar para mais ou para menos de acordo com cada cooperativa e o nível de maturidade dos conselheiros – explica o diretor-geral da Escoop e gerente-geral do Sescoop/RS, José Máximo Daronco. Os conselheiros a que se refere são os que atuam na gestão das cooperativas. Anualmente, os conselhos fiscais passam por renovação de dois terços de seus quadros e os novos ocupantes precisam compreender as atribuições do cargo. Outro curso atua na formação de coordenadores de núcleos – que possivelmente se tornarão conselheiros nos anos seguintes. – Intensificamos o projeto de segurança cibernética para empresas de segmentos como energia e infraestrutura. Fizemos o primeiro módulo, com 20 horas, já estamos no segundo e, no começo de 2023 devemos ter o terceiro, além de ampliar para outros ramos, como agro e crédito – conta Daronco. O maior desafio para oferecer os cursos, segundo ele, é ter um conjunto de professores devidamente preparados. Para driblar este obstáculo, a Escoop busca pessoas que estão dentro das cooperativas. As aulas são síncronas para permitir maior interação, indo ao encontro do que defende Luciano Sathler. Mas isso também demanda um domínio por parte dos professores, que, além de conhecerem o dia a dia das cooperativas, precisam dominar a metodologia de atuação no modo virtual, mantendo o engajamento dos participantes. O resultado tem agradado a instituição, parceiros e alunos. Os dirigentes das cooperativas reportam que os alunos voltaram às atividades com uma capacidade maior de observação e que novas visões foram implementadas. – A formação continuada desperta o senso crítico, permitindo a melhoria nos processos de tomada de decisão dentro das cooperativas e, também, uma participação mais efetiva dessas pessoas no processo democrático que a cooperativa constrói para decisões. Devemos proporcionar cada vez mais a educação continuada – conclui Daronco.
Devo permitir 'web namoro' para meus filhos? Por quanto tempo podem navegar ou jogar? Como configurar a privacidade? Devo ter as senhas? Veja o que dizem especialistas e saiba como tentar evitar casos como os de meninas que sumiram no Rio após conhecer homens em plataformas on-line.
Reforma do ensino médio ainda não resolve os antigos problemas educacionais. Com isso, ganha desavenças entre educadores que precisam, mais do que nunca, de formação qualificada e apoio
O ministro da Educação, Camilo Santana, destacou a importância dos professores no processo de alfabetização ao falar sobre a contribuição da pesquisa para obter subsídios técnicos que permitam o desenvolvimento de uma política educacional de combate ao analfabetismo no Brasil. “O Brasil é um dos países mais desiguais do planeta. Nossa missão é reconstruir e implementar políticas e programas que busquem a justiça social. Temos um compromisso com a educação básica”, afirmou. Camilo destacou o objetivo do diálogo com os principais agentes envolvidos no sistema de ensino. “Juntos construiremos uma política unificada, consensuada e entregaremos a educação de qualidade que os brasileiros merecem”, complementou.
O denominado “novo ensino médio” navega num mar de polarização, entre aqueles que desejam revogar a lei que o instituiu e os que pedem mais tempo para sua boa implantação. A discussão me parece fora do lugar. O ideal seria, em primeiro lugar, entender o atual estágio de implantação em cada estado. As escolas particulares adotaram o caminho mais adequado às comunidades que atendem. As do sistema S articularam seu ecossistema, com o núcleo básico atendido pelas escolas do Sesi e o técnico provido pelo Senai. Mas é nas redes públicas, responsáveis por 85% dos estudantes, que é mais desafiadora a implantação do modelo proposto, dadas suas especificidades. O ideal seria que o MEC promovesse um amplo diagnóstico que englobasse o que efetivamente é oferecido aos estudantes, se há professores para as disciplinas ofertadas, se eles estão habilitados para as aulas sob sua responsabilidade e se o direito de escolha dos itinerários formativos pelos estudantes está garantido. Que tal compreender que desafios os educadores estão enfrentando e que necessidades apontam? O MEC deu um bom passo ao sinalizar que pretende realizar uma pesquisa com estudantes e educadores para entender o que pensam sobre sua experiência no ensino médio. A sinalização do novo governo federal sobre a volta da construção de políticas públicas com a participação dos diversos atores do campo educacional, aliada à qualidade da equipe que hoje compõe o MEC, colabora para a crença de que viveremos um novo tempo na educação brasileira. Para que se concretize, é preciso que o ministério aponte que caminho pretende seguir. E que o faça realmente de mãos dadas com a sociedade brasileira.
There is a growing need to reframe computing in classrooms as an inherently social and learned set of skills. The end goal is not to just provide access to digital devices — it’s to develop the skills to use these tools for heightened learning, critical thinking and self-expression.
"The original goal of releasing a demo was to disseminate our research in an accessible way," a spokesperson for Stanford's Human-Centered Artificial Intelligence institute told The Register in a statement. "We feel that we have mostly achieved this goal, and given the hosting costs and the inadequacies of our content filters, we decided to bring down the demo."
Coleção fortalecimento das aprendizagens dos estudantes
Também no Ensino Médio, o projeto Fortalecimento da Aprendizagem apoia na recomposição, com o objetivo de reduzir a defasagem dos estudantes nos componentes de Língua Portuguesa e Matemática, e de consolidar aprendizagens essenciais para o seu desenvolvimento.
A maioria dos líderes do agronegócio prevê uma desaceleração no ritmo de negócios nos próximos anos, uma leitura similar à de executivos do Brasil e do mundo de outros setores, que se dizem preocupados com instabilidade econômica global, inflação, rupturas nas cadeias de suprimento e conflitos geopolíticos. Os resultados aparecem na 26ª edição da pesquisa Global CEO Survey, realizada pela consultoria e auditoria PwC. Apenas 18% dos CEOs do agro acreditam em uma aceleração, em uma reversão completa de ânimo em relação ao ano passado, quando 77% tinham essa opinião. Por outro lado, os executivos do setor estão bem mais otimistas em relação ao próprio país (53%) do que a média global (29%), embora abaixo da média no Brasil (66%). A PwC ouviu 4,4 mil executivos em 105 países.
“O CEO deve ser o primeiro a cuidar da ‘saúde’ organizacional e promover o trabalho em equipe, de olho em resultados e performance”, diz Daniela Mindlin Tessler, sócia da prática de team building da Odgers Berndtson, consultoria de seleção de executivos. “Não vejo mais presidentes ‘encastelados’ em salas e distantes dos funcionários. É um modelo de gestão fadado ao fracasso.”
O ChatGPT deve receber um avatar bonitinho ou um nome para interagir com os internautas? Essa foi uma das preocupações de professores de diversas instituições e especialistas que participaram na terça-feira (21) do seminário ‘ChatGPT: Potencial, Limites e Implicações para a Universidade’. O evento foi organizado pelo Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA-USP). O sistema de inteligência artificial (IA) apresenta respostas incorretas, alucina e possivelmente comete plágio, dizem os professores. O ChatGPT não deve ser ‘humanizado’, tratado como uma pessoa, para não confundir as próprias pessoas, recomenda Valdir Barzotto, da Faculdade de Educação da USP. “O mais grave é que [o ChatGPT] escreve parecendo com um humano”, enfatiza Glauco Arbix, professor titular do Departamento de Sociologia da USP, coordenador do Observatório da Inovação e Competitividade do IEA e do C4AI-USP. O sistema é admirado e temido, recomendado como apoio para fazer buscas e pesquisas, mas com fortes alertas de que inventa coisas, alucina e erra. Ao responder à pergunta de quem é Fábio Cozman, professor titular do Departamento de Mecatrônica da USP, o ChatGPT disse que é um pesquisador e fundador do Labform da USP - tal laboratório nem existe. Cozman listou as respostas da IA como submissas, incorretas ou impróprias, alucinações. Pode cometer plágio e não cita fontes. O seminário foi organizado pelo IEA, com apoio do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) e do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto.BR (NIC.br).
Na hora de colocar um “input”, isto é, de inserir o comando para que a IA busque respostas, o GPT-4 vai aceitar imagens, o que não era disponibilizado na versão anterior. Além disso, o GPT-4 é capaz de lidar com mais de 25 mil palavras em texto, permitindo a criação de conteúdo de formato longo, conversas extensas e pesquisa e análise de documentos. “Passamos 6 meses tornando o GPT-4 mais seguro. O GPT-4 tem 82% menos probabilidade de responder a solicitações de conteúdo proibido e 40% mais chances de produzir respostas factuais do que o GPT-3.5 em nossas avaliações internas”, afirmou a companhia.
O Ministério da Educação anuncia realização de pesquisa que permitirá compreender os conhecimentos e as habilidades de uma criança alfabetizada, além de subsidiar, com parâmetros técnicos claros, o planejamento e a execução de uma política nacional de alfabetização. Outro objetivo é estabelecer um padrão avaliativo sobre a alfabetização dos estudantes brasileiros. A divulgação ocorre durante o encontro “Alfabetiza Brasil: diretrizes para uma política nacional de alfabetização”, em 22/3, na sede do MEC.
Estados e municípios têm escalas diferentes do que consideram desempenho adequado para a etapa. Ministério e Inep farão pesquisa com docentes da rede pública para definir política nacional.
O FNE será integrado por membros representantes de diversos órgãos, entidades e movimentos sociais, nomeados por ato do Ministério da Educação. As indicações dos representantes titulares e suplentes deverão ser encaminhadas ao MEC, no prazo de 60 dias, a partir da publicação da portaria. A coordenação do Fórum será eleita por seus membros, para um mandato de quatro anos, e terá funcionamento permanente. Os encontros serão a cada seis meses. No primeiro ano, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) será responsável pelas atividades do FNE.
Through her organization Yield Giving, Scott plans to make unrestricted $1 million donations to 250 nonprofits selected in the process, which she calls a “new pathway to support for organizations making positive change in their communities.” To apply, the nonprofits must have had annual operating budgets larger than $1 million but less than $5 million for at least two of the past five years.
Construir bases consistentes para aprendizagens efetivas, mobilizadoras e para todos
A avaliação é uma das estratégias fundamentais para a recomposição, é uma importante ação para identificar onde está a defasagem de aprendizagem de cada estudante, guiando o professor que precisa selecionar melhores estratégias para realizar as intervenções pedagógicas necessárias e monitorar a aprendizagem em ação. O projeto Avalia e Aprende apoia redes e escolas na avaliação diagnóstica e formativa dos estudantes do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental, nos componentes de Língua Portuguesa e Matemática. Por meio de Descrições das Aprendizagens, recursos de avaliações diagnósticas e formativas, o Avalia e Aprende oferece caminhos para que as redes e escolas possam fazer uso de uma avaliação a favor da aprendizagem.
The global workforce and economy are at a crossroads. Amidst the dramatic economic fallout of the COVID-19 pandemic, organisations in the public and private sector are increasingly faced with new economic and workforce imperatives for the future (Carnevale, Fasules, and Campbell, 2020). Moreover, recent trends in the high cost of higher education, employer concerns about graduate skills and competencies, and student frustrations about lack of job opportunities have all been a catalyst for universities, independent credentialing agencies, and leaders of national qualification frameworks to rethink the broader credentials continuum.
As transformações aceleradas do mundo do trabalho desafiam padrões que pareciam bem determinados e inquestionáveis. Sempre fomos encorajados a buscar a especialização em um campo específico, para nos tornarmos os melhores em uma área específica. No entanto, há um grupo de pessoas que se destaca por sua multipotencialidade - a capacidade de ter múltiplos talentos em diferentes áreas. A escritora e palestrante Emilie Wapnick popularizou o termo “multipotencialidade”. Ela diz que ser multipotencial é normal. Acredita que muitas pessoas são multipotenciais, mas não se reconhecem dessa forma porque a cultura valoriza a especialização. Ela argumenta que não há nada de errado em ter muitos interesses e habilidades diferentes, e que essa é uma forma legítima de ser. Os talentos com multipotencialidade são aqueles com habilidades em várias áreas diferentes, e muitas vezes têm dificuldade em escolher apenas uma carreira ou campo de atuação. São curiosos e inquietos. Têm uma paixão por aprender e descobrir novas coisas, o que pode torná-los valiosos em muitas situações diferentes. Mas essa habilidade também pode ser vista como maldição em uma sociedade que valoriza a especialização. Talentos com multipotencialidades muitas vezes são definidos como sem foco e dispersivos. Muitos se sentem pressionados a escolher uma carreira e se aprofundar em um único campo, o que pode ser desafiador para eles. Multipotenciais precisam de mais tempo para explorar seus interesses e habilidades. Podem ter carreiras não convencionais, explorando novos formatos, trabalhando em projetos e iniciativas que envolvam atividades conectando diversas áreas de uma organização. Os multipotencias são adaptáveis. A escritora Bárbara Sher, no livro “Refuse to choose” (Recuse-se a escolher, em tradução livre), chama esses indivíduos de “scanners”. São pessoas que aprendem rápido e precisam de desafios para se sentirem estimuladas. Empresas podem se beneficiar muito ao contratar profissionais com multipotencialidade, pois essas pessoas geralmente têm ampla variedade de habilidades e interesses, o que pode contribuir para a inovação e a diversificação de suas equipes. As chamadas carreiras não lineares são um parque de diversões para o multipotencial. Arquiteturas de trabalho que lhe permitem navegar dentro da organização, transitando entre áreas e contribuindo em diversas atividades, acelera demandas de negócio e é a melhor forma de aproveitar a multiplicidade de pontos de contribuição. Profissionais com multipotencialidade são geralmente criativos. Empresas podem estimular essa criatividade oferecendo espaço para inovar, experimentar e contribuir com novas ideias. Esses profissionais costumam ser intraempreendedores. Empresas podem incentivar esse comportamento oferecendo espaço para que possam explorar suas ideias e projetos. Essa abordagem pode levar a novos produtos, serviços ou soluções. Em resumo, empresas podem aproveitar os profissionais com multipotencialidade oferecendo tarefas variadas, espaço para inovar, oportunidades de aprendizagem, incentivos ao empreendedorismo interno e fomentando à colaboração. Isso não só ajudará a reter esses profissionais talentosos, mas também pode levar a um ambiente criativo e inovador. Em um mercado cada vez mais competitivo, saber identificar, desenvolver e engajar multipotenciais será um grande diferencial. Ao invés de tentar encaixá-lo no antigo modelo linear e especializado, é essencial permitir que esse talento flua na organização, construindo um ambiente mais diverso e inclusivo.
Cerca de mil lideranças sociais, empresários e agentes do setor público estarão reunidos no dia 5 de abril no Favela Power, maior encontro de favelas do Brasil, que este ano acontece no Auditório Simon Bolívar, no Memorial da América Latina em São Paulo.
A seguir são expostas seis propostas para transformação digital, que vão na direção do interesse público. O princípio norteador é o da inclusão. São proposições assimétricas, disruptivas e autocontidas. Diferenciam-se da forma como temos tratado estes temas ao longo do tempo. A ideia é buscarmos um jeito novo de desenharmos o futuro digital do país. Incertezas pedem criatividade e ousadia. A primeira proposta orienta-se para a introdução das variáveis emprego e juventude nas políticas públicas de automação digital. Como tem mostrado Daron Acemoglu, economista do MIT, o avanço dos robôs e máquinas autônomas no chão de fábrica e software de inteligência artificial nos escritórios requer trabalhadores com novas habilidades, cujo desenvolvimento precisa ser apoiado, via crédito, isenções fiscais, incentivos a P&D, etc. A ideia é acoplar à concessão de incentivos governamentais à absorção de jovens e à requalificação de adultos com vistas a seu reaproveitamento no mundo digital. Políticas fiscais adequadas à automação digital poderiam, por exemplo, valorizar tecnologias mais amigáveis ao homem e a introdução de processos inovadores, ao invés de apoiar automações que levam apenas a substituição do elemento humano. A segunda proposta é direcionar um conjunto de esforços relacionados à transformação digital para avançar na direção de um dos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU, contemplando um pequeno combo de prioridades como raça e gênero. A pauta identitária precisa de uma concretude que vai muito além da “advocacy’’. Trata-se de uma dívida histórica de gerações. Sem aceleração a reversão do cenário de discriminação é imperdoavelmente lenta. A terceira proposta mira o enfrentamento das múltiplas desigualdades embrenhadas nas estruturas do país. Isto inclui desigualdades regionais, sociais e geracionais. Amazônia e o Nordeste precisam de um tratamento diferenciado para estabelecerem uma dinâmica distinta em relação à trajetória atual. Jovens carentes precisam de uma aceleração especializada no âmbito de suas trajetórias de inserção profissional. Não se combate a desigualdade espontaneamente, em especial em um contexto em que foi naturalizada. A quarta proposta é o desenvolvimento de um conjunto de ações orientado para a transformação digital da saúde pública, incluindo os avanços de inteligência artificial e robótica nos processos das áreas de saúde. É um setor que no mundo inteiro tem apresentado ganhos de qualidade e produtividade extraordinários, capazes de reverter o cálculo econômicos das necessidades de recursos para as populações dependentes do SUS de suas capacidades. A quinta proposta foca nos ganhos que a transformação digital pode produzir junto às políticas de primeira infância e para as populações idosas. Os benefícios seriam excepcionais e acompanham as necessidades prioritárias da dinâmica demográfica do país. A primeira infância das populações de baixa renda é o setor mais vulnerável da sociedade brasileira. Os idosos segregados são alguns dos maiores custos do SUS. A sexta proposta tem um caráter realista. Trata-se de explicitamente desistir de uma série de áreas do combo da transformação digital nas quais é irreal e desaconselhável o país se propor a gastar recursos. O Brasil não vai ser líder em diversos destes segmentos. Precisa ser seletivo e estratégico. Não há recursos, nem faz sentido perseguir múltiplas prioridades simultaneamente. É preciso definir prioridades para a transformação digital e investir recursos para o avanço científico e tecnológico associados a essas prioridades, de modo a se tornar um ator integrado nas novas cadeias produtivas globais das tecnologias emergentes. O novo governo terá um leque de opções estratégicas diante de si. Pode abrir estas discussões com setores como a comunidade científica, academia e empresas inovadoras de mercado para ouvi-los sobre os prós e contras dos variados cursos de ação postos. É hora de entendermos que o país não pode ficar fora da economia digital, que avança a passos largos na Ásia, Europa e América do Norte.
Novas tecnologias digitais se desenvolvem rapidamente e geram profundo impacto econômico e social em todo o mundo. Recentemente, novos modelos de Inteligência Artificial (IA) tem se mostrado capazes de oferecer respostas e textos com linguagem praticamente similar aos humanos. Impactos no mercado de trabalho, nas desigualdades, na saúde e, principalmente, na educação atraíram as atenções de empresas, da universidade e dos mais diferentes governos. O ChatGPT é uma dessas tecnologias que, para muitos, representa uma nova fronteira da IA. O ChatGPT é capaz de redigir ensaios, trabalhos e responder lições de casa ou questões de uma prova. Ao mesmo tempo, pode diminuir o esforço de reflexão e cognição e enfraquecer a aprendizagem. A comunidade acadêmica precisa compreender e avaliar essas novas ferramentas. Quais os impactos nos processos de ensino-aprendizagem? Como as universidades devem lidar com essas inovações? Como enfrentar as questões éticas derivadas de suas respostas e de seu uso? Será que essas tecnologias podem também ser utilizados para potencializar o processo educacional? De que forma?
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