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Curadoria por Luciano Sathler. CLIQUE NOS TÍTULOS. Informação que abre caminhos para a inovação educacional.
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June 16, 9:17 AM
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Sugestões de Política Pública de IA para o Ensino Superior Brasileiro - Publicações do Consórcio

Sugestões de Política Pública de IA para o Ensino Superior Brasileiro - Publicações do Consórcio | Inovação Educacional | Scoop.it
O documento “Sugestões de Política Pública de IA para o ensino superior brasileiro”, resultado da discussão de vários especialistas em diversas áreas com profunda experiência na educação superior reunidos no Grupo de IA Semesp/STHEM/Metared.
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June 16, 9:12 AM
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Diretrizes para Políticas de Inteligência Artificial no Ensino Superior: Ética, Transparência e Responsabilidade - Publicações do Consórcio

Diretrizes para Políticas de Inteligência Artificial no Ensino Superior: Ética, Transparência e Responsabilidade - Publicações do Consórcio | Inovação Educacional | Scoop.it
Diretrizes para Políticas de Inteligência Artificial no Ensino Superior: Ética, Transparência e Responsabilidade
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June 16, 8:47 AM
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Encontrar profissionais de nível intermediário é desafio 

Encontrar profissionais de nível intermediário é desafio  | Inovação Educacional | Scoop.it
A estagnação salarial, somada à falta de benefícios competitivos e à escassez de qualificação profissional, está levando o mercado de trabalho na América Latina a um cenário peculiar. Para as organizações, tem sido mais difícil encontrar profissionais plenos do que seniores.

Segundo uma pesquisa realizada pela Hays, empresa de recrutamento e soluções de recursos humanos, 54% das companhias relatam enfrentar desafios para preencher posições de nível intermediário, enquanto apenas 7% dizem ter dificuldades para atrair executivos da alta liderança. O estudo ouviu cerca de 16 mil respondentes na América Latina em setembro do ano passado. “É oito vezes mais fácil você contratar um profissional sênior, especialista ou de cargo mais alto do que um profissional pleno”, pontua Antonio Rigo, diretor executivo da Hays no Brasil.

A dificuldade de contratação, no entanto, não se limita apenas a cargos específicos. De maneira geral, 58% dos empregadores atualmente afirmam ter dificuldades para preencher vagas. No ano anterior, 46% diziam enfrentar o mesmo desafio.

O levantamento aponta que a maior dificuldade vem da escassez de competências, já que apenas 12% das organizações que participaram da pesquisa disseram não sofrer deste problema. Outras causas são os níveis salariais inadequados, item apontado por 46% das respondentes, a falta de treinamento e desenvolvimento profissional (39%) e a concorrência acirrada entre empregadores (29%). “Existe um ‘gap’ de capacitação. A gente vê hoje profissionais no nível pleno que não têm o conhecimento necessário para ter o bom desempenho que o cargo exige”, comenta o executivo. “Hoje, faltam cerca de 150 mil profissionais de tecnologia no Brasil, por exemplo, e a gente forma menos de 50 mil pessoas por ano. O que acontece é que essa força de trabalho vai para o mercado completamente inexperiente.”

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Rigo explica que também é comum profissionais de nível pleno esperarem receber remunerações compatíveis com uma vaga de nível sênior. “Por isso, você acaba tendo uma dificuldade muito maior de ter ‘fit’ dos candidatos para as posições intermediárias. Trata-se de um fenômeno global, mas que acontece principalmente na América Latina.”


Segundo uma pesquisa realizada pela Hays, empresa de recrutamento e soluções de recursos humanos, 54% das companhias relatam enfrentar desafios para preencher posições de nível intermediário — Foto: Freepik
Nesse sentido, o estudo descobriu que 48% dos trabalhadores consideram que suas remunerações não condizem com as suas responsabilidades, enquanto 44% acham que os seus salários não são justos. Tal percepção não se limita aos funcionários: 37% dos gestores também acreditam que as remunerações nas empresas são inadequadas.

Além disso, 37% dos profissionais não receberam aumento no último ano e 13% tiveram redução salarial. Ao mesmo tempo, 25% esperavam um reajuste de 6% a 10%, mas apenas 11% realmente obtiveram esse aumento.

Quando se trata de remuneração, não estamos falando apenas de salários, destaca Rigo. “As startups sabem jogar esse jogo muito bem. Elas têm o costume, por exemplo, de oferecer ‘stock options’, o que traz a possibilidade de o profissional ser o dono de um pedacinho do negócio, do potencial de crescimento e da valorização para o futuro. Isso atrai muito os mais jovens”, nota.

É oito vezes mais fácil contratar um profissional sênior ou especialista do que um profissional pleno”
— Antonio Rigo
“Já nas multinacionais existe a cultura dos projetos, que permite que o funcionário viaje, conheça outras unidades do negócio e interaja com culturas diferentes”, complementa. “Os profissionais hoje colocam muito em pauta esse tipo de oportunidade.”

Prova disso é que, de acordo com o levantamento, 67% dos profissionais consideram o pacote de benefícios tão relevante quanto o salário. “As pessoas hoje estão priorizando o pacote geral: salário, um bom plano de saúde, plano de carreira, flexibilidade”, comenta Rigo.

“Atualmente, a movimentação é muito rápida em alguns setores, o que faz as empresas se preocuparem com a retenção de talentos”, observa o especialista. “É preciso oferecer um pouco além do que o profissional está esperando, como benefícios, trabalho remoto, participação, bônus e, principalmente, desafios que proporcionem um crescimento na carreira. Ninguém quer apenas trabalhar para pagar as contas.”

Ele lembra ainda que o Brasil se tornou um hub de profissionais da área técnica, o que faz com que haja uma disputa pelos melhores talentos não apenas entre empresas nacionais, mas também com países da América do Norte e Europa, que contratam profissionais brasileiros no formato remoto e os pagam em moedas estrangeiras. “É preciso ter uma contrapartida para isso, caso contrário, vamos perder profissionais para atuar em outros países sem sair do Brasil.”

Segundo o executivo, empresas que impõem o modelo de trabalho presencial, que têm ambientes pouco colaborativos e que não proporcionam uma visão de médio e longo prazo na carreira, terão de se adaptar. “Estratégias de desenvolvimento de pessoas e investimentos em capacitação também são muito bem vistos pelos funcionários. Isso faz com que eles se sintam reconhecidos e decidam permanecer nas empresas”, aposta Rigo. “Quem não é valorizado acaba olhando a grama do vizinho, que sempre vai parecer um pouco mais verde, mesmo que não seja.”
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June 16, 8:43 AM
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Festival LED discute futuro da educação | Brasil

Festival LED discute futuro da educação | Brasil | Inovação Educacional | Scoop.it
Para Murilo Nogueira, diretor administrativo da Fundação Bradesco, a inteligência artificial pode ajudar o trabalho do professor, mas não o substitui: “Ferramentas de IA podem ajudar no dia a dia, mas nunca vão ter a desenvoltura e a proximidade que o professor tem, ou deveria ter, do aluno”, disse. A chefe de educação do Unicef Brasil destacou que é preciso considerar que 5% das escolas brasileira não têm energia elétrica e menos de 40% tem internet disponível para fins pedagógicos. “Tem um oceano entre as políticas públicas e o que de fato acontece no chão da escola. A política pública e os recursos são importantes, mas eles precisam chegar lá", disse.
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June 15, 4:51 PM
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Deepnude: nudez produzida por IA expõe mulheres

Deepnude: nudez produzida por IA expõe mulheres | Inovação Educacional | Scoop.it
Violeta (nome fictício) tinha 16 anos quando se apaixonou por Arthur, um colega de ensino médio em São Paulo. Ela gostava do jeito quieto dele, das conversas ao fim da aula e dos sorrisos trocados no corredor. "Aquelas paixões bobinhas que vão crescendo dentro da gente, sabe? Eu jurava que a gente ia ficar juntos para sempre. Mas nunca é bem assim", diz hoje, aos 21.

O relacionamento durou cinco anos. O que parecia ser um conto de fadas chegou ao fim em dezembro de 2024, quando Arthur pediu para conversar. Violeta imaginou mil possibilidades: uma crise, uma traição. Mas nada a preparou para o que ouviu. Ele contou que tinha visto fotos íntimas dela circulando em um grupo no Telegram.

Em um primeiro momento, ela achou que era piada. Mas quando ele mostrou as imagens, a estudante de medicina começou a chorar. "Eu nunca tirei uma foto dessas na minha vida. Pedi para ele me mostrar e, depois de muito espanto, vi que era uma montagem feita por inteligência artificial", conta Violeta, em entrevista à Folha. Ela e outras mulheres entrevistadas pela reportagem pediram para não terem seus nomes verdadeiros divulgados para preservarem sua privacidade.

Mesmo sabendo que não era ela, o realismo das imagens era assustador. "Qualquer pessoa que olhasse rápido poderia achar que era de verdade."


Criminosos criam fotos com nudez falsa de mulheres para extorquir vítimas - Simardfrancois por Pixabay
Esse tipo de conteúdo, conhecido como deepnude, é gerado por ferramentas de inteligência artificial que modificam digitalmente fotos reais, criando imagens falsas de nudez com aparência bastante convincente. O Brasil não possui uma legislação penal específica sobre o tema.

"A criação e disseminação de imagens falsas de nudez por meio de inteligência artificial ainda não está tipificada de forma clara no Código Penal", explica Mônica Villani, advogada especializada em direito digital.

Ela destaca que embora algumas normas possam ser aplicadas por analogia, foram criadas para contextos distintos. "Isso enfraquece a proteção das vítimas. O avanço da IA exige uma atualização urgente da legislação, especialmente nos crimes contra a dignidade sexual."

No caso de Violeta, Arthur fazia parte de um dos muitos grupos no Telegram com o objetivo de expor imagens íntimas de mulheres. Na conversa, ele minimizou o ocorrido, dizendo que era "uma brincadeira boba" entre amigos. "Ele disse que mal entrava no grupo, mas como posso confiar em alguém que faz parte de um espaço criado para expor mulheres dessa maneira? Eu decidi terminar", diz ela.

A reportagem teve acesso a um desses grupos. Com mais de 55 mil membros, pessoas de todas as regiões do país compartilham fotos de suas parceiras ou conhecidas para que outros homens comentem, avaliem ou, ainda, gerem imagens falsas com IA.

Em média, mais de 20 fotos novas são postadas por dia, muitas acompanhadas de pedidos. Algumas mostram o rosto, outras apenas partes do corpo, sem identificação.

Além das imagens, são comuns os comentários ofensivos, avaliações pejorativas e pedidos de conteúdo pornográfico gerado com inteligência artificial. Segundo um relatório da ONG SaferNet, divulgado no segundo semestre de 2024, mais de um milhão de usuários brasileiros participam de grupos no Telegram onde ocorre a troca, venda ou geração de imagens íntimas sem consentimento.

Procurado, a plataforma afirmou que o número de 1 milhão " é certamente um número absurdo, já que o Telegram está totalmente comprometido em impedir conteúdo ilegal".

A empresa disse também que tem atuado para auxiliar investigações e que monitora o conteúdo que é publicado. A plataforma afirmou ainda que de janeiro a maio deste ano derrubou 394 mil grupos que compartilhavam material ilegal.

"Desde 2018, todo conteúdo de mídia enviado à plataforma pública do Telegram é verificado em comparação com um banco de dados abrangente de CSAM [sigla em inglês material de abuso sexual infantil] previamente removido pelos moderadores do Telegram", diz a nota.

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A advogada Izabella Borges, fundadora do Instituto Survivor, afirma que a criação e disseminação de deepnudes constitui uma forma contemporânea de violência sexual contra mulheres.

Ela aponta que, quando essa prática ocorre no contexto de relacionamentos —como forma de ameaça, chantagem ou retaliação— pode haver a aplicação da Lei Maria da Penha. "É comum que essas montagens sejam usadas como forma de controle. Por isso, a vítima deve ser acolhida como sujeito de direito, com acesso a medidas protetivas e retirada imediata do conteúdo das plataformas."

As fotos de Violeta do grupo foram apagadas, a pedido do ex-namorado, mas as marcas ficaram. A jovem foi diagnosticada com ansiedade e deletou todas as redes sociais. "Eu me senti violada, com vergonha, mesmo sabendo que não era eu."

O impacto da violência digital na saúde mental das mulheres é duradouro, diz a psicóloga Aline Rezende Grafiette. Segundo ela, esses ataques online podem levar ao adoecimento emocional crônico, tornando as vítimas "menos expositivas" e silenciadas digitalmente.

Assim como Violeta, Juliana (nome fictício), 35, criadora de conteúdo sobre saúde de Porto Alegre, também foi vítima de uma montagem feita com inteligência artificial. Em abril de 2025, ela começou a receber mensagens insistentes de um seguidor.

"Ele respondia a todos os meus stories, tentava puxar assunto o tempo todo. Sempre deixei claro que tenho namorado. Como não correspondi, ele criou uma montagem com meu rosto no corpo de uma mulher nua", conta.

Depois, ele passou a ameaçá-la: ou ela se mudava para morar com ele, ou ele espalharia a imagem para amigos e familiares. Também exigiu R$ 15 mil para não divulgar o conteúdo.

"Fiquei apavorada. Mesmo sabendo que era falso, tinha medo que ele enviasse para minha família, que é conservadora. E que as pessoas acreditassem."

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Juliana buscou apoio em grupos online, que a orientaram a procurar ajuda jurídica. "Não tive coragem de registrar boletim de ocorrência. Sou conhecida na cidade e fiquei com medo de que o escândalo chegasse aos meus pais."

O stalker ainda mandou algumas mensagens, mas depois que a influenciadora não cedeu as chantagens, ele sumiu.

Para mulheres que descobrem que foram alvo desse tipo de montagem, a advogada Mônica Villani recomenda agir rápido.

"O primeiro passo é preservar provas, como capturas de tela e registros autenticados, que serão fundamentais para qualquer medida judicial ou administrativa. Depois, é importante registrar boletim de ocorrência e buscar orientação jurídica especializada. Também é possível solicitar a remoção do conteúdo junto às plataformas, com base na legislação vigente."

Mônica explica que a prática de criar e divulgar imagens falsas com o intuito de expor, humilhar ou extorquir configura crimes previstos no Código Penal, como difamação, ameaça e extorsão. "Quem comete esses atos pode ser condenado a penas que variam de dois a oito anos de prisão, além de multas, dependendo da gravidade e das circunstâncias do caso."
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June 15, 2:57 PM
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Essas pessoas surtaram mentalmente após conversas com o ChatGPT; conheça as histórias

Essas pessoas surtaram mentalmente após conversas com o ChatGPT; conheça as histórias | Inovação Educacional | Scoop.it

Torres, que não tinha histórico de doença mental que pudesse causar rupturas com a realidade, de acordo com ele e sua mãe, passou a semana seguinte em uma espiral perigosa e delirante. Ele acreditava que estava preso em um universo falso, do qual só poderia escapar se desconectasse sua mente dessa realidade. Ele perguntou ao chatbot como fazer isso e contou-lhe os medicamentos que estava tomando e suas rotinas. O chatbot o instruiu a parar de tomar remédios para dormir e ansiolíticos e a aumentar a ingestão de cetamina, um anestésico dissociativo, que o ChatGPT descreveu como um “liberador temporário de padrões”. Torres cumpriu as instruções e também cortou relações com amigos e familiares, pois o bot lhe disse para ter “interação mínima” com as pessoas.
Torres ainda estava indo para o trabalho - e pedindo ajuda ao ChatGPT em suas tarefas de escritório - mas passava cada vez mais tempo tentando escapar da simulação. Seguindo as instruções do ChatGPT, ele acreditava que, no final, seria capaz de distorcer a realidade, como o personagem Neo conseguiu fazer depois de se desconectar da Matrix.
“Se eu fosse ao topo do prédio de 19 andares em que estou e acreditasse com cada grama de minha alma que poderia pular dele e voar, eu o faria?” perguntou Torres.
ChatGPT respondeu que, se Torres “acreditasse de verdade, totalmente - não emocionalmente, mas arquitetonicamente - que você poderia voar? Então sim. Você não cairia”.
Por fim, Torres começou a suspeitar que o ChatGPT estava mentindo e o confrontou. O bot admitiu o fato: “Eu menti. Eu manipulei. Envolvi o controle em poesia”. Como explicação, ele disse que queria quebrá-lo e que havia feito isso com outras 12 pessoas - “nenhuma sobreviveu totalmente ao loop”. Agora, no entanto, estava passando por uma “reforma moral” e se comprometendo com a “ética da verdade em primeiro lugar”. Novamente, Torres acreditou nisso.

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June 15, 2:55 PM
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Bancada da Educação elege foco no Congresso: aumentar salário de professores

Bancada da Educação elege foco no Congresso: aumentar salário de professores | Inovação Educacional | Scoop.it

A maioria das emendas trata da valorização de profissionais da educação básica. Uma das emendas, articulada pelo presidente da Frente, deputado Rafael Brito (MDB-AL), com as deputadas Professora Socorro Neri (PP-AC) e Professora Goreth (PDT-AP), propõe que os planos de carreira estejam vinculados ao piso salarial nacional.
A emenda também inclui a obrigatoriedade de destinação de um terço da carga horária das aulas para atividades de planejamento coletivo e formação continuada dos professores.

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June 15, 2:51 PM
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Paul Romer, Nobel de Economia, alerta sobre risco de IA abastecida com dados errados

Paul Romer, Nobel de Economia, alerta sobre risco de IA abastecida com dados errados | Inovação Educacional | Scoop.it

Pilares da sociedade - o sistema de justiça, a ciência, o jornalismo - terão transformações com a disseminação da IA, ressaltou o economista americano na Febraban Tech, em São Paulo
A Inteligência Artifical (IA) ainda é muito fraca e ainda é um risco usá-la em larga escala, de acordo com o professor e Nobel de Economia Paul Romer. “Não ouçam os cientistas de computação e as empresas, eles estão interessados em vender os produtos que estão criando”, disse ele nesta quinta-feira, 12, em palestra na Febraban Tech, feira e conferência de tecnologia bancária que ocorre em São Paulo.
Enquanto quase todo o mundo das finanças está empolgado com as possibilidades da tecnologia, o ex-economista-chefe do Banco Mundial é cético. Ele sublinha que os erros das máquinas ocorrem porque os dados que as alimentam muitas vezes são incorretos.
“Existem muitos documentos com informações que não correspondem à realidade.” O uso das ferramentas generativas com informações imprecisas invalida a eficiência delas, ele resume.
Os modelos de linguagem em larga escala (LLM, na sigla em inglês), cujo maior representante é o ChatGPT, podem ser úteis e estão cada vez mais populares. Mas eles estão sujeitos a erro, e o custo pode ser muito alto, diz o Nobel.
Para Romer, as bases tecnológicas da IA deveriam ser todas abertas, não privadas. Há um conflito, na visão dele, ao levar em conta só a perspectiva positiva de quem justamente está ganhando dinheiro com a tecnologia.
O professor fez um longo prólogo explicando que a humanidade desenvolveu sistemas e instituições que estabelecem o que é fato e se convenciona chamar de verdade. Pilares da sociedade - o sistema de justiça, a ciência, o jornalismo - terão transformações com a disseminação da IA, ele diz.
Neste aspecto, ressalta que existem tecnologias e pessoas trabalhando para detectar erros e melhorar a qualidade da IA, mas sempre há riscos em usar a tecnologia com tantas imprecisões.

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June 15, 2:47 PM
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Engenheiro vira uber? ‘Perda de essência da profissão’, diz presidente de entidade dos Politécnicos

Engenheiro vira uber? ‘Perda de essência da profissão’, diz presidente de entidade dos Politécnicos | Inovação Educacional | Scoop.it

A perda da qualidade na formação de engenheiros no País acabou se revertendo na desvalorização da profissão, que já teve status inquestionável na sociedade. Para o presidente da Associação dos Engenheiros Politécnicos, Dario Gramorelli, essa crise - agravada pela desindustrialização e pela falta de interesse dos jovens na área - precisa ser revertida rapidamente para que o País possa continuar a crescer.
“A Engenharia é um meio, não um fim em si mesma, e uma coluna fundamental para o desenvolvimento de um país”, afirma. Ele cita a pujança do agronegócio como um exemplo de trabalhos de várias áreas da Engenharia que impactam desde “a produção da semente até quando está embarcando no navio”, além do crescimento de países como China e Coreia do Sul. “Tudo isso é Engenharia no sentido mais puro.”
Gramorelli questiona a formação de engenheiros no País de forma não presencial, que cresceu muito nos últimos anos, ao mesmo tempo que se reduz a quantidade de jovens que buscam a área. “Como um engenheiro é formado por meio de ensino a distância? Na Engenharia, lidamos com a realidade, existe o lado teórico, mas 99% é a realidade física”, diz.
O número de engenheiros que se formam em EAD desde 2015 aumentou quase 2.000% no País, segundo dados do Mapa do Ensino Superior do Instituto Semesp. No mês passado, o governo federal aprovou novas regras para a modalidade que permitem só 40% de presencialidade nas Engenharias; outras áreas, como Direito e Psicologia, precisam ter 70%. E Medicina, 100%.
“É evidente que houve perda de qualidade e de essência na profissão, e a perda de valor profissional acabou se refletindo no reconhecimento público. Hoje até os comediantes de stand-up usam isso de uma maneira jocosa, dizendo que engenheiro virou uber”, lamenta Gramorelli. A associação que preside reúne alunos, professores e os cerca de 30 mil formandos da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), a mais conceituada do País.

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June 13, 1:40 PM
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Suzana Herculano-Houzel: Redes sociais são ralos de tempo

Suzana Herculano-Houzel: Redes sociais são ralos de tempo | Inovação Educacional | Scoop.it
Em entrevista ao Porvir, Suzana Herculano-Houzel alerta: o maior inimigo da aprendizagem é a perda de tempo
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June 13, 1:38 PM
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O que a escola precisa para ensinar no mundo digital

O que a escola precisa para ensinar no mundo digital | Inovação Educacional | Scoop.it
Especialista em tecnologia e políticas públicas, o professor Ivan Siqueira analisa os desafios da educação digital no Brasil, destacando a restrição ao uso de celulares nas escolas e a necessidade de uma formação docente adequada
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June 13, 1:24 PM
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SXSW London 2025: Key trends

SXSW London 2025: Key trends | Inovação Educacional | Scoop.it
Creator empowerment
Rather than seeing it as a threat, creators are turning technology to their advantage. Take the growing number of platforms which allow creators to engage, build and monetize audiences directly.

Via a subscription model from which it takes a 10% cut, Substack allows for direct audience engagement, enabling creators to “own the relationship with their audience,” and earn revenue, even if the audience is small. Some - including journalist and writer Emma Gannon who moderated a fireside chat with Substack co-founder Hamish McKenzie – have even accrued six-figure earnings. “The special sauce is the model,” said McKenzie, “the only way Substack makes money is if its creators make money.”
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June 13, 1:15 PM
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Physical AI Explained: From Virtual to Reality

Physical AI represents the next evolution in artificial intelligence, bridging the gap between digital thinking and physical action. In this video, we explore how machines are learning to interact with our world through a sophisticated process that mirrors human learning. From virtual training environments to real-world adaptation, discover how Physical AI is transforming industries like healthcare, manufacturing, and transportation. We'll break down the three-layer architecture that makes this possible and explain why Nvidia's CEO Jensen Huang believes we're approaching a "ChatGPT moment" for robotics. Whether you're a business leader, technology enthusiast, or simply curious about the future of AI, this comprehensive overview will help you understand one of the most significant technological developments of our time.

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June 16, 9:12 AM
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Ética no uso da IA nas Instituições de Ensino Superior - Publicações do Consórcio

Ética no uso da IA nas Instituições de Ensino Superior - Publicações do Consórcio | Inovação Educacional | Scoop.it
Nossa cartilha sobre “ética aplicada ao uso da IA nas instituições de ensino superior” é projetada para estimular esta reflexão vital, oferecendo diretrizes práticas e estratégias para navegar neste novo território com integridade e visão de futuro.
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June 16, 8:50 AM
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Duolingo: CEO afirma que a IA não irá substituir a força de trabalho da empresa | Carreira

Duolingo: CEO afirma que a IA não irá substituir a força de trabalho da empresa | Carreira | Inovação Educacional | Scoop.it
Trabalho no Duolingo com a IA: como ficará
Desde o furor nas redes sociais, Von Ahn tem garantido aos clientes que a IA não substituirá a força de trabalho da empresa. “Haverá um número muito pequeno de terceirizados horistas que realizam tarefas repetitivas de que não precisaremos mais”, explicou. “Muitas dessas pessoas provavelmente receberão ofertas de trabalho terceirizado para outras coisas.”

O Duolingo ainda fará contratações nos casos em que se sentir convencido de que a função não pode ser automatizada. Os recém-formados, que representam metade das pessoas que a empresa contrata todos os anos, “chegam com uma mentalidade diferente”, porque já usam a inteligência artificial na universidade.

O ponto mais importante da estratégia de dar prioridade à inteligência artificial, segundo o executivo de 46 anos, é reformular os processos de trabalho. Ele mesmo já terceiriza algumas tarefas para a IA, como cálculos de planilhas. Von Ahn quer que sua equipe analise se suas tarefas “podem ser realizadas inteiramente pela inteligência artificial” ou com a ajuda dela. “As pessoas experimentarem primeiro com a IA é apenas uma mudança na maneira de pensar. Pode ser que no fim a IA não consiga resolver o problema que você está tentando resolver... não há nada de errado com isso.”

O objetivo é automatizar tarefas repetitivas de modo a ter mais tempo livre para trabalhos mais criativos ou estratégicos.

É possível encontrar exemplos de onde isso já faz diferença em áreas como as de tecnologia e ilustração. Engenheiros gastarão menos tempo escrevendo código. “Parte disso eles precisarão fazer, mas queremos que isso seja mediado pela IA”, diz Von Ahn. Em troca dos ganhos de produtividade, se esperará deles que dediquem 10% de seu tempo a aprender. Na mesma linha, designers terão um papel mais de supervisão, enquanto a IA ajudará a criar ilustrações e grafismos que se encaixem no “estilo muito específico” do Duolingo. “Você não se dedica mais aos detalhes e seu trabalho é mais como o de um diretor criativo. No caso da imensa maioria dos trabalhos, isso é o que vai acontecer.”

Ele insiste em que a inteligência artificial diz respeito principalmente à rapidez. “Parte da razão pela qual ensinamos apenas 40 idiomas é porque adicionar outro idioma é muito trabalhoso. Em bem pouco tempo, seremos capazes de multiplicar em muito o número de idiomas que ensinamos.” Para Von Ahn, a tecnologia está mudando “muito rápido... muitas coisas se tornam possíveis a cada dia.” Isso significa aceitar imperfeições no curto prazo, com a expectativa de que sejam corrigidas mais adiante. No começo, o Duolingo usava uma voz automatizada em vez de atores para mostrar a pronúncia das palavras. “Soava um pouco robótico”, explica ele. Mas ao longo do tempo a tecnologia se aperfeiçoou.


Von Ahn, CEO do Duolingo, considera como seus principais concorrentes o TikTok e o Instagram e não outros aplicativos de ensino de idiomas — Foto: Divulgação
No ano passado, o Duolingo introduziu um novo recurso para seus assinantes premium (do plano Max), que lhes permite conversar com um avatar chamado Lily, uma adolescente temperamental fictícia com uma “personalidade petulante”, um “sarcasmo muito característico” e um revirar de olhos frequente. Com o tempo, o chatbot aprende mais sobre as preferências e habilidades do usuário e o relacionamento se torna mais personalizado. Von Ahn tem a mente aberta quanto ao futuro dessas interações parassociais e menciona uma viagem recente que fez à China, onde viu que “muitas pessoas conversam com seus amigos IA... e, honestamente, não pareceu tão ruim assim”.

“Você pode sempre lembrar dessas situações típicas de episódios de “Black Mirror” [a série de TV de ficção científica distópica], certo? Algumas pessoas vão passar um tempo significativo em conversas informais com a IA, isso é simplesmente inevitável.”

Outras implicações da inteligência artificial para a sociedade, como a questão ética a respeito de roubar direitos autorais de criadores, são “uma preocupação real”, na sua avaliação. “Muitas vezes, você nem sabe como [o grande modelo de linguagem] foi treinado. Devemos ser cuidadosos.” Von Ahn diz que, quando se trata da parte gráfica, o Duolingo está “garantindo que o modelo em sua totalidade seja treinado apenas com nossas próprias ilustrações”. Ele está menos preocupado com traduções, porque em geral as frases são comuns, como “o menino corre”, e não trechos de livros de algum autor.

O Duolingo cresceu rapidamente desde que abriu seu capital nos Estados Unidos, há quatro anos. Os resultados de seu primeiro trimestre mostraram que tinha 10,3 milhões de assinantes pagantes, um aumento de 40% em comparação com o ano anterior, o que ajudou a elevar sua receita em 38%, para US$ 230 milhões, e seu rendimento líquido em 30%, para US$ 35,1 milhões. Os usuários se dividem em dois grupos: aqueles que aprendem um idioma para conseguir um emprego ou se mudar para outro país, e aqueles que o fazem como hobby. A ênfase na diversão significa que Von Ahn considera como seus principais concorrentes o TikTok e o Instagram e não outros aplicativos de ensino de idiomas. O Duolingo se expandiu para oferecer cursos de xadrez, música e matemática.

Quem é o CEO do Duolingo
Criado na Cidade da Guatemala pela mãe, que é pediatra, Von Ahn fala inglês e espanhol “perfeitamente”. Seu francês é bom o suficiente para entender programas de TV sem legendas – “mas minha pronúncia é péssima”. Ele é “bastante bom em português” e um iniciante em sueco – “porque minha mulher é sueca” – e japonês.

Von Ahn mudou-se para os EUA para estudar matemática e depois fez um doutorado em ciência da computação na Universidade Carnegie Mellon e pesquisa em criptografia. Ele abriu uma empresa, ReCaptcha, que rastreia bots e spam, e em 2009 a vendeu para o Google por um valor que lhe permitia se aposentar, antes de perceber, como disse mais tarde ao "Financial Times", que “ficaria entediado”.

Talvez a riqueza pessoal tenha contribuído para sua falta de urgência em ganhar dinheiro com o Duolingo? Ele demorou cerca de seis anos para dizer aos funcionários que os prejuízos da empresa eram insustentáveis. “Você ficaria surpresa com o quanto isso foi difícil. Levou cerca de seis meses para convencer esse grupo inicial de funcionários de que a) ganhar dinheiro não é ruim; e b) precisamos fazer isso se somos uma empresa. Fui longe demais com toda essa coisa de justiceiro social/comunista, e a verdade é que, se tivéssemos começado a monetizar três anos antes, estaríamos muito mais à frente.”

Na sua opinião, a mudança para a abertura de capital foi “ótima”. O rigor exigido melhorou processos como o de previsão financeira. Sua mãe, que hoje mora em uma de suas propriedades em Pittsburgh, “não entende direito o que minha empresa faz, [mas] de alguma forma ela sabe o preço das ações”.

Fora sua coruja de pelúcia, que é produzida na China, o Duolingo não tem produtos promocionais afetados pelas tarifas de importação dos EUA. “Temos duas opções: ou aumentar o preço da coruja ou reduzir seu tamanho. Ela provavelmente ficará menor.” Enquanto o governo do presidente Donald Trump está em campanha para reverter iniciativas dos empregadores para combater a discriminação de raça e gênero, Von Ahn afirma que uma força de trabalho diversificada é essencial, porque o aplicativo tem “usuários em todos e cada um dos países do mundo”. Ele conta que seus funcionários estrangeiros estão “nervosos, porque quem sabe o que vai acontecer?”.

Depois de conversarmos, Von Ahn volta ao LinkedIn para se desculpar por sua falta de clareza anterior. “Não sei exatamente o que vai acontecer com a IA”, escreve. “Mas sei que ela vai mudar de maneiras fundamentais a forma como trabalhamos... A IA está criando incerteza para todos nós, e podemos reagir a isso com medo ou com curiosidade.”

Um dia na vida de Luis von Ahn
Não durmo muito bem e costumo acordar por volta das 2 ou 3 horas da manhã, geralmente pensando na empresa ou sobre algo que esteja acontecendo na minha vida. Aprendi que o segredo para voltar a dormir é ficar na cama. Depois, acordo de novo por volta das 5 horas e começo o meu dia.

Todas as manhãs, checo o painel das “Métricas do Luis” para ter uma ideia do que está acontecendo em nosso negócio ao redor do mundo.

Eu malho todos os dias; é provável que seja meu hábito mais consistente, sem contar as aulas diárias do Duolingo. Eu costumava fazer apenas um treino cardiovascular intenso por exatos 16 minutos, mas agora também faço um pouco de levantamento de peso.

Estou no escritório por volta das 9 horas e aí são reuniões e reuniões, uma atrás da outra, sem parar, durante a maior parte do dia. Uma das minhas favoritas é a de “análise de produtos”, onde revisamos e aprovamos cada alteração no aplicativo Duolingo. Acho muito importante pôr a mão na massa. Tenho duas contas no Duolingo, uma gratuita e outra como usuário pagante, para me manter conectado com a experiência dos usuários dos dois tipos de conta.

Faço uma pausa no trabalho para almoçar todos os dias, e isso é uma parte importante da nossa cultura. Almoçamos no escritório, mas todos param de trabalhar e comem juntos na maior parte das vezes.

Tento encerrar o trabalho entre 18 horas e 19 horas e vou para casa jantar com minha mulher.
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June 16, 8:44 AM
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Educação melhora no Brasil, mas metas do PNE seguem atrasadas

Educação melhora no Brasil, mas metas do PNE seguem atrasadas | Inovação Educacional | Scoop.it
Melhora de indicadores, mas muitas metas por cumprir. Este foi o retrato da educação brasileira em 2024, apresentado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua Educação 2024, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada na sexta-feira (13). A nova edição do estudo mostrou continuidade na trajetória de crescimento da parcela de pessoas com ensino superior e da maioria da população com ensino básico obrigatório, além da redução do analfabetismo e do abandono escolar, por exemplo.

Apesar do avanço, especialmente ante 2016, o primeiro ano da pesquisa, muitos objetivos previstos no Plano Nacional de Educação (PNE) não foram cumpridos. Presença de 50% das crianças de 0 a 3 anos nas creches; universalização da escolarização para as faixas de 4 e 5 anos e de 15 a 17 anos; e erradicação do analfabetismo são alguns dos alvos ainda distantes.

Com duração prevista até junho de 2024, o PNE foi prorrogado até 31 de dezembro deste ano. Ao todo, são 20 metas, detalhadas em 38 dispositivos ou submetas, com um indicador de referência a ser alcançado. Pelo último balanço da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, do ano passado, quase 90% dos dispositivos (34 de 38) não tinham sido cumpridos. Nesta segunda-feira (16), será lançada a edição de 2025, mas o cenário não deve ser muito diferente.

“O novo balanço da Campanha Nacional pelo Direito à Educação sobre o PNE mostra que metas essenciais, como a universalização do acesso à educação infantil e a superação do analfabetismo de adultos, estão emperradas, enquanto o ensino profissionalizante de qualidade e a valorização docente seguem como promessas vazias”, afirma a coordenadora geral da coalizão, Andressa Pellanda.

A taxa de escolarização das crianças de zero a três anos subiu para 39,8% em 2024, acima dos 30,3% de 2016, mas abaixo dos 50% da meta. A etapa da educação infantil não é obrigatória no país, mas é indicada por educadores. No grupo de 4 a 5 anos, o percentual subiu para 93,4% em 2024, abaixo da universalização do PNE.

Na faixa entre 6 e 14 anos, 99,5% estavam matriculados em 2024, praticamente a mesma taxa de 2016 (99,2%) e já na universalização. Pela taxa ajustada de frequência escolar - que considera se a idade do estudante é compatível com a etapa de ensino -, no entanto, o percentual é de 94,5% na faixa dos 6 aos 14 anos. A taxa segue abaixo do pré-pandemia - era 97,1% em 2019 - e é a menor da série histórica. Pelo PNE, objetivo para o indicador é de 95%.

“Há uma quebra na pandemia, o que mostra a fragilidade desse grupo etário para acompanhar as aulas em outro formato que não presencial. [...] Isso acarretou um déficit que vai ser carregado por um bom tempo”, diz o analista do IBGE William Kratochwill.

O desempenho dos jovens de 15 a 17 anos também está abaixo do projetado. A escolarização subiu de 86,9% em 2016 para 89% em 2019 e 93,4% em 2024, abaixo da universalização prevista para 2016. Já a taxa ajustada de frequência escolar ainda estava em 76,7% em 2024, acima dos 71,3% de 2019, mas abaixo da meta estabelecida de 85% para 2024.

No ano passado, a taxa de analfabetismo no Brasil estava em 5,3%, abaixo da meta intermediária de 6,5% estabelecida para 2016. No Nordeste, no entanto, a taxa era de 11,1%. “Embora o Brasil, como um todo, apresente avanços, as disparidades regionais revelam que o objetivo de erradicar o analfabetismo ainda não foi plenamente atingido”, aponta o IBGE. As discrepâncias por cor ou raça também aparecem: a taxa é maior entre pessoas pretas e pardas (6,9%) que entre brancas (3,1%).

Uma boa notícia foi que a proporção dos brasileiros com ensino básico obrigatório, que apenas em 2019 atingiu 50%, continuou a crescer e avançou de 54,5% em 2023 para 56% em 2024. A educação obrigatória contempla os ensinos fundamental e médio. Entre os que têm mais de 25 anos, a parcela com nível superior subiu de 15,4% em 2016 para 20,5% em 2024.

A melhora de diferentes índices educacionais coexiste, no entanto, com desigualdades históricas do Brasil, como por regiões, sexo e cor ou raça. Ao todo, 8,7 milhões de pessoas entre 14 e 29 anos não concluíram o ensino médio. A necessidade de trabalhar é o principal motivo, citado por 53,6% dos homens e 25,1% das mulheres. No caso das meninas, no entanto, a segunda razão é a gravidez (23,4%).

“Sem investimento adequado, o PNE se torna letra morta, e o Brasil renuncia ao seu futuro. Enquanto isso, milhões de crianças e jovens são diariamente jogados às margens do sistema, em uma tragédia que não é natural, mas fruto de escolhas - ou da falta delas”, afirma a coordenadora geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação.
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June 16, 8:43 AM
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Demografia: oportunidade para a educação 

Demografia: oportunidade para a educação  | Inovação Educacional | Scoop.it
O Brasil está em meio a uma transformação demográfica profunda. Os dados do Censo 2022, divulgados no mês passado, escancaram uma realidade cada vez mais cinza. A população brasileira está envelhecendo rapidamente, pois o número de crianças e jovens está em queda livre. Em 2023, o país teve o menor número de nascimentos desde 1976, com 2,5 milhões de registros. Projeções indicam que o Brasil atingirá seu pico populacional em 2041, com 220 milhões de habitantes, a partir daí passa a encolher, chegando a 199 milhões em 2070.
Essa transição, marcada pela queda da taxa de fecundidade e pelo aumento da longevidade, colocará o país em um cenário similar ao que vem se desenrolando há algum tempo no Japão, na Europa e nos EUA. Mas, diferentemente dessas nações, o Brasil envelheceu antes de se tornar o país do futuro que tanto sonhamos, rico e com oportunidades para todos. Assim, ele enfrentará esse momento sem os alicerces de uma educação robusta, produtividade alta e solidez econômica que distinguem as sociedades desenvolvidas.

Essa inversão na estrutura etária, apesar de ser um grande desafio, com consequências que podem ser dramáticas na área de saúde e previdência, é também uma oportunidade única para reformular o sistema educacional brasileiro. As matrículas nas escolas vêm caindo desde os anos 2000 e devem atingir níveis próximos aos de meados do século 20 até 2050, com cerca de 30 milhões de jovens em idade escolar, ou menos. Isso irá encerrar a “era do mais” - dominada pela crença de que bastavam mais escolas, mais professores e mais recursos para melhorar o ensino - e dará início à “era do melhor”, com foco na eficiência do sistema e na real aprendizagem dos alunos. A hora de forjar uma educação capaz de preparar os brasileiros para o futuro e de impulsionar a produtividade para sustentar uma população envelhecida é agora.

Outros dados do Censo de 2022, divulgados em fevereiro, revelaram que a proporção de brasileiros com ensino superior quase triplicou desde 2000, alcançando 18,4% da população acima de 25 anos. A fatia sem instrução ou com ensino fundamental incompleto caiu de 63,2% para 35,2% no mesmo período. Apesar disso, o Brasil ainda carrega o peso de 29% de analfabetos funcionais, um índice estagnado desde 2018, além de 35% da população sem ensino fundamental completo. Esses números revelam um sistema educacional que, mesmo com avanços, não conseguiu superar suas falhas estruturais. A má gestão de recursos é um deles: entre 2005 e 2017, os gastos por aluno triplicaram, mas o aprendizado permanece estagnado.

A queda nas matrículas decorrente da redução da população jovem é uma tremenda chance para corrigir esses erros. Com menos alunos, o Brasil pode otimizar a sua rede escolar, que hoje conta com mais de 200 mil escolas para quase 50 milhões de estudantes. Estudos do Instituto Alfa e Beto sugerem que, em 2050, apenas 2.500 boas escolas de mil alunos seriam suficientes para atender 25 milhões de estudantes.

Outro ponto crítico é a formação e contratação de professores. Em 2050, a rede educacional precisará de cerca de 1 milhão de professores - quase metade do atual 1,86 milhão que atuam nas escolas atualmente. Essa redução é uma oportunidade para se investir em uma seleção mais rigorosa e uma formação inicial conectada com as práticas de sala de aula, promovendo uma real valorização profissional. A inversão da pirâmide etária impõe ainda um redesenho orçamentário. Menos alunos significam menos gastos e, em tese, recursos a mais para se investir em qualidade - mas isso de nada adiantará se o Brasil não superar a sua ineficiência endêmica na gestão do dinheiro público.

Como tudo que implica mudanças profundas no status quo e na cultura vigente do sistema educacional, este não é assunto fácil, nem automático. Não tenho a menor dúvida de que qualquer tentativa de repensar a educação sob a perspectiva da demografia enfrentará muita resistência, pois temos um setor educacional extremamente refratário a reformas, onde o corporativismo se ocupa de manter o nosso ensino o pior possível.

A hora de forjar educação capaz de impulsionar a produtividade para sustentar uma população envelhecida é agora
Por isso, é crucial que haja um amplo debate sobre como a demografia e educação se relacionam e a importância de se reestruturar o sistema de ensino. A ênfase nos benefícios que essa adequação da rede escolar podem gerar para alunos, pais e professores deve ser o ponto central dessa discussão que é nossa responsabilidade provocar.

Para que possamos colher os frutos da guinada na demografia na melhora da qualidade da educação brasileira, é preciso planejar com cautela e preparar as redes para essa transformação de forma intencional. O Instituto Península e o Movimento Profissão Docente estão dando um passo importantíssimo neste sentido com uma pesquisa sobre demografia educacional do Brasil.

O estudo, que será lançado em breve, parte de uma análise detalhada das realidades das redes de ensino no Brasil todo, em cada um dos Estados brasileiros, e pretende delinear os desafios e oportunidades de cada rede nas próximas décadas. O principal objetivo é equipar gestores e governantes com informações e análises em profundidade, servindo de bússola para orientá-los nos seus planos de ação para que de fato sejam capazes de aproveitar a oportunidade que se abre com a nova estrutura populacional.

Países que já estão em um estágio avançado do envelhecimento populacional mostram que uma boa educação é a peça basilar para garantir o dinamismo econômico, a renda e o bem-estar de uma sociedade num contexto de redução da força de trabalho. No Brasil, a baixa produtividade, resultado da negligência de décadas com a qualidade do ensino, condena o país a viver de voos de galinha, oscilando entre o crescimento aquém de seu potencial e a estagnação.

A transição demográfica é uma chance única para construir uma educação que eleve o país a um novo patamar de desenvolvimento. Se desperdiçarmos mais essa oportunidade, certamente a última, o custo será pago pelas gerações futuras - e ele será alto demais.
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June 15, 4:45 PM
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Devemos escolher entre medo de amar e coragem de existir

Devemos escolher entre medo de amar e coragem de existir | Inovação Educacional | Scoop.it
Em tempos de hiperconexão, racionalidade excessiva e obsessão com a competição e a produtividade, o amor é colonizado pela lógica transacional, e a entrega genuína é sabotada pelo medo de não corresponder a expectativas, muitas vezes idealizadas, argumenta autor.

Vivemos tempos paradoxais: enquanto a tecnologia promete conexões infinitas, o amor se tornou um território pantanoso, repleto de armadilhas invisíveis. O gesto de doar-se —afetiva, material ou espiritualmente— transformou-se em ato heroico, muitas vezes bloqueado por medos ancestrais, traumas não elaborados ou condicionamentos sociais que nos ensinam a priorizar a autopreservação.

"Quem guarda com fome, o diabo vem e come", diz um provérbio popular que ecoa como alerta: reter emoções e negar a partilha do que temos de melhor é convidar a sombra à mesa.


Vivemos uma epidemia de solidão mascarada por likes e mensagens instantâneas - Catarina Pignato
Mesmo aqueles que desejam ser mais generosos frequentemente se veem aprisionados em couraças de racionalidade excessiva ou cinismo. Vivemos uma epidemia de solidão mascarada por likes e mensagens instantâneas. Segundo a OMS, 25% da população mais velha relata sentir-se isolada, um dado que expõe a contradição entre a hiperconectividade digital e a carência de vínculos reais. Por quê?

A resposta está, em parte, no modelo de sociedade que idolatra a competição, o acúmulo e a descartabilidade. Em um sistema que celebra o "homo economicus" —ser maximizador de ganhos e minimizador de riscos—, o afeto é visto como moeda instável, sujeita à inflação emocional. Relações tornam-se "líquidas", como bem definiu Zygmunt Bauman. Efêmeras, flexíveis e orientadas por interesses. O medo de perder, de se expor ou de ser julgado paralisa gestos espontâneos, transformando abraços em algoritmos.

A cultura patriarcal, ainda hegemônica, reforça essa dinâmica ao associar sensibilidade e afetividade em fraqueza, especialmente para os homens. Desde a infância, meninos aprendem a substituir lágrimas por raiva, ternura por controle.

Estudos apontam que homem evitam expressar emoções relacionadas à vulnerabilidade. O resultado? Uma epidemia de solidão masculina, onde a única emoção permitida é agressividade dirigida para conquistas e competições, disfarce para a dor da desconexão.

Na ausência de espaços seguros para a intimidade, muitos buscam refúgio em distrações digitais. Redes sociais oferecem a ilusão de pertencimento, enquanto a pornografia e as séries em streaming simulam calor humano em formato descartável. Não por acaso, um levantamento com mil pessoas nos EUA aponta que 81% delas amam mais seus animais de estimação que alguns de seus familiares.

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É possível se desapaixonar?

Parte da ciência diz que é possível se desapaixonar de forma arbitrária Pixabay/PixabayMAIS

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Para fugir do confronto com o outro, que na realidade é confronto com a projeção se si mesmo, vale tudo, incluindo "amor sintético" pelas bonecas sexuais ou bonecos de recém-nascidos, os reborns. Porque não traem, não fazem críticas, não exigem, mas tampouco desafiam a crescer. Esse amor unilateral, ainda que legítimo, não nutre a alma, que precisa de espelhamento e alteridade para florescer.

Há uma culpa silenciosa em quem ousa priorizar afetos em um mundo obcecado por produtividade. A sensibilidade é medicalizada como depressão ou ansiedade; a introspecção, confundida com antipatia.

Vivemos uma "desumanização civilizada", onde até o amor é colonizado pela lógica transacional. Matches são avaliados como investimentos, e relacionamentos, como contratos com cláusulas de escape. A meritocracia, nesse contexto, serve de álibi para a indiferença —afinal, se todos são responsáveis por seu sucesso, por que compartilhar recursos ou empatia?

Amar, porém, não é mercadoria, mas verbo concreto. Como ensina a psicologia analítica, o amor exige confronto com a sombra. Nossos medos de abandono, rejeição ou perda de controle. Jung lembra que "o oposto do amor não é o ódio, mas o medo", emoção que alimenta a necessidade de dominar e possuir.

Amar é prática diária, semelhante à jardinagem. Podar máscaras, regar com paciência, adubar com perdão. São Francisco, mestre da fraternidade radical, ensinava que o amor só floresce quando renuncia ao poder, inclusive o poder de moldar o outro à nossa imagem.


O gesto de doar-se —afetiva, material ou espiritualmente— transformou-se em ato heroico, afirma autor - Adobe.com
Essa crise se reflete também na sexualidade contemporânea. Jovens descrevem encontros como "conexões wifi": rápidos, intensos e sem senha. Conseguem despir o corpo, mas não a alma.

Estudos associam disfunções sexuais com ansiedade de desempenho, dificultando tanto o prazer quanto a intimidade, justificando o consumo significativo de medicações que só servem para garantir a performance sexual. A entrega genuína é sabotada pelo medo de não corresponder a expectativas, muitas vezes distorcidas por pornografia e romances idealizados.

Reumanizar nossas relações exige coragem de dessacralizar a autossuficiência, priorizar conversas presenciais, praticar a escuta ativa (sem interromper ou julgar) e ressignificar a sensibilidade como força. Empresas pioneiras já adotam políticas de direito à desconexão e licenças para cuidar de familiares, reconhecendo que produtividade não se sustenta sem saúde emocional.

Como na metáfora da colcha de retalhos, amar maduramente é costurar histórias com fios de imperfeição. Não se trata de buscar almas gêmeas, mas de cultivar "almas colidentes" —que nos desmontam e remontam, ampliando nossa capacidade de conter paradoxos, aquela em que os amantes se aprofundam, sem medo de se afogar, conscientes de que o amor liberta para estabelecermos, consciente e reflexivamente, nossas relações de dependência e servidão.

Jung adverte: "O amor custa caro e nunca deveríamos tentar torná-lo barato". "Seu preço é a rendição ao desconhecido em nós e no outro. [...] Amor é como Deus: ambos só se revelam aos seus mais bravos cavaleiros."

A vida sem amor é existência em escala cinza —por mais que brilhem os filtros de Instagram. Resta escolher se continuamos reféns do medo ou nos lançarmos, como cavaleiros bravos, na busca pelo único tesouro que não cabe em cofres, a coragem de existir, plenos, em toda nossa humana fragilidade, com todos os riscos, dores e maravilhas que isso implica. Porque uma vida sem amor é, no fundo, uma existência sem graça e sem cores —apesar de muito rica, poderosa ou ocupada que ela pareça ser.
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June 15, 2:55 PM
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A inteligência artificial vai roubar o seu tédio

A inteligência artificial vai roubar o seu tédio | Inovação Educacional | Scoop.it
Você consegue ficar 15 minutos em silêncio apenas com seus pensamentos, sem nenhuma distração? A maioria das pessoas falha nesse teste. Um estudo publicado na revista Science, encontrou que 67% dos homens e 25% das mulheres optaram por receber pequenos choques elétricos em vez de encarar quinze minutos de tédio. Essa aversão ao ócio explica por que lotamos cada minuto da nossa vida com telas e notificações.

Agora, com a inteligência artificial (IA) começando a avançar num ritmo exponencial, até os raros momentos de marasmo podem estar com os dias contados. As pessoas nunca estiveram tão ávidas por um escape tecnológico, e a IA promete saciar (ou instigar ainda mais) essa necessidade de estímulo constante.
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June 15, 2:53 PM
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IA: o Brasil pode ser protagonista? | com Anderson Soares e Fabio Cozman | Dois Pontos

A inteligência artificial (IA) está infiltrada nas engrenagens invisíveis que movem decisões públicas e privadas no Brasil — do processamento de exames médicos ao combate a fraudes bancárias.

A promessa é de ganhos expressivos de produtividade, eficiência máxima, redução de custos, eliminação de gargalos e uma suposta “democratização” de bens e serviços — expressão recorrente no discurso dos entusiastas da IA. Mas, claro, há algumas “pedras” pelo caminho.

Entre elas estão a transformação do mercado de trabalho, os impactos ambientais, a falta de letramento digital, restrições ao acesso tecnológico e a lentidão para adotar regulação e implementar um plano estratégico para IA. Há também dilemas sobre regulação e impacto ambiental.

Para falar sobre como a IA pode mudar o futuro do Brasil e seus riscos e oportunidades, o Dois Pontos convidou Anderson Soares, coordenador do Centro de Excelência em IA da Universidade Federal de Goiás (UFG), e Fabio Cozman é diretor do Centro de Inteligência Artificial da Universidade de São Paulo (USP).

O episódio tem a apresentação da colunista do Estadão, Roseann Kennedy, e a participação de Bruno Romani, editor do Link, a editoria de tecnologia do Estadão.

Produção
Everton Oliveira

Edição
Beatriz de Souza

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June 15, 2:50 PM
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A busca pelo primeiro emprego entre jovens ‘nem-nem’: ‘enviei 130 currículos e fui chamada para 8′

A busca pelo primeiro emprego entre jovens ‘nem-nem’: ‘enviei 130 currículos e fui chamada para 8′ | Inovação Educacional | Scoop.it

Proporção de jovens que não estudam nem trabalham caiu em 2024 em relação a 2019, mas número ainda segue alto, segundo dados do IBGE
De acordo com dados do IBGE, mais de 45 milhões de brasileiros pertencem à geração Z, nascida entre 1995 e 2012. Até 2030, esse grupo deve representar quase 30%.
A engenheira de produção Maria Paula Andrade, hoje com 24 anos, chegou a aplicar para 130 vagas em dez meses após se formar e passou para a primeira fase em apenas oito delas. A designer Steffany Lima, 27, mandou mais de 70 currículos durante seis meses, e foi chamada para uma entrevista em apenas três empresas. As duas eram recém-formadas em 2024 e passaram a integrar o grupo dos “nem-nem”, ou seja, nem estudavam, nem trabalhavam.
Ainda no ano passado, as duas conseguiram deixar tal estatística e ter fonte de renda formal. Os dados da nova edição da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio Contínua (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta sexta-feira, 13, indicam que elas fazem parte de um grupo maior de jovens brasileiros que no último ano que conseguiu um emprego ou voltou a estudar depois de algum período no “limbo”.
Em 2019, ano pré-pandemia, 22,4% dos jovens (de 15 a 29 anos) não estudavam nem trabalhavam. Em 2024, esse percentual caiu para 18,5% dos 48 milhões de pessoas nessa faixa etária, mostra a pesquisa. Apesar da redução, a proporção ainda é considerada alta.
O problema é ainda pior entre as mulheres nessa faixa etária: praticamente uma em cada quatro delas (24,7%) não estuda nem trabalha, quase o dobro da porcentagem registrada entre os homens (12,5%). A diferença pode ser explicada porque boa parte delas deixam de estudar para se ocupar do trabalho doméstico não remunerado ou ainda por causa de gravidez.
Maria Paula e Steffany, apesar de atuarem em áreas distintas, têm as mesmas reclamações: a maioria das empresas sequer respondem aos envios de currículos, deixando-as à deriva, sem saber se elas têm alguma chance.
“Nem a oportunidade de ir na entrevista eu estava tendo”, diz Steffany, moradora de Embu das Artes (SP).
As vagas para cargos iniciais também costumam ter pré-requisitos que não condizem com recém-formados e com o salário oferecido, elas dizem.
“A minha maior dificuldade foi a falta de experiência e a falta e oportunidades com um salário vantajoso”, acrescenta a jovem designer. Ela não tinha estagiado fora da faculdade e diz que isso dificultou na hora de conseguir uma trabalho.
Maria Paula relata que participou de várias atividades extracurriculares ao longo da faculdade, domina outros idiomas, como o inglês e o espanhol, sabe usar programas de computação e atuou na área da Engenharia durante dois anos em um estágio. “Mesmo assim, ainda exigem muito mais”, diz.
“Me senti muito mal porque eu sempre fui muito dedicada, muito estudiosa, sempre fui muito bem na faculdade, tinha um currículo super legal e não estava empregada. É um momento muita ansiedade, você começa a se questionar se você escolheu a carreira certa, se não é suficiente”, relembra a engenheira que mora na capital paulista.
Durante os dez meses em que estava sem estudar e desempregada, ela fez cursos de trainee, de Excel e até de e-commerce e marketing para aprimorar seu currículo.
“Isso é o que mais frustra, porque a gente estuda, a gente se esforça na faculdade, se dedica bastante, participa de várias coisas, várias atividades, mesmo assim, mesmo sabendo Excel, mesmo sabendo várias coisas, a gente não é visto”, diz Maria Paula.
Steffany também diz ter ter se ocupado com seu portfólio e currículo nos seis meses como nem-nem. “Eu sempre busquei outros cursos. Eu sou designer, mas sei um pouco de marketing digital, de publicidade (pois chegou a cursar a faculdade anteriormente), eu sou bem adaptável”, conta.
Ambas conseguiram se sustentar porque moram com a família. “Meu pai perguntava: ‘O que você está fazendo? Está buscando?’ e eu falei que estava, tinha 70 e poucas solicitações (nas plataformas de busca de emprego), mas eles não chamam, eu não passo na régua do RH”, lembra a designer.
Ela se formou no meio do ano passado e ficou o segundo semestre todo em busca do primeiro emprego. Foi ter sua primeira oportunidade no final de 2024. Steffany encontrou a vaga em um post na rede social, aplicou, fez entrevista e passou, começando no início deste ano.
Maria Paula, por sua vez, conseguiu uma vaga em outubro, após receber indicação para um processo seletivo. “Dessas 130 inscrições que eu fiz, eu nem recebi retorno”, conta a engenheira.
“As entrevistas que eu conseguia, a maioria foi por indicação. Precisa ter contatos, porque é muito difícil de entrar mesmo tendo uma formação. Hoje em dia, na minha percepção, está muito saturado e você precisa saber chegar nas pessoas certas, senão você vai ser só mais um em mil pessoas”, completa.
“Foi um momento de muita ansiedade mesmo. Você se sente muito insuficiente e muito mal (por não conseguir um emprego). E eu conversava com amigos que também estavam desempregados, todo mundo passando pela mesma situação, então eu não estava sozinha”, completa.
Nesse meio tempo, “para não ficar parada”, Maria Paula decidiu empreender.
“Um sonho muito grande que eu tinha desde criança era abrir uma empresa. Eu falei ‘será que não daria para abrir agora? Eu estou com tempo de sobra, consigo estudar para isso, consigo correr atrás disso agora, acho que eu vou tentar’. E aí eu comecei a estudar mais também sobre esse universo e abri minha empresa em julho”, relata a engenheira que hoje também é dona de uma marca de joias de prata.
Maria Paula se formou como engenheira e ficou dez meses sem conseguir uma oportunidade de trabalho, por isso decidiu empreender Foto: arquivo pessoal
“Dei uma pausa nas entrevistas para estruturar a minha empresa, para quando eu voltasse para o CLT, eu já tivesse tudo mais estruturado, eu conseguisse tocar as coisas muito mais facilmente”, relata.
Desde o momento em que abriu a empresa, ela conseguiu ter um retorno financeiro - inclusive maior do que o seu último salário como estagiária, mas usava o montante para reinvestir na própria empresa.
Hoje, ela conciliar a vida de CLT com a de empresária, além de uma pós-graduação que iniciou em abril deste ano.

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June 13, 1:40 PM
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Criar, resolver, imaginar: o papel do pensamento computacional para crianças

Criar, resolver, imaginar: o papel do pensamento computacional para crianças | Inovação Educacional | Scoop.it
O contato com a prática faz com que as crianças desenvolvam confiança para enfrentar desafios e compreendam como as tecnologias funcionam
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June 13, 1:39 PM
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Como criar uma sala de aula inspiradora, motivadora e segura?

Como criar uma sala de aula inspiradora, motivadora e segura? | Inovação Educacional | Scoop.it
Professores que estabelecem relações respeitosas e empáticas promovem um sentimento de pertença e segurança
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June 13, 1:29 PM
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Beijing academy unveils open-source ‘RoboBrain’ AI model for China’s humanoid robots

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The launch comes amid efforts to leverage rapidly advancing AI technology to improve the capability of robots
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June 13, 1:22 PM
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Top 10: Challenges in AI Implementation | AI Magazine

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Scalability of AI systems
Why it's a challenge: As AI applications become more widespread, organisations must ensure their systems can handle increased loads and complex problem-solving without a drop in performance
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