Estudantes do Centro Federal de Educação Tecnológica do Rio de Janeiro (Cefet/RJ) preparam nesta sexta-feira uma manifestação para protestar contra a intenção do Ministério da Educação (MEC) de transformar o centro em um Instituto Federal de Educação Tecnológica (Ifet). A mudança terá impacto direto em alguns dos cursos técnicos e de graduação em Engenharia, que precisarão ser fechados. A direção da Cefet pede, há anos, que o centro se transforme em uma universidade, e avalia a atitude do MEC como um "retrocesso".
Por força de lei, os institutos têm de reservar 50% de suas vagas a cursos de nível médio e 20% a cursos de licenciatura. Para se adequar a esses requisitos, a Cefet/RJ, que possui 14 cursos de bacharelado e apenas 2 em licenciatura, precisaria diminuir a oferta de vagas de graduação em Engenharia e aumentar as de licenciatura. "Queremos que o MEC olhe pra gente de outra maneira, porque não temos a proposta de instituto. Estamos colocando a seriedade da oferta dos cursos de engenharia na instituição, e acabar com esses cursos na Cefet é uma falta de compromisso com a sociedade", diz o diretor-geral do centro, Carlos Henrique Figueiredo Alves.
Gustavo Steinberg, Ale Machado, Melina Massaneh e Eliana Russi passaram quase um ano escolhendo a dedo os convidados e a programação que iria compor os onze dias de Festival. Nomes renomados do mercado de game internacional foram convidados para mostrar aos brasileiros a realidade do mercado mundial. Entre eles estão Jason Della Rocca, consultor canadense especialista no mercado de games, Chris Avellone, game designer americano, Fredrik Wester, da produtora sueca Paradox Interactive, Careen Yapp, da Konami, e Amanda Cinfio, da Gree.
O Festival, primeiro do gênero no Brasil, foi inspirado em dois eventos internacionais, já tradicionais no setor independente: o International Festival of Independent Games (IndieCade) e o Independent Games Festival (IGF). Ambos realizados nos Estados Unidos. A preocupação com a formação do mercado de desenvolvedores independentes brasileiros ficou evidenciada em toda a programação. Palestras, workshops, rodadas de negócios, exposição de games, apresentação de projetos ainda em desenvolvimento e até um desafio que fez com que 4 equipes criassem um jogo em 24h, ocupavam os participantes do BIG durante todos os dias a partir das 10h da manhã. Os temas de debates eram variados. Entre eles, a discussão do papel do game dentro da educação, jogos eletrônicos e terceira idade e as tendências para o mercado brasileiro. Confira a programação completa em http://www.bigfestival.com.br/programacao
Para a premiação, 210 jogos foram inscritos, porém apenas 19 foram selecionados para concorrerem nas categorias de melhor jogo, arte, som, narrativa, gameplay, revelação Brasil, jogo online, voto popular, DevIsland e Demonight. Dos 19, apenas quatro eram brasileiros e somente um desses quatro foi selecionado para concorrer na categoria principal, a de melhor jogo. Segundo Gustavo, um dos idealizadores do BIG, isso já era esperado devido a diferença de qualidade ainda existente entre jogos brasileiros e internacionais. “A missão do festival é acabar com essa diferença em alguns anos”, afirma otimista. Ao mesmo tempo que trouxe profissionais de fora do país para apresentar o panorama mundial, o BIG criou uma vitrine da própria produção independente brasileira para o resto do mundo, acrescenta.
Segundo Jason Della Rocca, o BIG Festival vai desempenhar um papel importante no desenvolvimento
Reunião com os prefeitos empossados no início do mês foi idealizada para apresentar os programas federais executados em parceria com as prefeituras
No encontro com prefeitos de todo o país, na próxima semana, o governo federal buscará fortalecer a parceira com as prefeituras para cumprir metas na área de educação, como a de construir seis mil creches e pré-escolas até 2014. A reunião com os prefeitos empossados no início do mês foi idealizada para apresentar os programas federais executados em parceria com as prefeituras.
A instalação de novas quadras esportivas e a destinação de royalties do petróleo para a educação foram incluídos na pauta, de acordo com a ministra da Relações Institucionais, Ideli Salvatti. A meta de construir seis mil unidades de educação infantil até 2014 foi assumida pela presidenta Dilma Rousseff durante a campanha eleitoral. A ação, no entanto, depende de parceira com as prefeituras, responsáveis pela educação infantil.
Segundo levantamento do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação até outubro de 2012 foram firmados contratos para 3.019 unidades. Atualmente, 1.195 estão concluídas ou em fase de conclusão. Para este ano, há previsão de investimento em mais 1,5 mil unidades de educação infantil. Para acelerar a construção, o governo lançou em dezembro de 2012 editais para abertura de licitações que permitem às prefeituras usar métodos alternativas à alvenaria, como pré-moldados, a fim de diminuir o prazo de conclusão das unidades.
O mercado das coisas digitais viu no final de 2012 um de seus ícones perder terreno: as vendas da Apple decepcionaram e, pior ainda quando se trata de um mundo movido a inovação, sem Steve Jobs a empresa ficou na rabeira: teve que dar o braço a torcer e correr atrás do design dos tablets coreanos, entre telefone e tablet. Nunca antes na história da empresa isso ocorrera.
Qual o futuro da internet e seus ícones de mercado, que eu prefiro designar por “iconomia”? Em meio à mais profunda crise financeira da história do capitalismo, já produzindo as clássicas feridas sociais e políticas, poderá a inteligência tecnológica revelar-se menos terrível que as distopias mais negras à la Big Brother?
Uma parte importante da resposta é observar o que vai revelando o próprio mercado onde se concentra a onda inovadora: o mundo das redes.
A edição de janeiro do boletim “OECD Insights” destaca a emergência das “smart networks” (redes espertas, inteligentes) e resume as conclusões de um estudo publicado na semana passada. Nos próximos cinco anos a expectativa no Primeiro Mundo é que um domicílio com dois adolescentes terá 25 “coisas” conectadas à internet. A tranqueira interconectada chega a 50 em 2022. Atualmente, a média já está em 10 coisas conectadas à rede por domicílio. Traduzindo para o conjunto de países da OCDE: haverá 14 bilhões de interfaces conectadas. Hoje há 1,7 bilhão. Números relativos apenas a domicílios.
O MEC (Ministério da Educação) divulgou nesta quinta-feira (23) a lista de aprovados na primeira chamada do Prouni (Programa Universidade Para Todos), que oferece bolsas de estudo em faculdade particulares para estudantes de baixa renda. O prazo para matrícula, mediante comprovação da situação socioeconômica e demais informações prestadas no momento da inscrição, começa hoje e vai até o dia 31 de dezembro.
Infográfico animado mostra como organizar os espaços da creche e da pré-escola para melhorar a aprendizagem na Educação Infantil
Nesta animação, você vai ver a planta baixa ideal de uma escola de Educação Infantil que tem os espaços organizados para favorecer a aprendizagem. A ilustração está de acordo com referenciais publicados pelo Ministério da Educação e contempla áreas para atender crianças de 0 a 5 anos.
Reportagem reúne os cuidados para formar um acervo digital útil para alunos e professores
Textos, fotos, vídeos, jogos, músicas... Depois de um tempo, os computadores do laboratório de informática ficam lotados de materiais que acabam na lixeira. Mesmo que a equipe use bibliotecas online, nada impede a formação de um acervo digital na própria escola. "É uma ferramenta eficiente na integração de tecnologias de informação e de comunicação e abre espaço para a atuação de professores e alunos", diz Nanci Folena Pereira Sousa, do Laboratório de Informática e Educação Tecnológica da Secretaria de Educação de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. Para concretizar essa ideia, trabalho é o que não falta. Ao gestor, cabe estabelecer as diretrizes, organizar os grupos de trabalho e incentivar a participação de todos. Já o coordenador será o orientador dos professores na garimpagem das obras na internet e na preparação de atividades que levem os alunos a produzir conteúdos. "É importante buscar sempre novos recursos, ter critérios claros na seleção e focar o uso pedagógico", explica Nanci. Caso a escola não conte com um monitor de informática, é possível solicitar suporte à Secretaria ou pedir ajuda a professores mais experientes. A seguir, os principais pontos a serem considerados na organização de uma biblioteca digital.
Reportagem sobre a avaliação formativa, focada no diagnóstico das necessidades dos estudantes
Não é de hoje que existe esse modelo de avaliação formativa. A diferença é que ele é visto como o melhor caminho para garantir a evolução de todos os alunos, uma espécie de passo à frente em relação à avaliação conhecida como somativa. Para muitos professores, antes valia o ensinar. Hoje a ênfase está no aprender. Isso significa uma mudança em quase todos os níveis educacionais: currículo, gestão escolar, organização da sala de aula, tipos de atividade e, claro, o próprio jeito de avaliar a turma. O professor deixa de ser aquele que passa as informações para virar quem, numa parceria com crianças e adolescentes, prepara todos para que elaborem seu conhecimento. Em vez de despejar conteúdos em frente à classe, ele agora pauta seu trabalho no jeito de fazer a garotada desenvolver formas de aplicar esse conhecimento no dia-a-dia. Na prática, um exemplo de mudança é o seguinte: a média bimestral é enriquecida com os pareceres. Em lugar de apenas provas, o professor utiliza a observação diária e multidimensional e instrumentos variados, escolhidos de acordo com cada objetivo. A avaliação formativa não tem como pressuposto a punição ou premiação. Ela prevê que os estudantes possuem ritmos e processos de aprendizagem diferentes. Por isso, o professor diversifica as formas de agrupamento da turma.
Como o professor deve planejar antecipadamente todas as atividades de cada semestre, com a preocupação de distribuí-las entre atividades permanentes, projetos e sequências didáticas
O passo inicial é definir com antecedência as atividades que vão fazer do ano letivo um encadeamento de descobertas, cada uma delas mais desafiante que a outra. "O educador precisa ter uma visão geral do trabalho para prever em que ritmo as propostas de leitura e escrita vão se aprofundar ao longo do período", explica a professora argentina Mirta Torres, especialista em didática da leitura e da escrita. Segundo Mirta, nesse planejamento é importante considerar que cada criança já está em processo de alfabetização. "Antes de irem para a escola, os pequenos tiveram contato com práticas de leitura e de escrita, com maior ou menor grau de espontaneidade, ao escutar os pais lerem histórias, ao folhearem livros ou ao verem adultos e outras crianças escreverem", pontua. O que muda é que na escola esse processo passa a ser intencional e sistemático, ganhando sentido e contando com a participação ativa de cada estudante.
Para chegar ao detalhamento da rotina semanal de uma classe de 1º ano, o educador precisa ter clareza de que itens devem ser combinados e com que regularidade devem ser praticados para permitir às crianças entender em que situações se lê e se escreve, para que se lê e se escreve e quem lê e escreve. "E não é necessário ter sempre novidades programadas. A continuidade dá segurança aos alunos e, associada à diversidade de assuntos, amplia o repertório deles", explica Debora Samori, pedagoga e formadora de professores do Centro de Educação e Documentação para Ação Comunitária (Cedac). Um planejamento acertado contempla três tipos de atividade.
Sob o olhar de um educador atencioso, as brincadeiras infantis revelam um conteúdo riquíssimo, que pode ser usado para estimular o aprendizado. Gilles Brougère, um dos maiores especialistas em brinquedos e jogos na atualidade, entrou nesse universo totalmente por acaso. Desde o fim da década de 1970, o tema tornou-se objeto de estudo no grupo de pesquisadores em que ele atuava. Como na época não existiam investigações sobre a temática, Brougère vislumbrou o muito que havia para ser feito.
Desde então, ele pesquisa a cultura lúdica da perspectiva da sociedade na qual cada criança está inserida. É o contexto social, diz ele, que determina quais serão as brincadeiras escolhidas e o modo como elas serão realizadas.
Seus estudos indicam que os pequenos se baseiam na realidade imediata para criar um universo alternativo, que ele batizou de segundo grau e no qual o faz de conta reina absoluto. Graças a um acordo entre os participantes - mesmo os muito pequenos -, todos sabem que aquilo é "de brincadeira". Por isso, fica fácil decidir quando parar. Pelo mesmo motivo, um jogo não pode ser nem muito entediante nem muito desafiante ao ponto de provocar ansiedade.
Reportagem mostra o papel dos professores e auxiliares na Educação Infantil e aponta a importância de um plano de carreira estruturada para reter bons profissionais
De que a Educação Infantil é uma etapa importante da Educação Básica, ninguém mais duvida. Afinal, as vivências que acontecem nos primeiros anos de vida são marcantes para o desenvolvimento integral da criança. Portanto, os adultos responsáveis por cuidar das crianças de até 6 anos em creches e pré-escolas deveriam ser muito bem formados. A eles cabe instigar e promover as relações, interações e brincadeiras que tragam às crianças experiências diversas, com a finalidade de ampliar o conhecimento de si e do mundo, facilitar o acesso a diferentes linguagens e o uso delas no dia a dia e a aquisição de autonomia para participar de atividades individuais e coletivas. Lidar com essas especificidades requer muito estudo - o que nem sempre é garantido nos cursos de formação inicial nem oferecido na formação continuada - e tempo para planejar - muitas vezes, ausente da rotina desses profissionais. De acordo com a pesquisa da Fundação Victor Civita (FVC), apesar de a maioria dos professores de Educação Infantil ser formada em Pedagogia, apenas 35% fizeram uma especialização na área (leia mais sobre o perfil docente no quadro abaixo). "Além de conhecer as etapas do desenvolvimento da faixa etária atendida por creches e pré-escolas, o docente precisa saber como a criança pequena aprende", diz Regina Magna, professora do Departamento de Educação da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) e especialista em Gestão e Políticas Públicas da Educação. Já os auxiliares - também chamados de assistentes, cuidadores e recreacionistas - têm concluído, em geral, apenas o Ensino Médio. Todavia, a pesquisa destaca a necessidade de esse profissional trabalhar de forma articulada com o professor e ter assegurados os horários de formação em serviço. Isso porque, além dos cuidados rotineiros - como trocar fraldas, alimentar, fazer a higiene bucal, dar banho e colocar para dormir -, ele participa de ações educativas e atividades pedagógicas. Em diversos momentos, o auxiliar costuma ficar sozinho com a turma, principalmente quando há programação no contraturno - o que não é adequado.
Documentação das ações realizadas pelo Labmovel em 2012.
O Labmóvel é um laboratório de mídias móveis para a produção de residências de arte, workshops e eventos culturais. Com características nômades, é um projeto que possibilita ambientes temporários, que despertem a curiosidade e maior acesso a situações fora do eixo institucional, favorecendo um cruzamento de origens culturais, sociais e econômicas diversas. A mediação desempenha um papel crucial na interação entre esta estrutura e seu público.
O programa tem a coordenação de Lucas Bambozzi e Gisela Domschke, e conta com o apoio do Programa Arte e Tecnologia da Fundação Telefônica (em parceria com o Vivo arte.mov).
O Laboratório Central de Tecnologias de Alto Desempenho em Ciências da Vida (LaCTAD) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) realizará, de 18 a 22 de fevereiro de 2013, a sexta edição do Curso de Bioinformática “Algoritmos e Técnicas Computacionais para Montagem e Análise de Genomas”.
O curso, gratuito, tem número limitado de vagas e a seleção será feita mediante manifestação de interesse e análise do histórico escolar e currículo.
É desejável que o interessado tenha conhecimentos do ambiente Linux e de alguma linguagem de programação.
Está prevista a concessão de Bolsas de Desenvolvimento Técnico em Bioinformática no LaCTAD para a continuidade da formação na área aos estudantes que mais se destacarem no curso.
O LaCTAD tem apoio da FAPESP por meio do Programa Equipamentos Multiusuários.
Na primeira oferta de ações de empresa brasileira no ano, o papel saiu a R$ 42 cada, um pouco abaixo do fechamento do pregão, a R$ 42,75
A rede de ensino privado Estácio Participações precificou nesta quarta-feira a oferta pública subsequente primária e secundária de ações, que movimentou 768,8 milhões de reais.
O papel saiu a 42 reais cada, um pouco abaixo do fechamento do pregão, a 42,75 reais. Esta foi a primeira oferta de ações de empresa brasileira concluída em 2013. Outras duas companhias que pretendiam realizar ofertas públicas iniciais (IPO, na sigla em inglês), a Vix Logística e a Nova Cedae, desistiram pelo menos por enquanto dos planos neste mês, alegando condições adversas do mercado.
A emissão primária da Estácio levantou 616,86 milhões de reais, com a venda de 14,7 milhões de papéis. A oferta secundária girou 151,8 milhões de reais, com um total 3,6 milhões de ações.
Os recursos levantados com a oferta primária serão utilizados para financiar sua expansão, inclusive por meio de aquisições e expansão do segmento de ensino à distância.
Por meio de comunicado, a Abril Educação S.A não confirmou a compra do Grupo Wise Up, conforme fontes haviam informado à Bloomberg na tarde da última terça-feira (22).
De acordo com a mensagem, a “Companhia analisa de forma constante as oportunidades de mercado, incluindo oportunidades de investimento e/ou aquisição de ativos no setor de ensino de línguas estrangeiras, contudo, na presente data, desconhece qualquer fato relevante a ser divulgado a esse respeito”.
Desde que foi criada, em 2005, a Agência USP de Inovação costuma ser acionada por professores, alunos e funcionários da Universidade de São Paulo quando eles precisam de apoio para proteger os resultados de pesquisa, identificar parceiros e para intermediar projetos inovadores realizados no âmbito da instituição com o setor privado.
Já nos últimos anos, a Agência, que funciona como Núcleo de Inovação Tecnológica da USP, também começou a receber uma demanda inversa: a de inventores, empreendedores e empresas sem vínculos com a universidade, interessados em receber auxílio em questões relacionadas à inovação – como formas e procedimentos para proteção de tecnologias e identificação de fonte de financiamento –, ou identificar possibilidades de projetos científicos e tecnológicos em conjunto com pesquisadores da instituição.
Para atender a essa nova procura e ajudar a suprir essa carência de informações, a Agência USP de Inovação lançou no início de janeiro o programa “Vocação para Inovação”.
Voltado para a comunidade externa da USP, o objetivo do programa, apoiado pela FAPESP, é orientar inventores, empreendedores, pesquisadores e microempresários na condução de projetos de inovação tecnológica e, se necessário, auxiliar na identificação de parceiros na própria universidade que possam ajudar a realizá-los.
“A USP tem cerca de 6 mil pesquisadores, em todas as áreas do conhecimento, e 80 mil alunos, distribuídos pelos campi da universidade no Estado de São Paulo”, ressaltou Maria Aparecida de Souza, diretora técnica de propriedade intelectual da Agência USP de Inovação.
Eles não são profissionais, mas usam seu conhecimento para ajudar na educação de milhares de pessoas.
O engenheiro César Medeiros, de 38 anos, até queria ter se tornado professor. “Mas professor sofre bullying na sala de aula”, diz. Conhecido pelo apelido Nerckie, César encontrou uma solução para realizar sua vontade de ensinar: passou a dar aulas pela internet, por meio de vídeos que ele faz em sua casa, na zona sul de São Paulo, em um estúdio montado no escritório.
Os vídeos são publicados no canal Vestibulândia, no YouTube, com mais de 130 mil usuários inscritos, e César dá aulas de matemática com o conteúdo que costuma cair nos vestibulares.
As aulas têm entre 9 e 15 minutos e os vídeos são divididos em cursos e programas de estudo, preparados com a ajuda de livros e pesquisa. “Leio sobre o assunto que quero abordar, resumo, listo os pontos importantes e crio a aula, apresentando a teoria e exercícios”, diz.
Ele não é o único que usa seu conhecimento para educar, informalmente, milhares de pessoas por meio de vídeos. Canais norte-americanos como o CGP Grey e Khan Academy – cujo fundador Salman Khan esteve no Brasil esta semana – também se especializaram em criar conteúdo educativo para complementar as aulas nas escolas e até desafiar o ensino convencional.
Karl Wendt, um dos colaboradores da Khan Academy, diz que a internet tornou a educação mais acessível. “O acesso à informação é muito diferente hoje. Isso mudou a questão do porquê educamos”, diz Karl, que, em seus vídeos, ensina a construir eletrônicos. Além dele, há uma longa lista de colaboradores que dão aulas desde aritmética à computação gráfica.
Salman Khan, criador do canal no YouTube que virou um sistema de ensino, começou fazendo aulas em vídeo para uma sobrinha, mas percebeu o potencial de ampliar o alcance pela rede. “A internet pode tornar a educação muito mais acessível, de forma que o conhecimento e a oportunidade de aprender sejam compartilhados mais amplamente”, escreve Khan no livro Um Mundo, Uma Escola – A Educação Reinventada (Ed. Intrínseca).
A visão dele é compartilhada por C.G.P Grey, dono do canal CGPGrey. “É apenas uma questão de tempo até que a internet, ao lado de alguma outra tecnologia, se torne uma professora melhor do que qualquer humano.”
Mas a internet realmente pode substituir a escola formal? Para a professora de tecnologia na educação da PUC-SP Maria Elizabeth de Almeida, as video-aulas são um material de apoio interessante. “Uma aula em vídeo não é equivalente a uma comum, pois tem todo um processo interativo e comunicativo a que o aluno também está sujeito.”
A partir de hoje, editoras podem cadastrar obras que querem levar às escolas
A partir desta segunda-feira, 21, editoras estão liberadas para inscrever livros no Programa Nacional do Livro Didático PNLD para que eles possam ser usados por alunos e professores do ensino médio na rede pública a partir de 2015. Neste ano, o PNLD tem uma novidade: também entrarão na disputa obras em formato digital. Para entrar, o e-book também deve vir acompanhado da versão impressa e ter conteúdo extra, o que significa que o aluno dono de um tablet ou computador conseguirá acessar vídeos, animações, simuladores, imagens e até jogos relacionados à obra. As editoras têm até 21 de maio para inscrever os livros pelo PNLD, então, de 3 a 7 de agosto precisam ser entregues os impressos e a documentação correspondente. Entre 5 e 9 de agosto será a vez dos digitais.
Entrevista com o professor doutor Celso dos Santos Vasconcellos, especialista em planejamento, sobre os meandros do processo de elaboração das diretrizes escolares
Celso dos Santos Vasconcellos já foi professor, coordenador pedagógico e gestor escolar. Ao longo de sua extensa carreira de educador, participou de inúmeros processos de planejamento nas escolas e gosta de dizer que aprendeu muitas lições. "Às vezes, há uma tentação enorme de ficar gastando tempo com problemas menores, quase sempre da esfera administrativa ou burocrática. Justamente por isso é tão importante planejar o planejamento", afirma. Doutor em Educação pela Universidade de São Paulo, mestre em História e Filosofia da Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e autor de diversos livros sobre esse assunto, o especialista fala na entrevista a seguir a respeito dos meandros do processo de elaboração das diretrizes do trabalho da escola.
Reportagem que traz informações sobre as atividades que formam a rotina do professor
Ter um jeito próprio de se organizar Não existe certo ou errado quando se fala em rotina profissional. Cada professor precisa descobrir as ferramentas que melhor se encaixam ao seu estilo de trabalho. Pode ser um bloco do tipo agenda, um caderno tradicional ou um arquivo de computador. Planejar com antecedência Separar o material didático previsto para ser usado na semana seguinte e reservar um dia para rever o roteiro de atividades é sempre bom para garantir que nenhum detalhe seja esquecido. Reservar espaço para estudar Manter-se atualizado, tanto em relação aos conteúdos quanto à prática de sala de aula, é fundamental. Você pode fazer um mestrado, uma especialização ou apenas estabelecer uma rotina de estudos em casa (com muitos livros e pesquisa via internet). O que vale é crescer sempre. Organizar o espaço As atividades previstas para o dia serão desenvolvidas individualmente ou em grupos? Prever a melhor maneira de ambientar a sala de aula é o primeiro passo. Compartilhar o planejamento "Contar aos alunos o que será feito ao longo do dia é importante por dois motivos. Em primeiro lugar, porque eles ficam mais confortáveis, sem aquela euforia de 'o que será que vem agora?'. Depois, porque faz com que saiam da postura passiva de quem está sempre aguardando um comando", explica Karen Elizabete Nodari, coordenadora do núcleo de Orientação e Psicologia Educacional do Colégio de Aplicação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Definir as tarefas Cada conteúdo exige um tipo de atividade (leia mais nesta reportagem). Enquanto os alunos produzem textos ou resolvem problemas, uma boa dica é circular pela sala, acompanhando a evolução de cada um. "Se você decide passar um filme, por exemplo, é essencial preparar um pequeno roteiro para a turma, com pontos a ser observados", diz Valéria Roque. Prever atividades extras Nem tudo sai conforme o previsto, certo? Portanto, ter na manga algumas tarefas capazes de envolver a turma é sempre bom. No dia-a-dia, isso vale também para aqueles alunos que sempre terminam tudo antes dos outros - mas não podem ser deixados de lado. Antecipar a aula seguinte Encerrar o dia informando o que será realizado no dia seguinte é uma ótima estratégia porque gera uma expectativa positiva e permite que os alunos se preparem melhor ao compreender que há continuidade no processo educativo. Trocar idéias na escola Reuniões com os colegas, a coordenação pedagógica e a direção são fundamentais para revisar o planejamento e encaminhar as questões mais relevantes. Pensar grande "É preciso ter uma visão de conjunto para poder planejar a rotina diária", resume a professora Lúcia, de Porto Alegre. "Mecanismos de registro ajudam muito nesse sentido. Alguns preferem escrever, outros preferem fazer esquemas. Só não pode mesmo é fazer tudo de cabeça."
Entrevista com a pesquisadora argentina Myriam Nemirovsky, mestre em Educação no Centro de Investigação e Estudos Avançados do Instituto Politécnico Nacional, no México
Formadora de professores para o ensino de linguagem escrita há 45 anos, a argentina Myriam Nemirovsky se tornou uma referência para docentes interessados em se aprofundar na área. Mestre em Educação no Centro de Investigação e Estudos Avançados do Instituto Politécnico Nacional, no México - onde foi orientada por Emilia Ferreiro -, ela esteve no Brasil em outubro para ministrar uma palestra na Semana da Educação 2011, organizada pela Fundação Victor Civita (FVC). O tema: projetos e sequências didáticas de leitura e escrita. Nesta entrevista à NOVA ESCOLA, ela trata de alguns pontos de sua explanação, como as condições básicas para a formação de alunos leitores e escritores, e aponta as vantagens de trabalhar com modalidades organizativas. "Planejar a prática escolar dessa forma deixa evidente a ideia de processo, conceito que é fundamental hoje em Educação. Os alunos passam por todas as etapas de produção de texto e, no fim, conseguem enxergar o quanto aprenderam nesse caminho", explica a pesquisadora.
Entrevista com a professora e pesquisadora Beatriz Ferraz sobre o ensino e as aprendizagens na creche
Beatriz Ferraz já foi dona de escola de Educação Infantil e criou o centro de estudos Escola de Educadores, em São Paulo. Há cinco anos, trabalha com o Projeto Didática, Informação, Cultura e Arte, de formação continuada, em São Caetano do Sul, na Grande São Paulo (nos últimos três, atuando como coordenadora). Em sua tese de doutorado, estuda o conhecimento profissional de educadoras de creche com o objetivo de compreender o que aconteceu quando o foco mudou do bem-estar para a Educação. "Ao pensar em cuidados de cunho pedagógico, muitos deixaram para trás o colo e o afeto, quesão essenciais à constituição saudável do bebê", diz. Nesta entrevista, Beatriz fala sobre essa polarização e o perfil ideal do profissional para esse segmento.
As crianças em idade escolar - e até mesmo os pais - podem não perceber, mas por trás do aprendizado do alfabeto ou da tabuada estão diferentes abordagens, por vezes opostas, que visam a consolidar ensinamentos básicos para o ser humano. A solução encontrada por muitos educadores para o ensino das letras e dos números aos pequenos é decorar: um método defendido por diversos especialistas que também é alvo de críticas, especialmente entre adeptos do construtivismo.
O neurocientista da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) e coordenador científico do Instituto do Cérebro do RS (InsCer), Ivan Izquierdo, afirma que não há como fugir da decoreba, pois alguns conteúdos só são possíveis de se aprender por meio desse método. Especialistas em educação defensores da teoria construtivista de Jean Piaget, contudo, dizem que nem toda informação se transforma em conhecimento, e que, por isso, os alunos precisam trilhar seus próprios caminhos de assimilação.
"Decorar é uma das técnicas mais usuais e uma das mais úteis", argumenta Izquierdo. Para o neurocientista, o uso da memória é a melhor maneira de fazer com que uma criança aprenda os números, as letras, a tabuada; na vida diária, afinal, ela decora nomes de pessoas e objetos, poesias ou letras de canções. Do ponto de vista neurobiológico, essa não seria apenas a melhor, mas a única opção. "Para aprender que flor se chama flor, não há como explicar. Só decorando. Alguém diz que é flor, depois a criança repete", frisa Izquierdo. A repetição e a absorção dessas informações pela visão e pela audição, segundo essa lógica, são a raiz de uma memória duradoura.
Na visão construtivista, contudo, o desenvolvimento do conhecimento ocorre por processos. Uma novidade ou algo desconhecido provoca um desequilíbrio. Para reordenar as ideias e criar hipóteses para atingir o aprendizado, o sujeito compreende e aprende a partir de relações com suas experiências e conteúdos previamente assimilados. "Esse é um ponto fundamental da concepção construtivista. Trata-se de um processo, uma construção permanente. A informação não necessariamente se transforma em conhecimento de forma imediata", explica o professor de psicologia do desenvolvimento da Faculdade de Ciências e Letras de Assis da Universidade Estadual Paulista (Unesp) Mário Sérgio Vasconcelos. Diferentemente da decoreba, a teoria de Piaget prevê que as pessoas podem agir sobre as informações por meio de processos adaptativos que são a assimilação (incorporação de novos elementos) e acomodação (uma adaptação por influência do meio e do próprio ponto de vista do sujeito).
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