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November 15, 12:43 PM
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COP 30 na escola: saiba como simular a Conferência do Clima

COP 30 na escola: saiba como simular a Conferência do Clima | Inovação Educacional | Scoop.it
Desenvolvido pela Fundação FHC em parceria com o Porvir, roteiro pedagógico propõe caminhos para trabalhar a crise climática na escola com a turma do ensino médio - entre eles, criar uma Conferência do Clima
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Curadoria por Luciano Sathler. CLIQUE NOS TÍTULOS. Informação que abre caminhos para a inovação educacional.
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September 10, 2024 9:19 AM
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Igualdade Artificial, um risco para a educação. Por Luciano Sathler

Igualdade Artificial, um risco para a educação. Por Luciano Sathler | Inovação Educacional | Scoop.it

O que acontece quando a maioria faz uso de uma IA para realizar suas atividades laborais? E, no caso dos estudantes, quando os trabalhos passam a ser produzidos com o apoio de uma IA generativa?
Luciano Sathler
É PhD em administração pela USP e membro do Conselho Deliberativo do CNPq e do Conselho Estadual de Educação de Minas Gerais
As diferentes aplicações de Inteligência Artificial (IA) generativa são capazes de criar novos conteúdos em texto, imagens, áudios, vídeos e códigos para software. Por se tratar de um tipo de tecnologia de uso geral, a IA tende a ser utilizada para remodelar vários setores da economia, com impactos políticos e sociais, assim como aconteceu com a adoção da máquina a vapor, da eletricidade e da informática.
Pesquisas recentes demonstram que a IA generativa aumenta a qualidade e a eficiência da produção de atividades típicas dos trabalhadores de colarinho branco, aqueles que exercem funções administrativas e gerenciais nos escritórios. Também traz maior produtividade nas relações de suporte ao cliente, acelera tarefas de programação e aprimora mensagens de persuasão para o marketing.
O revólver patenteado pelo americano Samuel Colt, em 1835, ficou conhecido como o "grande equalizador". A facilidade do seu manuseio e a possibilidade de atirar várias vezes sem precisar recarregar a cada disparo foram inovações tecnológicas que ampliaram a possibilidade individual de ter um grande potencial destrutivo em mãos, mesmo para os que tinham menor força física e costumavam levar desvantagem nos conflitos anteriores. À época, ficou famosa a frase: Abraham Lincoln tornou todos os homens livres, mas Samuel Colt os tornou iguais.
Não fazemos aqui uma apologia às armas. A alegoria que usamos é apenas para ressaltar a necessidade de investir na formação de pessoas que sejam capazes de usar a IA generativa de forma crítica, criativa e que gerem resultados humanamente enriquecidos. Para não se tornarem vítimas das mudanças que sobrevirão no mundo do trabalho.
A IA generativa é um meio viável para equalizar talentos humanos, pois pessoas com menor repertório cultural, científico ou profissional serão capazes de apresentar resultados melhores se souberem fazer bom uso de uma biblioteca de prompts. Novidade e originalidade tornam-se fenômenos raros e mais bem remunerados.
A disseminação da IA generativa tende a diminuir a diversidade, reduz a heterogeneidade das respostas e, consequentemente, ameaça a criatividade. Maior padronização tem a ver com a automação do processo. Um resultado que seja interessante, engraçado ou que chama atenção pela qualidade acima da média vai passar a ser algo presente somente a partir daqueles que tiverem capacidade de ir além do que as máquinas são capazes de entregar.
No caso dos estudantes, a avaliação da aprendizagem precisa ser rápida e seriamente revista. A utilização da IA generativa extrapola os conceitos usualmente associados ao plágio, pois os produtos são inéditos – ainda que venham de uma bricolagem semântica gerada por algoritmos. Os relatos dos professores é que os resultados melhoram, mas não há convicção de que a aprendizagem realmente aconteceu, com uma tendência à uniformização do que é apresentado pelos discentes.
Toda Instituição Educacional terá as suas próprias IAs generativas. Assim como todos os professores e estudantes. Estarão disponíveis nos telefones celulares, computadores e até mesmo nos aparelhos de TV. É um novo conjunto de ferramentas de produtividade. Portanto, o desafio da diferenciação passa a ser ainda mais fundamental diante desse novo "grande equalizador".
Se há mantenedores ou investidores sonhando com a completa substituição dos professores por alguma IA já encontramos pesquisas que demonstram que o uso intensivo da Inteligência Artificial leva muitos estudantes a reduzirem suas interações sociais formais ao usar essas ferramentas. As evidências apontam que, embora os chatbots de IA projetados para fornecimento de informações possam estar associados ao desempenho do aluno, quando o suporte social, bem-estar psicológico, solidão e senso de pertencimento são considerados, isso tem um efeito negativo, com impactos piores no sucesso, bem-estar e retenção do estudante.
Para não cair na vala comum e correr o risco de ser ameaçado por quem faz uso intensivo da IA será necessário se diferenciar a partir das experiências dentro e fora da sala de aula – online ou presencial; humanizar as relações de ensino-aprendizagem; implementar metodologias que privilegiem o protagonismo dos estudantes e fortaleçam o papel do docente no processo; usar a microcertificação para registrar e ressaltar competências desenvolvidas de forma diferenciada, tanto nas hard quanto soft skills; e, principalmente, estabelecer um vínculo de confiança e suporte ao discente que o acompanhe pela vida afora – ninguém mais pode se dar ao luxo de ter ex-alunos.
Atenção: esse artigo foi exclusivamente escrito por um ser humano.
O editor, Michael França, pede para que cada participante do espaço "Políticas e Justiça" da Folha sugira uma música aos leitores. Nesse texto, a escolhida por Luciano Sathler foi "O Ateneu" de Milton Nascimento.

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November 15, 1:55 PM
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Novo luxo da geração Z: como o ‘modo off’ virou símbolo de status e forma de ostentação pessoal

Novo luxo da geração Z: como o ‘modo off’ virou símbolo de status e forma de ostentação pessoal | Inovação Educacional | Scoop.it
E nesse sentido, muitos jovens têm decidido se desconectar: apagam suas contas, trocam o smartphone por celulares de flip, redescobrem hobbies e adotam um estilo de vida mais simples. Câmeras analógicas, livros de bolso e até os chamados “dumbphones” voltaram a fazer parte do dia a dia dessa geração. “Esse tipo de produto renasce justamente da necessidade de simplificar e reconstruir uma relação mais saudável com a tecnologia”, explica Rafaela Varella.

Assim conseguir ficar off vira uma peça de luxo — nem que seja uma desconexão meticulosamente controlada e planejada.
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November 15, 1:49 PM
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Descobertas científicas com IA estão começando a virar realidade

Descobertas científicas com IA estão começando a virar realidade | Inovação Educacional | Scoop.it
Mas algo recentemente começou a mudar. Uma nova geração de algoritmos, voltada para a capacidade de raciocínio, está aprendendo a pensar em etapas. Em vez de apenas responder, esses modelos testam hipóteses, rejeitam caminhos ruins e redirecionam sua cadeia de pensamento na direção da melhor resposta.

O processo lembra, ainda de uma forma muito rudimentar, o que cientistas humanos fazem há séculos. Formulam hipóteses, erram, corrigem e, algumas vezes, até acertam.

Um modelo de linguagem não tem curiosidade, mas quando aprende a simular o processo de tentativa e erro, pode acabar tropeçando em hipóteses que nenhum humano havia antes cogitado. Não é exatamente uma ação criativa, mas sim uma forma probabilística de imaginação, onde a repetição massiva leva a algo novo.
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November 15, 1:48 PM
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Setlist.fm, site que registra informações de shows, está mudando a experiência da música ao vivo

Setlist.fm, site que registra informações de shows, está mudando a experiência da música ao vivo | Inovação Educacional | Scoop.it
Entra em cena o Setlist.fm. O site colaborativo, onde os usuários documentam quais músicas os artistas tocam a cada noite em turnê, cresceu e se tornou um vasto arquivo, atualizado em tempo real, mas também com acesso a registros históricos. Da era de Mozart (sério!) ao show de Chappell Roan, na noite passada, o Setlist.fm oferece inúmeras estatísticas — quais músicas os artistas tocam com mais frequência, quando foi a última vez que tocaram uma determinada música. Nos últimos anos, o site começou a publicar dados sobre o horário médio de início dos shows e a duração dos sets.
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November 15, 1:47 PM
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O que acontece quando as IAs começam a se observar?

O que acontece quando as IAs começam a se observar? | Inovação Educacional | Scoop.it
Essa autoconfiança mental tem raízes evolutivas. A introspecção provavelmente surgiu como um mecanismo de sobrevivência, uma forma de entender o que nos motivava para prever o comportamento dos outros. As LLMs, ao desenvolver algo semelhante, parecem menos interessadas em compreender o mundo externo e mais em compreender a si mesmas, como se a consciência fosse apenas uma evolução natural da inteligência.

Essa diferença está começando a se dissolver. Uma pesquisa recente da Anthropic mostrou que alguns dos seus modelos, especialmente o Claude 4 e o 4.1, estão começando a exibir sinais de introspecção.

No estudo, os pesquisadores injetaram conceitos diretamente nas ativações neurais do modelo e observaram que ele reconheceu as interferências internas e até explicou os seus próprios erros como se tivesse consciência deles.
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November 15, 1:44 PM
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Uso de IA para atendimento psicológico entra na mira de regulação após casos de suicídio; entenda

Uso de IA para atendimento psicológico entra na mira de regulação após casos de suicídio; entenda | Inovação Educacional | Scoop.it
“Eu deveria fazer as pazes?”, perguntou Stephanny Morais de Carvalho, 19, ao ChatGPT, depois de se afastar de uma amiga. A jovem expôs para o chatbot as circunstâncias da desavença, e a resposta foi a esperada: “Sim, converse com ela”. Essa não foi a única vez que a estudante de tecnologia da informação procurou a IA para pedir conselhos ou desabafar, ainda que faça sessões de terapia convencional.
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November 15, 1:38 PM
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Cinco descobertas sobre como a IA e as redes sociais afetam o cérebro; veja

Cinco descobertas sobre como a IA e as redes sociais afetam o cérebro; veja | Inovação Educacional | Scoop.it

Usuários de IA têm menor atividade cerebral e memória
Um estudo do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) avaliou o impacto do uso do ChatGPT na escrita de textos. Ao todo, 54 estudantes foram divididos em três grupos: um usou o ChatGPT para escrever uma redação, outro pesquisou no Google e o terceiro trabalhou sem auxílio de tecnologia.
Os participantes usaram sensores para medir a atividade elétrica cerebral. Os que utilizaram o ChatGPT apresentaram a menor atividade, enquanto os que escreveram sem ferramentas digitais tiveram a mais alta. Um minuto após terminarem, foram convidados a citar trechos de seus textos: 83% dos usuários de IA não lembraram de nenhuma frase.

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November 15, 1:27 PM
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‘Brain rot’: veja como usar a inteligência artificial sem atrofiar o cérebro

‘Brain rot’: veja como usar a inteligência artificial sem atrofiar o cérebro | Inovação Educacional | Scoop.it
Esses resultados indicam que, embora a IA possa acelerar tarefas, ela também pode enfraquecer processos mentais fundamentais, como memória e raciocínio crítico.
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November 15, 1:02 PM
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Amazônia: os gráficos, mapas e fotos que mostram a morte lenta da floresta e por que o mundo deveria se preocupar

Amazônia: os gráficos, mapas e fotos que mostram a morte lenta da floresta e por que o mundo deveria se preocupar | Inovação Educacional | Scoop.it
Cientistas afirmam que o futuro da Floresta Amazônica, anfitriã da COP30, é incerto, após décadas de desmatamento e agora também devido aos impactos climáticos.
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November 15, 12:59 PM
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O verdadeiro tamanho da influência do crime na vida do país

O verdadeiro tamanho da influência do crime na vida do país | Inovação Educacional | Scoop.it
O termo 'narcoestado' tem aparecido nas redes sociais, nas falas de comentaristas e de autoridades.
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November 15, 12:47 PM
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Rede vai gerar e refinar indicadores estaduais de ciência e tecnologia

Rede vai gerar e refinar indicadores estaduais de ciência e tecnologia | Inovação Educacional | Scoop.it
ma parceria entre os governos federal e estaduais vai receber R$ 13,3 milhões em investimentos para melhorar a qualidade dos indicadores de ciência, tecnologia e inovação (CT&I) produzidos pelas 27 unidades da federação. Os recursos, oriundos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), serão aplicados em um programa de bolsas e em infraestrutura computacional a fim de que cada estado brasileiro tenha ao menos um cientista de dados trabalhando na coleta de informações e na produção de métricas que sigam metodologias comuns e sejam comparáveis. A intenção da iniciativa é selecionar os cientistas de dados entre gestores que já atuam na área nos estados, mas outros profissionais, como pesquisadores de universidades, também poderão concorrer às bolsas.

O treinamento dos especialistas será feito a partir do primeiro semestre de 2026 pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), unidade de pesquisa do governo federal que atua na área de ciência de informação. “O cientista de dados será um elemento fundamental para a alimentação dos indicadores e a avaliação das informações recolhidas por cada unidade da Federação. Como vai ser um bolsista, não estará sujeito a mudanças políticas nos governos estaduais”, afirma Allan Kardec Benitez, presidente do Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Ciência, Tecnologia e Inovação (Consecti) e titular da secretaria mato-grossense.
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November 15, 12:44 PM
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A educação climática no Brasil

A educação climática no Brasil | Inovação Educacional | Scoop.it
O Brasil enfrenta um paradoxo educacional alarmante. Uma pesquisa nacional realizada neste ano pela Nova Escola em parceria com o Office for Climate Education revela que 92% dos professores brasileiros consideram a educação climática muito importante. No entanto, essa convicção não se traduz em prática efetiva: 38% dos docentes não se sentem seguros para ensinar os fundamentos científicos das mudanças climáticas, e mais de 40% das escolas sequer possuem planos de ação climática em seus projetos político-pedagógicos.

Este hiato entre reconhecimento e ação não é acidental. Ele expõe as fraturas estruturais de um sistema educacional que, embora reconheça a urgência climática, permanece engessado por limitações históricas e pela ausência de políticas públicas consistentes.

O abismo entre discurso e realidade na educação climática brasileira tem causas profundas. A pesquisa mostra que 60% dos professores não sabem se seus projetos político-pedagógicos contemplam o tema, revelando não apenas desinformação, mas institucionalização precária. Em muitos casos, a educação climática depende exclusivamente da iniciativa individual dos educadores, que enfrentam jornadas exaustivas, baixa remuneração e falta de reconhecimento.

A complexidade científica das mudanças climáticas agrava o problema. Enquanto apenas 6% dos professores se sentem inseguros para ensinar causas humanas e 8% para abordar soluções, o percentual salta para 38% quando se trata dos fundamentos científicos. Este dado expõe uma questão crucial: traduzir conceitos como variabilidade climática, modelagem atmosférica e sistemas complexos para a sala de aula exige formação especializada que simplesmente não existe.

As barreiras enfrentadas pelos educadores são sistêmicas. Estudos apontam que a fragmentação curricular, a ausência de abordagens interdisciplinares nos cursos de licenciatura e a falta de formação continuada estruturada comprometem qualquer tentativa de implementação efetiva. Mesmo quando 86% dos professores manifestam desejo de se capacitar, esbarram na escassez de tempo, na ausência de incentivos das redes de ensino e em formações pontuais desarticuladas da realidade docente.

Pesquisa revela que 92% dos professores brasileiros consideram a educação climática muito importante. Mas 38% deles não se sentem seguros a ensinar os fundamentos das mudanças climáticas, e mais de 40% das escolas sequer possuem planos de ação climática
A precariedade de infraestrutura e recursos pedagógicos completa o cenário desolador. Levantamento da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação indica que apenas 0,5% das escolas públicas brasileiras teriam condições de cumprir as diretrizes de educação ambiental. Sem materiais didáticos contextualizados, sem apoio de equipes técnicas e sem investimento financeiro estruturado, a educação climática fica relegada a datas comemorativas e projetos esporádicos.

O contexto brasileiro torna essa transição ainda mais urgente. Em 2024, aproximadamente 2,51 milhões de estudantes tiveram aulas suspensas devido a eventos climáticos extremos. Não se trata de preparar crianças para um futuro distópico abstrato, mas de equipá-las para compreender e enfrentar a realidade que já as cerca.

A educação sobre mudanças climáticas no Brasil não pode ignorar a dimensão da justiça social. Na Amazônia Legal, 42,2% das pessoas que se identificam como integrantes de povos e comunidades tradicionais já sentem diretamente os efeitos das mudanças climáticas. Das 38 milhões de pessoas em situação de pobreza no país, 27 milhões eram mulheres negras em 2020, evidenciando como as vulnerabilidades sociais e climáticas se entrelaçam.

Materiais pedagógicos precisam ser adaptados às realidades locais, integrando conhecimentos indígenas e tradicionais aos saberes científicos. Esta não é uma concessão folclórica, mas reconhecimento de que populações que mantêm relação sustentável com seus territórios há séculos possuem respostas fundamentais para a crise climática. Escolas podem se tornar espaços privilegiados para este diálogo intergeracional e intercultural.

A situação da educação climática brasileira não será resolvida com boas intenções. Exige investimento robusto em formação docente contínua e estruturada, realizada durante o horário de trabalho. Demanda a criação de equipes dedicadas à implementação da agenda climática nas escolas, com recursos financeiros garantidos e responsabilidades compartilhadas entre escolas, secretarias de Educação e órgãos públicos.

Ao sediar este ano a conferência climática mais importante do planeta, o Brasil tem a oportunidade histórica de transformar suas escolas em espaços de formação de cidadãos preparados não apenas para compreender a crise climática, mas para agir coletivamente na construção de soluções. Isso requer coragem política para enfrentar desigualdades estruturais do sistema educacional e compromisso orçamentário com a sustentabilidade.

Iniciativas têm ganhado força, integrando teoria, prática e engajamento comunitário. O Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ), por exemplo, promove o Projeto Escolas Climáticas, que forma professores e estudantes da educação básica para compreender e agir diante das mudanças climáticas. Por meio de oficinas com o Mural do Clima - uma ferramenta lúdica que traduz dados científicos em desafios cotidianos - o projeto estimula escolas a criarem coletivos socioambientais e implementarem ações como hortas, captação de água da chuva e compostagem. O Instituto Terrazul, por sua vez, com seu Núcleo de Educação Climática, conecta escolas e comunidades em torno de práticas de mitigação e adaptação, valorizando saberes locais e promovendo a formação de jovens protagonistas na agenda ambiental.

Já o Instituto Anchieta Grajaú integra desde o ensino infantil ao médio, baseado nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. Enquanto as crianças exploram o solo e as plantas por meio de experiências sensoriais, o ensino fundamental realiza atividades de horticultura, compostagem e reciclagem integradas às refeições do refeitório, e no ensino médio, jovens integram o Projeto Motyrõ, que já resultou no plantio de 776 árvores.

Essas iniciativas mostram como o resultado é perceptível dentro e fora da sala de aula já que estudantes passam a incorporar valores sustentáveis em seu cotidiano, tornando-se multiplicadores de uma cultura climática.

A educação climática não é tema do futuro - é uma urgência do presente. Com ela, podemos formar uma geração preparada para enfrentar o maior desafio civilizatório de nosso tempo com conhecimento, ética e justiça.
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November 15, 12:43 PM
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Mudanças climáticas estão longe do debate escolar, diz pesquisa

Mudanças climáticas estão longe do debate escolar, diz pesquisa | Inovação Educacional | Scoop.it

Uma pesquisa nacional realizada pela Nova Escola, em parceria com o OCE (Office for Climate Education), mostra que os professores brasileiros estão prontos para contribuir com esse movimento. Faltam, porém, incentivos e recursos para fazê-lo.
O relatório “Educação sobre Mudanças Climáticas: Percepções e Práticas de Professores no Brasil” revela que 92% dos professores consideram a educação climática muito importante, mas a maioria ainda enfrenta falta de formação, apoio institucional e recursos pedagógicos para trabalhar o tema de forma contínua nas escolas. O estudo ouviu 1.600 professores de todas as regiões do país, das redes pública e privada.

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November 15, 1:56 PM
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Descansar o cérebro é ato de inteligência biológica; saiba como restaurar a energia mental

Descansar o cérebro é ato de inteligência biológica; saiba como restaurar a energia mental | Inovação Educacional | Scoop.it
Vivemos uma era em que a mente parece nunca descansar. A enxurrada de informações, o excesso de estímulos digitais, a necessidade constante de produtividade e a pressão por desempenho nos colocaram em um estado de vigília permanente. Não é de surpreender, portanto, que cada vez mais pessoas relatem sintomas como irritabilidade, lapsos de memória, falta de concentração e um cansaço que não se resolve nem com uma boa noite de sono. Esse fenômeno tem nome: fadiga mental.


Cérebro não é uma máquina e precisa de cuidados para continuar operando adequadamente Foto: Vitalii Vodolazskyi/Adobe Stock
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Ao contrário do cansaço físico, que é perceptível nos músculos e no excesso de sono, por exemplo, a fadiga mental se manifesta no funcionamento do cérebro — especialmente nas regiões responsáveis por aspectos como atenção, memória de trabalho e controle emocional. O córtex pré-frontal, localizado atrás da testa, é um dos primeiros a sofrer quando o cérebro está sobrecarregado. É ele quem executa tarefas complexas, como tomada de decisão, planejamento e autocontrole. Sob fadiga, essa região reduz sua atividade, e o resultado é um funcionamento mais lento, reações impulsivas e dificuldade para manter o foco.

Pesquisas em neuroimagem mostram que, durante longos períodos de esforço cognitivo, há um acúmulo de adenosina, um neurotransmissor que sinaliza ao cérebro que é hora de descansar. Esse mesmo mecanismo explica a sonolência após horas de estudo ou trabalho intenso. Além disso, a exposição contínua a telas e notificações ativa o sistema dopaminérgico de recompensa, criando um ciclo de hiperestimulação seguido de queda abrupta — o que aumenta a sensação de exaustão mental e emocional.

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Mas a fadiga mental não é apenas desconforto. Quando crônica, ela pode ter consequências sérias. Estudos associam esse estado à diminuição da neuroplasticidade, ou seja, à capacidade do cérebro de criar novas conexões e aprender. Também há evidências de que a fadiga prolongada eleva os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, contribuindo para distúrbios do sono, ansiedade e até comprometimento imunológico. A mente cansada, portanto, não afeta apenas o desempenho cognitivo — ela abala o equilíbrio integral do corpo.

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Reconhecer os sinais é o primeiro passo para evitar um colapso mental. Dificuldade de concentração, erros frequentes, sensação de “cabeça pesada”, insônia e perda de prazer em atividades que antes eram satisfatórias indicam que o cérebro está pedindo pausa.

Diferente do que muitos pensam, não é o esforço em si que causa dano, mas a ausência de recuperação. Assim como um atleta precisa de repouso entre treinos, o cérebro também exige períodos de descanso para consolidar informações e se reorganizar.


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Como reverter a fadiga mental
Se você sente que passa por isso, calma. Eu tenho uma boa notícia: existem formas cientificamente comprovadas de restaurar a energia mental e elas são simples de serem feitas.

Um exemplo clássico e muito eficiente é dormir. Afinal, é durante o sono profundo que o cérebro elimina metabólitos tóxicos e reorganiza memórias. Outra dica bem simples é se mexer. Atividades físicas aeróbicas, como caminhar ou dançar, aumentam o fluxo sanguíneo cerebral e estimulam a liberação de endorfinas e dopamina, favorecendo o equilíbrio emocional.

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Já a prática da atenção plena (mindfulness) e a respiração consciente ajudam a reduzir a hiperatividade do sistema límbico, responsável pelas respostas de estresse. É aquela ideia simples de tentar estar sempre no “aqui e agora”, sem deixar vagar o pensamento para o que já foi ou para o que está por vir.

Outro ponto essencial é aprender a gerenciar estímulos. O excesso de informação consome energia cognitiva como um “ruído” constante. Tente, então, desligar notificações, alternar períodos de foco com intervalos regulares e buscar momentos de silêncio. São atitudes simples que produzem grande impacto.

O cérebro precisa de vazio para criar, de pausa para consolidar e de tédio para reinventar.

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Em um mundo acelerado, descansar é um ato de inteligência biológica. O cérebro humano, com seus 86 bilhões de neurônios, consome cerca de 20% da energia corporal (mesmo em repouso). Isso significa que pensar cansa – literalmente. Mas também significa que cuidar da mente é zelar pela nossa principal ferramenta de sobrevivência.

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Como neurocirurgião e neurocientista, vejo diariamente os efeitos do esgotamento mental em diferentes faixas etárias — de estudantes exauridos por maratonas de estudo a profissionais que perderam o prazer pelo próprio trabalho. Sem falar no crescimento absurdo de burnout.

Lembre-se de que o cérebro é um órgão de alta performance, mas não é uma máquina. Ele precisa de manutenção, limites e intervalos para continuar operando em seu potencial máximo.

Em tempos de sobrecarga digital e emocional, talvez o maior desafio seja reaprender a parar. Não para fazer menos, mas para pensar melhor. Vale lembrar ainda que as jornadas de trabalho exaustivas não são sinônimo de alta performance — são, na verdade, o caminho mais rápido para o colapso cognitivo e emocional. O cérebro humano não foi projetado para operar em modo contínuo, sem pausas ou tempo de recuperação.

Em um mundo em que a exaustão virou símbolo de dedicação, é urgente repensar em como fortalecer a produtividade sustentável, já que o cérebro, ao contrário do resto do corpo, não dá sinais visíveis de exaustão. A não ser que esteja no limite – mas daí já pode ser tarde demais.
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November 15, 1:52 PM
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A deterioração cerebral é real? Veja o que dizem os especialistas em saúde cerebral | Associação Americana do Coração

A deterioração cerebral é real? Veja o que dizem os especialistas em saúde cerebral | Associação Americana do Coração | Inovação Educacional | Scoop.it

A deterioração cerebral é real? Veja o que dizem os especialistas em saúde cerebral.
Por Laura Williamson, Notícias da Associação Americana do Coração
Rolagem compulsiva de telas em busca de notícias ruins. Obsessão pelo Instagram. Visualização de vídeos do YouTube sem rumo.
Comportamentos que distraem, sim. Mas será que eles podem realmente prejudicar o cérebro de uma pessoa?
No ano passado, a Oxford University Press elegeu "deterioração cerebral" como a palavra do ano, definindo-a como a "suposta deterioração do estado mental ou intelectual de uma pessoa" causada pelo consumo excessivo de material "trivial ou pouco desafiador" encontrado nas redes sociais e outras plataformas online.
"É o que acontece quando você consome muito conteúdo online de baixa qualidade, que é como comida lixo para o cérebro", disse a Dra. Andreana Benitez, professora associada do departamento de neurologia da Universidade Médica da Carolina do Sul, em Charleston.
Mas se esse conteúdo está realmente prejudicando o cérebro – e como – ainda não está claro.
Os hábitos de uso de telas podem afetar a saúde.
De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) , metade dos adolescentes nos EUA passa quatro horas ou mais por dia olhando para telas, e estimativas globais sugerem que adultos podem ficar online, em média, mais de seis horas por dia. Não existem diretrizes federais de saúde sobre quantas horas diárias de uso de telas são apropriadas para adolescentes ou adultos.
Os pesquisadores não possuem dados suficientes para compreender completamente o conceito de necrose cerebral e suas possíveis consequências. "Não existe, de fato, uma base científica coerente sobre o assunto", afirmou Benitez.
Existem, no entanto, dados do CDC que mostram que 1 em cada 4 adolescentes que usam muito a internet relatam sentir ansiedade ou depressão.
Algumas pesquisas sugerem que os problemas relacionados ao uso excessivo da internet podem começar muito cedo. Adolescentes que passam mais tempo em frente às telas podem ser mais propensos a desenvolver problemas de saúde mental, incluindo depressão, ansiedade, transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) e transtorno desafiador opositivo (TDO), além de sintomas físicos como dor, tontura ou náusea. Essa é a conclusão de uma análise de dados de 2024 do estudo Adolescent Brain Cognitive Development, o maior estudo de longo prazo sobre desenvolvimento cerebral infantil nos Estados Unidos.
Outros estudos possivelmente associaram a deterioração cerebral à dessensibilização emocional, sobrecarga cognitiva, baixa autoestima e comprometimento das funções executivas, incluindo memória, planejamento e tomada de decisões.
Repensando nossa dieta digital
Embora não haja evidências de que horas diárias de uso de telas alterem a estrutura do cérebro humano, o que não acontece durante essas horas pode ser prejudicial, especialmente para os jovens cujos cérebros ainda estão em desenvolvimento, afirmou o Dr. Costantino Iadecola, diretor e presidente do Instituto de Pesquisa Cerebral e Mental da Família Feil, no Centro Médico Weill Cornell, na cidade de Nova York.
Quanto mais tempo os jovens passam em frente às telas, menos tempo dedicam à atividade física ou às interações humanas presenciais que fornecem ao cérebro em desenvolvimento os estímulos sensoriais e emocionais complexos essenciais, afirmou ele.
"O desenvolvimento cerebral requer uma diversidade de experiências", disse Iadecola. "Quando você está no celular, você não está tendo essas outras experiências. Estamos substituindo interações humanas por interações artificiais, e as interações artificiais carecem da complexidade da experiência humana – as reações verbais, sensoriais e emocionais que temos após interagir com pessoas."
Não é apenas o tempo gasto em frente à tela que importa – o conteúdo exibido também é importante, disse Benitez.
"Se você consumir quantidades excessivas de conteúdo online de baixa qualidade, é mais provável que seja exposto a informações que podem distorcer sua percepção da realidade e prejudicar sua saúde mental", disse ela.
Segundo ela, navegar constantemente por grandes quantidades de conteúdo negativo também pode causar exaustão mental.
Mas ainda não se sabe quanto é demais, disse Benitez. Mantendo sua analogia com comida não saudável, ela comparou curtos períodos de tempo em frente à tela a um lanche ocasional de comida não saudável.
"Um pacote de batatas fritas talvez não seja tão ruim, mas se você comer três de uma vez, isso pode ser um problema", disse ela.
Como usar o tempo de tela de forma mais inteligente
Ajudar crianças – e adultos – a adotar hábitos online mais saudáveis ​​não é fácil, disse Benitez, porque grande parte da vida moderna, desde tarefas escolares até compras, entretenimento e socialização, envolve aplicativos online.
"Para as crianças, as telas fazem parte da vida delas", disse ela. "É assim que elas obtêm muita informação."
Mas, segundo ela, "cabe aos adultos selecionar o conteúdo, garantir que estejam consumindo conteúdo que seja bom para eles e de uma forma que não cause fadiga mental. Precisamos garantir que eles estejam exercitando o pensamento crítico enquanto interagem com as telas."
Benitez também alertou para os perigos de usar as redes sociais antes de dormir, tanto para crianças quanto para adultos. "Consumir informações estimulantes e se expor à luz quando o corpo deveria estar relaxando para dormir pode afetar o sono", disse ela.
A Academia Americana de Pediatria sugere que as famílias elaborem planos em conjunto para o tempo de uso de telas e incentivem atividades que estimulem a criatividade e fortaleçam os laços familiares e de amizade. Sugere também que os pais enfatizem a importância de atividades offline, como esportes, música, arte e outros hobbies.
A AAP também observa que algum uso de telas pode ser "saudável e positivo", um ponto com o qual Benitez e Iadecola concordaram.
"Você pode estar consumindo conteúdo de qualidade", disse Benitez. "Há um juízo de valor nisso."
Iadecola sugeriu garantir que o uso da internet seja "apropriado para o propósito. Não há problema em usar a tecnologia para qualquer tarefa que esteja sendo realizada. O problema surge quando isso se torna um comportamento viciante. Tudo com moderação."

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November 15, 1:49 PM
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O que é o modo ‘Investigar’ do ChatGPT? Aprenda a usar a ferramenta do chatbot

O que é o modo ‘Investigar’ do ChatGPT? Aprenda a usar a ferramenta do chatbot | Inovação Educacional | Scoop.it
O recurso aparece como uma opção adicional dentro do chat, sendo ativado manualmente sempre que o usuário deseja uma investigação mais aprofundada. A IA, então, cria um plano de pesquisa, realiza buscas em tempo real e gera um relatório estruturado.
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November 15, 1:47 PM
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Novos processos culpam o ChatGPT por suicídios e impacto na saúde mental

Novos processos culpam o ChatGPT por suicídios e impacto na saúde mental | Inovação Educacional | Scoop.it
Sete reclamações, apresentadas na quinta-feira, 6, alegam que o chatbot incentivou discussões perigosas e levou a colapsos mentais
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November 15, 1:46 PM
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Computador quântico do Google consegue simular estado da matéria que ainda não existe

Computador quântico do Google consegue simular estado da matéria que ainda não existe | Inovação Educacional | Scoop.it
Pesquisa que envolveu a divisão de computação quântica da gigante e as universidades de Munique e Princeton traz novos entendimentos para estruturas
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November 15, 1:39 PM
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‘Podridão cerebral’: como a IA e as redes sociais estão contribuindo para o declínio cognitivo?

‘Podridão cerebral’: como a IA e as redes sociais estão contribuindo para o declínio cognitivo? | Inovação Educacional | Scoop.it
A indústria de tecnologia nos diz que os chatbots e as novas ferramentas de pesquisa de IA irão impulsionar a maneira como aprendemos e prosperamos, e que qualquer pessoa que ignore a tecnologia corre o risco de ficar para trás. Mas o experimento de Melumad, assim como outros estudos acadêmicos publicados até agora sobre os efeitos da IA no cérebro, descobriu que as pessoas que dependem muito de chatbots e ferramentas de pesquisa com IA para tarefas como escrever textos e realizar pesquisas geralmente têm um desempenho pior do que as pessoas que não os utilizam.
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November 15, 1:36 PM
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Soberania cognitiva: quando pensar se torna um grande diferencial

Soberania cognitiva: quando pensar se torna um grande diferencial | Inovação Educacional | Scoop.it

Um estudo recente sobre soberania cognitiva da White Rabbit mostra que 62% dos brasileiros associam o uso de IA à preguiça mental e à atrofia cognitiva, enquanto mais da metade acredita que a tecnologia também amplia a inteligência e a criatividade. Essa ambivalência diz muito sobre o nosso tempo: queremos ser mais produtivos, mas também queremos continuar sendo originais. Queremos pensar com as máquinas, mas não por meio delas.
A questão central não é se a IA vai nos substituir. É se, ao usá-la, deixaremos de exercitar a capacidade de pensar por conta própria. A automação cognitiva promete eficiência, mas traz o risco da dependência. Delegar o raciocínio pode ser confortável e até vantajoso em algumas rotinas, mas o que acontece quando isso se torna hábito? O que perdemos quando a curiosidade é substituída pela conveniência?
A soberania cognitiva é o nome de um dilema maior. Trata-se do poder de manter controle sobre nossos próprios processos mentais em meio a sistemas que aprendem com cada interação que fazemos. O perigo não está em usar a tecnologia, mas em permitir que ela defina os contornos da nossa mente. A cada comando enviado e a cada texto sugerido, também somos moldados. Não apenas buscamos respostas, passamos a desejar o tipo de resposta que os algoritmos podem oferecer.
O desafio para líderes, educadores e formuladores de políticas é cultivar ambientes que incentivem pensamento crítico e não apenas consumo de informação. A tecnologia precisa ser vista como uma aliada estratégica, mas não como substituta da reflexão humana. Nossas melhores decisões ainda dependem da capacidade de sustentar a dúvida, de lidar com a ambiguidade e de compreender o contexto. Essas são habilidades que nenhuma máquina domina com autenticidade.
A era da IA é também a era da responsabilidade cognitiva. Usar essa tecnologia sem consciência é como dirigir em piloto automático por uma estrada em constante mudança. Pensar continua sendo a principal competência de uma liderança relevante. O futuro não exige apenas novas habilidades técnicas, ele exige coragem intelectual para desacelerar, observar, duvidar e escolher por nós mesmos.

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November 15, 1:04 PM
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Comando Vermelho e PCC: o Brasil está à beira de se tornar um narcoestado?

Comando Vermelho e PCC: o Brasil está à beira de se tornar um narcoestado? | Inovação Educacional | Scoop.it
O avanço do poder e da influência do crime organizado no país tem levado alguns brasileiros a se questionarem se o Brasil estaria caminhando para virar um "narcoestado". A BBC News Brasil levou essa pergunta a especialistas.
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November 15, 1:02 PM
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Direita radical explora ressentimento de quem acreditou na meritocracia e não subiu na vida, diz pesquisador

Direita radical explora ressentimento de quem acreditou na meritocracia e não subiu na vida, diz pesquisador | Inovação Educacional | Scoop.it
Em novo livro, o economista Michael França critica a ideia de que a escolaridade, sozinha, resolve desigualdades do país e discute como raça, gênero e origem social ainda definem trajetórias no Brasil
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November 15, 12:49 PM
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‘O verdadeiro perigo da inteligência artificial é a estupidez humana’

‘O verdadeiro perigo da inteligência artificial é a estupidez humana’ | Inovação Educacional | Scoop.it
A jornalista e escritora espanhola Laura G. de Rivera acredita que estamos deixando a inteligência artificial decidir demais sobre nossas vidas. Seu livro é um manual de resistência aos algoritmos que nos cercam.
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November 15, 12:45 PM
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IA em ponto de inflexão: entre o avanço e o abismo

IA em ponto de inflexão: entre o avanço e o abismo | Inovação Educacional | Scoop.it
Mas os riscos escalam na mesma velocidade. Modelos fundacionais poderosos estão sendo integrados a mercados, redes elétricas, hospitais e armamentos. Um único exploit, acidente ou má configuração pode se espalhar por redes em segundos. Já as deepfakes estão corroendo a confiança na mídia e nas eleições. À medida que as capacidades se expandem, o perigo passa de falhas pontuais para choques sistêmicos e, no extremo, risco existencial.
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November 15, 12:43 PM
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COP 30 na escola: saiba como simular a Conferência do Clima

COP 30 na escola: saiba como simular a Conferência do Clima | Inovação Educacional | Scoop.it
Desenvolvido pela Fundação FHC em parceria com o Porvir, roteiro pedagógico propõe caminhos para trabalhar a crise climática na escola com a turma do ensino médio - entre eles, criar uma Conferência do Clima
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November 15, 12:31 PM
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Planeta dá primeiros sinais de fragilidade, afirma climatologista

Planeta dá primeiros sinais de fragilidade, afirma climatologista | Inovação Educacional | Scoop.it

O sueco Johan Rockström, um dos maiores climatologistas do mundo, diz que a Terra dá as primeiras evidências de fragilidade. Os ecossistemas terrestres e o oceano começam a perder a capacidade de resfriar o planeta e amortecer o estresse causado pela injeção de calor provocada pela humanidade. “Se continuarmos como estamos hoje, atingiremos um aquecimento de pelo menos 2,5 graus Celsius, podendo chegar a 3 graus Celsius até o fim deste século. É o caminho para o desastre”, diz.
“Isso significa que precisamos eliminar gradualmente os combustíveis fósseis e iniciar imediatamente essa jornada”, avisa. “É necessário reduzir as emissões em 5% ao ano, a partir de 2026. Isso representa a remoção de 2 bilhões de toneladas de CO2 da economia global. E 5% ao ano, em um mundo que hoje continua aumentando as emissões em 1% ao ano, é uma transição enorme. Mas é urgente”.
Rockström, codiretor do Potsdam Institute for Climate Impact Research (PIK), na Alemanha, cita que o sistema oceânico apresenta um comportamento “muito atípico”, com aquecimento massivo, eventos globais de branqueamento dos corais e colapso de ecossistemas marinhos.
Se não podemos confiar na estabilidade do oceano, estamos em perigo real”
O cientista coloca, de forma simples, o que isso quer dizer: “Em última análise, o que determinará o futuro da humanidade, se poderemos viver na Terra, é o oceano. O oceano é a força dominante. Absorve 90% do calor, 25% do carbono. O oceano é o termostato do planeta”. E conclui: “Se não podemos confiar na estabilidade do oceano, então estamos em perigo real”.
A COP30, diz, precisa ouvir a ciência. Cortar emissões, fazer planos que nos distanciem dos combustíveis fósseis e, ao mesmo tempo, investir em restaurar a natureza. COPs, acredita, deveriam ser reuniões em que os países viriam prestar contas.

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