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Inovação Educacional
September 10, 2024 9:19 AM
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O que acontece quando a maioria faz uso de uma IA para realizar suas atividades laborais? E, no caso dos estudantes, quando os trabalhos passam a ser produzidos com o apoio de uma IA generativa? Luciano Sathler É PhD em administração pela USP e membro do Conselho Deliberativo do CNPq e do Conselho Estadual de Educação de Minas Gerais As diferentes aplicações de Inteligência Artificial (IA) generativa são capazes de criar novos conteúdos em texto, imagens, áudios, vídeos e códigos para software. Por se tratar de um tipo de tecnologia de uso geral, a IA tende a ser utilizada para remodelar vários setores da economia, com impactos políticos e sociais, assim como aconteceu com a adoção da máquina a vapor, da eletricidade e da informática. Pesquisas recentes demonstram que a IA generativa aumenta a qualidade e a eficiência da produção de atividades típicas dos trabalhadores de colarinho branco, aqueles que exercem funções administrativas e gerenciais nos escritórios. Também traz maior produtividade nas relações de suporte ao cliente, acelera tarefas de programação e aprimora mensagens de persuasão para o marketing. O revólver patenteado pelo americano Samuel Colt, em 1835, ficou conhecido como o "grande equalizador". A facilidade do seu manuseio e a possibilidade de atirar várias vezes sem precisar recarregar a cada disparo foram inovações tecnológicas que ampliaram a possibilidade individual de ter um grande potencial destrutivo em mãos, mesmo para os que tinham menor força física e costumavam levar desvantagem nos conflitos anteriores. À época, ficou famosa a frase: Abraham Lincoln tornou todos os homens livres, mas Samuel Colt os tornou iguais. Não fazemos aqui uma apologia às armas. A alegoria que usamos é apenas para ressaltar a necessidade de investir na formação de pessoas que sejam capazes de usar a IA generativa de forma crítica, criativa e que gerem resultados humanamente enriquecidos. Para não se tornarem vítimas das mudanças que sobrevirão no mundo do trabalho. A IA generativa é um meio viável para equalizar talentos humanos, pois pessoas com menor repertório cultural, científico ou profissional serão capazes de apresentar resultados melhores se souberem fazer bom uso de uma biblioteca de prompts. Novidade e originalidade tornam-se fenômenos raros e mais bem remunerados. A disseminação da IA generativa tende a diminuir a diversidade, reduz a heterogeneidade das respostas e, consequentemente, ameaça a criatividade. Maior padronização tem a ver com a automação do processo. Um resultado que seja interessante, engraçado ou que chama atenção pela qualidade acima da média vai passar a ser algo presente somente a partir daqueles que tiverem capacidade de ir além do que as máquinas são capazes de entregar. No caso dos estudantes, a avaliação da aprendizagem precisa ser rápida e seriamente revista. A utilização da IA generativa extrapola os conceitos usualmente associados ao plágio, pois os produtos são inéditos – ainda que venham de uma bricolagem semântica gerada por algoritmos. Os relatos dos professores é que os resultados melhoram, mas não há convicção de que a aprendizagem realmente aconteceu, com uma tendência à uniformização do que é apresentado pelos discentes. Toda Instituição Educacional terá as suas próprias IAs generativas. Assim como todos os professores e estudantes. Estarão disponíveis nos telefones celulares, computadores e até mesmo nos aparelhos de TV. É um novo conjunto de ferramentas de produtividade. Portanto, o desafio da diferenciação passa a ser ainda mais fundamental diante desse novo "grande equalizador". Se há mantenedores ou investidores sonhando com a completa substituição dos professores por alguma IA já encontramos pesquisas que demonstram que o uso intensivo da Inteligência Artificial leva muitos estudantes a reduzirem suas interações sociais formais ao usar essas ferramentas. As evidências apontam que, embora os chatbots de IA projetados para fornecimento de informações possam estar associados ao desempenho do aluno, quando o suporte social, bem-estar psicológico, solidão e senso de pertencimento são considerados, isso tem um efeito negativo, com impactos piores no sucesso, bem-estar e retenção do estudante. Para não cair na vala comum e correr o risco de ser ameaçado por quem faz uso intensivo da IA será necessário se diferenciar a partir das experiências dentro e fora da sala de aula – online ou presencial; humanizar as relações de ensino-aprendizagem; implementar metodologias que privilegiem o protagonismo dos estudantes e fortaleçam o papel do docente no processo; usar a microcertificação para registrar e ressaltar competências desenvolvidas de forma diferenciada, tanto nas hard quanto soft skills; e, principalmente, estabelecer um vínculo de confiança e suporte ao discente que o acompanhe pela vida afora – ninguém mais pode se dar ao luxo de ter ex-alunos. Atenção: esse artigo foi exclusivamente escrito por um ser humano. O editor, Michael França, pede para que cada participante do espaço "Políticas e Justiça" da Folha sugira uma música aos leitores. Nesse texto, a escolhida por Luciano Sathler foi "O Ateneu" de Milton Nascimento.
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Inovação Educacional
December 17, 2:28 PM
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As investigações tiveram início a partir de uma ação policial realizada em outubro de 2024, após denúncia apresentada pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ). À época, o órgão informou que um indivíduo havia utilizado um diploma falso de bacharel em Engenharia Civil para tentar obter registro profissional.
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Inovação Educacional
December 17, 12:31 PM
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A avaliação da educação profissional e tecnológica (EPT), desenvolvida pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), tem como objetivo oferecer subsídios para a construção do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Profissional e Tecnológica (Sinaept), composto por cinco dimensões articuladas. O sistema produz informações qualificadas sobre a oferta dos cursos, a permanência dos estudantes, a relação com o mundo do trabalho, o desempenho de concluintes da educação profissional técnica de nível médio e o impacto social da formação profissional.
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Inovação Educacional
December 17, 11:37 AM
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Serpro vai desenvolver um modelo próprio de inteligência artificial generativa treinado em português, consolidando seu papel como protagonista na construção de uma soberania digital brasileira. A iniciativa integra o conjunto de ações do Centro de Excelência (CoE) em Ciência de Dados e IA da empresa e foi apresentada durante a Semana de IA do Serpro pelo gerente do CoE, Carlos Rodrigo Fonseca Lima.
“O Serpro está buscando fazer uma parceria no mercado para uma inteligência artificial do modelo LLM treinado em português, que vai ser instanciado dentro do Serpro, com nossa gestão técnica e repasse de conhecimento para a empresa”, explicou o gerente.
O projeto prevê que o modelo seja hospedado e operado na infraestrutura do próprio Serpro, permitindo o treinamento e a criação de novos modelos de linguagem, que podem ser aplicados em qualquer contexto de negócio necessário. “A ideia do Serpro é construir um modelo soberano em português, com gestão e desenvolvimento feitos dentro de casa”, destacou Carlos Rodrigo.
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December 17, 11:28 AM
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Um exemplo, quase banal pela repetição, é o do trabalho “plataformizado”. O motorista abre o aplicativo e descobre que foi desativado, sem explicação clara, sem devido processo, sem quakquer direito de defesa, sem nada… e de repente, sem renda. O problema não é apenas o resultado, é a assimetria completa entre quem decide e quem sofre a decisão. O algoritmo vira chefia, tribunal e sentença, e o trabalhador vira um número em uma interface. Até aqui, muita gente diria: “é o capitalismo de sempre, só que digital”. Entra então Yannis Varoufakis com um argumento que vale como lente, mesmo que você discorde do rótulo. Para ele, estamos migrando de um regime em que a riqueza vem principalmente de lucro para outro em que vem de renda, extraída por “feudos” digitais apoiados em “capital na nuvem”, isto é, infraestrutura, dados, software e, sobretudo, controle algorítmico do acesso a mercados e pessoas. O exemplo clássico é o pedágio de lojas de aplicativos e plataformas que retêm percentuais como se fossem renda da terra.
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December 17, 11:25 AM
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To realize the greatest gains from artificial intelligence, we must make the future of work more human, not less.
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December 17, 11:23 AM
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As ações do MEC ao longo do ano consolidam a educação profissional e tecnológica (EPT) no Brasil. Em 21 de novembro, por exemplo, o quadro de pessoal dos institutos federais foi reforçado, com a publicação da Portaria MEC nº 787, que redistribuiu 2.022 cargos e códigos de vaga de professor do ensino básico, técnico e tecnológico aos institutos federais que ainda não contavam com quadro de pessoal completo, mais uma ação de consolidação do governo federal. Os novos professores representam um aumento na capacidade de atendimento das unidades, o que gera mais oportunidades a milhares de estudantes brasileiros.
A redistribuição tem sido feita considerando as necessidades específicas de cada instituição e o crescimento institucional, a expansão de campi, a ampliação da oferta de cursos e o aumento do número de estudantes nas instituições que ofertam EPT. A medida também fortalece a eficiência administrativa e o suporte às atividades acadêmicas nas unidades de ensino.
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December 17, 7:50 AM
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A nota técnica “PROPAG e Novo PNE: caminhos para ampliar a Educação Profissional e Tecnológica (EPT)” foi desenvolvida pelo D³e, em parceria com a Scintilla, e tem autoria de Francisco Mello Castro, mestre em Educação Internacional Comparada pela Universidade de Stanford. O documento apresenta evidências e recomendações para que estados e o Distrito Federal ampliem a oferta e a qualidade da EPT no Brasil, articulando metas do novo Plano Nacional de Educação (PNE 2024–2034) com mecanismos de financiamento e execução criados pelo Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (PROPAG). A análise se apoia em dados do Inep, do Observatório EPT, do Itaú Educação e Trabalho e em estudos de organismos internacionais, como OCDE, OIT, CEDEFOP e UNESCO-UNEVOC.
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December 17, 7:47 AM
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Os primeiros anos do estúdio Warner Bros., fundado em 1923 pelos irmãos Harry, Albert, Sam e Jack Warner, foram marcados pela própria natureza instável do cinema, que ainda dava os primeiros passos. Foi graças ao Rin Tin Tin, um cachorro da raça pastor alemão trazido da França por um soldado americano após a Primeira Guerra Mundial, que a Warner conseguiu se estabelecer. Rin Tin Tin chegou a ser o maior astro da Warner. Não foi o bastante para tornar o estúdio um dos líderes de mercado, mas o suficiente para pagar as contas. O problema é que no final dos anos 1920, sem Rin Tin Tin, a empresa enfrentava dificuldades. A saída foi apostar em uma nova tecnologia: o som nos filmes. Pioneira ao lançar o primeiro filme com som, a nova tecnologia não apenas salvou a Warner como a colocou entre as grandes. Com dinheiro em caixa, a empresa passou a produzir cerca de 100 filmes por ano e a comprar cinemas nos Estados Unidos e no exterior, verticalizando sua operação. Os filmes produzidos pela Warner nos anos 1930 eram notórios pelos orçamentos controlados, aliados à competência técnica de produções focadas em entretenimento, sendo grande parte das obras de ação, bastante populares com o público. Uma vez lançadas, eram distribuídas nas mais de 350 salas da própria Warner nos Estados Unidos e outras mais de 400 no exterior.
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December 16, 12:47 PM
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Estudo da AWS aponta que 53% das startups brasileiras estão construindo produtos e modelos de negócios em torno da tecnologia
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December 16, 12:46 PM
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Levantamento feito na rede municipal aponta um ganho de 25% no aprendizado em matemática e de 14% em língua portuguesa
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December 16, 12:45 PM
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Primeira grande rede social de alcance global, o Orkut chegou a ter 120 milhões de usuários em todo o mundo - 36 milhões deles apenas no Brasil. Foram dez anos de atividades, entre 2004 e 2014, e, de lá para cá, muita coisa mudou. Criador da rede que leva seu nome, o engenheiro de softwares e empreendedor turco Orkut Büyükkökten tornou-se um dos maiores críticos desse tipo de plataforma. E acredita que é preciso recuperar o espírito inicial desse tipo de rede. No encerramento do “Voices 2025”, no Museu de Arte do Rio de Janeiro, Orkut apontou que o propósito dessas plataformas começou a se perder a partir de 2009, quando redes como o Facebook lançaram funções de compartilhar e curtir.
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December 16, 12:44 PM
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A proposta retira do limite de despesas primárias os gastos temporários com educação pública e saúde previstos nas regras do Fundo Social do pré-sal. Esses recursos são financiados pelo fundo e correspondem à destinação de 5% dos aportes anuais para essas áreas ao longo de cinco exercícios financeiros.
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Inovação Educacional
Today, 1:05 PM
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A isenção do Imposto de Renda para Pessoa Física (IRPF) para quem ganha menos de R$ 5 mil e a redução do tributo para quem recebe até R$ 7.350, a partir de janeiro de 2026, vai beneficiar três em cada quatro professores da educação básica ─ educação infantil, ensino fundamental e médio, nas redes pública e privada. O cálculo foi divulgado nesta quarta-feira (17) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que compara que, ao longo de um ano, o impacto positivo equivalerá a receber um 14º salário.
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December 17, 12:58 PM
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A survey of 1,600 academics found that more than 50% have used artificial-intelligence tools while peer reviewing manuscripts.
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December 17, 12:16 PM
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A corrida por uma inteligência artificial “geral” ou “superior” à humana, movida mais por hype e protagonismo no ecossistema de IA do que por ciência sólida, sustenta-se em duas falácias: a de que pensamento é linguagem, e a de que existe uma inteligência única e linearmente escalável
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December 17, 11:33 AM
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Acompanhe
1. Cognição Híbrida: a fusão humana–máquina e a ascensão da inteligência coautora 2. Pedagogia da Presença: vínculos, engajamento e propósito 3. Educação Biomimética e as Green Skills: aprender com a Terra viva 4. Revalorizar o Magistério: bem-estar, propósito e sustentabilidade da carreira 5. Future Skills: imaginar como competência essencial
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December 17, 11:26 AM
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Ostovitz, a junior at Eleanor Roosevelt High School in the Maryland suburbs of Washington, D.C., shared with NPR one of the accusations she received from a teacher. The message, from September, included a screenshot from an AI detection program showing a 30.76% probability Ostovitz had used AI on a writing assignment that included a description of the music she listens to.
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December 17, 11:25 AM
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UMA BREVE HISTÓRIA DO TECNOSSOLUCIONISMO NO ENSINO Promessas grandiosas de que a tecnologia melhorará a educação não são novidade. Tais promessas são um refrão há décadas. É notável o quão pouco mudaram e o quão consistentemente falharam em cumprir o prometido. Uma entrevista recente com Sal Khan cita o fundador e CEO da Khan Academy imaginando o uso de “assistentes de ensino com IA… capazes de ajudar as crianças quando necessário e ‘informar o professor’”. Para alguém supostamente tão investido no futuro, Khan soa estranhamente como o passado. Em 1954, o behaviorista B.F. Skinner promovia suas “máquinas de ensino”, escrevendo : “Se o professor quiser aproveitar os avanços recentes no estudo da aprendizagem, ele precisa da ajuda de dispositivos mecânicos”. Como Audrey Watters escreveu em Teaching Machines , “O que os reformadores da educação orientados para a tecnologia de hoje alegam ser uma nova ideia — ‘aprendizagem personalizada’ — que era inatingível, senão inimaginável, até os recentes avanços na computação e na análise de dados, tem sido, na verdade, o objetivo dos reformadores da educação orientados para a tecnologia por quase um século”. E, como Watters demonstra, de forma semelhante aos manifestantes de Stanford, os estudantes da Universidade Estadual de Ohio na década de 1930 rejeitaram — ou melhor, ridicularizaram — tais propostas. Langdon Winner acusa os educadores que se deixam seduzir pelos defensores da tecnologia educacional de uma “disposição para esquecer” que “há poucas evidências, ao longo das décadas desde Edison até os dias atuais, de que qualquer um dos equipamentos amplamente divulgados e introduzidos em escolas e universidades ao longo dos anos tenha contribuído significativamente para a melhoria da educação”.
No cenário tecno-utópico, a IA generativa pode essencialmente ensinar aos alunos de graduação muitas habilidades fundamentais. Até mesmo instituições de elite como a Universidade de Chicago estão considerando seriamente a ideia de que seus alunos "aprendam " línguas estrangeiras com o ChatGPT . E já existe uma vasta gama de ensaios sobre como o ensino da escrita acadêmica se tornou supérfluo com o advento da IA generativa. Alguns desses ensaios revelam uma resignação exausta, enquanto outros buscam vislumbrar o potencial da incorporação da IA na sala de aula universitária. De maneiras diferentes, porém, tanto a resignação quanto o otimismo sugerem que a cooptação da educação por essa tecnologia é inevitável. É, de certa forma, escrever como terapia: um esforço para manter contato com o terreno que se transforma sob os pés do autor. Há valor nisso, mas não escrevemos para terapia; escrevemos para a mudança.
Escrevemos a partir da perspectiva de 2025. Mas também escrevemos como historiadores, olhando para trás, para uma linhagem de educadores e estudantes que resistiram às incursões do tecnossolucionismo, do tecnocapitalismo e do tecnofascismo no ensino superior. Como tal, alertamos para as possíveis consequências da inação; e esperamos que a ação molde um futuro para o ensino superior que defenda a humanidade de estudantes e professores.
UMA CRISE NO ENSINO OU UMA CRISE NA APRENDIZAGEM? Inúmeras vezes ouvimos que uma grave crise educacional exige soluções tecnológicas que melhorem os resultados da aprendizagem. Então, a pergunta que nos fazem é: por que estamos fazendo isso de novo? Qual é a crise? Onde ela se encontra? No ensino? Na aprendizagem? Ou na sociedade em geral?
Este breve ensaio não pretende ser um diagnóstico completo. Ainda assim, não podemos prosseguir com esta discussão sem reconhecer que, desde a década de 1980, os governos estaduais e federal têm se desvinculado da educação. Esforços têm sido feitos para suprir essas lacunas de financiamento com parcerias público-privadas, trazendo para as escolas empresas de tecnologia, outras indústrias e filantropia privada. Contudo, todos esses investimentos foram acompanhados, crucialmente, por um argumento cultural corrosivo: o de que o gasto público com educação era, de qualquer forma, um desperdício extravagante, que poderia ser sanado por um novo modelo de pedagogia orientada pela tecnologia.
É nesse contexto que devemos considerar os recentes elogios à IA na educação. Os defensores da IA prometem que a tecnologia trará maior eficiência ao ensino; mas isso diz respeito menos às funcionalidades da IA em si e muito mais à destruição do caráter público da educação pública. Como o incessante ciclo de expansão e retração da tecnologia educacional do último século demonstrou repetidamente, é fácil prometer eficiência, mas difícil concretizá-la na natureza teimosamente antropocêntrica da educação. E isso porque a educação é, por necessidade, ineficiente.
A APRENDIZAGEM É O RESULTADO DA LUTA HUMANA COM AS PARTES DO MUNDO QUE NOS RESISTEM E COM A NOSSA CAPACIDADE DE COMPREENDER. O orçamento federal de Trump, aprovado em 4 de julho de 2025, transfere a maior quantidade de riqueza dos pobres para os ricos na história do país. Além disso, o orçamento dá continuidade à tendência de desfinanciamento da educação em favor de cortes maciços de impostos para os ricos e injeções de verbas para uma força policial nacional anti-imigração. Claramente, no curto prazo, não podemos contar com um simples reinvestimento na educação pública.
Nesse contexto, professores e administradores podem ser tentados a ver as empresas de tecnologia como uma tábua de salvação. Adotar IA, argumenta-se, poderia economizar tempo ou energia dos professores.
Essa tentação deve ser rejeitada. O ensino superior deve, em vez disso, fazer a mesma pergunta que Marc Watkins propôs para o ensino secundário: Quem detém os dividendos da IA ? As empresas de tecnologia veem a universidade como uma gigantesca fazenda de dados; elas não investem em nossos alunos ou no processo de aprendizagem, apenas em colher a atenção de toda uma geração de usuários, que ficarão viciados em seus produtos pelo resto da vida adulta.
Pior ainda, esses estudantes serão submetidos a cálculos brutais — baseados em dados roubados deles na faculdade — para determinar sua aptidão para entrevistas de emprego, a validade de pedidos de seguro ou a elegibilidade para liberdade condicional.
Afinal, por que surgiu tão rapidamente um consenso de que estamos em crise no ensino ? Não seria mais apropriado descrevê-la como uma crise na aprendizagem ? Ou, mais precisamente, como um ataque à aprendizagem?
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December 17, 10:15 AM
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O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) propôs um novo modelo para a avaliação in loco dos cursos de graduação, com cronograma previsto para ajustes até dezembro de 2025 e início da implementação em 2026. Nesse artigo, apresento uma síntese das principais alterações para que as instituições de ensino superior possam se preparar.
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December 17, 7:49 AM
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Formação capaz de colaborar na reindustrialização do país, garantir equidade na aprendizagem e preparar os jovens para uma economia cada vez mais descarbonizada e digital, a Educação Profissional e Tecnológica (EPT) permanece subfinanciada e desigual no Brasil. Porém duas iniciativas federais - Plano Nacional de Educação (PNE) e Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag) - criam condições para transformar a modalidade em política estruturante de desenvolvimento territorial e industrial. Para que esses instrumentos alcancem os resultados esperados, é preciso organizar a expansão com base em necessidades regionais e setoriais, além de assegurar condições mínimas de qualidade, afirma Francisco Castro, mestre em educação internacional comparada pela Universidade de Stanford (EUA). “Estados e redes precisam de diagnósticos territoriais claros, metas por eixos tecnológicos e especificações objetivas de infraestrutura e docência, de modo a evitar vagas ociosas, evasão e baixo retorno educacional e laboral”, diz ele, que é autor da nota técnica “Propag e Novo PNE: caminhos para ampliar a EPT”, desenvolvida pelo Dados para o Debate Democrático em Educação (D3E), em parceria com a Scintilla Educação e Trabalho. O novo PNE, que tramita no Congresso Nacional, propõe alcançar metade das matriculados do ensino médio em formato EPT nos dez próximos anos. Castro lembra que o ponto de partida é desafiador, pois somente 17,2% das matrículas estavam nessa modalidade em 2024, segundo o Anuário da Educação Pública. Na nota técnica, ele diz que as unidades da federação precisarão explorar diversas formas de expansão da rede de EPT e elenca dois principais caminhos. A primeira via de expansão trata do fortalecimento da oferta direta pelas redes estaduais, que envolve abrir ou ampliar escolas técnicas próprias, consolidar itinerários integrados ao ensino médio e ajustar oferta concomitante em unidades com infraestrutura compatível. “A expansão deve partir de diagnósticos por território e das prioridades econômicas locais”, diz. A segunda via consiste em expandir a oferta por meio de parcerias com o Sistema S, com a rede federal e com instituições privadas de qualidade - utilizando, para isso, a política de concessão de bolsas ou a aquisição de vagas, “desde que haja fundamento econômico e pedagógico”, diz. “ O especialista destaca que a expansão da rede estadual e a ampliação por meio de parcerias não podem ser estratégias excludentes. Pelo contrário, diz, complementam-se ao permitir que o “Estado aumente a oferta própria de maneira sustentável, enquanto utiliza parcerias para atender picos de demanda até atingir a maturação da capacidade governamental”. Castro afirma também no estudo que para atingir a meta traçada pelo novo PNE depende de “fontes de financiamento robustos, estáveis e alinhadas a esse objetivo”. O Propag e seu mecanismo associado, o FEF, se destaca nesse contexto; além do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica, e dos investimentos federais na Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. O Propag, por meio do regime de renegociação de dívidas que norteia sua execução, é um meio para a ampliação de vagas na EPT. Os recursos advindos do programa podem, nos termos da lei e de sua regulamentação, financiar obras, comprar equipamentos, implantar sistemas de informação e arcar com outras despesas elegíveis relacionadas ao aumento das matrículas. Estimativas de apresentada, em março do ano passado, pelo secretário do Tesouro, Rogério Ceron, indicam que, a depender da adesão, da taxa de juros associada e do novo perfil da dívida dos Estados, o Propag pode liberar até R$ 8 bilhões anuais para investimento. O fundo recebe aportes proporcionais dos Estados que possuem dívidas renegociadas e redistribui recursos de acordo com critérios legais. Unidades da federação sem dívidas com a União também podem aderir ao Propag e acessar transferências do FEF sem aporte prévio. O Fundeb complementa esse arranjo com incentivos específicos para a EPT. A esses mecanismos somam-se os investimentos federais destinados à Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, como os previstos no Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) - que reserva R$ 2,5 bilhões à construção de 102 novos campi e R$ 1,4 bilhão à consolidação e modernização de unidades existentes. “A disponibilidade de recursos, por si só, não garante resultados. Pelo contrário, resultados surgem quando, antes de gastar, cada medida de criação e expansão passa por uma checagem de prontidão”, diz o especialista. Para ele, a definição dos territórios, das metas de expansão, é “fundamental” um processo contínuo sobre possíveis decisões curriculares e pedagógicas. O professor orienta que os currículos devem ser organizados por módulos, com unidades passíveis de certificação e credenciais acumuláveis que permitam ajustar os conteúdos de acordo com as transformações digitais e a transição verde, sem que isso resulte em reformas curriculares extensas. “Temos alguns organismos legais que permitem a modularização da educação profissional em currículos menores, transformando, por exemplo, um currículo inteiro de 1.200 horas em vários cursos de formação inicial continuada de 300 a 400 horas. Isso permite que os Estados consigam acelerar as mudanças curriculares. O que é muito positivo dadas as rápidas transformações impostas pela IA generativa e pela crise climática.” Para Castro, é importante a inclusão das empresas da localidade nos processos formativos das EPT, sobretudo contribuindo com o corpo docente. “Deve-se permitir que os profissionais dessas corporações possam dar aula na educação profissional. Além disso, as empresas podem abrir seus espaços para que os jovens façam visitas e conheçam o maquinário”, diz. “Na educação básica, a comunidade escolar toma todas as decisões relacionadas à escola. Já na educação profissional, precisamos abrir as portas das instituições de ensino para que as indústrias e as empresas participem de alguma forma da formação.” Por fim, Castro reconhece que ainda há entre a classe média brasileira uma resistência quanto ao EPT. O “preconceito” surgiu com o decreto de fundação desta modalidade de ensino, explica. “Assinado pelo então presidente Nilo Peçanha, o texto dizia que as chamadas ‘escolas de ofício’ eram para os filhos dos desvalidos de sorte. Isso fica, sem dúvida, muito marcado na história da educação profissional no país.” Além disso, o professor explica que, devido a herança escravocrata, há uma desvalorização do trabalho manual. “Daí valorizamos o academicismo e as profissões de ‘colarinho branco’.” Com o ensino profissionalizante, porém, os jovens vão ter mais alternativas de trajetórias, afirma. “Considero isso o mais importante: garantir que se tenha mais opção para seguir o caminho que lhe faz mais sentido.” Para ele, investir em EPT é um caminho para elevar a renda e diminuir desigualdades. “Os egressos do ensino técnico ganham, em média, 32% a mais que os formados no ensino médio regular e apresentam taxa de desemprego menor de 7,2% contra 10,2%”, diz ele citando a pesquisa “EPT gera renda maior e pode impulsionar a economia do país”, do Itaú Educação e Trabalho, lançada em 2023.
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December 17, 7:45 AM
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O desempenho insuficiente em matemática entre estudantes brasileiros acende um alerta não somente para a qualidade da educação, mas também para a capacidade de o país sustentar crescimento econômico e inovação tecnológica nos próximos anos. Os dados mais recentes do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), de 2023, mostram que apenas 5% dos alunos do último ano do ensino médio alcançaram nível adequado de aprendizagem na disciplina. A situação é considerada crítica por especialistas e autoridades. O diretor do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa), Marcelo Viana, avalia que os resultados refletem deficiências acumuladas desde a educação infantil e vão além “de uma questão de escola”. “Existe uma demasiada ênfase na questão escolar quando realmente o problema é de outra magnitude. No Brasil, o buraco é realmente embaixo e temos pessoas humildes que não tiveram conhecimento básico oferecido, como somar e subtrair. Então, a nossa dívida nacional com o cidadão mais humilde é imensa no país.” Pensamento semelhante tem Patricia Guedes, superintendente do Itaú Social, braço da Fundação Itaú, para quem a matemática extrapola a esfera educacional e abrange questões de cidadania: “No fundo, o pensamento matemático traz lógica, fortalece o pensamento crítico, sobretudo, para leitura crítica de dados, de informação, de narrativas. Essas dimensões, que estão no nível individual, extrapolam a esfera educacional, pois também afetam como a gente vive em sociedade.” Para Alexsandro Santos, diretor de políticas e diretrizes da educação integral básica da secretaria de educação básica do Ministério da Educação (SEB/MEC), o domínio do conhecimento matemático é fundamental para o Brasil avançar em setores estratégicos sociais, ambientais e econômicos: “O Brasil não vai conseguir disputar o terceiro milênio, em termos de economia, de política mundial, de organização do mundo do trabalho, se continuar com frágeis indicadores de aprendizagem de matemática. O país tem urgência de corrigir essa distorção para garantir um futuro soberano”, disse. O quadro nacional, quando comparado com outros países, mantém o baixo nível de aprendizagem na disciplina, segundo dados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) 2022. Trata-se de um exame criado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) que avalia habilidades de estudantes de 15 anos em matemática, leitura e ciências. No levantamento, 73% dos alunos brasileiros tiveram baixo desempenho em matemática, enquanto apenas 1% atingiu nível de excelência. Na avaliação, o Brasil ficou atrás de países latino-americanos como Chile, Uruguai e Peru. O desenvolvimento socioeconômico de um país tem relação diretamente proporcional com o nível de aprendizagem da matemática. Um estudo do Itaú Social em parceria com o Impa mostra que a massa de rendimentos dos profissionais que utilizam a matemática no exercício do trabalho foi equivalente a 4,6% do Produto Interno Bruto (PIB) ao ano, em média, no Brasil, no período de 2012 e 2023. Na França, essa participação foi de 18% em 2019. Para chegar aos números, o estudo cruzou dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) e das Contas Nacionais, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e aplicou metodologia semelhante do Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS, na sigla em francês) para elaboração própria. A pesquisa engloba diferentes profissões e atribui pesos a cada uma delas, conforme o grau do uso de habilidades matemáticas na rotina. Profissionais das ciências e engenharia, por exemplo, recebem peso médio de 0,76, enquanto ocupações ligadas ao ensino têm peso de 0,08, o que reflete a extensão do uso da matemática e seu impacto econômico na sociedade. Para Santos, ampliar a formação de profissionais com domínio matemático é estratégico para o mercado de trabalho: “Formar pessoas com conhecimento sólido aumenta a chance de desenvolver polos de absorção dessa força de trabalho, com mais empresas e empreendimentos de ponta”, disse. Guedes, do Itaú Social, ressalta que ocupações que usam a matemática têm rendimentos maiores, mais formais e resilientes a crises, por isso investir no conhecimento desta ciência pode ser um vetor na redução de desigualdades. O diretor do Impa aponta ainda que a fragilidade na formação básica também se reflete no ensino superior, com altas reprovações em disciplinas iniciais de exatas. O Brasil, afirma, forma um número insuficiente de engenheiros, com uma lacuna ainda maior de candidatos preparados para concluir os cursos. Significa que nem todos que entram em engenharia conseguem se formar. “Não estamos produzindo, ao final do ensino médio, o número de candidatos suficiente para preencher as vagas nas universidades. Isso é devido ao gargalo na matemática. Mas preenchemos as vagas assim mesmo, e o resultado é que esses jovens não sobrevivem à carnificina dos cursos de cálculo porque não estão preparados”, disse Viana. A solução, defende Viana, deve ser aplicar cursos de nivelamento no ensino médio, ao invés no ensino superior, e preparar jovens com capacidade necessária para a formação. “Muitas universidades oferecem cursos de pré-cálculo em um desespero para compensar essa lacuna que vem de trás. Quando, na verdade, tínhamos que estar formando [alunos] com as capacidades necessárias para entrarem numa universidade no Brasil ou em qualquer lugar do mundo.” Santos, do MEC, aponta que o desenvolvimento de mentalidades matemáticas na primeira infância é decisivo para consolidar o raciocínio lógico no futuro. Quando esse investimento não ocorre, as deficiências se acumulam e se tornam barreiras quase intransponíveis nos ensinos médio e superior. Para reverter o cenário, o Ministério da Educação lançou o Compromisso Nacional Toda Matemática, com investimento inicial de R$ 70 milhões. Do total, R$ 50 milhões serão destinados a nove mil escolas prioritárias e R$ 20 milhões à formação de professores. O desenho da política contou com escuta nacional realizada em 2024 envolvendo cerca de 60 mil profissionais da educação, conforme Santos. O levantamento revelou que a insegurança docente para lecionar matemática é um dos principais gargalos no cenário educacional brasileiro. Profissionais de educação, professores de matemática e pedagogos relatam também a falta de formação adequada, ausência de materiais didáticos diversificados, além da sobrecarga de trabalho e a dificuldade em lidar com alunos que acumulam lacunas desde a educação infantil, o que agrava o problema. Com base nos relatos, a política foi estruturada em cinco eixos: gestão e governança, formação docente, orientação curricular, avaliação da aprendizagem e compartilhamento de boas práticas. Entre as iniciativas, está a criação da Olimpíada de Professores da OBMEP Mirim, para docentes dos anos iniciais do ensino fundamental, pelo Impa. Uma das novidades da iniciativa é que, pela primeira vez, a matemática terá uma meta específica de aprendizagem nos anos escolares, que pode ser implementada no novo Plano Nacional de Educação. Segundo Santos, a expectativa é que, a partir de 2027, Estados e municípios estabeleçam orçamentos próprios para políticas e o financiamento do MEC funcione somente como complementação. Para garantir a efetividade da política, explica Santos, o MEC estabeleceu a criação de comitês estaduais e municipais para coordenar objetivos que devem convergir com as metas de aprendizagem definidas. O diretor do Impa alerta também que a sociedade está cercada de ferramentas que usam matemática para tomar decisões diárias, como os algoritmos das redes sociais, por exemplo. “O jogo mudou e a matemática hoje ultrapassa atos diários, como saber o troco ou os juros dos empréstimos, por exemplo. O domínio do conhecimento matemático também é uma forma de empoderamento. Não é mais uma escolha acreditar ou não na matemática. A matemática acredita em você”, afirma Viana.
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December 16, 12:47 PM
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Empresas de “edutainment” e aquelas voltadas à capacitação profissional se destacam no setor, que conta com mais de 400 startups ativas no país
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December 16, 12:46 PM
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Kaufman também acredita que o avanço tecnológico condiciona o comportamento das pessoas, ao mesmo tempo em que é moldado pela interação humana. “É um processo de cocriação. A tecnologia só se dissemina se atender aos desejos da sociedade.” Para ela, a próxima onda de evolução serão novos modelos de IA que substituam as atuais redes neurais profundas. “Modelos capazes de criar correlações, para superar as limitações técnicas que a IA enfrenta hoje.”
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December 16, 12:45 PM
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Entusiastas da IA dizem que o falatório incessante sobre bolhas prova que esta não é uma bolha, porque os picos ocorrem quando a preocupação desaparece e o otimismo é universal. Talvez. Mas a preocupação, na verdade, estava crescendo antes do estouro da bolha pontocom. Um ano antes, o Fed de San Francisco evocou o espectro de 1929. Muitos colunistas e economistas ecoaram esses temores, assim como vários investidores institucionais. Exatamente como hoje.
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Inovação Educacional
December 16, 12:43 PM
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A tecnologia é uma das ferramentas mais poderosas da atualidade, pode abrir portas, mas também erguer muros. É preciso garantir acesso, pertencimento e representatividade, sem que o usuário seja atacado ou cancelado. A falta de conexão de qualidade e computadores nas escolas, a pouca diversidade nas áreas de tecnologia e games, e a impunidade são barreiras à inclusão digital. A inteligência artificial impõe novos desafios, pois tem o potencial de ampliar ainda mais a exclusão. Essas foram algumas das conclusões dos painéis do “Voices 2025” que debateram formas de eliminar o fosso social na esfera tecnológica. “É preciso ter educação de tecnologia para que haja um uso saudável e sustentável. Havia uma marginalização digital e agora pode haver um risco maior de marginalização pela IA. Precisamos de políticas públicas para ampliar o acesso à internet e investimentos em infraestrutura digital, talvez uma nuvem pública”, sugere Patrícia Peck, fundadora do Instituto Peck de Cidadania Digital, criado em 2010, com o objetivo de difundir a educação em ética e segurança digital.
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