In its latest report, Top Strategic Technology Trends 2023, Gartner takes into account the challenging and uncertain economic situation, as well as supply chain issues, energy sourcing, and skills shortages. As a result, the 2023 Gartner trends 1-10 address four main priorities:
O que acontece quando a maioria faz uso de uma IA para realizar suas atividades laborais? E, no caso dos estudantes, quando os trabalhos passam a ser produzidos com o apoio de uma IA generativa? Luciano Sathler É PhD em administração pela USP e membro do Conselho Deliberativo do CNPq e do Conselho Estadual de Educação de Minas Gerais As diferentes aplicações de Inteligência Artificial (IA) generativa são capazes de criar novos conteúdos em texto, imagens, áudios, vídeos e códigos para software. Por se tratar de um tipo de tecnologia de uso geral, a IA tende a ser utilizada para remodelar vários setores da economia, com impactos políticos e sociais, assim como aconteceu com a adoção da máquina a vapor, da eletricidade e da informática. Pesquisas recentes demonstram que a IA generativa aumenta a qualidade e a eficiência da produção de atividades típicas dos trabalhadores de colarinho branco, aqueles que exercem funções administrativas e gerenciais nos escritórios. Também traz maior produtividade nas relações de suporte ao cliente, acelera tarefas de programação e aprimora mensagens de persuasão para o marketing. O revólver patenteado pelo americano Samuel Colt, em 1835, ficou conhecido como o "grande equalizador". A facilidade do seu manuseio e a possibilidade de atirar várias vezes sem precisar recarregar a cada disparo foram inovações tecnológicas que ampliaram a possibilidade individual de ter um grande potencial destrutivo em mãos, mesmo para os que tinham menor força física e costumavam levar desvantagem nos conflitos anteriores. À época, ficou famosa a frase: Abraham Lincoln tornou todos os homens livres, mas Samuel Colt os tornou iguais. Não fazemos aqui uma apologia às armas. A alegoria que usamos é apenas para ressaltar a necessidade de investir na formação de pessoas que sejam capazes de usar a IA generativa de forma crítica, criativa e que gerem resultados humanamente enriquecidos. Para não se tornarem vítimas das mudanças que sobrevirão no mundo do trabalho. A IA generativa é um meio viável para equalizar talentos humanos, pois pessoas com menor repertório cultural, científico ou profissional serão capazes de apresentar resultados melhores se souberem fazer bom uso de uma biblioteca de prompts. Novidade e originalidade tornam-se fenômenos raros e mais bem remunerados. A disseminação da IA generativa tende a diminuir a diversidade, reduz a heterogeneidade das respostas e, consequentemente, ameaça a criatividade. Maior padronização tem a ver com a automação do processo. Um resultado que seja interessante, engraçado ou que chama atenção pela qualidade acima da média vai passar a ser algo presente somente a partir daqueles que tiverem capacidade de ir além do que as máquinas são capazes de entregar. No caso dos estudantes, a avaliação da aprendizagem precisa ser rápida e seriamente revista. A utilização da IA generativa extrapola os conceitos usualmente associados ao plágio, pois os produtos são inéditos – ainda que venham de uma bricolagem semântica gerada por algoritmos. Os relatos dos professores é que os resultados melhoram, mas não há convicção de que a aprendizagem realmente aconteceu, com uma tendência à uniformização do que é apresentado pelos discentes. Toda Instituição Educacional terá as suas próprias IAs generativas. Assim como todos os professores e estudantes. Estarão disponíveis nos telefones celulares, computadores e até mesmo nos aparelhos de TV. É um novo conjunto de ferramentas de produtividade. Portanto, o desafio da diferenciação passa a ser ainda mais fundamental diante desse novo "grande equalizador". Se há mantenedores ou investidores sonhando com a completa substituição dos professores por alguma IA já encontramos pesquisas que demonstram que o uso intensivo da Inteligência Artificial leva muitos estudantes a reduzirem suas interações sociais formais ao usar essas ferramentas. As evidências apontam que, embora os chatbots de IA projetados para fornecimento de informações possam estar associados ao desempenho do aluno, quando o suporte social, bem-estar psicológico, solidão e senso de pertencimento são considerados, isso tem um efeito negativo, com impactos piores no sucesso, bem-estar e retenção do estudante. Para não cair na vala comum e correr o risco de ser ameaçado por quem faz uso intensivo da IA será necessário se diferenciar a partir das experiências dentro e fora da sala de aula – online ou presencial; humanizar as relações de ensino-aprendizagem; implementar metodologias que privilegiem o protagonismo dos estudantes e fortaleçam o papel do docente no processo; usar a microcertificação para registrar e ressaltar competências desenvolvidas de forma diferenciada, tanto nas hard quanto soft skills; e, principalmente, estabelecer um vínculo de confiança e suporte ao discente que o acompanhe pela vida afora – ninguém mais pode se dar ao luxo de ter ex-alunos. Atenção: esse artigo foi exclusivamente escrito por um ser humano. O editor, Michael França, pede para que cada participante do espaço "Políticas e Justiça" da Folha sugira uma música aos leitores. Nesse texto, a escolhida por Luciano Sathler foi "O Ateneu" de Milton Nascimento.
O boom da inteligência artificial é real. Que ela impacta e transforma incontáveis setores, idem. Já o frenesi em torno disso admite distinções. Exaltar o que a IA é capaz de fazer virou um novo normal, pois ela geralmente responde bem às instruções que recebe. Certa ansiedade deveria vir do seu processo evolutivo. Há rumores de um possível estouro da bolha da IA envolvendo grandes atores —big techs, empresas de hardware como a Nvidia, a maior produtora de chips do mundo, startups cotadas em bilhões e o próprio sistema financeiro. Segundo Gita Gopinath, ex-economista chefe do FMI (Fundo Monetário Internacional), se o teto da casa desabar, as perdas serão da ordem de US$ 20 trilhões só entre os americanos. E dá-lhe recessão global. Homem testa óculos com tela e câmera que utilizam inteligência artificial e realidade aumentada durante evento em Hangzhou, no leste da China - Hector Retamal - 13.nov.2025/AFP Só que, hoje, os riscos cedem diante do tamanho do desafio. A corrida atual nem é pela inteligência artificial, mas pela superinteligência. Ou AGI, sigla em inglês para Inteligência Geral Artificial. Cientistas criam modelos de linguagem cada vez mais ousados, dispondo de massas de dados colossais, processadas em data centers imensos e inóspitos, alardeando a chegada de algo que fará tudo o que o cérebro humano pode fazer, e melhor. Os anúncios do "advento" são hiperbólicos. As apostas financeiras, também. Quem faz a viagem matinal do trem que corta o Vale do Silício, na Califórnia, passando por cidades implicadas no mundo tecnológico, pode constatar um curioso fenômeno social: são passageiros na faixa dos 20 a 30 anos que lotam os vagões, sem tirar os olhos dos celulares. No trajeto, respondem a um chefe que cobra a solução de um bug de sistema ou uma pesquisa urgente. Tarefas para resolver antes de pisar na empresa. Madhavi Sewak, diretora do Deep Mind, laboratório de IA da Google, justifica este padrão de comportamento: "Agora não há mais tempo para amigos, hobbies, namorados". Sam Altman, fundador e CEO da OpenAI, diz que tudo caminha tão rápido que ele poderá ser substituído a qualquer momento. Mark Zuckerberg, o todo-poderoso das redes, oferece pacotes de remuneração individual de US$ 200 milhões a quem ajudá-lo a chegar mais perto da superinteligência. Há sete anos o físico Jared Kaplan abriu uma startup em San Francisco. Hoje é mais conhecido como o dono da Anthropic, empresa bilionária já posicionada como rival da OpenAI. Kaplan garante que em dois ou três anos a IA absorverá todo trabalho administrativo e grande parte do intelectual. Que seu filho de 6 anos cresce sabendo que nunca será melhor do que ela em inúmeras áreas. E que o controle humano sobre a tecnologia está ameaçado. Como a evolução contínua da IA pode levar a um estágio em que ela crie a sua autonomia, a superioridade da espécie deixa de existir. É desejável ou não? Kaplan avisa que devemos nos posicionar sobre isso até 2030. Depois, será tarde. Nos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 não há menção ao tema. Mas, já que o marco temporal do cientista é o mesmo do pacto da ONU, cabe perguntar: será mais urgente combater a fome no mundo ou se posicionar sobre a autonomia da IA? Deixo registrado: não são premissas excludentes e a IA pode ajudar a enfrentar a fome. O problema é que ela também pode aprofundar a privação de quem não tem mais como comprar comida. Eis o dilema. Nada a ver com aprendizado de máquina. É decisão humana.
Para amenizar esse inevitável subjetivismo, a única solução é ampliar o debate. Submetendo a tese à contra-argumentação, colocam-se à mostra as eventuais fragilidades da perspectiva do pesquisador, e é neste momento em que as universidades teriam que dar prova de sua tolerância a opiniões divergentes.
Se a academia, porém, chancela como "científicos" apenas os posicionamentos que lhe agradam, indevidamente poupa o pesquisador de uma dialética que ele só enfrentará quando exposto ao debate externo.
1 14 As operações policiais no Rio na gestão Cláudio Castro
Moradores retiram corpo de homem baleado pela polícia durante operação policial no Complexo do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro Eduardo Anizelli-21.julh.2022/FolhapressMAIS
VOLTARFacebookWhatsappXMessengerLinkedinE-mailCopiar link Carregando... É nos raros momentos de discussão extramuros que o estudioso nota que suas premissas não são compartilhadas por variados atores sociais, insubmissos à autoridade acadêmica. Nessa fase, desqualificar a audiência por sua falta de titulações não é saída aceitável, por sua recursividade: é exatamente a distância da academia que fizera nascer o novo debate.
A universidade sempre será imprescindível à criação ou à implementação de políticas públicas. Paradoxalmente, o cientista é o indivíduo mais qualificado em identificar limitações teóricas, a começar por seus próprios postulados.
Mais da metade dos professores efetivos (57,5%) das redes estaduais de ensino do país poderá se aposentar até 2034. A projeção feita pelo Movimento Profissão Docente alerta os governos sobre a urgência de planejamento para evitar um apagão desses profissionais nas escolas brasileiras. O estudo, obtido com exclusividade pela Folha, mostra que o quadro de professores efetivos no país está envelhecendo rapidamente, em parte porque os estados têm reduzido esse tipo de contratação e priorizado os contratos temporários. Só em 2023, por exemplo, 17,8% dos docentes já haviam adquirido o direito à aposentadoria. A projeção também indica que, como o país vive um momento de transição demográfica, o número de estudantes também deve cair nos próximos anos. O estudo projeta que as redes estaduais devem perder cerca de 24,9% das matrículas até 2034. Os responsáveis pelo estudo apontam que essa é uma oportunidade única para os governadores organizarem melhores formas de contratação e expandir a oferta do ensino em tempo integral. "Essa mudança demográfica que estamos vivendo no país vai trazer uma oportunidade única e que pode ser muito bem aproveitada pelos estados. Eles podem se organizar para recompor o quadro docente com profissionais mais qualificados e melhor preparados para os desafios da atualidade", diz Haroldo Rocha, coordenador-geral do movimento. Ele defende, por exemplo, que os estados se organizem para fazer concursos públicos com maior frequência e menos oferta de vagas. "Isso permite que as redes de ensino reponham gradualmente a força de trabalho que vai se aposentar e selecionem os melhores profissionais disponíveis naquele período." A maioria das redes de ensino tem optado por fazer poucos concursos para economizar recursos com a realização desses processos seletivos. A consequência, no entanto, é que a alta competitividade pode deixar profissionais bem qualificados de fora. A rede estadual de São Paulo, por exemplo, ficou nove anos sem contratar profissionais efetivos até abrir um concurso em 2023. O edital para 15 mil vagas recebeu quase 290 mil inscrições. Segundo Rocha, a Prova Nacional Docente, lançada neste ano pelo governo Lula (PT), também deve facilitar a abertura de concursos nas redes estaduais, já que os resultados da prova podem ser usados para selecionar professores ou como etapa de processos seletivos mais complexos. "Agora, temos uma prova que vai avaliar todo ano aqueles que estão se formando nos cursos de licenciatura. Com cursos mais frequentes, vai ser possível renovar o quadro de docentes sempre selecionando os melhores. Se isso for colocado em prática, em pouco tempo, as redes vão ter um quadro de professores de alto nível." O levantamento indicou ainda que a situação fiscal dos estados exige cautela no planejamento para as próximas contratações. Hoje, 92% das unidades federativas gastam mais de 70% dos recursos do Fundeb (Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Educação Básica) com salários. Além disso, mais da metade delas já gasta mais com os professores aposentados do que com os que estão em sala de aula. O estudo mostra ainda que 85% dos regimes próprios de Previdência dos estados apresentam déficit. Para enfrentar essa situação, Rocha recomenda que os estados combinem diferentes formas de contratação de professores de maneira sustentável, buscando o equilíbrio entre efetivos, temporários e celetistas. "Já que a contratação de temporários é importante para os estados, eles deveriam aperfeiçoar a legislação para esses professores e reduzir a fragilidade desse tipo de contratação e garantir a eles tratamento similar ao dos efetivos." Já a queda do número de matrículas é citada pelo estudo como uma condição propícia para a expansão do ensino integral: com menos estudantes, as redes podem investir mais em cada aluno. Estudos apontam a educação em tempo integral como uma estratégia eficiente para melhorar a aprendizagem das crianças e adolescentes. "A combinação de concursos mais qualificados, expansão do ensino integral e gestão fiscal responsável pode transformar a transição demográfica em um marco para a melhoria da educação brasileira", diz Rocha.
Entre os principais exames usados para entrada nas universidades no mundo está o SAT (Scholastic Assessment Test, ou teste de avaliação acadêmica), aplicado nos Estados Unidos.
Com 98 questões e cerca de duas horas de duração, o "Enem americano" hoje é totalmente digital e aplicado várias vezes ao longo do ano. A prova aborda apenas os conteúdos de matemática e inglês.
A professora Maria Helena Castro, que presidiu o Inep na época em que o Enem foi criado, explica que a migração do SAT para o formato digital foi um processo longo e cuidadosamente planejado. Segundo ela, esse caminho pode servir de referência para o futuro do exame brasileiro.
"[O processo de digitalização] é gradual, é demorado, exige um investimento elevado, mas é importante ter um plano de aperfeiçoamento de médio e longo prazo", afirma.
O papel do SAT no processo de entrada na universidade é diferente em comparação com o do Enem.
Segundo Keyla Cavalcante, coordenadora do Prep Program da Fundação Estudar, que dá suporte a jovens brasileiros em cursos no exterior, o SAT é um entre outros componentes no processo de entrada na universidade —como participação em atividades extracurriculares, histórico escolar, redações e cartas de recomendação.
Governo Lula envia proposta ao Congresso prevendo instituição de ensino com vagas prioritárias e oferta de cursos estratégicos para territórios. Plano é abrir instituição em Brasília em 2027
Uma das prioridades do novo reitor da Universidade de São Paulo (USP), Aluísio Segurado, nomeado nesta quinta-feira, 4, pelo governador Tarcísio de Freitas, será a criação de um Escritório de Transformação Digital e Inteligência Artificial. Em sua primeira entrevista como reitor, ele afirmou ao Estadão que uma das atribuições do grupo será criar “uma disciplina optativa para alunos de graduação e pós-graduação no primeiro ano, focada em introdução à IA”. Ele também prevê um programa de formação para os professores na nova tecnologia.
Desde o lançamento do chatbot ChatGPT no final de 2022, educadores têm se debatido sobre como aproveitar a inteligência artificial para aprimorar o aprendizado, minimizando os riscos aos resultados educacionais e à equidade das avaliações.
Sem aulas expositivas, provas ou redações: o que se passa dentro de uma universidade do século XXI.
O uso de IA entre estudantes já é a norma. Em fevereiro, uma pesquisa¹ com mais de mil estudantes de graduação em tempo integral no Reino Unido revelou que 92% utilizam IA de alguma forma, um aumento em relação aos 66% registrados em 2024. Além disso, 88% dos estudantes relataram depender de IA generativa (um tipo de IA capaz de criar texto, imagens e código a partir de grandes conjuntos de dados) para auxiliar em seus trabalhos acadêmicos, em comparação com 53% em 2024.
À medida que a IA continua a superar os humanos em tarefas básicas como a compreensão de leitura e a programação de computadores² , crescem as preocupações sobre o seu impacto na aprendizagem e na integridade académica. Por exemplo, o valor dos ensaios convencionais e de outras avaliações escritas está cada vez mais em causa, dado que a IA consegue agora produzir textos que muitas vezes superam a qualidade da maioria dos trabalhos dos estudantes.
Outras preocupações incluem uma dependência excessiva de chatbots que leva a uma aprendizagem superficial 3 , oportunidades reduzidas de autorreflexão 4 e uma perda de autonomia do aluno 5 , com os alunos a tornarem-se utilizadores passivos da tecnologia em vez de aprendizes ativos.
As universidades responderam utilizando ferramentas para tentar detectar o uso de IA generativa por estudantes. Mas estas ferramentas provaram ser pouco confiáveis⁶ . Isso levou a soluções de curto prazo, como a aplicação de testes de estresse em avaliações escritas¹ e sua substituição por exames orais, provas manuscritas ou formatos reflexivos (portfólios e diários; veja go.nature.com/43btcxf ), bem como diretrizes mais claras sobre quando a IA pode e não pode ser usada. Embora essas medidas ajudem, sua eficácia é limitada.
Em vez disso, é necessário repensar fundamentalmente o aprendizado e a avaliação. Aqui, destacamos três abordagens promissoras para a avaliação que adaptam métodos existentes — como avaliações baseadas em conversação — à era da IA. Essas estratégias visam promover o desenvolvimento intelectual genuíno, garantindo que as avaliações reflitam com precisão a compreensão e as habilidades dos alunos.
Utilize outros tipos de avaliação. Um dos pilares da educação moderna é que 'escrever é pensar' 7 . A escrita é um processo não linear 8 que exige envolvimento autêntico, pensamento crítico e resolução de problemas. Todas essas atividades estimulam o desenvolvimento intelectual humano.
Quando a IA auxilia ou gera textos de alunos, torna-se quase impossível saber o quanto do trabalho final reflete a compreensão e o pensamento crítico do próprio aluno (ver go.nature.com/47tjv93 ). Essa incerteza prejudica o uso da escrita como evidência de aprendizagem.
Uma maneira de estimular o pensamento crítico é promover uma conversa estruturada entre aluno e professor. Por exemplo, o método socrático de questionamento é uma forma de investigação disciplinada que ajuda os alunos a analisar ideias complexas, questionar suas próprias premissas e avaliar a validade das informações. Na Grécia Antiga, o valor atribuído ao diálogo intelectual era tão grande que alguns filósofos da época expressaram preocupação com o fato de que uma dependência excessiva da escrita pudesse enfraquecer a memória humana (ver go.nature.com/43grxsp ).
Os exames convencionais ainda podem ter seu lugar ao lado da avaliação baseada em IA. Crédito: Jorge Gil/Europa Press via Getty
Uma versão contemporânea da abordagem discursiva utilizada na Grécia Antiga, conhecida como avaliação baseada em conversação, vem sendo usada há várias décadas em contextos de ensino fundamental, médio e superior. Por exemplo, o AutoTutor, desenvolvido na Universidade de Memphis, no Tennessee, tem sido usado para ensinar disciplinas como física newtoniana, ao mesmo tempo que aprimora habilidades em informática e pensamento crítico . Ele envolve os alunos em conversas em linguagem natural e utiliza técnicas computacionais para avaliar sua compreensão — analisando fatores como precisão, escolha de palavras e tempo de resposta. No entanto, esses sistemas geralmente têm capacidades conversacionais limitadas e ainda dependem principalmente de análises textuais simples e da detecção de palavras e expressões específicas.
É aqui que a integração da IA pode fazer toda a diferença. A IA consegue manter diálogos abertos e sensíveis ao contexto de uma forma muito mais realista do que os métodos de avaliação baseados em conversação atuais. As ferramentas de IA podem fazer perguntas de acompanhamento aos alunos, fornecer dicas personalizadas e adaptar-se ao nível de conhecimento do aluno em tempo real, oferecendo um suporte de aprendizagem flexível e personalizado. Além disso, o seu questionamento pode ser mais abrangente do que o dos sistemas convencionais de avaliação conversacional, que geralmente são especializados em um domínio específico.
A formação de doutores precisa de uma reformulação no mundo da IA.
A oportunidade crucial da IA não reside apenas em automatizar a resposta a perguntas, mas em permitir que os alunos aprendam por meio da conversa com sistemas de IA e usem esse diálogo como forma de avaliação, tornando-o um processo dinâmico e personalizado.
Ainda existem desafios. Primeiro, os sistemas de IA precisarão guiar as conversas de forma equilibrada, incentivando os alunos a fazer perguntas, explorar tópicos de seu interesse e assumir um papel ativo em seu aprendizado. Ao mesmo tempo, o diálogo deve ser estruturado o suficiente para que o sistema de IA colete evidências significativas da compreensão do aluno, como a maneira pela qual ele raciocina sobre um problema, explica um conceito ou aplica o conhecimento em contexto. Alcançar esse equilíbrio entre exploração aberta e avaliação mensurável continua sendo um grande desafio de pesquisa.
A falta de comunicação é outra preocupação — os sistemas de IA podem interpretar erroneamente a intenção de um aluno ou fornecer informações imprecisas ou enganosas. Quando isso acontece, os alunos podem ter dificuldades para identificar as fontes de seus erros. A natureza altamente personalizada e aberta do aprendizado e da avaliação baseados em IA também dificultaria a padronização. Portanto, ainda haveria espaço para avaliações convencionais, especialmente no processo de admissão universitária, em que a consistência e a equidade entre grandes populações estudantis são prioridades.
Avaliar continuamente Uma questão crucial em muitas das respostas propostas para a adoção generalizada da IA pelos estudantes é que, embora tentem salvaguardar a integridade acadêmica, continuam a operar dentro de um modelo de exame de alto risco. Mesmo que o exame seja reformulado como uma conversa, os alunos permanecem cientes de que o resultado tem grande peso. Os alunos consideram os exames de alto risco estressantes e podem ter um desempenho inferior ou serem tentados a colar. O principal desafio, portanto, é reduzir a necessidade de exames de alto risco em uma era impulsionada pela IA, na qual colar pode se tornar mais fácil.
A avaliação contínua pode ser uma alternativa eficaz . 10 Substituir os exames finais por uma série de avaliações interconectadas que construam um panorama abrangente da aprendizagem do aluno é uma necessidade urgente em muitas áreas acadêmicas. A avaliação contínua está bem estabelecida no ensino médico. Por exemplo, durante os estágios clínicos, os estudantes de medicina são continuamente avaliados por supervisores que observam seu raciocínio clínico, habilidades de trabalho em equipe e comunicação com os pacientes. Essas observações, combinadas com reflexões escritas e avaliações por pares, criam um panorama holístico da competência do aluno ao longo do tempo. No entanto, esses modelos ainda são raros em outras disciplinas, principalmente devido ao aumento da carga de trabalho que impõem aos educadores.
As universidades precisam acompanhar os tempos: como seis acadêmicos abordam IA, saúde mental e muito mais.
A crescente disponibilidade de sistemas baseados em IA torna a avaliação contínua mais viável. As conversas entre alunos e uma ferramenta de IA podem ser vistas não como trocas isoladas, mas como parte de um processo de aprendizagem contínuo no qual múltiplas interações de baixo risco constroem gradualmente uma visão rica do progresso do aluno 10 .
- Uma saída de US$ 200 milhões pode ser racional, mas não movimenta o ecossistema; - O WhatsApp não é um canal - é o novo sistema operacional dos negócios brasileiros; - IPOs são matemática. E eles começam com mais de US$ 300 milhões em receita; - O que construiu o último ciclo não vencerá este.
Vamos dissecar cada um.
O teto de M&A é real Vamos falar de saídas - entre US$ 200 milhões e US$ 300 milhões é onde a maior parte das fusões e aquisições estratégicas se encerra na América Latina. Isso parece uma vitória - até que você entenda como o venture capital realmente funciona.
A maioria das startups fracassa ou tem desempenho inferior, portanto, cada investimento deve ser subscrito com o potencial de retorno de todo o fundo. Espera-se que uma ou duas empresas de destaque gerem a maior parte dos retornos e cubram todo o resto. Se você estiver gerenciando um fundo de US$ 250 milhões, isso significa que precisa de pelo menos uma empresa para gerar um retorno de US$ 750 milhões a US$ 1 bilhão.
O venture capital precisa falar português OPINIÃO: Em terra de ‘zumbicórnios’, quem tem um chifre nem sempre é rei Uma saída de US$ 200 milhões não é suficiente. Especialmente se a empresa levantou mais de US$ 75 milhões em uma avaliação pós-money de US$ 1 bilhão - os retornos são absorvidos por pilhas de preferências, diluição da propriedade e cascatas de liquidação.
É por isso que os investidores apoiaram o Nubank logo no início. Não porque era seguro, mas porque poderia dar retorno ao fundo muitas vezes. Esse nível de potencial é a linha de base do empreendimento. Qualquer coisa abaixo disso simplesmente não funciona.
Olga Maslikhova lidera o “J Curve”, podcast sobre o mercado de startups na América Latina — Foto: Reprodução Mas aqui está a nuance: a venda por US$ 200 milhões pode ser um resultado racional - e até mesmo uma mudança de vida - para um fundador.
Em uma região marcada por pressões cambiais, instabilidade política e volatilidade macroeconômica, não é irracional reduzir o risco e fazer caixa. Muitos fundadores estão lidando com riscos sistêmicos reais - não apenas com a teoria da sala de reuniões. Mas, embora a decisão faça sentido em nível individual, ela limita o que podemos construir em nível regional.
Porque quando empresas promissoras são vendidas precocemente, o ecossistema não se compõe. Não há comparações públicas. Não há liquidez. Não há ações secundárias. Não há redes de ex-alunos. Não há LPs institucionais entrando.
Vivemos o equivalente mental do fast food. O conteúdo ultraprocessado, feito para entreter e distrair, tomou o lugar da reflexão. A lógica é simples: quanto menos tempo você tem, mais o mercado oferece estímulos rápidos. E assim, enquanto uns pagam para meditar, silenciar ou fazer “detox digital”, outros sobrevivem à overdose de notificações, alternando entre o WhatsApp, o Pix e o prazo. As elites cognitivas não compram apenas conforto, compram tempo lúcido. Pagam para pensar com calma. Não precisar reagir o tempo todo é um novo tipo de luxo. É ter o privilégio de se aprofundar, enquanto o resto do mundo tenta respirar entre interrupções. É o retorno da concentração como símbolo de status. O que está em jogo não é apenas o que consumimos, mas como consumimos conhecimento. Há quem possa escolher o que lê, o que ignora e o que internaliza. E há quem viva à base de conteúdo ultraprocessado, produzido para manter o corpo online e a mente cansada. Se antes a desigualdade era sobre o que se tem, agora é sobre o que se consegue sustentar na cabeça. Quando tudo disputa nossa atenção, talvez o verdadeiro privilégio não seja ter acesso à informação, mas ter energia para digeri-la. Porque o luxo do futuro não será ter, será entender. Antropólogo, sócio-diretor na Consumoteca e autor de “Coisa de rico: A vida dos endinheirados brasileiros”. Este texto foi publicado originalmente no LinkedIn do autor e cedido por ele para reprodução
A Saint Paul Escola de Negócios vai iniciar sua atuação no ensino superior com um curso de Administração. O programa, 100% presencial, terá início em fevereiro de 2026 e previsão de 150 alunos na primeira turma. Será o segundo investimento de sócios do BTG Pactual em faculdades. Em 2021, André Esteves e Roberto Sallouti cofundaram o Inteli, que conta com quatro cursos de graduação ligados a tecnologia, a partir de doações pessoais.
O investimento previsto é de R$ 40 milhões para a instalação da nova sede, no centro de São Paulo. O campus terá espaço para atividades acadêmicas, projetos de inovação e eventos, e receberá também professores internacionais. O currículo combina disciplinas de gestão, finanças e estratégia com módulos de comunicação, negociação e habilidades pessoais, além de 300 horas de formação prática em inteligência artificial. dador do GuiaBolso e CFO da Arco em sua nova edtech A graduação terá parcerias com escolas de negócios na Alemanha e nos Estados Unidos, com aulas e imersões no exterior. O processo seletivo será inspirado em universidades internacionais, com três fases: análise de histórico escolar e atividades extracurriculares, avaliação presencial com dinâmicas e resolução de casos, e entrevista individual. A instituição terá 10 bolsas integrais para os melhores classificados, além de bolsas parciais conforme mérito e critérios socioeconômicos.
Em 1978, Charles Kindleberger publicou “Manias, Pânicos e Colapsos”, um clássico instantâneo na história dos ciclos de expansão e subsequentes colapsos de investimento. Esses ciclos podem ser divididos entre aqueles que acabam construindo algo útil (como um sistema ferroviário no Reino Unido, nos EUA e em outros lugares no século 19) e aqueles que não (como a mania das tulipas na Holanda do século 17 e os empréstimos subprime no início dos anos 2000).
Sob qualquer perspectiva, os EUA e o mundo estão passando por um intenso boom especulativo em Inteligência Artificial (IA). Mas será que todo o investimento direcionado para o setor resultará em algo útil? Para quem e com que propósito? E, em caso de consequências negativas, quais serão?
O trabalho de Kindleberger - e tudo o que aconteceu desde 1978 - sugere que três questões devem ser usadas para avaliar os períodos de expansão dos investimentos.
Primeiro, será que o boom envolve algo mais do que só uma valorização dos ativos (como aconteceu antes da crise financeira de 2008)? Nesse sentido, hoje há definitivamente uma grande onda de investimentos em instalações e equipamentos (como data centers) nos EUA e noutros lugares. Além disso, o investimento em infraestrutura de tecnologia da informação - matéria-prima importante para empresas e governos - poderia impulsionar a produtividade e ajudar a sustentar o crescimento. (Um resultado infeliz é o impacto ambiental potencialmente significativo, devido ao aumento da demanda por eletricidade e água).
Segundo, será que o principal financiador do boom de investimentos é a emissão de dívida (fator importante na crise de 2008)? Para a IA, a resposta é complexa. Embora as maiores empresas envolvidas tenham fluxo de caixa positivo para cobrir o que já foi gasto, grande parte do financiamento de fornecedores está sendo fornecido por algumas empresas de tecnologia (para permitir que outras empresas comprem chips, por exemplo). Os riscos de crédito envolvidos nessas relações são, no mínimo, incertos. Algumas das garantias envolvidas podem se tornar obsoletas antes que os empréstimos sejam quitados.
Fora isso, à medida que o investimento de capital aumenta, também aumenta a exposição dos mercados de crédito, do sistema bancário e até mesmo do governo (embora não se possa argumentar de forma convincente que as empresas de tecnologia sejam “grandes demais para falir” e, portanto, precisem de garantias de dívida). Em novembro, a Meta fechou o maior acordo de capital privado da história com a Blue Owl para financiar seu data center Hyperion, com US$ 27 bilhões via veículo de propósito específico fora do balanço.
Estima-se que entre US$ 3 trilhões e US$ 7 trilhões serão investidos em infraestrutura de IA em cinco anos. Para isso, empresas de tecnologia indicaram que irão acessar os mercados de dívida, com arranjos de financiamento inovadores e agressivos E isso é só uma gota no oceano: estima-se que entre US$ 3 trilhões-US$ 7 trilhões serão investidos em infraestrutura de IA em cinco anos. Empresas de tecnologia indicaram que irão acessar os mercados de dívida, inclusive com arranjos de financiamento inovadores e agressivos. A expectativa é de que o crédito privado proporcione cerca de US$ 800 bilhões nos próximos 2 a 3 anos, e que tenha liberado US$ 450 bilhões no início de 2025. Resta saber se e como essas apostas darão certo.
A terceira e talvez a mais importante: como essa tecnologia será usada? Conversas com altos executivos de grandes corporações em setores tradicionais - empresas consideradas como fornecedoras de soluções de IA de alta demanda - confirmam que, embora todos esperem obter economias e eficiências significativas com a IA, quase nenhum consegue apontar com segurança fontes adicionais de receita (como novas linhas de negócios).
Por exemplo, é provável que bancos possam obter ganhos de eficiência no processamento de documentos, detecção de fraudes, gestão de riscos, conformidade regulatória, investimento e negociação algorítmica e/ou marketing e conhecimento do cliente. As empresas industriais provavelmente notariam ganhos de eficiência reduzindo o número de funcionários administrativos, de gestão de estoque e recursos, marketing e engenharia de campo.
Se as pessoas que forem substituídas pela IA conseguirem em pouco tempo encontrar novos empregos produtivos e (idealmente) bem-pagos, estaremos no caminho certo para uma aceleração do crescimento da produtividade - com efeitos benéficos para o padrão de vida e as finanças públicas. Esse foi o efeito do boom ferroviário do século 19, pelo menos em países onde as instituições eram suficientemente inclusivas para permitir que pessoas comuns criassem empresas, adquirissem novas habilidades e participassem de sindicatos. Porém, diante de outras grandes ondas de automação, as economias que não conseguiram gerar depressa novos empregos suficientes tiveram sérios problemas no mercado de trabalho, e os efeitos sobre a produtividade em toda a economia também foram, por vezes, decepcionantes.
O boom da IA é semelhante. Sim, há excessos. Sim, erros serão cometidos por investidores e executivos. E sim, a maior parte dos ganhos (e também das perdas) com ações provavelmente ficará acumulada nas mãos de pessoas que já são ricas, porque a propriedade de ações é distribuída de modo desigual.
Apesar de tudo isso, nenhum país, empresa ou cidadão em lugar nenhum se beneficiará ficando de braços cruzados. Pode parecer mais seguro não fazer nada agora e esperar que versões melhores da tecnologia surjam, mas essa não é a maneira de desenvolver habilidades para o futuro e criar mais empregos de qualidade. Além disso, são os inventores e proprietários de novas tecnologias que influenciam os padrões - tanto as regras técnicas quanto os princípios éticos - e direcionam a agenda política relevante.
A elite política dos EUA adora inovação, tanto pela vantagem competitiva quanto como fonte de doações políticas. Temendo a China, o setor tecnológico americano está avançando a toda velocidade na expansão da IA com poucas restrições. Todos os demais, precisam pensar a sério em como jogar esse jogo.
Como sua comunidade pode adotar a IA de forma mais responsável, por exemplo, para melhorar a prestação de serviços públicos? Como o setor privado pode usar a IA para criar mais empregos de qualidade? Como garantir proteções de privacidade suficientes? Como proteger crianças e outros grupos vulneráveis contra danos graves?
O caminho da revolução da IA está sendo moldado agora. Dos canais e ferrovias à era da internet, uma lição dura, porém simples, se destaca: se você, sua empresa ou seu país ficarem de braços cruzados esperando a poeira baixar, talvez não consigam obter o que desejam e precisam da tecnologia.
Os projetos e investimentos em infraestrutura estão colocando em evidência o potencial logístico de Minas Gerais. Segundo avaliações de executivos do setor durante evento realizado em novembro em Belo Horizonte como parte da série de debates Logística no Brasil, promovida pelo Valor, com oferecimento de Infra S.A. e Ministério dos Transportes. O Plano Nacional de Logística 2050, elaborado pelo governo federal, deve olhar para o Estado de Minas Gerais, importante corredor de insumos não apenas da Região Sudeste, mas do escoamento brasileiro, afirmaram. “Minas Gerais é um hub, pois 15% de toda a carga do país passa por aqui”, disse Adalcir Ribeiro, diretor-adjunto da Federação de Transportes e Cargas e Logística do Estado de Minas Gerais (FETCEMG). Minas Gerais faz divisa com seis Estados e com o Distrito Federal. Esse posicionamento coloca o Estado em um momento decisivo, “onde se isola ou se integra à logística nacional”, segundo o professor Paulo Rezende, da Fundação Dom Cabral. O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Flávio Roscoe, observou que o Estado ficou relegado em investimentos de infraestrutura “nos últimos talvez 40 anos". “Nossa infraestrutura está em colapso. A alocação do investimento público deve ser feita pela análise de impacto benéfico para a sociedade, e onde ele vai ser mais benéfico para a sociedade, não por decisão política”, defendeu. O secretário de Estado de Infraestrutura mineiro, Pedro Bruno, por sua vez, afirmou que o Estado é "o epicentro do investimento em infraestrutura do Brasil nos próximos anos". Os próximos leilões estaduais preveem a concessão do lote noroeste de Minas (chamada de Nova Fronteira Agrícola) e o projeto da ponte Cássia-Delfinópolis, que deve resolver o isolamento de ambos os municípios e o deslocamento de insumos por meio de balsas. “A infraestrutura tem efeito multiplicador na economia", disse. Os 488 empreendimentos de infraestrutura nos planos do governo de Minas Gerais têm a capacidade de gerar R$ 500 bilhões, tanto a nível federal quanto estadual, segundo Gabriel Fajardo, diretor de Concessões do Estado. “[Desse montante], R$ 107 bilhões são estaduais e R$ 47 bilhões já estão contratados. É importante ter esse diagnóstico porque precisamos hierarquizar essas prioridades para estabelecer políticas públicas”, afirmou. “Minas Gerais deve ser o Estado logístico do Brasil e deve ter a primeira concessão de um corredor logístico setorial multimodal”, disse Rezende. Ele elencou, ainda, dois grandes gargalos não apenas em Minas, mas em todo o país: déficit de silos para armazenamento da produção, além da necessidade de se trabalhar na complementariedade logística dos modais, sem competi-los entre si. Ana Paula de Souza, coordenadora do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas e Logística de Minas Gerais (SETCEMG), citou que a integração entre modais só será resolvida quando se entender que um é complementar ao outro. "Eles [os diferentes modais] não têm que ser concorrentes; um tem que integrar o outro para que a eficiência seja melhorada em todos os modais rodoviários", avaliou. “A discussão da logística no Sudeste é o futuro da competitividade nacional. O planejamento deve ser um plano de Estado, não um plano de governo, garantindo que ele seja perene, que perpasse os governos”, apontou Jorge Bastos, presidente da Infra S.A., empresa pública federal vinculada ao Ministério dos Transportes. “A região Sudeste é o pulmão do Brasil. É onde temos as melhores cadeias produtivas”, continuou, ressaltando que o leilão de concessão da rodovia Fernão Dias, que liga Belo Horizonte a São Paulo, vai ocorrer em dezembro.
The most ambitious project ever conceived on the Internet: Google's master plan to scan every book in the world and the people trying to stop them. Google say they are building a library for mankind, but they also have other intentions.
▬▬▬▬▬▬▬▬▬ Subscribe Fd Finance for free: https://bit.ly/FD_Finance Facebook: https://bit.ly/2QfRxbG Instagram: https://www.instagram.com/endevrdocs/ ▬▬▬▬▬▬▬▬▬ #FreeDocumentary #FDFinance #google ▬▬▬▬▬▬▬▬▬ Welcome to FD Finance - Your gateway to the fascinating realms of finance! Immerse yourself in our collection of high-quality financial documentaries, providing not only informative insights but also revealing the stories and backgrounds behind the intricate world of finance.
Join us on a journey through the dynamics of the financial world. From historical events shaping the markets to the latest developments and trends – here, you'll gain firsthand knowledge of it all. Understand the complex interplay of the global economy. Follow us behind the scenes of the finance industry: Gain exclusive glimpses into the world of financial institutions and personalities influencing the economy. Our documentaries shed light on the backgrounds and stories often hidden behind headlines.
Subscribe to FD Finance and never miss a captivating financial documentary.
Em um painel sobre "IA e o futuro do jornalismo", o diretor de Redação da Folha, Sérgio Dávila, observou que o profissional que souber utilizar melhor as ferramentas conseguirá se destacar no mercado e que será necessário manter uma visão crítica sobre elas.
"Algo que não pode ser substituído pela inteligência artificial é o julgamento, que é uma característica humana", disse ele aos presentes no auditório da ESPM Tech, na Vila Mariana, na zona sul de São Paulo, onde foi realizado o evento.
Para o diretor de Jornalismo do Grupo Estado, Eurípedes Alcântara, a coragem necessária para o exercício da profissão também é um diferencial em relação à tecnologia. "O que não vai ser substituída é a coragem editorial. Algoritmos não vão peitar os Poderes quando necessário", afirmou.
Com a aproximação do fim do ano letivo, professores precisam muitas vezes tomar uma difícil decisão sobre os alunos que não aprenderam o que era esperado. Reprovar ou não reprovar?
É preciso analisar se cada um tem condições de progredir para a série seguinte e se a escola terá recursos suficientes para prover o apoio necessário para recuperar a aprendizagem. Para muitos professores, a resposta é óbvia em casos em que as habilidades claramente não foram desenvolvidas: nos vemos novamente ano que vem na mesma série.
Contudo, as evidências e a própria legislação nem sempre estão de acordo com essa solução. É o caso, por exemplo, do estado do Rio de Janeiro, que recentemente publicou uma norma que amplia o que é conhecido como progressão parcial. A partir deste ano, os alunos das duas primeiras séries do ensino médio da rede estadual serão aprovados para a série seguinte mesmo se não tiverem passado em até seis disciplinas —cerca de metade do total do currículo. Para os potenciais concluintes, o limite de reprovação é de três disciplinas.
1 5 Pandemia causou prejuízo ao aprendizado em toda a educação básica
Menina de 5 anos, aluna de escola municipal de São Paulo, tenta escrever o próprio nome; pandemia causou queda na aprendizagem e elevou, de Marlene Bargamo/FolhapressMAIS
VOLTARFacebookWhatsappXMessengerLinkedinE-mailCopiar link Carregando... Esse sistema não implica aprovação automática, em que alunos são passados independentemente de seu desempenho. Ou seja, os alunos que forem "passados" precisarão participar de um regime de recuperação. Isso vale inclusive para os do 3º ano: eles só receberão o certificado de conclusão do ensino médio se forem aprovados neste regime durante o primeiro trimestre do ano seguinte.
O modelo de progressão parcial, que se associa a um modelo de recuperação de aprendizagem, tem o objetivo explícito de combater a evasão nesta etapa, marcada por desigualdades —embora possa haver também motivações escusas, como a tentativa de inflar indicadores educacionais, caso do Ideb.
Desenhos como esse, já adotados em vários estados, se baseiam em evidências de que a repetência escolar tende a trazer mais custos do que benefícios, mesmo havendo situações em que possa ser vantajoso.
Uma revisão sistemática de estudos sobre o tema, publicada em 2021 na revista científica "Educational Research Review", afirma que, em média, não há efeito negativo nem positivo da reprovação no desempenho escolar. Por outro lado, os efeitos variam conforme o contexto e a política de retenção adotadas. Os autores encontraram evidências de que a reprovação pode melhorar o bem-estar durante o ano repetido, mas, no longo prazo, a reprovação leva a efeitos negativos em termos de abandono escolar, probabilidade de cursar o ensino superior e resultados no mercado de trabalho.
1 7 Vestibulandos recorrem a YouTube e apostilas para compensar lacunas do ensino médio
Criado em 2017, o novo ensino médio dividiu o currículo entre base comum e itinerários formativos para que o estudante pudesse escolher área Rafaela Araújo - 30.out.24/FolhapressMAIS
LEIA MAIS
VOLTARFacebookWhatsappXMessengerLinkedinE-mailCopiar link Carregando... Em todo caso, seja na reprovação, seja na progressão, as chances de qualquer medida ser bem-sucedida dependem de estarem acompanhadas de apoio pedagógico estruturado e individualizado. Apesar da reprovação ser muitas vezes utilizada como uma ferramenta de incentivo e punição pela escola, a progressão parcial, se bem implementada, pode ser mais efetiva na geração de oportunidades de aprendizagem, sem incorrer em tantos riscos de estigma, abandono e reforço de desigualdades.
Na prática, sem um sistema de avaliação frequente, recuperação de aprendizagem e um projeto pedagógico adequado, os alunos acabam na mesma situação: sem seu direito à educação plena garantido.
A necessidade de trabalhar foi motivo listado pela maioria dos homens entre 15 e 29 anos de idade que deixou de frequentar a escola no Brasil em 2024, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgados nesta quarta-feira (3). Entre os homens que não concluíram a educação básica, 53,7% afirmaram que a necessidade de trabalhar foi o motivo para terem parado. A necessidade de realizar afazeres domésticos e de cuidados foi apontado como por menos de 1% desses jovens do sexo masculino. O IBGE considera jovens a faixa etária entre 15 e 29 anos. Entre as mulheres, 32,1% disseram que a gravidez e a necessidade de realizar afazeres domésticos ou de cuidado foram os motivos para terem parado de frequentar. Nesse recorte, 23,1% justificaram a evasão pela gravidez, e 9% pelas tarefas domésticas. A necessidade de trabalhar foi o motivo de 25,2% das mulheres. A evasão escolar motivada pelo trabalho cresce conforme a idade. Entre os jovens que não estudam e não completaram o ensino médio, esse foi o motivo para 19,9% dos adolescentes de 15 a 17 anos; 39,6% dos adultos de 18 a 24 anos; e 47,7% dos adultos de 25 e 29 anos. Entre os homens e mulheres de 15 a 29 anos, 25,4% deixaram de frequentar a escola porque não tinham interesse em estudar e 5,9% justificaram a evasão por terem concluído o nível de estudo que desejava. O recorte inclui somente os jovens que não concluíram o ensino médio. Aparecem em menor número justificativas como não ter escola próxima (2%), desistência por não aprender ou excesso de repetência (2,1%), faltar vaga (0,4%), faltar dinheiro para a mensalidade, transporte ou material (0,5%) e falta de adaptação das escolas para pessoas com deficiência (0,7%). Outros 3,5% dos jovens, entre homens e mulheres, listaram outros motivos. Em números absolutos, eram cerca de 8,4 milhões o número de jovens que não estudavam e não haviam concluído o ensino médio, em 2024. No ano passado, 59,6% dos jovens não estudavam e tinham uma ocupação, e outros 40,4% não estudavam e não tinham ocupação. Dos jovens que não estudam e não concluíram o ensino médio, 72,2% eram pretos ou pardos, e 26,8% eram brancos. No recorte por sexo, 59,7% eram homens e 40,3% eram mulheres. Em 2023, 56,8% dos jovens que não iam à escola tinham uma ocupação, e 43,2% nem sequer uma ocupação. Em 2016 o número de jovens sem escola, com ocupação, era de 55,2%, e os sem ocupação eram 44,8%.
Voltada para estudantes do 6º ano do Ensino Fundamental até o terceiro ano do Ensino Médio, a Olimpíada do Tesouro Direto de Educação Financeira (Olitef) anunciou, nesta segunda-feira (1), a abertura da edição de 2026.
A competição educacional — criada pela Bolsa de Valores do Brasil e pelo Tesouro Nacional — procura incentivar o aprendizado de finanças pessoais, matemática financeira básica e investimentos entre os jovens.
Muitos estudantes que concluem o ensino médio não têm certeza de como sua formação se conecta ao futuro. Mesmo os mais determinados se deparam com um labirinto de opções, com pouca orientação sobre como as experiências em sala de aula se relacionam com carreiras no mundo real.
Não é de admirar que menos de 30% dos alunos do ensino médio se sintam “muito preparados” para tomar decisões sobre a vida após a formatura, de acordo com um estudo recente.
Não se trata apenas de uma lacuna educacional; trata-se de uma falha econômica. Durante este período de significativa transição econômica, em que o mercado de trabalho exige habilidades especializadas e adaptabilidade, os alunos precisam estar preparados para o que está por vir.
No entanto, isso não acontece, em parte porque o mercado de trabalho está cada vez mais opaco para quem não tem uma rede de contatos estabelecida. Muitas vagas são preenchidas por meio de networking e indicações. Mas poucos jovens têm acesso a esses recursos, e o resultado é uma geração que tenta iniciar suas carreiras por meio de palpites, em vez de orientação. Essa falta de acesso prejudica não apenas a renovação da força de trabalho americana, mas também a competitividade dos Estados Unidos no cenário mundial.
Leia: Duas graduações são vantagem competitiva
Considere o seguinte: cerca de 45% dos empregadores têm dificuldade em preencher vagas de nível inicial — muitas vezes porque os candidatos não possuem as habilidades necessárias, segundo uma pesquisa da McKinsey de 2023. No entanto, quase metade dos recém-formados acaba subempregada, de acordo com o Higher Ed Dive, o que evidencia claramente a discrepância entre a formação acadêmica e as vagas disponíveis.
Ao mesmo tempo, o desinteresse de muitos jovens após a pandemia e o crescente interesse das empresas em contratações baseadas em habilidades e no aumento da automação alteraram o cenário do emprego para sempre.
Para sermos claros, precisamos de uma mudança radical, da contratação reativa à criação pragmática de trajetórias mais intencionais. Vozes bipartidárias clamam por um melhor alinhamento entre a educação básica e as necessidades do mercado de trabalho. Buscar esse alinhamento, por sua vez, oferece oportunidades cruciais para investir em sistemas de orientação profissional e engajamento com empregadores.
Alguns estados já estão demonstrando o que é possível. Na Carolina do Sul, o SC STEM Signing Day homenageia estudantes de todos os condados que escolhem carreiras em STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática), independentemente de estarem cursando uma faculdade de quatro anos, um programa de dois anos ou iniciando um aprendizado especializado.
Leia: 6 tendências que vão redesenhar a universidade até 2030
Esta iniciativa reflete uma verdade mais ampla: o ensino superior é um dos muitos caminhos valiosos, mas não o único.
Iniciativas como a SC Future Makers facilitaram dezenas de milhares de conversas virtuais entre estudantes e profissionais, ajudando os jovens a compreender as conexões reais entre as habilidades adquiridas em sala de aula e os resultados de suas carreiras.
Este modelo, que combina escala digital com relevância local, oferece um roteiro replicável. E está funcionando em outros lugares. A Tallo, uma plataforma de desenvolvimento de carreira, impulsiona dezenas de eventos virtuais para empregadores e campanhas digitais todos os anos, desde mostras regionais até dias de recrutamento nacionais. Em parceria com a AVID e a SME, a Tallo ajudou jovens a conseguir entrevistas de emprego, estágios e obter certificações reconhecidas.
Estados como Indiana e Tennessee também estão encontrando novas maneiras de conectar diplomas a empregos. Por meio de programas como Next Level Jobs e Tennessee Pathways, esses estados incentivam o envolvimento de empregadores na orientação profissional de estudantes do ensino médio e alinham o financiamento ao treinamento baseado em habilidades.
Todos esses modelos enfatizam abordagens escaláveis e bipartidárias, e eles não são apenas muito necessários e possíveis — eles já estão em andamento.
Leia: Abuso de medicação prejudica saúde mental dos jovens
As consequências do desalinhamento de carreira vão além da frustração pessoal — elas se espalham por toda a economia. O descompasso entre jovens e profissionais custa aos contribuintes americanos bilhões de dólares em gastos governamentais e em perda de receita tributária.
Reduzir essa lacuna é, portanto, tanto um imperativo moral quanto uma estratégia econômica. A tecnologia, em última análise, desempenha um papel cada vez mais importante em ajudar os alunos a tomar decisões mais informadas sobre o seu futuro.
É claro que ainda existem obstáculos reais: a escassez de recursos, mentalidades ultrapassadas e políticas antigas muitas vezes atrasam o progresso. No entanto, estados, comunidades e plataformas tecnológicas bem-sucedidas estão demonstrando que é possível construir modelos flexíveis e sustentáveis quando escolas, empregadores e líderes locais se alinham em torno de objetivos comuns: investimento coordenado, parcerias público-privadas e liderança ousada para transformar áreas promissoras em progresso nacional.
Leia: Consequências do fim das ações afirmativas nos EUA
A situação não poderia ser mais crítica. Precisamos de planos de carreira para termos sucesso. Esta é uma geração pronta para agir se lhes dermos as ferramentas necessárias. Isso significa melhores dados, redes mais robustas e caminhos mais claros para o futuro. Vamos substituir o acaso pela estratégia e a confusão pela oportunidade.
Com sistemas mais inteligentes e uma colaboração mais forte, podemos ajudar mais jovens a construir carreiras significativas e a atender às necessidades de uma economia em constante mudança.
*Jason Joseph é o chefe de gabinete corporativo da Stride Inc., uma empresa líder no setor educacional que já atendeu mais de dois milhões de alunos em todo o país.
As AI continues to dominate the news, we know that many parents are wondering how will AI impact their children's education?
If you're a parent or caregiver feeling this way, you're not alone. If you're an educator fielding these questions, you know how complex they can be to answer. Whether you're excited about AI's potential or worried about its impact, most families and schools are trying to figure out how best to navigate this.
Check out the recording and resources for this webinar we hosted in partnership with the National Parents Union to help families understand what's happening, give educators insight into parental perspectives, and together effectively support children's learning in ways that align with both family values and their school's educational approach.
A Yduqs acaba de fazer uma reorganização estrutural em suas marcas ligadas a cursinho preparatório e já fechou também a primeira aquisição na nova roupagem da vertical, dois movimentos que mostram a aposta do grupo educacional na categoria. A companhia está fundindo o grupo Q, que coordena a Qconcursos e a Folha Dirigida, com a Damásio, rede com atuação em cursos ligados a direito há cinco décadas. A reorganização das marcas que já compunham seu portfólio vai resultar na edtech Quest.Edu, focada em cursos preparatórios para concursos, vestibulares e pós-graduação com suporte de inteligência artificial e outras tecnologias educacionais. A Quest.Edu acertou a compra da ProEnem, ProMedicina e EuMilitar, plataformas digitais especializadas em preparação para vestibulares, medicina e concursos militares, respectivamente, que pertenciam ao grupo Sistema Prodígio de Ensino. A transação não incluiu a empresa, apenas essas três marcas. Caio Moretti, um dos pioneiros no uso de IA para educação no país, era o CEO do GrupoQ e passa a CEO da Quest.Edu. A companhia prepara uma maratona no início de novembro, hackathon focado em tecnologia, IA e educação. "Queremos não apenas criar uma empresa de sucesso, mas contribuir ativamente para o desenvolvimento do setor de tecnologia aplicada à educação no Brasil”, diz Moretti. O portfólio da Yduqs conta ainda com Estácio, Ibmec e as escolas de Medicina Idomed.
Na corrida da educação executiva, uma nova escola de negócios quer disputar espaço com instituições como Saint Paul, Insper e Fundação Dom Cabral. Sugestivamente batizada de PIB SP, a proposta da instituição é formar sucessores de empresas familiares, executivos C-level e empreendedores.
A escola é uma sociedade entre dois empresários que já atuam em segmentos educacionais. Mohamad Abou Wadi é sócio de Chaim Zaher no Grupo Kefraya, de educação médica e odontológica, e também é fundador da PIB Education, aberta em 2023, em Itajaí, com cursos de graduação e MBA voltados à gestão e liderança. Já Theo Braga, filho de João Kepler, da Bossa Nova, é fundador da SME Educação, de educação corporativa. A PIB SP – The New College é o início do plano de expansão da marca para até 30 grandes cidades, em parcerias locais, como a firmada com Braga na unidade paulista. Próxima ao Shopping Vila Olímpia, a escola será aberta em 2026, com uma turma de 50 alunos e mensalidades em torno de R$ 10 mil. Na unidade catarinense, a PIB Education tem 200 alunos entre graduação e MBA executivo voltados para liderança e gestão empresarial.
Wadi e Braga, sócios na PIB SP: imersão internacional e contratação como prêmio — Foto: Divulgação O programa vai incluir aulas técnicas, imersões internacionais e mentorias corporativas, com interação e aulas magnas de executivos e donos de grandes empresas. A escola também criou o Prêmio Líderes do Tempo, cujo prêmio é um relógio da Rolex e um cargo de gestão em uma das empresas do grupo.
Ele atraiu o fundador do GuiaBolso e CFO da Arco em sua nova edtech O setor está movimentado. Recentemente, a Saint Paul também anunciou que estreará na graduação em 2026, o segundo investimento de sócios do BTG em faculdades. Em 2021, André Esteves e Roberto Sallouti cofundaram o Inteli, que conta com quatro cursos de graduação ligados à tecnologia, a partir de doações pessoais.
A violência é um fenômeno complexo e multifacetado, ainda mais numa sociedade tão desigual e marcada pelo patriarcalismo escravocrata como o Brasil. Não há uma bala de prata e várias políticas públicas devem ser acionadas para enfrentá-la. Mas, se tivesse um único pedido ao gênio da lâmpada, dando-me o poder de atacar a raiz mais profunda do problema, escolheria a maior proteção e a produção de melhores oportunidades às crianças e jovens do país. Seria sair de um presente cercado pela barbárie e a desesperança, indo para um lugar onde as sementes do futuro se tornariam a prioridade da agenda pública brasileira.
O público infantojuvenil brasileiro, especialmente nos lugares mais vulneráveis, conhece a violência desde cedo. Segundo pesquisa feita pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e o Ipea, 13 crianças e jovens sofreram alguma forma de violência por hora em 2023, num avanço de 36,2% em relação ao ano anterior. Muitas famílias, infelizmente, ainda são um lugar que desde cedo produz agressões contra meninos e meninas, inclusive as de cunho sexual, verdadeira barbárie que marca a nossa sociedade.
A este tipo de universo familiar juntam-se também visões sociais que produzem estímulos violentos os mais variados, como a misoginia incorporada por muitos adolescentes brasileiros. Nos últimos meses, houve notícias de várias formas de ataque às mulheres cometidos por homens jovens, que foram socializados por uma cultura patriarcal violenta. Eles mataram filhas de um homem e jovens mães que têm meninos, mostrando a irracionalidade bruta dos seres misóginos. Não precisa ser um ato do crime organizado para entendermos a existência de uma antessala de valores trágicos que é uma das raízes de tanta violência cometida no país.
Esse caldo de cultura não será resolvido sem políticas públicas que priorizem o desenvolvimento integral de crianças e jovens. Tal processo começa na chamada primeira infância, período que se inicia desde a gestação da mãe e se prolonga até os seis anos de idade. É uma etapa da vida fundamental para o avanço neuronal e para a produção de valores profundos, bem como para dar os primeiros estímulos de conhecimento e sociabilidade. Tanta relevância exige uma forte política intersetorial, tendo no mínimo uma sólida parceria entre educação, saúde e assistência social.
A política da primeira infância alcança tanto a família como as crianças. No primeiro caso, gerando informações aos pais para que tenham melhores condições de cuidar dos filhos - como nas pautas da saúde e da higiene, ou dando apoio assistencial, por exemplo -, além de garantir os direitos humanos desde tenra idade, dado que a violência familiar é uma característica forte em nossa sociedade. Tais políticas podem ser um caminho educador para um padrão de família menos violento e mais propício para o desenvolvimento infantil. Afinal, não há como semear o melhor de meninos e meninas sem ajudar a constituir um entorno familiar e comunitário mais saudável e pacífico.
Múltiplas políticas devem ter uma atuação conjunta para atingir as crianças mais novas e desenvolver suas potencialidades. O acompanhamento da saúde, a garantia de condições básicas de habitabilidade (em termos de moradia, saneamento e segurança) e os primeiros estímulos educacionais são fundamentais para constituir indivíduos que terão mais capacidade de aprendizado, sociabilidade mais estável e saudável, desenvolvimento corporal e neurológico adequados, curiosidade e motivação pela busca do conhecimento.
E aqui volta o tema das raízes da violência: é atuando sobre os primeiros anos de vida que se pode propagar uma visão mais profunda de resolução pacífica dos conflitos, de aceitação da diversidade, de igualdade de gênero e racial, em suma, de respeito efetivo ao próximo. Claro que isso pode se chocar com um ambiente familiar contraditório com tais ideias, dado o legado histórico do patriarcalismo. Por isso que a política da primeira infância precisa cuidar das famílias e das crianças de forma interligada.
O problema é que historicamente tratamos muito mal as crianças e adolescentes. Isso pode ser constatado pelo atraso do processo educacional, que só começou a se tornar universal (isto é, chegar aos mais pobres) no final da década de 1990, ou pela ênfase na criminalização infantojuvenil que perpassa nossa cultura, em vez de criarmos as condições para uma sociedade melhor e menos violenta. Só muito recentemente a primeira infância virou uma pauta do país, ainda que sem a prioridade devida, pois tal investimento é o instrumento mais potente para mudarmos a vida das crianças e de toda a sociedade, inclusive com um forte impacto sobre a violência.
As conquistas recentes da política da primeira infância, vale ressaltar, se deveram a um conjunto pequeno de lideranças sociais e políticas que se mobilizaram muito nos últimos anos. Nesta construção bem-sucedida de agenda de políticas públicas, destaque especial precisa ser dado ao excelente e imprescindível trabalho da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, que completa 60 anos e tem lutado pelo tema desde quando ele não era moda no debate público. Eis um exemplo de que instituições e organizações sociais perenes, baseadas em pesquisa e parceria com gestores públicos, são essenciais para o futuro do país.
Mas o ataque às raízes da violência vai além dos primeiros seis anos de vida. É a partir da adolescência até a juventude que se aprofunda a interligação desse público com a violência. São especialmente garotos pobres e negros, que vivem em comunidades vulneráveis, que constituem o “exército” mobilizado pelo crime organizado brasileiro. Jovens que perderam o interesse pela escola, ou tiveram de trabalhar, ou então não conseguiram avançar em sua trilha escolar. Trata-se, em geral, de uma situação de fracasso da atuação governamental e é, sim, possível reverter esse quadro com um novo modelo de políticas públicas, que possibilite projetos de vidas diferentes da criminalidade para essa faixa etária.
Com a adolescência, começa a haver um descompasso entre o que as políticas públicas oferecem e o que deseja a garotada. Esse fenômeno é muito claro na política educacional, em particular a partir dos anos finais do ensino fundamental. A desmotivação cresce, a autoestima desaba e os que vivem em territórios mais vulneráveis ficam sem sonhos que os permitam crescer individualmente e socialmente.
Duas soluções são centrais para a construção de um futuro melhor à juventude, reduzindo as chances de captura pelo crime organizado. A primeira diz respeito às políticas intersetoriais, enquanto a segunda se relaciona com a criação de habilidades e competências para o mundo do trabalho, numa perspectiva capaz de mostrar que há outras formas de autonomia e inserção na vida adulta.
A primeira forma de mudar esse cenário desesperançoso passa pela criação de um conjunto de políticas intersetoriais que abarquem os que têm entre 12 e 18 anos. O lugar mais propício para essa integração é a escola, especialmente se ela funcionar no tempo integral, possibilitando a articulação entre educação, esporte, cultura e saúde em torno de projetos de vida possíveis e desejáveis. Nesta idade, em vez de inflacionar os conteúdos disciplinares, como se faz no Brasil, a prioridade deveria estar na motivação e engajamento juvenis, ajudando-os a encontrar possíveis talentos e vocações.
Um segundo caminho complementar é o da ênfase, desde o final do ensino fundamental, em habilidades e competências sociais que vão além do saber enciclopédico das matérias e que se articulam, de alguma forma, com o mundo do trabalho. Aprender a trabalhar em grupo, entender a imensa diversidade de possibilidades profissionais, ganhar responsabilidades para cumprir tarefas, saber como usar a tecnologia para resolver problemas e criar coisas novas, entre outros aprendizados, são questões que dariam um novo sentido à formação dos jovens em situação de vulnerabilidade, tanto mais se isso for construído num ambiente gerador de confiança nas pessoas.
Algumas mudanças recentes apontam para esse caminho. O programa Pé-de-Meia, que apoia financeiramente os estudantes do ensino médio conforme um roteiro de tarefas acadêmicas, e a expansão do ensino profissional e tecnológico, com mais recursos e possibilidades variadas de expressão, podem ser antídotos que reduzem a atração do crime organizado. Mas é preciso muito mais, com uma estratégia mais ampla e sistêmica de atuação da primeira infância até a juventude, com muita intersetorialidade, articulação com a vida familiar do público infantojuvenil e diálogo com o mundo do trabalho.
Ainda precisaremos, e muito, de boa polícia, presídios, estratégias de inteligência contra o crime organizado e articulação federativa no campo da segurança pública. Contudo, ao cuidarmos de nossas crianças e jovens estaremos reduzindo vários estímulos à violência e ao crime. Os resultados podem demorar um pouco, só que serão mais certeiros que intervenções tópicas cujo impacto não altera a reprodução do fenômeno. Atacar a raiz do problema é ter um projeto de futuro para o Brasil, especialmente para os seus filhos e netos da desigualdade.
O delineamento sinuoso por áreas de risco geológico, em pista simples e sem sinalizações na maioria da sua extensão, fez com que o trecho da BR-381 entre Governador Valadares (MG) e Belo Horizonte ficasse conhecido como “rodovia da morte”. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) contabilizou 3.960 acidentes, 420 deles fatais, entre 2018 e 2023. A recente concessão, assumida pela 4UM Investimentos após leilão em 2024, prevê melhorias, mas outra alternativa promete ajudar o escoamento desse corredor logístico fundamental para a produção siderúrgica e mineral: uma mini estrada de ferro ligando a região metropolitana da capital mineira à ferrovia que chega ao porto de Itaguaí, no Rio de Janeiro. Sob investimento de R$ 1,5 bilhão, o projeto - batizado de Ramal Ferroviário Serra Azul - é encampado pela Cedro Participações e tem início das obras previsão para 2027, com conclusão estimada para 2030. A projeção é que 25 milhões de toneladas de minério sejam transportadas pelos seus trilhos anualmente, usando cinco trens compostos com até 132 vagões com capacidade de 130 toneladas por carro. Isso significa que cada trem pode retirar 570 caminhões carregados de ferro das estradas. A longo prazo, a Cedro estima que a ferrovia vai retirar 5 mil caminhões por dia da BR-381.
To get content containing either thought or leadership enter:
To get content containing both thought and leadership enter:
To get content containing the expression thought leadership enter:
You can enter several keywords and you can refine them whenever you want. Our suggestion engine uses more signals but entering a few keywords here will rapidly give you great content to curate.