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March 19, 12:05 PM
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Programas atraem meninas para área de exatas e TI

Programas atraem meninas para área de exatas e TI | Inovação Educacional | Scoop.it

A jovem Lívia Maria Sales, de 17 anos, cursa o terceiro ano do ensino médio em Poços de Caldas (MG) e desde pequena acumula troféus de olimpíadas científicas. “Eu me interesso por entender como as coisas funcionam na prática. Com nove anos, já era apaixonada por ciências exatas, graças a uma professora muito boa, que me ajudou a ser mais curiosa e a querer aprender”, conta Lívia, que está decidindo que carreira seguir. “Pode ser a área de TI aplicada à medicina, mas também gosto de perícia criminal, porque usamos química e física em várias situações, como no estudo de pólvora, balística de tiro e análise de DNA.”
Oferecer oportunidades a outras jovens como Lívia, de maneira a aumentar a presença feminina nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática (Stem, na sigla em inglês), é o que move a idealizadora do projeto “Ciência, Coisa de Menina”, Renata Piacentini Rodriguez, professora de engenharia ambiental na Universidade Federal de Alfenas-campus Poços de Caldas (Unifal-MG).
A presença feminina nas áreas científicas ainda é limitada, sendo que as mulheres representam 34% da força de trabalho global e cerca de 35% das matrículas em cursos relacionados no Brasil, segundo dados da Unesco.
Em 2024, Lívia participou de um projeto promovido pela sua escola em parceria com o “Ciência, Coisa de Menina”, que propunha palestras ao longo de um ano para familiarizar as estudantes com o universo das Stem. O diploma que ganhou na ocasião, por participar da apresentação de uma docente de química forense da Universidade de Brasília (UnB), veio se somar a muitos outros que comprovam seu interesse pela área.
Agora, o alcance do programa será ampliado. Recém-contemplada com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), no valor de R$ 1,2 milhão, a iniciativa de Rodriguez visa combater a desigualdade social, despertando o interesse de quem estuda em escola pública. Por três anos, o projeto vai se estender a cinco Estados das regiões Sul, Sudeste e Nordeste.
“O objetivo é desconstruir a ideia de que as ciências exatas não são para mulheres e encorajar as meninas a vislumbrar uma oportunidade de carreira na área”, conta Rodriguez. Além de criar um espaço de aproximação, fortalecimento e empoderamento das estudantes - preferencialmente pardas, negras e indígenas, conforme exigência do CNPq -, a rede de 19 docentes que compõe o “Ciência, Coisa de Menina” pretende lançar luz sobre questões como a violência de gênero e o racismo. Capacitar professoras da rede básica de ensino é outra frente.
Outro projeto contemplado pelo CNPq nos mesmos moldes é o “Empoderando futuros: construindo uma rede nacional para meninas e mulheres na área de Stem”, que a professora Graziela Simone Tonin, do Insper, coordena. O objetivo é criar uma rede nacional envolvendo incubadoras, institutos federais, entidades estudantis, polos tecnológicos, ONGs, iniciativas sociais e comunidades vulneráveis. As ações compreendem de bolsas de iniciação científicas e oficinas a programas de capacitação de educadores e multiplicadores em comunidades carentes, e coleta de dados para propor políticas públicas assertivas.
Por conta de sua interface com outras especializações, a área de TI costuma atrair o interesse dos mais jovens. É por esse motivo que a Sociedade Brasileira de Computação (SBC) criou, por meio do seu programa Meninas Digitais, o RENACEE-MD, Rede Nacional de Educação e Extensão. A proposta, igualmente aprovada pelo CNPq, “visa aumentar o interesse de meninas e mulheres pela computação, apoiar estudantes na área e familiarizar alunas, docentes e a comunidade com o mundo da computação e seus desafios”, explica a professora da Universidade Federal Fluminense (UFF) Luciana Salgado, coordenadora do RENACEE-MD e do comitê gestor do programa Meninas Digitais da SBC.
A iniciativa abrange 23 Estados e se aplica a escolas e instituições de ensino superior públicas, preferencialmente localizadas em regiões carentes, oferecendo bolas de estudo a professoras, alunas de educação básica, universitárias e pesquisadoras.
Baseada na constatação de que há mais de 500 mil vagas em TI que não são preenchidas no Brasil, conforme relatório da Google for Startups, a proposta do MCIO Brasil - associação sem fins lucrativos composta por 419 executivas - atua em algumas frentes para ampliar a representatividade feminina, como a parceria com escolas técnicas (Etecs) para oferecer cursos gratuitos e eventos de TI. “Buscamos incentivar nossas parceiras para que atuem como instrutoras e as encorajamos a realizar podcasts, webinars e palestras”, explica a presidente Walkiria Marchetti.
Outra frente são parcerias com empresas como Microsoft e Oracle, para capacitação de jovens para trabalhar na área. Em 2024, o MCIO habilitou 238 mulheres em cibersegurança, robótica e desenvolvimento de software.

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Curadoria por Luciano Sathler. CLIQUE NOS TÍTULOS. Informação que abre caminhos para a inovação educacional.
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September 10, 2024 9:19 AM
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Igualdade Artificial, um risco para a educação. Por Luciano Sathler

Igualdade Artificial, um risco para a educação. Por Luciano Sathler | Inovação Educacional | Scoop.it

O que acontece quando a maioria faz uso de uma IA para realizar suas atividades laborais? E, no caso dos estudantes, quando os trabalhos passam a ser produzidos com o apoio de uma IA generativa?
Luciano Sathler
É PhD em administração pela USP e membro do Conselho Deliberativo do CNPq e do Conselho Estadual de Educação de Minas Gerais
As diferentes aplicações de Inteligência Artificial (IA) generativa são capazes de criar novos conteúdos em texto, imagens, áudios, vídeos e códigos para software. Por se tratar de um tipo de tecnologia de uso geral, a IA tende a ser utilizada para remodelar vários setores da economia, com impactos políticos e sociais, assim como aconteceu com a adoção da máquina a vapor, da eletricidade e da informática.
Pesquisas recentes demonstram que a IA generativa aumenta a qualidade e a eficiência da produção de atividades típicas dos trabalhadores de colarinho branco, aqueles que exercem funções administrativas e gerenciais nos escritórios. Também traz maior produtividade nas relações de suporte ao cliente, acelera tarefas de programação e aprimora mensagens de persuasão para o marketing.
O revólver patenteado pelo americano Samuel Colt, em 1835, ficou conhecido como o "grande equalizador". A facilidade do seu manuseio e a possibilidade de atirar várias vezes sem precisar recarregar a cada disparo foram inovações tecnológicas que ampliaram a possibilidade individual de ter um grande potencial destrutivo em mãos, mesmo para os que tinham menor força física e costumavam levar desvantagem nos conflitos anteriores. À época, ficou famosa a frase: Abraham Lincoln tornou todos os homens livres, mas Samuel Colt os tornou iguais.
Não fazemos aqui uma apologia às armas. A alegoria que usamos é apenas para ressaltar a necessidade de investir na formação de pessoas que sejam capazes de usar a IA generativa de forma crítica, criativa e que gerem resultados humanamente enriquecidos. Para não se tornarem vítimas das mudanças que sobrevirão no mundo do trabalho.
A IA generativa é um meio viável para equalizar talentos humanos, pois pessoas com menor repertório cultural, científico ou profissional serão capazes de apresentar resultados melhores se souberem fazer bom uso de uma biblioteca de prompts. Novidade e originalidade tornam-se fenômenos raros e mais bem remunerados.
A disseminação da IA generativa tende a diminuir a diversidade, reduz a heterogeneidade das respostas e, consequentemente, ameaça a criatividade. Maior padronização tem a ver com a automação do processo. Um resultado que seja interessante, engraçado ou que chama atenção pela qualidade acima da média vai passar a ser algo presente somente a partir daqueles que tiverem capacidade de ir além do que as máquinas são capazes de entregar.
No caso dos estudantes, a avaliação da aprendizagem precisa ser rápida e seriamente revista. A utilização da IA generativa extrapola os conceitos usualmente associados ao plágio, pois os produtos são inéditos – ainda que venham de uma bricolagem semântica gerada por algoritmos. Os relatos dos professores é que os resultados melhoram, mas não há convicção de que a aprendizagem realmente aconteceu, com uma tendência à uniformização do que é apresentado pelos discentes.
Toda Instituição Educacional terá as suas próprias IAs generativas. Assim como todos os professores e estudantes. Estarão disponíveis nos telefones celulares, computadores e até mesmo nos aparelhos de TV. É um novo conjunto de ferramentas de produtividade. Portanto, o desafio da diferenciação passa a ser ainda mais fundamental diante desse novo "grande equalizador".
Se há mantenedores ou investidores sonhando com a completa substituição dos professores por alguma IA já encontramos pesquisas que demonstram que o uso intensivo da Inteligência Artificial leva muitos estudantes a reduzirem suas interações sociais formais ao usar essas ferramentas. As evidências apontam que, embora os chatbots de IA projetados para fornecimento de informações possam estar associados ao desempenho do aluno, quando o suporte social, bem-estar psicológico, solidão e senso de pertencimento são considerados, isso tem um efeito negativo, com impactos piores no sucesso, bem-estar e retenção do estudante.
Para não cair na vala comum e correr o risco de ser ameaçado por quem faz uso intensivo da IA será necessário se diferenciar a partir das experiências dentro e fora da sala de aula – online ou presencial; humanizar as relações de ensino-aprendizagem; implementar metodologias que privilegiem o protagonismo dos estudantes e fortaleçam o papel do docente no processo; usar a microcertificação para registrar e ressaltar competências desenvolvidas de forma diferenciada, tanto nas hard quanto soft skills; e, principalmente, estabelecer um vínculo de confiança e suporte ao discente que o acompanhe pela vida afora – ninguém mais pode se dar ao luxo de ter ex-alunos.
Atenção: esse artigo foi exclusivamente escrito por um ser humano.
O editor, Michael França, pede para que cada participante do espaço "Políticas e Justiça" da Folha sugira uma música aos leitores. Nesse texto, a escolhida por Luciano Sathler foi "O Ateneu" de Milton Nascimento.

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Today, 3:24 PM
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Em escola onde MEC diz ter internet adequada, alunos usam até Pé-de-Meia para pagar conexão

Em escola onde MEC diz ter internet adequada, alunos usam até Pé-de-Meia para pagar conexão | Inovação Educacional | Scoop.it
Unidade da zona rural de Brasília não tem wifi suficiente para atividades pedagógicas e MEC diz usar diferentes fontes de informação para indicar velocidade da rede; procurada, Secretaria da Educação do DF não se manifestou
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Today, 3:20 PM
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Ministro da Educação convoca reunião sobre falha na internet das escolas: ‘Queremos dados reais’

Ministro da Educação convoca reunião sobre falha na internet das escolas: ‘Queremos dados reais’ | Inovação Educacional | Scoop.it
MEC infla dados para melhorar qualidade de conexão de escolas à internet prometida por Lula
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Today, 8:39 AM
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Maga usa antissemitismo para atacar a liberdade acadêmica | Mundo

Para o movimento Trump, as universidades são o coração do establishment esquerdista americano
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Today, 8:31 AM
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O “AI washing” e seu impacto no mercado global

O “AI washing” e seu impacto no mercado global | Inovação Educacional | Scoop.it

Nos últimos anos, a inteligência artificial (IA) se tornou um dos temas mais discutidos no mercado tecnológico e empresarial, impulsionando inovações significativas em diversos setores. No entanto, o crescimento exponencial do desenvolvimento tecnológico e a alta demanda de consumo diferenciado originaram o fenômeno conhecido como “AI Washing”, termo que descreve a prática em que empresas exageram ou até distorcem o uso de IA em seus produtos e serviços, muitas vezes com o objetivo de parecerem mais inovadoras ou tecnológicas do que realmente são.
Em um cenário em que muitas organizações começam a incluir a palavra “IA” em seus lançamentos e ofertas, mesmo quando a tecnologia não é essencial ou não agrega valor real, o “AI Washing” se torna um verdadeiro desafio tanto para os consumidores quanto para as empresas que realmente investem em soluções tecnológicas de ponta. Aqui, o problema central é a desconfiança que a prática gera no consumidor, uma vez que o uso indiscriminado do termo “IA”, sem uma base sólida ou uma implementação genuína da tecnologia, cria um ambiente de ceticismo que acaba dificultando a diferenciação entre soluções verdadeiramente inovadoras e aquelas que são apenas uma fachada de marketing.
Além de gerar expectativas irreais sobre o que a IA pode realizar, a prática resulta em um significativo desperdício de recursos, pois muitas empresas têm preferido investir em “IAs de fachada”, desviando atenção e recursos de projetos que realmente poderiam oferecer melhorias significativas ao mercado. Tal artifício, aliado à falta de uma regulamentação clara sobre o uso de IA no Brasil, abre espaço para práticas enganosas, o que prejudica ainda mais a confiança no mercado e a inovação genuína.
Com a crescente competitividade no mercado e a pressão para se destacar, é provável que o “AI Washing” se torne ainda mais comum em 2025, à medida que mais empresas tentam capitalizar a popularidade e o prestígio da inteligência artificial. Nesse contexto, é essencial que consumidores e profissionais da área de tecnologia estejam atentos a essas práticas, desenvolvendo a capacidade de identificar soluções que realmente utilizam IA de forma legítima e ética.
O fenômeno do “AI Washing”, claro, não é exclusivo da prática comercial brasileira. Na verdade, ele nasce a partir de um cenário de intensa competição global, em que países e corporações estão em uma verdadeira corrida para estar à frente dos desenvolvimentos em inteligência artificial. Na disputa pela liderança no setor, potências como os Estados Unidos e China vêm travando batalhas comerciais há anos. Em janeiro de 2025, o mundo inteiro acompanhou o lançamento da IA chinesa DeepSeek, que causou à Nvidia, empresa norte-americana de chips ultrapotentes, uma perda de aproximadamente US$ 600 bilhões em valor de mercado, uma das maiores quedas na história.
Considerando que a inovação é fator crucial para a competitividade, empresas de países desenvolvidos e emergentes têm recorrido às práticas de “AI Washing”, a fim de viabilizar ou mesmo reforçar a percepção de inovação de seus produtos e serviços. Em um cenário de alta pressão para liderar a revolução digital, a concorrência não se resume apenas ao desenvolvimento autêntico de tecnologias de IA, mas também à construção de uma imagem corporativa de empresa tecnologicamente avançada, mesmo quando essa imagem não se baseie em soluções tecnológicas efetivas.
No cenário global, a União Europeia (UE) e os Estados Unidos têm demonstrado crescente preocupação com o “AI Washing”, adotando medidas legais para combater práticas enganosas no uso de tecnologias emergentes. A UE, por meio de legislações como a Lei Austríaca sobre Concorrência Desleal, proíbe alegações falsas sobre as capacidades da IA assegurando a transparência nas práticas empresariais. Nos EUA, a Comissão Federal de Comércio (FTC) também atua contra práticas comerciais desleais, punindo empresas que fazem promessas falsas sobre inovações de IA visando proteger os consumidores de enganos.
Com atuação semelhante ao Procon no Brasil, a FTC entrou com processo contra a empresa Evolv Technologies, acusada de fazer alegações enganosas sobre a eficácia de seu sistema de detecção de armas com IA, que hoje já é utilizado em diversas escolas e estádios esportivos norte-americanos. A FTC concluiu que a tecnologia não funciona como afirmado pela empresa e, como resultado, a companhia firmou um acordo para corrigir suas práticas de marketing e ser transparente sobre sua tecnologia.
No setor financeiro, o “AI Washing” tem gerado preocupações adicionais. Recentemente, Gary Gensler, que deixou a presidência da Securities and Exchange Commission (SEC) em janeiro deste ano, fez um alerta sobre as empresas que exageram o uso de IA em seus serviços financeiros e se apresentam como líderes tecnológicos, mas utilizam ferramentas simples como “business intelligence” ou algoritmos básicos. A SEC já está tomando medidas para regulamentar o uso de IA no setor financeiro, especialmente no que diz respeito aos “robo-advisors”, e propôs novas regras para evitar práticas que possam resultar em viés discriminatório, como nas decisões de concessão de crédito e seguros.
No Brasil, o debate também tem ganhado força. O Projeto de Lei 2.338/2023, que visa garantir o uso responsável da IA, já foi aprovado pelo Senado Federal e foi encaminhado à Câmara dos Deputados para aprovação.
Ainda que o cenário legislativo brasileiro esteja em desenvolvimento, é fundamental que as autoridades promovam uma regulamentação ágil e eficaz, acompanhando a evolução tecnológica e promovendo um ambiente de inovação transparente. Em um mundo digital e automatizado, é urgente que tanto as autoridades regulamentadoras quanto o mercado consumidor estejam mais conscientes de práticas anticoncorrenciais como o “AI Washing”.

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Today, 8:29 AM
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MEC cria exame para curso de medicina | Empresas

Duas semanas após o Ministério da Educação (MEC) divulgar que apenas seis cursos de medicina obtiveram nota máxima, a pasta anunciou, ontem, a criação de um exame para avaliar a qualidade dessa graduação. A prova, destinada aos alunos do último ano, será obrigatória e a primeira edição acontece já em outubro.

As companhias de ensino superior listadas lideraram ontem as perdas do Ibovespa, que fechou em alta de 1,34%. A maior desvalorização veio da Cogna com queda de 9,23%, seguida de Yduqs, que caiu 6,38%. Fora do indicador, os papéis de Ânima e Cruzeiro do Sul perderam 1,62% e 0,52%, respectivamente. A exceção foi a Ser Educacional que subiu 5,66%. Uma das razões que pode explicar o grupo ter ir na contramão é que boa parte de seus cursos de medicina foi aberta recentemente e, portanto, há menos alunos elegíveis à nova prova.

Os papéis de educação operavam em alta na manhã de ontem e viraram para o terreno negativo no começo da tarde, logo após o anúncio do MEC. A nova avaliação - batizada como Exame Nacional de Avaliação da Formação Médica (Enamed) - é vista por parte do setor como um limitador de expansão. Cursos classificados com notas baixas com frequência podem ser fechados e deixam de ser elegíveis a programas como Fies (financiamento estudantil) e ProUni.

“O Semesp [sindicato do ensino superior] considera essencial que o novo exame não seja apenas um instrumento de controle, mas que funcione como um indutor de boas práticas acadêmicas, estimulando a melhoria permanente dos cursos”. Para a entidade já há outros exames para avaliação de cursos como Enade, Revalida e Enare.

Na visão de outras entidades, como a Associação Nacional das Universidades Particulares (Anup), “um exame anual percorrendo todas as especialidades eleva a qualidade da avaliação e compromete as escolas com a formação médica”.

A nova avaliação também servirá para ingresso em programas de residência. Essa prova vai substituir a etapa teórica do Enare (Exame Nacional de Residência Médica). Hoje, os estudantes do último ano da graduação fazem o Enade, que é obrigatório, mas a pontuação obtida não impacta sua carreira profissional. Essa pontuação afeta só os cursos, que são avaliados também pela nota do aluno.

“Historicamente, muitos estudantes não atribuíam ao Enade o devido valor, dado que o resultado não repercutia em suas vidas acadêmicas. Isso gerava descompasso na avaliação da qualidade dos cursos, pois comprometia a fidedignidade dos resultados. O Enamed rompe com esse ciclo. Ao atrelar a nota do estudante ao acesso à residência, cria-se um incentivo real para que ele se dedique integralmente ao exame, permitindo que o desempenho reflita, de fato, seu conhecimento acumulado”, disse o médico Silvio Pessanha, presidente do Idomed, braço de medicina da Yduqs.

A estimativa é de que a avaliação seja realizada por 42 mil estudantes, entre concluintes de medicina e aqueles interessados em acessar programas de residência médica com a nota obtida no exame. Serão 300 cursos de medicina avaliados em todo o Brasil, com aplicação das provas em 200 municípios.
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April 23, 3:58 PM
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AI and Education: Building the Future Through Digital Transformation

AI and Education: Building the Future Through Digital Transformation | Inovação Educacional | Scoop.it
For decades, technology has been promoted as a solution to educational challenges in Latin America and the Caribbean, with early enthusiasm suggesting that digital tools could revolutionize access and learnings. However, real-world implementation has revealed mixed results, with a lack of pedagogical integration and infrastructure hindering their impact. As artificial intelligence (AI) emerges as the next frontier in education, the digital transformation of education presents both opportunities and risks. This tension raises an urgent question: can AI become the transformative force it promises to be, or will it face the same challenges that have hindered previous technological innovations?
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April 23, 3:52 PM
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Upskilling e Reskilling: como essas tendências vão moldar sua carreira e o futuro do trabalho

Upskilling e Reskilling: como essas tendências vão moldar sua carreira e o futuro do trabalho | Inovação Educacional | Scoop.it
Estive recentemente no Wharton People Analytics Conference 2025, onde o tema central foi — como não poderia deixar de ser — o impacto da tecnologia e dos dados sobre a área de pessoas. Logo na primeira palestra, Michael Fraccaro, CHRO da Mastercard, deixou claro que upskilling e reskilling são as palavras-chave do momento. Segundo ele, a disrupção tecnológica, especialmente a Inteligência Artificial, está redefinindo as competências exigidas no mercado. Ignorar esse movimento pode resultar em uma força de trabalho desatualizada e desconectada das novas demandas.
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April 23, 3:49 PM
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Crescem matrículas de alunos com transtorno do espectro autista —

Crescem matrículas de alunos com transtorno do espectro autista — | Inovação Educacional | Scoop.it
Proporção desses estudantes aumentou 44,4% na educação básica. Dados são do Censo Escolar 2024, divulgado este mês pelo Ministério da Educação, por meio do Inep. Inclusão é prioridade para a pasta
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April 23, 3:19 PM
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A arte de começar: um guia descomplicado para construir sua unidade de IA

A arte de começar: um guia descomplicado para construir sua unidade de IA | Inovação Educacional | Scoop.it
Pensando na sua empresa, vamos agrupar as atividades em dois grandes grupos: estratégia e tática operacional.

Estratégia basicamente trata de para onde vamos (objetivos corporativos), o que vamos ofertar em serviços e produtos (portfolio), com quem vamos concorrer (ecossistema), quem são nossos clientes (segmentação) e o que queremos que pensem de nós (posicionamento).

Já as atividades tático-operacionais tratam de colocar isso em prática no dia a dia, miram em executar nossa estratégia.

Vamos começar tratando de estratégia, e para isso vamos usar análise de dados (Data Science e Analytics), que é o primeiro quadrante em que a IA faz diferença na vida das empresas.

Os dados que utilizaremos vêm das atividades executadas em nossas empresas, ou seja, do “realizado”. Esses dados são “produzidos” pelas atividades da empresa em seus movimentos passados, seja recente (mês passado) ou intervalos que abranjam um passado mais distante (ano anterior).

Quando bem “estudados”, podem aprimorar a tática (execução), corrigir erros estratégicos e táticos, e mais tarde se transformar em novas estratégias. Se nosso cliente, usuário de nossos produtos e serviços, enxergar vantagens em atividades que primariamente não pensávamos que produzisse valor, é da tática operacional que podem surgir novas estratégias.

Essa separação tem como objetivo levar nosso leitor, empresário de qualquer porte ou executivo em empresas, a percorrer a jornada completa do uso das novas tecnologias.

Uma vez observado o comportamento dos números, podem-se criar estratégias e atividades tático operacionais que se utilizem de automações rígidas (rule-based), aprendizado de máquina (machine e deep learning) e inteligência artificial generativa (GenAI).
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April 23, 3:17 PM
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Microlearning In 2025: The Basics, Science, Trends, And More

Microlearning In 2025: The Basics, Science, Trends, And More | Inovação Educacional | Scoop.it

Microaprendizagem em 2025: o básico, a ciência, as tendências e
muito mais
Descubra como o microlearning está transformando o treinamento corporativo com conteúdo
envolvente e de tamanho reduzido. Explore seus benefícios, tendências que moldam o microlearning em
2025 e a ciência que impulsiona as soluções de microlearning.
Microaprendizagem em 2025: onde a ciência encontra o engajamento
O treinamento corporativo passou por uma transformação significativa na última década. Os
programas de treinamento tradicionais estão sendo cada vez mais substituídos por abordagens ágeis,
envolventes e orientadas a resultados. A força de trabalho moderna, caracterizada por profissionais
digitais em primeiro lugar e com tempo limitado, exige soluções de aprendizagem que sejam rápidas,
acessíveis e altamente relevantes para suas funções. Além disso, a ascensão da IA, automação e funções
de trabalho em evolução exigem qualificação e requalificação contínuas. É aqui que o microaprendizado
surge como um divisor de águas .
Algumas ideias práticas:
De acordo com a curva de esquecimento de Ebbinghaus, as pessoas tendem a esquecer até 50% do
que aprendem em uma hora e 90% em um mês. [1]
A capacidade de atenção está diminuindo, tornando longas sessões de treinamento ineficazes.
Os alunos preferem conteúdo flexível e compatível com dispositivos móveis que se adapte às suas
agendas ocupadas.
Em resposta, as principais organizações estão mudando para o microaprendizado, que se alinha com
o modelo de aprendizado "just-in-time" — entregando informações precisas no momento da necessidade.
Como profissionais de L&D, o desafio não é apenas entregar treinamento, mas garantir que ele seja
mantido e se traduza em melhorias de desempenho.
O microaprendizado, quando implementado estrategicamente, atinge esse objetivo promovendo o
aprendizado contínuo de uma forma personalizada, envolvente e escalável.
Microaprendizagem vs. Abordagens de treinamento tradicionais
O que é microlearning? Microlearning é um formato de treinamento corporativo que oferece módulos
de aprendizado curtos e focados, projetados para atender a um objetivo de aprendizado específico.
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Diferentemente dos métodos de treinamento tradicionais, que geralmente exigem horas ou até dias
para serem concluídos, o microaprendizado se concentra em experiências de aprendizado rápidas e
concisas que os alunos podem absorver em apenas alguns minutos.
O microlearning é fundamentalmente diferente dos métodos de treinamento tradicionais de várias
maneiras. Aqui está uma comparação:
A ciência por trás da microaprendizagem
O microaprendizado não é apenas uma tendência — ele é apoiado por uma sólida ciência cognitiva
que explica por que ele melhora a retenção e o engajamento. Entender como o cérebro processa e retém
informações ajuda os gerentes de L&D a projetar programas de treinamento corporativo mais eficazes.
Teoria da Carga Cognitiva: Reduzindo a Sobrecarga, Melhorando a Aprendizagem
O cérebro humano tem capacidade cognitiva limitada, o que significa que ele só pode processar uma
certa quantidade de informação de cada vez. A Teoria da Carga Cognitiva (CLT) afirma que quando os
alunos são sobrecarregados com muita informação, a retenção e a compreensão sofrem. [2]
O microaprendizado combate a sobrecarga cognitiva ao entregar pequenos e focados pedaços de
conteúdo, permitindo que os alunos absorvam informações de forma mais eficaz. Essa abordagem garante
que o conhecimento seja processado, armazenado e recuperado de forma eficiente, em vez de ser
esquecido devido à tensão mental excessiva.
Imagine treinar funcionários sobre as melhores práticas de segurança cibernética. Uma sessão de
treinamento tradicional de três horas pode sobrecarregá-los com muita informação de uma só vez. Em vez
disso, uma série de módulos curtos de microaprendizagem (por exemplo, vídeos de cinco minutos sobre
phishing, segurança de senha e prevenção de malware) aumentaria a compreensão e a recordação.
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Repetição espaçada: reforçando a aprendizagem ao longo do tempo
A repetição espaçada é uma técnica de aprendizado que envolve espalhar sessões de aprendizado em
intervalos para melhorar a retenção a longo prazo. Em vez de abarrotar informações de uma só vez, os
alunos revisitam conceitos-chave em intervalos estratégicos, fortalecendo os caminhos da memória e
prevenindo a curva do esquecimento.
A microaprendizagem integra a repetição espaçada por meio de:
Fornecendo conhecimento em pequenas explosões ao longo do tempo
Reforçando periodicamente por meio de questionários, flashcards e aprendizagem baseada em
cenários
Garantir a prática de recuperação para fortalecer a memória de longo prazo
Exemplo: em vez de uma sessão de treinamento anual sobre políticas de conformidade, a
microaprendizagem pode oferecer questionários de reforço semanais, desafios baseados em cenários e
vídeos curtos de atualização para garantir que os funcionários retenham e apliquem as informações de
forma eficaz.
O poder do aprendizado just-in-time
O microaprendizado oferece suporte ao aprendizado just-in-time (JIT), onde os funcionários podem
acessar conteúdo relevante precisamente quando precisam. Isso fornece soluções instantâneas para
desafios do mundo real sem interromper o fluxo de trabalho.
Exemplo: Um executivo de vendas se preparando para uma reunião com um cliente pode precisar de
uma rápida atualização sobre técnicas de negociação. Em vez de passar por horas de material de
treinamento, eles podem assistir a um vídeo de microaprendizagem de três minutos ou concluir um
módulo interativo baseado em cenários para orientação imediata.
Aprendizagem ativa e engajamento
Os métodos tradicionais de aprendizagem geralmente envolvem consumo passivo (por exemplo, ler
manuais longos ou assistir a palestras longas), o que resulta em menor engajamento e retenção. O
microaprendizado, por outro lado, promove o aprendizado ativo por meio de várias estratégias:
Em vez de ler um documento de 20 páginas sobre segurança no local de trabalho, os alunos podem
passar por um módulo de microaprendizagem interativo e gamificado , onde identificam perigos em um
ambiente de trabalho simulado, aumentando o engajamento e a retenção.
Microaprendizagem para engajamento e desempenho
No ambiente corporativo acelerado de hoje, os programas de treinamento devem fazer mais do que
apenas fornecer informações — eles devem envolver os alunos e impulsionar o desempenho no mundo
real. O microaprendizado se destaca em ambas as áreas ao oferecer experiências de aprendizado rápidas,
focadas e interativas que se alinham com as necessidades dos funcionários.
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Por que a microaprendizagem ressoa com os alunos modernos
Funcionários modernos, especialmente em organizações globais, enfrentam desafios únicos:
Períodos curtos de atenção. Com constantes distrações digitais, os funcionários têm dificuldade para
se concentrar em longas sessões de treinamento.
Restrições de tempo no local de trabalho. Os funcionários geralmente não têm horas para se dedicar
ao treinamento.
Necessidade de aprendizado sob demanda. Os funcionários querem acesso imediato a conhecimento
relevante ao enfrentar desafios do mundo real.
Preferência por aprendizagem móvel. Muitos profissionais preferem aprender em seus smartphones
durante intervalos ou deslocamentos.
O microaprendizado atende a essas demandas ao oferecer conteúdo curto, envolvente e compatível
com dispositivos móveis, que se integra perfeitamente ao fluxo de trabalho do funcionário.
Como a microaprendizagem impulsiona o engajamento
As soluções de microaprendizagem se destacam por sua capacidade de capturar e sustentar a atenção
do aluno, tornando o treinamento mais envolvente e impactante. Aqui estão algumas maneiras pelas quais
a microaprendizagem promove o engajamento do aluno:
Elementos interativos. Recursos interativos como atividades de arrastar e soltar, simulações e
cenários de ramificação incentivam a participação ativa do aluno.
Gamificação para motivação. O microaprendizado pode incorporar elementos de jogo como tabelas
de classificação, emblemas e desafios, promovendo competição saudável e motivação.
Experiências ricas em multimídia. Visuais envolventes, vídeos curtos, infográficos e clipes de áudio
criam experiências de aprendizagem dinâmicas que atendem a diferentes preferências de aprendizagem.
Aplicação no mundo real. Os módulos de microaprendizagem são frequentemente baseados em
aplicações, ajudando os alunos a conectar o conteúdo do treinamento às suas tarefas e desafios do dia a
dia.
Feedback imediato. Quizzes rápidos, flashcards e avaliações fornecem feedback imediato, reforçando
o aprendizado e mantendo os alunos motivados a continuar.
Tendências de microaprendizagem em 2025
O cenário de aprendizagem corporativa continua a evoluir, e o microlearning está na vanguarda dessa
transformação. À medida que a tecnologia avança e as expectativas dos funcionários mudam, os líderes
de L&D devem ficar à frente das últimas tendências para criar experiências de aprendizagem impactantes.
Aqui estão as principais tendências de microaprendizagem para 2025 que moldarão o futuro do
treinamento no local de trabalho.
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1. Design e desenvolvimento rápido com ferramentas de IA
À medida que os profissionais de L&D buscam entregar experiências de microaprendizagem de alta
qualidade rapidamente, ferramentas de IA como ChatGPT , Synthesia, Vyond se tornarão inestimáveis
para agilizar o design e o desenvolvimento. Plataformas alimentadas por IA podem automatizar a criação
de conteúdo, incluindo a geração de caminhos de aprendizagem personalizados, a elaboração de
questionários e até mesmo a produção de mídia interativa, como vídeos e gráficos. Isso reduz o tempo
gasto em trabalho de design manual e permite que os designers instrucionais se concentrem na estratégia
e no refinamento. A IA também pode prever lacunas de conteúdo, sugerindo material relevante com base
no comportamento dos alunos, melhorando a velocidade e a relevância da entrega do conteúdo.
2. Gamificação 2.0
Embora a gamificação tenha sido um impulsionador essencial do engajamento no microaprendizado,
2025 verá uma integração mais avançada da mecânica do jogo. Além dos tradicionais placares e
emblemas, veremos ambientes imersivos semelhantes a jogos que permitem que os alunos participem
ativamente de sua jornada de aprendizado. Recursos como narrativa interativa, cenários de decisão
ramificados e loops de feedback em tempo real tornarão a experiência de aprendizado mais dinâmica.
Com desafios gamificados que espelham tarefas do mundo real, os alunos poderão ver seu progresso,
ganhar recompensas por concluir marcos e até mesmo competir com colegas, tornando a experiência mais
divertida e motivadora.
3. Módulos de microaprendizagem com foco em vídeo
O vídeo continuará a reinar como uma ferramenta poderosa para microaprendizagem, mas o formato
evoluirá para incorporar elementos interativos que envolvam ainda mais os alunos. Vídeos curtos e
direcionados integrarão questionários, pontos de decisão clicáveis e interações baseadas em cenários,
permitindo que os alunos apliquem seus conhecimentos em tempo real. Esses vídeos interativos podem
oferecer feedback personalizado dependendo das escolhas do aluno, tornando a experiência de
aprendizagem mais imersiva e aplicável a situações da vida real. Com o uso crescente de dispositivos
móveis e fácil acesso a ferramentas de vídeo de alta qualidade, os vídeos de microaprendizagem
continuarão a ganhar popularidade por sua versatilidade e eficácia no desenvolvimento de habilidades.
4. Suporte de desempenho com tecnologia de IA
O microaprendizado evoluirá para oferecer ferramentas de suporte de desempenho em tempo real,
orientadas por IA, que fornecem aos alunos informações e orientações na hora certa, ajudando-os a
aplicar o conhecimento imediatamente em seu ambiente de trabalho. Essas ferramentas fornecerão
respostas instantâneas, dicas e orientações diretamente nos fluxos de trabalho dos alunos, garantindo que
eles possam aplicar o conhecimento recém-adquirido imediatamente. Por exemplo, chatbots de IA ou
assistentes virtuais podem aparecer durante tarefas relacionadas ao trabalho para fornecer ajuda sensível
ao contexto, oferecendo recursos como vídeos curtos, infográficos ou guias de instruções quando um
aluno mais precisa deles. Esse suporte contextual em tempo real reduz a necessidade de longas sessões de
treinamento, tornando o aprendizado contínuo e mais facilmente aplicado às atividades de trabalho do dia
a dia.
5. Experiências de aprendizagem adaptáveis
Página 106 de 107
O microaprendizado alavancará cada vez mais a tecnologia de aprendizado adaptável, ajustando a
entrega de conteúdo com base no progresso, comportamentos e desempenho do aluno, garantindo uma
experiência de treinamento mais eficiente e personalizada. Essa adaptação em tempo real permite que os
alunos se envolvam com material que não é nem muito fácil nem muito difícil, encontrando o equilíbrio
certo para otimizar os resultados do aprendizado. Por exemplo, se um aluno tiver dificuldades com um
conceito específico, a plataforma pode oferecer módulos de microaprendizado adicionais ou exercícios
práticos para reforçar esse tópico. O aprendizado adaptável fornece uma abordagem altamente
personalizada ao treinamento, permitindo que cada aluno siga seu próprio caminho de aprendizado.
Implementando Microlearning com Sucesso em 2025
À medida que as organizações navegam no cenário em evolução do aprendizado corporativo, o
microaprendizado surgiu como a estratégia de referência para fornecer treinamento envolvente, eficiente e
orientado a resultados. Os líderes de L&D devem adotar o microaprendizado como uma ferramenta
estratégica para impulsionar a retenção, o engajamento e o desempenho. Com a estratégia, as ferramentas
e os parceiros especialistas certos, os líderes de L&D podem transformar o treinamento corporativo com o
microaprendizado em 2025.
Seja capacitação de vendas, treinamento de conformidade ou treinamento de software, a
microaprendizagem proporciona a agilidade e o impacto que as empresas modernas precisam.
A questão não é mais se o microlearning funciona — é o quão rápido sua organização pode
aproveitá-lo para ficar à frente. Você está pronto para implementar o microlearning de alto impacto em
sua organização?

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April 23, 2:37 PM
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MEC lança edital para experiências em educação integral 

MEC lança edital para experiências em educação integral  | Inovação Educacional | Scoop.it
Em parceria com a UFMG, o Ministério da Educação lançou, nesta quarta-feira (16), edital para selecionar experiências de referência de uma educação integral em tempo integral com equidade e qualidade
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April 23, 2:36 PM
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Respondendo ao uso de IA pelos alunos

Respondendo ao uso de IA pelos alunos | Inovação Educacional | Scoop.it
Como muitos professores, às vezes percebo meu desconforto aumentando à medida que leio um trabalho de um aluno. Palavra por palavra, minha desconfiança aumenta, e então, de repente, eu entendo. Este é um texto gerado por inteligência artificial (IA) e não algo que meu aluno realmente escreveu. E agora, o que eu faço?

Vou ser sincero. Meu próximo passo depende de uma série de fatores, e levo em consideração tudo o que sei sobre o contexto, o aluno e a tarefa. É uma primeira infração ou parte de um padrão de abuso? É uma tarefa menor ou um projeto de escrita processual importante? O aluno teve faltas recentes? Posso verificar com certeza que este texto não é original ou há espaço para dúvidas? O que alguns detectores de IA disseram? ( Sei que não devo confiar neles , mas ainda acho os resultados dignos de nota.) Tudo isso passa pela minha cabeça enquanto formulo um plano de ação.

ABORDANDO O USO DA IA ​​POR MEIO DE UMA CONVERSA ABERTA
Prefiro usar o que considero uma abordagem Ted Lasso para essas conversas: seja curioso, não crítico. Quanto mais eu puder aprender sobre por que um aluno usou IA de forma academicamente desonesta, mais conhecimento terei para poder ajudar esse aluno e outros no futuro. Então, quando converso com alunos que sei que entregaram textos sobre IA como se fossem seus próprios trabalhos, quase sempre começo com a mesma pergunta: "Me conte o que aconteceu aqui?"

Quase nunca acuso um aluno de usar IA especificamente. Gosto de perguntas abertas e afirmações como estas: "Você sabe por que pedi para falar com você?" "Como você está lidando com a carga de trabalho em inglês este ano?" "Conte-me o que foi desafiador para você nesta tarefa." E então deixo que falem. Quanto menos eu falo, mais aprendo.

Em cerca de 75% das vezes, essas perguntas simples fazem com que o aluno me diga que usou o ChatGPT e que o trabalho não é dele. Depois que o aluno admite o erro, posso fazer perguntas complementares como "Por que você achou que precisava fazer isso?". Eu ouço e conversamos sobre as outras opções disponíveis. Dependendo do contexto, posso ou não permitir que o aluno reenvie o trabalho.

Início da promoção do boletim informativo.

Transforme seu ensino!
Nossa mais recente coleção de recursos mostra como — e por que — trazer improvisação para sua sala de aula pode mudar o jogo.


Aprenda como!
Fim da promoção do boletim informativo.
QUANDO OS ALUNOS NEGAM O USO DA IA
Depois, há os alunos que continuam alegando que o trabalho é original deles, insistindo que não usaram IA. Essa resposta é sempre reveladora, porque eu não fiz uma acusação — apenas perguntei o que aconteceu. Também deixo esses alunos falarem e faço perguntas mais abertas, como "Fale-me sobre seu processo" ou "Fale mais sobre seu pensamento sobre...", e então nomeio algo que eles escreveram na tarefa. Os alunos que não usaram IA respondem a essas perguntas contando sobre seu processo de pensamento, dizendo quem os ajudou com a tarefa ou fazendo uma pergunta sobre as instruções.

Aqui estão algumas opções caso você não tenha certeza absoluta de que o trabalho foi gerado por IA:

Faça uma avaliação alternativa do material e tente algumas estratégias para promover a escrita autêntica .
Faça algumas tarefas no papel em sala de aula para reunir exemplos de textos autênticos de seus alunos para comparação futura.
Dê ao aluno o benefício da dúvida, mas adicione-o à sua lista de observação pessoal. Você não registrará todos os casos de escrita gerada por IA, mas poderá saber quais dos seus alunos precisam de verificações mais frequentes.
Comece a ter conversas proativas com seus alunos sobre IA. 
Quando ainda suspeito que um aluno usou IA para a tarefa, apesar dos protestos em contrário, tenho algumas opções. Posso reproduzir o histórico de versões (estamos usando o Google Docs) e mostrar os resultados de um detector, ou encontrar outra maneira de avaliar o conhecimento do texto. Recentemente, vários negadores teimosos admitiram o uso de IA quando pedi que completassem uma atividade de fechamento criada a partir de um de seus parágrafos.

Devo acrescentar que essas conversas nem sempre são privadas. Minha sala de aula não tem um espaço para escritório, e o corredor movimentado dificulta conversas verdadeiramente privadas durante o horário de aula. Mesmo no almoço, geralmente há outros alunos por perto. Os alunos frequentemente têm pensamentos ou perguntas complementares e reiniciam a conversa na frente dos colegas. Não vejo razão para o segredo como padrão nessas conversas. Perguntar o que aconteceu não é uma acusação. É semelhante a perguntar sobre a lição de casa ou por que eles não têm o livro. Meus alunos sabem que só porque estou apontando o erro deles não significa que os estou julgando como pessoa. Então, acho que essas conversas se beneficiam de um pouco de luz natural. Claro, conheço meus alunos bem o suficiente para perceber quando uma conversa precisa ser adiada ou movida para o corredor.

QUANDO OS ALUNOS ADMITEM USAR IA
Meu principal objetivo, além de aprender o máximo que puder para mim mesmo, é tornar esta conversa uma experiência de aprendizado para meus alunos. Quero ajudá-los a entender seus erros e por que se sentem prejudicados quando não escrevem por conta própria. Então, buscamos os eventos e decisões que os levaram a entregar algo escrito por IA. Foi uma questão de tempo, confusão com as tarefas, evasão de tarefas ou outro problema?

Também pergunto qual foi o processo específico deles — qual IA eles usaram, como a desencadearam, suas opiniões sobre os resultados e se usaram outras ferramentas, como um "paráfrase" ou um "humanizador".

Quando um aluno admite usar IA, continuo fazendo perguntas curiosas: "O que fez você decidir fazer isso?" "Como eu poderia ter ajudado você antes para que você pudesse escrever sozinho?" "Como o uso de IA impactou seu aprendizado para esta tarefa?" "Qual é o plano para futuras situações desafiadoras?" Quero que meus alunos tenham um plano para lidar com momentos acadêmicos difíceis, porque haverá mais.

Estamos diante da química cerebral de adolescentes, pessoas que correm riscos por natureza. Alguns são cronicamente ruins em gestão de tempo e frequentemente estão sobrecarregados. Inevitavelmente, a tentação de usar o ChatGPT ou outra IA para concluir uma tarefa levará pelo menos uma pequena porcentagem de alunos a tentar fazer com que a escrita da IA ​​seja seu próprio trabalho. A maneira como lido com essas conversas sobre essa escolha terá um enorme impacto no meu relacionamento futuro com esse aluno, na escrita dele e em como nos ajudamos mutuamente no futuro.
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Dados Mostram Que os Alunos Precisam É Estudar Mais

Dados Mostram Que os Alunos Precisam É Estudar Mais | Inovação Educacional | Scoop.it

Dados Mostram Que Os Alunos Precisam É Estudar Mais!
Quem Mais Se Dedica Ao Estudo Tem Melhor Desempenho No Enade
Roberto Lobo* 14 de abril de 2025
Será que estudar realmente melhora o desempenho dos estudantes? Deveria vir daí o fato de se chamarem "estudantes"?
Temos muitas questões e políticas que pretendem resolver o problema da baixa qualidade de nossos egressos (de todos os níveis de ensino). Para tentar responder a essa simples pergunta que abre este artigo (e que parece óbvia, mas vemos todos os dias que não se discute meios de se melhorar esse item), eu organizei uma pesquisa muito simples, tomando por base o exame nacional do ENADE.
Acredito na metodologia do INEP, apesar de muito criticada, pois ela trouxe uma sistemática de avaliação que, se bem empregada - e aí é que o INEP é sujeito a algumas críticas pertinentes - pode ajudar a compreender certas relações entre as diferentes variáveis ligadas ao desempenho do ensino superior brasileiro, incluindo as instituições e sua gestão, bem como os professores e os estudantes.
Nesse breve estudo procurei associar o desempenho dos graduandos no exame nacional do ENADE e as horas semanais de estudo declaradas pelos alunos que o fizeram.
O ENADE (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes) é uma avaliação obrigatória para os concluintes do ensino superior, aplicada pelo INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) e que faz parte do SINAES (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior) coordenado pelo Ministério da Educação- MEC.
Segundo o próprio MEC, o objetivo do ENADE é:
"Avaliar o rendimento dos estudantes dos cursos de graduação em relação aos conteúdos programáticos previstos nas diretrizes curriculares do curso, suas habilidades para:
Resolver problemas;

Analisar e interpretar situações;

Compreender questões relacionadas à realidade brasileira e mundial."
Além de questões voltadas à aferição de conhecimentos gerais e específicos, o estudante deve preencher um questionário de múltipla escolha em que são levantadas várias questões relativas à sua vida particular, como por exemplo: formação dos pais, se trabalha, tipo de escola cursada no ensino médio, renda familiar e seus hábitos enquanto estudante, como média das horas estudadas além das classes regulares.
No questionário obrigatório preenchido pelos estudantes existe a "Questão QEI23 - Quantas horas por semana, aproximadamente, você dedicou aos estudos, excetuando as horas de aula?".
As respostas são assim classificadas em relação às horas:
A= nenhuma, apenas assisto às aulas, B= de 1 a 3, C= de 4 a sete7, D= de 8 a 12 ou E= + de 12.
Classificando os estudantes pela resposta dada à QEI23, é possível relacionar a resposta ao resultado obtido pelo estudante no ENADE e nos permite perguntar: Estudar mais (ou seja, além do horário de aulas) acarreta claramente um melhor desempenho acadêmico?
Sabemos que esta é apenas uma das variáveis que influenciam o desempenho e o aprendizado dos estudantes, ao lado de outras como a forma de estudar, a qualidade dos docentes, o projeto pedagógico do curso, a biblioteca da IES, a infraestrutura, a própria turma, sua formação básica, a cultura familiar do aluno, etc. Entretanto, ela não deve ser desconsiderada.
Sei que muitos educadores criticarão este estudo alegando exatamente essas outras variáveis envolvidas na questão e que o ENADE não mede bem a capacidade profissional do graduando. Todos conhecem soluções melhores... Mas é o que temos para hoje.
Metodologia utilizada neste artigo
Para relacionar horas de estudo extraclasse e desempenho no ensino superior, utilizamos o questionário do estudante e o resultado bruto do ENADE de 2019 com todas as suas áreas de avaliação.
A escolha de 2019 se deveu ao fato de que este foi o último ENADE não contaminado pela pandemia da Covid19 que desorganizou o ensino a partir de 2020, pois seria difícil expurgar seus efeitos nos resultados obtidos.
Fizeram o ENADE naquele ano 433.931 estudantes, divididos em 30 áreas do conhecimento (na classificação do MEC).
Relacionamos, em cada área, a resposta à questão QEI23 com as notas médias obtidas pelos estudantes que escolheram aquele determinado quesito, seguindo a metodologia do INEP para avaliar os resultados do ENADE.
Calculamos, a seguir, a média NR no ENADE dos estudantes que optaram por cada resposta R (A a E).

O próximo passo foi calcular o desvio padrão das notas para aquela área do conhecimento DP (que inclui todas a respostas), a média geral para a área MG e calculamos a média normalizada MR de cada resposta, segundo a seguinte expressão:
MR = (NR - MG) / DP.
Em seguida, usando a metodologia do INEP, classificamos cada conjunto de respostas com notas de 1 a 5, a partir da equação (R de A a E):
ER = 5 x (MR - MRmin) / (MRmax - MRmin),
E arredondamos da mesma maneira que faz o INEP:
ER
Resultados
Foram calculadas as notas médias do ENADE 2019 para cada área do conhecimento coberta no ano em questão. Relacionamos as notas em função das horas de estudo e o resultado do ENADE, com base nas respostas à questão QEI23 do questionário do estudante.
Apresentamos aqui um resumo geral dos resultados para o conjunto dos 433.931 estudantes que realizaram o ENADE 2019.
Quem desejar acessar a tabela completa por curso, pode encontrá-la no site do Instituto Lobo (www.institutolobo.org.br) procure no botão Artigos o artigo do mesmo nome somado às tabelas e aos gráficos do texto):
Quantas horas por semana, aproximadamente, você dedicou aos estudos, excetuando as horas de aula?
? O conjunto dos alunos que respondeu A: nenhuma, apenas assisto às aulas, recebeu, em média, uma nota 1 no ENADE
? O conjunto dos alunos que respondeu B: de 1 a 3 horas, recebeu, também, em média, uma nota 1, no ENADE
? O conjunto dos alunos que respondeu C: de 4 a 7 horas, recebeu, em média, uma nota 3 no ENADE
O conjunto dos alunos que respondeu D: de 8 a 12 h, horas recebeu, em média, uma nota 4 no ENADE

O conjunto dos alunos que respondeu E: + de 12 horas, recebeu, em média, uma nota 5 no ENADE
É interessante e importante observar que no conjunto geral do ENADE há uma clara relação entre horas de estudo além das aulas e o desempenho no ENADE que varia da nota 1 para quem menos estuda extraclasse (resposta A), crescendo continuamente até 5 para quem estuda mais (resposta E).
Em 87% dos cursos, alunos que declararam estudar mais de doze horas semanais extraclasse obtiveram uma avaliação nota 5.
Já 74% dos estudantes que declararam estudar de quatro a sete horas extraclasse, obtiveram, nesses mesmos cursos, uma avaliação no ENADE entre as notas 3 e 4.
Em 63% dos cursos, estudantes que responderam A (apenas assistem aula) alcançaram somente a nota 1.
A lição aprendida é que o esforço do aluno ao estudar além das aulas é recompensado por um melhor desempenho no ENADE. Sem grandes surpresas!
Estes resultados só confirmam estudos anteriores como o do National Center for Education Statistics (NCES), as Pesquisas da American Psychological Association (APA) e o Relatório do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA), entre muitos outros estudos acadêmicos sobre a correlação entre estudo extraclasse e resultados acadêmicos dos estudantes.
Estudo semelhante ao deste texto foi apresentado no International Journal of Multidisciplinary Research and Growth Evaluation, 2024: "The impact of study hours on academic performance: A statistical analysis of students grades" de Tariq Zubair, Uzma Qazi Syed Mohammad Faisal e Ahmad Khalid Khan.
Uma questão, no entanto, merece ser levantada, entre muitas outras: os estudantes que responderam A ou B (os que menos estudam fora de classe) não seriam aqueles que precisam trabalhar simultaneamente com os estudos e não têm tempo de se dedicar a estudar fora das aulas? A resposta é sim!
Os estudantes que mais trabalham (mais de 20 horas por semana, segundo suas declarações no questionário do ENADE) estudam, além das aulas, em média 30% a menos do que aqueles que não trabalham, ou trabalham eventualmente.
Um auxílio para que os estudantes trabalhadores pudessem diminuir sua carga de trabalho semanal provavelmente os faria melhorar seu desempenho acadêmico.
Se nós educadores, ao invés de facilitar para nivelar o desempenho por baixo, como falei em meu ultimo artigo "Nivelar por baixo não é a solução", exigíssemos mais de nossos estudantes (de todos os níveis de ensino), inclusive com a cobrança de mais estudo e trabalhos extraclasse, será que eles passariam a ter melhor desempenho, inclusive ao nos compararmos em rankings internacionais, e poderíamos subir no resultado geral do próprio ENADE e em alguns programas como o PISA, onde estamos estacionados e mal colocados há décadas?
Por trás desses resultados, há outras perguntas importantes: Será que é pagando igualmente a todos os professores, independentemente da dedicação e da qualidade do trabalho realizado, que nós vamos nos tornar internacionalmente competitivos e nossa produtividade por trabalhador vai aumentar?
Em minha experiência pessoal, como docente e gestor, incluindo as consultorias do Instituto Lobo, vi sempre uma clara ligação entre exigência de estudo e gestão: manter o corpo docente motivado, associado e comprometido com um projeto de qualidade institucional, com apoio de uma equipe que o acompanha de perto e com avaliações constantes também do desempenho docente.
Então agora temos outra questão que deveria fazer parte de todos os projetos pedagógicos de todos os cursos de todos os níveis de ensino:
O que deve ser feito para que os alunos estudem mais, em especial fora do horário de aula?

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Vale a pena fazer um tecnólogo? Veja oportunidades de atuação e renda salarial

Vale a pena fazer um tecnólogo? Veja oportunidades de atuação e renda salarial | Inovação Educacional | Scoop.it
Diferentemente do bacharelado que oferece uma formação mais aprofundada, o tecnólogo é voltado para conhecimentos práticos e específicos, preparando o profissional rapidamente para o mercado de trabalho. Em geral, os cursos superiores de tecnologia são graduações projetadas para atender necessidades específicas de setores como tecnologia da informação, gestão empresarial e saúde. Nos últimos anos, eles têm ganhado cada vez mais destaque. Em geral, os tecnólogos têm duração menor entre dois e três anos.

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Para o coordenador do vestibular das Faculdades de Tecnologia do Estado de São Paulo (Fatecs), André Luiz Braun Galvão, o tecnólogo é mais focado, em contraste com o bacharelado, que possui uma formação mais ampla e teórica.

“A gente trabalha com educação profissional e tecnológica. Por missão, desde a concepção dos currículos até a formação desse perfil de ingresso é direcionado para o mundo do trabalho e setor produtivo. Inclusive, a gente verifica se no itinerário informativo estamos desenvolvendo as competências necessárias para a atuação profissional. Muito nos preocupa o perfil profissional de conclusão justamente porque esses cursos superiores de tecnologia são mais focados. Têm essa rápida inserção no mercado de trabalho e estão muito alinhados com isso”, afirma ele.

Segundo Galvão, os cursos superiores de tecnologia têm sido cada vez mais procurados, em detrimento de outros, justamente por esse foco. “Os cursos também costumam ter parcerias para que o aluno, se possível, já saia empregado. Além do estágio, temos o que chamamos de prática profissional que muitas vezes está inserida dentro das disciplinas. E essas parcerias, por exemplo, na maioria dos cursos superiores de tecnologia, a gente tem primado por muitas disciplinas de desenvolvimento de projetos. Para que os alunos possam também desenvolver durante a sua formação projetos analisando problemas reais das empresas”, afirma ele.

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Alunos durante aula na FIAP; escolha entre um curso tecnológico e um bacharelado depende muito do momento de vida do estudante e de sua família. Foto: FIAP/Divulgação
No Brasil, os cursos de tecnólogos são organizados em 13 eixos tecnológicos pelo Ministério da Educação (MEC). Na Fatec, a lista reúne ao menos 10 deles. “Somente não temos os eixos Militar e Desenvolvimento Educacional e Social, além de Segurança e Turismo”, disse o coordenador do vestibular das Fatecs.

Eixos Tecnológicos nas Fatecs:
Ambiente e Saúde
Controle e Processos Industriais
Gestão e Negócios
Informação e Comunicação (cursos relacionados a tecnologia da informação)
Infraestrutura
Produção Alimentícia
Produção Cultural e Design
Produção Industrial
Recursos Naturais
Turismo, Hospitalidade e Lazer
Na Fatec, nos eixos tecnológicos, além de maior interesse dos candidatos pelas categorias de Informação e Comunicação, com relacionados com a área de TI, também há grande procura por Gestão e Negócios.

Ainda de acordo com Galvão, nas Fatecs, há mais de 90 opções de cursos superiores de tecnologia dentro desses dez eixos tecnológicos. Os cursos estão distribuídos dentro das 82 unidades que permeiam o Estado de São Paulo.

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“Esses cursos mais focados, eles dão essa velocidade na formação, mas com foco específico nas competências técnicas. Também trabalhamos com competências socioemocionais, principalmente desenvolvimento de projetos, curricularização da extensão, que desenvolvem também competências de ordem emocional, mas são todos cursos focados em um perfil de conclusão profissional. Por isso, a gente sempre alinha com o setor produtivo como o do trabalho”, acrescenta ele.

Para o coordenador do vestibular das Fatecs, a tendência é que os tecnólogos sejam ainda mais procurados por estudantes que buscam, inclusive, a primeira graduação. “No vestibular das Fatecs, há um grande fluxo de alunos oriundos do ensino médio que escolheram como primeira opção o ensino superior tecnológico. Por isso, observamos que ele está cada vez mais valorizado. É promissor justamente porque vai formar profissionais com competências específicas nos cursos presenciais”, explica ele.

No caso do ensino a distância, porém, a predominância é de alunos que buscam uma segunda graduação. “São alunos com mais maturidade que buscam o EaD. No entanto, nas Fatecs, 75% dos alunos que ingressam são oriundos de escolas públicas do ensino médio”, lembra Galvão.

Maior empregabilidade
“Os cursos superiores de tecnologia têm uma proposta mais direta e focada, voltada para setores específicos e com alto nível de empregabilidade. Eu costumo dizer que o curso de tecnologia é como um poço: profundo, objetivo e que vai direto ao ponto. Já o bacharelado pode ser comparado a um lago: mais amplo, com uma formação generalista que também prepara o aluno para diversos caminhos”, afirma o professor Wagner Sanchez, pró-reitor do Centro Universitário FIAP.

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A escolha entre um curso tecnológico e um bacharelado depende muito do momento de vida do estudante e de sua família. “Envolve o tempo disponível para dedicação, o investimento planejado, o nível de urgência em ingressar no mercado e até a possibilidade de iniciar um estágio logo no início da formação”, avalia ele.

Segundo Sanchez, no Centro Universitário FIAP, os dois tipos de formação são disponibilizados aos estudantes. “Ambas as opções são estruturadas para formar profissionais preparados, conectados com o futuro e com grandes oportunidades à frente”, disse.

Desta forma, a escolha entre um curso tecnológico e um bacharelado depende muito do momento de vida do estudante e de sua família. “Envolve o tempo disponível para dedicação, o investimento planejado, o nível de urgência em ingressar no mercado e até a possibilidade de iniciar um estágio logo no início da formação”, explica Sanchez.

“Esses cursos formam profissionais altamente qualificados para atuar em áreas com forte demanda e excelente perspectiva de crescimento. O setor de tecnologia é um dos que mais crescem no Brasil e no mundo, com salários acima da média e possibilidades de atuação em empresas nacionais e globais”, pontua ele.

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Sanchez observa ainda que a formação tecnológica está totalmente conectada com o mercado, preparando os alunos para uma atuação rápida, estratégica e com grande potencial de retorno financeiro e realização profissional.

Conforme o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), entre os cursos mais bem pagos de tecnólogos estão: Tecnólogo em Petróleo e Gás, com uma média salarial de R$ 11.694,63, seguido pelo Tecnólogo em Gestão da Tecnologia da Informação, que ganha R$ 10.718,63, e o Tecnólogo em Rochas Ornamentais, com salário de R$ 6.000,00.

A FIAP, inclusive, oferece o curso de Gestão da Tecnologia da Informação, que aparece entre os tecnólogos mais bem remunerados do País, segundo dados do Caged. “Além dele, temos uma gama de cursos tecnológicos que fazem parte do mesmo ecossistema de tecnologia e inovação, como Data Science, Design Digital, Jogos Digitais, Cibersegurança, Inteligência Artificial, Análise e Desenvolvimento de Sistemas, entre outros”, afirma Sanchez.

Na avaliação do pró-reitor do Centro Universitário FIAP, o interesse pelos cursos tecnólogos tem crescido vestibular após vestibular. “Um exemplo claro é o curso de graduação tecnóloga em Inteligência Artificial. A procura por este curso tem aumentado entre 10% e 20% a cada processo seletivo, o que demonstra não só a relevância do tema, mas também a confiança na proposta pedagógica que oferecemos.”

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Além de um currículo moderno, o centro universitário também têm parcerias com as principais Big Techs (grandes empresas de tecnologia e inovação) do mundo, como Amazon, IBM e Microsoft, que contribuem ativamente com conteúdos, tecnologias e oportunidades reais de aprendizagem.

Na FIAP, o ensino é profundamente conectado à prática e à realidade do mercado. “Contamos com parcerias estratégicas com empresas líderes globais, como Google, Santander, iFood, Banco Safra, Amazon, IBM, Microsoft. Estas colaborações proporcionam aos nossos alunos acesso a tecnologias de ponta, conteúdos atualizados e experiências em projetos reais”, disse Sanchez.

“Uma das iniciativas que melhor traduz esse modelo é o Challenge Based Learning Agile (Aprendizagem Ágil Baseada em Desafios, em livre tradução), que combina as metodologias ágeis com o aprendizado baseado em desafios. As aulas são estruturadas em sprints, com entregas rápidas e feedbacks constantes das empresas parceiras. Isto transforma o processo de ensino-aprendizagem em algo muito mais dinâmico, real e significativo”, disse ele.

Conforme a instituição de ensino, esse ciclo se concretiza no NEXT FIAP Festival, evento que celebra a inovação, a tecnologia e o empreendedorismo. “Nele, os alunos apresentam projetos desenvolvidos ao longo do curso, muitos em parceria com empresas, mostrando na prática a potência do nosso modelo educacional”, completa Sanchez.
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Today, 11:52 AM
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Triplica número de pessoas com nível superior no Brasil; entenda o que aconteceu

Triplica número de pessoas com nível superior no Brasil; entenda o que aconteceu | Inovação Educacional | Scoop.it
Porcentagem de brasileiros graduados é de 18,4%, de acordo com o IBGE; escolaridade aumentou em praticamente todas as faixas etárias
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Today, 8:38 AM
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Medida cria obstáculo para ensino superior nos EUA | Mundo

Medida cria obstáculo para ensino superior nos EUA | Mundo | Inovação Educacional | Scoop.it
O presidente Donald Trump assinou ontem uma ordem executiva que obriga escolas de nível superior do país a se credenciar para obter verbas federais. Ele afirmou que a medida visa a “desmontar políticas de DEI [diversidade, equidade e inclusão] e melhorar a formação para profissões especializadas”. Na visão de Trump, regras de inclusão prejudicam critérios de meritocracia em escolas e empresas dos EUA e alimentam “grupos de esquerda e antissemitas”. O presidente disse também que a ordem executiva favorece a edução para o desenvolvimento de inteligência artificial. Na foto, manifestantes protestam contra a prisão pra fins de deportação de Mohsen Mahdawi, ativista palestino da Universidade de Colúmbia.
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Today, 8:30 AM
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Especialistas em IA se unem a ex-funcionários contra reestruturação da OpenAI

Ex-funcionários da OpenAI e especialistas importantes da área da inteligência artificial se uniram para se contrapor à transição da desenvolvedora do ChatGPT para uma empresa com fins lucrativos, por causa de preocupações a respeito dos perigos dessa tecnologia avançada.

Geoffrey Hinton, Margaret Mitchell e Stuart Russell, líderes destacados do mundo acadêmico, e dez ex-funcionários da OpenAI são as mais novas personalidades a entrarem na campanha para que as autoridades dos Estados Unidos bloqueiem a mudança que a startup se propõe a fazer, de uma estrutura sem fins lucrativos para a de uma public benefit corporation (PBC) - uma classificação existente nos EUA para empresas com fins lucrativos que mantêm objetivos de interesse público.

Em uma carta conjunta enviada aos procuradores-gerais da Califórnia e de Delaware na terça-feira (22) à noite, o grupo se opôs à mudança e reiterou preocupações já levantadas por Elon Musk, que trava uma batalha judicial para impedir a transição. [Musk foi cofundador da OpenAI, mas logo depois deixou a sociedade].

Os signatários argumentam que a reestruturação proposta transferiria o controle do desenvolvimento da inteligência artificial geral (IAG) - sistemas de computação com capacidades cognitivas iguais ou superiores às da maioria dos seres humanos - para uma empresa movida pelo lucro. Eles acrescentam que isso contradiz a missão que a OpenAI estabeleceu na carta de princípios de sua fundação, de garantir que a IAG beneficie toda a humanidade e não apenas “o ganho privado de alguns”.

“Eu gostaria que [a OpenAI] executasse essa missão em vez de enriquecer seus investidores”, disse Hinton, ganhador do Prêmio Nobel e professor da Universidade de Toronto.

A intervenção dos signatários atrai ainda mais atenção para o controvertido plano da OpenAI de se transformar em uma entidade com fins lucrativos até o fim deste ano. Sem a mudança, a empresa, que tem sede em San Francisco e é comandada pelo executivo-chefe Sam Altman, corre o risco de perder parte do investimento de US$ 30 bilhões feito recentemente pelo SoftBank, assim como outras contribuições de investidores em rodadas anteriores de financiamento.

A OpenAI, que hoje é avaliada em US$ 300 bilhões, argumenta que, em um momento em que rivais como Google e Meta investem centenas de bilhões de dólares para desenvolver a tecnologia, seus investidores “precisam de capital convencional e menos customização estrutural” para garantir mais recursos.

Page Hedley, um dos ex-funcionários da OpenAI que assinou a carta contra a mudança, discorda. “Concorrer não é a missão da OpenAI. Ao que tudo indica, ela já obteve um êxito extraordinário na captação de recursos”, afirmou ele. “No PBC, o conselho não teria um dever fiduciário para com os beneficiários da missão, o público... e se o conselho não cumprisse seu dever fiduciário para com os acionistas, eles poderiam recorrer.”

A OpenAI tem uma estrutura financeira complexa. Em 2019, ela criou uma subsidiária com fins lucrativos, que limitou os retornos para investidores e deu ao conselho da entidade sem fins lucrativos controle total sobre a parte com fins lucrativos. Pelas mudanças propostas, o conselho sem fins lucrativos teria uma participação e certos direitos de voto na entidade com fins lucrativos, mas esta teria uma estrutura de investidores muito mais tradicional.

“Nossa organização sem fins lucrativos será fortalecida e quaisquer mudanças em nossa estrutura atual seriam feitas a serviço de garantir que o público em geral possa se beneficiar da IA”, declarou a OpenAI em um comunicado.

“Essa estrutura continuará a garantir que, à medida que a organização com fins lucrativos prospere e cresça, o mesmo aconteça com a entidade sem fins lucrativos, permitindo que cumpramos a missão”, acrescentou.

Os procuradores-gerais da Califórnia e de Delaware, a quem cabe tomar a decisão, já que a OpenAI tem sua sede e está constituída legalmente nesses Estados, têm a responsabilidade de garantir que a conversão seja de interesse público e tenha um valor justo.

A carta endereçada a eles argumenta que a estrutura da OpenAI foi projetada para equilibrar as forças de mercado com sua missão, e as mudanças propostas abandonariam essas medidas por pressões financeiras.

Em ocasiões anteriores, a OpenAI já advertira que a inteligência artificial geral criaria “sérios riscos de uso indevido, acidentes drásticos e distúrbios sociais”. Em maio de 2023, Altman assinou uma declaração em que afirmava que “mitigar o risco de extinção por conta da IAG deve ser uma prioridade mundial, junto com outros riscos que afetam toda a sociedade, como pandemias e uma guerra nuclear”.

“Se a OpenAI ceder o controle de sua subsidiária com fins lucrativos, isso não apenas seria uma clara violação de seu propósito beneficente declarado... como também aumentaria enormemente as probabilidades daquilo que seu próprio CEO descreveu como ‘o apagar das luzes para todos nós’”, disse Russell, professor de Ciência da Computação na Universidade da Califórnia, Berkeley.
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Today, 8:20 AM
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FT: Zuckerberg reteve recursos, depõe cofundador do Instagram

FT: Zuckerberg reteve recursos, depõe cofundador do Instagram | Inovação Educacional | Scoop.it

Na terça-feira (22), Systrom, uma testemunha-chave convocada pela Comissão Federal de Comércio dos EUA (FTC, na sigla em inglês), disse em um tribunal federal em Washington que a Meta não forneceu recursos suficientes para que o Instagram materializasse seu potencial de crescimento após adquirir o aplicativo, em 2012, por US$ 1 bilhão.
As acusações tocam no cerne do caso apresentado pela agência antitruste, que acusa a Meta de construir e manter um monopólio, em parte, por meio da aquisição do concorrente Instagram, na época ainda iniciante.

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April 23, 3:53 PM
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Como as tecnologias da computação espacial vão nos levar para um mundo mais imersivo e interativo

Como as tecnologias da computação espacial vão nos levar para um mundo mais imersivo e interativo | Inovação Educacional | Scoop.it
Realidade virtual e aumentada, visão computacional, gêmeos digitais e dispositivos inteligentes fazem parte do grupo de tecnologias que irão ajudar as máquinas a experimentar o mundo físico e os humanos a mergulharem no mundo virtual
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April 23, 3:51 PM
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Governo Lula infla dados sobre nº de escolas públicas com internet adequada

Governo Lula infla dados sobre nº de escolas públicas com internet adequada | Inovação Educacional | Scoop.it
Dados com base em medidor oficial apontam que 49,2% das unidades têm velocidade de conexão adequada, mas balanço do MEC eleva percentual para 60%; pasta diz que problemas no uso do medidor levaram governo a usar outras fontes de informação
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April 23, 3:49 PM
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'A gente tem a possibilidade de fazer uma revolução na educação', diz fundador do Grupo Ânima

'A gente tem a possibilidade de fazer uma revolução na educação', diz fundador do Grupo Ânima | Inovação Educacional | Scoop.it
Hoje, ele preside o conselho de administração da Ânima - instituição com 400 mil alunos e 16 mil funcionários -, que foca na aprendizagem individual do aluno, e é um crítico da formação padronizada. "Você entrega um conteúdo, cobra uma prova e dá um certificado, mas é a mesma coisa para todo mundo. E é isso que aconteceu nos últimos anos, nos últimos séculos", diz. "Agora, a gente tem a possibilidade de fazer uma revolução na educação. De ter uma educação personalizada." A seguir, os principais trechos da entrevista ao Estadão.
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April 23, 3:18 PM
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Tackling declining attendance with the ‘show up’ mindset

Tackling declining attendance with the ‘show up’ mindset | Inovação Educacional | Scoop.it
A model that instils in students a commitment to ‘showing up’ from day one includes practical strategies for improving attendance and fostering long-term engagement
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April 23, 2:39 PM
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Inovação em educação: a disrupção não tem a cara que a maioria imagina

Inovação em educação: a disrupção não tem a cara que a maioria imagina | Inovação Educacional | Scoop.it
Sem um cuidado sistêmico não haverá sustentabilidade e equidade no acesso aos benefícios da inovação em educação.
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April 23, 2:37 PM
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Novo índice avalia gestão de pessoas no serviço público brasileiro

Novo índice avalia gestão de pessoas no serviço público brasileiro | Inovação Educacional | Scoop.it
Estudo inédito da República.org mapeia práticas em carreiras, desempenho e qualidade de vida dos servidores; Espírito Santo se destaca
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April 23, 2:35 PM
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Abril, mês agitado no ecossistema de IA

Abril, mês agitado no ecossistema de IA | Inovação Educacional | Scoop.it

Especialistas americanos em inteligência artificial (AI) parecem ter uma visão muito mais otimista sobre a tecnologia do que o público leigo: 56% dos especialistas, contra 17% dos leigos, acreditam que a IA terá um impacto positivo ou parcialmente positivo nos Estados Unidos nos próximos 20 anos; além disso, 51% do público leigo, contra 15% dos especialistas, declara estar mais preocupado com deepfakes, desinformação, demissões e preconceitos, do que animado com a tecnologia. É interessante observar que quase 80% dos especialistas consideram que as pessoas usam IA com frequência, enquanto apenas 27% do público leigo acredita que interage com a IA neste ritmo. Essas são algumas das conclusões do estudo do Pew Research Center (Pew), que entrevistou 5.410 leigos e 1.013 especialistas (3 de abril de 2025).
A maior diferença entre percepções foi em relação aos empregos e à economia: 73% dos especialistas apostam em impacto muito ou relativamente positivo no trabalho, contra apenas 23% do público leigo; 69% dos especialistas acreditam que a economia se beneficiará da IA, contra 21% dos adultos americanos. Para os americanos, o futuro parece sombrio, com 83% descrentes de que a IA os tornará mais produtivos, e 94% descrentes de que ela os tornará mais felizes; apenas 13% dos americanos acreditam que chegarão ao ponto em que confiarão na IA para tomar decisões por eles. O Pew identificou pontos comuns entre especialistas e leigos, como a preocupação com o impacto negativo sobre eleições, baixa confiança na regulamentação pelo poder público e no empenho da indústria pela IA responsável.
As discrepâncias estão igualmente presentes nas autoridades, com a Europa e os EUA avançando em direções divergentes em estratégias e regulamentações da inteligência artificial, com impactos geopolíticos. A Comissão Europeia deu um passo crucial em sua estratégia para fortalecer a competitividade do bloco em inteligência artificial. No dia 9 de abril, lançou o "Plano de Ação da IA para o Continente”, estruturado em cinco pilares, comprometendo-se a mobilizar € 200 bilhões (US$ 219 bilhões) em financiamento para IA, sem especificar a origem dos recursos.
1.Infraestrutura computacional
•Fábricas de IA: €10 bilhões em investimentos (2021-2027) para 13 unidades até 2026, focadas em ajuste e treinamento de modelos;
•Gigafábricas de IA: €20 bilhões em investimentos para desenvolver modelos complexos (4x mais potentes), com meta de 5 unidades;
•Nuvem sustentável: Triplicar a capacidade dos data centers da UE em 5-7 anos, com foco em eficiência energética.
2. Dados e regulamentação
•Laboratórios especializados nas Fábricas de IA filtrarão dados de alta qualidade para empresas e governos;
•Simplificação da Lei de IA, incluindo um “Service Desk” (previsto para o verão de 2025) com orientação jurídica gratuita.
3. Talento e adoção
•Parcerias internacionais de recrutamento, bolsas de estudo e centros de requalificação digital;
•Aceleração da IA em saúde, automotivo e manufatura, com apoio técnico à empresas e ao setor público.
Desde o ano passado, a UE enfrenta pressões para flexibilizar a Lei de IA (AIAct). Em setembro, o Gabinete Europeu de IA iniciou a elaboração do “Código de Práticas” - um manual para adaptar a lei aos modelos de IA de uso geral, que entrará em vigor em agosto de 2025. O grupo de especialistas responsável pela elaboração do Código, incluindo o premiado Yoshua Bengio, busca equilibrar rigor regulatório e viabilidade técnica, sob críticas de gigantes como Meta e Google. Joel Kaplan, da Meta, alertou para “requisitos inviáveis”, enquanto empresas europeias como Ericsson também manifestaram preocupações.
No mesmo dia do lançamento do plano, deputados-chave - como a ex-ministra espanhola da Digitalização, que liderou as negociações entre os estados-membros da UE, e o alemão Axel Voss, um dos mais ativos nesse processo - enviaram uma carta à Comissão Europeia acusando o Código de enfraquecer salvaguardas essenciais da lei, beneficiando grandes players. O texto destacou riscos de desalinhamento na avaliação de riscos sistêmicos e rejeitou o argumento de que a falta de consenso justificaria retrocessos.
Ainda em 9 de abril, o Escritório de Inteligência Artificial da Comissão Europeia abriu uma consulta pública, que se encerra em 4 de junho, sobre sua “Estratégia de Aplicação da IA” - com publicação prevista para o final deste ano -, visando identificar prioridades, desafios em setores específicos e potenciais soluções e abordagens políticas. Essa consulta pública está sendo percebida por parte dos especialistas como uma busca por subsídios para simplificar a Lei de IA.
Em mais uma iniciativa, em 15 de abril, a Comissão Europeia lançou quatro chamadas de financiamento para projetos no âmbito do Programa Europa Digital: 55 milhões de euros em projetos de IA generativa para administração pública e setor agroalimentar; 27 milhões de euros para promover competências digitais em tecnologias essenciais, incluindo IA; 11 milhões de euros para projetos de expansão dos “Polos Europeus de Inovação Digital”, incluindo a IA; e 47 milhões de euros para acelerar a implantação e a utilização de novas tecnologias digitais, combatendo a desinformação e outras ameaças.
No outro lado do oceano Atlântico, os EUA adotam abordagem “pro-inovação” em um movimento que redefine a política federal sobre inteligência artificial. A Casa Branca emitiu, em 7 de abril, dois memorandos (M-25-21 e M-25-22) com diretrizes que:
•Aceleram a adoção de IA nas agências federais, posicionando-as como “motor de competitividade nacional e domínio estratégico”, em linha com a Ordem Executiva 14179 do Presidente Trump;
•Reduzem controles regulatórios estabelecidos na era Biden, substituindo-os por uma abordagem “pró-inovação, pró-competição e de mentalidade de vanguarda”.
Principais mudanças:
1.Papel dos Chief AI Officers: tornam-se “agentes de mudança”, responsáveis por avaliar a maturidade de IA nas agências, rastrear investimentos em IA e priorizar sistemas desenvolvidos nos EUA;
2.Novas regras de aquisição (M-25-22): fim de relatórios burocráticos, contratos simplificados e baseados em desempenho. Exceções: agências devem justificar bloqueios a fornecedores. Proibições: uso de dados governamentais para treinar modelos de IA comerciais e cláusulas que limitem direitos do governo sobre propriedade intelectual ou dados de treinamento;
3.Supervisão preservada (com ressalvas) em aplicações de “alto impacto”, mantendo os mecanismos de transparência e a supervisão humana.
A medida reflete a visão da administração Trump de tratar a inteligência artificial como campo de disputa ideológica, com ênfase no domínio tecnológico contra rivais como China e UE, apostando na eficiência com corte de “barreiras regulatórias” para acelerar a implementação. A estratégia americana privilegia velocidade acima de tudo, transformando as agências federais em laboratórios de IA, eliminando exigências de transparência e avaliação de risco, e exigindo preferências por soluções americanas.
O dilema europeu, por outro lado, apesar da pressão por flexibilização, é inserir o continente entre os líderes de IA mantendo estruturas de governança robustas, exigir avaliações de impacto para modelos de alto risco, e investir pesado em infraestrutura soberana.
O risco de abordagens divergentes é fragmentar o mercado global de inteligência artificial, aumentar a pressão sobre empresas para desenvolver produtos distintos e potencializar a erosão de padrões éticos globais. Esse “duelo” moldará não apenas o futuro tecnológico, mas o equilíbrio geopolítico nas próximas décadas. A Europa aposta na qualidade e segurança, enquanto os EUA optam pela velocidade e escala. Ambas as perspectivas fragilizam a ilusão do determinismo tecnológico, ou seja, o impacto da IA nas transformações da sociedade requer decisões legais, de infraestutura, sociais e culturais que permitam sua adoção em larga escala, tornando-a verdadeiramente parte de nossas vidas.

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