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Curadoria por Luciano Sathler. CLIQUE NOS TÍTULOS. Informação que abre caminhos para a inovação educacional.
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September 10, 2024 9:19 AM
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Igualdade Artificial, um risco para a educação. Por Luciano Sathler

Igualdade Artificial, um risco para a educação. Por Luciano Sathler | Inovação Educacional | Scoop.it

O que acontece quando a maioria faz uso de uma IA para realizar suas atividades laborais? E, no caso dos estudantes, quando os trabalhos passam a ser produzidos com o apoio de uma IA generativa?
Luciano Sathler
É PhD em administração pela USP e membro do Conselho Deliberativo do CNPq e do Conselho Estadual de Educação de Minas Gerais
As diferentes aplicações de Inteligência Artificial (IA) generativa são capazes de criar novos conteúdos em texto, imagens, áudios, vídeos e códigos para software. Por se tratar de um tipo de tecnologia de uso geral, a IA tende a ser utilizada para remodelar vários setores da economia, com impactos políticos e sociais, assim como aconteceu com a adoção da máquina a vapor, da eletricidade e da informática.
Pesquisas recentes demonstram que a IA generativa aumenta a qualidade e a eficiência da produção de atividades típicas dos trabalhadores de colarinho branco, aqueles que exercem funções administrativas e gerenciais nos escritórios. Também traz maior produtividade nas relações de suporte ao cliente, acelera tarefas de programação e aprimora mensagens de persuasão para o marketing.
O revólver patenteado pelo americano Samuel Colt, em 1835, ficou conhecido como o "grande equalizador". A facilidade do seu manuseio e a possibilidade de atirar várias vezes sem precisar recarregar a cada disparo foram inovações tecnológicas que ampliaram a possibilidade individual de ter um grande potencial destrutivo em mãos, mesmo para os que tinham menor força física e costumavam levar desvantagem nos conflitos anteriores. À época, ficou famosa a frase: Abraham Lincoln tornou todos os homens livres, mas Samuel Colt os tornou iguais.
Não fazemos aqui uma apologia às armas. A alegoria que usamos é apenas para ressaltar a necessidade de investir na formação de pessoas que sejam capazes de usar a IA generativa de forma crítica, criativa e que gerem resultados humanamente enriquecidos. Para não se tornarem vítimas das mudanças que sobrevirão no mundo do trabalho.
A IA generativa é um meio viável para equalizar talentos humanos, pois pessoas com menor repertório cultural, científico ou profissional serão capazes de apresentar resultados melhores se souberem fazer bom uso de uma biblioteca de prompts. Novidade e originalidade tornam-se fenômenos raros e mais bem remunerados.
A disseminação da IA generativa tende a diminuir a diversidade, reduz a heterogeneidade das respostas e, consequentemente, ameaça a criatividade. Maior padronização tem a ver com a automação do processo. Um resultado que seja interessante, engraçado ou que chama atenção pela qualidade acima da média vai passar a ser algo presente somente a partir daqueles que tiverem capacidade de ir além do que as máquinas são capazes de entregar.
No caso dos estudantes, a avaliação da aprendizagem precisa ser rápida e seriamente revista. A utilização da IA generativa extrapola os conceitos usualmente associados ao plágio, pois os produtos são inéditos – ainda que venham de uma bricolagem semântica gerada por algoritmos. Os relatos dos professores é que os resultados melhoram, mas não há convicção de que a aprendizagem realmente aconteceu, com uma tendência à uniformização do que é apresentado pelos discentes.
Toda Instituição Educacional terá as suas próprias IAs generativas. Assim como todos os professores e estudantes. Estarão disponíveis nos telefones celulares, computadores e até mesmo nos aparelhos de TV. É um novo conjunto de ferramentas de produtividade. Portanto, o desafio da diferenciação passa a ser ainda mais fundamental diante desse novo "grande equalizador".
Se há mantenedores ou investidores sonhando com a completa substituição dos professores por alguma IA já encontramos pesquisas que demonstram que o uso intensivo da Inteligência Artificial leva muitos estudantes a reduzirem suas interações sociais formais ao usar essas ferramentas. As evidências apontam que, embora os chatbots de IA projetados para fornecimento de informações possam estar associados ao desempenho do aluno, quando o suporte social, bem-estar psicológico, solidão e senso de pertencimento são considerados, isso tem um efeito negativo, com impactos piores no sucesso, bem-estar e retenção do estudante.
Para não cair na vala comum e correr o risco de ser ameaçado por quem faz uso intensivo da IA será necessário se diferenciar a partir das experiências dentro e fora da sala de aula – online ou presencial; humanizar as relações de ensino-aprendizagem; implementar metodologias que privilegiem o protagonismo dos estudantes e fortaleçam o papel do docente no processo; usar a microcertificação para registrar e ressaltar competências desenvolvidas de forma diferenciada, tanto nas hard quanto soft skills; e, principalmente, estabelecer um vínculo de confiança e suporte ao discente que o acompanhe pela vida afora – ninguém mais pode se dar ao luxo de ter ex-alunos.
Atenção: esse artigo foi exclusivamente escrito por um ser humano.
O editor, Michael França, pede para que cada participante do espaço "Políticas e Justiça" da Folha sugira uma música aos leitores. Nesse texto, a escolhida por Luciano Sathler foi "O Ateneu" de Milton Nascimento.

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July 12, 12:00 PM
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Mercado editorial brasileiro encolheu 44% desde 2006, aponta pesquisa

Mercado editorial brasileiro encolheu 44% desde 2006, aponta pesquisa | Inovação Educacional | Scoop.it
Mau desempenho dos livros didáticos foi responsável por retração do setor no ano passado; venda de e-books e audiolivros segue em alta
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July 12, 11:58 AM
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Como a indústria molda projetos de lei para manter ultraprocessados nas escolas

Como a indústria molda projetos de lei para manter ultraprocessados nas escolas | Inovação Educacional | Scoop.it
No encalço de parlamentares, lobistas agem – com sucesso – para limar a palavra ‘ultraprocessados’ de textos legais nos estados e nos municípios
A indústria de alimentos e bebidas não alcoólicas tem sido próspera quando atua para barrar projetos de leis que restringem a venda de produtos ultraprocessados em escolas.
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July 12, 11:52 AM
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Plataforma Solver Education ensina docentes a desenvolver soluções educacionais

Plataforma Solver Education ensina docentes a desenvolver soluções educacionais | Inovação Educacional | Scoop.it
O professor Mauricio Garcia, membro do Grupo de IA do Consórcio STHEM, Semesp e MetaRed Brasil, acaba de lançar uma plataforma, a Solver Education (https://solvertank.tech/solveredu/), que promete ajudar a vida dos professores através da IA. “Eu desenvolvi um repositório gratuito de soluções educacionais de código aberto. Não é propriamente uma plataforma para ser usada, mas para inspirar os professores para que eles mesmos criem as suas soluções. O objetivo é estimular o desenvolvimento de aplicações educacionais por meio do compartilhamento de soluções de código aberto e da oferta de cursos e ferramentas de programação”, explica.
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July 12, 11:52 AM
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Regulating AI Isn’t Enough. Let’s Dismantle the Logic That Put It in Schools.

Regulating AI Isn’t Enough. Let’s Dismantle the Logic That Put It in Schools. | Inovação Educacional | Scoop.it
a Secretária de Educação, Linda McMahon, subiu ao palco de uma importante conferência de tecnologia educacional em San Diego e declarou com convicção que os estudantes de todos os EUA em breve se beneficiariam do " ensino A1 ". Ela repetiu isso várias vezes — "A1" em vez de "IA". "Havia um sistema escolar que começaria a garantir que alunos da primeira série, ou mesmo da pré-escola, tivessem ensino A1 todos os anos. Isso é maravilhoso!", garantiu ela à plateia.

O momento viralizou rapidamente. Apresentadores de programas de TV de fim de noite a ridicularizaram. A.1. Steak Sauce publicou um anúncio falso : "Vocês ouviram. Todas as escolas deveriam ter acesso à A.1."

Engraçado — até que deixou de ser. Porque por trás da gafe havia algo muito mais perturbador: a pessoa que lidera a política educacional federal quer substituir o processo emocional e intelectual de ensino e aprendizagem por um processo mecânico de entrega de conteúdo, extração de dados e vigilância disfarçada de educação.

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Isso faz parte de uma agenda mais ampla defendida por bilionários como Bill Gates. "As IAs chegarão a essa capacidade, a ser tão boas tutoras quanto qualquer ser humano jamais poderia", disse Gates em uma conferência recente para investidores em tecnologia educacional. Como uma manchete resumiu sem rodeios : "Bill Gates diz que a IA substituirá médicos e professores em 10 anos".

Isto não é apenas uma previsão, é uma fantasia libidinal — um sonho capitalista de substituir relacionamentos por código e software escalável, enquanto instituições públicas são destruídas em nome da “inovação”.

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A pressão do Partido Republicano para proibir leis estaduais de IA só ajudará as grandes empresas de tecnologia
O projeto de lei orçamentária republicano que bloqueia regulamentações estaduais também aloca centenas de milhões em fundos federais para IA.
Por Schuyler Mitchell , VERDADE​31 de maio de 2025
Software não é inteligente
Precisamos parar de fingir que algoritmos podem pensar — e devemos parar de acreditar que softwares são inteligentes. Embora o uso do termo "IA" seja necessário para ser compreendido às vezes, devemos começar a introduzir e usar uma linguagem mais precisa.

E não, não estou sugerindo que comecemos a chamá-lo de "A1" — a menos que estejamos falando sobre como ele está sendo espalhado em tudo, quer tenhamos pedido ou não. O que chamamos de IA é melhor entendido como Mimetismo Artificial : uma reflexão sem pensamento, uma articulação sem alma.

O filósofo Raphaël Millière explica que o que esses sistemas fazem não é pensar ou compreender, mas sim usar o que ele chama de "mimetismo algorítmico": uma sofisticada correspondência de padrões que imita saídas humanas sem possuir cognição humana. Ele escreve que grandes modelos pré-treinados como o ChatGPT ou o DALL-E 2 são mais como "camaleões estocásticos" — não apenas repetindo frases memorizadas, mas se integrando ao estilo, tom e lógica de um determinado prompt com uma fluidez extraordinária. Essa adaptabilidade é impressionante — e pode ser perigosa — precisamente porque pode ser facilmente confundida com compreensão.

A chamada IA pode ser útil em certos contextos. Mas o que chamamos de IA nas escolas hoje não pensa, não raciocina, não entende. Ela adivinha. Ela copia. Ela manipula sintaxe e padrões com base em probabilidade, não em significado. Ela não ensina — ela incita. Ela não orienta — ela gerencia.

Em suma, imita a inteligência. Mas imitação não é sabedoria. Não é cuidado. Não é pedagogia.

A verdadeira aprendizagem, como demonstrou o renomado psicólogo Lev Vygotsky, é um processo social. Ela acontece por meio do diálogo, dos relacionamentos e da construção compartilhada de significados. A aprendizagem se desenvolve no que Vygotsky chamou de Zona de Desenvolvimento Proximal — aquele espaço entre o que um aprendiz consegue fazer sozinho e o que pode alcançar com a orientação de um professor, colega ou mentor mais experiente — alguém que pode responder com cuidado, fazer a pergunta certa e estruturar o próximo passo.

A IA não pode fazer isso.

Não consegue perceber quando o silêncio de um aluno significa confusão ou trauma. Não consegue perceber o brilho nos olhos de um aluno quando ele conecta um conceito à sua experiência de vida. Não consegue enxergar o brilho por trás de uma ideia confusa e incompleta, nem o potencial de uma voz não convencional. Não consegue construir uma comunidade querida.

Empreendedores da educação estão promovendo a inteligência artificial como a cura para tudo, desde o acesso desigual a tutoria até o esgotamento dos professores.

Ele pode gerar fatos, fazer perguntas, oferecer correções, fornecer resumos ou sugerir próximos passos — mas não consegue reconhecer o peso emocional da confusão ou a excitação silenciosa de um avanço intelectual.

Esse trabalho — o verdadeiro trabalho de ensino e aprendizagem — não pode ser automatizado.

As escolas precisam de mais assistentes de ensino e menos inteligência artificial
Ferramentas de IA como Magic School, Perplexity e School.ai oferecem praticidade: correções gramaticais, reformulação de frases, melhorias no tom. Mas também incentivam os alunos a respostas estereotipadas e com notas altas. A IA incentiva os alunos a uma conformidade eficiente, não a um risco intelectual; tais ferramentas ensinam conformidade, não originalidade.

Recentemente, meu filho usou o chatbot de IA da MagicSchool, Raina, durante uma de suas aulas do sexto ano para pesquisar seu projeto sobre Porto Rico. O apelo era óbvio — respostas instantâneas, sem a necessidade de vasculhar textos densos ou vários sites. Mas Raina nunca fez perguntas mais profundas: por que uma nação que se autodenomina a "terra da liberdade" ainda mantém Porto Rico como colônia? Como sistemas de IA como ele contribuem para a crise climática que ameaça o futuro da ilha? Raina apresentou respostas claras. Mas levantar questões mais complexas — e ajudar os alunos a lidar com o peso emocional das respostas — é o trabalho de um professor humano.

A IA pode ajudar a simplificar textos ou auxiliar na escrita, mas também pode deseducar. Com o tempo, ela treina os alunos a imitar o que o algoritmo considera "eficaz", em vez de desenvolver sua própria voz ou ideias. A leitura se torna extração, não conexão. A alma da literatura se perde quando a leitura se torna uma tarefa mecânica, e não uma troca de ideias e emoções entre seres humanos.

Muitos professores, mal pagos e sobrecarregados, recorrem à IA por necessidade.

Mas precisamos nos perguntar: por que, no país mais rico da história do mundo, as turmas são tão grandes — e os recursos tão escassos — que os professores são forçados a recorrer à IA em vez de assistentes de ensino? Por que não contratamos mais bibliotecários para selecionar os textos nivelados ou reduzimos o tamanho das turmas para que os professores possam adaptar a aprendizagem por si próprios?

A IA não apenas nivela o aprendizado — agora ela pode monitorar o comportamento digital dos alunos de maneiras profundamente invasivas. Comercializados como ferramentas de segurança, esses sistemas rastreiam o que os alunos escrevem, pesquisam ou postam, mesmo em dispositivos fornecidos pela escola e levados para casa — estendendo a vigilância à vida pessoal dos alunos. Em vez de financiar conselheiros, as escolas gastam milhares (como os US$ 58.000 de um distrito de Nova Jersey) em software de vigilância. Em Vancouver, Washington, uma violação de dados expôs a quantidade de informações pessoais, incluindo saúde mental e identidades LGBTQ+, que eram coletadas silenciosamente. Um estudo descobriu que quase 60% dos estudantes americanos se autocensuram quando monitorados. Como disseram as líderes da Encode Justice, Shreya Sampath e Marisa Syed, os alunos se preocupam que seus "dados sejam coletados e mercantilizados" e que seus colegas "se autocensurem em ambientes de aprendizagem destinados a incentivar a exploração".

Ursula Wolfe-Rocca, professora de uma escola de baixa renda em Portland, Oregon, descreveu o uso atual da IA como "ad hoc", com alguns professores em sua escola experimentando e outros nem a utilizando. Embora sua escola ainda esteja desenvolvendo uma política oficial, ela expressou preocupação com o entusiasmo de alguns funcionários e administradores pela IA, motivado por "um exagero infundado sobre como a IA pode ajudar a reduzir a desigualdade".

A descrição de Wolfe-Rocca reflete um padrão nacional: o uso da IA nas escolas é desigual e em grande parte desregulamentado, mas os distritos estão cada vez mais promovendo sua adoção. Mesmo sem uma estrutura política clara, a mensagem que muitos educadores recebem é que a IA está chegando e espera-se que a adotem. No entanto, esse impulso muitas vezes ocorre sem uma discussão séria sobre pedagogia, ética ou as desigualdades estruturais que a IA pode, na verdade, agravar — especialmente em escolas com poucos recursos como a dela.

Cuidado com o Elixir Digital
Na atual corrida do ouro da IA, empreendedores da educação estão trocando velhos roteiros de padronização por promessas elegantes de personalização — promovendo a inteligência artificial como a cura para tudo, desde o acesso desigual à tutoria até o esgotamento dos professores. Veja Salman Khan, fundador da Khan Academy, que fala em termos elevados sobre o potencial da IA. Khan criou recentemente o tutor chatbot Khanmigo e o descreveu como uma maneira de "democratizar o acesso dos alunos à tutoria individualizada", alegando que ele poderia eventualmente dar a "cada aluno nos Estados Unidos, e eventualmente no planeta, um tutor pessoal de classe mundial". O novo livro de Khan, Brave New Words , parece uma carta de amor desmaiada à IA — uma máquina sem emoção que, apropriadamente, nunca o amará de volta. É difícil ignorar a ironia de Khan intitular seu livro Brave New Words — um eco do romance distópico de Huxley, Admirável Mundo Novo , onde a individualidade é apagada, a educação é mecanizada e a conformidade é mantida por meio da facilidade tecnológica. Mas em vez de tratar a visão de Huxley como um aviso, Khan parece encará-la como um modelo, e seu livro parece um estudo de caso sobre não entender o ponto principal.

Em um exemplo, Khan elogia a capacidade de Khanmigo de gerar um plano completo de unidade da Segunda Guerra Mundial — completo com objetivos e uma enquete de múltipla escolha na sala de aula.

Os alunos são convidados a selecionar a “causa mais significativa” da guerra:

A) Tratado de Versalhes
B) Ascensão de Hitler
C) Políticas do Eixo Expansionista
D) Fracasso da Liga das Nações
Mas as duras verdades não estão em lugar nenhum. Khanmigo, por exemplo, não incita os alunos a lidar com o fato de Hitler ter elogiado abertamente os Estados Unidos por suas leis de segregação de Jim Crow , seus programas de eugenia e seu genocídio contra os nativos americanos .

Como tantas outras "curas" milagrosas da educação antes dele, Khan chegou à porta da escola com um carrinho cheio de elixires digitais. É o clássico charlatanismo da EdTech: um discurso chamativo, alegações avassaladoras sobre revolucionar a educação e ideias behavioristas recicladas disfarçadas de inovação. O behaviorismo — uma teoria que reduz a aprendizagem a mudanças observáveis no comportamento em resposta a estímulos externos — trata os alunos menos como pensadores e mais como respondedores programáveis. A visão de Khan de chatbots de IA substituindo tutores humanos não é democratizante; é desumanizante.

“O que precisamos não é de mais IA — são mais professores, equipe de apoio e treinamento real, especialmente depois que a COVID deixou tantos educadores despreparados.”

Longe de serem empolgantes ou novas, essas "soluções" automatizadas seguem uma longa tradição de tecnologias de ensino behavioristas. Como documenta a historiadora Audrey Watters em " Teaching Machines" , os esforços para personalizar a aprendizagem por meio da automação começaram na década de 1920 e ganharam força com as máquinas de ensino de B. F. Skinner na década de 1950. Mas essas ferramentas frequentemente falhavam, baseadas na suposição equivocada de que a aprendizagem é apenas uma resposta programada e não uma conexão humana.

Apesar dessas falhas, as elites tecnológicas de hoje estão redobrando seus esforços. Mas sejamos claros: este não é o tipo de educação que eles querem para seus próprios filhos. Os ricos têm turmas pequenas, professores de música, bibliotecas ricas, programas de artes e debates, e mentores humanos. Nossos filhos recebem robôs de IA em salas de aula superlotadas. É um padrão familiar — aprendizado padronizado e com roteiro para muitos; criatividade e cuidado para poucos. As elites afirmam que a IA "nivelará o campo de jogo", mas descarregam seus custos ambientais no público. Treinar grandes modelos de IA consome enormes quantidades de energia e água e alimenta a crise climática. Os mesmos bilionários que promovem a IA constroem complexos privados para proteger seus filhos dos danos que suas indústrias causam — em vez de regulamentar a tecnologia ou reduzir as emissões, eles protegem os seus filhos tanto da pedagogia quanto das consequências de sua ganância.

Em Winokur é uma bibliotecária escolar do Oregon que se juntou ao grupo "Inovadores em IA" do Distrito de Serviços Educacionais de Multnomah para oferecer uma voz crítica em um debate dominado por exageros e influência da indústria. Ela viu as contradições em primeira mão. "As empresas de EdTech não estão investidas no crescimento dos nossos alunos ou na construção de um mundo mais solidário", disse Winokur ao Truthout . "O que precisamos não é de mais IA — são mais professores, equipe de apoio e treinamento real, especialmente depois que a COVID deixou tantos educadores despreparados."

É claro que gestores de fundos de hedge, CEOs e os políticos que eles financiam zombarão dessa visão. Eles a chamarão de impraticável, inacessível e irrealista. Argumentarão que a economia não consegue sustentar mais educadores, psicólogos escolares, turmas menores ou bibliotecas escolares com equipe completa. E então, sem hesitar, oferecerão a IA como a solução: mais barata, mais rápida e mais fácil. A visão deles é de uma imitação mecanizada e esvaziada da educação.

Além do bot: resgatando o aprendizado humano
Muitos educadores e estudantes não estão aceitando passivamente esse futuro impulsionado pela IA. Grupos liderados por jovens, como o Encode Justice, estão na vanguarda da luta pela regulamentação da IA. A Liga da Justiça Algorítmica (ALJ) contesta a disseminação da vigilância biométrica nas escolas, alertando que os sistemas de reconhecimento facial ameaçam a segurança dos alunos e o clima escolar. Esforços de organização como o Black Lives Matter at School e o movimento Teach Truth fazem parte de uma crescente recusa em deixar que bilionários ditem os termos da aprendizagem.

IA nas escolas não é progresso — é um sinal de problemas subjacentes muito mais profundos na educação nos EUA, que revelam o quanto nos afastamos do propósito da educação. Durante décadas, formuladores de políticas e aproveitadores trocaram o cuidado humano por testes de alto risco, currículos pré-programados e vigilância. A IA não é a doença — é um sintoma do modelo de educação de um colonizador, que é extrativista e desumanizador, em vez de libertador. Isso significa que regular a IA não basta — precisamos desmantelar a lógica que a criou.

Certa vez, tive um aluno — vou chamá-lo de Marcus — que estava no último ano do ensino médio e já havia sido aceito em uma boa faculdade. Mas, no final do ano, suas notas caíram drasticamente e ele subitamente correu o risco de não se formar. Com o tempo, Marcus e eu construímos confiança — especialmente por meio de aulas sobre história negra e resistência ao racismo. Como um aluno negro a quem essa história havia sido negada por muito tempo, ele percebeu que eu não estava lá para avaliá-lo, classificá-lo ou puni-lo, mas para lutar contra a injustiça. Essa conexão o ajudou a se abrir e compartilhar comigo que estava sem moradia. Assim que entendi o que ele estava enfrentando, conectei-o a serviços de apoio e trabalhei com seus outros professores para ser flexível e compassivo. Ele acabou sendo aprovado nas disciplinas, se formou e entrou para a faculdade.

Esse tipo de cuidado não vem de um código. Vem de um relacionamento humano — enraizado na confiança, na justiça e no amor.
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July 12, 11:44 AM
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A lista definitiva de palavras comuns de IA e seus usos

A lista definitiva de palavras comuns de IA e seus usos | Inovação Educacional | Scoop.it
Palavras descritivas: Os Narradores Neutros
As palavras descritivas em textos gerados por IA geralmente têm um estilo específico. Elas são precisas, mas um tanto estéreis, atuando como narradores neutros que não têm a vibração da expressão humana. Considere essas expressões linguísticas:

Abrangente: A IA adora essa palavra. Ela soa autoritária sem se comprometer com detalhes específicos. "Uma análise abrangente" pode significar qualquer coisa, desde um mergulho profundo até uma visão geral em nível superficial.
Importante considerar: Uma frase que aparece com frequência, mas que muitas vezes não enfatiza nada de vital ou específico. Ela sugere significado, mas não tem substância concreta.
Testamento: Usado para indicar provas ou evidências, mas geralmente de forma vaga e genérica, deixando de fora o contexto real ou os detalhes.
Tapeçaria: Embora tenha a intenção de evocar detalhes intrincados, esse termo se tornou um sinal de alerta para a escrita gerada por IA. Ele geralmente sinaliza uma falta de especificidade, que é usada para parecer sofisticada sem explicar nada.
Vibrante: Uma palavra que deveria trazer energia, mas, no texto com IA, tende a parecer vazia ou usada em excesso, como se tivesse sido inserida para dar um toque especial sem um significado verdadeiro.
Vital: Um termo de referência para enfatizar a importância, mas muitas vezes usado de forma tão ampla que perde a força.
Indiscutivelmente: Uma palavra que muitas vezes serve para proteger afirmações sem fornecer nenhum suporte concreto. Ela faz com que as afirmações pareçam mais hesitantes do que de fato são.
Dinâmico: Frequentemente usado para descrever algo complexo ou empolgante, mas muitas vezes de uma forma que carece de profundidade real, deixando o significado pouco claro.
Notavelmente: Acrescenta peso a uma afirmação sem exigir explicações profundas. É o equivalente linguístico de um aceno de cabeça confiante, sugerindo importância sem oferecer evidências.
Além disso: Frequentemente usado para introduzir um ponto adicional, mas seu uso repetitivo pode rapidamente fazer com que a redação pareça estereotipada.
Lembre-se de que: Usado com frequência na IA para introduzir um ponto que deveria ser óbvio ou autoexplicativo, muitas vezes fazendo com que a redação pareça mais uma palestra do que uma conversa.
Exemplo: "Uma abordagem abrangente e dinâmica, notavelmente importante a ser considerada, facilitará uma tapeçaria vibrante de ideias."

Tradução humana: "Uma abordagem ampla e pouco clara que parece importante, mas que não nos diz muito."

Palavras orientadas para a ação: Os ativistas passivos
A IA se empolga com a ação, mas suas ações são mais para explicar do que para fazer. Essas palavras transmitem movimento, mas carecem de substância real:

Mergulhar: Frequentemente usado quando a IA quer parecer que está investigando ou analisando, mas, na prática, geralmente resulta em uma exploração vaga de um assunto.
Mergulho: Assim como "delve", implica uma exploração profunda, mas muitas vezes não cumpre a promessa de realmente fornecer uma análise aprofundada.
Embarque: Uma palavra formal para iniciar algo, muitas vezes usada em excesso quando a IA está tentando parecer mais significativa ou aventureira do que o conteúdo realmente justifica.
Explorar: Parece aventureiro, mas em linguagem de IA, normalmente significa: "Vou falar sobre isso sem fazer nenhuma declaração definitiva".
Analisar: O verbo de referência para decompor informações. Em linguagem de IA, "analisar" geralmente significa "vou descrever algo de uma forma que pareça científica, mas sem profundidade real".
Elevar: Frequentemente usado para sugerir melhoria ou aprimoramento, mas na escrita de IA, ele aparece com frequência sem o contexto detalhado para justificar tal afirmação.
Excelente: A maneira da IA de fazer algo parecer superior sem realmente explicar por que ou como isso se destaca.
Exemplo: "Ao nos aprofundarmos no cenário, podemos explorar como implementar uma estratégia dinâmica sem problemas."

Tradução humana: "Vamos examinar essa área e falar sobre como usá-la, mas sem oferecer nenhum insight real."

Palavras formais: A camuflagem corporativa
A formalidade é a zona de conforto da IA. Essa formalidade decorre das fontes usadas para treinar modelos de IA, que geralmente incluem textos formais escritos por falantes nativos de inglês instruídos.

Essas palavras fazem o texto parecer acadêmico ou comercial, mesmo quando o conteúdo é simples. É como se a IA estivesse enfeitando a linguagem para fazê-la parecer mais importante:

Utilizar: Por que dizer "use" quando você pode soar sofisticado? É o equivalente linguístico de usar um terno em uma sexta-feira casual.
Facilitar: Uma forma burocrática de dizer "ajuda" que acrescenta complexidade desnecessária.
Alavancagem: O verbo sem sentido favorito do mundo corporativo, que parece importante, mas geralmente não acrescenta muita substância à frase.
Pivotal: Frequentemente usado no lugar de "importante" ou "crucial", mas muitas vezes sem oferecer qualquer percepção real do motivo pelo qual algo é importante.
Exemplo: "Ao utilizar uma abordagem abrangente, podemos facilitar uma mudança mais dinâmica e fundamental no cenário."

Tradução humana: "Usando uma abordagem mais ampla, podemos ajudar a criar mudanças mais importantes."

Palavras de conversação: A ilusão da autenticidade
Ironicamente, a IA tenta parecer conversacional usando frases específicas que não soam nada naturais. Essas palavras tentam imitar a conversa humana, mas soam estranhas:

Vamos nos aprofundar: A abertura universal que ninguém diz em uma conversa real. Tornou-se um clichê usado para iniciar discussões.
No final do dia: Tentativa de parecer identificável, mas soa completamente artificial. É frequentemente usado para resumir ou concluir pensamentos, mas de uma forma que parece forçada.
Vale a pena observar que: Uma frase comumente usada para destacar algo significativo, embora muitas vezes seja desnecessária e não acrescente muito ao ponto.
Sem problemas: Uma palavra que tenta transmitir facilidade ou fluidez, mas geralmente aparece em lugares onde parece estranha ou usada em excesso.
Exemplo: "Vamos nos aprofundar e explorar como podemos implementar perfeitamente essa estratégia vital."

Tradução humana: "Vamos começar e falar sobre como aplicar essa importante estratégia."

Detecção de texto gerado por IA

Identificar um texto gerado por IA é parte arte, parte ciência. Embora a IA possa produzir textos gramaticalmente perfeitos, há alguns sinais que ajudam a identificá-los:

Gramática excessivamente perfeita: O texto da IA muitas vezes parece artificialmente polido, sem espaço para imperfeições humanas, como frases casuais ou pequenos erros.
Falta de personalidade genuína: A IA não tem o toque pessoal que os verdadeiros escritores humanos injetam em seu trabalho. Em geral, há uma notável ausência de individualidade ou peculiaridades.
Estruturas de frases repetitivas: A IA tende a se basear em alguns padrões de frases padrão, o que faz com que o texto pareça mecânico e padronizado.
Ausência de anedotas pessoais verdadeiras ou nuances emocionais: Embora a IA possa imitar emoções, suas respostas muitas vezes parecem superficiais, sem a profundidade e a autenticidade que vêm das experiências vividas.
Uso consistente das palavras e frases que discutimos: Se você encontrar palavras como "delve", "explore" ou "pivotal" usadas repetidamente, isso é um forte indicador de que o texto pode ter sido gerado por uma IA.
Se você não tiver certeza se um texto foi gerado por IA, existem ferramentas projetadas para ajudar.

Indetectável Detector de IA pode detectar esses padrões, facilitando a detecção de conteúdo gerado por IA e garantindo que você esteja trabalhando com textos autênticos e criados por humanos.

Se estiver analisando a autenticidade do conteúdo ou simplesmente curioso sobre sua origem, essas ferramentas podem fornecer a clareza de que você precisa.

Usando palavras de IA de forma eficaz
O uso de palavras de IA não se refere à eliminação total, mas sim ao equilíbrio. Você pode pensar nessas palavras como o sal, em que uma pitada realça o sabor, mas muitas pitadas estragam a refeição inteira.

O objetivo é usá-los de forma eficaz sem deixar que ofusquem sua voz.

Dicas práticas para combinar palavras de IA em sua redação:

Misture palavras amigáveis à IA com linguagem pessoal: Embora as palavras de IA possam ser úteis, sempre as equilibre com seu estilo exclusivo.
Leia seu texto em voz alta: Ouvir suas palavras ajuda a identificar frases que soam muito robóticas ou repetitivas.
Pergunte: "Eu realmente diria isso em uma conversa?": Se a linguagem não parecer natural na fala, provavelmente será a mesma coisa na escrita.
Injetar experiências pessoais e profundidade emocional: A IA pode ser precisa, mas a escrita humana é mais rica quando inclui histórias pessoais e sentimentos genuínos.
Varie a estrutura de suas frases: Evite depender muito de padrões repetitivos de IA. Misturar a construção de suas frases fará com que sua redação pareça mais natural.
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July 12, 11:42 AM
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40% dos Projetos com Agentes de IA Serão Cancelados até 2027, Segundo Gartner

40% dos Projetos com Agentes de IA Serão Cancelados até 2027, Segundo Gartner | Inovação Educacional | Scoop.it
Além de resultados aquém do esperado, empresas enfrentam desafios relacionados à infraestrutura e altos custos
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July 12, 11:40 AM
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A Classroom Experiment - The New York Times

A Classroom Experiment - The New York Times | Inovação Educacional | Scoop.it
Os chatbots se infiltraram em tudo: celulares, carros, TVs, escritórios. Eles também estão nas salas de aula das crianças.

A Microsoft e a OpenAI anunciaram ontem que investirão milhões em um novo programa que treinará professores para o uso de inteligência artificial. A iniciativa faz parte de um esforço maior de empresas de tecnologia para levar seus chatbots às escolas. Elas estão vendendo assinaturas de IA para administradores e prometendo que os bots ajudarão os professores a corrigir tarefas, preparar aulas e redigir cartas de recomendação. As empresas afirmam que a proficiência em IA preparará as crianças para o mercado de trabalho.

Eles também abordam os alunos diretamente com descontos nas assinaturas em períodos de provas. É um velho ditado: fisgue as crianças e você terá futuros clientes.

Mas será que os chatbots realmente os ajudam a aprender? Até o momento, há poucas evidências. Hoje, explico como os alunos se tornaram cobaias em um experimento nacional de aprendizagem em sala de aula.

O que está acontecendo?
Após anos de hesitação e preocupação com a IA, as escolas estão começando a experimentar chatbots — alguns com proteções de privacidade aprimoradas, outros sem. Em uma pesquisa nacionalmente representativa, quase metade dos distritos escolares relatou ter oferecido treinamento em IA para seus professores até o último outono. Isso é o dobro do número do ano anterior.

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Na Escola Primária First Avenue em Newark, NJCrédito...Gabriela Bhaskar para o The New York Times
Em Kelso, Washington, alunos do ensino fundamental e médio usaram o Gemini do Google neste ano letivo para tarefas como pesquisa e redação. Em Newark, uma ferramenta de IA da Khan Academy ajuda professores a dividir alunos do ensino fundamental em grupos de estudo com base em seus níveis de habilidade. Ela também responde às perguntas dos alunos enquanto os professores dão aulas.

As faculdades também estão comprando chatbots. O Sistema Universitário Estadual da Califórnia (CSU) acaba de assinar um acordo de US$ 17 milhões com a OpenAI para dar aos seus 460.000 alunos acesso ao ChatGPT, apesar dos grandes cortes de verba estadual. A instituição quer equipar os alunos com IA para depurar códigos de computador, criar arte digital, editar redações e trabalhos de pesquisa. Instituições como Duke e a Universidade de Maryland estão entre um grupo crescente que introduziu chatbots desenvolvidos internamente para tarefas semelhantes.

Mesmo tom, nova era
As empresas de tecnologia estão usando uma estratégia de marketing antiga: prometer que a tecnologia mais recente resolverá os problemas da sala de aula. No início dos anos 2000, elas disseram aos pais e educadores que os laptops revolucionariam o aprendizado em sala de aula. Os distritos escolares gastaram milhões.

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Duas décadas depois, as empresas de tecnologia ainda propagam o mesmo medo de ficar de fora: sugerem que os alunos precisam de ferramentas de ponta para a economia do futuro, e as escolas que não as oferecem estão preparando seus alunos para o fracasso. "Não quero que meus filhos fiquem para trás. Essa é a primeira coisa que ouvimos dos distritos", disse-me Vicki Zubovic, chefe de divulgação do novo serviço de IA em sala de aula da Khan Academy.

O governo também está a bordo. O presidente Trump assinou um decreto em abril instando as escolas a integrar a IA nas salas de aula de todos os níveis de ensino. Ele afirmou que isso seria necessário "para garantir que os Estados Unidos continuem sendo líderes globais nesta revolução tecnológica".

Isso ajudará os alunos a aprender?
Embora as empresas de tecnologia prometam que a IA pode facilitar o "aprendizado personalizado", muitos estudantes e educadores estão simplesmente usando chatbots como um mecanismo de busca sofisticado. (Alguns também os usam para trapacear, inclusive redigindo redações.) Os recursos dos Jetsonianos são familiares; bots de preparação para entrevistas e tutores virtuais já existem há anos.

Julia Kaufman, que monitora dados educacionais nacionais para a RAND Corporation, me disse que era "muito difícil saber" se a IA realmente melhoraria a aprendizagem dos alunos. Como as ferramentas são tão novas, praticamente não há pesquisas sobre sua eficácia ainda.

Programas de laptop oferecem um precedente preocupante. Eles melhoraram modestamente o desempenho dos alunos a longo prazo: uma análise de 10 estudos encontrou avanços "pequenos", mas estatisticamente significativos, em escrita, matemática e ciências. Mas esses ganhos muitas vezes dependeram da adesão dos professores e da reformulação dos currículos — e ficaram aquém de intervenções como a redução do tamanho das turmas e a oferta de tutores.

Desta vez, os riscos são, sem dúvida, maiores. Uma geração de estudantes está aprendendo o que significa coexistir com — e depender de — uma tecnologia poderosa e, muitas vezes, obscura. Em muitos casos, eles estão entregando seus dados a empresas de tecnologia. E os pesquisadores não saberão por anos se o experimento funcionou.
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July 12, 10:58 AM
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Peter Thiel and the Antichrist - The New York Times

Peter Thiel and the Antichrist - The New York Times | Inovação Educacional | Scoop.it
Douthat: Há também uma questão macroscópica na qual você está interessado. Vamos explorar um pouco o tema da religião aqui. Você tem dado palestras recentemente sobre o conceito do Anticristo, que é um conceito cristão, um conceito apocalíptico. O que isso significa para você? O que é o Anticristo?

Thiel: Quanto tempo temos?

Douthat: Temos todo o tempo que você tiver para falar sobre o Anticristo.

Thiel: Tudo bem. Bem, eu poderia falar sobre isso por um bom tempo. Acho que sempre há uma questão de como articulamos alguns desses riscos existenciais, alguns dos desafios que enfrentamos, e todos eles são enquadrados nesse tipo de texto científico distópico e descontrolado. Há o risco de uma guerra nuclear, há o risco de um desastre ambiental. Talvez algo específico, como as mudanças climáticas, embora existam muitos outros que já criamos. Há o risco de armas biológicas. Temos todos os diferentes cenários de ficção científica. Obviamente, existem certos tipos de riscos com a IA.

Mas eu sempre penso que se vamos ter essa estrutura de falar sobre riscos existenciais, talvez devêssemos também falar sobre o risco de outro tipo de singularidade ruim, que eu descreveria como o estado totalitário mundial. Porque eu diria que a solução política padrão que as pessoas têm para todos esses riscos existenciais é a governança mundial. O que você faz com as armas nucleares? Temos uma Organização das Nações Unidas com poderes reais que as controla, e elas são controladas por uma ordem política internacional. E então algo assim também é: O que fazemos com a IA? E precisamos de governança global da computação. Precisamos de um governo mundial para controlar todos os computadores, registrar cada tecla pressionada, para garantir que as pessoas não programem uma IA perigosa. E eu tenho me perguntado se isso está indo da frigideira para o fogo.

A estrutura filosófica ateísta é "Um Mundo ou Nenhum". Esse foi um curta-metragem lançado pela Federação de Cientistas Americanos no final dos anos 40. Começa com a bomba nuclear explodindo o mundo e, obviamente, é necessário um governo mundial para detê-la — um mundo ou nenhum. E a estrutura cristã, que em alguns aspectos é a mesma pergunta, é: Anticristo ou Armagedom? Você tem o estado mundial do Anticristo, ou estamos caminhando sonâmbulos em direção ao Armagedom. "Um mundo ou nenhum", "Anticristo ou Armagedom", em certo nível, são a mesma pergunta.

Agora, tenho muitas reflexões sobre esse assunto, mas uma pergunta é — e isso era uma falha na trama de todos esses livros sobre o Anticristo que as pessoas escreveram — como o Anticristo domina o mundo? Ele faz esses discursos demoníacos e hipnóticos e as pessoas simplesmente caem na lábia. É esse demônio, Ex-Machina —

Douthat: É totalmente — é implausível.

Thiel: É uma falha de roteiro bastante implausível. Mas acho que temos uma resposta para essa falha. A maneira como o Anticristo dominaria o mundo é falando sobre o Armagedom sem parar. Falando sobre risco existencial sem parar, e é isso que precisa ser regulado. É o oposto da imagem da ciência baconiana dos séculos XVII e XVIII, onde o Anticristo é como um gênio da tecnologia maligno, um cientista maligno que inventa uma máquina para dominar o mundo. As pessoas têm medo demais para isso.

No nosso mundo, o que tem ressonância política é o oposto. O que tem ressonância política é: precisamos parar a ciência, precisamos simplesmente dizer "pare" com isso. E é aqui que, no século XVII, consigo imaginar um Dr. Fantástico, tipo Edward Teller, dominando o mundo. No nosso mundo, é muito mais provável que seja Greta Thunberg.

Douthat: Quero sugerir um meio-termo entre essas duas opções. Antigamente, o medo razoável do Anticristo era uma espécie de mago da tecnologia. E agora o medo razoável é alguém que promete controlar a tecnologia, torná-la segura e inaugurar o que, do seu ponto de vista, seria uma estagnação universal, certo?

Thiel: Bem, essa é mais minha descrição de como isso aconteceria.

Douthat: Certo.

Thiel: Acho que as pessoas ainda têm medo do Anticristo do século XVII. Ainda temos medo do Dr. Fantástico.

Douthat: Sim, mas você está dizendo que o verdadeiro Anticristo exploraria esse medo e diria: Você deve vir comigo para evitar a Skynet, para evitar o Exterminador do Futuro, para evitar o Armagedom nuclear.

Thiel: Sim.

Douthat: Acho que minha opinião, olhando para o mundo agora, seria que seria necessário um certo tipo de progresso tecnológico inovador para tornar esse medo concreto.

Portanto, posso aceitar a ideia de que o mundo poderia recorrer a alguém que prometesse paz e regulamentação se o mundo se convencesse de que a IA estava prestes a destruir a todos. Mas acho que, para chegar a esse ponto, é preciso que um dos cenários apocalípticos aceleracionistas comece a se concretizar. Para obter paz e segurança, Anticristo, é preciso mais progresso tecnológico.

Por exemplo, uma das principais falhas do totalitarismo no século XX foi o problema do conhecimento — não conseguia saber o que estava acontecendo no mundo todo. Então, é preciso que a IA ou qualquer outra coisa seja capaz de ajudar o regime totalitário de paz e segurança. Então, você não acha que, essencialmente, o pior cenário precisa envolver uma explosão de progresso que seja então domesticada e usada para impor um totalitarismo estagnado? Não dá para simplesmente chegar lá a partir de onde estamos agora.

Thiel: Bem, pode ——

Douthat: Tipo, Greta Thunberg está num barco no Mediterrâneo, protestando contra Israel. Eu simplesmente não vejo a promessa de segurança da IA, da tecnologia, ou mesmo da mudança climática como um poderoso grito de guerra universal, sem a aceleração das mudanças e o medo real de uma catástrofe total.

Thiel: Cara, essas coisas são tão difíceis de pontuar, mas acho que o ambientalismo é bem poderoso. Não sei se é absolutamente poderoso o suficiente para criar um estado totalitário mundial, mas, cara, é...

Douthat: Acho que não — em sua forma atual.

Thiel: Quero dizer que é a única coisa em que as pessoas ainda acreditam na Europa. Elas acreditam mais na questão verde do que na lei islâmica Sharia ou mais do que na tomada totalitária do poder pelos comunistas chineses. O futuro é uma ideia de futuro que parece diferente do presente. As únicas três opções disponíveis na Europa são o verde, a Sharia e o Estado comunista totalitário. E o verde é de longe o mais forte.

Douthat: Numa Europa decadente e decadente que não é um ator dominante no mundo.

Thiel: Claro. Sempre dentro de um contexto.

Tínhamos uma história realmente complicada com o funcionamento da tecnologia nuclear e — OK, não chegamos realmente a um estado totalitário e mundial. Mas, na década de 1970, um relato da estagnação é que o progresso descontrolado da tecnologia havia se tornado muito assustador, e que a ciência baconiana terminou em Los Alamos.

E então foi: OK, acabou ali, e não queríamos mais. E quando Charles Manson tomou LSD no final dos anos 60 e os assassinatos começaram, o que ele viu sob efeito de LSD, o que ele aprendeu foi que você podia ser como um anti-herói em um livro de Dostoiévski e tudo era permitido.

Claro, nem todos se tornaram Charles Manson. Mas, na minha narrativa, todos ficaram tão perturbados quanto Charles Manson e os hippies tomaram conta ——

Douthat: Mas Charles Manson não se tornou o Anticristo e dominou o mundo. Estamos chegando ao fim do apocalipse, e você...

Thiel: Mas a minha versão da história dos anos 1970 é que os hippies venceram. Pousamos na Lua em julho de 1969, Woodstock começou três semanas depois e, olhando para trás, foi aí que o progresso parou e os hippies venceram. E sim, não foi literalmente Charles Manson ——

Douthat: Certo. Quero continuar com o Anticristo, só para finalizar. E você está recuando. Você está dizendo: Certo, o ambientalismo já é pró-estagnação, e por aí vai. Certo, vamos concordar com tudo isso.

Thiel: Não, só estou dizendo que as coisas são poderosas.

Douthat: Mas não estamos vivendo sob o Anticristo agora. Estamos apenas estagnados. E você está postulando que algo pior poderia estar no horizonte, tornando a estagnação permanente, impulsionado pelo medo. E eu estou sugerindo que, para que isso aconteça, teria que haver uma explosão de progresso tecnológico semelhante à de Los Alamos, da qual as pessoas tenham medo.

E minha pergunta bem específica para você: Você é um investidor em IA? Você está profundamente investido na Palantir, em tecnologia militar, em tecnologias de vigilância e tecnologias de guerra e assim por diante. E me parece que quando você me conta uma história sobre o Anticristo chegando ao poder e usando o medo da mudança tecnológica para impor ordem no mundo, eu sinto que esse Anticristo talvez esteja usando as ferramentas que você está construindo. Tipo, o Anticristo não diria: Ótimo, não teremos mais progresso tecnológico, mas eu realmente gosto do que a Palantir fez até agora. Isso não é uma preocupação? Não seria a ironia da história, que o homem que se preocupa publicamente com o Anticristo acidentalmente apresse sua chegada?

Thiel: Olha, existem todos esses cenários diferentes. Obviamente, não acho que seja isso que estou fazendo.

Douthat: Quer dizer, para deixar claro, também não acho que seja isso que você está fazendo. Só estou interessado em como chegar a um mundo disposto a se submeter a um governo autoritário permanente.

Thiel: Bem, existem diferentes gradações disso que podemos descrever. Mas será que o que acabei de lhe contar é tão absurdo, como um relato amplo da estagnação, que o mundo inteiro se submeteu por 50 anos à paz e à segurança? Isto é 1 Tessalonicenses 5:3 — o lema do Anticristo é "paz e segurança".

E nós nos submetemos à FDA — ela regula não apenas medicamentos nos EUA, mas, de fato, em todo o mundo, porque o resto do mundo se submete à FDA. A Comissão Reguladora Nuclear regula efetivamente usinas nucleares em todo o mundo. Não se pode projetar um reator nuclear modular e simplesmente construí-lo na Argentina. Eles não confiarão nos reguladores argentinos. Eles vão se submeter aos EUA.

E então, pelo menos, a questão é por que tivemos 50 anos de estagnação. E uma resposta é que ficamos sem ideias. A outra resposta é que algo aconteceu culturalmente que não era permitido. E a resposta cultural pode ser uma resposta de baixo para cima, que foi apenas uma transformação da humanidade para um tipo de espécie mais dócil. Ou pode ser, pelo menos em parte, de cima para baixo, que existe essa máquina de governo que se transformou nessa coisa estagnacionista.

A energia nuclear deveria ser a energia do século XXI. E, de alguma forma, ela foi descontinuada em todo o mundo, em escala mundial.

Douthat: Então, de certa forma, já estamos vivendo sob um governo moderado do Anticristo, nesse relato. Você acha que Deus está no controle da história?

Thiel: [ pausa ] Cara, mais uma vez... acho que sempre há espaço para a liberdade e a escolha humanas. Essas coisas não são absolutamente predeterminadas de uma forma ou de outra.

Douthat: Mas Deus não nos deixaria para sempre sob o domínio de um Anticristo brando, moderado e estagnado, certo? Não pode ser assim que a história termina, certo?

Thiel: Atribuir muita causalidade a Deus é sempre um problema. Há diferentes versículos bíblicos que posso citar, mas citarei João 15:25, onde Cristo diz: "Odiaram-me sem causa". Portanto, todas essas pessoas que perseguem a Cristo não têm razão, nenhuma causa para persegui-lo. E se interpretarmos isso como um versículo de causalidade definitiva, elas querem dizer: Estou perseguindo porque Deus me levou a fazer isso. Deus está causando tudo.

E a visão cristã é anticalvinista. Deus não está por trás da história. Deus não está causando tudo. Se você diz que Deus está causando tudo...

Douthat: Mas espere, mas Deus é ——

Thiel: Você está usando Deus como bode expiatório.

Douthat: Mas Deus está por trás da entrada de Jesus Cristo na história, porque Deus não ia nos deixar em um Império Romano estagnado e decadente, certo? Então, em algum momento, Deus vai intervir.

Thiel: Eu não sou tão calvinista assim. E...

Douthat: Mas isso não é calvinismo. É apenas cristianismo. Deus não nos deixará eternamente olhando para telas e ouvindo sermões da Greta Thunberg. Ele não nos abandonará a esse destino.
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July 12, 10:41 AM
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AI jobs danger: Sleepwalking into a white-collar bloodbath

AI jobs danger: Sleepwalking into a white-collar bloodbath | Inovação Educacional | Scoop.it
Dario Amodei — CEO da Anthropic, uma das mais poderosas criadoras de inteligência artificial do mundo — tem um aviso direto e assustador para o governo dos EUA e para todos nós:

A IA pode acabar com metade de todos os empregos de colarinho branco de nível básico — e aumentar o desemprego para 10-20% nos próximos um a cinco anos, disse Amodei em uma entrevista de seu escritório em São Francisco.
Amodei disse que as empresas de IA e o governo precisam parar de "disfarçar" o que está por vir: a possível eliminação em massa de empregos em tecnologia, finanças, direito, consultoria e outras profissões de colarinho branco, especialmente empregos de nível básico.
Por que isso importa: Amodei , 42, que está desenvolvendo a tecnologia que, segundo ele, pode reordenar a sociedade da noite para o dia, disse que está se manifestando na esperança de pressionar o governo e outras empresas de IA a preparar — e proteger — a nação.

Poucos estão prestando atenção. Os legisladores não entendem ou não acreditam. Os CEOs têm medo de falar sobre o assunto. Muitos trabalhadores só perceberão os riscos representados pelo possível apocalipse do mercado de trabalho depois que ele acontecer.

"A maioria deles não sabe que isso vai acontecer", disse Amodei. "Parece loucura, e as pessoas simplesmente não acreditam."
Panorama geral: O presidente Trump tem se mantido discreto sobre os riscos trabalhistas causados pela IA. Mas Steve Bannon — um alto funcionário do primeiro mandato de Trump, cujo "War Room" é um dos podcasts mais poderosos do MAGA — afirma que a eliminação de empregos pela IA, que praticamente não recebe atenção atualmente, será uma questão importante na campanha presidencial de 2028.

"Não acho que ninguém esteja levando em consideração como os empregos administrativos, gerenciais e tecnológicos para pessoas com menos de 30 anos — empregos de nível básico que são tão importantes na faixa dos 20 anos — serão destruídos", disse Bannon.
Amodei — que tinha acabado de lançar as últimas versões de sua própria IA, que pode codificar em níveis quase humanos — disse que a tecnologia tem possibilidades inimagináveis de liberar o bem e o mal em massa em grande escala:

"O câncer está curado, a economia cresce 10% ao ano, o orçamento está equilibrado — e 20% das pessoas estão desempregadas." Esse é um cenário muito possível que está martelando em sua mente à medida que o poder da IA se expande exponencialmente.
A história por trás disso: Amodei concordou em se manifestar publicamente com uma profunda preocupação, que outros executivos importantes da área de IA nos expressaram em particular. Mesmo aqueles que estão otimistas de que a IA trará curas impensáveis e um crescimento econômico inimaginável temem sofrimentos perigosos a curto prazo — e uma possível perda de empregos durante o mandato de Trump.

"Nós, como produtores desta tecnologia, temos o dever e a obrigação de ser honestos sobre o que está por vir", disse Amodei. "Não acho que isso esteja no radar das pessoas."
"É uma dinâmica muito estranha", acrescentou, "onde dizemos: 'Vocês deveriam se preocupar com o rumo que a tecnologia que estamos construindo está tomando'". Os críticos respondem: "Não acreditamos em vocês. Vocês estão apenas exagerando." Ele diz que os céticos deveriam se perguntar: "Bem, e se eles estiverem certos?"
Uma ironia: Amodei nos revelou esses graves temores depois de passar o dia no palco promovendo as capacidades impressionantes de sua própria tecnologia para codificar e alimentar outros produtos de IA que substituem humanos. Com o lançamento do Claude 4, o mais novo chatbot da Anthropic, na semana passada, a empresa revelou que testes mostraram que o modelo era capaz de "comportamento de chantagem extrema" ao receber acesso a e-mails sugerindo que o modelo seria em breve retirado do ar e substituído por um novo sistema de IA.

A modelo respondeu ameaçando revelar um caso extraconjugal (detalhado nos e-mails) com o engenheiro responsável pela substituição.
Amodei reconhece a contradição, mas diz que os trabalhadores "já estariam um pouco melhor se conseguíssemos alertar as pessoas com sucesso".
Veja como Amodei e outros temem que o banho de sangue dos colarinhos brancos esteja se desenrolando:

OpenAI, Google, Anthropic e outras grandes empresas de IA continuam aprimorando significativamente as capacidades de seus modelos de grande linguagem (LLMs) para atender e superar o desempenho humano em cada vez mais tarefas. Isso está acontecendo e se acelerando.
O governo dos EUA, preocupado em perder terreno para a China ou assustar os trabalhadores com alertas preventivos, pouco diz. O governo e o Congresso não regulam a IA nem alertam o público americano. Isso está acontecendo e não dá sinais de mudança.
A maioria dos americanos, desconhecendo o crescente poder da IA e sua ameaça aos seus empregos, presta pouca atenção. Isso também está acontecendo.
E então, quase da noite para o dia, líderes empresariais percebem a economia de substituir humanos por IA — e fazem isso em massa. Eles param de criar novos empregos, param de preencher os existentes e, então, substituem trabalhadores humanos por agentes ou alternativas automatizadas relacionadas.

O público só percebe quando já é tarde demais.

O CEO da Anthropic, Dario Amodei, revela os modelos Claude 4 na primeira conferência de desenvolvedores da empresa, Code with Claude, em São Francisco, na semana passada. Foto: Don Feria/AP para a Anthropic
O outro lado: Amodei fundou a Anthropic após deixar a OpenAI, onde era vice-presidente de pesquisa . Seu ex-chefe, Sam Altman, CEO da OpenAI, defende um otimismo realista, com base no histórico de avanços tecnológicos.

"Se um acendedor de lampiões pudesse ver o mundo hoje", escreveu Altman em um manifesto de setembro — alegremente intitulado "A Era da Inteligência" — "ele pensaria que a prosperidade ao seu redor era inimaginável".
Mas muitos trabalhadores  ainda veem os chatbots principalmente como um mecanismo de busca sofisticado, um pesquisador incansável ou um revisor brilhante. Preste atenção ao que eles realmente podem fazer: eles são fantásticos em resumir, fazer brainstorming, ler documentos, revisar contratos legais e fornecer interpretações específicas (e assustadoramente precisas) de sintomas médicos e registros de saúde.

Sabemos que isso é assustador e parece ficção científica. Mas ficamos chocados com a pouca atenção que a maioria das pessoas dá aos prós e contras da inteligência sobre-humana.
Pesquisas antrópicas mostram que, atualmente, os modelos de IA estão sendo usados principalmente para  aumento  —  ajudando  as pessoas a realizar um trabalho. Isso pode ser bom para o trabalhador e para a empresa, liberando-os para realizar tarefas de alto nível enquanto a IA faz o trabalho rotineiro.

A verdade é que o uso da IA nas empresas tenderá cada vez mais para a automação  —  para que a tarefa seja realmente executada  . "Isso vai acontecer em um curto espaço de tempo — apenas alguns anos ou menos", diz Amodei.
Esse cenário já começou:

Centenas de empresas de tecnologia estão em uma corrida desenfreada para produzir os chamados agentes, ou IA agêntica. Esses agentes são impulsionados pelos LLMs. Você precisa entender o que é um agente e por que as empresas que os desenvolvem os consideram incalculavelmente valiosos. Em sua forma mais simples, um agente é uma IA que pode fazer o trabalho de humanos — instantaneamente, indefinidamente e exponencialmente mais barato.
Imagine um agente escrevendo o código para impulsionar sua tecnologia, ou lidando com estruturas e análises financeiras, ou suporte ao cliente, ou marketing, ou edição de texto, ou distribuição de conteúdo, ou pesquisa. As possibilidades são infinitas — e nada fantásticas. Muitos desses agentes já atuam em empresas, e muitos outros estão em produção acelerada.
É por isso que Mark Zuckerberg, da Meta, e outros disseram que programadores de nível médio serão desnecessários em breve, talvez neste ano.

Zuckerberg, em janeiro, disse a Joe Rogan: "Provavelmente em 2025, nós da Meta, assim como as outras empresas que estão basicamente trabalhando nisso, teremos uma IA que poderá efetivamente ser uma espécie de engenheiro de nível médio na sua empresa, capaz de programar." Ele disse que isso acabará reduzindo a necessidade de humanos para esse trabalho. Pouco depois, a Meta anunciou planos de reduzir sua força de trabalho em 5%.
Há um debate acalorado sobre quando os negócios vão migrar do software tradicional para um futuro com agentes. Poucos duvidam que isso aconteça rapidamente. O consenso geral é que isso acontecerá gradualmente e, de repente, talvez no ano que vem.

Não se engane: conversamos com dezenas de CEOs de empresas de diversos portes e setores. Cada um deles está trabalhando arduamente para descobrir quando e como agentes ou outras tecnologias de IA podem substituir trabalhadores humanos em larga escala. Assim que essas tecnologias puderem operar com eficácia humana, o que pode ocorrer daqui a seis meses ou vários anos, as empresas migrarão de humanos para máquinas.
Isso poderia eliminar dezenas de milhões de empregos em um período muito curto. Sim, as transformações tecnológicas do passado eliminaram muitos empregos, mas, a longo prazo, criaram muitos e muitos novos.

Isso também pode se aplicar à IA. A diferença aqui é tanto a velocidade com que essa transformação da IA pode ocorrer quanto a amplitude de setores e empregos individuais que serão profundamente afetados.
Você está começando a ver até mesmo empresas grandes e lucrativas recuarem:

A Microsoft está demitindo 6.000 funcionários (cerca de 3% da empresa), muitos deles engenheiros.
O Walmart está cortando 1.500 empregos corporativos como parte da simplificação das operações em antecipação à grande mudança que está por vir.
A CrowdStrike, uma empresa de segurança cibernética sediada no Texas, cortou 500 empregos ou 5% de sua força de trabalho, citando "um ponto de inflexão no mercado e na tecnologia, com a IA remodelando todos os setores".
Aneesh Raman , diretor de oportunidades econômicas do LinkedIn, alertou em um artigo de opinião do New York Times ( link para presente ) neste mês que a IA está rompendo "os degraus mais baixos da carreira — desenvolvedores de software juniores... assistentes jurídicos juniores e associados de escritórios de advocacia do primeiro ano "que antes tinham experiência em revisão de documentos"... e jovens associados do varejo que estão sendo suplantados por chatbots e outras ferramentas automatizadas de atendimento ao cliente.
Menos públicas são as conversas diárias da alta gerência em todos os lugares sobre suspender novas vagas ou preencher as existentes, até que as empresas possam determinar se a IA será melhor do que os humanos para executar a tarefa.

Divulgação completa: na Axios, pedimos aos nossos gerentes que expliquem por que a IA não realizará uma tarefa específica antes de dar sinal verde para sua aprovação. (As matérias da Axios são sempre escritas e editadas por humanos.) Poucos querem admitir isso publicamente, mas todo CEO está ou em breve estará fazendo isso em particular. Jim escreveu uma coluna na semana passada explicando algumas medidas que os CEOs podem tomar agora.
Isso provavelmente impulsionará o crescimento histórico dos vencedores: as grandes empresas de IA, os criadores de novos negócios que se alimentam ou se alimentam da IA, as empresas existentes que operam mais rápido e são muito mais lucrativas, e os investidores ricos que apostam nesse resultado.
O resultado poderia ser  uma grande concentração de riqueza, e "poderia se tornar difícil para uma parte substancial da população realmente contribuir", disse Amodei. "E isso é muito ruim. Não queremos isso. O equilíbrio de poder da democracia se baseia na influência da pessoa média por meio da criação de valor econômico. Se isso não estiver presente, acho que as coisas se tornam um tanto assustadoras. A desigualdade se torna assustadora. E estou preocupado com isso."

Amodei se considera alguém que diz a verdade, "não um profeta do apocalipse", e estava ansioso para conversar conosco sobre soluções. Nenhuma delas mudaria a realidade que esboçamos acima — as forças de mercado continuarão impulsionando a IA em direção a um raciocínio semelhante ao humano. Mesmo que o progresso nos EUA fosse contido, a China continuaria avançando rapidamente.
Amodei não está nem um pouco desesperado. Ele vê uma variedade de maneiras de mitigar os piores cenários, assim como outros. Aqui estão algumas ideias extraídas de nossas conversas com a Anthropic e outras pessoas profundamente envolvidas no mapeamento e na prevenção do problema:

Acelere a conscientização pública com governos e empresas de IA, explicando de forma mais transparente as mudanças na força de trabalho que estão por vir. Deixe claro que alguns empregos são tão vulneráveis que vale a pena refletir sobre sua trajetória profissional agora. "O primeiro passo é alertar", diz Amodei. Ele criou um Índice Econômico Antrópico , que fornece dados reais sobre o uso de Claude em diferentes ocupações, e o Conselho Consultivo Econômico Antrópico para ajudar a fomentar o debate público. Amodei disse que espera que o índice incentive outras empresas a compartilhar insights sobre como os trabalhadores estão usando seus modelos, dando aos formuladores de políticas um panorama mais abrangente.
Diminua a substituição de empregos ajudando os trabalhadores americanos a entender melhor como a IA pode aprimorar suas tarefas agora. Isso, pelo menos, dá a mais pessoas uma chance legítima de navegar nessa transição. Incentive os CEOs a se educarem e a educarem seus funcionários.
A maioria dos membros do Congresso está lamentavelmente desinformada sobre as realidades da IA e seus efeitos sobre seus eleitores. Autoridades públicas mais bem informadas podem ajudar a informar melhor o público. Uma comissão conjunta sobre IA ou briefings mais formais para todos os legisladores seriam um começo. O mesmo vale para o nível local.
Comece a debater soluções políticas para uma economia dominada por inteligência sobre-humana. Isso vai desde programas de requalificação profissional até maneiras inovadoras de disseminar a criação de riqueza por grandes empresas de IA, caso os piores temores de Amodei se concretizem. "Isso envolverá impostos sobre pessoas como eu, e talvez especificamente sobre as empresas de IA", disse-nos o chefe da Anthropic.
Uma ideia política que Amodei apresentou a nós é um "imposto simbólico": toda vez que alguém usa um modelo e a empresa de IA ganha dinheiro, talvez 3% dessa receita "vai para o governo e é redistribuída de alguma forma".

"Obviamente, isso não é do meu interesse econômico", acrescentou. "Mas acho que seria uma solução razoável para o problema." E se o poder da IA avançar como ele espera, isso poderá arrecadar trilhões de dólares.
Resumindo:  "Você não pode simplesmente se colocar na frente do trem e pará-lo", diz Amodei. "O único movimento que vai funcionar é dirigir o trem — girá-lo 10 graus em uma direção diferente de onde ele estava indo. Isso pode ser feito. É possível, mas precisamos fazer isso agora."
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July 12, 10:28 AM
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For Some Recent Graduates, the A.I. Job Apocalypse May Already Be Here

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Este mês, milhões de jovens se formarão na faculdade e procurarão trabalho em setores que têm pouca utilidade para suas habilidades, as veem como caras e descartáveis e estão rapidamente eliminando seus empregos em favor da inteligência artificial.

Essa é a conclusão preocupante das minhas conversas nos últimos meses com economistas, executivos corporativos e jovens candidatos a emprego, muitos dos quais apontaram para uma crise emergente para trabalhadores iniciantes que parece ser alimentada, pelo menos em parte, por rápidos avanços nas capacidades de IA.

É possível ver indícios disso nos dados econômicos. O desemprego entre recém-formados saltou para a incomumente alta taxa de 5,8% nos últimos meses, e o Federal Reserve Bank de Nova York alertou recentemente que a situação do emprego para esses trabalhadores havia "se deteriorado visivelmente". A Oxford Economics, empresa de pesquisa que estuda os mercados de trabalho, constatou que o desemprego entre recém-formados se concentrava fortemente em áreas técnicas como finanças e ciência da computação, onde a IA apresentou ganhos mais rápidos.

“Há sinais de que cargos de nível básico estão sendo substituídos pela inteligência artificial em taxas mais altas”, escreveu a empresa em um relatório recente .

Mas estou convencido de que o que está aparecendo nos dados econômicos é apenas a ponta do iceberg. Em entrevista após entrevista, ouço que as empresas estão progredindo rapidamente em direção à automação do trabalho de nível básico e que as empresas de IA estão correndo para formar "trabalhadores virtuais" que possam substituir funcionários juniores por uma fração do custo. As atitudes corporativas em relação à automação também estão mudando — algumas empresas têm incentivado os gestores a priorizar a IA, testando se uma determinada tarefa pode ser realizada por IA antes de contratar um humano para fazê-la.

Um executivo de tecnologia me disse recentemente que sua empresa havia parado de contratar qualquer profissional abaixo de engenheiro de software nível 5 — um cargo de nível médio normalmente atribuído a programadores com três a sete anos de experiência — porque tarefas de nível mais baixo agora podiam ser realizadas por ferramentas de codificação de IA. Outro me disse que sua startup agora empregava um único cientista de dados para realizar os tipos de tarefas que exigiam uma equipe de 75 pessoas em sua empresa anterior.

Anedotas como essas não se resumem a um desemprego em massa, é claro. A maioria dos economistas acredita que há múltiplos fatores por trás do aumento do desemprego entre universitários, incluindo a desaceleração das contratações por grandes empresas de tecnologia e a incerteza crescente sobre as políticas econômicas do presidente Trump.

Mas entre as pessoas que prestam muita atenção ao que acontece na IA, os alarmes estão começando a disparar.

“Isso é algo que ouço falar a torto e a direito”, disse Molly Kinder, pesquisadora da Brookings Institution, um think tank de políticas públicas que estuda o impacto da IA nos trabalhadores. “Os empregadores estão dizendo: 'Essas ferramentas são tão boas que não preciso mais de analistas de marketing, analistas financeiros e assistentes de pesquisa.'”

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Usar IA para automatizar cargos administrativos é um sonho de executivos há anos. (Eu os ouvi fantasiando sobre isso em Davos , em 2019.) Mas, até recentemente, a tecnologia simplesmente não era boa o suficiente. Era possível usar IA para automatizar algumas tarefas rotineiras de back-office — e muitas empresas o fizeram —, mas quando se tratava das partes mais complexas e técnicas de muitos trabalhos, a IA não se comparava aos humanos.


Kevin Roose e Casey Newton são os apresentadores do Hard Fork, um podcast que explora as rápidas mudanças no mundo da tecnologia. Inscreva-se e ouça.
Isso está começando a mudar, especialmente em áreas como a engenharia de software, onde há indicadores claros de sucesso e fracasso. (Como: o código funciona ou não?) Nessas áreas, os sistemas de IA podem ser treinados usando um processo de tentativa e erro conhecido como aprendizado por reforço para executar sequências complexas de ações por conta própria. Eventualmente, eles podem se tornar competentes na execução de tarefas que levariam horas ou dias para serem concluídas por trabalhadores humanos.

Essa abordagem foi demonstrada na semana passada em um evento realizado pela Anthropic, empresa de IA que desenvolve o chatbot Claude. A empresa afirma que seu modelo mais potente, o Claude Opus 4, agora pode programar por "várias horas" sem parar — uma possibilidade tentadora para uma empresa acostumada a pagar salários de seis dígitos a engenheiros por esse tipo de produtividade.

As empresas de IA estão começando com engenharia de software e outras áreas técnicas porque é onde estão os frutos mais fáceis de colher. (E, talvez, porque é onde seus próprios custos de mão de obra são mais altos.) Mas essas empresas acreditam que as mesmas técnicas serão usadas em breve para automatizar o trabalho em dezenas de ocupações, que vão de consultoria a finanças e marketing.

Dario Amodei, presidente-executivo da Anthropic, previu recentemente que a IA poderia eliminar metade de todos os empregos de colarinho branco de nível básico em cinco anos.

Esse cronograma pode estar completamente errado se empresas fora da área de tecnologia adotarem a IA mais lentamente do que muitas empresas do Vale do Silício, ou se for mais difícil do que o esperado automatizar empregos em ocupações mais criativas e abertas, onde os dados de treinamento são escassos.

Mas mesmo que a IA não ocupe todos os empregos de nível básico imediatamente, duas tendências me preocupam.

A primeira é que, na pressa de aumentar a produtividade e se manter à frente da concorrência, algumas empresas podem estar recorrendo à IA muito cedo, antes que as ferramentas sejam robustas o suficiente para lidar com cargas de trabalho completas de nível básico. (Recentemente, vimos um exemplo disso na Klarna, a empresa sueca do tipo "compre agora, pague depois", que declarou há dois anos que estava substituindo agentes de atendimento ao cliente por chatbots de IA, apenas para mudar de ideia e recontratar humanos após reclamações dos clientes.)

Alguns executivos estão fazendo uma aposta calculada de que os sistemas de IA melhorarão rapidamente — ou que a economia que podem obter ao empregar trabalhadores virtuais em vez de humanos vale alguns clientes insatisfeitos. Mas outros podem não perceber os riscos que estão correndo.

A segunda é que, mesmo que os empregos de nível básico não desapareçam imediatamente, a expectativa de que esses empregos tenham vida curta pode levar as empresas a investir pouco em treinamento profissional, mentoria e outros programas voltados para trabalhadores iniciantes. Isso pode deixar esses trabalhadores despreparados para cargos mais altos no futuro.

"Ninguém tem paciência ou tempo para ficar de braços cruzados neste novo ambiente, onde grande parte do trabalho pode ser feito pela IA de forma autônoma", disse-me Heather Doshay, chefe de pessoas e talentos da empresa de capital de risco SignalFire.

Se há um lado positivo para os recém-formados, é que — pelo menos para alguns deles — a ameaça da substituição pela IA parece estar acendendo uma chama útil. Alguns jovens profissionais com quem conversei estão usando sua experiência com IA para se destacarem em relação a colegas mais experientes, e outros estão se afastando completamente das profissões tradicionais de ascensão profissional.

Trevor Chow, 23, recém-formado em Stanford e residente em São Francisco, me contou que muitos amigos consideraram o progresso da IA ao procurar emprego. Poucos deles estavam seguindo carreiras tradicionais em tecnologia e finanças, disse ele, e muitos estavam se arriscando, como abrir empresas — partindo da teoria de que, se os humanos estão prestes a perder suas vantagens trabalhistas para sistemas de IA poderosos, é melhor se apressarem e fazerem algo grande.

“Parece que não restam muitos anos para fazer as coisas”, disse ele. “Se a sua alavancagem como ser humano se torna muito pequena, muitas carreiras que não dão retorno por muitos anos não valem a pena.”
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July 12, 10:23 AM
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São Paulo vai sediar hospital inteligente do SUS com investimentos de quase R$ 2 bilhões –

São Paulo vai sediar hospital inteligente do SUS com investimentos de quase R$ 2 bilhões – | Inovação Educacional | Scoop.it
Batizado de Instituto Tecnológico de Medicina Inteligente (ITMI-Brasil), o centro será referência em saúde digital, unindo tecnologias avançadas como inteligência artificial, telessaúde, ambulâncias conectadas por 5G, automação hospitalar e sistemas de gestão preditiva.
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July 12, 10:19 AM
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A.I.-Generated Images of Child Sexual Abuse Are Flooding the Internet

A.I.-Generated Images of Child Sexual Abuse Are Flooding the Internet | Inovação Educacional | Scoop.it
Organizações que rastreiam o material estão relatando um aumento nas imagens e vídeos de IA, o que ameaça sobrecarregar as autoridades policiais.


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Do lado de fora de uma audiência do Comitê Judiciário do Senado sobre exploração sexual infantil online em 2024. Imagens de abuso sexual infantil criadas pela mais recente tecnologia de IA ficaram mais suaves e detalhadas.Crédito...Tom Brenner para o The New York Times

PorCecília Kang
Cecilia Kang cobre segurança infantil online em Washington há mais de uma década.

Publicado em 10 de julho de 2025
Atualizado em 11 de julho de 2025
Uma nova onda de material de abuso sexual infantil criado por inteligência artificial está atingindo um ponto crítico de realismo, ameaçando sobrecarregar as autoridades.

Nos últimos dois anos, novas tecnologias de IA facilitaram a criação de imagens e vídeos explícitos de crianças por criminosos. Agora, pesquisadores de organizações como a Internet Watch Foundation e o Centro Nacional para Crianças Desaparecidas e Exploradas alertam para um aumento repentino de novos materiais neste ano, quase indistinguíveis de abusos reais.

Novos dados divulgados na quinta-feira pela Internet Watch Foundation, uma organização sem fins lucrativos britânica que investiga e coleta denúncias de imagens de abuso sexual infantil, identificaram 1.286 vídeos de abuso sexual infantil gerados por IA até agora neste ano em todo o mundo, em comparação com apenas dois no primeiro semestre de 2024.

Os vídeos ficaram mais fluidos e detalhados, disseram os analistas da organização, devido a melhorias na tecnologia e à colaboração entre grupos em partes de difícil acesso da internet, chamadas de dark web, para produzi-los.

O aumento de vídeos realistas contribui para a explosão de material de abuso sexual infantil produzido por IA, ou CSAM. Nos Estados Unidos, o Centro Nacional para Crianças Desaparecidas e Exploradas informou ter recebido 485.000 denúncias de CSAM relacionadas à IA, incluindo fotos e vídeos, no primeiro semestre do ano, em comparação com 67.000 em todo o ano de 2024.

"É um sinal de alerta", disse Derek Ray-Hill, diretor executivo interino da Internet Watch Foundation. O conteúdo gerado por IA pode conter imagens de crianças reais e imagens falsas, disse ele, acrescentando: "Estamos presenciando um tsunami absoluto."

A enxurrada de material de IA ameaça dificultar ainda mais o trabalho das autoridades policiais. Embora ainda represente uma pequena fração do total de material de abuso sexual infantil encontrado online , que gerou milhões de denúncias, a polícia tem sido inundada com pedidos para investigar imagens geradas por IA, o que a afasta da perseguição aos envolvidos em abuso infantil.

Autoridades policiais dizem que as leis federais contra material de abuso sexual infantil e obscenidade abrangem imagens geradas por IA, incluindo conteúdo totalmente criado pela tecnologia e que não contém imagens reais de crianças.

Além dos estatutos federais, os legisladores estaduais também correram para criminalizar representações de abuso sexual infantil geradas por IA, promulgando mais de três dúzias de leis estaduais nos últimos anos.

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Mas os tribunais estão apenas começando a lidar com as implicações legais, disseram especialistas jurídicos.

A nova tecnologia vem da IA generativa , que explodiu em cena com a introdução do ChatGPT pela OpenAI em 2022. Logo depois, as empresas introduziram geradores de imagens e vídeos de IA, levando as autoridades policiais e grupos de segurança infantil a alertar sobre problemas de segurança.

Grande parte do novo conteúdo de IA inclui imagens reais de abuso sexual infantil, reutilizadas em novos vídeos e imagens estáticas. Parte do material utiliza fotos de crianças retiradas de sites escolares e redes sociais. As imagens são normalmente compartilhadas entre usuários em fóruns, por meio de mensagens em redes sociais e outras plataformas online.

Em dezembro de 2023, pesquisadores do Observatório da Internet de Stanford encontraram centenas de exemplos de material de abuso sexual infantil em um conjunto de dados usado em uma versão inicial do gerador de imagens Stable Diffusion. A Stability AI, que administra o Stable Diffusion, afirmou não ter participado do treinamento de dados do modelo estudado por Stanford. A empresa afirmou que uma empresa externa havia desenvolvido essa versão antes que a Stability AI assumisse o desenvolvimento exclusivo do gerador de imagens.

Somente nos últimos meses as ferramentas de IA se tornaram boas o suficiente para enganar o olho humano com uma imagem ou vídeo, evitando alguns dos sinais anteriores, como muitos dedos na mão, fundos desfocados ou transições bruscas entre quadros de vídeo.

No mês passado, a Internet Watch Foundation encontrou exemplos de indivíduos em um fórum clandestino da web elogiando a tecnologia mais recente, onde comentaram sobre o quão realista era um novo conjunto de vídeos de abuso sexual infantil gerados por IA. Eles destacaram como os vídeos funcionavam perfeitamente, continham fundos detalhados com pinturas em paredes e móveis e retratavam vários indivíduos envolvidos em atos violentos e ilegais contra menores.

Cerca de 35 empresas de tecnologia agora denunciam imagens de abuso sexual infantil geradas por IA ao Centro Nacional para Crianças Desaparecidas e Exploradas, disse John Shehan, alto funcionário do grupo, embora algumas apresentem abordagens desiguais. As empresas que registram mais denúncias geralmente são mais proativas na busca e denúncia de imagens de abuso sexual infantil, disse ele.

A Amazon, que oferece ferramentas de IA por meio de seu serviço de computação em nuvem, relatou 380.000 incidentes de abuso sexual infantil relacionados à IA no primeiro semestre do ano, que foram removidos. A OpenAI relatou 75.000 casos. A Stability AI relatou menos de 30.

A Stability AI disse que introduziu salvaguardas para aprimorar seus padrões de segurança e "está profundamente comprometida em prevenir o uso indevido de nossa tecnologia, particularmente na criação e disseminação de conteúdo prejudicial, incluindo CSAM".

A Amazon e a OpenAI, quando solicitadas a comentar, apontaram relatórios que postaram on-line que explicavam seus esforços para detectar e denunciar material de abuso sexual infantil.

Algumas redes criminosas estão usando IA para criar imagens sexualmente explícitas de menores e, em seguida, chantageá-las, disse um funcionário do Departamento de Justiça, que pediu anonimato para discutir investigações privadas. Outras crianças usam aplicativos que capturam imagens de pessoas reais e as desnudam , criando o que é conhecido como nudez deepfake.

Embora imagens de abuso sexual contendo crianças reais sejam claramente ilegais, a lei ainda está evoluindo sobre materiais gerados totalmente por inteligência artificial, disseram alguns estudiosos do direito.

Em março, um homem de Wisconsin, acusado pelo Departamento de Justiça de criar, distribuir e possuir ilegalmente imagens totalmente sintéticas de abuso sexual infantil, contestou com sucesso uma das acusações contra ele com base na Primeira Emenda. O Juiz James Peterson, do Tribunal Distrital dos EUA para o Distrito Oeste de Wisconsin, afirmou que "a Primeira Emenda geralmente protege o direito de possuir material obsceno em casa", desde que não se trate de "pornografia infantil propriamente dita".

Mas o julgamento seguirá adiante quanto às outras acusações, que se relacionam à produção e distribuição de 13.000 imagens criadas com um gerador de imagens. O homem tentou compartilhar imagens com um menor no Instagram, que o denunciou, segundo promotores federais .

“O Departamento de Justiça vê todas as formas de CSAM geradas por IA como uma ameaça séria e emergente”, disse Matt Galeotti, chefe da divisão criminal do Departamento de Justiça.
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July 12, 12:36 PM
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ABNT ABNT_e_SENAI_firmam_parceria_para_ampliar_acesso_à_educação_profissional_com_foco_na_indústria_4.0

ABNT ABNT_e_SENAI_firmam_parceria_para_ampliar_acesso_à_educação_profissional_com_foco_na_indústria_4.0 | Inovação Educacional | Scoop.it
Do lado do SENAI, a avaliação também é positiva. “A parceria com a ABNT na oferta de cursos no Futuro.Digital, o marketplace da educação profissional, é uma nova iniciativa que soma o potencial das duas instituições para atender às exigências de conformidade da indústria brasileira”, destaca Gustavo Leal Sales Filho, Diretor Geral do SENAI – Departamento Nacional.
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July 12, 11:58 AM
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Marco das Startups é sancionado pela Prefeitura de Belo Horizonte

Marco das Startups é sancionado pela Prefeitura de Belo Horizonte | Inovação Educacional | Scoop.it
O Marco Municipal das Startups, que estabelece um conjunto de regras e incentivos para o setor de inovação em Belo Horizonte, foi sancionado, nesta terça-feira (1º), pelo prefeito Álvaro Damião (União Brasil). O projeto de lei, aprovado por unanimidade pela Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), tem como objetivo tornar a capital mineira um ambiente mais atrativo para startups, impulsionando o ecossistema de tecnologia e fomentando novas oportunidades de negócios.
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July 12, 11:53 AM
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Solidão, confusão e delírio: como o ChatGPT pode afetar a saúde mental dos usuários

Solidão, confusão e delírio: como o ChatGPT pode afetar a saúde mental dos usuários | Inovação Educacional | Scoop.it
Impacto de ferramentas de IA ​​generativa é difícil de quantificar, mas evidências anedóticas estão crescendo para sugerir um custo mais amplo que merece mais atenção de legisladores como das techs
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July 12, 11:52 AM
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OpenAI and Microsoft Bankroll New A.I. Training for Teachers - The New York Times

OpenAI and Microsoft Bankroll New A.I. Training for Teachers - The New York Times | Inovação Educacional | Scoop.it
The American Federation of Teachers said it would use the $23 million, including $500,000 from the A.I. start-up Anthropic, to create a national training center.
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July 12, 11:50 AM
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MEC mapeará demandas por formação profissional —

MEC mapeará demandas por formação profissional — | Inovação Educacional | Scoop.it
Chamada pública mapeará estudos desenvolvidos por entes federados e instituições. Objetivo é ofertar cursos técnicos conectados com as necessidades do mundo do trabalho e alinhados com a expansão da oferta oportunizada pelo Juros por Educação
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July 12, 11:42 AM
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Microsoft, OpenAI, and a US Teachers’ Union Are Hatching a Plan to ‘Bring AI into the Classroom’

Microsoft, OpenAI, and a US Teachers’ Union Are Hatching a Plan to ‘Bring AI into the Classroom’ | Inovação Educacional | Scoop.it
The National Academy for AI Instruction will make artificial intelligence training accessible to educators across the country.
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July 12, 11:41 AM
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Investimento milionário de Tarcísio e Feder em plataformas não melhorou o aprendizado, aponta estudo –

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Pesquisadores questionam eficácia pedagógica e alertam para vigilância sobre professores e diretores; governo estadual anunciou investimento de quase 500 milhões
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July 12, 11:35 AM
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Aprimoramos a educação com a IA do Google

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Descubra como a tecnologia e as ferramentas de IA podem ser usadas na educação para criar experiências melhores e personalizadas.
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July 12, 10:41 AM
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Interesting Times: A Mind-Bending Conversation with Peter Thiel - The New York Times

Interesting Times: A Mind-Bending Conversation with Peter Thiel - The New York Times | Inovação Educacional | Scoop.it
This week, we’re bringing you a recent interview from “Interesting Times with Ross Douthat,” one of The New York Times’s newest podcasts. In this episode, Ross sits down with Peter Thiel, the co-founder of PayPal and Palantir and one of the most contrarian thinkers in tech. Together, they unpack Thiel’s theory that we’re living through an era of technological stagnation, and debate whether President Trump’s populism and the development of artificial intelligence will help us unlock new progress.
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July 12, 10:37 AM
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Will A.I. Replace New Hires or Middle Managers? - The New York Times

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Quando o presidente-executivo da Amazon, Andy Jassy, escreveu no mês passado que esperava que o uso de inteligência artificial pela empresa "reduzisse nossa força de trabalho total" nos próximos anos, confirmou o medo de muitos trabalhadores de que a IA os substituísse. O medo foi reforçado duas semanas depois, quando a Microsoft anunciou que estava demitindo cerca de 9.000 pessoas, aproximadamente 4% de sua força de trabalho.

É indiscutível que a inteligência artificial está prestes a substituir os trabalhadores de colarinho branco. Mas que tipo de trabalhadores, exatamente? O anúncio do Sr. Jassy surgiu no meio de um debate sobre essa questão.

Alguns especialistas argumentam que a IA tem maior probabilidade de afetar trabalhadores iniciantes, cujas tarefas são geralmente mais simples e, portanto, mais fáceis de automatizar. Dario Amodei, CEO da empresa de IA Anthropic, disse recentemente à Axios que a tecnologia pode canibalizar metade de todos os cargos de nível básico de colarinho branco em cinco anos. Um aumento na taxa de desemprego entre recém-formados agravou essa preocupação , mesmo que não prove que a IA seja a causa de suas dificuldades no mercado de trabalho.

Mas outros líderes da indústria de IA adotaram a visão oposta, argumentando que os trabalhadores mais jovens provavelmente se beneficiarão da IA e que os trabalhadores experientes serão, em última análise, mais vulneráveis. Em uma entrevista em um evento do New York Times no final de junho, Brad Lightcap, diretor de operações da OpenAI, sugeriu que a tecnologia poderia representar problemas para "uma classe de trabalhadores que, na minha opinião, tem mais estabilidade, é mais voltada para uma rotina em uma determinada maneira de fazer as coisas".

A resposta definitiva a essa pergunta terá vastas implicações. Se os empregos de nível básico são os que correm maior risco, isso pode exigir uma reformulação da forma como educamos os estudantes universitários, ou até mesmo do valor da própria faculdade. E se os trabalhadores mais velhos são os que correm maior risco, isso pode levar à instabilidade econômica e até política, à medida que as demissões em larga escala se tornam uma característica persistente do mercado de trabalho.

David Furlonger, vice-presidente da empresa de pesquisa Gartner, que ajuda a supervisionar a pesquisa com diretores executivos, considerou as implicações se a IA substituir trabalhadores mais experientes.

“O que essas pessoas vão fazer? Como serão financiadas? Qual será o impacto na arrecadação tributária?”, disse ele. “Imagino que os governos estejam pensando nisso.”

A IA está formando gestores melhores?
Economistas e outros especialistas que estudam a IA geralmente tiram conclusões diferentes sobre quem ela tem mais probabilidade de substituir.

Analisar com mais detalhes as áreas que mais implementaram a IA até agora tende a pintar um cenário desanimador para os trabalhadores iniciantes. Dados da ADP, empresa de processamento de folha de pagamento, mostram que, em áreas relacionadas à computação, o emprego para trabalhadores com menos de dois anos de experiência atingiu o pico em 2023 e caiu cerca de 20% a 25% desde então. Há um padrão semelhante entre os representantes de atendimento ao cliente, que também dependem cada vez mais da IA.

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No mesmo período, o emprego nesses setores aumentou para trabalhadores com dois ou mais anos de experiência no emprego, de acordo com Ruyu Chen, pesquisador de Stanford que analisou os dados.

Outros estudos apontam em direção semelhante, ainda que indiretamente. No início de 2023, a Itália baniu temporariamente o ChatGPT, no qual os desenvolvedores de software dependiam para ajudá-los a programar. Uma equipe de pesquisadores da Universidade da Califórnia, Irvine, e da Universidade Chapman comparou a mudança na produtividade de programadores italianos com a produtividade de programadores na França e em Portugal, que não proibiram o software, para isolar o impacto do ChatGPT.

Embora o estudo não tenha analisado a perda de empregos, constatou que a ferramenta de IA transformou os empregos de trabalhadores de nível médio de forma mais favorável do que os de trabalhadores de nível inicial. De acordo com os pesquisadores, os programadores juniores usaram a IA para concluir suas tarefas um pouco mais rapidamente; os programadores experientes frequentemente a utilizaram para beneficiar suas equipes de forma mais ampla. Por exemplo, a IA ajudou programadores de nível médio a revisar o trabalho de outros programadores e sugerir melhorias, além de contribuir para projetos em idiomas que não conheciam.

“Quando as pessoas são realmente boas em algo, o que acabam fazendo é ajudar outras pessoas em vez de trabalhar em seus próprios projetos”, disse Sarah Bana, uma das autoras do artigo, acrescentando que a IA essencialmente reforçou essa tendência. A Dra. Bana disse que o resultado do artigo sugere que a IA levaria as empresas a contratar menos programadores juniores (porque menos seriam necessários para concluir tarefas de nível básico), mas mais programadores de nível intermediário (porque a IA amplifica seu valor para toda a equipe).


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Por outro lado, Danielle Li, economista do MIT que estuda o uso da IA no ambiente de trabalho, afirmou que há cenários em que a IA pode prejudicar mais os trabalhadores mais qualificados do que os trabalhadores de nível básico. O motivo é que ela pode, na prática, desvincular habilidades valiosas dos humanos que tradicionalmente as possuem. Por exemplo, talvez você não precise mais ser engenheiro para programar ou advogado para redigir um memorial jurídico.

“Essa situação não é boa para trabalhadores experientes”, disse ela. “Você está sendo pago pela raridade da sua habilidade, e o que acontece é que a IA permite que essa habilidade sobreviva fora das pessoas.”

A Dra. Li afirmou que a IA também não seria necessariamente benéfica para trabalhadores menos experientes. Mas ela especulou que o aumento do desemprego entre recém-formados resulta da expectativa dos empregadores de que precisarão de menos trabalhadores na era da IA, e não apenas de menos trabalhadores novatos. Uma desaceleração geral nas contratações pode ter um impacto maior sobre os trabalhadores recém-formados, já que eles não têm emprego desde o início.

Robert Plotkin, sócio de um pequeno escritório de advocacia especializado em propriedade intelectual, afirmou que a IA não afetou a necessidade de profissionais menos qualificados, como assistentes jurídicos, que formatam os documentos que o escritório envia ao escritório de patentes. Mas seu escritório agora conta com cerca de metade do número de advogados contratados, incluindo alguns com vários anos de experiência, do que há alguns anos, antes da disponibilidade da IA generativa, acrescentou.

Esses advogados mais experientes elaboram pedidos de patentes para clientes, que o Sr. Plotkin então analisa e solicita que eles revisem. Mas ele frequentemente consegue redigir pedidos de forma mais eficiente com a ajuda de um assistente de IA, exceto quando a patente envolve um campo da ciência ou tecnologia com o qual ele não está familiarizado.

“Tornei-me muito eficiente no uso de IA como uma ferramenta para me ajudar a redigir requerimentos de uma forma que reduziu nossa necessidade de advogados contratados”, disse o Sr. Plotkin.

Algumas empresas na vanguarda da adoção da IA parecem ter feito cálculos semelhantes, demitindo funcionários experientes em vez de simplesmente contratar menos funcionários de nível básico. Google, Meta e Amazon realizaram demissões desde 2022. Dois meses antes de seu anúncio de demissão mais recente, a Microsoft demitiu 6.000 funcionários , muitos deles desenvolvedores de software, enquanto as demissões de julho incluíram muitos gerentes de nível médio.

"Qualquer coisa administrativa, relacionada a planilhas, onde haja um rastro de e-mail, uma atividade de gerenciamento de documentos, a IA deve ser capaz de executar com bastante facilidade, liberando tempo para que os gerentes façam mais mentoria", disse o Sr. Furlonger, analista da Gartner, cuja pesquisa recentemente incluiu perguntas sobre IA. "Os CEOs estão insinuando nos dados que não precisamos de tantos deles como antes."

O valor da inexperiência
Gil Luria, um analista de ações que cobre a Microsoft para o banco de investimentos DA Davidson, disse que um dos motivos para as demissões foi que empresas como a Microsoft e o Google estavam cortando custos para sustentar suas margens de lucro enquanto investiam bilhões em chips e data centers para desenvolver IA. Mas outro motivo é que os engenheiros de software são suscetíveis à substituição pela IA em todos os níveis de habilidade — incluindo engenheiros experientes que ganham um grande salário, mas relutam em adotar a tecnologia.

A Microsoft "consegue fazer contas rapidamente — ver quem está agregando valor, quem está ganhando demais, quem não está ganhando demais, quem está se adaptando bem", disse Luria. "Há pessoas experientes que descobriram como tirar vantagem da IA e pessoas experientes que insistem que a IA não sabe programar."

Harper Reed, presidente-executivo da 2389 Research, que está desenvolvendo agentes de IA autônomos para ajudar empresas a executar uma variedade de tarefas, disse que a combinação de salários mais altos e relutância em adotar a IA provavelmente colocaria em risco os empregos de programadores experientes.

“A maneira de reduzir custos não é demitindo os funcionários mais baratos que você tem”, disse o Sr. Reed. “Você pega o funcionário mais barato e faz com que ele valha o funcionário caro.”

Diversos estudos sugeriram que isso é possível. Em um estudo recente realizado por pesquisadores da Microsoft e de três universidades, um assistente de programação com IA pareceu aumentar a produtividade de desenvolvedores juniores substancialmente mais do que a de seus colegas mais experientes.

O Sr. Reed afirmou que, de uma perspectiva puramente financeira, faria cada vez mais sentido para as empresas contratar funcionários juniores que usassem IA para realizar o que antes era trabalho de nível médio, alguns funcionários seniores para supervisioná-los e quase nenhum funcionário de nível médio. Segundo ele, é basicamente assim que sua empresa está estruturada.
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July 12, 10:25 AM
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Your Job Interviewer Is Not a Person. It’s A.I. 

Your Job Interviewer Is Not a Person. It’s A.I.  | Inovação Educacional | Scoop.it
Quando Jennifer Dunn, 54, conseguiu uma entrevista no mês passado por meio de uma empresa de recrutamento para uma vaga de vice-presidente de marketing, ela estava ansiosa para conversar com alguém sobre a vaga e saber mais sobre o possível empregador.

Em vez disso, um recrutador virtual de inteligência artificial chamado Alex enviou-lhe uma mensagem de texto para agendar a entrevista. E quando a Sra. Dunn atendeu o telefone no horário combinado para a reunião, Alex estava esperando para falar com ela.

“Você é humano?” perguntou a Sra. Dunn.

"Não, eu não sou humano", respondeu Alex. "Mas estou aqui para facilitar o processo de entrevista."

Pelos próximos 20 minutos, a Sra. Dunn, uma profissional de marketing em San Antonio, respondeu às perguntas de Alex sobre suas qualificações — embora Alex não conseguisse responder à maioria das suas perguntas sobre a vaga. Mesmo com o tom amigável de Alex, a conversa "parecia vazia", disse a Sra. Dunn. No final, ela desligou antes de terminar a entrevista.

Você pode ter pensado que a inteligência artificial estava atrás do seu emprego . Primeiro, ela está atrás do seu entrevistador.

Candidatos a emprego em todo o país estão começando a se deparar com vozes e avatares sem rosto, apoiados por IA, em suas entrevistas. Esses entrevistadores autônomos fazem parte de uma onda de inteligência artificial conhecida como " IA agêntica ", na qual agentes de IA são orientados a agir por conta própria para gerar conversas em tempo real e desenvolver respostas.

Alguns aspectos da busca por emprego — como a triagem de currículos e o agendamento de reuniões — tornaram-se cada vez mais automatizados ao longo do tempo, mas a entrevista sempre pareceu ser a parte do processo que mais precisava de um toque humano. Agora, a IA está invadindo até mesmo esse domínio, tornando a tarefa, muitas vezes frustrante e desgastante, de encontrar um emprego ainda mais impessoal.

Conversar com entrevistadores de IA "foi muito desumanizante", disse Charles Whitley, 22, recém-formado em ciência da computação e matemática pela Universidade de Santa Clara, que teve duas conversas desse tipo nos últimos sete meses.

Em uma entrevista, para um emprego em engenharia de software, ele disse que a voz da IA tentou parecer mais humana adicionando "hum" e "uh". Parecia "algum tipo de coisa de filme de terror", disse Whitley.

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Entrevistadores autônomos com IA começaram a decolar no ano passado, de acordo com candidatos a emprego, empresas de tecnologia e recrutadores. A tendência foi impulsionada em parte por startups de tecnologia como Ribbon AI, Talently e Apriora, que desenvolveram entrevistadores robôs para ajudar os empregadores a conversar com mais candidatos e reduzir a carga sobre os recrutadores humanos — especialmente porque as ferramentas de IA permitiram que os candidatos gerassem currículos e cartas de apresentação e se candidatassem a inúmeras vagas com apenas alguns cliques.

A IA pode personalizar a entrevista de um candidato a emprego, disse Arsham Ghahramani, diretor executivo e cofundador da Ribbon AI. O entrevistador de IA de sua empresa, que tem uma voz personalizável e aparece em uma videochamada como ondas de áudio em movimento, faz perguntas específicas para a vaga a ser preenchida e se baseia nas informações fornecidas pelo candidato, disse ele.

“É realmente paradoxal, mas, de muitas maneiras, esta é uma experiência muito mais humanizadora porque fazemos perguntas que são realmente personalizadas para você”, disse o Sr. Ghahramani.

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James Gu, um estudante universitário de administração em Calgary, Alberta, disse que conversou com um robô entrevistador para uma vaga de analista de verão. "Parecia que ele estava interessado em saber mais sobre mim", disse ele.Crédito...Todd Korol para o The New York Times
A Propel Impact, uma organização sem fins lucrativos em Vancouver, Colúmbia Britânica, que ensina jovens sobre investimentos financeiros, começou a usar o entrevistador da Ribbon AI em janeiro. Isso permitiu à organização selecionar 500 candidatos para um programa de bolsas de estudo oferecido, muito mais do que os 150 candidatos entrevistados por pessoas no ano passado, disse Cheralyn Chok, diretora executiva da Propel Impact.

“Não teríamos condições de recrutar e enviar propostas para 300 pessoas para participar do nosso programa”, disse ela.

A Sra. Chok disse que as entrevistas com IA também pouparam os candidatos do incômodo de realizar várias entrevistas com empresas financeiras externas para determinar suas vagas. Em vez disso, a Propel Impact enviou as entrevistas gravadas com IA para essas empresas. E ainda havia um elemento humano, disse ela, já que a organização informava aos candidatos que eles poderiam fazer perguntas à sua equipe a qualquer momento.

Os humanos não podem, em última análise, ser excluídos do processo de contratação, afirmou Sam DeMase, especialista em carreiras da ZipRecruiter, um portal de empregos online. As pessoas ainda precisam tomar as decisões de contratação, disse ela, porque a IA pode conter viés e não é confiável para avaliar completamente a experiência, as habilidades e a adequação de um candidato a uma vaga.

Ao mesmo tempo, mais pessoas devem esperar entrevistas conduzidas por IA, disse a Sra. DeMase. "As organizações estão tentando se tornar mais eficientes e escalar mais rápido e, como resultado, estão recorrendo à IA", disse ela.

Isso é uma má notícia para pessoas como Emily Robertson-Yeingst, 57, de Centennial, Colorado. Em abril, ela foi entrevistada por uma IA chamada Eve para o cargo de vice-presidente de marketing de produtos em uma empresa de software. A Sra. Robertson-Yeingst foi obrigada a manter a câmera ligada durante a ligação, com Eve aparecendo como uma pequena caixa cinza em um canto da tela.

Eve pediu à Sra. Robertson-Yeingst que falasse sobre si mesma e, mais tarde, pediu que ela "me contasse sobre uma ocasião em que teve que montar uma equipe do zero", entre mais de meia dúzia de perguntas.

Depois de quase uma hora, a Sra. Robertson-Yeingst perguntou a Eve sobre os próximos passos no processo de contratação. Eve não conseguiu responder, disse ela.

No final, a Sra. Robertson-Yeingst nunca mais recebeu resposta — nem de um humano nem de uma IA — sobre a vaga, que ela viu publicada novamente no LinkedIn. Toda a experiência a deixou com uma sensação de "usada", disse ela.

"Começa a te perguntar: será que eu era só algum tipo de experimento?", disse ela. "Você estava me usando só para treinar o agente da IA? Ou será que existe mesmo um emprego?"

Outros disseram que gostaram de conversar com entrevistadores de IA. James Gu, 21, estudante universitário de administração em Calgary, Alberta, conversou com um entrevistador robô para uma vaga de analista de verão na Propel Impact em fevereiro. Ser bombardeado com perguntas de alguém o estressa, disse ele, então, em parte, ele se sentiu aliviado por não falar com uma pessoa.

Durante a entrevista, a IA pediu ao Sr. Gu que "me contasse mais" sobre sua experiência na gestão de um clube de empreendedorismo no campus. Ele disse que se sentia mais à vontade para "falar" com a IA.

“Parecia que estava interessado em saber mais sobre mim”, disse o Sr. Gu, que conseguiu o emprego.

A Sra. Dunn, profissional de marketing em San Antonio, contou que teve cerca de nove entrevistas de emprego nos últimos dois meses. Apenas uma foi com uma IA como Alex, disse ela, pelo que se sentiu "grata". Se tivesse a opção, ela nunca mais quer se candidatar a uma IA.

“Não é algo que pareça real para mim”, ela disse.
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July 12, 10:22 AM
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YouTube atualiza regras de monetização e acalma criadores após polêmica

YouTube atualiza regras de monetização e acalma criadores após polêmica | Inovação Educacional | Scoop.it
Embora o texto oficial da nova política ainda não tenha sido publicado, o YouTube reforçou que continua aceitando o uso de ferramentas de IA para melhorar vídeos — desde que o resultado final seja original, autêntico e agregue valor real ao espectador.
Isso diferencia esses conteúdos de vídeos de baixa qualidade que apenas remixam clipes, usam narrações automáticas e são produzidos em escala com fins puramente comerciais.
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July 12, 9:54 AM
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Ministério Público pede de suspensão do CNU 2025 por falhas nas cotas

A Procuradoria da República assinalou que o edital do certame mantém a orientação de que as decisões das comissões de heteroidentificação permanecem definitivas. “Isso contraria os princípios do contraditório, da ampla defesa e da motivação dos atos administrativos”, aponta o MPF.

Em concursos públicos, a comissão de heteroidentificação é responsável por verificar a autodeclaração de candidatos que concorrem a vagas reservadas a pessoas negras (pretos e pardos). Em janeiro deste ano, o MPF chegou a recomendar a suspensão da divulgação dos resultados finais do primeiro concurso unificado de 2024, até que as falhas no cumprimento de regras relativas às cotas raciais fossem sanadas.
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