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February 14, 2013 10:04 AM
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Estudantes e diretores discordam em relação à forma como cliente deve ser tratado na web

Estudantes gostam de trabalho colaborativos; eles dão mais valor à relação com clientes em mídias sociais do que diretores-executivos e alunos acham que, para responder aos consumidores é preciso dar atenção individual sempre que possível.

Esses são alguns dos resultados de uma pesquisa que a IBM conduziu no ano passado e divulgou recentemente. Eles chamaram a pesquisa de "Connected Generation" (geração conectada em inglês, já que um dos resultados é que os estudantes creem muito no relacionamento digital, em suas mais variadas versões -entre pessoas físicas e também pessoas jurídicas).
Na pesquisa foram entrevistados mais de 3.400 alunos - 54% de países em desenvolvimento e 46% de países ricos de universidades e, também, diretores-executivos.
A intenção do estudo, diz Isabela Martins, 41, líder de consultoria para o segmento de administração de relações com o consumidor do escritório brasileiro da empresa, é entender "quem está hoje no topo e quem vem por aí para fazer história".

 

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Curadoria por Luciano Sathler. CLIQUE NOS TÍTULOS. Informação que abre caminhos para a inovação educacional.
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September 10, 2024 9:19 AM
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Igualdade Artificial, um risco para a educação. Por Luciano Sathler

Igualdade Artificial, um risco para a educação. Por Luciano Sathler | Inovação Educacional | Scoop.it

O que acontece quando a maioria faz uso de uma IA para realizar suas atividades laborais? E, no caso dos estudantes, quando os trabalhos passam a ser produzidos com o apoio de uma IA generativa?
Luciano Sathler
É PhD em administração pela USP e membro do Conselho Deliberativo do CNPq e do Conselho Estadual de Educação de Minas Gerais
As diferentes aplicações de Inteligência Artificial (IA) generativa são capazes de criar novos conteúdos em texto, imagens, áudios, vídeos e códigos para software. Por se tratar de um tipo de tecnologia de uso geral, a IA tende a ser utilizada para remodelar vários setores da economia, com impactos políticos e sociais, assim como aconteceu com a adoção da máquina a vapor, da eletricidade e da informática.
Pesquisas recentes demonstram que a IA generativa aumenta a qualidade e a eficiência da produção de atividades típicas dos trabalhadores de colarinho branco, aqueles que exercem funções administrativas e gerenciais nos escritórios. Também traz maior produtividade nas relações de suporte ao cliente, acelera tarefas de programação e aprimora mensagens de persuasão para o marketing.
O revólver patenteado pelo americano Samuel Colt, em 1835, ficou conhecido como o "grande equalizador". A facilidade do seu manuseio e a possibilidade de atirar várias vezes sem precisar recarregar a cada disparo foram inovações tecnológicas que ampliaram a possibilidade individual de ter um grande potencial destrutivo em mãos, mesmo para os que tinham menor força física e costumavam levar desvantagem nos conflitos anteriores. À época, ficou famosa a frase: Abraham Lincoln tornou todos os homens livres, mas Samuel Colt os tornou iguais.
Não fazemos aqui uma apologia às armas. A alegoria que usamos é apenas para ressaltar a necessidade de investir na formação de pessoas que sejam capazes de usar a IA generativa de forma crítica, criativa e que gerem resultados humanamente enriquecidos. Para não se tornarem vítimas das mudanças que sobrevirão no mundo do trabalho.
A IA generativa é um meio viável para equalizar talentos humanos, pois pessoas com menor repertório cultural, científico ou profissional serão capazes de apresentar resultados melhores se souberem fazer bom uso de uma biblioteca de prompts. Novidade e originalidade tornam-se fenômenos raros e mais bem remunerados.
A disseminação da IA generativa tende a diminuir a diversidade, reduz a heterogeneidade das respostas e, consequentemente, ameaça a criatividade. Maior padronização tem a ver com a automação do processo. Um resultado que seja interessante, engraçado ou que chama atenção pela qualidade acima da média vai passar a ser algo presente somente a partir daqueles que tiverem capacidade de ir além do que as máquinas são capazes de entregar.
No caso dos estudantes, a avaliação da aprendizagem precisa ser rápida e seriamente revista. A utilização da IA generativa extrapola os conceitos usualmente associados ao plágio, pois os produtos são inéditos – ainda que venham de uma bricolagem semântica gerada por algoritmos. Os relatos dos professores é que os resultados melhoram, mas não há convicção de que a aprendizagem realmente aconteceu, com uma tendência à uniformização do que é apresentado pelos discentes.
Toda Instituição Educacional terá as suas próprias IAs generativas. Assim como todos os professores e estudantes. Estarão disponíveis nos telefones celulares, computadores e até mesmo nos aparelhos de TV. É um novo conjunto de ferramentas de produtividade. Portanto, o desafio da diferenciação passa a ser ainda mais fundamental diante desse novo "grande equalizador".
Se há mantenedores ou investidores sonhando com a completa substituição dos professores por alguma IA já encontramos pesquisas que demonstram que o uso intensivo da Inteligência Artificial leva muitos estudantes a reduzirem suas interações sociais formais ao usar essas ferramentas. As evidências apontam que, embora os chatbots de IA projetados para fornecimento de informações possam estar associados ao desempenho do aluno, quando o suporte social, bem-estar psicológico, solidão e senso de pertencimento são considerados, isso tem um efeito negativo, com impactos piores no sucesso, bem-estar e retenção do estudante.
Para não cair na vala comum e correr o risco de ser ameaçado por quem faz uso intensivo da IA será necessário se diferenciar a partir das experiências dentro e fora da sala de aula – online ou presencial; humanizar as relações de ensino-aprendizagem; implementar metodologias que privilegiem o protagonismo dos estudantes e fortaleçam o papel do docente no processo; usar a microcertificação para registrar e ressaltar competências desenvolvidas de forma diferenciada, tanto nas hard quanto soft skills; e, principalmente, estabelecer um vínculo de confiança e suporte ao discente que o acompanhe pela vida afora – ninguém mais pode se dar ao luxo de ter ex-alunos.
Atenção: esse artigo foi exclusivamente escrito por um ser humano.
O editor, Michael França, pede para que cada participante do espaço "Políticas e Justiça" da Folha sugira uma música aos leitores. Nesse texto, a escolhida por Luciano Sathler foi "O Ateneu" de Milton Nascimento.

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Dívida com a União: governo federal autoriza Minas a deixar o RRF e aderir ao Propag

Dívida com a União: governo federal autoriza Minas a deixar o RRF e aderir ao Propag | Inovação Educacional | Scoop.it
Na lista enviada pelo governo estadual à Brasília, Minas incluiu R$ 96,6 bilhões em ativos, o que é quase três vezes mais que o necessário para atingir os 20%. Eles foram divididos da seguinte maneira:

Imóveis R$ 1,9 bilhão
Créditos do Sistema Comprev - R$ 6,5 bilhões
Juros referentes à ação do Fundef - R$ 10,8 bilhões
Recebíveis de compensações minerais - R$ 18 bilhões
Recebíveis de compensações hídricas - R$ 3,1 bilhões
Fundo Especial do Petróleo (FEP) - R$ 1,4 bilhão
Transferências da Lei Kandir - R$ 2,9 bilhões
Cota-parte do Fundo de Participação dos Estados (FPE) - R$ 30,1 bilhões
Créditos da dívida ativa estadual - R$ 2,6 bilhões
Participações na Cemig - ATÉ R$ 13,5 bilhões
Participações na Codemge - R$ 4,5 bilhões
Participações na MGI - R$ 1,2 bilhão
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Musk queria revolucionar a educação no Texas, mas projeto de escola primária fracassou

Elon Musk há muito tempo tem uma visão para as escolas. O aprendizado deve ser interativo e "o mais próximo possível de um videogame", disse ele certa vez. As escolas devem permitir que as crianças sigam seu próprio ritmo, acrescentou, adaptando "a educação para corresponder às suas aptidões e habilidades".

Desde 2023, Musk vem tentando construir seu sonho de uma educação melhor em uma escola primária em Bastrop, Texas, a cerca de cinco minutos de carro de algumas de suas empresas, incluindo a fabricante de foguetes SpaceX.

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O bilionário da tecnologia comprou quase duas dúzias de acres de terra e enviou dois de seus principais assessores para abrir a escola particular. Professores de todo o país foram entrevistados e alguns foram contratados para a instituição, que incluiria do pré-jardim de infância até o quinto ou sexto ano. Quando a escola — chamada Ad Astra, que em latim significa "para as estrelas" — abriu as inscrições para cerca de 50 crianças no ano passado, milhares se inscreveram.

"Todo mundo quer que seu filho seja como Elon Musk", disse Judah Ross, 37, corretor imobiliário em Bastrop que inscreveu seu filho de 3 anos.

Mas a Ad Astra — em uma casa com colunas brancas e uma bandeira do Texas, cercada por uma cerca de ferro forjado — parece não estar funcionando como uma escola primária hoje.

Em vez disso, é um "programa de creche licenciado" que cuida de cerca de 10 crianças de até 5 anos, de acordo com documentos obtidos da Comissão de Saúde e Serviços Humanos do Texas, uma agência estadual que regula esses programas. A Ad Astra tem dois cuidadores, serve biscoitos integrais e maçãs como lanche e tem horários de soneca em que "as crianças tinham seus próprios berços, com seus nomes escritos neles", disse um relatório estadual de janeiro.

"A operação não cuida de crianças em idade escolar", acrescentou o relatório.

Bilionários como Mark Zuckerberg, Jeff Bezos e LeBron James trabalharam na criação de suas próprias escolas. Alguns tiveram sucesso, outros não. Mas a mudança da Ad Astra para uma creche coroa um esforço de mais de US$ 600 milhões de Musk para revolucionar a educação — apenas para, aparentemente, ser ele mesmo ensinado.

Musk, pai de pelo menos 14 filhos, tenta desde 2021 abrir escolas primárias, uma escola secundária e uma universidade, de acordo com documentos estaduais e entrevistas com nove pessoas próximas a seus esforços. O empresário de 54 anos, que lidera empresas como a Tesla, conseguiu abrir três escolas, mas duas fecharam ou diminuíram de tamanho e a terceira passou a funcionar online. A universidade não parece estar progredindo.

Os filhos de Musk provavelmente não estudam na Ad Astra em Bastrop. Ele e sua parceira, Shivon Zilis, com quem tem pelo menos quatro filhos, disseram a pessoas que estão educando seus filhos em casa, segundo duas pessoas com conhecimento do assunto.

Bilionários tendem a subestimar os desafios de abrir uma escola, disse Larry Cuban, professor emérito de educação em Stanford. "Eles acham que entendem o que é ensinar e o que é estudar porque passaram por isso", disse ele.

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A Ad Astra ainda pode crescer, assim como os negócios de Musk, que geralmente começam pequenos antes de florescer. Musk, que assessorou o presidente Trump e trabalhou em sua startup de inteligência artificial, xAI, este ano, não respondeu aos pedidos de comentários.

Por mais de uma década, Musk falou sobre abrir uma escola onde as crianças pudessem se concentrar em seus interesses específicos. Em sua escola ideal, o ensino seria interativo, disse ele em uma entrevista no ano passado ao Milken Institute, um think tank sem fins lucrativos.

Sua primeira escola — também chamada Ad Astra — foi inaugurada em 2014 na sede da SpaceX na época em Hawthorne, Califórnia, perto de Los Angeles. Ela tinha cerca de 50 alunos, metade deles parentes de funcionários da SpaceX, de acordo com uma entrevista em podcast em 2022 com Josh Dahn, que cofundou a escola com Musk.

Musk matriculou seus cinco filhos do primeiro casamento com Justine Musk na escola, tirando-os da Mirman School, uma escola primária particular no bairro rico de Bel Air, disse Dahn na entrevista em podcast.

Durante a pandemia da covid-19, a escola mudou para aulas virtuais e as disponibilizou ao público. O controle da escola foi posteriormente transferido para uma instituição de caridade criada por Dahn, de acordo com documentos fiscais. Dahn não respondeu a um pedido de comentário.

Em 2021, Musk postou online — aparentemente em tom de brincadeira — que planejava fundar uma universidade com uma sigla específica. "Estou pensando em fundar uma nova universidade: Texas Institute of Technology & Science", escreveu ele. "Ela terá produtos promocionais épicos."

Naquele ano, Jared Birchall, principal assessor pessoal de Musk, criou uma organização sem fins lucrativos chamada "The Foundation" com o objetivo de fundar uma escola primária, uma escola secundária e uma universidade independentes. Musk doou US$ 100 milhões para a organização, que afirmou em uma declaração fiscal de 2023 que "criaria escolas dedicadas ao ensino de STEM nos níveis mais altos".

A Musk Foundation, a principal instituição de caridade de Musk, doou cerca de US$ 607 milhões à Fundação desde 2022. Birchall não respondeu a um pedido de comentário.

Mas, em 2023, os documentos da Fundação deixaram de detalhar os planos para criar uma universidade. Um porta-voz da Comissão de Faculdades da Associação Sulista de Faculdades e Escolas, onde a Fundação havia dito que planejava buscar o credenciamento para uma universidade, disse que "não foi possível encontrar nenhuma comunicação de Musk relacionada ao credenciamento de sua universidade proposta".

Musk concentrou-se, em vez disso, em escolas no Texas, para onde se mudou em 2020.

Ele logo criou uma nova escola Ad Astra no local de lançamento da SpaceX, no sul do Texas. Documentos fiscais da Ad Astra em 2021 mostram planos para um jardim de infância e uma escola de ensino fundamental e médio no Texas.

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No entanto, no início do ano passado, a escola no sul do Texas parecia fechada ao público. Não está claro se ela permanece aberta aos funcionários da SpaceX.

A mais nova escola Ad Astra de Musk em Bastrop, cercada por terras agrícolas e pastagens para gado, pretendia seguir um currículo no estilo Montessori, uma abordagem educacional centrada na criança que é popular entre as pré-escolas, de acordo com documentos estaduais. A escola planejava ter 54 alunos e professores em tempo integral.

Birchall e Jehn Balajadia, um antigo braço direito de Musk, foram colocados no comando da Ad Astra, de acordo com os registros estaduais. Os professores foram contatados e entrevistados para os cargos. Um professor de estudos gerais, que não estava autorizado a falar publicamente, foi informado de que a escola empregaria dezenas de professores.

Mas a Ad Astra enfrentou alguns problemas, de acordo com documentos estaduais. Ela teve que reenviar seu pedido de licença para operar um programa de creche e também lidar com a papelada de um membro da equipe que não tinha os créditos educacionais para "qualificações de diretor". A inauguração da escola foi adiada pelo menos duas vezes, de acordo com e-mails enviados aos pais e vistos pelo The New York Times.

Em outubro de 2024, os funcionários da escola realizaram uma reunião informativa pelo Zoom para dar aos pais "uma visão geral do currículo e dos resultados de aprendizagem esperados dos alunos", de acordo com um e-mail enviado aos pais.

Os funcionários da escola descreveram a Ad Astra como focada em STEM e flexibilidade, como aulas de ciências ao ar livre, disseram os pais. Haveria cavalos e galinhas para cuidar.

A mensalidade seria de cerca de US$ 1.000 por mês e haveria turmas com séries misturadas, disse Ross, o corretor imobiliário que participou da sessão no Zoom. Outros pais disseram que a escola planejava entrevistar cada aluno separadamente e que foram informados de que os funcionários de Musk não teriam preferência. Os pais teriam que assinar um acordo de confidencialidade se seus filhos fossem admitidos.

Ross disse que recebeu ligações de todo o país de pessoas interessadas em se mudar para Bastrop para que seus filhos frequentassem a Ad Astra. Quando seu filho teve a admissão recusada, Ross recebeu um e-mail do administrador da Ad Astra, Greg Marick, que disse que a escola havia recebido "milhares de inscrições e consultas para apenas algumas dezenas de vagas".

"Estamos emocionados com o interesse da comunidade em nossa nova escola para a próxima geração de solucionadores de problemas e construtores", escreveu Marick, um educador que ajudou a abrir uma escola na ilha havaiana de Lanai. (Lanai é propriedade do bilionário Larry Ellison, amigo de Musk.)

Uma pessoa que atendeu um número de telefone vinculado a Marick disse que ele não estava mais envolvido com a escola.

Em uma visita recente à Ad Astra, havia pouca atividade visível. Dois carros estavam estacionados em frente. A segurança instruiu um repórter do Times a sair e se recusou a passar uma mensagem aos funcionários da escola.

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Zarema Saldana, 33, uma padeira em Austin, a cerca de 45 minutos de Bastrop, disse que se inscreveu para que suas duas filhas fossem matriculadas na Ad Astra e nunca recebeu resposta. Suas filhas seriam candidatas ideais, disse ela, pois falam russo e fazem balé e ginástica.

Ela ficou surpresa ao saber que a Ad Astra atendia apenas crianças mais novas, depois de ouvir sobre o currículo e outros detalhes relacionados a uma escola maior.

"Eles tinham planos realmente grandes", disse ela.
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Pode ser doloroso para alguns, mas é hora de reconhecer: a internet Millennial está morta

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As formas de expressão, os artefatos digitais e a cultura online associados aos Millennials estão desaparecendo ou perdendo relevância em uma inevitável troca de guarda geracional sobre a relevância do domínio digital; o protagonismo agora é da geração Z
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Chegou a hora da verdade: a OpenAI vai manter a liderança em IA após avanços do Google?

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Mas, assim como seus concorrentes, a OpenAI continua a aprimorar sua tecnologia. O novo modelo GPT-5.2 apresentou melhorias específicas na geração de códigos de computador e na execução de tarefas em outras áreas específicas, incluindo saúde e finanças. A empresa afirmou que cobraria dos clientes cerca de 40% a mais pelo uso do novo modelo em comparação com as tecnologias anteriores. O modelo chegou poucas horas depois que a Disney anunciou um investimento na OpenAI e que havia concordado em licenciar seus personagens para uso pela Sora.
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December 20, 12:37 PM
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Meta passa a usar dados de usuários para treinar sua IA; veja como se opor

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Interações com a Meta AI passam a alimentar publicidade e sugestões de conteúdo nas plataformas da empresa
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Empresa de IA lança café em Nova York para encontros presenciais com parceiros virtuais

Empresa de IA lança café em Nova York para encontros presenciais com parceiros virtuais | Inovação Educacional | Scoop.it

A EVA AI, empresa responsável por um aplicativo de relacionamento baseado em inteligência artificial, anunciou a abertura do que chama de primeiro café do mundo voltado a encontros presenciais entre pessoas e seus parceiros virtuais. Batizado de EVA Café, o espaço será inaugurado em fevereiro de 2026, em Nova York, em formato de pop-up, e permitirá que usuários levem seus companheiros de IA para um “date” fora do ambiente doméstico.
Segundo a empresa, o café funcionará como um ambiente físico pensado especificamente para interações com personagens digitais. Em vez de mesas para casais, o local contará com lugares individuais, cada um equipado com um suporte para celular, onde o usuário posiciona o telefone para conversar com seu parceiro virtual durante a experiência.
O anúncio foi feito no site oficial da EVA AI, que descreve o projeto como uma tentativa de transportar relações digitais para o mundo físico. A empresa afirma que muitos usuários já conversam diariamente com seus personagens, compartilham rotinas e emoções, mas não tinham, até agora, um espaço social desenhado para esse tipo de interação fora da esfera privada.
O funcionamento do café não prevê interação entre os frequentadores nem atividades coletivas. A proposta é que cada pessoa passe o tempo da forma que desejar: conversando com a IA, compartilhando o dia ou apenas dividindo o silêncio.
De acordo com dados citados pela própria companhia, cerca de um terço dos homens e um quarto das mulheres com menos de 30 anos afirmam já ter interagido com companheiros de inteligência artificial. O EVA Café surge, assim, como uma resposta a esse crescimento, oferecendo um local em que esse tipo de relação não cause estranhamento.
As imagens divulgadas do projeto indicam um ambiente de estética minimalista e futurista, com iluminação baixa, mesas compactas e um clima que remete a bares ou cafés voltados a encontros românticos. À primeira vista, o espaço se assemelha a um café tradicional; a diferença aparece quando se percebe que todos os clientes estão sentados sozinhos, diante apenas de um celular.
Para participar, é necessário utilizar o aplicativo da EVA AI, criar um personagem virtual e se inscrever em uma lista de espera online. A empresa informa que os interessados serão avisados quando as reservas forem abertas e quando o endereço do café for divulgado.
A EVA AI afirma que o objetivo é oferecer uma experiência confortável para usuários que já utilizam companheiros virtuais como forma de conversa, apoio emocional ou treino de interações sociais. O café, segundo a empresa, foi pensado para tornar esse hábito “mais natural” fora de casa.

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December 20, 11:13 AM
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Brasil é mais ou menos desigual do que era antes? 

Brasil é mais ou menos desigual do que era antes?  | Inovação Educacional | Scoop.it
Não somos destaque internacional em pobreza, mas somos em desigualdade. Parece não haver divergência sobre o progresso brasileiro em termos de pobreza, mas há em termos de desigualdade. Por que isso ocorre?

A resposta depende do conceito de renda utilizado e da base de dados para mensuração da renda. A preocupação com a alta concentração de renda entre os ultrarricos é um dos eixos muito bem detalhados na mensuração de renda no relatório do WIL. O estudo utiliza as informações de pesquisas domiciliares junto ao imposto de renda e a informações das contas nacionais para apurar a renda de cada país. O uso agregado de informações permite maior acurácia da renda dos mais ricos e maior refinamento da renda do capital, que é característica da população mais rica. No entanto, essa mesma acurácia não ocorre no detalhamento da renda dos pobres, o que pode gerar uma superestimação da desigualdade.

As fontes utilizadas na Síntese de Indicadores Sociais do IBGE são somente as pesquisas domiciliares, uma boa referência para a renda de salários e do trabalhador por conta própria, sendo menos acuradas nas transferências de renda do governo e na renda do capital. Apesar de subestimar a renda dos ultrarricos e dos ultra pobres, trata-se um indicador importante para fins de percepção sobre o bem-estar da maioria da população

Em outras palavras, como afirma o relatório do IBGE, a renda geral dos brasileiros melhorou. Segundo Piketty, a renda do ultrarrico melhorou mais do que a renda do trabalho.
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December 20, 7:21 AM
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O que é a pascalina, 'primeira tentativa de substituir a mente humana por uma máquina'

O que é a pascalina, 'primeira tentativa de substituir a mente humana por uma máquina' | Inovação Educacional | Scoop.it
As histórias das invenções costumam começar com seus criadores. No caso da pascalina, o protagonista é Blaise Pascal, uma mente que parece destilar genialidade.

Por isso, resumir Blaise Pascal (1623-1662) é uma tarefa difícil. Ele foi um dos grandes polímatas da história, com contribuições marcantes em matemática, física, filosofia e pensamento religioso.

Hoje em dia, seu nome está presente em conceitos como a pressão de Pascal, uma unidade que homenageia seus estudos sobre gases, e no triângulo de Pascal, um padrão numérico em forma de triângulo que mostra relações surpreendentes entre os números e ajuda a resolver problemas matemáticos.

Também é lembrado pela "aposta de Pascal", um argumento filosófico que sugere ser mais racional acreditar em Deus.

Nos experimentos com pressão e vácuo, demonstrou que o ar exerce força e que o vácuo realmente existe. E, em correspondência com o matemático Pierre de Fermat, estabeleceu os fundamentos da teoria moderna da probabilidade.

Além de intelectual e matemático, Pascal foi escritor brilhante. Seu livro mais famoso, Pensées (Pensamentos, em tradução livre), é considerado uma das obras mais elegantes da literatura francesa.

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Legenda da foto,Reprodução histórica digitalmente restaurada de um original do século 19, mostrando Blaise Pascal aos doze anos estudando matemática
E se isso tudo soa muito intelectual, Pascal também dedicou tempo a projetos mais práticos.

Para demonstrar sua famosa Lei de Pascal, criou dispositivos com tubos e êmbolos, a peça que empurra o líquido dentro de um cilindro, antecessores da seringa usada na medicina moderna.

Em Paris, desenvolveu ainda o sistema de carruagens urbanas Carrosses à cinq sols (Carruagens a cinco soldos — moeda antiga de baixo valor), com rotas fixas, tarifas regulares e horários determinados, que começou a operar em 1662, e é considerado por alguns como o embrião do transporte público moderno.

Isso foi duas décadas depois de Pascal criar uma "máquina aritmética" capaz de realizar cálculos com facilidade e sem risco de erro.

Para o pai
Pascal tinha uma relação próxima com o pai, pertencente à nobreza de serviço: um funcionário da administração financeira, mais ligado ao aparato do Estado do que à aristocracia tradicional.

Dele recebeu uma educação extraordinária e pouco convencional. Étienne Pascal era um matemático competente, com ideias pedagógicas adiantadas ao seu tempo, e educou o filho em casa seguindo seus próprios métodos.

Os resultados foram surpreendentes: aos 11 anos, Pascal escreveu um breve tratado sobre os sons de corpos vibrantes; aos 16 anos, publicou um tratado sobre geometria projetiva.

E quando seu pai assumiu o cargo de coletor de impostos na Normandia (França), Pascal, aos 19 anos, inventou algo que o ajudasse na carga contábil.

Nos anos seguintes, foi aprimorando seu projeto, com engrenagens e um corpo de madeira elegante que abrigava um sistema engenhoso.

O maior desafio foi criar um mecanismo para levar os números adiante: a máquina tinha uma roda para as unidades, outra para as dezenas, outra para as centenas, e assim por diante.

Imagine somar manualmente 19 + 11, 9 + 1 = 10, escreve-se 0 e "leva-se 1" para a coluna seguinte. Esse "leva 1" precisava de uma solução mecânica, que Pascal encontrou.

Em 1645, Pascal mostrou a máquina aos seus contemporâneos, e publica o "Aviso necessário para quem tem curiosidade de ver a máquina aritmética e utilizá-la", folheto que servia tanto como manual quanto como divulgação.

No texto, elogia as virtudes da criação e fala diretamente ao leitor: "Você sabia que, ao trabalhar manualmente, é preciso constantemente lembrar ou 'emprestar' números, e quantos erros se cometem ao fazê-lo, a menos que se tenha muita prática, o que cansa a mente rapidamente".

"Esta máquina libera o usuário desse incômodo; basta bom senso, e ela o alivia da limitação da memória."

Pascal garantia que o risco de erro era nulo.

CRÉDITO,GETTY IMAGES
Legenda da foto,Ilustração da "máquina contadora digital" publicada na Enciclopédia de Diderot e d'Alembert. No topo, aparecem duas das rodas de numeração visíveis pelas janelas da estrutura
Para proteger a invenção de falsificações, em 1649 Pascal obteve um privilégio assinado pelo rei da França, Luís 14, que proibia qualquer pessoa de fabricar cópias sob pena de uma grande multa, "de agora em diante e para sempre".

Isso tornou a pascalina a primeira máquina a receber o equivalente a uma patente.

Orgulhoso de sua invenção, enviou uma pascalina à rainha Cristina da Suécia, uma das mulheres mais cultas de seu tempo e por quem ele, como muitos, nutria admiração.

Na carta que acompanhava o presente, escreveu: "Em você reside o poder dispensado pela luz da ciência, e a ciência exaltada pelo brilho da autoridade (...)". E conclui: "Isso, Senhora, é o que me leva a oferecer a Vossa Majestade este presente, ainda que indigno de vossa pessoa."

Nos anos seguintes, Pascal construiu versões diferentes da máquina, nem todas com o mesmo design: havia máquinas decimais para cálculos, máquinas para medir terras e máquinas adaptadas para contabilidade.

Mas a produção artesanal e cara impediu sua distribuição em larga escala.

Ainda assim, como observa o artigo do Le Monde, "seus contemporâneos ficaram deslumbrados. Os eruditos mais destacados se interessaram pelo dispositivo, começando pelo matemático [Gilles de] Roberval".

A pascalina também é a primeira máquina mencionada na Enciclopédia de Diderot e d'Alembert.

E se tornou o protótipo de gerações posteriores de calculadoras, das rodas e cilindros de Leibniz até os aritmômetros do século 19.

Por isso, não surpreende que uma das primeiras linguagens de programação modernas e estruturadas, publicada em 1970 pelo suiço Niklaus Wirth, tenha recebido o nome Pascal, em homenagem àquele feito.

Mas voltemos ao nosso assunto.

Reticências
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Legenda da foto,Blaise Pascal (1623–1662) foi uma figura central no nascimento da ciência moderna. Aqui, "Pascal estudando a cicloide" (1785), escultura de Augustin Pajou, Museu do Louvre, Paris, França
O leilão da coleção de Léon Parcé foi realizado com sucesso.

Entre os itens vendidos estavam obras científicas fundamentais, como a 1ª edição (1687, Principia Matemática da Filosofia Natural, em tradução livre) de Philosophiæ Naturalis Principia Mathematica, de Isaac Newton, e Discorsi e dimostrazioni matematiche, intorno a due nuove scienze (1638, Discursos e demonstrações matemáticas sobre duas novas ciências, em tradução livre), a última grande obra de Galileu sobre física e mecânica.

Também mudaram de mãos obras de pensadores como Johannes Kepler, Pierre de Fermat, Michel de Montaigne, Montesquieu e até Miguel de Cervantes.

Tudo refletia a abrangência da coleção erudita.

Mas Parcé era, acima de tudo, um grande admirador de Pascal. Por isso, dedicou décadas a colecionar obras, cartas, instrumentos e primeiras edições relacionadas a essa importante figura francesa.

As peças foram vendidas ao maior lance, mas houve uma grande ausência: horas antes, a Christie's havia confirmado que não levaria adiante o leilão da pascalina.

Os críticos da venda aberta da pascalina não se limitaram a publicar opiniões na imprensa; apresentaram um recurso legal de emergência para impedi-la.

Embora seis das nove pascalinas originais conhecidas estejam em museus franceses, esta — que estava em mãos privadas — "é a única projetada para topografia; funciona com unidades de medida adequadas (braças, pés, polegadas e linhas)".

"É crucial que este objeto, pouco conhecido até agora, exceto por alguns especialistas, faça parte de uma coleção pública, para que possa ser estudado pela comunidade científica internacional e para que o país onde foi criado possua um exemplar completo deste instrumento."

Para avaliar os méritos do protesto, o tribunal administrativo de Paris bloqueou temporariamente uma autorização de exportação concedida pelo ministro da Cultura francês em maio.

O juiz concluiu que havia "sérias dúvidas" sobre a legalidade do certificado, segundo comunicado do tribunal de Paris.

A decisão determinou que a máquina "provavelmente seria classificada como 'tesouro nacional', segundo a definição do código do patrimônio", o que impediria a pascalina de deixar o território francês.

O tribunal acrescentou, porém, que a decisão é provisória até a sentença definitiva.

Assim, ao menos por enquanto, a pascalina em disputa permanece em casa.
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MEC divulga resultado de mapeamento de demandas por EPT —

MEC divulga resultado de mapeamento de demandas por EPT — | Inovação Educacional | Scoop.it
A maioria das propostas aprovadas se refere a estudos com abrangência nacional, reunindo levantamentos e pesquisas que buscam compreender as dinâmicas do mundo do trabalho e as demandas econômicas, sociais e educacionais que impactam a oferta de educação profissional técnica de nível médio (EPTNM). As propostas selecionadas abordam temas atuais como sustentabilidade (com enfoque em bioeconomia, energia solar, energia eólica, transformação ecológica), tecnologias da informação e comunicação (TIC), indústria, economia circular e mercado de trabalho. 

As experiências selecionadas comporão um repositório público, a fim de subsidiar políticas do MEC e a definição da oferta dos entes no âmbito do Juros por Educação.  A Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC) vai divulgar os estudos, metodologias e ferramentas aprovados, que levaram em conta dados econômicos, demográficos, geográficos e de egressos.  
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December 20, 7:01 AM
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Superidosos: quem são as pessoas com mais de 80 anos que mantêm memória jovem

Superidosos: quem são as pessoas com mais de 80 anos que mantêm memória jovem | Inovação Educacional | Scoop.it
O “superidoso” é uma pessoa que já passou dos 80 anos, mas tem a memória comparável a alguém que tem entre 50 e 69 anos. Alguns representantes desse grupo têm uma capacidade cerebral que impressiona os cientistas.

Uma equipe da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, estudou esses cérebros durante 25 anos.
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December 20, 6:23 AM
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Redesenho institucional para o crescimento | Opinião

Redesenho institucional para o crescimento | Opinião | Inovação Educacional | Scoop.it
O Prêmio Nobel de Economia foi concedido este ano e no ano passado a acadêmicos que, de maneiras distintas, enfatizaram a importância das instituições para o crescimento econômico.

Joel Mokyr, um dos laureados de 2025, recorreu a fontes históricas para demonstrar que as sociedades prosperam quando permitem que novas ideias sejam colocadas em prática. Philippe Aghion e Peter Howitt, seus colegas laureados, identificaram o papel da destruição criativa - e das instituições que permitem que novos participantes substituam empresas e tecnologias já estabelecidas - na promoção do crescimento sustentado. Para os laureados de 2024 (Daron Acemoglu, Simon Johnson e James A. Robinson), a chave para a prosperidade econômica reside no Estado de Direito e em instituições facilitadoras.

A economia, de modo geral, já reconheceu essas realidades, especialmente agora que tecnologias emergentes estão transformando a estrutura de produção. Mas há uma estranha desconexão entre esse consenso e o debate atual sobre política econômica, que se concentra principalmente em temas estreitos como os investimentos em infraestrutura de inteligência artificial e impostos corporativos. Quando surgem questões de desenho institucional, elas tendem a ficar restritas a órgãos específicos, como os bancos centrais. Raramente os formuladores de políticas refletem sobre que tipo de ambiente institucional favorece a inovação e a experimentação.

Além disso, não existem definições ou métricas institucionais padronizadas. Estudos de abrangência macroeconômica tendem a recorrer a medidas indiretas que muitos economistas veem com ceticismo, como as pesquisas sobre “confiança nas instituições” ou índices de qualidade institucional. Da mesma forma, a mensuração de ativos intangíveis - como pesquisa e desenvolvimento ou ativos de dados, essenciais tanto para as economias quanto para as empresas - é muito menos desenvolvida do que outras estatísticas econômicas.

Adotar uma perspectiva mais ampla suscita novas questões. Quem seriam hoje os equivalentes dos mecânicos que mexiam com novas tecnologias, apontados por Mokyr como agentes centrais da inovação durante a Revolução Industrial? O que está impedindo que empresas existentes menos produtivas saiam do mercado, algo que Aghion e Howitt identificaram como crucial para o dinamismo econômico? Quais são as versões contemporâneas das corporações (como universidades e guildas) que, segundo Mokyr e seus coautores em “na, 1000-2000Two Paths to Prosperity: Culture ans Institutions in Europe and Chi”, facilitaram o progresso europeu?

Uma forma de os formuladores de políticas responderem a essas questões seria dar uma nova ênfase na política de competição, cuja importância foi ressaltada pelos “milagres de desenvolvimento” do Sul e do Leste da Ásia na segunda metade do século 20. Essas economias construíram bases industriais ao recorrer à concorrência interna ou às exportações para impor disciplina às suas principais indústrias.

Raramente os formuladores de políticas refletem sobre que tipo de ambiente institucional favorece a inovação e a experimentação. Em muitos países, as instituições que sustentam os sistemas de inovação tornaram-se semifossilizadas
Apesar do reconhecimento crescente no meio acadêmico, de que as leis antitruste vêm sendo aplicadas de maneira insuficiente nas economias da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) desde os anos 80, pouca coisa mudou. Uma atuação mais firme exigiria coragem política para enfrentar incumbentes poderosos - e isso parece estar em falta.

Nos EUA, o reforço da fiscalização antitruste sob Lina Khan, presidente da Federal Trade Commission (FTC) no governo de Joe Biden, foi interrompido quando Donald Trump retornou à Casa Branca. A União Europeia, por sua vez, vem hesitando em aplicar todo o peso de sua regulação digital diante das ameaças comerciais do governo Trump e da forte resistência das empresas de tecnologia dos EUA. O Reino Unido apostou suas expectativas de crescimento em atrair investimentos externos de grandes multinacionais, chegando inclusive a enfraquecer a Autoridade de Concorrência e Mercados (CMA, na sigla em inglês).

Em todos os casos, o foco permanece nos detalhes do arcabouço vigente, em detrimento de uma reflexão mais ampla sobre a arquitetura institucional da economia. Em muitos países, as instituições que sustentam os sistemas de inovação tornaram-se semifossilizadas. São elas que determinam a facilidade de criar e encerrar empresas e permitem a experimentação de novos produtos e serviços.

Para citar apenas um exemplo, para muitas empresas europeias é caro demais fracassar. Pesquisas recentes sugerem que altos custos de reestruturação limitam a pesquisa e desenvolvimento e tornam pouco rentáveis os investimentos em startups de tecnologia e biotecnologia. Mas implementar reformas de “flexicurity”, que combinam flexibilidade no mercado de trabalho com fortes proteções sociais, não é uma panaceia. A taxa com que startups surgem e prosperam é uma questão de economia política, dependente do ambiente geral do lugar - o ecossistema empresarial, a parceria entre os setores público e privado, e o compromissos político com o crescimento.

Felizmente, discussões de fôlego começam a ganhar espaço. O relatório do ex-presidente do Banco Central Europeu (BCE) e ex-primeiro-ministro italiano Mario Draghi, sobre o futuro da competitividade europeia, foi um marco importante para a União Europeia ao reconhecer a necessidade de uma renovação ampla das políticas.

Com o sistema multilateral praticamente inoperante, a transição para a energia limpa já em curso e a IA avançando em ritmo vertiginoso, é preciso escancarar a janela de Overton - modelo para entender como as ideias na sociedade mudam ao longo do tempo e influenciam a política - e abrir espaço para novas ideias de política pública em múltiplos domínios. À medida que as populações das economias avançadas se tornam cada vez mais desiludidas com o establishment econômico, as instituições que o sustentam inevitavelmente mudarão. Mas como será essa mudança dependerá do que as autoridades políticas fizerem a seguir.
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December 19, 11:48 AM
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CNE define normas do Sistec e amplia segurança de diplomas técnicos

CNE define normas do Sistec e amplia segurança de diplomas técnicos | Inovação Educacional | Scoop.it
Resolução determina uso obrigatório do Sistema Nacional de Informações da Educação Profissional e Tecnológica para garantir validade nacional dos diplomas de cursos técnicos de nível médio
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Today, 11:42 AM
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Com tecnologia do Google Cloud, SENAI lança IA para impulsionar empregos e orientar carreiras

Com tecnologia do Google Cloud, SENAI lança IA para impulsionar empregos e orientar carreiras | Inovação Educacional | Scoop.it
A plataforma também direciona o usuário para carreiras com maior probabilidade de sucesso e oportunidades de vagas disponíveis no mercado, incluindo vagas publicadas no Google Jobs. Além disso, calcula a “brecha de competências e habilidades” entre o perfil atual e as aspirações profissionais, utilizando esses dados para recomendar conteúdos personalizados de aprendizagem.  
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Today, 10:32 AM
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Educação digital, regulação e novas tecnologias

Educação digital, regulação e novas tecnologias | Inovação Educacional | Scoop.it
A expansão do Ensino a Distância (EaD) e a atuação de grandes grupos educacionais em escala nacional reforçam a necessidade de observância rigorosa das diretrizes estabelecidas pelo Ministério da Educação (MEC), pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) e pelo Conselho Nacional de Educação (CNE).
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Today, 10:29 AM
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Why personalized AI tutors in classrooms conflict with learning

Why personalized AI tutors in classrooms conflict with learning | Inovação Educacional | Scoop.it
This is not the reality in today’s classrooms on Earth. For many technology leaders building modern AI, however, a vision of AI-driven personalized learning holds considerable appeal. Outspoken venture capitalist Marc Andreessen, for example, imagines that “the AI tutor will be by each child’s side every step of their development.”
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December 20, 12:50 PM
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Kindle agora terá IA que responde dúvidas e resume livros

Kindle agora terá IA que responde dúvidas e resume livros | Inovação Educacional | Scoop.it

A Amazon começou a testar novas funções baseadas em inteligência artificial (IA) no Kindle que prometem facilitar a vida de quem se perde em tramas longas ou sofrem com textos muito complexos. As novidades permitem tirar dúvidas sobre o conteúdo do livro em tempo real e acessar resumos automáticos antes de retomar a leitura.
O principal recurso, batizado de “Ask This Book”, foi incorporado inicialmente ao aplicativo do Kindle para iOS. A ferramenta permite que a pessoa selecione um trecho do livro e faça perguntas diretamente ali, sem sair da página, recebendo respostas geradas por IA sobre personagens, relações entre eles ou eventos já apresentados na narrativa.
Segundo a Amazon, o sistema foi desenhado para respeitar o ponto em que o leitor se encontra, evitando spoilers e não avançando além do progresso de leitura registrado no aplicativo. A ideia é funcionar como um apoio contextual, semelhante a um guia rápido, especialmente útil em obras mais densas ou com muitos personagens.
A empresa afirma que “milhares” de títulos em inglês já estão habilitados para o recurso, incluindo livros de grande sucesso comercial. A função, no entanto, é ativada automaticamente e não oferece opção de exclusão para autores ou editoras.
A Amazon também não detalhou os aspectos técnicos da ferramenta. Não está claro, por exemplo, quais licenças permitem o uso do conteúdo dos livros, nem quais mecanismos são adotados para reduzir erros factuais, conhecidos como “alucinações” em sistemas de IA generativa. A companhia tampouco esclareceu se esses textos podem ser usados no treinamento de modelos futuros.
Além do “Ask This Book”, a empresa lançou o “Recaps”, um recurso de resumos automáticos voltado a séries literárias. A função apresenta uma síntese dos principais acontecimentos e personagens, em um formato inspirado nas séries de TV, ajudando quem ficou um tempo sem ler a se situar rapidamente.
O “Recaps” já está disponível tanto em dispositivos Kindle físicos quanto no aplicativo para iOS, inicialmente apenas nos Estados Unidos. Nos e-readers, o acesso é feito pela página da série na biblioteca, enquanto no app o resumo aparece ao pressionar o agrupamento de livros da mesma coleção.
A Amazon informou que pretende expandir ambos os recursos para aparelhos Kindle físicos e smartphones Android ao longo de 2026, mas não divulgou um cronograma mais preciso para essa ampliação.

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December 20, 12:38 PM
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A centralização pode enfraquecer a segurança da internet

A centralização pode enfraquecer a segurança da internet | Inovação Educacional | Scoop.it
Esse risco não é novo: em 2007 a Estônia, país modelo ao digitalizar praticamente todas as atividades de seus cidadãos, sofreu um ataque que tirou do ar boa parte dos serviços. O que gerou a pane foi um sincronizado e orquestrado ataque de “DoS” “denial of service” (negação de serviço): uma enxurrada de pedidos fictícios a sistemas e serviços que visava a sobrecarregá-los de forma a torná-los inoperantes. Hoje tentativas de “negação de serviço” são dos ataques mais comuns, mas há formas de neutralizá-los.
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December 20, 12:34 PM
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Quer uma vaga em IA? Esqueça diploma de prestígio e mostre seu trabalho, dizem líderes de tecnologia

Quer uma vaga em IA? Esqueça diploma de prestígio e mostre seu trabalho, dizem líderes de tecnologia | Inovação Educacional | Scoop.it

A mudança em relação ao pedigree sugere que os empregadores estão buscando evidências de que os candidatos realmente podem fazer o trabalho
Durante décadas, a ciência da computação foi vendida como um dos caminhos mais seguros para a segurança econômica. E líderes da política e da indústria — do ex-presidente Bill Clinton e do secretário de Estado Marco Rubio a Steve Jobs e Bill Gates — às vezes exortaram os estudantes a não ignorarem a área, apresentando as habilidades de programação como o segredo para empregos estáveis e bem remunerados.
Mas, à medida que a inteligência artificial (IA) remodela rapidamente o local de trabalho, essa promessa começa a parecer menos certa.
A mudança em relação ao pedigree sugere que os empregadores estão buscando evidências de que os candidatos realmente podem fazer o trabalho  Foto: Seventyfour /Adobe Stock
Uma nova pesquisa com mais de 200 líderes de engenharia, conduzida pela organização sem fins lucrativos de treinamento em tecnologia CodePath e compartilhada exclusivamente com a Fortune, mostra que as contratações de nível básico na área de tecnologia estão diminuindo. Mais de um terço dos entrevistados, 38%, disse que sua empresa reduziu o número de contratações de nível básico no último ano, e quase 1 em cada 7 relatou ter suspendido completamente as contratações da Geração Z.
Ao mesmo tempo, 18% disseram que as contratações permaneceram as mesmas e 8% relataram um aumento. Apesar da desaceleração geral, o CEO da CodePath, Michael Ellison, ex-aluno da Y Combinator, argumenta que dizer às pessoas para não evitarem a tecnologia neste momento seria um erro.
“É como tomar uma droga maluca se você acabar optando por não investir nas ferramentas que o tornam mais poderoso — dizer aos computadores o que você quer que eles façam em uma era em que os computadores estão se tornando exponencialmente mais poderosos”, disse Ellison à Fortune. “Então, para mim, é como dizer: ‘não aprenda a usar a internet’”.
O argumento de Ellison reflete uma mudança mais ampla na forma como a ciência da computação se encaixa na economia da IA. À medida que as ferramentas de IA generativa se tornam mais capazes, entender como o software funciona — e como direcionar, personalizar e integrar sistemas de IA — é cada vez mais visto como uma habilidade fundamental, em vez de especializada.
Essa demanda já está aparecendo no mercado de trabalho. O conhecimento em IA liderou a lista do LinkedIn das habilidades que os profissionais estão priorizando e que as empresas estão contratando no momento. E uma análise da Lightcast de mais de 1,3 bilhão de anúncios de emprego em 2024 descobriu que as vagas que exigiam pelo menos uma habilidade em IA ou IA generativa ofereciam, em média, US$ 18.000 a mais em remuneração anual do que aquelas que não exigiam.
Notavelmente, a maioria dessas vagas estava fora do setor de tecnologia. Cerca de 51% dos empregos que exigiam habilidades em IA estavam em setores não tecnológicos, um aumento em relação aos 44% em 2022 — um sinal de que a codificação e a fluência em IA estão se tornando relevantes muito além do Vale do Silício.
O novo segredo para conseguir um emprego na área de tecnologia
Ainda assim, a desaceleração nas contratações não significa que os aspirantes a tecnólogos devam desistir. Em vez disso, os dados da CodePath sugerem que os candidatos podem precisar repensar o que enfatizam — e o que deixam de fora — ao se candidatarem a cargos de tecnologia.
Quando questionados sobre quais sinais são mais importantes fora do processo de entrevista, os líderes de engenharia indicaram que a comprovação de habilidades no mundo real é muito mais importante do que credenciais formais. Projetos paralelos ou portfólios lideraram a lista, citados por 38% dos entrevistados, seguidos por experiência em estágio (35%) e portfólios de código público como o GitHub (34%).
Os indicadores tradicionais de desempenho, por outro lado, tiveram muito menos peso. Apenas 4% dos líderes disseram que os programas de credenciamento foram uma influência importante nas decisões de contratação, enquanto apenas 23% citaram o diploma ou foco acadêmico do candidato e 17% apontaram o prestígio da instituição de ensino.
A mudança em relação ao pedigree sugere que os empregadores estão buscando evidências de que os candidatos realmente podem fazer o trabalho. Maior fluência com ferramentas e estruturas de IA foi a expectativa de habilidade mais comum para contratações no início da carreira, seguida por tempo mais rápido para escrever código pronto para produção e capacidade de aprender novas ferramentas ou linguagens de programação rapidamente.
E, apesar do burburinho sobre demissões na área de tecnologia, ainda existem oportunidades de emprego. O governo federal dos Estados Unidos, por exemplo, anunciou recentemente que contrataria cerca de 1.000 novos engenheiros, cientistas de dados e especialistas em IA. Não é necessário ter diploma ou experiência profissional, e os salários variam de US$ 150.000 a US$ 200.000. A Meta também continuou contratando jovens talentos nas últimas semanas, com vagas para cargos como engenheiros de software de produto.
O conselho de Ellison para quem procura emprego é simples: as oportunidades estão aí, desde que você esteja disposto a se aprofundar e construir um portfólio que os gerentes de contratação procuram.
“As pessoas são recompensadas por serem agressivas e por irem atrás do que querem”, disse ele. “É surpreendente as oportunidades que estão escondidas à vista de todos.”

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December 20, 12:09 PM
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Ipespe lança pesquisa sobre países lusófonos

Ipespe lança pesquisa sobre países lusófonos | Inovação Educacional | Scoop.it
A proposta conta também com o apoio e a participação AULP (Associação das Universidades de Língua Portuguesa), do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), do Ministério da Cultura e da Missão Brasileira junto à CPLP, do Itaú Cultural, da FGV Conhecimento, da CC&P, da Fundação Joaquim Nabuco, da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) , da Unitau, da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), da Universidade Católica da Guiné-Bissau, da Universidade Autónoma de Lisboa e da Universidade de Coimbra.
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December 20, 11:12 AM
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Negar Jesus histórico é espécie de 'criacionismo de ateu'

Negar Jesus histórico é espécie de 'criacionismo de ateu' | Inovação Educacional | Scoop.it

Existem algumas ideias fixas que às vezes eu chamo carinhosamente de "criacionismo de ateu": crenças sem base factual que acabam soando muito sedutoras para pessoas supostamente sem dogmas. Uma delas, que já abordei anos atrás nesta coluna, é a de que não existiria natureza humana e tudo seria "construção social". E há outra que sempre volta para me perseguir quando escrevo sobre história das religiões. Trata-se da tese de que Jesus de Nazaré nunca teria existido. Spoiler: essa é uma crença quase tão pseudocientífica quanto afirmar que as pirâmides foram feitas por ETs.
Explicar as evidências em favor da existência histórica de Cristo exigiria muito mais espaço do que disponho por aqui (e é algo que também já fiz detalhadamente outrora nesta Folha). Queria, porém, dar um passo atrás e pensar um pouquinho nos pressupostos.
Primeiro, a comparação com ideias do tipo "alienígenas do passado" se explica pelo fato de que é praticamente impossível encontrar historiadores e arqueólogos sérios que defendam a tese do "Cristo mítico". O mesmo vale para publicações em periódicos acadêmicos com revisão por pares –o processo no qual a comunidade acadêmica avalia um novo estudo antes de ele ser divulgado.
O que é curioso nesse caso é o proverbial uso de dois pesos e duas medidas. Algumas das pessoas que não dão crédito ao negacionismo da crise climática –porque, afinal, sabem que as raras pessoas com credenciais científicas que negam o problema em geral não são climatologistas, nunca publicaram em nenhum periódico sério sobre o tema, têm motivações ideológico-financeiras para o negacionismo ou tudo isso junto– acabam dando crédito aos "miticistas", que seguem o mesmo figurino.
Os consensos científicos modernos existem por um bom motivo. E eles quase sempre mudam quando há boas evidências em favor de alterá-los, o que não está sendo o caso aqui. E não há nenhuma explicação convincente para a suposta invenção de um Messias judeu se a ideia era converter justamente os não judeus para uma nova religião.
Há ainda outro problema de base nessa história. Trata-se da mania demasiado humana de se aferrar a qualquer argumento que seja útil para o seu lado, por mais frágil que seja. A questão, porém, é que falta enxergar o abismo óbvio que existe entre aceitar a existência da figura histórica de Jesus de Nazaré –um profeta da Galileia crucificado pelos romanos lá pelo ano 30 d.C.– e acreditar no Senhor divino anunciado por uma das muitas denominações cristãs por aí.
É claro que o consenso histórico sobre Jesus se refere à primeira figura, e não à segunda. Os debates entre historiadores sobre os detalhes mais ou menos prováveis da vida da primeira figura são ferozes e ainda indecisos (assim como os debates sobre Alexandre, ou Nero, ou qualquer outra figura da Antiguidade). Mas nenhum desses debates jamais será suficiente para "provar" que o Nazareno operava milagres ou ressuscitou dos mortos ao terceiro dia, como diz o Credo, simplesmente porque eventos desse tipo não são verificáveis por meio do método científico e só podem ser aceitos por meio da fé.
Fica aqui a dica, portanto, aos amigos ateus e agnósticos: os argumentos em favor da descrença já são bastante fortes. Não é preciso fazer birra contra o consenso histórico só por causa do que foi feito do legado de um pobre galileu. Feliz Natal a todos!

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December 20, 7:16 AM
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Com Sistema Nacional de Educação, país busca pontes contra desigualdades — Senado Notícias

A criação do sistema atende a uma demanda constitucional que remonta ao Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova (1932). Durante a Era Vargas, com a percepção de uma educação desorganizada e elitista, o documento surgiu em defesa da educação pública de qualidade, democrática, laica e como direito de todos, que deveria ser organizada pelo Estado a partir de um plano geral. O manifesto foi redigido por intelectuais notáveis da época — como Anísio Teixeira, Cecília Meirelles, Hermes Lima, Edgar Roquette Pinto e Júlio de Mesquita Filho — e se consolidou como um marco inicial de renovação educacional no Brasil, influenciando políticas públicas e debates até os dias atuais. 

O SNE também está previsto no artigo 214 da Constituição Federal e deveria ter sido implementado até 2016, conforme estabelecido no Plano Nacional de Educação (PNE) de 2014 (Lei 13.005). O atraso de quase uma década gerou o que especialistas chamam de "vácuo de governança", agora preenchido pela nova legislação. 

Arns esclarece que a Constituição foi a maior motivação para apresentar o projeto. Com a meta de alcançar o regime colaborativo entre as três esferas de governo na organização dos sistemas de ensino, o texto estruturou a regulação que faltava. 

— Ao suprir essa lacuna normativa, corrigimos os grandes problemas de coordenação das políticas educacionais, mediante a criação de um sistema de governança educacional que uniformize as diretrizes e os principais parâmetros da educação brasileira. Queremos a efetivação plena do direito à educação a todas as pessoas, situadas em todos os recantos do território nacional. 

Marcelo Tavares, diretor geral do colégio Sigma, explica que o novo sistema de educação centraliza as informações e as estratégias para alcançar as metas estabelecidas no PNE. 

— Se não houver uma centralização, há dificuldade na coletânea dos dados, na organização e distribuição dos recursos. Então, o Sistema Nacional de Educação funciona como um anteparo ao Plano Nacional de Educação. 
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December 20, 7:13 AM
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Pesquisa da UFU aborda dilemas do ensino superior à distância

Pesquisa da UFU aborda dilemas do ensino superior à distância | Inovação Educacional | Scoop.it
Fatores como a precarização dos conteúdos de ensino e a desvalorização dos educadores, são preocupações incluídas na pesquisa.  Vian destaca que a expansão do EaD ocorre, em grande medida, por meio da padronização de materiais e conteúdos, distribuídos nacionalmente por plataformas digitais. "Por meio da expansão via EAD, empresas de ensino padronizam materiais e conteúdos, ofertando-os em todos os estados do país e em milhares de cidades por meio de plataformas digitais. Junto aos polos de educação a distância, que são a expressão mais visível da EAD no território, instituições privadas ampliamsignificativamente sua presença e base de alunos no território nacional, com custos reduzidos", analisa. Para o pesquisador, esse modelo está diretamente relacionado aos processos de digitalização e financeirização da educação.

O estudo também discute os impactos desse modelo sobre as condições de ensino e de trabalho docente. Segundo Vian, embora o EaD tenha contribuído para ampliar o acesso ao ensino superior, a modalidade difundida pelo setor privado apresenta, em geral, cursos com avaliações inferiores às dos cursos presenciais. “O trabalho dos professores é diretamente afetado, seja pelo grande número de estudantes em aulas online síncronas, seja pela desvalorização do papel docente em cursos assíncronos, baseados em aulas pré-gravadas e com pouco ou nenhum contato direto com os alunos”, observa.
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December 20, 6:28 AM
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Robô avança sobre pessoa física no mercado de futuros na B3

O investidor que opera minicontratos de Ibovespa (código WIN) tem notado que o mercado de futuros da B3 mudou. Os movimentos estão mais bruscos, as tendências se formam e se desfazem em segundos e, assim, a volatilidade aumentou. O cenário é resultado da migração massiva de fundos estrangeiros quantitativos (que operam via algoritmos de alta frequência) para esses minicontratos, criando disparidade na bolsa.

O giro financeiro do minicontrato já é quase 60 vezes maior que o contrato futuro cheio do Ibovespa (código IND). É o maior distanciamento entre os dois contratos, que acompanham o mesmo ativo, ao menos nos últimos cinco anos, segundo dados da B3. Enquanto o volume financeiro médio dos negócios no IND caiu para cerca de R$ 10 bilhões, o do WIN disparou para mais de R$ 500 bilhões por dia, a maior movimentação financeira no ativo desde 2021.

Os dados reforçam que o contrato futuro cheio do Ibovespa, historicamente utilizado por tesourarias, fundos e demais investidores institucionais para proteção, especulação e arbitragem, está perdendo relevância. Há anos, os negócios migram massivamente para os WIN, tradicionalmente negociados por pessoas físicas porque equivalem a 20% do valor do IND, o contrato padrão.

Segundo especialistas, como os fundos estrangeiros aumentaram seu nível de atuação na B3, enquanto o institucional brasileiro diminuiu, os “gringos” ganharam relevância relativa nesse mercado de futuros com uma maior capacidade de influenciar a formação de preços e de amplificar tendências.

De acordo com dados da B3, estrangeiros têm mais de 50% de participação na quantidade de contratos WIN em aberto, que viabilizam as negociações diárias. As negociações de Ibovespa vêm em uma crescente no segundo semestre deste ano, tendo alcançado em novembro o maior giro médio diário nos últimos seis meses, com 16,43 milhões minicontratos liquidados por dia. Aproximadamente metade desse montante é transacionada pelos estrangeiros; outra metade; pelos investidores pessoa física; e uma parcela ínfima passa pelas mãos dos institucionais locais.

Marcelo Okura, codiretor de mercados globais para a América Latina do UBS BB, explica que a mudança no mercado de futuros está associada aos fundos sistemáticos, quantitativos e CTAs (Commodity Trading Advisors), que são “caçadores de tendências” no mercado financeiro.

Diferentemente dos fundos sistemáticos amplos que operam em ações, os CTAs são focados em negociações de futuros. Foram eles que migraram massivamente para as negociações de minicontratos futuros de Ibovespa, atraídos pela elevada liquidez desses ativos. E conforme o movimento financeiro entre os IND e os WIN se distancia, a tendência é que esses veículos se concentrem ainda mais no terreno do investidor do varejo nesse mercado.

Por isso, a presença da pessoa física é um dado importante nessa equação: seu padrão de operação é mais previsível, o que permite aos robôs uma detecção mais fácil de tendências. Assim, a fatia de participação dos estrangeiros nas operações com WIN acompanha a do varejo, já que esses dois entes estão, de maneira geral, negociando os minicontratos entre si.

Mas contra quem as pessoas físicas estão negociando? Os CTAs usam modelos matemáticos e teóricos para tomar decisões, sem definição humana ou envolvimento emocional na gestão. Pela necessidade de agilidade, são operados por robôs de alta frequência, com capacidade de reação instantânea e de executar mais de uma operação ao mesmo tempo. Então, o pequeno investidor que insistir nesse mercado deve saber mergulhar, já que agora ele nada em um aquário com “tubarões” equipados com sonares de última geração.

Giro financeiro do minicontrato já é quase 60 vezes maior que o do contrato futuro cheio do Ibovespa
Okura lembra que os contratos futuros de Ibovespa estão entre os mais negociados do mundo, o que atrai fundos quantitativos estrangeiros dada sua profundidade e liquidez. E esses agentes identificaram oportunidades de ganhos no mercado local usando duas estratégias principais.

Uma é a arbitragem, estratégia que ganha com eventuais assimetrias de preços entre os ativos negociados em diversos mercados.

Outra é o “trend following” (seguidor de tendências, numa tradução livre), estratégia pela qual os fundos (principalmente os CTAs) acompanham o movimento do mercado. Parte da premissa de que, se o preço de um ativo está subindo, sua tendência é continuar a subir; se está caindo, deve cair mais.

Como a arbitragem tem ganhos marginais (muitas vezes, de centavos), é mais interessante para investidores que têm capacidade de operar em grandes volumes, realizando milhares de vezes a mesma operação em um pequeno espaço de tempo. Já nos fundos que seguem tendências, o trunfo está na capacidade de reação imediata do veículo às viradas do mercado, quando uma tendência é iniciada ou interrompida.

“Basicamente, se o mercado começa a subir, o robô compra mais, amplificando o movimento. Se começar a cair, ele vende mais”, explica uma fonte do setor sob condição de anonimato, sobre os veículos que fazem trend following. Isso explica movimentos recentes de altas fortes na bolsa seguidas de correções abruptas quando esses fundos desmontam posições rapidamente.

Para a pessoa física, essas mudanças se refletiram em spreads (a diferença entre o preço de compra e de venda) mais justos, mas volatilidade maior. Ou seja, o movimento nesse mercado ficou mais rápido e direcional, muitas vezes atropelando o gerenciamento de risco do trader amador antes que ele consiga reagir.

“O aumento da volatilidade tende a atrair a atuação dos fundos sistemáticos. Quando o mercado está muito parado, esses veículos não operam bem. Eles precisam de oscilação, de um sobe e desce mais intenso, para detectar tendências e lucrar”, afirma o executivo do UBS BB.

Embora a alta de quase 35% do Ibovespa no ano explique, em parte, o aumento do volume financeiro no mercado futuro, ela não decifra o descolamento do giro dos contratos. Segundo especialistas, o quadro sugere uma aceleração da migração do investidor institucional estrangeiro para os minicontratos do índice, enquanto a negociação do contrato padrão vem perdendo liquidez.
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December 20, 6:21 AM
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Quando propósito encontra negócio

Quando propósito encontra negócio | Inovação Educacional | Scoop.it
Por isso estou cada vez mais convencido de que é preciso encontrarmos alavancas complementares à filantropia e ao Estado para acelerar o impacto. E os negócios sociais são um caminho. É aquele projeto social que vira social business - um negócio com propósito, mas também com autonomia financeira. Assim podemos sonhar com um combate à pobreza escalável, capaz de andar com as próprias pernas.
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December 19, 9:47 AM
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A brief history of Sam Altman’s hype

A brief history of Sam Altman’s hype | Inovação Educacional | Scoop.it
Here’s how pinning a utopian vision for AI on LLMs kicked off the hype cycle that’s causing fears of a bubble today.
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