versão reduzida do currículo em bioeconomia foi criada para formar profissionais para uma indústria em ascensão que une economia e ecologia, faz uso inteligente dos recursos naturais, é sustentável e tem papel essencial para o desenvolvimento do Brasil. Tem uma carga horária de 1.000 horas, distribuídas em módulos que podem ser adaptados para oferta concomitante ou subsequente ao ensino médio.
O que acontece quando a maioria faz uso de uma IA para realizar suas atividades laborais? E, no caso dos estudantes, quando os trabalhos passam a ser produzidos com o apoio de uma IA generativa? Luciano Sathler É PhD em administração pela USP e membro do Conselho Deliberativo do CNPq e do Conselho Estadual de Educação de Minas Gerais As diferentes aplicações de Inteligência Artificial (IA) generativa são capazes de criar novos conteúdos em texto, imagens, áudios, vídeos e códigos para software. Por se tratar de um tipo de tecnologia de uso geral, a IA tende a ser utilizada para remodelar vários setores da economia, com impactos políticos e sociais, assim como aconteceu com a adoção da máquina a vapor, da eletricidade e da informática. Pesquisas recentes demonstram que a IA generativa aumenta a qualidade e a eficiência da produção de atividades típicas dos trabalhadores de colarinho branco, aqueles que exercem funções administrativas e gerenciais nos escritórios. Também traz maior produtividade nas relações de suporte ao cliente, acelera tarefas de programação e aprimora mensagens de persuasão para o marketing. O revólver patenteado pelo americano Samuel Colt, em 1835, ficou conhecido como o "grande equalizador". A facilidade do seu manuseio e a possibilidade de atirar várias vezes sem precisar recarregar a cada disparo foram inovações tecnológicas que ampliaram a possibilidade individual de ter um grande potencial destrutivo em mãos, mesmo para os que tinham menor força física e costumavam levar desvantagem nos conflitos anteriores. À época, ficou famosa a frase: Abraham Lincoln tornou todos os homens livres, mas Samuel Colt os tornou iguais. Não fazemos aqui uma apologia às armas. A alegoria que usamos é apenas para ressaltar a necessidade de investir na formação de pessoas que sejam capazes de usar a IA generativa de forma crítica, criativa e que gerem resultados humanamente enriquecidos. Para não se tornarem vítimas das mudanças que sobrevirão no mundo do trabalho. A IA generativa é um meio viável para equalizar talentos humanos, pois pessoas com menor repertório cultural, científico ou profissional serão capazes de apresentar resultados melhores se souberem fazer bom uso de uma biblioteca de prompts. Novidade e originalidade tornam-se fenômenos raros e mais bem remunerados. A disseminação da IA generativa tende a diminuir a diversidade, reduz a heterogeneidade das respostas e, consequentemente, ameaça a criatividade. Maior padronização tem a ver com a automação do processo. Um resultado que seja interessante, engraçado ou que chama atenção pela qualidade acima da média vai passar a ser algo presente somente a partir daqueles que tiverem capacidade de ir além do que as máquinas são capazes de entregar. No caso dos estudantes, a avaliação da aprendizagem precisa ser rápida e seriamente revista. A utilização da IA generativa extrapola os conceitos usualmente associados ao plágio, pois os produtos são inéditos – ainda que venham de uma bricolagem semântica gerada por algoritmos. Os relatos dos professores é que os resultados melhoram, mas não há convicção de que a aprendizagem realmente aconteceu, com uma tendência à uniformização do que é apresentado pelos discentes. Toda Instituição Educacional terá as suas próprias IAs generativas. Assim como todos os professores e estudantes. Estarão disponíveis nos telefones celulares, computadores e até mesmo nos aparelhos de TV. É um novo conjunto de ferramentas de produtividade. Portanto, o desafio da diferenciação passa a ser ainda mais fundamental diante desse novo "grande equalizador". Se há mantenedores ou investidores sonhando com a completa substituição dos professores por alguma IA já encontramos pesquisas que demonstram que o uso intensivo da Inteligência Artificial leva muitos estudantes a reduzirem suas interações sociais formais ao usar essas ferramentas. As evidências apontam que, embora os chatbots de IA projetados para fornecimento de informações possam estar associados ao desempenho do aluno, quando o suporte social, bem-estar psicológico, solidão e senso de pertencimento são considerados, isso tem um efeito negativo, com impactos piores no sucesso, bem-estar e retenção do estudante. Para não cair na vala comum e correr o risco de ser ameaçado por quem faz uso intensivo da IA será necessário se diferenciar a partir das experiências dentro e fora da sala de aula – online ou presencial; humanizar as relações de ensino-aprendizagem; implementar metodologias que privilegiem o protagonismo dos estudantes e fortaleçam o papel do docente no processo; usar a microcertificação para registrar e ressaltar competências desenvolvidas de forma diferenciada, tanto nas hard quanto soft skills; e, principalmente, estabelecer um vínculo de confiança e suporte ao discente que o acompanhe pela vida afora – ninguém mais pode se dar ao luxo de ter ex-alunos. Atenção: esse artigo foi exclusivamente escrito por um ser humano. O editor, Michael França, pede para que cada participante do espaço "Políticas e Justiça" da Folha sugira uma música aos leitores. Nesse texto, a escolhida por Luciano Sathler foi "O Ateneu" de Milton Nascimento.
Entender os modelos da masculinidade, suas fragilidades e os diferentes papeis do homem dentro da sociedade moderna é o ponto de partida da série: “O que é ser homem? Cartografar as masculinidades” Neste episódio, o psicólogo Pedro Ambra reflete sobre o senso comum de que o papel do homem dentro da sociedade obedece a um padrão físico e de comportamento. Ele faz uma análise histórico social de quando e porquê o mundo criou essa ideia. O que define “ser homem”? Qual o verdadeiro papel da masculinidade em um mundo que está questionando certos tipos de comportamentos?
Entender os modelos da masculinidade, suas fragilidades e os diferentes papeis do homem dentro da sociedade moderna é o ponto de partida da série: “O que é ser homem? Cartografar as masculinidades”. Neste episódio, o sociólogo Túlio Custódio reflete como a imagem de um “homem” foi construída na história do mundo e da sociedade brasileira. As estruturas sociais moldam e sustentam o comportamento dos homens? Quem este homem deveria ser? E quais atributos estão ligados a esse exercício da masculinidade?
No episódio dessa semana, a psicanalista Julieta Jerusalinsky participa da série inédita “Gozai por nós: a inteligência artificial entre nós”. Com a palestra “Por qual janela a criança olha o mundo?”, Julieta reflete sobre o papel das novas tecnologias no aprendizado e no desenvolvimento infantil. Ela aborda os pontos positivos e também os preocupantes dos excessos de telas entre as crianças. Como as transformações tecnológicas influenciam no olhar das novas gerações para a realidade? O que isso representa para um ser que está em formação? Reflita com a gente!
No episódio dessa semana, a psicóloga Tatiana Paranaguá participa da série inédita “Gozai por nós: a inteligência artificial entre nós”. Com a palestra “Like ou delete? O Amor Pode Ser Virtual?”, Tatiana reflete sobre a influência do mundo virtual nas relações amorosas. Com o aumento das interações através das redes sociais e uso de aplicativos de relacionamento, o mundo tem mudado a dinâmica na maneira de se conhecer, estabelecer vínculos e conexão. O amor pode ser virtual? Como este mundo conectado pode ajudar ou atrapalhar as pessoas e suas paixões? Reflita com a gente!
No episódio desta semana, o filósofo Alberto Cupani participa da série inédita “A tecnologia nossa de cada dia: um olhar da filosofia”. Na edição, Cupani analisa como a tecnologia ultrapassa o simples uso de ferramentas. Ela se tornou uma força que intervém na natureza, modifica o ambiente e redefine comportamentos, afetando diretamente a forma como nos relacionamos com o mundo e com nós mesmos. Até que ponto a tecnologia molda quem somos e como vivemos? Reflita com a gente!
O Café Filosófico CPFL é um espaço aberto para reflexão. As falas dos convidados e os comentários do público são de responsabilidade dos respectivos autores e não refletem, necessariamente, a visão do Instituto CPFL ou de seus controladores. Comentários fora do tema proposto e que disseminam discursos de ódio e/ou ataques criminosos serão banidos automaticamente. Fazer dietas restritivas pode levar ao ganho de peso! Sim, ao reduzir o que se come, a resposta natural do corpo à restrição desencadeia uma cascata de adaptações que reduzem o metabolismo e aumentam o apetite. Ao restringir, você passará a pensar mais em comida e a reduzir seu gasto energético, ou seja, se colocará em risco de engordar ainda mais. A dificuldade em manter dietas restritivas não é falta de foco, mas resultado desse processo fisiológico. A longo prazo, isso pode causar uma relação disfuncional com a comida e até transtornos alimentares. Antes de buscar o emagrecimento, é importante refletir sobre os motivos e promover uma relação saudável com o corpo, evitando que padrões prejudiciais sejam transmitidos às crianças e às futuras gerações. Mini Bio: Nutricionista franco-brasileira, doutora pela USP no departamentode Endocrinologia, engenheira agrônoma, pesquisadora em Neurociência do comportamento alimentar, influenciadora, palestrante e autora dos livros “O peso das dietas”, “Os 7 pilares da saúde alimentar” e “Pare de engolir mitos”. Ajuda as pessoas a fazer as pazes com a comida e o corpo, sendo nutricionista pioneira no Brasil da abordagem da terapia nutricional sem dieta restritiva. Desenvolveu o Método Sophie, um método de atendimento sem dieta voltado para todos os profissionais de saúde. Já são mais de 700 profissionais formados pelo Brasil e no exterior.
O Café Filosófico CPFL é um espaço aberto para reflexão. As falas dos convidados e os comentários do público são de responsabilidade dos respectivos autores e não refletem, necessariamente, a visão do Instituto CPFL ou de seus controladores. Comentários fora do tema proposto e que disseminam discursos de ódio e/ou ataques criminosos serão banidos automaticamente. O comer transtornado é marcado pela preocupação excessiva com a alimentação e o corpo que acarreta sofrimento, se desdobrando em quadros de depressão e ansiedade, mas sem necessariamente resultar em um transtorno alimentar. Pesquisas recentes apontam que o comer transtornado afeta cerca de 40% das mulheres entre 14 e 28 anos.*(academias / homens e músculos). A estimativa é que só aumenta nas faixas etárias superiores onde o peso corporal tende a aumentar gradualmente devido às mudanças metabólicas e hormonais, o que nos aproxima também do horror do envelhecimento (Lipovestsky). Nesta fala tenho por objetivo apresentar como a cultura opera para elevar cada vez mais esses números. Vou apresentar questões relativas à indústria da beleza, aos problemas relativos ao nutricionismo (Gyorgy Scrinis) e ao marketing nutricional (Marion Nestle) e ao sentimento de incompetência dos comedores (Claude Fischler), o papel de disseminação das redes sociais e como isso afeta a saúde mental. Mini Bio: Psicanalista, membro de Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae SP, Doutora e Pós-doutora pelo Instituto de Psicologia da USP, coordenadora e professora do curso de Problemáticas Alimentares do Instituto Sedes, coordenadora e supervisora da Rede de estudos e escuta psicanalítica das Problemáticas Alimentares (REEPPA).
O Café Filosófico CPFL é um espaço aberto para reflexão. As falas dos convidados e os comentários do público são de responsabilidade dos respectivos autores e não refletem, necessariamente, a visão do Instituto CPFL ou de seus controladores. Comentários fora do tema proposto e que disseminam discursos de ódio e/ou ataques criminosos serão banidos automaticamente. Lacan chamou de paixões do ser o amor, o ódio e a ignorância. O amor é próprio da condição humana. O experimentamos na medida em que nos deparamos com nossa a falta a ser. O amor opera seus milagres mas também estabelece seus limites e um deles é impedir que vejamos certas coisas, mantendo um certo saber bem longe da consciência, bem recalcado. Quanto maior o amor, maior o recalcamento. Há uma relação muito próxima entre o amor, o recalcamento e a formação de sintomas. Lacan diz que o amor, como paixão do eu, visa a ignorância e o desconhecimento. A nossa condição estrutural nos impulsiona, pela via do amor, a buscar num outro aquilo que nos falta, pensando que irá nos completar. Freud, em Pulsões e seus destinos (1915), diz que se uma relação com um dado objeto for rompida, frequentemente, o ódio surgirá em seu lugar, de modo que temos a impressão de uma transformação do amor em ódio. As paixões derivadas do amor e do ódio são as mais conhecidas, mas a ignorância tem uma íntima relação tanto com o amor quanto com o ódio. O ódio e a ignorância são duas paixões que estão sempre unidas. A paixão da ignorância pode ser tão cruel quando a paixão do ódio, e mais perigosa que o ódio. isso porque a ignorância esconde um prazer obsceno. A transformação pulsional do ódio é o amor ao saber e é por esse caminho que a psicanálise opera, que é uma cura pelo amor baseada na premissa de que o desejo de saber é do amor desejante e o desejo de não saber é da paixão da ignorância. Para Freud, a psicanálise é um tratamento pela via do amor, amor como base de todo laço humano e fundamento da sociedade humana. Freud e Lacan nos deixaram um legado teórico-clínico da ordem de um dever ético para com a palavra, que possibilita interpretar os sintomas da nossa época. Os psicanalistas lacanianos não são indiferentes ao que acontece no mundo, valorizamos o laço e a palavra como únicos recursos para enfrentar a ação destrutiva da pulsão de morte.
O Café Filosófico CPFL é um espaço aberto para reflexão. As falas dos convidados e os comentários do público são de responsabilidade dos respectivos autores e não refletem, necessariamente, a visão do Instituto CPFL ou de seus controladores. Comentários fora do tema proposto e que disseminam discursos de ódio e/ou ataques criminosos serão banidos automaticamente. No encontro, a artista, pesquisadora e escritora Tatiana Schunck, vai refletir sobre a escuta enquanto condição para a realização de algumas ações artísticas que desenvolve no espaço público da cidade de São Paulo, desde 2012. Na ação Performance de uma pessoa escrita, acompanhada de uma máquina de datilografia, a artista se desloca entre pontos de ônibus, terminais rodoviários, filas, estações de metrô, espaços de espera e locomoção, a fim de escutar alguém que não conhece e escrever o que aconteceu neste encontro. A reflexão abre a possibilidade de falarmos sobre um campo sensível em que forças e afetos, como o medo, a angústia e a solidariedade operam nesse tipo de situação, enquanto experiência artística. Terceiro programa do módulo Vocabulário das emoções, o primeiro da temporada 2025 do Café Filosófico CPFL.
O Café Filosófico CPFL é um espaço aberto para reflexão. As falas dos convidados e os comentários do público são de responsabilidade dos respectivos autores e não refletem, necessariamente, a visão do Instituto CPFL ou de seus controladores. Comentários fora do tema proposto e que disseminam discursos de ódio e/ou ataques criminosos serão banidos automaticamente. É por meio de quem somos para o outro que constituímos essa ficção que chamamos de “eu” em nossos tempos. A vergonha tem uma relação com o pudor e, ao mesmo tempo que se trata de um afeto fundamental para a nossa entrada no laço social, também pode se aliar à inibição e impedir que alguém faça valer sua existência no mundo pelos caminhos do desejo. O medo de desagradar os nossos amores, os nosso primeiros outros, por um lado nos constituiu e possibilita a nossa existência, mas por outro lado pode se colocar como um empecilho na vida. Nos dias de hoje, quem são esses outros não nos é claro, especialmente quando nos referimos à nossa recente relação com as redes sociais, onde esse outro aparece para cada um de nós desprovido de corpo, podendo, inclusive ser uma inteligência artificial. A vergonha, no entanto, segue sendo um afeto tão comum, ainda que mal dito e entendido como algo a ser eliminado. Podemos lê-la como um cuidado que temos com nossa própria imagem, mas também com a imagem do outro – como quando dizemos sentir “vergonha alheia”, por exemplo. São diferentes nuances do medo que sentimos de ficar sós, da nossa preocupação com a solidão.De certa maneira, estamos sempre sós, mas se temos recursos para lidar com essa solidão, não ficamos tão sós assim. Por outro lado, aprendemos desde Freud que o desamparo é nossa estrutura de base, o que aponta que, por mais que se tenha recursos para enfrentar o olhar do outro (no entanto cada vez mais talvez tenhamos menos recursos), nossa posição desamparada diante da vida está sempre à espreita. Caberá a cada um de nós não nos acovardar diante disso.
Neste episódio especial, o primeiro inédito de 2025, o filósofo Mário Sérgio Cortella e o psicólogo Rossandro Klinjey refletem sobre a abordagem do livro “As quatro estações da alma: da angústia à esperança” Por que chegamos ao “fundo do poço” e como tiramos forças para sairmos dele? Como nossa criação influencia nas nossas reações ao longo da vida? Da onde tiramos forças para lidar com problemas? Os escritores da obra comentam sobre os diferentes momentos da vida dos seres humanos e a importância de entendermos essas fases.
Entender os modelos da masculinidade, suas fragilidades e os diferentes papeis do homem dentro da sociedade moderna é o ponto de partida da série: “O que é ser homem? Cartografar as masculinidades”. Neste episódio, o cientista social Fábio Mariano da Silva reflete sobre a importância dos próprios homens estudarem a masculinidade e questionarem os padrões sociais que vigoram por tanto tempo. Por que os homens demoraram tanto tempo para discutir “o que é ser homem?” É preciso desconstruir essa imagem imposta pela sociedade?
Entender os modelos da masculinidade, suas fragilidades e os diferentes papeis do homem dentro da sociedade moderna é o ponto de partida da série: “O que é ser homem? Cartografar as masculinidades”. Neste episódio, a antropóloga Isabela Venturoza reflete como as construções de masculinidades dentro da sociedade cooperaram, ao longo da história, para os casos de violência e preconceito contra as mulheres. Quais os caminhos para encontrar mais segurança para mulheres nas relações de afeto? Qual a importância de entender a construção da masculinidade dentro deste cenário? Reflita com a gente!
No episódio dessa semana, o psicanalista e psicólogo, Pedro de Santi participa da série inédita “Gozai por nós: a inteligência artificial entre nós”. Com a palestra “A mente: de um virtual a outro”, Pedro reflete sobre os olhares fascinados e ao mesmo tempo desconfiados do homem sobre os avanços tecnológicos. Reflita com a gente
No episódio dessa semana, o psiquiatra Paulo Dalgalarrondo participa da série inédita “Gozai por nós: a inteligência artificial entre nós”. Com a palestra “Vida hiperconectada: Quem aguenta?”, Paulo reflete sobre as transformações de hábitos e comportamentos com os impactos das novas tecnologias e os avanços da inteligência artificial. Como este mundo conectado pode afetar a nossa forma de sentir, pensar e desejar? Reflita com a gente!
No episódio dessa semana, o médico Carlos Alberto Sacomani participa da série inédita “Gozai por nós: a inteligência artificial entre nós”. Com a palestra “Agora e na hora de nossa morte, click!”, Sacomani reflete sobre a revolução que a Inteligência Artificial tem causado no mundo da medicina. Ela pode ser uma ferramenta muito importante em diagnósticos e atendimentos, mas também precisa ser regulamentada, já que estará interferindo diretamente no tratamento de seres humanos. Até que ponto as IAs podem transformar a relação entre médicos e pacientes? Reflita com a gente!
O Café Filosófico CPFL é um espaço aberto para reflexão. As falas dos convidados e os comentários do público são de responsabilidade dos respectivos autores e não refletem, necessariamente, a visão do Instituto CPFL ou de seus controladores. Comentários fora do tema proposto e que disseminam discursos de ódio e/ou ataques criminosos serão banidos automaticamente. Em uma sociedade de consumo, os alimentos desempenham um papel central na construção das identidades, seja diretamente, por meio dos produtos alimentares, ou indiretamente, pela transformação do corpo em mercadoria. Ambos comunicam valores, funcionam como uma linguagem de signos e servem como instrumentos de diferenciação social. Jean Baudrillard afirmava que o corpo é a principal mercadoria em uma sociedade de consumo, sendo não apenas um objeto, mas também o “meio” de consumo, já que é continuamente moldado, exibido e valorizado como símbolo de status, saúde, juventude e beleza. Claude Fischler, por sua vez, destaca uma peculiaridade dos alimentos: eles são mercadorias corporificadas. O alimento é, ao mesmo tempo, um objeto de consumo e um fator que molda o corpo humano, tornando-o um reflexo direto do que ingerimos. Em outras palavras, somos literalmente o que comemos. Compreender as escolhas alimentares em uma sociedade de consumo é fundamental para analisar como os indivíduos constroem suas identidades, perpetuam desigualdades sociais e se relacionam com um mercado que transforma até o ato de comer em um instrumento de distinção e poder. Mini Bio: Economista e professor universitário, com mestrado e doutorado em Desenvolvimento Econômico pelo Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Atualmente, Palmieri Júnior atua como professor de Economia na Strong Business School, onde também coordena cursos na área. Sua experiência acadêmica abrange temas como Desenvolvimento Econômico, Macroeconomia, Economia do Trabalho e Economia Social. Além de suas atividades docentes, Palmieri Júnior participa de discussões públicas sobre economia e consumo.
O Café Filosófico CPFL é um espaço aberto para reflexão. As falas dos convidados e os comentários do público são de responsabilidade dos respectivos autores e não refletem, necessariamente, a visão do Instituto CPFL ou de seus controladores. Comentários fora do tema proposto e que disseminam discursos de ódio e/ou ataques criminosos serão banidos automaticamente. Compreender que as ideias sobre corpo e alimentação estão profundamente arraigadas em processos colonizadores é crucial para ressignificar nossa relação com a vida. O corpo deve ser visto como parte essencial de quem somos, não como inimigo, enquanto a alimentação, controlada por indústrias e sistemas neoliberais, reflete desigualdades sociais. A saúde, por sua vez, vai além da mera ausência de doença, sendo atravessada por dimensões culturais, sociais e subjetivas. AT patologização de corpos gordos e a fetichização da magreza manifestam violências epistemológicas que ignoram a diversidade das experiências humanas. Descolonizar saberes, questionar modelos científicos hegemônicos e valorizar pluralidades são passos necessários para um pensamento crítico sobre corporalidades, comida e beleza. Movimentos sociais e abordagens transdisciplinares são peças-chave para construir uma ciência mais inclusiva, transformando saúde, corpo e alimentação em pilares de uma sociedade mais justa e igualitária. Mini Bio: Pessoa não binária, filósofa, gorda, artivista e acadêmica, possui doutorado em Estudos de Cultura Contemporânea e realiza pós-doutorado em Psicossociologia pela UFRJ, com pesquisa financiada pelo CNPq sobre saúde e corpos gordos. Atua como professora pesquisadora na PUC Minas, na pós-graduação em Diversidade e Inclusão em Gestão, e na UEL, dentro da linha de Decolonialidades e Comunicação. Líder do Grupo de Estudos Transdisciplinares das Corporalidades Gordas no Brasil (Pesquisa Gorda), Malu combina filosofia e arte com ciência para questionar normas sociais e propor visões decoloniais sobre corporalidades.
O Café Filosófico CPFL é um espaço aberto para reflexão. As falas dos convidados e os comentários do público são de responsabilidade dos respectivos autores e não refletem, necessariamente, a visão do Instituto CPFL ou de seus controladores. Comentários fora do tema proposto e que disseminam discursos de ódio e/ou ataques criminosos serão banidos automaticamente. O que significa ser homem nos dias de hoje? Após refletirem sobre o feminino no livro Coisa de menina? Uma conversa sobre gênero, sexualidade, maternidade e feminismo, Contardo Calligaris e Maria Homem se voltam agora às questões que rondam o masculino, oferecendo uma análise acerca da construção social e histórica da identidade masculina. A obra aborda a complicada relação dos homens com o próprio corpo, explorando aspectos como autocontrole, repressão, misoginia e paternidade. Os autores falam sobre as fantasias masculinas de heroísmo e poder, a dificuldade que o homem tem de lidar com o próprio desejo e com o desejo feminino, além das grandes questões envolvendo amor, sexo e violência. Por meio de uma conversa fluida e provocadora, o livro discute as transformações contemporâneas nas relações de gênero e aponta para a necessidade urgente de repensarmos modelos e comportamentos que definem o papel dos homens e do masculino em nosso século. Maria Homem é psicanalista, pesquisadora do Núcleo Diversitas FFLCH/USP e professora nas áreas de Psicanálise, Cinema, Literatura e Comunicação da FAAP. Tem pós-graduação em Psicanálise e Estética pela Universidade de Paris VIII/Collège International de Philosophie e doutorado pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP. Inscreva-se no canal e clique no sininho para ser notificado das novidades!
O Café Filosófico CPFL é um espaço aberto para reflexão. As falas dos convidados e os comentários do público são de responsabilidade dos respectivos autores e não refletem, necessariamente, a visão do Instituto CPFL ou de seus controladores. Comentários fora do tema proposto e que disseminam discursos de ódio e/ou ataques criminosos serão banidos automaticamente. A exposição começa pela apresentação do luto como paradigma da forma como dispositivo de subjetivação e simbolização genérico, por meios do qual nos humanizamos e nos vinculamos aos outros. O luto é um trabalho que vivemos quando perdemos amores, mudamos de fase na vida, quando nos transformamos em outro. Este trabalho pode ser comparado com a fabricação de um afeto, ou melhor dizendo, a passagem de nossos, afetos em emoções e destas em sentimentos sociais. O percurso do luto progride da tristeza e para a alegria. A tristeza não é angústia da privação do outro, nem o abalo narcísico de ser deixado, mas uma conquista que deve ser vivida integralmente. Depois disso se discute as oposições e falsas oposições entre alegria, como libertação, como bom encontro, como suspensão do trabalho, como prazer e tristeza como paixão triste, como perda do objeto, como redução de potência, como pós-prazer.
O Café Filosófico CPFL é um espaço aberto para reflexão. As falas dos convidados e os comentários do público são de responsabilidade dos respectivos autores e não refletem, necessariamente, a visão do Instituto CPFL ou de seus controladores. Comentários fora do tema proposto e que disseminam discursos de ódio e/ou ataques criminosos serão banidos automaticamente. A inveja é sempre negativa, mesmo na psicanálise, que lhe abriu as portas e a deitou no divã, sem medo de ouvir sua voz na relação do bebê com a mãe, na transferência com o analista, no amor e nas interações sociais. A inveja é um dos maiores obstáculos à análise, justamente porque ela desemboca em um modelo viciado, repetitivo, de transformação dos afetos. Uma tríade que começa como fome, vontade de morder e arrancar aquilo que falta e que o outro tem; que se alimenta do (res)sentimento dessa indignação, e que, por fim, se satisfaz na falta de satisfação, ou seja, na incapacidade de sentir gratidão. Invejar é morder a mão que alimenta, resume Melanie Klein. É, simplesmente, causar a falta de satisfação. E alimentar a falta de gratidão, que, por sua vez, realimenta o ódio. Chegamos aos dias atuais. Seria, a inveja, então, uma das causas do vazio contemporâneo? Se for assim, como transformar a sensação de perda e de vazio, que caracterizam os sintomas e os modos de sofrimento individual e coletivo para recuperar o sentimento de satisfação? E como buscar a satisfação, sem encontrar o excesso: de consumo, de drogas, de medicamentos, de telas, de ódio, de modelos que nos garantam uma identidade? Nesse encontro vamos dispor das noções de falta e vazio como ferramentas para transformar a inveja, o ressentimento, a insatisfação e recuperar o sentimento de gratidão. Iremos propor que a invidia, como diz o próprio o nome da inveja, em latim, é um “olhar atravessado”, um olhar vazio, que se recusa ou teme enxergar a falta, a diferença, a lacuna, que existe entre o Eu (mim) e o Outro. A inveja, seria, portanto, um vazio sem falta, mas cheio de excessos insatisfatórios – e que doem. Por isso, o apelo, tão atual, que Ana Suy capturou: “Não pise no meu vazio”!
De uma hora para a outra, a inteligência artificial entrou em quase todos os espaços das nossas vidas. Com ela, vieram muitos questionamentos. Muitos deles sobre a própria IA: ela é só uma ferramenta, ainda que muito avançada, ou é mesmo inteligente? Se não é inteligente agora, será que vai ficar um dia? Ela será capaz de sentir, imaginar, criar? Outras questões, talvez ainda mais importantes, não são exatamente sobre as máquinas – mas sobre o que elas têm a dizer sobre nós. O que nos define, afinal? O que nos diferencia de um cérebro eletrônico? E, nessa nova dinâmica que se coloca, onde nós, humanos de carne e osso, nos encaixamos? São reflexões do médico neurologista Guilherme Olival neste Café Filosófico.
mulheres são maioria no ambiente acadêmico do país – segundo dados do Ministério da Educação (MEC), elas eram no ano passado 55% dos estudantes de pós-graduação brasileiros. Depois que ingressam na carreira docente, contudo, muitas encontram obstáculos para ascender: quanto mais perto do topo, maior é a presença de homens, que seguem dominando cargos de prestígio e de liderança. Um relatório recém-lançado, o “Índex da igualdade de gênero nas universidades públicas do estado de São Paulo”, apresentou um diagnóstico robusto e atualizado sobre as barreiras à inclusão feminina na academia. O documento compara dados sobre a participação de homens e mulheres como pesquisadores e servidores das universidades de São Paulo (USP), estaduais de Campinas (Unicamp) e Paulista (Unesp), e as federais de São Paulo (Unifesp), de São Carlos (UFSCar) e do ABC (UFABC). No nível de professor doutor, que é o início da carreira, as mulheres são 44,8% dos docentes das seis instituições, mas o índice cai para 40,6% no degrau seguinte, o de professor associado, e para apenas 29,4% o de titular.
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