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‘É preciso ter cuidado com conexões íntimas com IA’, diz nome histórico da área ao

‘É preciso ter cuidado com conexões íntimas com IA’, diz nome histórico da área ao | Inovação Educacional | Scoop.it
No ano passado, a Microsoft comprou a Inflection por US$ 650 milhões com o objetivo principal de ter Suleyman no comando de sua divisão de IA. Assim, o pesquisador amenizou o discurso mais distópico em relação à tecnologia e adotou uma visão mais otimista sobre as aplicações da tecnologia. Ele conversou com o Estadão para o especial Tecnologia em Transformação, o quarto capítulo da série de especiais temáticos que o jornal publicará até o fim de 2025, dentro das celebrações de seus 150 anos.
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Curadoria por Luciano Sathler. CLIQUE NOS TÍTULOS. Informação que abre caminhos para a inovação educacional.
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September 10, 2024 9:19 AM
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Igualdade Artificial, um risco para a educação. Por Luciano Sathler

Igualdade Artificial, um risco para a educação. Por Luciano Sathler | Inovação Educacional | Scoop.it

O que acontece quando a maioria faz uso de uma IA para realizar suas atividades laborais? E, no caso dos estudantes, quando os trabalhos passam a ser produzidos com o apoio de uma IA generativa?
Luciano Sathler
É PhD em administração pela USP e membro do Conselho Deliberativo do CNPq e do Conselho Estadual de Educação de Minas Gerais
As diferentes aplicações de Inteligência Artificial (IA) generativa são capazes de criar novos conteúdos em texto, imagens, áudios, vídeos e códigos para software. Por se tratar de um tipo de tecnologia de uso geral, a IA tende a ser utilizada para remodelar vários setores da economia, com impactos políticos e sociais, assim como aconteceu com a adoção da máquina a vapor, da eletricidade e da informática.
Pesquisas recentes demonstram que a IA generativa aumenta a qualidade e a eficiência da produção de atividades típicas dos trabalhadores de colarinho branco, aqueles que exercem funções administrativas e gerenciais nos escritórios. Também traz maior produtividade nas relações de suporte ao cliente, acelera tarefas de programação e aprimora mensagens de persuasão para o marketing.
O revólver patenteado pelo americano Samuel Colt, em 1835, ficou conhecido como o "grande equalizador". A facilidade do seu manuseio e a possibilidade de atirar várias vezes sem precisar recarregar a cada disparo foram inovações tecnológicas que ampliaram a possibilidade individual de ter um grande potencial destrutivo em mãos, mesmo para os que tinham menor força física e costumavam levar desvantagem nos conflitos anteriores. À época, ficou famosa a frase: Abraham Lincoln tornou todos os homens livres, mas Samuel Colt os tornou iguais.
Não fazemos aqui uma apologia às armas. A alegoria que usamos é apenas para ressaltar a necessidade de investir na formação de pessoas que sejam capazes de usar a IA generativa de forma crítica, criativa e que gerem resultados humanamente enriquecidos. Para não se tornarem vítimas das mudanças que sobrevirão no mundo do trabalho.
A IA generativa é um meio viável para equalizar talentos humanos, pois pessoas com menor repertório cultural, científico ou profissional serão capazes de apresentar resultados melhores se souberem fazer bom uso de uma biblioteca de prompts. Novidade e originalidade tornam-se fenômenos raros e mais bem remunerados.
A disseminação da IA generativa tende a diminuir a diversidade, reduz a heterogeneidade das respostas e, consequentemente, ameaça a criatividade. Maior padronização tem a ver com a automação do processo. Um resultado que seja interessante, engraçado ou que chama atenção pela qualidade acima da média vai passar a ser algo presente somente a partir daqueles que tiverem capacidade de ir além do que as máquinas são capazes de entregar.
No caso dos estudantes, a avaliação da aprendizagem precisa ser rápida e seriamente revista. A utilização da IA generativa extrapola os conceitos usualmente associados ao plágio, pois os produtos são inéditos – ainda que venham de uma bricolagem semântica gerada por algoritmos. Os relatos dos professores é que os resultados melhoram, mas não há convicção de que a aprendizagem realmente aconteceu, com uma tendência à uniformização do que é apresentado pelos discentes.
Toda Instituição Educacional terá as suas próprias IAs generativas. Assim como todos os professores e estudantes. Estarão disponíveis nos telefones celulares, computadores e até mesmo nos aparelhos de TV. É um novo conjunto de ferramentas de produtividade. Portanto, o desafio da diferenciação passa a ser ainda mais fundamental diante desse novo "grande equalizador".
Se há mantenedores ou investidores sonhando com a completa substituição dos professores por alguma IA já encontramos pesquisas que demonstram que o uso intensivo da Inteligência Artificial leva muitos estudantes a reduzirem suas interações sociais formais ao usar essas ferramentas. As evidências apontam que, embora os chatbots de IA projetados para fornecimento de informações possam estar associados ao desempenho do aluno, quando o suporte social, bem-estar psicológico, solidão e senso de pertencimento são considerados, isso tem um efeito negativo, com impactos piores no sucesso, bem-estar e retenção do estudante.
Para não cair na vala comum e correr o risco de ser ameaçado por quem faz uso intensivo da IA será necessário se diferenciar a partir das experiências dentro e fora da sala de aula – online ou presencial; humanizar as relações de ensino-aprendizagem; implementar metodologias que privilegiem o protagonismo dos estudantes e fortaleçam o papel do docente no processo; usar a microcertificação para registrar e ressaltar competências desenvolvidas de forma diferenciada, tanto nas hard quanto soft skills; e, principalmente, estabelecer um vínculo de confiança e suporte ao discente que o acompanhe pela vida afora – ninguém mais pode se dar ao luxo de ter ex-alunos.
Atenção: esse artigo foi exclusivamente escrito por um ser humano.
O editor, Michael França, pede para que cada participante do espaço "Políticas e Justiça" da Folha sugira uma música aos leitores. Nesse texto, a escolhida por Luciano Sathler foi "O Ateneu" de Milton Nascimento.

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Gordofobia, com Maria Luisa Jimenez Jimenez #aovivo

O Café Filosófico CPFL é um espaço aberto para reflexão. As falas dos convidados e os comentários do público são de responsabilidade dos respectivos autores e não refletem, necessariamente, a visão do Instituto CPFL ou de seus controladores. Comentários fora do tema proposto e que disseminam discursos de ódio e/ou ataques criminosos serão banidos automaticamente.
Compreender que as ideias sobre corpo e alimentação estão profundamente arraigadas em processos colonizadores é crucial para ressignificar nossa relação com a vida. O corpo deve ser visto como parte essencial de quem somos, não como inimigo, enquanto a alimentação, controlada por indústrias e sistemas neoliberais, reflete desigualdades sociais. A saúde, por sua vez, vai além da mera ausência de doença, sendo atravessada por dimensões culturais, sociais e subjetivas. AT patologização de corpos gordos e a fetichização da magreza manifestam violências epistemológicas que ignoram a diversidade das experiências humanas. Descolonizar saberes, questionar modelos científicos hegemônicos e valorizar pluralidades são passos necessários para um pensamento crítico sobre corporalidades, comida e beleza. Movimentos sociais e abordagens transdisciplinares são peças-chave para construir uma ciência mais inclusiva, transformando saúde, corpo e alimentação em pilares de uma sociedade mais justa e igualitária.
Mini Bio: Pessoa não binária, filósofa, gorda, artivista e acadêmica, possui doutorado em Estudos de Cultura Contemporânea e realiza pós-doutorado em Psicossociologia pela UFRJ, com pesquisa financiada pelo CNPq sobre saúde e corpos gordos. Atua como professora pesquisadora na PUC Minas, na pós-graduação em Diversidade e Inclusão em Gestão, e na UEL, dentro da linha de Decolonialidades e Comunicação. Líder do Grupo de Estudos Transdisciplinares das Corporalidades Gordas no Brasil (Pesquisa Gorda), Malu combina filosofia e arte com ciência para questionar normas sociais e propor visões decoloniais sobre corporalidades.

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Coisa de menino? Uma conversa sobre masculinidade, sexualidade, misoginia e paternidade|Maria Homem

O Café Filosófico CPFL é um espaço aberto para reflexão. As falas dos convidados e os comentários do público são de responsabilidade dos respectivos autores e não refletem, necessariamente, a visão do Instituto CPFL ou de seus controladores. Comentários fora do tema proposto e que disseminam discursos de ódio e/ou ataques criminosos serão banidos automaticamente.
O que significa ser homem nos dias de hoje? Após refletirem sobre o feminino no livro Coisa de menina? Uma conversa sobre gênero, sexualidade, maternidade e feminismo, Contardo Calligaris e Maria Homem se voltam agora às questões que rondam o masculino, oferecendo uma análise acerca da construção social e histórica da identidade masculina.
A obra aborda a complicada relação dos homens com o próprio corpo, explorando aspectos como autocontrole, repressão, misoginia e paternidade. Os autores falam sobre as fantasias masculinas de heroísmo e poder, a dificuldade que o homem tem de lidar com o próprio desejo e com o desejo feminino, além das grandes questões envolvendo amor, sexo e violência.
Por meio de uma conversa fluida e provocadora, o livro discute as transformações contemporâneas nas relações de gênero e aponta para a necessidade urgente de repensarmos modelos e comportamentos que definem o papel dos homens e do masculino em nosso século.
Maria Homem é psicanalista, pesquisadora do Núcleo Diversitas FFLCH/USP e professora nas áreas de Psicanálise, Cinema, Literatura e Comunicação da FAAP. Tem pós-graduação em Psicanálise e Estética pela Universidade de Paris VIII/Collège International de Philosophie e doutorado pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP.
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Alegria, tristeza e luto, com Christian Dunker, psicanalista #aovivo

O Café Filosófico CPFL é um espaço aberto para reflexão. As falas dos convidados e os comentários do público são de responsabilidade dos respectivos autores e não refletem, necessariamente, a visão do Instituto CPFL ou de seus controladores. Comentários fora do tema proposto e que disseminam discursos de ódio e/ou ataques criminosos serão banidos automaticamente.
A exposição começa pela apresentação do luto como paradigma da forma como dispositivo de subjetivação e simbolização genérico, por meios do qual nos humanizamos e nos vinculamos aos outros. O luto é um trabalho que vivemos quando perdemos amores, mudamos de fase na vida, quando nos transformamos em outro. Este trabalho pode ser comparado com a fabricação de um afeto, ou melhor dizendo, a passagem de nossos, afetos em emoções e destas em sentimentos sociais. O percurso do luto progride da tristeza e para a alegria. A tristeza não é angústia da privação do outro, nem o abalo narcísico de ser deixado, mas uma conquista que deve ser vivida integralmente. Depois disso se discute as oposições e falsas oposições entre alegria, como libertação, como bom encontro, como suspensão do trabalho, como prazer e tristeza como paixão triste, como perda do objeto, como redução de potência, como pós-prazer.

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Inveja, indignação e gratidão, com Mayla Di Martino #aovivo

O Café Filosófico CPFL é um espaço aberto para reflexão. As falas dos convidados e os comentários do público são de responsabilidade dos respectivos autores e não refletem, necessariamente, a visão do Instituto CPFL ou de seus controladores. Comentários fora do tema proposto e que disseminam discursos de ódio e/ou ataques criminosos serão banidos automaticamente.
A inveja é sempre negativa, mesmo na psicanálise, que lhe abriu as portas e a deitou no divã, sem medo de ouvir sua voz na relação do bebê com a mãe, na transferência com o analista, no amor e nas interações sociais.
A inveja é um dos maiores obstáculos à análise, justamente porque ela desemboca em um modelo viciado, repetitivo, de transformação dos afetos. Uma tríade que começa como fome, vontade de morder e arrancar aquilo que falta e que o outro tem; que se alimenta do (res)sentimento dessa indignação, e que, por fim, se satisfaz na falta de satisfação, ou seja, na incapacidade de sentir gratidão.
Invejar é morder a mão que alimenta, resume Melanie Klein. É, simplesmente, causar a falta de satisfação. E alimentar a falta de gratidão, que, por sua vez, realimenta o ódio. Chegamos aos dias atuais.
Seria, a inveja, então, uma das causas do vazio contemporâneo?
Se for assim, como transformar a sensação de perda e de vazio, que caracterizam os sintomas e os modos de sofrimento individual e coletivo para recuperar o sentimento de satisfação? E como buscar a satisfação, sem encontrar o excesso: de consumo, de drogas, de medicamentos, de telas, de ódio, de modelos que nos garantam uma identidade?
Nesse encontro vamos dispor das noções de falta e vazio como ferramentas para transformar a inveja, o ressentimento, a insatisfação e recuperar o sentimento de gratidão. Iremos propor que a invidia, como diz o próprio o nome da inveja, em latim, é um “olhar atravessado”, um olhar vazio, que se recusa ou teme enxergar a falta, a diferença, a lacuna, que existe entre o Eu (mim) e o Outro. A inveja, seria, portanto, um vazio sem falta, mas cheio de excessos insatisfatórios – e que doem. Por isso, o apelo, tão atual, que Ana Suy capturou: “Não pise no meu vazio”!

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Today, 2:25 PM
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CAFÉ FILOSÓFICO | NEUROCIÊNCIA: E O "EU" COM ISSO? | 22/06/2025

De uma hora para a outra, a inteligência artificial entrou em quase todos os espaços das nossas vidas. Com ela, vieram muitos questionamentos. Muitos deles sobre a própria IA: ela é só uma ferramenta, ainda que muito avançada, ou é mesmo inteligente? Se não é inteligente agora, será que vai ficar um dia? Ela será capaz de sentir, imaginar, criar? Outras questões, talvez ainda mais importantes, não são exatamente sobre as máquinas – mas sobre o que elas têm a dizer sobre nós.
O que nos define, afinal? O que nos diferencia de um cérebro eletrônico? E, nessa nova dinâmica que se coloca, onde nós, humanos de carne e osso, nos encaixamos? São reflexões do
médico neurologista Guilherme Olival neste Café Filosófico.

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Today, 2:17 PM
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Universidades públicas paulistas comparam seus indicadores de inclusão e gênero : Revista Pesquisa Fapesp

Universidades públicas paulistas comparam seus indicadores de inclusão e gênero : Revista Pesquisa Fapesp | Inovação Educacional | Scoop.it
mulheres são maioria no ambiente acadêmico do país – segundo dados do Ministério da Educação (MEC), elas eram no ano passado 55% dos estudantes de pós-graduação brasileiros. Depois que ingressam na carreira docente, contudo, muitas encontram obstáculos para ascender: quanto mais perto do topo, maior é a presença de homens, que seguem dominando cargos de prestígio e de liderança. Um relatório recém-lançado, o “Índex da igualdade de gênero nas universidades públicas do estado de São Paulo”, apresentou um diagnóstico robusto e atualizado sobre as barreiras à inclusão feminina na academia. O documento compara dados sobre a participação de homens e mulheres como pesquisadores e servidores das universidades de São Paulo (USP), estaduais de Campinas (Unicamp) e Paulista (Unesp), e as federais de São Paulo (Unifesp), de São Carlos (UFSCar) e do ABC (UFABC). No nível de professor doutor, que é o início da carreira, as mulheres são 44,8% dos docentes das seis instituições, mas o índice cai para 40,6% no degrau seguinte, o de professor associado, e para apenas 29,4% o de titular.
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Plataforma permite que pesquisadores solicitem avaliação de seus preprints : Revista Pesquisa Fapesp

Plataforma permite que pesquisadores solicitem avaliação de seus preprints : Revista Pesquisa Fapesp | Inovação Educacional | Scoop.it
Quando transferiu o texto para o repositório, ele selecionou uma opção autorizando o compartilhamento em uma plataforma norte-americana de revisão aberta, a PREreview, que tem uma parceria com a SciELO desde 2022. Foi por meio dela que o físico Daniel Fontes, que faz doutorado pelo Programa de Pós-graduação Interunidades em Ensino de Ciências da Universidade de São Paulo (USP), encontrou o artigo de Araújo e, de forma voluntária, produziu o parecer com as recomendações. Fontes soube da existência da PREreview quando fez uma disciplina sobre publicação científica, que abordou o processo de revisão por pares aberta. Um dos objetivos da plataforma é de que jovens pesquisadores tomem contato com a avaliação por pares.
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Today, 2:12 PM
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As incríveis formas como a leitura molda o cérebro humano

A leitura não é uma habilidade com a qual nascemos: são circuitos cerebrais que a humanidade levou milhares de anos para desenvolver e aperfeiçoar. Quem explica isso é a neurocientista Maryanne Wolf, autora do livro “O Cérebro Leitor” (editora Contexto), em entrevista à BBC News Brasil.

Diferentes idiomas, inclusive, têm impacto em diferentes áreas do cérebro, a depender de como são aprendidos.

Maryanne Wolf adverte, porém, que nossa capacidade de leitura profunda – ou seja, de entender nuances ou ironias, de criar empatia por personagens de livros e mesmo de nos concentrarmos em um texto - está sob risco por causa dos nossos hábitos digitais. Afinal, quando a gente lê em uma tela de celular, tende a "passar os olhos" no texto enquanto checa mensagens e notificações, por exemplo.

Neste vídeo, Paula Adamo Idoeta explica a história da leitura e como ela transformou o nosso cérebro e também nossa sociedade. E como evitar o que a especialista chama de "crise de leitura" moderna.

Confira:
0:00 Introdução
1:00 Novos circuitos: como desenvolvemos a capacidade de ler
3:00 Como diferentes idiomas impactam áreas diferentes do cérebro
5:24 Como aprendemos a ler - e dificuldades de leitura
7:42 Podemos perder a capacidade de leitura profunda? O impacto dos hábitos digitais na leitura


Sabia que estamos no WhatsApp? Clique aqui: bbc.in/zap

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#bbcnewsbrasil #bbcbrasil #cerebro #leitura #neurociencia
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Ataques cibernéticos a universidades e instituições científicas crescem no país : Revista Pesquisa Fapesp

Ataques cibernéticos a universidades e instituições científicas crescem no país : Revista Pesquisa Fapesp | Inovação Educacional | Scoop.it
Investidas contra o sistema da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa aumentaram 56% entre 2023 e 2024
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Today, 2:08 PM
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O brasileiro é ainda mais miscigenado do que você pensa : Revista Pesquisa Fapesp

O brasileiro é ainda mais miscigenado do que você pensa : Revista Pesquisa Fapesp | Inovação Educacional | Scoop.it
Novos resultados de sequenciamento do material genético de 2.723 pessoas revelam maior ancestralidade indígena e africana e ressaltam as marcas de violência no processo que formou a população nacional
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USP cria Escritório de Integridade e Proteção da Pesquisa

USP cria Escritório de Integridade e Proteção da Pesquisa | Inovação Educacional | Scoop.it
Os objetivos do órgão são prevenir conflitos de interesse e dar respaldo a docentes empreendedores
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Como evitar os fracassos em projetos de inovação radical : Revista Pesquisa Fapesp

Como evitar os fracassos em projetos de inovação radical : Revista Pesquisa Fapesp | Inovação Educacional | Scoop.it
Preparar as equipes para os imprevistos e dialogar com outras áreas da empresa ajuda a superar a frustração e a evitar perdas desnecessárias
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O peso das dietas, com Sophie Deram #aovivo

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Fazer dietas restritivas pode levar ao ganho de peso! Sim, ao reduzir o que se come, a resposta natural do corpo à restrição desencadeia uma cascata de adaptações que reduzem o metabolismo e aumentam o apetite.  
Ao restringir, você passará a pensar mais em comida e a reduzir seu gasto energético, ou seja, se colocará em risco de engordar ainda mais.  
A dificuldade em manter dietas restritivas não é falta de foco, mas resultado desse processo fisiológico. A longo prazo, isso pode causar uma relação disfuncional com a comida e até transtornos alimentares.  
Antes de buscar o emagrecimento, é importante refletir sobre os motivos e promover uma relação saudável com o corpo, evitando que padrões prejudiciais sejam transmitidos às crianças e às futuras gerações.
Mini Bio: Nutricionista franco-brasileira, doutora pela USP no departamentode Endocrinologia, engenheira agrônoma, pesquisadora em Neurociência do comportamento alimentar, influenciadora, palestrante e autora dos livros “O peso das dietas”, “Os 7 pilares da saúde alimentar” e “Pare de engolir mitos”. Ajuda as pessoas a fazer as pazes com a comida e o corpo, sendo nutricionista pioneira no Brasil da abordagem da terapia nutricional sem dieta restritiva. Desenvolveu o Método Sophie, um método de atendimento sem dieta voltado para todos os profissionais de saúde. Já são mais de 700 profissionais formados pelo Brasil e no exterior.

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Comer transtornado, com Camila Junqueira #aovivo

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O comer transtornado é marcado pela preocupação excessiva com a alimentação e o corpo que acarreta sofrimento, se desdobrando em quadros de depressão e ansiedade, mas sem necessariamente resultar em um transtorno alimentar. Pesquisas recentes apontam que o comer transtornado afeta cerca de 40% das mulheres entre 14 e 28 anos.*(academias / homens e músculos).  A estimativa é que só aumenta nas faixas etárias superiores onde o peso corporal tende a aumentar gradualmente devido às mudanças metabólicas e hormonais, o que nos aproxima também do horror do envelhecimento (Lipovestsky). Nesta fala tenho por objetivo apresentar como a cultura opera para elevar cada vez mais esses números. Vou apresentar questões relativas à indústria da beleza, aos problemas relativos ao nutricionismo (Gyorgy Scrinis) e ao marketing nutricional (Marion Nestle) e ao sentimento de incompetência dos comedores (Claude Fischler), o papel de disseminação das redes sociais e como isso afeta a saúde mental.
Mini Bio: Psicanalista, membro de Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae SP, Doutora e Pós-doutora pelo Instituto de Psicologia da USP, coordenadora e professora do curso de Problemáticas Alimentares do Instituto Sedes, coordenadora e supervisora da Rede de estudos e escuta psicanalítica das Problemáticas Alimentares (REEPPA).

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Amor, ódio e ignorância, com Jorge Sesarino, psicanalista #aovivo

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Lacan chamou de paixões do ser o amor, o ódio e a ignorância.
O amor é próprio da condição humana. O experimentamos na medida em que nos deparamos com nossa a falta a ser. O amor opera seus milagres mas também estabelece seus limites e um deles é impedir que vejamos certas coisas, mantendo um certo saber bem longe da consciência, bem recalcado.
Quanto maior o amor, maior o recalcamento. Há uma relação muito próxima entre o amor, o recalcamento e a formação de sintomas. Lacan diz que o amor, como paixão do eu, visa a ignorância e o desconhecimento. A nossa condição estrutural nos impulsiona, pela via do amor, a buscar num outro aquilo que nos falta, pensando que irá nos completar. Freud, em Pulsões e seus destinos (1915), diz que se uma relação com um dado objeto for rompida, frequentemente, o ódio surgirá em seu lugar, de modo que temos a impressão de uma transformação do amor em ódio.
As paixões derivadas do amor e do ódio são as mais conhecidas, mas a ignorância tem uma íntima relação tanto com o amor quanto com o ódio. O ódio e a ignorância são duas paixões que estão sempre unidas. A paixão da ignorância pode ser tão cruel quando a paixão do ódio, e mais perigosa que o ódio. isso porque a ignorância esconde um prazer obsceno.
A transformação pulsional do ódio é o amor ao saber e é por esse caminho que a psicanálise opera, que é uma cura pelo amor baseada na premissa de que o desejo de saber é do amor desejante e o desejo de não saber é da paixão da ignorância. Para Freud, a psicanálise é um tratamento pela via do amor, amor como base de todo laço humano e fundamento da sociedade humana.
Freud e Lacan nos deixaram um legado teórico-clínico da ordem de um dever ético para com a palavra, que possibilita interpretar os sintomas da nossa época.
Os psicanalistas lacanianos não são indiferentes ao que acontece no mundo, valorizamos o laço e a palavra como únicos recursos para enfrentar a ação destrutiva da pulsão de morte.

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Today, 2:31 PM
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Medo, angústia e solidariedade, com Tatiana Schunck #aovivo

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No encontro, a artista, pesquisadora e escritora Tatiana Schunck, vai refletir sobre a escuta enquanto condição para a realização de algumas ações artísticas que desenvolve no espaço público da cidade de São Paulo, desde 2012. Na ação Performance de uma pessoa escrita, acompanhada de uma máquina de datilografia, a artista se desloca entre pontos de ônibus, terminais rodoviários, filas, estações de metrô, espaços de espera e locomoção, a fim de escutar alguém que não conhece e escrever o que aconteceu neste encontro. A reflexão abre a possibilidade de falarmos sobre um campo sensível em que forças e afetos, como o medo, a angústia e a solidariedade operam nesse tipo de situação, enquanto experiência artística.
Terceiro programa do módulo Vocabulário das emoções, o primeiro da temporada 2025 do Café Filosófico CPFL.

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Today, 2:29 PM
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Vergonha, solidão e desamparo, com Ana Suy #aovivo

O Café Filosófico CPFL é um espaço aberto para reflexão. As falas dos convidados e os comentários do público são de responsabilidade dos respectivos autores e não refletem, necessariamente, a visão do Instituto CPFL ou de seus controladores. Comentários fora do tema proposto e que disseminam discursos de ódio e/ou ataques criminosos serão banidos automaticamente.
É por meio de quem somos para o outro que constituímos essa ficção que chamamos de “eu” em nossos tempos. A vergonha tem uma relação com o pudor e, ao mesmo tempo que se trata de um afeto fundamental para a nossa entrada no laço social, também pode se aliar à inibição e impedir que alguém faça valer sua existência no mundo pelos caminhos do desejo. O medo de desagradar os nossos amores, os nosso primeiros outros, por um lado nos constituiu e possibilita a nossa existência, mas por outro lado pode se colocar como um empecilho na vida.
Nos dias de hoje, quem são esses outros não nos é claro, especialmente quando nos referimos à nossa recente relação com as redes sociais, onde esse outro aparece para cada um de nós desprovido de corpo, podendo, inclusive ser uma inteligência artificial.
A vergonha, no entanto, segue sendo um afeto tão comum, ainda que mal dito e entendido como algo a ser eliminado. Podemos lê-la como um cuidado que temos com nossa própria imagem, mas também com a imagem do outro – como quando dizemos sentir “vergonha alheia”, por exemplo. São diferentes nuances do medo que sentimos de ficar sós, da nossa preocupação com a solidão.De certa maneira, estamos sempre sós, mas se temos recursos para lidar com essa solidão, não ficamos tão sós assim. Por outro lado, aprendemos desde Freud que o desamparo é nossa estrutura de base, o que aponta que, por mais que se tenha recursos para enfrentar o olhar do outro (no entanto cada vez mais talvez tenhamos menos recursos), nossa posição desamparada diante da vida está sempre à espreita. Caberá a cada um de nós não nos acovardar diante disso.

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Today, 2:22 PM
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(24) PISA 2029 Introduces AI and Media Literacy What Schools Need to Know

(24) PISA 2029 Introduces AI and Media Literacy What Schools Need to Know | Inovação Educacional | Scoop.it
The OECD’s latest assessment shift puts critical thinking, algorithmic awareness and media evaluation at the heart of global education.
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Número de estudantes indígenas no ensino superior cresce, mas grupo enfrenta desafios para se formar : Revista Pesquisa Fapesp

Número de estudantes indígenas no ensino superior cresce, mas grupo enfrenta desafios para se formar : Revista Pesquisa Fapesp | Inovação Educacional | Scoop.it
Alunos lidam com barreiras culturais, preconceito e podem precisar de mais tempo para concluir os estudos
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Avança o desenvolvimento do eVTOL da Embraer : Revista Pesquisa Fapesp

Avança o desenvolvimento do eVTOL da Embraer : Revista Pesquisa Fapesp | Inovação Educacional | Scoop.it
Empresa planeja iniciar em breve os ensaios em voo de seu carro voador, previsto para entrar em operação comercial em 2027
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Today, 2:10 PM
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O impacto da era digital no mercado do sexo : Revista Pesquisa Fapesp

O impacto da era digital no mercado do sexo : Revista Pesquisa Fapesp | Inovação Educacional | Scoop.it
Plataformas ampliam escopo do trabalho sexual e aprofundam desigualdades entre quem oferece esse tipo de serviço
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Pesquisadores usam inteligência artificial em tarefas acadêmicas

Pesquisadores usam inteligência artificial em tarefas acadêmicas | Inovação Educacional | Scoop.it

O uso de ferramentas de inteligência artificial (IA) generativa na pesquisa ainda é limitado e se concentra principalmente em tarefas relacionadas à escrita acadêmica, mas há uma percepção majoritária na comunidade científica de que deve se tornar disseminado já nos próximos dois anos, de acordo com um levantamento feito pela editora Wiley, com quase 5 mil pesquisadores de mais de 70 países, entre eles 143 do Brasil (ver infográfico abaixo). “Há ampla aceitação de que a inteligência artificial vai remodelar o campo da pesquisa”, disse à revista Nature Josh Jarrett, vice-presidente da Wiley e responsável pela área de IA da empresa.
Os entrevistados opinaram se a IA já é capaz de superar os seres humanos em atividades acadêmicas práticas. Mais da metade considerou que a tecnologia produz, sim, resultados melhores do que as pessoas em encargos como mapear possíveis colaboradores, gerar resumos ou conteúdos educacionais a partir de artigos científicos, verificar a existência de plágio em textos, preencher referências bibliográficas ou monitorar a publicação de artigos em áreas determinadas.
Mas, para a maioria dos participantes da pesquisa, os humanos são insubstituíveis em trabalhos como prever tendências, selecionar revistas para publicar artigos, escolher revisores, gerenciar tarefas administrativas e procurar oportunidades de financiamento. Apesar do interesse crescente, 81% dos entrevistados disseram ter preocupações quanto a possíveis vieses dos resultados, aos riscos à privacidade e à falta de transparência na forma como essas ferramentas são treinadas. Quase dois terços afirmaram que a falta de orientação e de treinamento os impede de usar a IA tanto quanto gostariam.
“Aqui no Brasil, muitos pesquisadores ainda ficam em dúvida sobre os caminhos éticos para o uso dessas ferramentas e seria importante que órgãos como a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior [Capes] e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico [CNPq] criassem diretrizes orientadoras”, afirma o cientista político Rafael Sampaio, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), um dos autores de um guia com diretrizes sobre o uso ético e responsável de IA generativa na pesquisa científica, lançado em dezembro em parceria com o administrador de empresas Ricardo Limongi, da Universidade Federal de Goiás (UFG), e com Marcelo Sabbatini, especialista em educação digital da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
Sampaio utiliza ferramentas de IA em seu trabalho como pesquisador. Um exemplo é uma plataforma do Google, o NotebookLM, que permite ao usuário fazer perguntas sobre temas de pesquisa e obter resumos com base no conteúdo compilado pelo programa. A ferramenta é capaz de “conversar” simultaneamente com até 50 arquivos, como artigos científicos em formatos de PDF, áudio e vídeo – por ora, está disponível gratuitamente.
“Uso esse serviço especialmente quando estou fazendo grandes varreduras, para uma primeira triagem e para selecionar o que vou ler de fato. Também ajuda quando preciso localizar rapidamente algum artigo que já li, mas não me lembro do título ou do autor”, conta. Uma funcionalidade do programa que impressiona os usuários são os resumos em formato de podcast com duas pessoas conversando – tudo gerado por IA – acerca dos arquivos analisados.
O guia reúne e descreve uma série de ferramentas que, a exemplo do NotebookLM, podem ser úteis aos pesquisadores, sempre fazendo a ressalva de que a checagem humana é essencial em todos os processos em que elas forem usadas, colocando a IA como uma assistente. Limongi, coautor do manual, utiliza com frequência dois softwares que ajudam a fazer a revisão da literatura em determinados temas – LitMaps e Scite. Eles permitem carregar um artigo científico em PDF e gerar mapas interativos, mostrando as conexões do trabalho com outros papers, além de mostrar os links e identificar referências precisas para aprimorar a argumentação.
Limongi ressalta que é preciso treinar pesquisadores para que conheçam as limitações das ferramentas e adverte que o uso excessivo e sem um olhar crítico desses softwares pode fazer com que os futuros cientistas atrofiem habilidades essenciais, como fazer leituras complexas e organizar ideias em um texto articulado. “A IA é uma auxiliar, mas o pesquisador é quem planeja e conduz seu estudo. Ele não deve ser um apertador de botão”, reforça. Periódicos científicos não permitem que ferramentas de IA sejam consideradas autoras de trabalhos acadêmicos – o humano é sempre o responsável pelos resultados científicos e pelos textos que elabora com esse auxílio.
A Claude.ai, um chatbot (programa de IA que simula conversas humanas) concorrente do ChatGPT, pode ser útil para gerar estruturas de textos. A plataforma tem sido usada por Sabbatini, da UFPE, para desenvolver a estrutura inicial e revisar textos acadêmicos e de divulgação científica. “Peço sugestões de como abordar um tema e, depois, quais seriam os caminhos para desenvolvê-lo. A ferramenta cria uma estrutura e eu vou dialogando com ela, buscando, checando e complementando com meu conhecimento e visão pessoais.”
Criada pela startup norte-americana Anthropic, a ferramenta foi a mais bem avaliada em um estudo, publicado em maio na revista Royal Society Open Science, que analisou a capacidade de 10 programas de IA generativa, incluindo o ChatGPT e o DeepSeek, de gerar resumos fidedignos sobre artigos científicos. O resultado geral do trabalho, contudo, foi desfavorável para o conjunto dos chatbots, que produziram conclusões imprecisas ou exageradas em até 73% dos 5 mil artigos científicos resumidos.
O engenheiro de materiais Edgar Dutra Zanotto, pesquisador da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), usa chatbots como o ChatGPT, DeepSeek, Claude, Perplexity e Gemini para múltiplas tarefas. As ferramentas o auxiliam, por exemplo, a revisar textos em inglês, a fazer cálculos (como calcular a composição molar de um vidro a partir do peso molecular dos elementos) e a selecionar possíveis revisores para artigos científicos da revista Journal of Non-Crystalline Solids, da qual é editor. “Levanto quem são os pesquisadores mais influentes no tópico que preciso”, conta.
Zanotto já tinha experiência com inteligência artificial na área de aprendizado de máquina: ele e seu grupo no Centro de Pesquisa, Educação e Inovação em Vidros (CeRTEV), um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepid) financiados pela FAPESP, treinaram um algoritmo com dados de 55 mil composições de vidro, um banco de dados com um volume inédito na área, que é capaz de sugerir estruturas que nunca foram criadas. Antes da IA, o desenvolvimento de novas composições era feito por tentativa e erro. “Com isso, é possível criar um novo vidro em um mês. Antigamente, levava anos e qualquer novo vidro virava uma tese”, diz.
Há usos da inteligência artificial para soluções matemáticas, que podem ser feitas em programas como o MathGPT. Há também aquelas que podem ser utilizadas como auxiliares na programação. “Claude e o Gemini têm sido muito usados tanto para gerar quanto para avaliar códigos”, observa Limongi.
Como essas ferramentas são treinadas por bancos de dados de informações já existentes na internet, elas podem reproduzir vieses. Às vezes, também geram “alucinações”, inventando termos, nomes e referências. Para evitar esses problemas, Zanotto, por exemplo, testa as respostas de que precisa em mais de um chatbot, a fim de cruzar os dados e chegar a informações mais confiáveis.
Uma das vocações de programas de uso popular como o ChatGPT é o brainstorming, ou exploração inicial de ideias, graças à capacidade deles de rastrear e combinar informações em gigantescos bancos de dados. Em uma “conversa” com a ferramenta, o pesquisador pode pedir sugestões de caminhos que poderia seguir sobre determinado tema. É preciso, no entanto, avaliar as possibilidades, uma vez que algumas ideias podem não ser exclusivas, já que os modelos são treinados com informações que já existem, embora também sejam capazes de sugerir novas variações.
O engenheiro de produção Roberto Antonio Martins, da UFSCar, tem experimentado softwares como o ChatGPT, o Copilot e o DeepSeek, usando a função de pesquisa profunda (deep research), incorporada recentemente a essas ferramentas. A funcionalidade faz buscas avançadas na web, inclusive em fontes acadêmicas, e gera relatórios, com uma síntese do tema e uma lista de fontes das informações levantadas, ele explica.
Nesse tipo de pesquisa, a ferramenta costuma fazer perguntas ao usuário antes de iniciar sua varredura e, assim, cria um prompt (comando dado pelo usuário para gerar uma resposta) bem estruturado. Martins sempre começa essa etapa com um questionamento à ferramenta sobre o tema que precisa explorar. “Não é uma busca por palavra-chave, como costumávamos fazer, mas por uma pergunta, e, diferente de palavras-chaves, uma pergunta tem mais contexto e pode trazer resultados mais precisos”, observa Martins, que tem ministrado palestras sobre o uso de IA generativa na pesquisa acadêmica.
É preciso treinar pesquisadores sobre as limitações da IA
O chatbot Perplexity conquistou usuários do mundo acadêmico por fornecer informações baseadas nos resultados mais recentes da internet e exibir notas de rodapé clicáveis nas fontes de onde foram extraídas as informações. “Uso essas ferramentas quando começo a levantar informações e a criar hipóteses sobre um novo tema de pesquisa”, diz a brasileira Cyntia Calixto, professora de negócios internacionais na Leeds University Business School, no Reino Unido, que tem usado esses programas em sua pesquisa sobre o ativismo dos CEO de empresas que se posicionam sobre temas polêmicos nas redes sociais. “A IA funciona como um assistente, com quem vou discutir um tema conforme vou explorando.”
Quando a tarefa é localizar artigos científicos de interesse do pesquisador, uma opção que Calix­to costuma usar é a SciSpace, que faz a busca de papers e apresenta um resumo de cada um deles. O biomédico Aydamari Faria-Jr., da Universidade Federal Fluminense (UFF), destaca outras duas ferramentas, a Answer This e a Elicit, que permitem explorar múltiplas bases de dados científicos, como o PubMed e Scopus. “Elas oferecem filtros que otimizam o processo de busca e permitem restringir a procura, por exemplo, a ensaios clínicos randomizados, revisões sistemáticas com ou sem meta-análises ou trabalhos transversais”, observa. Ele costuma complementar o trabalho com a consulta manual às bases de dados, com o intuito de garantir uma varredura ampla sobre o tema que está pesquisando no momento.
O apoio de programas de inteligência artificial na escrita de artigos se estende a questões ligadas à integridade científica, como avaliar se as citações contidas em um paper são robustas e fidedignas. A plataforma Scite exibe o contexto original de uma citação de um artigo científico e mostra, por meio de uma classificação realizada por um modelo de aprendizado profundo, se ela se apoia mesmo no texto de referência ou se contrasta com seu conteúdo. A advogada Cristina Godoy, da Faculdade de Direito de Ribeirão Preto (FDRP-USP), costuma usar a ferramenta.
Por meio dela, encontrou um artigo publicado na revista Nature que complementou um trabalho de sua autoria sobre inteligência artificial. “A plataforma indica artigos científicos que dialogam com o tema e aponta o link para o paper. E dá para escolher o periódico no qual se quer fazer a busca”, conta ela, que costuma usar outras ferramentas de IA para analisar dados. Godoy toma um cuidado especial ao utilizar programas de inteligência artificial generativa: jamais faz buscas utilizando trechos de trabalhos que ainda não foram publicados, porque sabe que esse conteúdo pode ser usado para treinar a ferramenta – e nunca se sabe se as ideias podem parar nos resultados de pesquisas de outros usuários.

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