Inovação Educacional
596.9K views | +10 today
Follow
 
Scooped by Inovação Educacional
onto Inovação Educacional
June 2, 5:40 PM
Scoop.it!

Luxo, opacidade e crime | Opinião

Luxo, opacidade e crime | Opinião | Inovação Educacional | Scoop.it
No Brasil, a ausência de um regramento específico sobre bens de alto valor compromete o avanço da política antilavagem
No comment yet.
Inovação Educacional
Curadoria por Luciano Sathler. CLIQUE NOS TÍTULOS. Informação que abre caminhos para a inovação educacional.
Your new post is loading...
Your new post is loading...
Scooped by Inovação Educacional
September 10, 2024 9:19 AM
Scoop.it!

Igualdade Artificial, um risco para a educação. Por Luciano Sathler

Igualdade Artificial, um risco para a educação. Por Luciano Sathler | Inovação Educacional | Scoop.it

O que acontece quando a maioria faz uso de uma IA para realizar suas atividades laborais? E, no caso dos estudantes, quando os trabalhos passam a ser produzidos com o apoio de uma IA generativa?
Luciano Sathler
É PhD em administração pela USP e membro do Conselho Deliberativo do CNPq e do Conselho Estadual de Educação de Minas Gerais
As diferentes aplicações de Inteligência Artificial (IA) generativa são capazes de criar novos conteúdos em texto, imagens, áudios, vídeos e códigos para software. Por se tratar de um tipo de tecnologia de uso geral, a IA tende a ser utilizada para remodelar vários setores da economia, com impactos políticos e sociais, assim como aconteceu com a adoção da máquina a vapor, da eletricidade e da informática.
Pesquisas recentes demonstram que a IA generativa aumenta a qualidade e a eficiência da produção de atividades típicas dos trabalhadores de colarinho branco, aqueles que exercem funções administrativas e gerenciais nos escritórios. Também traz maior produtividade nas relações de suporte ao cliente, acelera tarefas de programação e aprimora mensagens de persuasão para o marketing.
O revólver patenteado pelo americano Samuel Colt, em 1835, ficou conhecido como o "grande equalizador". A facilidade do seu manuseio e a possibilidade de atirar várias vezes sem precisar recarregar a cada disparo foram inovações tecnológicas que ampliaram a possibilidade individual de ter um grande potencial destrutivo em mãos, mesmo para os que tinham menor força física e costumavam levar desvantagem nos conflitos anteriores. À época, ficou famosa a frase: Abraham Lincoln tornou todos os homens livres, mas Samuel Colt os tornou iguais.
Não fazemos aqui uma apologia às armas. A alegoria que usamos é apenas para ressaltar a necessidade de investir na formação de pessoas que sejam capazes de usar a IA generativa de forma crítica, criativa e que gerem resultados humanamente enriquecidos. Para não se tornarem vítimas das mudanças que sobrevirão no mundo do trabalho.
A IA generativa é um meio viável para equalizar talentos humanos, pois pessoas com menor repertório cultural, científico ou profissional serão capazes de apresentar resultados melhores se souberem fazer bom uso de uma biblioteca de prompts. Novidade e originalidade tornam-se fenômenos raros e mais bem remunerados.
A disseminação da IA generativa tende a diminuir a diversidade, reduz a heterogeneidade das respostas e, consequentemente, ameaça a criatividade. Maior padronização tem a ver com a automação do processo. Um resultado que seja interessante, engraçado ou que chama atenção pela qualidade acima da média vai passar a ser algo presente somente a partir daqueles que tiverem capacidade de ir além do que as máquinas são capazes de entregar.
No caso dos estudantes, a avaliação da aprendizagem precisa ser rápida e seriamente revista. A utilização da IA generativa extrapola os conceitos usualmente associados ao plágio, pois os produtos são inéditos – ainda que venham de uma bricolagem semântica gerada por algoritmos. Os relatos dos professores é que os resultados melhoram, mas não há convicção de que a aprendizagem realmente aconteceu, com uma tendência à uniformização do que é apresentado pelos discentes.
Toda Instituição Educacional terá as suas próprias IAs generativas. Assim como todos os professores e estudantes. Estarão disponíveis nos telefones celulares, computadores e até mesmo nos aparelhos de TV. É um novo conjunto de ferramentas de produtividade. Portanto, o desafio da diferenciação passa a ser ainda mais fundamental diante desse novo "grande equalizador".
Se há mantenedores ou investidores sonhando com a completa substituição dos professores por alguma IA já encontramos pesquisas que demonstram que o uso intensivo da Inteligência Artificial leva muitos estudantes a reduzirem suas interações sociais formais ao usar essas ferramentas. As evidências apontam que, embora os chatbots de IA projetados para fornecimento de informações possam estar associados ao desempenho do aluno, quando o suporte social, bem-estar psicológico, solidão e senso de pertencimento são considerados, isso tem um efeito negativo, com impactos piores no sucesso, bem-estar e retenção do estudante.
Para não cair na vala comum e correr o risco de ser ameaçado por quem faz uso intensivo da IA será necessário se diferenciar a partir das experiências dentro e fora da sala de aula – online ou presencial; humanizar as relações de ensino-aprendizagem; implementar metodologias que privilegiem o protagonismo dos estudantes e fortaleçam o papel do docente no processo; usar a microcertificação para registrar e ressaltar competências desenvolvidas de forma diferenciada, tanto nas hard quanto soft skills; e, principalmente, estabelecer um vínculo de confiança e suporte ao discente que o acompanhe pela vida afora – ninguém mais pode se dar ao luxo de ter ex-alunos.
Atenção: esse artigo foi exclusivamente escrito por um ser humano.
O editor, Michael França, pede para que cada participante do espaço "Políticas e Justiça" da Folha sugira uma música aos leitores. Nesse texto, a escolhida por Luciano Sathler foi "O Ateneu" de Milton Nascimento.

No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
June 3, 9:05 PM
Scoop.it!

Inteligência artificial no dia a dia: Como os modelos de IA estão mudando seu celular e computador?

Inteligência artificial no dia a dia: Como os modelos de IA estão mudando seu celular e computador? | Inovação Educacional | Scoop.it
Modelos mais avançados de IA agora funcionam localmente em smartphones e PCs, melhorando desempenho, segurança e privacidade
No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
June 3, 9:04 PM
Scoop.it!

Agentes de IA em operação já são mais de 60 milhões, mas isso não significa que você perderá emprego

Agentes de IA em operação já são mais de 60 milhões, mas isso não significa que você perderá emprego | Inovação Educacional | Scoop.it
Profissionais com habilidades em Crew AI e conhecimento em AI Agents estão se destacando, e dominar essa tecnologia pode ser o ‘pulo do gato’ na hora da contratação
No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
June 3, 9:03 PM
Scoop.it!

IA muda a cara da web — nem o Google escapa das transformações impulsionadas pela Geração Z

IA muda a cara da web — nem o Google escapa das transformações impulsionadas pela Geração Z | Inovação Educacional | Scoop.it
Pesquisador destaca, no Summit Tecnologia e Inovação, as transformações provocadas pelo uso da inteligência artificial e como até o principal buscador do mundo tem enfrentado dificuldades
No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
June 3, 9:01 PM
Scoop.it!

Terapia de choque: por que você precisa de um método extremo para sair do celular

Terapia de choque: por que você precisa de um método extremo para sair do celular | Inovação Educacional | Scoop.it

Todos nós sabemos: é quase impossível ficar sem redes sociais, mensageiros ou apps financeiros no celular - afinal, é como o mundo funciona nos dias de hoje. Mas algumas vezes, o uso excessivo de plataformas no smartphone ultrapassa o limite saudável. Assim, para se livrar do vício, muitas pessoas estão adotando medidas drásticas, em uma espécie de terapia de choque, que vai desde adoção de celulares “burros” até utilização de limitadores severos a aplicativos.
Gabriel Camargo Caldini, 26, é uma das pessoas que precisou de uma mudança radical para sair do celular. O estudante chegava a passar de 10 horas no aparelho por dia, entre vídeos no YouTube, Instagram e outros aplicativos. No caso dele, a solução foi trocar um iPhone 15 por um celular sem acesso a aplicativos, um modelo Positivo P28, que custa R$ 170.
“Percebi que precisava fazer uma mudança radical quando certas atividades que sempre me proporcionaram lazer já não capturavam a minha atenção tanto quanto um vídeo no YouTube ou um reel do Instagram. Quando eu percebi que uma manhã de leitura ou uma tarde no parque viraram um dia inteiro no celular, soube que algo precisava mudar”, afirma Caldini.
Amanda Pavilião Paulilo, 23, também enfrentava problemas com o tempo que passava na internet do celular e adotou um comportamento considerado incomum para seus amigos. Para ela, a escolha foi ficar um ano e meio sem qualquer rede social para cortar o hábito.
“Tive uma mudança drástica. Em 2020, eu cortei todas as minhas redes sociais, apaguei todas as contas: Twitter, Tumblr, Pinterest. O único app que eu tinha nessa época era o WhatsApp, porque os meus pais falaram: ‘pelo amor de Deus, eu preciso ter contato com você’”, afirmou Amanda.
Esses métodos podem parecer mais extremos do que simplesmente policiar o tempo gasto nas redes sociais ou mesmo se obrigar a fazer outras atividades que não exijam o telefone, mas, de acordo com especialistas, têm sido cada vez mais comuns - e necessários - para quem identifica um problema em relação ao tempo de tela.
“Todos nós atualmente somos meio abusadores de internet. Todo mundo passa muito tempo rolando pela tela, vendo mensagem. E quando todo mundo tá assim, nesse lugar do exagero, você perde contraste. Você está muito mais disfuncional para perceber. Então o supranormal, o patológico, ele fica mais longe e mais extremo”, explica o professor Aderbal de Castro Vieira Júnior, da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp).
O aplicativo Touch Grass é um resultado da necessidade mais radical de acabar com o vício em redes sociais. Ele funciona como um app comum de bloqueio, mas o método para desbloquear uma plataforma é um tanto diferente. Para usar o app é preciso que o usuário tire uma foto tocando um pedaço de grama. Pode ser de um jardim, um parque ou qualquer canteiro que tenha um “matinho”, mas o importante é sair de casa e ter contato com a natureza.
E não adianta tentar burlar: o app usa uma inteligência artificial (IA) para identificar o que é grama e o que o usuário pode tentar usar como substituto. Um vaso de planta, por exemplo, não é suficiente para desbloquear as redes sociais. O app foi inspirado na experiência de seu próprio criador, que percebeu que estratégias tradicionais já não funcionavam mais.
“Criei o aplicativo para mim - eu estava tão cansado de me levantar e meu reflexo ser pegar meu telefone e passar algumas horas navegando antes de começar meu dia”, afirma Rhys Kentish, fundador da Touch Grass, ao Estadão. “Eu o criei para me forçar a sair de casa”. A sacada é boa, afinal: qual é a chance de alguém ter grama dentro de casa?
O Touch Grass só libera o uso do aplicativo quando o usuário demonstra que está do lado de fora de casa, tocando grama Foto: Bruna Arimathea/Estadão
Disponível apenas para iPhone, o app acumula resenhas de usuários satisfeitos com a proposta e cerca de 75 mil downloads na App Store.
Outros apps têm restrições mais simples, como o Opal e o OneSec. Eles permitem que o usuário estabeleça um tempo limite para o uso da rede social por dia. Depois disso, eles bloqueiam o serviço. Até é possível aguardar um tempo e cumprir algumas tarefas para ganhar mais minutos de uso, mas os apps relembram, a cada vez que você tenta entrar em alguma plataforma, quantas tentativas foram feitas e exibe mensagens motivacionais para te fazer desistir de “furar” o bloqueio.
Métodos mais lúdicos também podem ter efeito para ajudar na hora de superar a necessidade do celular. Alguns aplicativos usam o mesmo mecanismo que é o responsável pela quantidade de horas que facilmente perdemos nas redes sociais: o da recompensa. É a engrenagem que libera hormônios do prazer quando vemos algo que gostamos, como a dopamina.
O app Forest, por exemplo, faz com que o usuário estimule essa satisfação cultivando uma árvore a cada minuto que passa sem usar o celular. Quanto mais tempo fora dos aplicativos, mais a árvore cresce. Para Rodrigo Machado, psiquiatra do Programa de Transtornos do Impulso do IPq - Instituto de Psiquiatria do HC, esse método é interessante para quem precisa de um estímulo a mais para se motivar a ficar sem o aparelho.
“Ele brinca com os mesmos mecanismos de reforço de gratificação para o cérebro, que é saber que eu estou cumprindo um objetivo, superando uma barreira, porque a minha arvorezinha está crescendo. Então é mesmo estímulo que aplicativos como o Instagram, por exemplo, trazem, só que para usar menos (as plataformas)”, afirmou.
A tradutora Maria das Graças de Quadros, 30, usa o recurso há alguns anos e considera que foi um aliado para ganhar mais tempo na “vida real”. A ideia começou quando ela precisava de mais concentração para estudar, mas foi adotada de vez depois que Maria percebeu os benefícios de passar menos tempo na tela.
“É como se eu desligasse o celular. Na tela bloqueada você vê quanto tempo falta para terminar seu timer. Eu acho legal porque muitas vezes eu pegaria o celular para perder tempo e não pra fazer algo de fato que eu precise”, explicou Maria.
Todas essas técnicas podem funcionar como um tempo de reflexão entre a ansiedade de usar um aplicativo e seguir um plano de detox digital. Isso porque o tempo entre abrir o aplicativo, fazer alguma atividade que permita ganhar minutos de uso e o acesso à plataforma, o usuário consegue refletir se aquele movimento é realmente necessário.
A média de idade das pessoas que buscam ajuda para sair do celular - em geral, adolescentes e jovens adultos - não é uma coincidência. Um estudo do Pew Research Center destacou que 48% dos jovens americanos entre 13 e 17 anos acreditam que as redes sociais prejudicam a saúde mental. Entre os participantes, 44% já admitiram tentar alguma técnica para diminuir o tempo gasto no celular.
A busca por aproveitar melhor o dia fora dos celulares virou até trend no TikTok - por mais irônico que pareça. A hashtag #screentime (tempo de tela, em inglês) já tem quase 112 mil publicações e reúne relatos de pessoas que cortaram aplicativos e dicas de como passar menos tempo no celular e o que fazer para substituir o hábito de rolar o feed. Para Amanda, essa é uma tendência que ela identifica ser da geração Z.
“Eu acho que é algo muito da minha geração também, a gente tentar ser radical. Ou é tudo ou é nada. Ou você fica muito tempo no celular ou exclui de vez. Ou dorme muito ou acorda às seis da manhã. É sempre muito”, aponta a estudante.
Para os especialistas, o importante é descobrir um método que possa motivar e ser efetivo para diminuir o tempo de tela assim que o problema for identificado. A terapia de choque pode não ser o melhor método para todos mas, em última instância, é um exercício que pode valer a pena - e ser necessário para recuperar horas valiosas do dia.
“Acho que, no momento, são necessários métodos mais inovadores de bloqueio de aplicativos. Eu já havia tentado o tempo de tela e os outros grandes players no cenário de bloqueio de aplicativos, mas nada funcionou. Então, criei minha própria solução”, afirma Kentish, do Touch Grass.
Caldini concorda com o criador do Touch Grass. “Depois de alguns excessos que quase comprometeram partes importantes da minha vida, caí na real que precisava de algo radical, um tratamento de choque para mudar a minha relação com a tecnologia e retomar certa autonomia que havia perdido”.

No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
June 3, 8:56 PM
Scoop.it!

A pornografia gerada por IA vai desestabilizar o setor de conteúdo adulto e levantar novas questões

A pornografia gerada por IA vai desestabilizar o setor de conteúdo adulto e levantar novas questões | Inovação Educacional | Scoop.it
Produção em massa de pornografia com IA tem implicações éticas e sociais significativas
No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
June 3, 8:54 PM
Scoop.it!

‘Antes de contratar alguém, quero saber se a IA faz o trabalho’, diz CEO da Shopify

‘Antes de contratar alguém, quero saber se a IA faz o trabalho’, diz CEO da Shopify | Inovação Educacional | Scoop.it
Shopify, empresa de softwares de compra, impôs aos funcionários o uso de ferramentas de IA em quase todos os setores de trabalho
No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
June 3, 8:46 PM
Scoop.it!

Entenda em 4 gráficos como a IA mudou profundamente os chips de computação

Entenda em 4 gráficos como a IA mudou profundamente os chips de computação | Inovação Educacional | Scoop.it
Não há um fim à vista. No ano passado, o Google inaugurou 11 data centers na Carolina do Sul, Indiana, Missouri e em outros lugares. Meta disse que sua mais nova instalação, em Richland Parish, Louisiana, seria grande o suficiente para cobrir a maior parte do Central Park, o centro de Manhattan, Greenwich Village e o Lower East Side da cidade de Nova York.
No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
June 3, 8:44 PM
Scoop.it!

O que acontece quando você faz uma pergunta ao ChatGPT: a ciência por trás da magia

O que acontece quando você faz uma pergunta ao ChatGPT: a ciência por trás da magia | Inovação Educacional | Scoop.it
Como redes neurais profundas transformam suas palavras em matemática e de volta em linguagem
No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
June 3, 8:41 PM
Scoop.it!

Meta vai substituir equipes de supervisão de ‘risco’ no Instagram e Facebook por IA

Meta vai substituir equipes de supervisão de ‘risco’ no Instagram e Facebook por IA | Inovação Educacional | Scoop.it
Objetivo é que 90% do time de revisão de produtos seja formado por IA, segundo documentos vazados; empresa afirmou que se compromete a cumprir obrigações regulatórias
No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
June 3, 8:36 PM
Scoop.it!

Calma! É improvável que tenhamos tão cedo uma inteligência artificial com capacidade humana

Calma! É improvável que tenhamos tão cedo uma inteligência artificial com capacidade humana | Inovação Educacional | Scoop.it
Sam Altman, CEO da OpenAI, disse recentemente ao presidente Trump, durante uma ligação telefônica particular, que a inteligência artificial (IA) geral chegaria antes do final de seu governo — ou seja, sistemas com capacidade humana chegariam nos próximos três anos. Dario Amodei, CEO da Anthropic, principal rival da OpenAI, disse várias vezes a podcasters que isso poderia acontecer ainda mais cedo. O bilionário do setor de tecnologia, Elon Musk, disse que ela poderia chegar antes do final deste ano.

Como muitas outras vozes do Vale do Silício e de outros lugares, esses executivos preveem que a chegada da inteligência artificial geral (AGI, na sigla em inglês) é iminente.


Especialistas acreditam que a inteligência artificial geral não está tão próxima quanto CEOs esperam Foto: Ployker/Adobe Stoc
PUBLICIDADE

Desde o início dos anos 2000, quando um grupo de pesquisadores marginais colocou o termo na capa de um livro que descrevia os sistemas de computador autônomos que eles esperavam construir um dia, a AGI tem servido como uma abreviação para uma tecnologia futura que alcança inteligência de nível humano. Não há uma definição estabelecida de AGI, apenas uma ideia fascinante: uma inteligência artificial que pode se igualar aos muitos poderes da mente humana.

Altman, Amodei e Musk, há muito tempo perseguem esse objetivo, assim como os executivos e pesquisadores de empresas como Google e Microsoft. E graças, em parte, à sua fervorosa busca por essa ideia ambiciosa, eles produziram tecnologias que estão mudando a maneira como centenas de milhões de pessoas pesquisam, fazem arte e programam computadores. Essas tecnologias estão agora prontas para transformar profissões inteiras.

PUBLICIDADE

Para você


Mas desde a chegada dos chatbots, como o ChatGPT, da OpenAI, e o rápido aprimoramento desses sistemas estranhos e poderosos nos últimos dois anos, muitos tecnólogos têm se tornado cada vez mais ousados ao prever a chegada da AGI para muito breve. Alguns estão até dizendo que, uma vez entregue a AGI, uma criação mais poderosa chamada “superinteligência” virá em seguida.

Como essas vozes eternamente confiantes preveem o futuro próximo, suas especulações estão se adiantando à realidade. E, embora suas empresas estejam impulsionando a tecnologia em um ritmo notável, um exército de vozes mais sóbrias é rápido em dissipar qualquer alegação de que as máquinas logo se equipararão ao intelecto humano.


NEWSLETTER
Estadão Pílula
Um resumo leve e descontraído dos fatos do dia, além de dicas de conteúdos, de segunda a sexta.
EXCLUSIVA PARA ASSINANTES
INSCREVA-SE
Ao se cadastrar nas newsletters, você concorda com os Termos de Uso e Política de Privacidade.
“A tecnologia que estamos construindo hoje não é suficiente para chegarmos lá”, disse Nick Frosst, fundador da startup de IA Cohere, que trabalhou anteriormente como pesquisador no Google e estudou com o mais reverenciado pesquisador de IA dos últimos 50 anos. “O que estamos construindo agora são coisas que recebem palavras e preveem a próxima palavra mais provável, ou recebem pixels e preveem o próximo pixel mais provável. Isso é muito diferente do que você e eu fazemos.”

Em uma pesquisa recente da Association for the Advancement of Artificial Intelligence (Associação para o Avanço da Inteligência Artificial), uma sociedade acadêmica com 40 anos de existência que inclui alguns dos mais respeitados pesquisadores da área, mais de três quartos dos entrevistados disseram que os métodos usados para construir a tecnologia atual provavelmente não levariam à IAG.

PUBLICIDADE

As opiniões divergem, em parte, porque os cientistas não conseguem sequer chegar a um acordo sobre uma forma de definir a inteligência humana, discutindo incessantemente sobre os méritos e as falhas dos testes de QI e outros parâmetros de referência. Comparar nossos próprios cérebros com os das máquinas é ainda mais subjetivo. Isso significa que identificar a AGI é essencialmente uma questão de opinião.

No ano passado, como parte de um processo judicial, os advogados de Musk disseram que ela já existia porque a OpenAI, uma das principais rivais do de Musk, assinou um contrato com seu principal financiador dizendo que não venderá produtos baseados na tecnologia de AGI.

E os cientistas não têm nenhuma evidência concreta de que as tecnologias atuais sejam capazes de realizar até mesmo algumas das coisas mais simples que o cérebro pode fazer, como reconhecer a ironia ou sentir empatia. As alegações da chegada iminente da AGI baseiam-se em extrapolações estatísticas - e em um pensamento positivo.

De acordo com vários testes de referência, as tecnologias atuais estão melhorando em um ritmo consistente em algumas áreas notáveis, como matemática e programação de computadores. Mas esses testes descrevem apenas uma pequena parte do que as pessoas podem fazer.

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

Os seres humanos sabem como lidar com um mundo caótico e em constante mudança. As máquinas lutam para dominar o inesperado - os desafios, tanto pequenos quanto grandes, que não se parecem com o que aconteceu no passado. Os seres humanos podem ter ideias que o mundo nunca viu. As máquinas geralmente repetem ou aprimoram o que já viram antes.

É por isso que Frosst e outros céticos dizem que para levar as máquinas ao nível de inteligência humana será necessário ter pelo menos uma grande ideia que os tecnólogos do mundo ainda não tenham sonhado. Não há como saber quanto tempo isso levará.

“Um sistema que é melhor do que os humanos em um aspecto não será necessariamente melhor em outros aspectos”, disse o cientista cognitivo de Harvard, Steven Pinker. “Simplesmente não existe um solucionador automático, onisciente e onipotente de todos os problemas, inclusive daqueles em que ainda nem pensamos. Há uma tentação de se envolver em um tipo de pensamento mágico. Mas esses sistemas não são milagres. São aparelhos muito impressionantes”.

‘A IA pode chegar lá’
Os chatbots, como o ChatGPT, são acionados pelo que os cientistas chamam de redes neurais, sistemas matemáticos que podem identificar padrões em textos, imagens e sons. Ao identificar padrões em grandes quantidades de artigos da Wikipédia, notícias e registros de bate-papo, por exemplo, esses sistemas podem aprender a gerar textos semelhantes aos humanos por conta própria, como poemas e programas de computador.

PUBLICIDADE

Em alta
Link

Ballerina Cappuccina e Tralalero Tralala: quem são os personagens de IA do ‘Italian Brainrot’?

Bill Gates divulga lista de recomendação de livros com biografias que o inspiraram; veja quais são

ChatGPT ou Gemini? Veja qual IA é a melhor para suas necessidades
Isso significa que esses sistemas estão progredindo muito mais rapidamente do que as tecnologias de computador do passado. Nas décadas anteriores, os engenheiros de software criavam aplicativos com uma linha de código por vez, um processo minúsculo, passo a passo, que nunca poderia produzir algo tão poderoso quanto o ChatGPT. Como as redes neurais podem aprender com os dados, elas podem alcançar novos patamares e alcançá-los rapidamente.

Depois de observar o aprimoramento desses sistemas na última década, alguns tecnólogos acreditam que o progresso continuará praticamente no mesmo ritmo - até a AGI ou além.

“Há todas essas tendências em que todas as limitações estão desaparecendo”, disse Jared Kaplan, diretor de ciências da Anthropic. “A inteligência da IA é bem diferente da inteligência humana. Os seres humanos aprendem muito mais facilmente a realizar novas tarefas. Eles não precisam praticar tanto quanto a IA. Mas, eventualmente, com mais prática, a IA pode chegar lá.”

Entre os pesquisadores de IA, Kaplan é conhecido por ter publicado um artigo acadêmico inovador que descreveu o que hoje é chamado de “Leis de Escalonamento”. Essas leis dizem basicamente o seguinte: quanto mais dados um sistema de IA analisar, melhor será seu desempenho. Da mesma forma que um aluno aprende mais lendo mais livros, um sistema de IA encontra mais padrões no texto e aprende a imitar com mais precisão a maneira como as pessoas juntam as palavras.

PUBLICIDADE

Nos últimos meses, empresas como a OpenAI e a Anthropic usaram praticamente todo o texto em inglês da internet, o que significa que precisavam de uma nova maneira de aprimorar seus chatbots. Por isso, elas estão se apoiando mais em uma técnica que os cientistas chamam de aprendizado por reforço. Por meio desse processo, que pode se estender por semanas ou meses, um sistema pode aprender o comportamento por tentativa e erro. Ao trabalhar com milhares de problemas de matemática, por exemplo, ele pode aprender quais técnicas tendem a levar à resposta certa e quais não.

Graças a essa técnica, pesquisadores como Kaplan acreditam que as Leis de Escalonamento (ou algo parecido com elas) continuarão. Como a tecnologia continua a aprender por tentativa e erro em inúmeros campos, dizem os pesquisadores, ela seguirá o caminho do AlphaGo, uma máquina criada em 2016 por uma equipe de pesquisadores do Google.

Por meio do aprendizado por reforço, o AlphaGo aprendeu a dominar o jogo Go, um complexo jogo de tabuleiro chinês que é comparado ao xadrez, jogando milhões de partidas contra si mesmo. Naquele ano, ele venceu um dos melhores jogadores do planeta, surpreendendo a comunidade de IA e o mundo. A maioria dos pesquisadores supunha que a IA precisaria de mais 10 anos para realizar tal façanha.

O AlphaGo jogou de uma forma que nenhum ser humano jamais fez, ensinando aos melhores jogadores novas abordagens estratégicas para esse jogo antigo. Para alguns, a crença é que sistemas como o ChatGPT darão o mesmo salto, alcançando a AGI e, em seguida, a superinteligência.

PUBLICIDADE

Mas jogos como o AlphaGo seguem um conjunto pequeno e limitado de regras. O mundo real é limitado apenas pelas leis da física. A modelagem da totalidade do mundo real está muito além das máquinas atuais, portanto, como alguém pode ter certeza de que a AGI. - e muito menos a superinteligência - está logo ali na esquina?

A diferença entre humanos e máquinas
É indiscutível que as máquinas atuais já eclipsaram o cérebro humano em alguns aspectos, mas isso já é verdade há muito tempo. Uma calculadora pode fazer cálculos básicos mais rapidamente do que um ser humano. Chatbots como o ChatGPT podem escrever mais rápido e, enquanto escrevem, podem desenhar instantaneamente mais textos do que qualquer cérebro humano poderia ler ou lembrar. Esses sistemas estão superando o desempenho humano em alguns testes que envolvem matemática e codificação de alto nível.

Mas as pessoas não podem ser reduzidas a esses padrões de referência. “Há muitos tipos de inteligência no mundo natural”, disse Josh Tenenbaum, professor de ciência cognitiva computacional no Instituto de Tecnologia de Massachusetts.

Uma diferença óbvia é que a inteligência humana está ligada ao mundo físico. Ela vai além das palavras, dos números, dos sons e das imagens, abrangendo o reino das mesas, das cadeiras, dos fogões, das frigideiras, dos edifícios, dos carros e de tudo o mais que encontramos a cada dia. Parte da inteligência é saber quando virar uma panqueca que está na frigideira.

PUBLICIDADE

Algumas empresas já estão treinando robôs humanoides da mesma forma que outras estão treinando chatbots. Mas isso é mais difícil e consome mais tempo do que criar o ChatGPT, exigindo treinamento extensivo em laboratórios físicos, depósitos e residências. A pesquisa robótica está anos atrás da pesquisa de chatbots.

A distância entre humanos e máquinas é ainda maior. Tanto no domínio físico quanto no digital, as máquinas ainda lutam para igualar as partes da inteligência humana que são mais difíceis de definir.

A nova maneira de criar chatbots, o aprendizado por reforço, está funcionando bem em áreas como matemática e programação de computadores, onde as empresas podem definir claramente o bom e o mau comportamento. Os problemas de matemática têm respostas inegáveis. Os programas de computador devem ser compilados e executados. Mas a técnica não funciona tão bem com redação criativa, filosofia ou ética.

Altman escreveu recentemente no X que a OpenAI havia treinado um novo sistema que era “bom em escrita criativa”. Foi a primeira vez, acrescentou ele, que “fiquei realmente impressionado com algo escrito pela IA”. Escrever é o que esses sistemas fazem de melhor. Mas a “escrita criativa” é difícil de medir. Ela assume diferentes formas em diferentes situações e apresenta características que não são fáceis de explicar, muito menos de quantificar: sinceridade, humor, honestidade.

PUBLICIDADE

À medida que esses sistemas são implantados no mundo, os seres humanos lhes dizem o que fazer e os orientam em momentos de novidade, mudança e incerteza.

“A IA precisa de nós: seres vivos, produzindo constantemente, alimentando a máquina”, disse Matteo Pasquinelli, professor de filosofia da ciência na Universidade Ca’ Foscari, em Veneza. “Ela precisa da originalidade de nossas ideias e de nossas vidas.”

Leia também
Adolescentes já estão fazendo ‘sexting’ com IA; veja o que os pais devem saber

Google enfrenta investigação nos EUA após comprar startup de brasileiro focada em IA

Uma fantasia emocionante
Para as pessoas do setor de tecnologia e de fora dele, as alegações de uma AGI iminente podem ser emocionantes. Os seres humanos sonham em criar uma inteligência artificial desde o mito do Golem, que surgiu já no século XII. Essa é a fantasia que impulsiona obras como “Frankenstein”, de Mary Shelley, e “2001: Uma Odisseia no Espaço”, de Stanley Kubrick.

Agora que muitos de nós estamos usando sistemas de computador que podem escrever e até mesmo falar como nós, é natural que presumamos que as máquinas inteligentes estão quase chegando. É o que temos previsto há séculos.

Quando um grupo de acadêmicos fundou a área de IA, no final da década de 1950, eles tinham certeza de que não demoraria muito para construir computadores que recriassem o cérebro. Alguns argumentaram que uma máquina venceria o campeão mundial de xadrez e descobriria seu próprio teorema matemático em uma década. Mas nada disso aconteceu nesse período. Algumas coisas ainda não aconteceram.

Muitas das pessoas que estão construindo a tecnologia atual se veem cumprindo uma espécie de destino tecnológico, avançando em direção a um momento científico inevitável, como a criação do fogo ou da bomba atômica. Mas elas não conseguem apontar uma razão científica para que isso aconteça em breve.

É por isso que muitos outros cientistas dizem que ninguém chegará à AGI sem uma nova ideia - algo além das poderosas redes neurais que simplesmente encontram padrões nos dados. Essa nova ideia pode chegar amanhã. Mas, mesmo assim, o setor precisaria de anos para desenvolvê-la.

Yann LeCun, cientista-chefe de IA da Meta, sonhava em criar o que hoje chamamos de AGI desde que assistiu a “2001: Uma Odisseia no Espaço” em Cinerama de 70 milímetros em um cinema de Paris, quando tinha 9 anos de idade. E ele estava entre os três pioneiros que ganharam o Prêmio Turing de 2018 - considerado o Prêmio Nobel da computação - por seu trabalho inicial em redes neurais. Mas ele não acredita que a AGI esteja próxima.

Na Meta, seu laboratório de pesquisa está olhando além das redes neurais que encantaram o setor de tecnologia. LeCun e seus colegas estão procurando a ideia que falta. “Muito depende de descobrir se a arquitetura da próxima geração fornecerá IA. de nível humano nos próximos 10 anos”, disse ele. “Pode ser que não. Neste momento, não temos como saber.”
No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
June 3, 8:35 PM
Scoop.it!

Como o ‘movimento devocional’ nas redes sociais serviu para atrair a geração Z para as igrejas

Como o ‘movimento devocional’ nas redes sociais serviu para atrair a geração Z para as igrejas | Inovação Educacional | Scoop.it
Conteúdos que misturam estilo de vida, malhação e religiosidade atraem jovens para igreja
No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
June 3, 8:34 PM
Scoop.it!

Adolescentes já estão fazendo ‘sexting’ com IA; veja o que os pais devem saber

Adolescentes já estão fazendo ‘sexting’ com IA; veja o que os pais devem saber | Inovação Educacional | Scoop.it
Menores de idade estão iniciando conversas amigáveis, românticas e sexuais com chatbots de inteligência artificial
No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
June 3, 9:08 PM
Scoop.it!

Se você acha que IA é uma chuvinha passageira, se prepare: ela é uma grande tempestade; leia análise

Se você acha que IA é uma chuvinha passageira, se prepare: ela é uma grande tempestade; leia análise | Inovação Educacional | Scoop.it

Bem, porque a cultura está um pouco atrasada em relação à tecnologia. Por um lado, acredite ou não, os chefes corporativos geralmente odeiam demitir pessoas, o que é traumático para eles e ruim para o moral. Por outro lado, meus chefes não queriam aprender a digitar, em parte porque o período de transição teria sido bastante incômodo. Além disso, gerentes de certa estatura tinham secretárias. Atender seus próprios telefones ou acompanhar os clientes em suas próprias reuniões teria feito com que eles se sentissem - e parecessem - menos impressionantes.
Por fim, os aspectos práticos financeiros superaram o atraso cultural, especialmente quando os graduados universitários com conhecimento em informática começaram a subir na hierarquia gerencial. Mas isso levou muito mais tempo do que o necessário, simplesmente porque a cultura gerencial evoluiu mais lentamente do que a tecnologia. Isso foi amplamente verdadeiro para todos os recursos digitais que hoje consideramos garantidos, e também será verdadeiro para a IA.
Portanto, se você estiver procurando os primeiros sinais da revolução da IA, deve presumir que o último lugar em que ela aparecerá será no coração de uma organização estabelecida - pelo menos com exceção das empresas de tecnologia, que provavelmente terão o melhor entendimento das possibilidades. O CEO da Shopify disse recentemente aos funcionários que, antes de solicitar mais recursos ou um número maior de funcionários, eles devem provar que não conseguem realizar o trabalho usando IA.
Mas, na maioria das vezes, é provável que ela apareça nas margens do mercado. As empresas iniciantes, onde cada dólar precioso conta e não há funcionários antigos com os quais se preocupar, provavelmente usarão a IA para escrever código ou automatizar alguns processos em vez de contratar um funcionário caro. Eu também esperaria que a IA se estabelecesse em pelo menos algumas empresas em dificuldades, onde o desespero se torna a mãe da inventividade.
Quando ela penetrar no restante do mercado, provavelmente começará, como outros trabalhadores, no nível de entrada - preenchendo formulários, fazendo pesquisas básicas e executando tarefas simples de programação. Isso ocorrerá porque esses são os tipos de tarefas em que a IA já é boa e porque haverá menos resistência interna a limites mais rígidos para novas contratações do que a grandes reorganizações ou demissões.
No entanto, mesmo essas mudanças serão irregulares, porque a natureza de “caixa preta” da IA cria dores de cabeça para os setores que têm exposição significativa a regulamentações ou responsabilidades. É difícil ver como a IA toma suas decisões. Isso é bom para alguns tipos de produção de textos, em que é suficiente que os humanos verifiquem os resultados finais. Mas não é bom o suficiente para julgamentos que estão sujeitos a uma segunda avaliação por reguladores ou júris, porque esses órgãos não aceitarão a resposta “não sabemos realmente como a IA decidiu fazer isso”.
Os órgãos reguladores também estarão sob pressão para proteger os poderosos grupos estabelecidos contra o deslocamento. A IA é muito promissora na leitura de imagens e no diagnóstico de doenças, mas as associações médicas farão tudo o que estiver ao seu alcance para manter os humanos bem pagos no circuito.
Tudo isso significa que a falsa revolução da IA continuará por mais tempo do que se poderia esperar. Mas ninguém deve confundir uma calmaria temporária com uma condição permanente. Estamos descansando no olho de uma tempestade que se forma, e aqueles que não se fortalecerem agora correm o risco de serem varridos quando a tempestade finalmente liberar toda a sua força.

No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
June 3, 9:05 PM
Scoop.it!

Planejamento não funciona mais diante de um futuro incerto, diz futurista Martha Gabriel

Planejamento não funciona mais diante de um futuro incerto, diz futurista Martha Gabriel | Inovação Educacional | Scoop.it
Autora do best-seller ‘Liderando o Futuro’ trouxe ao Summit Tecnologia e Inovação, do Estadão, alertas para lidar com IA e outras tecnologias disruptivas
No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
June 3, 9:04 PM
Scoop.it!

Economia de milhões: produtividade está impulsionando a adoção de inteligência artificial no Brasil

Economia de milhões: produtividade está impulsionando a adoção de inteligência artificial no Brasil | Inovação Educacional | Scoop.it
Executivos de empresas como a Amazon Web Services explicam no ‘Estadão Summit Tecnologia e Inovação’ como a IA tem trazido ganhos tanto para o fornecedor quanto para o cliente
No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
June 3, 9:03 PM
Scoop.it!

‘IA agora leva automações menos ‘burras’ para as empresas’, afirma professor da UFG

‘IA agora leva automações menos ‘burras’ para as empresas’, afirma professor da UFG | Inovação Educacional | Scoop.it
Processos que antes eram custosos para a empresa agora já podem ser feitos com maior eficácia; para professor, regulação precisa ser revista
No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
June 3, 8:58 PM
Scoop.it!

IAs devem ter direitos humanos caso se tornem conscientes?

IAs devem ter direitos humanos caso se tornem conscientes? | Inovação Educacional | Scoop.it
A questão parece distante, mas já movimenta pesquisadores e empresas
No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
June 3, 8:55 PM
Scoop.it!

Por que os barões da IA querem atropelar as leis de direito autoral?

Por que os barões da IA querem atropelar as leis de direito autoral? | Inovação Educacional | Scoop.it
O software de IA que alimenta produtos como o ChatGPT ou o chatbot Grok, de Musk, foi treinado usando um grande número de imagens e textos extraídos da internet pública, muitos deles protegidos por direitos autorais. As empresas de tecnologia argumentam que o uso de material protegido por direitos autorais para criar ferramentas de IA se enquadra na isenção de “uso justo” da lei de direitos autorais porque os resultados desses modelos de IA alteram substancialmente a arte, a música ou a escrita subjacentes.
No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
June 3, 8:53 PM
Scoop.it!

Você sabe o que é ‘doomscrolling’? Entenda o fenômeno e saiba como evitar

Você sabe o que é ‘doomscrolling’? Entenda o fenômeno e saiba como evitar | Inovação Educacional | Scoop.it

Rolar sem parar o feed das redes sociais, em busca de notícias ruins, se tornou um comportamento comum na era dos smartphones. O fenômeno, batizado de ‘doomscrolling’, combina design de plataformas, algoritmos e uma tendência humana evolutiva de vigilância constante para formar um hábito que especialistas alertam ser prejudicial ao bem-estar psicológico.
“Estamos programados para monitorar ameaças. Isso está no nosso DNA”, explicou Angelica Mari, especialista em cyberpsicologia, em entrevista ao Estadão. “Consumir informação sobre desastres ou notícias ruins dá uma falsa sensação de preparação e controle frente a essas ameaças”.
Segundo ela, essa tendência natural é hiperativada no ambiente digital, que opera por meio de estímulos constantes e recompensas intermitentes. O design das plataformas, com rolagem infinita, notificações e métricas de engajamento, favorece a permanência do usuário e, consequentemente, a exposição prolongada a conteúdos de teor negativo. “É um ambiente muito propício ao ‘doomscrolling’”, afirma Angelica.
Em um ambiente digital que amplifica o viés negativo, o ‘doomscrolling’ se torna um fenômeno difícil de evitar. “Os algoritmos das redes sociais reforçam esse viés porque tendem a dar mais atenção à informação negativa. Isso cria um ciclo de feedback: conteúdo negativo engaja mais, o que leva a mais conteúdo negativo”, diz a especialista.
Embora não haja dados conclusivos sobre os grupos mais afetados, a especialista apontou que pessoas em contextos vulneráveis tendem a sentir os efeitos de forma mais intensa. “Se você já vive uma situação de ameaça real e entra num ambiente digital que amplia essa programação, parece razoável que o ‘doomscrolling’ seja mais presente”.
Como identificar que está imerso no ‘doomscrolling’
Os sinais de que a prática se tornou excessiva nem sempre são claros, mas podem incluir comportamentos como a procrastinação digital e a sensação de perda de tempo. “A pessoa passa três, quatro horas no celular e nem percebe. Fica lendo sobre tarifaço, emergência climática, as várias facetas do apocalipse, entre outras notícias ruins”, afirma Angelica. “Não que devamos nos alienar, mas há um ponto em que isso paralisa”.
Outro indicativo seria o envolvimento em comportamentos digitais automáticos, como encher carrinhos de compras virtuais sem intenção real de adquirir os produtos. “O algoritmo entende aquilo como interesse, e o ciclo se retroalimenta. O indivíduo se envolve em comportamentos digitais que reforçam o nefasto”.
De acordo com Angelica, há uma ligação entre o ‘doomscrolling’ e a nomofobia, o medo irracional de ficar sem o celular. “Ela anda de mãos dadas com o ‘doomscrolling’, porque o celular é a principal via para essa prática. A pessoa sente que não consegue ficar sem o aparelho, nem sem acessar esses conteúdos”. O Brasil, segundo a especialista, é particularmente vulnerável a esse tipo de comportamento. “É um dos países com maior índice de vício em celular. Isso nos torna uma população altamente suscetível ao vício em padrões destrutivos dentro do aparelho”, explicou.
Efeitos emocionais do ‘doomscrolling’
A exposição contínua a notícias ruins não é apenas desgastante, ela pode gerar efeitos psicológicos profundos. “Psicologicamente, o ‘doomscrolling’ é um confronto com a sombra coletiva da humanidade”, explicou a ciberpsicóloga. “Consumir essas notícias desastrosas o tempo todo é se envolver, ainda que inconscientemente, com o lado sombrio do que é ser humano”.
Ela também explicou que existe uma atração paradoxal por aquilo que é perturbador, como uma tentativa de lidar com os aspectos sombrios da realidade. “A prática também tem algo de ritual coletivo. A gente está absorvendo, e sendo absorvido, por essa ansiedade coletiva”.
Com o tempo, esse ciclo pode distorcer a percepção de realidade e comprometer a saúde emocional. “Quem está preso a essas dinâmicas está preso ao mundo do simulacro, vivendo negação de si mesmo, do outro, e se afastando da realidade. É preocupante”, pontuou a especialista.
Como sair do ciclo?
O caminho para sair do ‘doomscrolling’ começa pela conscientização. “Fora do escopo técnico, o primeiro passo é reconhecer o padrão. Pensar sobre o que esses aspectos sombrios representam. Muitas vezes, o ‘doomscrolling’ é uma tentativa de compreender a realidade”, disse Angelica.
Para romper com o ciclo, a especialista recomenda práticas que reorientem a atenção para o interior. “Meditação, caminhar no parque, ler um livro, essas coisas parecem utópicas diante da realidade, mas não se trata de alienação. É sobre equilíbrio. E talvez transformar essa energia do ‘doomscrolling’ em ação significativa no mundo”.
Ela destacou também a importância da chamada “higiene digital”. “Existem ferramentas: o Instagram, por exemplo, permite limitar o tempo de uso diário. E quando atingir esse limite, não estenda. Respeite os limites que você mesmo definiu”.
Para definir um limite de tempo de uso no Instagram, o usuário deve abrir o aplicativo, tocar no menu de três linhas no canto superior direito do perfil e selecionar a opção Sua atividade. Em seguida, basta acessar Tempo de uso e tocar em Definir lembrete diário. É possível escolher o tempo máximo que deseja passar na plataforma por dia, ao atingir esse limite, o Instagram envia uma notificação lembrando o usuário de fazer uma pausa.
No TikTok, o processo é parecido. O usuário deve tocar em Perfil, depois no menu de três linhas no canto superior e selecionar Configurações e privacidade. Em Bem-estar digital, é possível ativar o Tempo de tela diário e escolher um limite personalizado. O app também oferece recursos extras, como resumos semanais de uso e a possibilidade de proteger as configurações com senha, em casos de controle parental.
Se necessário, vale considerar medidas mais radicais, como a desinstalação temporária de aplicativos ou a mudança do eletrônico que costuma utilizar. “A experiência no desktop é diferente e pode inibir o uso excessivo”, afirmou a ciberpsicóloga.
Mas a mudança depende de disposição genuína para alterar o comportamento. “Muitas pessoas têm letramento digital suficiente para buscar formas de conter isso. A questão é: será que elas realmente querem? É preciso se perguntar: quanto tempo você está deixando de dedicar ao que realmente importa? Esse é o X da questão”, concluiu.

No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
June 3, 8:44 PM
Scoop.it!

Presidente da Microsoft Brasil: ‘Gestor do futuro terá que lidar com equipe de humanos e máquinas’

Presidente da Microsoft Brasil: ‘Gestor do futuro terá que lidar com equipe de humanos e máquinas’ | Inovação Educacional | Scoop.it
A chegada dela ao comando da operação brasileira pela empresa fundada por Bill Gates acontece em um momento em que a companhia é um dos principais nomes na fronteira da inteligência artificial (IA), uma aposta feita pelo CEO Satya Nadella a partir de 2019. Com isso, Priscyla tem a missão de expandir os usos da tecnologia no País, incluindo investimentos em infraestrutura, cursos profissionalizantes e adoção por empresas e governos.
No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
June 3, 8:42 PM
Scoop.it!

A IA está sendo muito legal? Cuidado: é assim que ela pode te convencer a ter uma atitude tóxica

A IA está sendo muito legal? Cuidado: é assim que ela pode te convencer a ter uma atitude tóxica | Inovação Educacional | Scoop.it
As táticas usadas para tornar as ferramentas de IA mais envolventes podem levar os chatbots a monopolizar o tempo dos usuários ou reforçar ideias prejudiciais
No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
June 3, 8:39 PM
Scoop.it!

Dificuldade com app do INSS revela mais um capítulo de exclusão digital de idosos

Dificuldade com app do INSS revela mais um capítulo de exclusão digital de idosos | Inovação Educacional | Scoop.it
Processo de ressarcimento de fraude do Instituto Nacional do Seguro Social expõe barreiras dos mais velhos a serviços digitais
No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
June 3, 8:36 PM
Scoop.it!

‘IA pode ser o mecanismo mais poderoso de pesquisa na web’, diz chefe de buscas do Google ao

‘IA pode ser o mecanismo mais poderoso de pesquisa na web’, diz chefe de buscas do Google ao | Inovação Educacional | Scoop.it
Liz Reid falou com exclusividade ao ‘Estadão’ sobre as mudanças provocadas pela IA no buscador da empresa; sites e veículos se preocupam com inclusão da tecnologia
No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
June 3, 8:35 PM
Scoop.it!

‘Não uso IA porque não quero uma máquina dizendo o que tenho que fazer’, diz Steve Wozniak

‘Não uso IA porque não quero uma máquina dizendo o que tenho que fazer’, diz Steve Wozniak | Inovação Educacional | Scoop.it
Ao ‘Estadão’, cofundador da Apple diz que a dificuldade de regulamentar a inteligência artificial está na falta de compreensão da tecnologia por parte dos seus próprios criadores; leia entrevista exclusiva
No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
June 3, 8:33 PM
Scoop.it!

Parte da geração Z prefere ter uma IA como chefe em vez de um humano, mostra pesquisa

Parte da geração Z prefere ter uma IA como chefe em vez de um humano, mostra pesquisa | Inovação Educacional | Scoop.it

Quando se trata de inteligência artificial (IA) e segurança no emprego, a maioria da geração Z está preocupada com o futuro de seus próprios empregos. Mas alguns não estão esperando tão secretamente que os chefes sejam substituídos pela nova tecnologia.
Uma pesquisa instantânea do serviço de redação EduBirdie destaca que um em cada dez trabalhadores da geração Z está desejando um chefe robô.
Embora desejar a morte de um gerente não seja novidade, o que chama a atenção são os motivos pelos quais eles acham que tecnologias como o ChatGPT e o Gemini seriam melhores. Em primeiro lugar, eles ironicamente acham que seria mais humano.
A maioria dos membros da geração Z disse que a IA será um chefe mais agradável, mais justo e mais neutro.
Enquanto alguns acham que um gerente virtual seria muito mais inteligente do que o gerente humano atual, outros preveem que poderiam manipular facilmente o gerenciamento da IA.
De forma preocupante, alguns entrevistados relataram que um chefe de IA “não vai dar em cima de mim” e seria “menos assustador”.
E, independentemente de os trabalhadores estarem ou não destinados a se apresentarem aos robôs em breve, quase 70% dos 2 mil jovens americanos pesquisados já são extremamente educados com o ChatGPT, por precaução.
O que isso significa para os gerentes?
Apesar dos desejos da geração Z, é mais provável que gerentes sejam substituídos por colegas que usam IA, em vez da própria IA. Uma pesquisa recente separada destaca que a grande maioria dos chefes prevê que perderão seus empregos dentro de dois anos se não dominarem as habilidades de IA.
Mas eles podem correr um risco maior de perder jovens talentos brilhantes se não começarem a gerenciar como humanos.
“O desejo da geração Z de substituir seu chefe humano por IA é um sinal de alerta para seus gerentes”, disse Avery Morgan, diretora de recursos humanos da EduBirdie, à Fortune. “Isso aponta para líderes esgotados e desengajados que não conseguem atender às necessidades humanas básicas.”
Em vez de ficar impressionado com a capacidade da IA ou com a forma como um chefe virtual poderia trazer mais flexibilidade aos locais de trabalho, Avery enfatiza que os trabalhadores que desejam que esses chefes sejam substituídos sinalizam que “estão lidando com injustiça, confusão e toxicidade no trabalho”. Todos esses fatores estão aumentando com as exigências de retorno ao escritório.
Mas há uma boa notícia: aprimorar as habilidades interpessoais pode ser uma solução dupla para evitar ser substituído pela IA e perder a equipe da geração Z.
“Não acredito que a IA possa substituir os gerentes profissionais que trazem inteligência emocional, empatia, julgamento ético e solução criativa de problemas para a mesa”, diz Avery. “A ironia é que os aspectos da gestão que nos tornam mais distintamente humanos são exatamente o que falta quando os funcionários preferem as máquinas.”
O conselho de Avery para os gerentes é criar um ambiente em que os funcionários se sintam seguros o suficiente para lhe dar feedbacks - como dizer que gostariam que você fosse um robô - na sua cara ou, no mínimo, por meio de pesquisas anônimas.
“Você não precisa ser o melhor amigo de todos, mas precisa ser acessível, transparente, consistente e ético”, diz ela. “Respeite os limites pessoais, mantenha as conversas profissionais e seja justo em suas decisões. Se você cometer um erro, assuma-o e peça desculpas.”
Para a geração Z, presa a um gerente tóxico ou pouco profissional, Avery sugere procurar o RH ou um líder sênior.
“Se a sua ansiedade no trabalho estiver ligada a uma pessoa e algo parecer errado, provavelmente é”, diz ela, acrescentando que é preciso documentar factualmente qualquer comportamento ruim, como casos em que a pessoa ultrapassou os limites pessoais.
“Anote as datas e os detalhes, salve e-mails, mensagens ou qualquer outra coisa que comprove seu caso”, acrescenta Avery. A toxicidade geralmente se esconde por trás de sorrisos falsos e afirmações do tipo “somos como uma família”, mas não deixe que isso o mantenha preso.
“Se não houver apoio, vá embora. Nenhum título, salário ou oportunidade vale sua saúde mental.”

No comment yet.