Creativity is core to being human. Generative artificial intelligence (AI)—including powerful large language models (LLMs)—holds promise for humans to be more creative by offering new ideas, or less creative by anchoring on generative AI ideas. We study the causal impact of generative AI ideas on the production of short stories in an online experiment where some writers obtained story ideas from an LLM. We find that access to generative AI ideas causes stories to be evaluated as more creative, better written, and more enjoyable, especially among less creative writers. However, generative AI–enabled stories are more similar to each other than stories by humans alone. These results point to an increase in individual creativity at the risk of losing collective novelty. This dynamic resembles a social dilemma: With generative AI, writers are individually better off, but collectively a narrower scope of novel content is produced. Our results have implications for researchers, policy-makers, and practitioners interested in bolstering creativity.
O que acontece quando a maioria faz uso de uma IA para realizar suas atividades laborais? E, no caso dos estudantes, quando os trabalhos passam a ser produzidos com o apoio de uma IA generativa? Luciano Sathler É PhD em administração pela USP e membro do Conselho Deliberativo do CNPq e do Conselho Estadual de Educação de Minas Gerais As diferentes aplicações de Inteligência Artificial (IA) generativa são capazes de criar novos conteúdos em texto, imagens, áudios, vídeos e códigos para software. Por se tratar de um tipo de tecnologia de uso geral, a IA tende a ser utilizada para remodelar vários setores da economia, com impactos políticos e sociais, assim como aconteceu com a adoção da máquina a vapor, da eletricidade e da informática. Pesquisas recentes demonstram que a IA generativa aumenta a qualidade e a eficiência da produção de atividades típicas dos trabalhadores de colarinho branco, aqueles que exercem funções administrativas e gerenciais nos escritórios. Também traz maior produtividade nas relações de suporte ao cliente, acelera tarefas de programação e aprimora mensagens de persuasão para o marketing. O revólver patenteado pelo americano Samuel Colt, em 1835, ficou conhecido como o "grande equalizador". A facilidade do seu manuseio e a possibilidade de atirar várias vezes sem precisar recarregar a cada disparo foram inovações tecnológicas que ampliaram a possibilidade individual de ter um grande potencial destrutivo em mãos, mesmo para os que tinham menor força física e costumavam levar desvantagem nos conflitos anteriores. À época, ficou famosa a frase: Abraham Lincoln tornou todos os homens livres, mas Samuel Colt os tornou iguais. Não fazemos aqui uma apologia às armas. A alegoria que usamos é apenas para ressaltar a necessidade de investir na formação de pessoas que sejam capazes de usar a IA generativa de forma crítica, criativa e que gerem resultados humanamente enriquecidos. Para não se tornarem vítimas das mudanças que sobrevirão no mundo do trabalho. A IA generativa é um meio viável para equalizar talentos humanos, pois pessoas com menor repertório cultural, científico ou profissional serão capazes de apresentar resultados melhores se souberem fazer bom uso de uma biblioteca de prompts. Novidade e originalidade tornam-se fenômenos raros e mais bem remunerados. A disseminação da IA generativa tende a diminuir a diversidade, reduz a heterogeneidade das respostas e, consequentemente, ameaça a criatividade. Maior padronização tem a ver com a automação do processo. Um resultado que seja interessante, engraçado ou que chama atenção pela qualidade acima da média vai passar a ser algo presente somente a partir daqueles que tiverem capacidade de ir além do que as máquinas são capazes de entregar. No caso dos estudantes, a avaliação da aprendizagem precisa ser rápida e seriamente revista. A utilização da IA generativa extrapola os conceitos usualmente associados ao plágio, pois os produtos são inéditos – ainda que venham de uma bricolagem semântica gerada por algoritmos. Os relatos dos professores é que os resultados melhoram, mas não há convicção de que a aprendizagem realmente aconteceu, com uma tendência à uniformização do que é apresentado pelos discentes. Toda Instituição Educacional terá as suas próprias IAs generativas. Assim como todos os professores e estudantes. Estarão disponíveis nos telefones celulares, computadores e até mesmo nos aparelhos de TV. É um novo conjunto de ferramentas de produtividade. Portanto, o desafio da diferenciação passa a ser ainda mais fundamental diante desse novo "grande equalizador". Se há mantenedores ou investidores sonhando com a completa substituição dos professores por alguma IA já encontramos pesquisas que demonstram que o uso intensivo da Inteligência Artificial leva muitos estudantes a reduzirem suas interações sociais formais ao usar essas ferramentas. As evidências apontam que, embora os chatbots de IA projetados para fornecimento de informações possam estar associados ao desempenho do aluno, quando o suporte social, bem-estar psicológico, solidão e senso de pertencimento são considerados, isso tem um efeito negativo, com impactos piores no sucesso, bem-estar e retenção do estudante. Para não cair na vala comum e correr o risco de ser ameaçado por quem faz uso intensivo da IA será necessário se diferenciar a partir das experiências dentro e fora da sala de aula – online ou presencial; humanizar as relações de ensino-aprendizagem; implementar metodologias que privilegiem o protagonismo dos estudantes e fortaleçam o papel do docente no processo; usar a microcertificação para registrar e ressaltar competências desenvolvidas de forma diferenciada, tanto nas hard quanto soft skills; e, principalmente, estabelecer um vínculo de confiança e suporte ao discente que o acompanhe pela vida afora – ninguém mais pode se dar ao luxo de ter ex-alunos. Atenção: esse artigo foi exclusivamente escrito por um ser humano. O editor, Michael França, pede para que cada participante do espaço "Políticas e Justiça" da Folha sugira uma música aos leitores. Nesse texto, a escolhida por Luciano Sathler foi "O Ateneu" de Milton Nascimento.
Com o fim da tolerância da era pandêmica em 2023, a inadimplência dos estudantes americanos bateu recorde: 21% dos mutuários federais estão atrasando os pagamentos — o maior índice da história.
Costuma-se dizer que as crianças francesas são especialmente bem-comportadas e educadas. Será mesmo? Uma coisa é certa: os pais franceses demonstram grande confiança em seus filhos e, em contrapartida, também têm altas expectativas. Em muitas famílias, as crianças seguem regras claras e assumem responsabilidades concretas — desde fazer compras no supermercado até cuidar da própria roupa.
29% da população brasileira é considerada analfabeta funcional, ou seja, tem dificuldade para compreender textos e realizar operações matemáticas básicas. E não se engane: esse problema não atinge apenas quem tem baixa escolaridade. Entre os brasileiros que cursaram ou até concluíram o ensino superior, 12% ainda são considerados analfabetos funcionais. Este episódio conta com a participação de Ana Lúcia Lima, uma das responsáveis pelo Inaf, o Indicador de Alfabetismo Funcional, realizado desde 2001.
Quase seis meses após banimento de celulares no ambiente escolar, educadores apontam melhora na atenção dos alunos, mas advertem que lei não deve ser único mecanismo para prevenir uso excessivo de plataformas viciantes.
Apesar da acidez necessária para o debate, é preciso apontar saídas. Valorizar o professor requer uma política clara de reajuste salarial, alinhada à média internacional. Isso demanda compromisso político e coragem para enfrentar grupos que lucram com a precarização da educação pública.
Outra medida urgente é rever as condições de trabalho. Reduzir o número de alunos por sala e garantir suporte pedagógico e psicológico constante não é luxo, é o mínimo. Um ambiente acolhedor torna a profissão uma escolha legítima, não uma imposição.
Fiquei chocado e assustado com tamanha dificuldade, e algo me veio à mente. Nós dizemos comumente que a geração atual é a da tecnologia, mas será mesmo?
Também sempre compartilhei desse senso comum. Tenho 12 sobrinhos e acompanhei claramente, do mais velho para o mais novo, o quão rápido tinham acesso ao celular para ver vídeos e jogar.
Reparem quando estiverem em algum restaurante, parque, shopping ou até mesmo no cinema. Verão vários jovens e crianças com o celular na mão, mostrando uma incrível habilidade.
Dado o contexto, é natural compartilhamos a ideia de que são os mais adaptados à tecnologia que já existiram, mas tenho pensado que não é bem assim não.
Ao escrever à mão, doze áreas do cérebro estão ativas, e mais de 30 músculos e 17 articulações da mão precisam trabalhar juntos. Um instituto na Alemanha estuda como a escrita manual ajuda no aprendizado.
Mas o problema não está apenas na falta de prática: a transição da oralidade para a escrita exige um aprendizado específico, que muitas vezes não recebe a atenção necessária nas escolas. Desde a infância, a fala é adquirida naturalmente, em interações sociais, enquanto a escrita é uma construção cultural que precisa ser ensinada e praticada. Muitos alunos trazem para seus textos marcas da oralidade, como repetições, estruturas informais e desvios ortográficos influenciados pela fala cotidiana, e essa interferência acontece porque, na maioria das vezes, a escrita é vista apenas como um reflexo da fala, quando, na verdade, são sistemas distintos com regras próprias.
A Jacad, plataforma especializada em Sistemas de Gestão Educacional (SGE), pretende crescer 60% até o final deste ano. A meta vem ancorada em uma expansão consistente: 28% de crescimento já conquistado no primeiro semestre de 2025, resultado direto da estratégia de colocar o cliente no centro das decisões e de simplificar processos internos.
Cidades na Bacia do Uruguai cercadas pelo cultivo da soja registram taxas de mortalidade por câncer superiores à média nacional. Uso de agrotóxicos poderia estar relacionado às doenças.
A estreia do “robô cozinheiro” na cantina de uma universidade alemã. E ainda: Injeções para emagrecer estão em alta, mas faltam estudos de longo prazo sobre os efeitos colaterais desses medicamentos.
Por um longo período, minha concepção foi formada por visões estereotipadas sobre a leitura – que seria algo chato e irritante. Mas minha perspectiva foi transformada, e de uma forma que eu nunca imaginei ser possível.
Parte do ensino superior privado virou uma fábrica de diplomas sem nenhuma preocupação com a formação oferecida. Seu discurso de inclusão é falacioso e mascara, sem escrúpulos, a estratégia do lucro pelo lucro.
Novo decreto do governo estabelece que cursos como Medicina e Direito precisarão ser exclusivamente presenciais. A regulação freia excessos do uso de ensino à distância (EaD) por uma inústria que vê alunos como clientes.
Agora, um pouco mais madura — talvez —, compreendo que a aprovação nem sempre é previsível, e que um estudante não precisa ser perfeito, mas realista, para entrar em uma universidade. Estudar é algo contínuo; daí o motivo de a constância ser a base de tudo. Após o choque de realidade de que nem sempre serei perfeita em tudo, estar na média passou a me deixar feliz. Se eu ocupar a última vaga do vestibular, ficarei tão feliz quanto se estivesse em primeiro lugar. Parafraseando a escritora Clarice Lispector, digo que nós, estudantes tão críticos com nossas habilidades e necessidades, não podemos esquecer que "por enquanto é tempo de morangos". A vida é repleta de recomeços e surpresas. Estudar deve ser uma dádiva e não uma forma de tortura. Hoje, cada página lida, cada dúvida resolvida, cada pequeno esforço me lembra que continuo tentando — e isso também é vencer.
Em um trabalho escolar, caprichei bastante na escrita. Mas a professora acabou achando erroneamente que eu tinha utilizado IA. Estamos duvidando da nossa própria humanidade?
Estaríamos desaprendendo a escrever à mão por causa dos teclados? No dia a dia digital, escrever com papel e caneta pode parecer cada vez mais incomum. Mas o "antigo método" ainda traz vantagens.
Quando o assunto é inteligência artificial (IA), o ChatGPT é o protagonista da vez. O aplicativo, que ressignificou a interação a partir de diálogos naturais e convincentes sobre vários campos de conhecimento humano, tem sido apontado como a solução para qualquer desafio, sobretudo no universo dos negócios. A boa notícia é que a IA pode, de fato, solucionar questões complexas e estratégicas nesse universo corporativo, porém, ao contrário do sentimento que se cria de facilidade extrema, o caminho não é instantâneo, nem está ao alcance das mãos em uma prateleira.
Para extrair o máximo da IA e escapar dos resultados que tragam riscos para a empresa e para o consumidor, é preciso adicionar um componente fundamental: a prompt engineering ou engenharia de prompt. Ela é a responsável por ajustar os temperos da inteligência artificial e torná-la mais saborosa para o perfil de cada negócio.
A engenharia de prompt, também conhecida como machine teaching, não é exatamente uma novidade, trata-se de um conceito que vem evoluindo com a inteligência artificial nas últimas décadas, principalmente no âmbito do processamento de linguagem natural (NLP).
O engenheiro de prompt é como um chef experiente, que tem habilidades específicas para combinar ingredientes de uma receita que parece trivial. Assim, ele entrega a melhor experiência possível para agradar paladares mais refinados: qual é o objetivo da sua empresa e como o ChatGPT pode impactar positivamente no seu negócio e na rotina de seu público?
Na prática, a engenharia de prompt é responsável por encadear técnicas e processos pré, pós ou “dentro” de um briefing de interação com uma aplicação estilo ChatGPT a fim de criar uma solução robusta. Um prato refinado. Nos últimos dois anos, essa profissão, se assim podemos chamar, avançou com os modelos multitarefas com uso de conjunto de processos NLP.
Esses avanços se refletem nos modelos GPT-2 e GPT-3, que são a base do ChatGPT. O GPT-3 (ou terceira versão do transformador generativo pré-treinado) é large language models (LLM), um modelo de IA criado a partir de redes neurais artificiais, ou seja, um método de aprendizagem de máquina e treinado com uma enorme quantidade de dados.
Para além destes modelos, em março deste ano, tivemos mais uma evolução do GPT realizado por parte da OpenAI. Chegamos ao GPT-4, que utiliza a abordagem de aprendizado profundo (ou deep learning), mas também o aprendizado por reforço e promete revolucionar a maneira como as pessoas interagem com a tecnologia, uma vez que pode entender e gerar respostas para textos e imagens, e em testes acadêmicos e profissionais, ele teve um desempenho comparável ao de um humano.
De maneira resumida, o GPT-4 é um modelo de linguagem natural avançado que aprende com muitos dados e ajuda de especialistas de diferentes áreas, possibilitando que ele gere respostas precisas e seguras.
No universo da IA, os LLMs já atuam há alguns anos, com sistemas de tradução, correção gramatical e até mesmo completes mais potentes. Esses e outros casos de uso mais famosos ainda vivem em um nível de “assistente de escrita”, por isso, é preciso extrair os resultados mais adequados a cada nova demanda. Para se ter uma ideia da dimensão desses avanços, o tamanho dos LLMs tem aumentado dez vezes a cada ano.
Estado da arte em IA Essa expansão acelerada deixa os LLMs mais complexos, o que os torna mais poderosos. Seu uso pode ser até fácil, mas os riscos são altos. Os modelos de linguagens grandes incorporaram recursos extraordinários para aplicações NLP, no entanto, seu desempenho está diretamente ligado à qualidade do prompt aplicado para orientar esse modelo.
Por enquanto, os prompts mais eficazes ainda são produzidos pela mente humana. Não é à toa que os engenheiros de prompt têm despontado como profissionais mais cobiçados do mercado de tecnologia. São os engenheiros de prompt que conseguem orientar o melhor comportamento dos LLMs, gerando respostas apropriadas.
Os engenheiros de prompt têm a capacidade de orquestrar múltiplos prompts, fontes de dados e recursos computacionais, extraindo o melhor da IA para cada tipo de negócio. Esses profissionais entregam as habilidades necessárias para refinar a solução, de acordo com a necessidade de cada modelo de negócio.
A engenharia de prompt também abraça o benefício de atuar em tempo real, alterando os prompts. Por esse motivo, as empresas que trabalham com IA têm investido em equipes especializadas em engenharia de prompt. São os humanos que estão nos bastidores das soluções mais sofisticadas de IA.
Na jornada da IA, os desafios são contínuos. O surgimento do ChatGPT não encerra capítulos, pelo contrário, descortina novas equações. Quando se fala em GPT-3, o pulo do gato está em descobrir o caminho para desenvolver soluções em cima dessa tecnologia, com requintes de programação que extraiam o melhor da IA para o negócio. E quando falamos do GPT-4 é uma conquista tecnológica emocionante, com o potencial de impactar vários setores.
Estabelecer uma conversa diária com a IA é fundamental em qualquer tipo de negócio, mas a base desse diálogo precisa ser bem sedimentada. Se isso não acontecer, os resultados serão medianos ou ineficazes. O alicerce do sucesso na estratégia do ChatGPT é o prompt. Sem ele, a experiência com a IA não será ruim, mas estará longe do estado da arte.”
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Milton Stiilpen e William Colen Milton Stilpen é diretor de pesquisa e inovação em Take Blip, é fundador e ex-CTO Stilingue. Possui graduação em ciência da computação e mestrado em mineração de dados. William Colen é head de inteligência artificial em Take Blip, graduado em engenharia da computação e mestre pela Universidade de São Paulo, é especialista em processamento de linguagem natural e inteligência artificial e atuou na Stilingue por cinco anos. Deixe um comentário Você precisa fazer login para publicar um comentário.
As disciplinas agrupadas em grandes áreas são ainda mais subdivididas. Ora, na Língua Portuguesa, por exemplo, os docentes se especializam em redação, literatura ou gramática, como se fosse possível redigir um texto sem conhecimentos gramaticais, ou como se a gramática não fosse aplicada ao texto e o texto à literatura. Isso é produtivo por um lado, mas se as subdivisões se fixam sem uma estratégia de diálogo entre as frentes, formam-se indivíduos igualmente fragmentados, com concepções fragmentadas.
Bolsa Família aposta na educação como caminho para romper o ciclo da pobreza. Mas sem aprendizado real, isso basta? O Estado exige frequência escolar, mas oferece ensino precário. A aposta é boa. O sistema, nem tanto.
This landmark report from the WHO Commission on Social Connection highlights that social isolation and loneliness are widespread, with serious but under-recognized impacts on health, well-being, and society. Drawing on the latest evidence, the report makes a compelling case for urgent action.
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