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Fome recua 16%, mas ainda afeta 8,7 milhões de pessoas 

Fome recua 16%, mas ainda afeta 8,7 milhões de pessoas  | Inovação Educacional | Scoop.it
Uma em cada quatro casas no país ainda convive com algum tipo de insegurança alimentar, diz pesquisa do IBGE
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Curadoria por Luciano Sathler. CLIQUE NOS TÍTULOS. Informação que abre caminhos para a inovação educacional.
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O Futuro da Educação com Luciano Sathler #54

Bem-vindo à nossa live especial! Nesta transmissão, mergulharemos em uma conversa fascinante sobre os rumos da educação e do empreendedorismo com o renomado Dr. Luciano Sathler. PhD em Administração pela FEA/USP e com um vasto currículo que inclui ser membro do Conselho Estadual de Educação de Minas Gerais e CEO da CertifikEDU Microcertificações, Luciano traz uma perspectiva única sobre como a tecnologia e a inovação estão transformando o cenário educacional.
Durante a entrevista, exploraremos temas como a Educação a Distância (EaD), o uso de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e Inteligência Artificial (IA) na Educação Básica. Além disso, discutiremos as oportunidades e desafios enfrentados pelos empreendedores educacionais no Brasil.
Se você está interessado no futuro da aprendizagem, no desenvolvimento de soluções educacionais inovadoras ou simplesmente quer se inspirar por uma das principais mentes do setor, esta é a live para você!
Convidado Especial: Luciano Sathler
Instagram: @lucianosathler2023
Não perca essa oportunidade de se atualizar sobre as tendências e perspectivas da educação e do empreendedorismo. Inscreva-se no canal, ative as notificações e junte-se a nós nesta conversa enriquecedora!

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Kroton vê volta dos alunos aos cursos presenciais

A Kroton voltou a registrar crescimento de matrículas de calouros em cursos presenciais. No processo seletivo deste começo do ano, houve aumento de 14,1% nessa modalidade - patamar próximo da graduação a distância, cuja alta foi de 15,2%. Com isso, a base de estudantes inscritos nas graduações em que as aulas são ministradas dentro da faculdade ficou estável - o que não acontecia desde a pandemia. Nesses últimos quatro anos, a procura por cursos presenciais vinha em queda livre devido à redução do Fies (programa de financiamento estudantil do governo) e crise econômica.
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Inteligência artificial: da Bett Brasil, reflexões sobre essa tecnologia na educação

Inteligência artificial: da Bett Brasil, reflexões sobre essa tecnologia na educação | Inovação Educacional | Scoop.it

Tanci Gomes, professora de ciência da computação na Cesar School
“Talvez a grande sacada seja como tornar o ChatGPT um aliado no processo de ensino e aprendizagem. Como eu consigo estruturar atividades que usem essa ferramenta para mobilizar e ampliar o conhecimento? Temos discutido que a sociedade está mais focada no currículo para o ensino de IA, mas quais são os conteúdos? Quais as habilidades que precisam ser desenvolvidas tanto na perspectiva do professor quanto do aluno?” 
“A inteligência artificial antes vinha encapsulada nas plataformas e o aluno não interagia diretamente com ela, pois estava projetada via código. Com a chegada dos chatbots, começamos a ter pequenas interações e depois tivemos os tutores personalizados até chegarmos à IA generativa. A grande diferença é que agora podemos construir conteúdos novos. Isso obviamente traz novas implicações, porque colocamos direto na mão do usuário final essa tecnologia e, como tudo, sempre há o lado bom e o ruim.” 

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Cogna (COGN3) tem queda de 57% no lucro ajustado, para R$ 50,5 milhões no 1T24

Cogna (COGN3) tem queda de 57% no lucro ajustado, para R$ 50,5 milhões no 1T24 | Inovação Educacional | Scoop.it

Para além disso, Valério destaca que a geração de caixa operacional já é suficiente para a operação de toda a empresa. De acordo com o executivo, o montante já gerado no trimestre permite a realização de investimentos que a companhia prevê, o pagamento de todo o serviço da dívida e “ainda sobrou quase 10 milhões de reais”, reforça.
Com alavancagem ainda elevada, a companhia aposta em estratégias para redução da dívida.

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Escolas vão receber verba de fundo de telecomunicações

Escolas vão receber verba de fundo de telecomunicações | Inovação Educacional | Scoop.it

O governo federal anunciou nesta quarta-feira (8) a liberação da primeira remessa de recursos não reembolsáveis do Fundo de Universalização das Telecomunicações (Fust) para levar a alunos de escolas públicas acesso à internet. A iniciativa deve alcançar 1.396 escolas distribuídas em sete Estados do Norte e Nordeste com desembolso de R$ 63 milhões.
Prestes a completar 24 anos, o Fust já arrecadou cerca de R$ 27 bilhões, mas sempre teve grande parte dos valores represados. Quase a totalidade dos recursos, formada a partir do recolhimento de 1% do faturamento do setor, foi convertida para o caixa do Tesouro Nacional, para somar esforços no cumprimento da meta fiscal.
O anúncio de aplicar recursos do Fust a fundo perdido (sem devolução) foi feito em solenidade com a presença dos ministros Juscelino Filho (Comunicações) e Camilo Santana (Educação), e também do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante.
O secretário de Telecomunicações, Hermano Tercius, informou que, nos últimos meses, o setor contou com a liberação de R$ 2,2 bilhões de recursos do Fust via BNDES. Isso ocorreu graças à aprovação da lei no Congresso que derrubou a restrição de direcionar verba apenas para os projetos não associados à universalização da telefonia fixa - serviço atrelado às antigas concessões do setor e que caiu em desuso na última década.
No evento, o ministro das Comunicações informou que o Fust também seria usado para recuperar as redes de comunicação afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul. Ele disse que a iniciativa foi tomada a partir de determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que os ministros busquem maneiras de, em suas áreas, ajudar a população afetada pela tragédia climática no Estado. “Hoje, ainda não se consegue mensurar o estrago das redes no Rio Grande do Sul”, afirmou.
Ele frisou que as operadoras afetadas terão acesso à “linha de crédito a juros reduzidos”. O benefício será oferecido somente às prestadoras que atuam nas áreas onde foi declarado estado de calamidade. A ideia, segundo o ministro, é que as empresas possam restabelecer o serviço “o mais rápido possível”. Tercius afirmou que a linha de crédito vai cobrar taxa referencial (TR) mais juros de 1% ao ano e, atualmente, o fundo conta com a disponibilidade de R$ 1 bilhão.
A Conexis Brasil Digital, que reúne as maiores operadoras do país, informou que, desde o fim da semana passada, "as operadoras estão trabalhando para restabelecer os serviços prejudicados”. As prestadoras vinculadas à entidade têm permitido que os clientes possam acessar a rede que estiver disponível nas cidades atingidas.

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Samsung entra na era das TVs com inteligência artificial

Com a IA é possível fazer o ‘upscaling’, que reconstrói o conteúdo exibido e o eleva para o mais perto possível da resolução do aparelho
Quando as primeiras TVs 8k chegaram ao Brasil, em 2019, a pergunta recorrente era o que o consumidor faria com elas, já que praticamente não havia programação compatível com esse padrão de imagem — o mais alto disponível. A resposta a essa questão, que persiste até hoje, pode estar em um conjunto de tecnologias que nos últimos meses tem remodelado vários segmentos de mercado e, agora, está chegando aos televisores: a inteligência artificial.
“Com a IA é possível fazer o ‘upscaling’”, diz Erico Traldi, diretor sênior da divisão de Visual Display da Samsung Brasil. A técnica reconstrói o conteúdo exibido e o eleva para o mais perto possível da resolução do aparelho. Numa TV 8K, por exemplo, os programas passam a ser vistos sob essa resolução, ou algo próximo, mesmo que não tenham sido feitos originalmente em 8K. O mesmo acontece com as TVs 4K em relação a padrões de imagem inferiores.
O ‘upscaling’ é parte do arsenal com que a Samsung planeja explorar o potencial da inteligência artificial. O grupo coreano lançou ontem, em São Paulo, sua mais nova linha de TVs, cujos recursos visam transformar o aparelho em uma central capaz de controlar lâmpadas, cortinas e eletrodomésticos, entre outros itens, à medida que as casas ficam automatizadas. “É uma nova categoria que começa a aterrissar no mercado, a das AI TVs”, afirma Traldi.
A nova linha traz 19 produtos premium: 14 AI TVs e 5 aparelhos The Frame, modelo que simula um quadro e traz uma coleção de pinturas por assinatura. O restante do portfólio também está sendo atualizado. Os preços variam bastante, dependendo do tipo e do tamanho da tela, entre outras características. O modelo de entrada, com 32 polegadas, custa R$ 1.199, enquanto um aparelho de 55 polegadas, na faixa média de preço, sai por R$ 7.999. No topo da pirâmide, o modelo mais sofisticado, com tela de 85 polegadas e resolução 8K, custa R$ 89.999.
A chegada das AI TVs ao Brasil segue o cronograma de lançamento dos produtos apresentados pela Samsung em janeiro, na CES, maior feira de eletrônicos do mundo. O evento em Las Vegas foi dominado pelo tema este ano. Além das TVs, a Samsung mostrou novos smartphones Galaxy e eletrodomésticos como geladeiras, cooktops e máquinas de lavar, tudo com inteligência artificial.
No mercado de TVs, em particular, a IA pode representar um fator essencial em termos de competição. A Samsung encerrou o ano passado com 30,1% do mercado global, o que a coloca na liderança do setor pelo 18º ano consecutivo, segundo a consultoria britânica Omdia.
Manter as vendas em alta, no entanto, depende da capacidade de inovação para criar atrativos e explorar segmentos em que há bastante espaço para crescer, como os dispositivos com tela grande e maior resolução.
No Brasil, as TVs com tela a partir de 65 polegadas, que representavam 9% das vendas em 2019, estão chegando a 20%, segundo dados da consultoria GfK. Para a Samsung, o patamar saiu de 13% para 27% do total.
No caso da resolução, o aumento das vendas de TVs 4K consolida a tecnologia ao mesmo tempo em que abre espaço para o futuro — no caso, as 8K. Em uma década, as vendas no mercado brasileiro, que estavam concentradas em aparelhos HD e Full HD (98%) passaram a ser ditadas pelas 4K (69%), que em 2014 representavam 2%. Na Samsung, a participação subiu para 84%.
A disputa pelo nascente mercado de AI TVs ressalta a importância dos processadores de inteligência artificial, sem os quais seria impossível acessar as funções mais avançadas. A Samsung, que também é fabricante de processadores, está usando sua mais nova geração de chips nos modelos topo de linha recém-lançados. Os processadores são duas vezes mais rápidos que os da geração anterior e têm 512 redes neurais, seis vezes mais que antes. Responsáveis por “ensinar” o dispositivo a processar dados de maneira semelhante ao cérebro humano, as redes neurais são essenciais para dar conta de tarefas complexas.
Além da imagem, a IA está sendo aplicada ao áudio das TVs. A tecnologia identifica o deslocamento dos objetos em cena e ressalta o som mais importante. Em um filme de ação, por exemplo, amplifica o barulho de um helicóptero sem qualquer ajuste manual, cita o executivo.
Essa capacidade automação reforça outra tendência — a personalização. Nas novas TVs, a IA identifica a iluminação do local e analisa o conteúdo exibido para ajustar a imagem e economizar energia. “A TV vai começar a entender a maneira como o usuário vê os programas para fazer os ajustes necessários sem que ele tenha de mexer em nada”, diz Traldi.

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Senado analisa medidas para evitar evasão na educação superior —

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou nesta terça-feira (7) o projeto (PL 5.395/2023), que cria a Política Nacional de Assistência Estudantil. A ideia foi apresentada pela senadora Professora Dorinha Seabra (União-TO) quando ainda era deputada. Além de criar uma bolsa permanência para alunos da educação superior, profissional, científica e tecnológica pública federal, a proposta oferece benefícios como moradia e transporte estudantil para quem cumprir requisitos de vulnerabilidade socioeconômica.
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Número de novos alunos em cursos de ensino a distância diminui ritmo de crescimento; veja motivos

Número de novos alunos em cursos de ensino a distância diminui ritmo de crescimento; veja motivos | Inovação Educacional | Scoop.it
Estudo do Instituto Semesp mostra que matrículas aumentaram 16,6% ante 26,8% registrados em 2020
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Como uma abordagem centrada no cliente pode transformar o seu negócio

Como uma abordagem centrada no cliente pode transformar o seu negócio | Inovação Educacional | Scoop.it

Você acordou hoje e reconheceu que o seu momento é muito difícil. A sua empresa, seja ela um pequeno comércio ou uma grande multinacional, a qual você dedicou tanto tempo precioso da sua vida nos últimos anos, está passando por um momento desafiador e precisa de um verdadeiro ponto de virada.
Ao longo dos últimos anos, seu negócio superou a fase de arrebentação inicial e se consolidou em seu bairro, setor ou categoria. Com seu crescimento, chegaram novos desafios, assim como o jogo e a dinâmica de mercado já não são mais os mesmos.
No caminho do crescimento mais acelerado, seu negócio perdeu em rentabilidade. Se antes você tinha total controle sobre cada detalhe, agora tudo parece mais complexo e difícil de ser ajustado. Com isto, o resultado da sua empresa começa a degradar até um momento em que você precisa tomar uma decisão definitiva.
Essa é uma situação extremamente difícil, estressante e você provavelmente sente que está fazendo seu máximo, porém não consegue enxergar um caminho possível de mudança.
E agora, o que você faz?
Em momentos críticos, como o que eu acabei de descrever, eu vejo duas alternativas bem simples: a primeira é colocar um ponto final nesta história empreendedora. Você já fez muito e não se sente capaz ou com energia de quebrar mais essa pedra. Esta é uma opção justa para muitos. Antes de se endividar e gerar um prejuízo financeiro e um impacto negativo para sua saúde, você teve a coragem de encerrar este ciclo. Considerando que estamos no Brasil, este é um desafio ainda maior. Claro, não é fácil, pois tudo aquilo que você criou e imaginou para seu futuro termina aqui, longe de um sonho de virada que um dia viria.
A segunda opção é talvez ainda mais desafiadora: se lançar ao abismo, seguir em frente, colocar mais uma vírgula nessa história e desbravar a dor do desconhecido. Porém, essa opção vem com o custo de ainda mais dor, mais mudança e muito mais frio na barriga.
E aí, o que você escolheria?
Eu te convido a seguir o segundo caminho comigo, apesar de ter muito respeito por quem optou pela primeira opção.
Antes disso, deixa eu colocar um pouco de luz no que pode estar contribuindo para sua realidade ser tão dura.
Com todo esse ruído, você acabou despriorizando algo muito importante: seu cliente. Você esqueceu quem ele é e o que ele pensa e diz sobre seu produto ou negócio. Boa parte do seu tempo mais nobre não é mais investido para, genuinamente, ouvir e entender a experiência com seu produto.
Sinto lhe dizer, mas o seu radar falhou e, por conta disso, seu negócio poderá quebrar se nada for feito; porém, você ainda não percebeu que essa é a principal causa.
De alguma forma, na trajetória de mudar a empresa de patamar, algumas coisas podem acontecer e te desconectar do que deve ser a essência de todo negócio: gerar valor para o cliente.
Isso acontece por vários motivos. Seja pelo fato do seu negócio ter crescido e, ao trazer mais gente para sua operação, você acabou delegando vários chapéus que antes eram de sua responsabilidade e que agora estão nas mãos de gestores ou executivos.
Pode ser que você não percebeu, mas parte do seu time se tornou executor de tarefas diárias, deixando de trabalhar focado nas metas e objetivos do negócio. Muitos dos líderes da companhia se tornaram corporativos, focados na própria carreira e trajetória, e não nos seus clientes.
A execução do orçamento se tornou mais importante do que entender o impacto de cada entrega para o cliente, isto porque o objetivo é conseguir mais recursos para o orçamento do ano seguinte.
Quando as coisas estão difíceis, quase ninguém assume a frente. Na verdade, é difícil achar alguém que se responsabilize quando algo dá errado. O responsável se tornou a complexidade, alguém que já saiu ou mesmo a área vizinha. Ninguém quer aparecer demais e, portanto, a única pessoa a tomar risco, no final, é você. As análises com indicadores baseados em médias nunca foram tão presentes.
Você deixou de conhecer os detalhes do seu negócio, apesar de ir todo dia para o seu escritório. Você possui um time direto muito capaz e com um currículo brilhante que te diz que tudo está funcionando; porém, limitam suas atuações a própria área de conhecimento, perdendo a visão do todo.
Este contexto, com alguma nuance, é uma realidade muito comum a empresas que crescem e precisam se reinventar. Todo produto possui um ciclo de vida e, ao longo do tempo, precisa ser atualizado para continuar gerando valor ao cliente. Porém, se reinventar significa fazer uma virada 180 graus no seu negócio e entender que ser, de fato, obcecado pelo seu cliente é o melhor caminho para ler os sinais de mudança e se preparar com antecedência. Seu radar precisa voltar a funcionar!
Retome o controle da sua agenda e a organize em torno disso. Garanta tempo de qualidade para você refletir sobre processos e rotinas que permeiam seus clientes. Crie formas de ouvir e se conectar com eles diretamente, sem filtros, pontes ou comitivas. Não basta ler relatórios de NPS (net promoter score), atendimento e suporte. Focar no cliente significa não depender de um relatório que apresente uma média. Cada ponto de uma curva no gráfico importa e, em geral, os outliers (pontos distantes da média) podem trazer percepções ainda mais valiosas para você.
Procure administrar o efeito da dor em você. No início, vai ser difícil escutar e entender que o seu produto ou serviço precisam mudar, mas esse é o começo para seu time voltar a te reconhecer como uma liderança presente, estável e que merece confiança.
Faça terapia, vá caminhar ou correr, encontre algo que te permita gastar energia. Resolva seu sono. Você estar bem permitirá ao seu time te acessar e compartilhar mais. Esteja aberto a ouvir. Module suas reações. Falo isso por experiência própria. Tenho 2 filhos, um negócio que movimenta R$ 30 bilhões por ano e precisou se reinventar algumas vezes ao longo da última década.
Esteja atento e reavalie toda e qualquer liderança ou gestor que não saiba dos detalhes da área que lidera. Liderança que depende de alguém para responder uma pergunta técnica sobre algo importante da área que lidera está te atrapalhando e não vai te ajudar no processo de mudança que você precisa conduzir. A liderança da companhia deveria se responsabilizar e não gastar tempo apontando culpados.
Procure líderes técnicos, que saibam de cada detalhe do escopo que lideram e possuam uma curiosidade genuína. Pessoas que buscam aprender e ensinar cada tema importante relacionado ao seu escopo são as que realmente importam para você. Você precisa de alguém que tenha prazer em desenhar, com você, um novo processo no seu quadro branco. Pessoas que queiram reaprender quantas vezes forem necessárias.
Ter um time que tenha a responsabilidade de falar com seus clientes também não basta. Você precisa se tornar o líder dessa missão. E a sua missão é priorizar seus clientes.
Abraçar essa missão é o primeiro passo para a virada. Você vai conduzir uma transformação cultural dentro da sua própria empresa. Sua mudança de posicionamento vai impulsionar todo o time. E o seu exemplo vai ter mais impacto do que qualquer outra ação (que também serão realizadas nesse sentido) e, com muita consistência, a mudança acontece.
Uma vez que o time absorva essa nova realidade, você passa a compartilhar a missão. A partir disso, o impacto positivo para o cliente é o que vai nortear todas as decisões tomadas dentro da empresa.
E o que essa mudança de mindset significa no dia a dia da empresa: todo planejamento e novas ações serão norteadas por essa visão do cliente no centro. Esse direcional irá permear todas as áreas da empresa. Desde o atendimento a vendas ou qualquer lançamento de produto. A priorização levará em conta o que é mais importante para o seu cliente, mesmo que, no curto prazo, essa priorização não seja popular.
Com esse direcional em mente, a sua operação ganha eficiência, pois todos estão olhando para o mesmo lado e remando juntos para trazer a melhor solução e experiência possível para o cliente. Quando algum desafio aparece, vocês trabalham juntos incansavelmente para resolver da melhor forma possível para o seu cliente.
É muito trabalho. É um esforço diário e contínuo. O resultado deveria ser um negócio mais rentável, que gera uma percepção de valor positiva.
E olha você colocando mais uma vírgula em sua história.

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Caça controlado por IA vence piloto humano e causa preocupação

Caça controlado por IA vence piloto humano e causa preocupação | Inovação Educacional | Scoop.it
O uso de aviões habilitados para IA ganhou força pelo custo mais baixo, segurança e capacidade estratégica. A força aérea da China também está criando uma frota de armas voadoras não tripuladas, mas ainda não encontrou uma forma de realizar testes fora de um simulador (pelo menos não oficialmente). Outra vantagem é a capacidade de penetrar no espaço aéreo inimigo sem risco para a vida dos pilotos.
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UK details requirements to protect children from ‘toxic algorithms’

UK details requirements to protect children from ‘toxic algorithms’ | Inovação Educacional | Scoop.it
Platforms that expose minors to harmful online content like hate speech or pornography could face billions in fines.
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Afinal, o que está acontecendo com a pós-graduação?

Afinal, o que está acontecendo com a pós-graduação? | Inovação Educacional | Scoop.it

Depois de um período em crescente expansão, marcado por bons resultados e entusiasmo, esse negócio parece ter começado a “andar de lado”. IES que investiram em pós-graduação passaram a relatar queda na procura, diminuição de ingressantes e, ainda, reduções tanto de turmas formadas, de alunos por sala e até na participação na receita total das IES.
No primeiro trimestre de 2024, durante contatos informais com dirigentes de IES, o que se ouve é que a captação das graduações, em especial dos cursos da área de saúde (com destaque para psicologia) e de alguns cursos de tecnologia da informação, apresentou leve melhora. No entanto, o cenário na pós-graduação lato sensu segue estagnado em relação ao ano passado.
Entre os docentes e coordenadores de cursos, o sentimento é o mesmo: muita preocupação.  Entre elas,  escassez de aulas e, até mesmo, os professores medalhões – que normalmente tinham agendas travadas para mais de um ano – passaram a entrar em contato com os coordenadores informando sua disponibilidade para assumir aulas.

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Por que um aplicativo está no centro da crise nas universidades dos EUA

Por que um aplicativo está no centro da crise nas universidades dos EUA | Inovação Educacional | Scoop.it
A história, ainda recente, das redes sociais é marcada por uma certa busca por exclusividade – principalmente por parte dos mais jovens.

A regra é: se o seus pais usam o mesmo aplicativo que você, alguma coisa está errada.

Por isso o Facebook perdeu público para o Instagram, que por sua vez foi trocado pelo TikTok (cujo trono logo será tomado por outra plataforma).

Segundo os especialistas na área, esse desejo de participar de ambientes virtuais seletivos vem se tornando ainda mais intenso entre os indivíduos da Geração Z, aqueles nascidos entre meados da década de 1990 e o ano de 2010.

Este, por sinal, é o público-alvo do Sidechat, um APP que entrou no centro da crise em curso nas universidades americanas desde os ataques do Hamas a Israel, em outubro de 2023.

De acordo com o jornal The New York Times, há acampamentos pró-Palestina montados em cerca de 40 instituições de ensino superior do país – em 15 delas, a polícia precisou intervir para evitar conflitos violentos.

E o principal meio de comunicação dos manifestantes é justamente o Sidechat, que combina duas características “perfeitas” para o momento: só pode ser usado por universitários e permite o anonimato.

Graças ao segundo recurso, o discurso de ódio rola solto nas postagens. As ofensas, intimidações e ameaças (inclusive de morte) partem dos dois lados dessa guerra cultural.

Mas o antissemitismo supera, em muito, a islamofobia nos conteúdos analisados por educadores, autoridades de segurança e, agora, políticos.

Em uma nota divulgada em março, Nick Bartley, porta-voz do Comitê de Educação da Câmara, liderado pelo Partido Republicano, expressou sua preocupação com o uso da plataforma e incluiu outros setores dos campi na controvérsia.

“O Sidechat permitiu que estudantes, professores e funcionários publicassem mensagens antissemitas anonimamente. O comitê, no âmbito da sua investigação, quer saber como as universidades estão lidando com essa questão”, afirmou.

Para se ter uma ideia do grau de assédio verificado nos posts do aplicativo, usuários pró-Palestina da Universidade de Columbia, em Nova York, chegaram a compartilhar a localização do dormitório de um aluno judeu para que o lugar fosse vandalizado.

O motivo da revolta? O rapaz apenas retirou um panfleto de cunho político que estava colado na parede de um corredor da instituição.

Em uma audiência realizada pelo comitê no último dia 17 de abril, a presidente da Columbia, Minouche Shafik, engrossou o coro dos descontentes com o Sidechat.

Para ela, a plataforma é “venenosa” e foi palco “dos casos mais flagrantes de antissemitismo, islamofobia e racismo ocorridos nas redes sociais”.

Situações semelhantes foram observadas em Harvard, Brown, Yale, Tufts, Princeton e nas universidades do Texas, Califórnia, Pensilvânia e Carolina do Norte. Esta última foi a única que tomou algum tipo de atitude: bloqueou o acesso ao Sidechat no Wi-Fi de seu campus.

“A plataforma demonstrou um desrespeito imprudente pelo bem-estar dos jovens e uma indiferença total ao bullying”, disse o presidente da instituição, James L. Oblinger, em um comunicado oficial.

O esforço de Oblinger, contudo, é praticamente simbólico, pois os estudantes seguem acessando o APP por meio das redes de dados de seus dispositivos pessoais.

De forma geral, os reitores afirmam estar de mãos atadas, pois proibir a utilização de um aplicativo de troca de mensagens fere os ideais americanos de liberdade de expressão.

Em março, durante uma reunião aberta ao público, a presidente da Brown, Christina Paxson, foi questionada se uma universidade poderia impedir o acesso ao Sidechat. “Deixando de lado a preocupação com a censura, que levamos muito a sério, a resposta é: não” disse.

Moderação de conteúdo é feita por universitários e ferramentas de inteligência artificial
Nas entrevistas que concede à imprensa, Sebastian Gil, um dos criadores do Sidechat, insiste em repetir um único discurso.

Segundo ele, o aplicativo mantém uma equipe de 30 moderadores de conteúdo, além de uma inteligência artificial treinada para identificar postagens “ameaçadoras, ofensivas ou profanas”.

E, a julgar por suas declarações mais recentes, a única medida concreta tomada pela plataforma após o início das tensões foi a de também excluir posts que mencionem, diretamente, nomes de alunos.

As mensagens problemáticas, no entanto, continuam sendo removidas apenas depois de já terem ido ao ar.

Outra crítica ao aplicativo dá conta da moderação em si. Questiona-se o quanto do material é analisado apenas por ferramentas de I.A. e, principalmente, o fato de a maioria dos moderadores serem estudantes das próprias universidades incluídas na rede social.

A revista especializada em tecnologia Wired conversou sobre o tema com dois alunos de origens diferentes da Brown, no estado de Rhode Island, uma das universidades mais antigas e tradicionais dos EUA.

Ambos costumam publicar artigos com foco no ambiente “divisivo” das instituições de ensino superior do país.

“A inteligência artificial não consegue simplesmente detectar toda a retórica e linguagem desumanizantes. Isso é algo que não pode ser decidido filtrando palavras-chave ou apenas interpretando a mensagem pelo valor nominal”, disse o palestino Aboud Ashhab.

Já o estudante judeu Andrew Rovinsky acredita que o Sidechat não deveria operar com moderadores universitários.

“Porque, obviamente, cada um de nós tem seus próprios preconceitos e noções sobre o que é e o que não é discurso de ódio. E também somos partes diretamente interessadas nesse ecossistema online.”

Em 2023, o Sidechat comprou outro aplicativo acusado de permitir ameaças racistas
Na verdade, a “semente” de toda essa tensão foi plantada há cerca de dez anos, com o surgimento da plataforma Yik Yak.

Bastante popular no início de suas atividades, a rede social logo ganhou a adesão dos universitários americanos por permitir que os usuários acessassem mensagens publicadas por pessoas distantes a um raio de apenas 8 quilômetros.

Porém, quatro anos depois da estreia, o Yik Yak morreu na praia, sob acusações de permitir conteúdos tóxicos e ameaças racistas.

A empresa decidiu relançar o produto em 2021. Dois anos depois, foi comprada por outro aplicativo semelhante recém-chegado ao mercado: o Sidechat.

A proposta de Sebastian Gil e seus sócios consistia em combinar funcionalidades do Yik Yak com alguns conceitos do Facebook em seus primórdios – quando a rede de Mark Zuckerberg era voltada exclusivamente para estudantes universitários.

Mas, sintomaticamente, a novidade já entrou no ar com uma característica considerada “segregacionista” por seus críticos: o APP só pode ser baixado por donos de iPhones.

Em 2022, antes mesmo dos protestos pró-Palestina nos EUA, uma matéria do site Boston.com já alertava para esse caráter do aplicativo.

Ouvido pela reportagem, um aluno da Tufts University, em Massachusetts, disse que os usuários do sistema Android eram ridicularizados por não poderem usar certos recursos disponíveis apenas para iPhone – e, segundo dele, o Sidechat reforçava essa forma de bullying.

“É como se fosse chato conversar comigo porque não tenho dinheiro suficiente. Isso me faz sentir mal, porque é algo que não está realmente sob meu controle”, afirmou, na época, o rapaz.

Não foi por falta de aviso, portanto, que o Sidechat poderia criar tensão nas interações virtuais entre os estudantes.

Com o estrago já feito, as autoridades agora pressionam seus criadores para desenvolver ferramentas capazes de moderar os conteúdos com mais efetividade – um desafio a ser superado desde o advento do anonimato online.
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‘Juros por Educação’ é aposta para promover ensino técnico no país

‘Juros por Educação’ é aposta para promover ensino técnico no país | Inovação Educacional | Scoop.it

Há alguns Estados, por exemplo, que defendem usar a economia que será gerada com a redução de juros para investir em infraestrutura de saneamento. O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, um dos idealizadores do programa, disse que, caso uma proposta dessa avance, o governo teria de pensar em alguma outra regra ou trava para garantir que a economia com os juros seja usada mesmo para investimento, e não para outros fins.
Ceron pontou que, com a expansão do aporte federal no Fundeb (o fundo da educação), os Estados vão conseguir absorver o custo do incremento da rede de educação técnica. “Nós não vamos impulsionar despesas correntes que, depois, não vão poder ser suportadas”, destacou.
O secretário executivo-adjunto do Ministério da Educação (MEC), Gregório Grisa, rebateu as críticas de que o programa servirá para "premiar" Estados endividados. Segundo ele, isso decorre de um raciocínio “muito singelo”, que também rendeu questionamentos semelhantes na época do lançamento do ProUni.

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Educa 2030: ONU lança movimento para incentivar as empresas a investir em educação | Jornal Nacional

Educa 2030: ONU lança movimento para incentivar as empresas a investir em educação | Jornal Nacional | Inovação Educacional | Scoop.it

Educa 2030: ONU lança movimento para incentivar as empresas a investir em educação
A ONU lançou, nesta quarta-feira (8), no Brasil, o Educa 2030 - um movimento para incentivar as empresas a investir em educação em favor da geração de empregos.
Empresários, especialistas e autoridades juntos a favor do conhecimento e do emprego.

O Educa 2030 é um dos compromissos do Pacto Global das Nações Unidas, uma iniciativa que envolve 18 mil empresas no mundo todo; 1,9 mil só no Brasil. O lançamento nacional do Educa 2030 foi no Museu de Arte Moderna de São Paulo.
O tema exige metas ambiciosas e, para engajar as empresas no avanço da educação no país, o Educa 2030 trabalha com três pilares:
aumentar o nível de escolaridade dos funcionários;
incluir mais jovens no mercado de trabalho;
ampliar o número de mulheres nas áreas de ciência e tecnologia, engenharia e matemática.

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Melhorando o boletim? Analistas divergem sobre resultados de educacionais no 1T24

Melhorando o boletim? Analistas divergem sobre resultados de educacionais no 1T24 | Inovação Educacional | Scoop.it
Os balanços de companhias do setor educacional devem tirar boas notas no primeiro trimestre de 2024, de acordo com alguns analistas. O setor, como um todo, deve apresentar crescimento da base de alunos, racionalidade nos tickets e maturação das faculdade de medicina, de acordo com a XP. Para outros, a má fase ainda perdurará para as companhias educacionais.
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Movimento busca parceria de jovens e empresas

O Pacto Global da ONU - Rede Brasil lançou nesta terça-feira, em São Paulo, o Educa2030, movimento que busca incentivar e auxiliar empresas a participarem da capacitação de jovens para o mercado de trabalho.
O programa é focado em três áreas: elevar escolaridade de funcionários e terceirizados, inclusão produtiva de jovens, e o desenvolvimento profissional de mulheres em áreas STEM (grupo de carreiras em ciências, tecnologia, engenharia e matemática).
“Precisamos atuar mais para que empresas se responsabilizem em ajudar os jovens a melhorar sua empregabilidade", afirmou o CEO do Pacto Global no Brasil, Carlo Pereira. "Isso significa não apenas apoiar seus funcionários, diretos ou terceiros, no percurso para aumentar sua escolaridade, mas também elevar a participação no programa Jovem Aprendiz, que é lei, mas tem baixa adesão, entre outras ações.”
“A educação é um vetor fundamental para o desenvolvimento do país e um compromisso que nós trazemos desde o início da nossa jornada na Globo. São mais de 50 contribuindo para sensibilizar a sociedade nessa temática, desde a criação do ‘Telecurso’ na década de 1970”, afirmou o diretor-presidente da Globo, Paulo Marinho. “O tema passou a figurar formalmente na nossa agenda ESG, disse ele. “O Educa2030 representa o compromisso de estimular nossos 13 mil colaboradores a também se engajar nesse tema.”
"Este é um convite para que empresas deem mais atenção aos compromissos que podem construir no campo da educação e da inclusão produtiva. Não é apenas abrir vaga, fazê-la com critérios inclusivos, mas um conjunto de variáveis que vão garantir ou não permanência nesta oportunidade", afirma João Alegria, secretário-geral da Fundação Roberto Marinho (FRM).
Uma das preocupações da iniciativa é a melhora da adesão das empresas para o Programa Jovem Aprendiz. Para ajudar a impulsionar o programa, o Educa2030 lançou a Jornada do Conhecimento do Educa2030 Jovem Aprendiz, uma série de encontros entre empresas, instituições qualificadoras, organizações da sociedade civil e governo para a troca de conhecimento sobre troca de informações de inclusão.
Em vigor desde 2006, o programa prevê que empresas com mais de 50 funcionários empreguem entre 5% e 15% de jovens aprendizes em seu quadro de funcionários. De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego, 546.593 mil adolescentes foram empregados por meio da lei no ano passado. Especialistas, no entanto, apontam que o programa poderia gerar mais de 1 milhão de vagas.
"Existe uma cota obrigatória que muitas empresas não conseguem cumprir. Ao fim dessa jornada, deve ser elaborado um guia para ajudar nesse sentido, do ponto de vista técnico e do desenvolvimento sustentável", afirma a gerente educação e inclusão produtiva do Pacto no Brasil, Gabriela Rozman.
Uma pesquisa da FRM com 208 mil egressos do Programa Aprendiz Legal entre 2015 e 2019 mostrou que a probabilidade média do jovem aprendiz de conseguir um trabalho com carteira assinada chega a 68%. Egressos de aprendizagem também tiveram maior probabilidade de inserção em empresas de porte maior (com 250 ou mais funcionários): 34% contra 24%.
Outro estudo, encomendada pela FRM e pelo Itaú Educação, mostra que 73% dos jovens que não terminaram o ciclo básico gostariam de completar os estudos. Destes, quase oito em cada dez (77%) gostariam de fazê-lo através do ensino médio técnico. Do total de entrevistados, 52% também afirmaram querer terminar o ensino médio para melhorar sua perspectiva na busca por emprego e 37%, para melhorar seu currículo.
"Nas entrevistas feitas para esse estudo, os jovens comentaram como as empresas não só não contratam quem tem apenas ensino básico, mas também não os ajudam a voltar à escola, aos estudos. Esta mensagem é uma convocação para o papel do mundo empresarial em ajudar nesse processo", destacou Patricia Mota Guedes, superintendente do Itaú Social.
O Educa2030 é uma iniciativa do Pacto Global da ONU em parceria com a Unicef e o Ministério do Trabalho e Emprego. A Globo e a Yduqs são embaixadoras do programa.

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Como pausar a vida profissional e preparar o retorno ao mercado

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Executivas contam como fizeram o caminho de volta ao trabalho após se dedicarem um período exclusivamente aos filhos
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Chegada da IA nas organizações está transformando o papel dos CFOs

Chegada da IA nas organizações está transformando o papel dos CFOs | Inovação Educacional | Scoop.it

Pesquisa realizada pela Accenture apontou que 69% das atividades de finanças serão impactadas pelas novas tecnologias
O papel da liderança financeira em organizações de todo o mundo vem mudando nos últimos anos, especialmente com a utilização cada vez mais frequente de novas tecnologias. E uma das principais funções desses líderes tem sido ajudar na construção de estratégias que envolvam o uso de inteligência artificial (IA).
A descoberta é de uma pesquisa realizada pela consultoria Accenture. Ao todo, foram entrevistados cerca de 1.500 chief financial officers (CFOs) de empresas em 16 países, incluindo o Brasil.
Marcelo Almeida Prado, CFO da Accenture Brasil, diz que equilibrar a aplicação das novas tecnologias e os investimentos que serão feitos com os prazos possíveis está entre os principais desafios desses profissionais atualmente. “O CFO tem um papel fundamental na execução da estratégia da empresa, o que implica hoje, necessariamente, em participar com protagonismo na transformação tecnológica”, conta. “Também cabe a ele adaptar os modelos de negócio para que fiquem adequados às necessidades do consumidor e possam solucionar os desafios macroeconômicos”.
O levantamento trouxe alguns dados sobre o valor gerado pela IA generativa em finanças. Entre 13% e 26% dos profissionais ouvidos acreditam que haverá melhora na produtividade; 12% a 18% que haverá redução de custos; e de 5% a 7% que haverá redução de riscos. Além disso, 86% dos CFOs disseram que o ritmo da tomada de decisões estratégicas aumentou nos últimos tempos.
“A utilização da tecnologia na prática traz mais agilidade nas execuções das atividades”, defende Marina Jacintho, diretora de estratégia e consultoria da Accenture Brasil. Nesse sentido, a pesquisa apontou que, em média, 69% das horas de trabalho na função financeira podem ser transformadas com o uso da IA generativa.
“Uma análise de resultados pode ficar pronta em até uma hora aplicando tecnologia em lugar de esperar uma semana para ser feita por um analista”, exemplifica. “Tanto do ponto de vista financeiro quanto de dados comparativos de mercado, o valor do talento humano neste novo mundo com a IA, é assegurar análises mais completas, em menor tempo e com insights significativos para o negócio”.
Ela diz ainda que 8% das companhias pesquisadas conseguiram adotar uma nova visão de transformação ao utilizar a IA generativa em suas atividades financeiras e, com isso, repensar o negócio e sua forma de entrega para obter melhores resultados. “Essas empresas reportaram crescimento incremental de receita 10% maior do que o previsto, fizeram reduções de custos 13% maiores e houve uma melhoria de 17% no balanço patrimonial em relação às que fizeram ações pontuais de transformações, sem repensar o processo como um todo”, revela.

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Conheça o Observatório da Pós-Graduação do Brasil

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O Observatório da Pós-Graduação é um espaço da Plataforma Sucupira em que o usuário consegue ter acesso, de forma simples, a informações detalhadas dos envolvidos nessa etapa da educação. No espaço, criado em 2023, estão disponíveis dados, de 2013 a 2022, de 550 instituições de ensino superior, 4,6 mil programas de pós-graduação, 800 mil perfis profissionais de pesquisadores e mais de um milhão de produções acadêmico-científicas, entre artigos, dissertações e teses.
A intenção é dar mais visibilidade aos resultados e benefícios da pós-graduação para a sociedade, por meio da formação de pessoal, das pesquisas, teses, dissertações e produções científicas realizadas no País. É possível fazer buscas por localização, área de avaliação, nota do programa de pós-graduação e palavras-chave. Os visitantes podem encontrar referências das suas áreas de interesse, o que pode facilitar a criação de redes de colaboração e a conexão entre acadêmicos que estudam temas similares.
Essas informações constam no vídeo ‘Institucional Observatório da Pós-Graduação – Uma janela para o conhecimento acadêmico-científico’, disponível no canal da CAPES no YouTube. São quatro minutos e meio de um panorama geral sobre o espaço virtual que pode ser acessado por qualquer pessoa ou instituição que queira fazer uma busca geral no universo da pós-graduação. Conheça!

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no Brasil tem 57% de evasão na rede pública e privada

no Brasil tem 57% de evasão na rede pública e privada | Inovação Educacional | Scoop.it

O índice de evasão da educação superior no Brasil chega a 57,2% entre redes pública, privada e ensino presencial e a distância (EaD). Os dados fazem parte do Mapa do Ensino Superior no Brasil 2024, lançado nesta quarta-feira (8/5), em São Paulo, pelo Instituto Semesp, entidade que representa mantenedoras de ensino superior no Brasil, e apontam a necessidade de adoção de políticas públicas para garantir o acesso e permanência dos estudantes no ensino superior.
A evasão é observada com mais força na rede privada de ensino, que concentra 88% das instituições de ensino superior (IES) no país, do total de 2.595. Entre as modalidades presencial e EaD, esta conta com maior taxa de abandono do ensino superior, ocupando 56,3% das graduações. Nas instituições privadas, a evasão chega a quase 61%, já nas públicas, é menos de 40%. Cursos presenciais têm 52,6% de desistência, enquanto a distância têm 64%.
O diretor executivo e assessor para assuntos econômicos do Semesp, Rodrigo Capelato, afirma que o problema da evasão é mundial, com altos índices de alunos que não se formam no ensino médio, o que impacta na taxa de escolarização líquida, que abrange jovens de 18 a 24 anos. Segundo o Censo da Educação Superior de 2020, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), apenas 20% da população nessa faixa etária frequenta a educação superior.
“O modelo de oferta da educação, na qual há um problema financeiro, de arcar com as mensalidades e se manter no ensino superior, afeta a permanência dos estudantes nas instituições. Além disso, como não há políticas públicas de acesso ao ensino superior, as instituições estão tendo que dar descontos, porque muitos estudantes têm baixa renda per capita na família, variando de um a 1,5 salário mínimo”, aponta Rodrigo.
Capelato defende o Pé-de-Meia, programa do governo que prevê incentivo financeiro-educacional a estudantes do ensino médio regular ou da Educação de Jovens e Adultos (EJA) da rede pública, para combater a evasão. “Pode ser um importante alavancador para diminuir a evasão e trazer mais alunos para o ensino”. Além disso, o diretor do Semesp ressalta a necessidade de incentivo a cursos técnicos, como forma de “atacar o problema do ensino médio, em relação à qualidade, à evasão e ao conhecimento das possibilidades de atuação dos estudantes”.
Matrículas
A rede privada, que tem maior número de instituições de ensino superior, também detém o maior número de matrículas, com 78% dos mais de 8,6 milhões de ingressos, como mostrou o Inep. De 2021 para 2022, houve queda de 4,3% nas matrículas na modalidade presencial para a rede privada e 0,6% para a rede pública. No ensino EaD houve aumento total de 16,5% nos ingressos, reforçando a expressividade dessa modalidade, que quadruplicou a procura de 2015 para 2022. Entre os cursos mais buscados, se destacam, nas primeiras posições, direito e áreas relacionadas à saúde, como medicina, psicologia e nutrição, além do crescimento na busca por tecnologia da informação (TI).
Rodrigo Capelato explica que o crescimento exponencial nas matrículas no ensino superior, de forma geral, pode ser associado à criação do Programa Universidade para Todos (Prouni), que oferece bolsas de estudo em instituições particulares, à reformulação do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), que financia cursos superiores, à liberação dos polos à distância e aulas remotas na pandemia. Ele também atribui o impulsionamento das matrículas ao setor privado. “Quem trouxe a expansão e democratização do ensino superior, foi o ensino privado”.
Como reflexo desses fatores, além da redução nos custos de mensalidade nas instituições, a taxa de escolarização bruta, que não avalia critérios de idade, cresceu 8,6% de 2012 a 2022, chegando a 38,6% de pessoas com formação superior no país, segundo o censo da educação superior 2020. O número é baixo, mas supera, em grande escala, a escolarização líquida, apontando a necessidade de políticas de valorização da educação desde o ensino médio, como mencionado por Capelato.
Docência
Atualmente, a carreira docente não se mostra atrativa aos professores da educação básica. No Mapa da Educação Superior 2024, foram ouvidos 444 docentes. Para eles, a falta de valorização e estímulo da carreira, com baixos salários e espaços inadequados, se destacam como maiores dificuldades da profissão, além de falta de interesse dos alunos e violências sofridas em sala de aula.
Lúcia Teixeira, presidente do Semesp, expõe que os professores estão inseguros e exaustos na profissão, ressaltando a importância do apoio psicológico no ambiente escolar. “A escola repete as violências da sociedade. Grande parte dos docentes se sentem indecisos, inseguro e exausto, mostrando a necessidade de apoio psicológico a todo o pessoal que trabalha em escolas”, diz. 
Para ela, é essencial criar políticas públicas duradouras de valorização da educação no Brasil. “É preciso pensar os modelos de oferta dos cursos de licenciatura, currículos devem ser mais práticos, a tecnologia deve ser inserida na educação e deve haver maior financiamento. A bolsa permanência deve ser implementada para impedir a evasão do ensino e que os alunos tenham que trabalhar enquanto estudam. A capacitação dos professores, alinhada com políticas públicas estruturantes, é primordial para melhorar a educação básica e a competência profissional”, afirma.

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Inteligência artificial vai afetar mais os empregos ou os salários? Pesquisa de Oxford responde

Inteligência artificial vai afetar mais os empregos ou os salários? Pesquisa de Oxford responde | Inovação Educacional | Scoop.it

Ferramentas de IA podem ampliar acesso de trabalhadores menos qualificados de países emergentes a vagas em nações ricas, mas maior concorrência deve achatar a renda
Considerar a inteligência artificial generativa, como a do ChatGPT, como uma tecnologia que eliminará postos de trabalho é um erro, avalia o economista sueco-alemão Carl-Benedikt Frey, professor da Universidade de Oxford, no Reino Unido. Ao ajudar os trabalhadores numa série de tarefas, as ferramentas de IA poderão facilitar o acesso a empregos mais qualificados e aumentar a produtividade, afirma ele. Por outro lado, devem reduzir os salários médios, o que terá efeitos positivos e negativos.
"Sou otimista quanto ao potencial da mudança tecnológica para impulsionar a produtividade e aumentar os padrões de vida, em média, mas, além disso, a mudança tecnológica tem efeitos redistributivos", diz Frey ao GLOBO.
Frey e o engenheiro Michael Osborne, também professor de Oxford, são autores de um dos mais citados trabalhos acadêmicos sobre os impactos da automação no mercado de trabalho, publicado em 2013. O estudo estimava que 47% dos trabalhadores nos Estados Unidos estavam em vagas que poderiam ser eliminadas em até duas décadas.
Naquela época, o burburinho da tecnologia girava em torno dos carros autônomos, e motoristas profissionais estavam entre os mais ameaçados.
Se hoje essa projeção parece exagerada, o sucesso do ChatGPT a partir do fim de 2022 voltou a colocar o futuro do trabalho sob os holofotes.
Em março do ano passado, um estudo o banco Goldman Sachs estimou que 300 milhões de empregos, no mundo todo, poderiam ser automatizados com a IA generativa. Em junho, a consultoria McKinsey estimou, em relatório, que os benefícios da IA generativa poderiam ter impacto de US$ 4,4 trilhões na economia mundial, mas atingiriam, principalmente, profissionais que trabalham com o conhecimento.
Agora, os pesquisadores de Oxford voltaram ao tema, em artigo recém-publicado em uma revista acadêmica da Universidade Brown, nos EUA. Para eles, o ChatGPT e seus pares não deverão mudar muito as perspectivas, porque simplesmente recombinam conteúdos já produzidos pela Humanidade. Mais do que substituir, ajudam os trabalhadores.
Maior concorrência
Segundo Frey, na última década o foco dos avanços tecnológicos passou da “capacidade de realizar atividades rotineiras baseadas em regras, tecnicamente especificadas em código de computador”, para a “capacidade de permitir que profissionais mais qualificados se tornem mais produtivos e exportem suas ideias e serviços mais facilmente.”
"A IA generativa, na sua forma atual, está essencialmente baixando as barreiras de entrada em diferentes atividades. Se você é um grande escritor, não vai se beneficiar muito dela, mas, se você não é tão bom, a ferramenta pode fazer de você um escritor médio", argumenta Frey.
Essa ajuda poderá ser positiva, ao permitir que trabalhadores menos qualificados se tornem aptos a assumir empregos antes fora de seu alcance. Esse ponto positivo já foi ressaltado pelo economista americano David Autor, do Massachusetts Institute of Technology (MIT), que sugere, em trabalho recente, que a IA generativa poderá ajudar profissionais de classe média.
Por outro lado, o maior número de trabalhadores capazes de assumir determinado emprego qualificado tenderá a reduzir o salário médio da ocupação em questão — quanto maior oferta de mão de obra, menores os salários. Os profissionais que já atuam nos empregos atingidos sairão perdendo.
No artigo, Frey e Osborne fazem uma comparação com a criação do Uber. A maior concorrência fez com que os rendimentos por hora de taxistas caíssem, em média, 10% nas cidades em que o app passou a atuar, apontam.
"Com Uber e Google Maps, qualquer um com carteira de motorista pode se tornar taxista e nem precisa saber o nome de cada rua em São Paulo ou no Rio. Isso significa mais gente dirigindo, pois mais pessoas podem ganhar a vida dessa forma, mas também significa mais competição", diz Frey.
Para ele, o mesmo pode ocorrer com a IA generativa, embora o efeito sobre os salários médios dependa da demanda por mão de obra. A qualidade dos recursos de tradução da tecnologia e a ajuda que ela dá em algumas tarefas, como escrever códigos de programação, poderá permitir que trabalhadores de países emergentes conquistem empregos em empresas de países desenvolvidos.
Trabalho sem fronteiras
No setor de tecnologia da informação (TI) isso já é uma realidade, intensificada pelo aumento do trabalho remoto na pandemia. Programadores que moram em São Francisco, nos EUA, cidade com um dos maiores custos de moradia no mundo, poderão perder seus empregos para profissionais do Brasil, que talvez aceitem ganhar menos.
"Após a pandemia, mais pessoas estão trabalhando remotamente. Isso significa que o trabalho pode ser feito de qualquer lugar. E temos grandes diferenças no custo de mão de obra, conforme a localidade", explica Frey.
Nesse ponto, a IA generativa pode ser “uma tecnologia equalizadora”, ao elevar a produtividade de trabalhadores nas parcelas mais baixas de renda, principalmente em países emergentes.
"Haverá um incentivo muito poderoso para as firmas terceirizarem no exterior mais tarefas, empregos e atividades. Aí a empresa pode contratar alguém em Manila (nas Filipinas), no Cairo (no Egito) ou em Bangalore (na Índia). Isso pode ser realmente positivo para países em desenvolvimento com uma infraestrutura de TI altamente desenvolvida e com uma população razoavelmente educada", afirma o professor de Oxford.
Nesse cenário, explica Frey, a geração de empregos em países emergentes ocorrerá “às custas dos trabalhadores nas economias avançadas.” Ou seja, há o potencial de nivelar rendimentos de trabalhadores na comparação de um país com outro, mas não necessariamente dentro de cada mercado de trabalho nacional.
O economista Leonardo Monasterio, pesquisador do Ipea e professor do IDP, avalia, no entanto, que o impacto poderá ser maior do que preveem Frey e Osborne.
Primeiro, porque a tecnologia está em seus primórdios — problemas como a “alucinação” devem ser resolvidos.
Monasterio também discorda da avaliação de que a IA generativa serve apenas para ajudar ou aumentar a produtividade. A recombinação de conteúdos já produzidos faz parte da atividade humana, e as ferramentas poderão fazer isso mais rápido e melhor.
Por fim, ressalta o economista, as possibilidades de aplicação da tecnologia deverão aumentar.
Investir em educação
Mas, seja o impacto da IA generativa na eliminação de empregos maior ou menor, para que trabalhadores de países emergentes se beneficiem será preciso melhorar a educação básica, lembra Frey.
Monasterio chama a atenção para outro aspecto relacionado a educação e formação profissional: o aumento na produtividade decorrente da ajuda das ferramentas de IA na execução de uma série de tarefas será o mesmo se o profissional não souber fazer o trabalho?
"O profissional pode começar a ter o relatório já gerado, bonitinho, sem ter sentado e feito o relatório sozinho. Isso pode tirar dele uma habilidade. É uma ferramenta que, em certa medida, não vai desenvolver habilidades que são importantes. Para desenhar muito bem usando a IA, talvez o profissional tenha que ter um período de aprendizado desenhando sem IA", diz o professor do IDP.
A baixa qualificação dos trabalhadores é frequentemente citada como uma particularidade das economias emergentes quando o assunto é substituição de empregos por tecnologias de automação.
Trabalhadores vulneráveis
Países como o Brasil tendem a ter mais trabalhadores vulneráveis, em vagas com potencial de serem eliminadas. Segundo a mesma metodologia do estudo de 2013 de Frey e Osborne, em 2022 58,4% dos brasileiros trabalhavam em vagas ameaçadas de extinção, acima dos 47% para os EUA.
A estimativa para o Brasil é da economista Ana Tereza Santos, da consultoria IDados. Ela e o economista Bruno Ottoni, hoje pesquisador da FGV, aplicaram a metodologia para o mercado de trabalho brasileiro em um estudo de 2019, com dados de 2017. O trabalho foi publicado em revista acadêmica em 2022.
Operadores de telemarketing, motoristas de automóveis, táxis e caminhões, cobradores, balconistas dos serviços de alimentação, garçons, assistentes administrativos e auxiliares de escritório estão entre os empregos mais ameaçados pela automatização, conforme a classificação de Frey e Osborne.
Pesquisadores das universidades de Princeton e de Nova York, nos EUA, incluíram professores universitários, de diversas áreas, no rol das profissões mais expostas, ao atualizarem em março do ano passado, por causa do advento do ChatGPT, um índice de exposição de empregos à IA.
Segundo o economista Bruno Ottoni, pesquisador da FGV, a velocidade dos atuais avanços tecnológicos, com base na IA, somada às desigualdades na qualificação dos trabalhadores, poderá ter impactos negativos no Brasil se não houver avanços na educação e no treinamento profissional. O risco é os trabalhadores menos escolarizados enfrentarem um desemprego estrutural, enquanto haverá escassez de mão de obra nas atividades mais tecnológicas.
"Os entrantes no mercado de trabalho não serão suficientes para preencher as vagas mais qualificadas que vão abrir. De alguma maneira, será necessário pegar quem perdeu o emprego e requalificar", afirma Ottoni.

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Inteligência artificial pode ser ferramenta de ensino, mostra estudo

Três em cada quatro professores concordam com o uso da tecnologia e inteligência artificial como ferramenta de ensino. Os docentes também dizem que a tecnologia impactou a educação tanto positivamente, com acesso mais rápido à informação, quanto negativamente, fazendo com que os estudantes fiquem mais dispersos.
Os dados são da pesquisa inédita Perfil e Desafios dos Professores da Educação Básica no Brasil, divulgada nesta quarta-feira (8), pelo Instituto Semesp - entidade que representa mantenedoras de ensino superior. A pesquisa foi realizada entre 18 a 31 de março de 2024, com 444 docentes das redes pública e privada, do ensino infantil ao médio, de todas as regiões do país.
Segundo o levantamento, 74,8% dos entrevistados concordam parcial ou totalmente com o uso da tecnologia e inteligência artificial no ensino. Apesar disso, apenas pouco mais de um terço, 39,2%, dos professores entrevistados disseram que sempre utilizam a tecnologia como ferramenta de ensino.
Embora considerem importante o uso dessas ferramentas, os professores também relatam problemas estruturais e pedagógicos que impedem ou dificultam o uso da tecnologia nas escolas. Há problemas também em relação ao uso excessivo de tecnologias, principalmente pelos alunos. Entre esses problemas estão a falta de internet na escola, a falta de formação dos próprios professores para o uso das tecnologias no ensino e também maior dificuldade para prender a atenção dos alunos.
“Percebo que os alunos ficaram mais dependentes de ferramentas de pesquisa e respostas imediatas e têm dificuldade de ter resiliência, paciência e atuar solucionando problemas”, diz um dos professores que participou da pesquisa e que não foi identificado. Outro afirmou: “A tecnologia avançou, mas, às vezes, o acesso a elas na escola não é satisfatório. Internet ruim. O laboratório de informática é um espaço restrito. Laboratório móvel não tem pacote Office. O uso do celular é inviável pois os estudantes não têm Internet. Agora, até a internet está restrita para os próprios professores na escola”.
Pouco menos da metade dos professores, 45,7%, respondeu que, na escola em que leciona, os professores e alunos têm acesso à tecnologia, como computadores, internet, etc. Outros 7% responderam que ainda não há acesso à tecnologia nas unidades de ensino nas quais trabalham. 
Os professores relatam ainda que, com a presença de tecnologias, os estudantes estão mais dispersos. “A escola não consegue acompanhar o uso das novas tecnologias na velocidade que os estudantes conseguem, o que gera descompasso entre a aula ministrada e a aula que os estudantes querem. O uso desenfreado de redes sociais e a alta exposição dos jovens, as redes estão prejudicando o contato do professor com o aluno”, diz docente que participou do estudo.
Interesse dos jovens
A pesquisa Perfil e Desafios dos Professores da Educação Básica no Brasil faz parte do 14ª edição do Mapa do Ensino Superior no Brasil, que reúne dados oficiais coletados pelo próprio instituto para traçar o cenário atual do setor educacional no país. Esta edição tem como foco principal Cursos de Licenciaturas: cenários e perspectivas.
O mapa inclui dados de levantamento feito pelo Semesp sobre quais carreiras os jovens pretendem seguir. Conforme o levantamento, no ensino superior, a área de computação e tecnologias da informação e comunicação é a mais desejada (30,1%), seguida pela área de saúde e bem-estar (18,1%). O curso de ciência da computação aparece no topo do ranking, desejado por 11,5% dos jovens que participaram do levantamento. Administração (10,8%), direito (3,8%) e medicina (3,4%) aparecem em seguida.
Para aproximar os estudantes que ainda estão no ensino médio do ensino superior, o diretor executivo do Semesp, Rodrigo Capelato, diz que uma proposta é que as instituições possam receber esses alunos em cursos técnicos. Ele defende que isso seja feito no âmbito do programa Pé-de-Meia.
Segundo o Semesp, o Pé-de-Meia trará impacto no aumento da conclusão do ensino médio e, consequentemente, mais estudantes ingressarão no ensino superior. Lançado este ano pelo governo federal, o programa é uma espécie de poupança voltado para estudantes de baixa renda, com o objetivo de estimular que eles não deixem os estudos por questões financeiras.
“Nós temos alguns projetos para o ensino privado colaborar com o Pé-de-Meia, oferecendo para os alunos do programa cursos técnicos dentro das instituições de ensino superior. Isso pode ajudar a diminuir ainda mais a evasão. Acho que o Pé-de-Meia vai ser um grande estimulador disso. Mas, junto com o curso técnico, ajuda o estudante a se manter no ensino médio. Também o traz para uma realidade do ensino superior, a fim de que conheça o que quer nessa etapa de ensino”, afirma.

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Saúde Mental e Competitividade na Era da Inteligência Artificial: Papel das Universidades

Além disso, a IA generativa pode ser aplicada na criação de recursos multimídia, como imagens, vídeos e simulações interativas para enriquecer os materiais de ensino. Ferramentas de tradução baseadas em IA também podem facilitar o acesso a materiais educacionais em diferentes idiomas, promovendo a colaboração internacional.

Os dados educacionais também podem ser analisados por meio de modelos de aprendizado de máquina, identificando padrões de desempenho dos alunos e fornecendo insights para melhorar os programas acadêmicos e as estratégias de ensino.
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GDA: Como a Inteligência Artificial está transformando o ensino superior na América Latina

GDA: Como a Inteligência Artificial está transformando o ensino superior na América Latina | Inovação Educacional | Scoop.it
Desde 1980, a Inteligência Artificial (IA) tem estado presente no ensino superior em países da América Latina, embora nos últimos anos seu uso tenha se expandido gradualmente nas salas de aula: uma evolução que trouxe oportunidades para novas formas de aprendizado, mas ao mesmo tempo desafios sobre como a tecnologia poderia afetar a forma tradicional de ensino.

IA: 'Hype' começa a dar lugar a debate mais maduro sobre inteligência artificial
Deepfakes na mira: Estados dos EUA já criam leis para evitar falsos nudes de adolescentes criados por IA
Em algumas universidades de Argentina, Colômbia, Chile, México e República Dominicana, o uso e estudo da IA tiveram um impacto maior do que em outras áreas da região, com a abertura de novos cursos, integração de disciplinas relacionadas em outras áreas e a criação de ferramentas e aplicativos para facilitar tanto o ensino quanto a pesquisa.

O GDA realizou uma análise de como as novas tecnologias transformaram o ensino superior em vários países da América Latina, com exemplos como a abertura de um hospital de simulação com realidade aumentada na Costa Rica, centros de pesquisa em México, Brasil e Argentina, e a criação de um drone inteligente que recolhe resíduos sólidos do mar, criado por um estudante de tecnologia na República Dominicana.

Projetos pioneiros
Para Constanza García, diretora do Departamento de Matemática da Universidade Externado da Colômbia, o desafio é fazer as pessoas entenderem que a IA e o uso dessas tecnologias vieram para ficar:

— É necessário desmistificar muitos temas, é preciso capacitar, ensinar e sensibilizar para fazer um uso adequado.

Editorial: É retrógrada a oposição ao uso de inteligência artificial nas escolas
Caso não consiga visualizar, clique aqui.


Até o momento, a Colômbia é uma das líderes em estudos de IA na região, com aproximadamente 18 programas acadêmicos de nível superior e um curso de graduação em Ciência da Computação e Inteligência Artificial oferecido pela Universidade Sergio Arboleda. Em 2022, o centro de Inteligência Artificial e Robótica AudacIA, em Barranquilla, foi o primeiro a ser reconhecido pela Organização dos Estados Americanos (OEA).

Mais ao sul, a Universidade de Buenos Aires (UBA), na Argentina, tem mais de 450 ofertas educacionais que incluem atividades acadêmicas relacionadas à IA. Brasil, Chile e México também oferecem algumas graduações — no Peru, elas estão começando apenas neste ano. Já países como Venezuela e El Salvador ainda não avançaram.

Na República Dominicana, existem pelo menos 54 salas de aula inteligentes — uma delas está desenvolvendo um sistema de registro acadêmico por meio de identificação facial. Também há laboratórios de educação imersiva e um curso de graduação, além de três mestrados e um doutorado em IA. Até abril de 2024, outros dois países já ofereciam estudos de doutorado nesta tecnologia, sendo o Chile o primeiro da América do Sul. Na lista também está o México, com a Universidade Tecnológica de Mixteca e no Centro Tecnológico de Monterrey.

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Além disso, desde ferramentas para facilitar as atividades docentes, até chatbots para os estudantes, várias universidades latino-americanas têm criado plataformas e aplicativos com o auxílio da IA.

Víctor Cuchilla, coordenador do Mestrado em Gestão de Tecnologias da Universidade Francisco Gavidia, de El Salvador, explicou que o centro, junto com a organização argentina Evaluada AI, está executando um projeto no qual os professores colocam conteúdos em uma plataforma que será usada para sugestões de atividades acadêmicas.

Enquanto isso, a Universidade do Chile criou um modelo de detecção precoce de estudantes que podem estar em risco de abandono ou baixo desempenho acadêmico, modelo similar ao usado pela Pontifícia Universidade Católica Madre y Maestra, da República Dominicana. A universidade também tem uma IA para analisar doenças em cultivos agrícolas e outra para detectar condições do tráfego através de visão computacional.

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Usos éticos
Mas não são apenas as universidades que lideram esses tipos de projetos. Como parte de suas atividades, os estudantes do Instituto Tecnológico das Américas (ITLA), em Santo Domingo, desenvolveram um drone inteligente que identifica e coleta resíduos sólidos encontrados no mar, depositando-os posteriormente em aterros sanitários. Além disso, criaram uma plataforma para prever doenças em diferentes pacientes, com o objetivo de determinar certos tipos de patologias.

Outro projeto criado por estudantes argentinos é chamado “Árvores filogenéticas e evolução viral”, que integra a tecnologia para ensinar conceitos complexos em genética e evolução viral.

Tanto estudantes como alguns professores também têm utilizado a IA generativa para facilitar os estudos e o planejamento das aulas.

— Quando tenho uma prova ou uma tarefa prática e quero avaliar o quanto estou preparado, peço ao ChatGPT que formule perguntas, desenvolva casos clínicos únicos para que eu os analise, e também faça questionários com respostas objetivas — disse Carlos Leonel Lima González, estudante de medicina da Universidade Pública dominicana.

Para Juan Carlos Rojas, professor na Costa Rica, usar o recurso na sala de aula não é um grande problema. Na prática, ele permite que os alunos o usem abertamente.

— Eu pessoalmente não vejo isso diferente de pedir ajuda a um irmão, a um amigo ou colega. Não há como impedir. Se usarmos a nosso favor, pode ser uma boa ferramenta.

Nos últimos anos, as próprias universidades latino-americanas têm oferecido cursos e workshops para ensinar aos seus professores como aproveitar a Inteligência Artificial. Na Universidade de Buenos Aires, por exemplo, foi desenvolvido o Ciclo de Formação Docente em IA, em 2023, do qual participaram 1.404 professores universitários.

Um tema que preocupa as autoridades universitárias é que os estudantes usem a IA sem respeitar os princípios éticos da academia. Segundo explicou Sadoth Giraldo Acosta, professor da Universidade Ean da Colômbia, a proteção dos direitos autorais assume uma relevância essencial em questões acadêmicas.

— É necessário ensinar aos alunos o uso e as utilidades que existem, mas também a responsabilidade de cuidado e uso adequado dessas ferramentas.

Até o momento, não há evidências de que a integração da IA diminua ou prolongue o tempo de estudo.
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A crise do sistema educacional na Alemanha

A crise do sistema educacional na Alemanha | Inovação Educacional | Scoop.it

Em alguns dias, tudo ainda está nos conformes para a ministra da Educação da Alemanha. Por exemplo, quando os melhores professores são homenageados, como acontece todos os anos. E Bettina Stark-Watzinger tem a honra especial de fazer um discurso exaltando os vencedores do Prêmio dos Professores Alemães. O professor de matemática, por exemplo, que, de acordo com seus alunos, torna divertida até mesmo a aula mais insuportável. Ou a professora de educação especial que inclui alunos cadeirantes em seu projeto de teatro. Ou o professor que incorpora em suas aulas vídeos produzidos por ele mesmo.
Então, tudo está uma maravilha na Alemanha, terra dos poetas e pensadores? Nem tanto.
Porque nas últimas semanas e meses, um estudo após o outro deixou claro que o sistema educacional alemão precisa urgentemente de um corretivo. Em primeiro lugar, houve o estudo Pisa divulgado em dezembro, no qual os alunos alemães tiveram um desempenho pior do que nunca em matemática e leitura.
Em outro estudo, jovens criticaram um déficit gritante de digitalização nas escolas alemãs e o fato de que elas não os preparam para o mundo do trabalho e para a vida real. Além disso, quase um em cada dois professores (47%) relatou ter testemunhado violência psicológica ou física entre os alunos no chamado Barômetro Escolar Alemão.
"Vemos nos resultados como um retrato de um sistema doente", explica Dagmar Wolf. A ex-professora é diretora de educação da Fundação Robert Bosch, em Stuttgart, que entrevistou mais de 1.600 professores através da internet para o levantamento Barômetro Escolar. Ela disse ainda à DW: "Estamos falando de bullying, estamos falando de vandalismo, e também de brigas físicas, algumas das quais, é claro, vão além do pátio da escola. 
Violência até em escolas primárias
No passado, também seria impensável que o secretário de Educação de Berlim tivesse que enviar uma carta a 800 escolas para alertá-las sobre um boato no Tiktok, onde uma notícia falsa sobre um "Dia Nacional do Estupro" se tornou viral, dizendo que em 24 de abril a agressão sexual estava permitida. As crises geopolíticas e as guerras também têm um impacto. De acordo com Wolf, os diretores de escolas relatam que também houve um crescimento da violência entre os alunos devido à guerra em Gaza e Israel.
Quem pensa que esse é um problema apenas das escolas secundárias está enganado – mesmo nas escolas primárias, ou seja, entre os alunos de 6 a 10 anos, são registrados os primeiros casos de bullying e brigas.
A conclusão: quando se trata de educação, a Alemanha é um país dividido em dois. De um lado, estão as mais de 3 mil escolas de ensino fundamental, com condições e desafios completamente diferentes das escolas frequentadas principalmente por crianças e jovens com histórico de migração e originários de contextos educacionais menos favoráveis. Por outro lado, existe a tarefa hercúlea para todas as escolas da Alemanha: acolher refugiados.
"Nos últimos dois anos, integramos ao sistema educacional mais de 200 mil crianças da Ucrânia. E ao menos o mesmo número de crianças de outros países onde há grandes dificuldades econômicas ou onde há guerra civil ou condições semelhantes à guerra. E isso, obviamente, torna a situação na escola primária muito mais difícil do que era 10 anos atrás", diz Dagmar Wolf, da Fundação Robert Bosch.
Desafios pós-pandemia
Para se ter uma ideia de como a vida cotidiana e o comportamento nas escolas mudaram nos últimos anos, basta conversar com Torsten Müller (nome fictício). Ele é assistente social em uma escola no estado de Renânia do Norte-Vestfália, no noroeste alemão, e ouve todos os dias as necessidades, as preocupações e os problemas dos alunos.
Ele tem a seguinte explicação para o aumento do estresse, da exaustão, da insegurança e da falta de motivação, que o estudo sobre jovens também constatou: "O fator decisivo é, obviamente, o uso do telefone celular, que também mudou a forma como nos comunicamos uns com os outros. Os jovens falam mais uns sobre os outros do que uns com os outros, e surgem mal-entendidos que não aconteciam em situações cara a cara. E ainda estamos lidando com os efeitos posteriores da pandemia do coronavírus, com um aumento significativo de doenças psiquiátricas."
O fechamento das escolas por meses é considerado o maior erro da política alemã contra o coronavírus: enquanto as escolas ficaram fechadas por apenas 56 dias na França, 45 dias na Espanha e 31 dias na Suécia, os alunos na Alemanha tiveram que ficar em casa por mais de 180 dias. Müller afirma que o pavio é muito mais curto para muitos jovens hoje em dia. Eles estão mais propensos a trocar socos ou empurrões do que argumentos. A escola tenta neutralizar isso com o treinamento de anti-violência, e o assistente social e sua equipe ministram esses tipos de curso, que duram três dias.
"Transmitimos conhecimento sobre como surgem as discussões e o que posso fazer como grupo ou como indivíduo para evitar entrar nessa situação. Como funciona o bullying, que todo segundo ou terceiro aluno já vivenciou na própria pele. Em seguida, praticamos exercícios para desenvolver uma estratégia conjunta para combatê-lo."
Necessidade de mais psicólogos na escola
Turmas menores com o mesmo número de professores, um bom sistema de apoio e a expansão do trabalho social e da assistência psicológica nas escolas são a receita de Müller para colocar as escolas da Alemanha de volta nos trilhos.
A receita do presidente da Associação de Professores da Alemanha, Stefan Düll, entretanto, tem uma lista muito maior de ingredientes. "Precisamos de mais pessoas que possam ensinar alemão como língua estrangeira. Precisamos de pessoal de apoio nas áreas de psicologia escolar, assistência escolar e trabalho com jovens. Mas não podemos mais encontrar pessoas tão facilmente, porque as tendências demográficas vão contra a demanda. Ela está ficando cada vez maior, e os trabalhadores qualificados de que precisamos são cada vez mais escassos. A coisa toda não funciona mais assim", diz ele à DW.
Assim, a frustração também está crescendo entre os professores, que cada vez mais precisam mediar conflitos em vez de ensinar. Segundo o Barômetro Escolar, um em cada três professores se sente emocionalmente esgotado em durante vários dias. Com 27%, mais de um quarto dos entrevistados deixaria a profissão de professor – embora a grande maioria dos professores ainda esteja satisfeita com seu trabalho. E o maior desafio agora é considerado o comportamento dos alunos.
É por isso que são necessários mais funcionários para evitar a violência, diz o diretor de uma escola secundária na Baviera, sul da Alemanha. No entanto, se determinados limites forem ultrapassados, somente uma política de tolerância zero poderá ajudar, segundo ele. "Em um determinado momento, isso simplesmente acaba e entramos na esfera do direito penal, com uma denúncia à polícia para que também haja um efeito de dissuasão. Aliás, isso também se aplica a casos de bullying. Muitos diretores de escola também denunciam na polícia casos de cyberbullying."

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