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XIII Conferência Regional da IEAL define estratégias para fortalecimento da educação na América Latina - PROIFES

XIII Conferência Regional da IEAL define estratégias para fortalecimento da educação na América Latina - PROIFES | Inovação Educacional | Scoop.it
“Esta foi uma Conferência muito significativa, todos os países e entidades que compõem a IEAL estavam presentes e a troca política e pedagógica realizada foi de grande relevância. Foi possível, ainda, a aproximação com entidades parceiras por campo específico e as entidades sindicais do ensino superior, como o PROIFES-Federação, CONADU (Argentina), ADUR (Uruguai), ASPU (Colômbia) e FAUECH (Chile), em reunião específica, pensaram estratégias para fortalecer as pautas da educação superior junto à IEAL, com o entendimento que, ainda que tenhamos realidades distintas, a realidade latino-americana que nos une nos faz, também, sermos muito mais fortes”, Ana Boff de Godoy.
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Curadoria por Luciano Sathler. CLIQUE NOS TÍTULOS. Informação que abre caminhos para a inovação educacional.
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O belo, o bom e o básico no Ensino Superior brasileiro em 2024

O belo, o bom e o básico no Ensino Superior brasileiro em 2024 | Inovação Educacional | Scoop.it

Por Luciano Sathler.

Muitas lideranças à frente de Instituições de Ensino Superior (IES) estão com dúvidas sobre o que fazer para enfrentar o cenário, que foi profundamente alterado nos últimos anos e, ao que tudo indica, terá sua transformação acelerada daqui para frente.

Muitos já desistiram. De 2018 a agosto de 2023, houve o descredenciamento voluntário de 245 Instituições de Ensino Superior (IES) e outros 79 processos desse tipo estavam em andamento junto ao MEC. 

Ao mesmo tempo, 700 novos pedidos de credenciamento institucional foram protocolados junto ao MEC, sendo 478 destes focados em Educação a Distância. Esses dados eu obtive junto ao Ministério da Educação, após uma consulta com base na Lei da Transparência. 

A julgar pelas notícias das novas IES que já conseguiram se credenciar, há um novo modelo nascente, com pouco ou nenhum capital imobilizado em imóveis, modelos pedagógicos inovadores e atuação em nichos, tais como negócios, tecnologia, agro ou economia criativa, por exemplo.

O BÁSICO 

Para quem quiser permanecer no segmento é urgente alcançar a máxima eficiência nas atividades-meio, com intensificação de uso da tecnologia para melhorar a experiência dos estudantes, suas famílias, as empresas e a comunidade que se relacionam com a IES. 

Finanças, contabilidade, gestão de espaços físicos, compras, marketing, captação e financiamento dos alunos são exemplos de processos e áreas que passaram por uma ampla profissionalização, especialmente após a ascensão dos grandes grupos consolidadores. 

Claro que a sustentabilidade econômico-financeira é a base para tanto, por isso trata-se de uma busca permanente adequar-se aos melhores indicadores de gestão.

O BOM 

Diante do acirramento do cenário competitivo, as Instituições de Ensino Superior (IES) que buscam se diferenciar e serem percebidas por melhor qualidade precisarão estabelecer fortes vínculos com a comunidade na qual se inserem, especialmente com o desenvolvimento de arquiteturas curriculares que permitam maior diálogo com o mundo do trabalho. 

Realizar a extensão universitária e a pesquisa aplicada intrinsecamente relacionadas ao ensino, numa trajetória marcada por certificações intermediárias e microcertificações que ressaltem as competências desenvolvidas ao longo do curso, com foco primordial no desenvolvimento regional.

As mudanças no mundo do trabalho pedem que os discentes sejam apoiados já durante os estudos para ampliar o sucesso da sua inserção profissional, para que atuem na mesma área de sua formação, tenham uma renda mais alta do que as pessoas que concluíram apenas o Ensino Médio e a capacidade de aprender sempre para manter a sua trabalhabilidade, um conceito que é mais amplo do que a empregabilidade. 

As carteiras digitais de competências, parte do movimento dos Learning Employment Records – LER, tornam-se algo a ser individualizado, pois armazenam e compartilham comprovações de experiências, estudos e trabalhos com segurança e interoperabilidade, para que a gestão algorítmica valorize os egressos ao longo da vida. 

As IES que quiserem ter perenidade precisarão colaborar com a maior sofisticação da matriz produtiva dos locais onde estão para gerar mais oportunidades de trabalho, especialmente de caráter empreendedor, o que vai ajudar que seus diplomas sejam também mais valorizados pela sociedade. 

Todas as IES precisam ter a sua própria estratégia para a EAD e o Ensino Híbrido, mesmo que seja para assumir um posicionamento fortemente calcado no presencial. Caso seja essa a opção, é preciso ressignificar os encontros síncronos no mesmo local, para que sejam mobilizados pelas metodologias ativas. 

O melhor é estabelecer um modelo próprio de EAD, ainda que como estratégia para blindar a sua região de influência aproveitando a força da marca e a presença de um campus bem estruturado. Ao ponto do estudante ser beneficiado com tudo de melhor que uma Instituição oferece no presencial, seja qual for a modalidade que escolha.

O BELO

As plataformas de inteligência artificial (IA) geradoras de imagens, textos, áudios, vídeos, avaliações de aprendizagem e capazes de criar agentes conversacionais que interagem com as pessoas são um fenômeno de crescente adoção nas Instituições de Ensino Superior (IES). 

Torna-se cada vez mais fácil, econômico e rápido criar, remixar ou atualizar recursos didáticos digitais com a utilização de IA, com pouca ou nenhuma intervenção humana. As empresas que trabalham com a oferta de conteúdos e os docentes enfrentarão desafios diante dessa realidade, a exemplo do que já está acontecendo com os roteiristas e atores do audiovisual, jornalistas e empresas de mídia, agências de propaganda e marketing, arquitetos, engenheiros, advogados, dentre outros setores que têm a informação como sua matéria-prima principal.  

Os tutores virtuais habilitados por IA se tornarão cada vez mais presentes na vida dos estudantes e de qualquer um interessado em aprender, seja algo oferecido pelas IES ou mesmo um assistente pessoal a fazer parte do cotidiano, Inteligência Artificial embarcada nos carros, aparelhos celulares, na televisão e até em outros eletrodomésticos. 

A tradução simultânea e a sincronização labial permitirão que a internacionalização seja uma possibilidade ao alcance de quaisquer IES, independentemente do porte ou localização. Professores e pesquisadores de outros países poderão interagir com estudantes no Brasil de forma síncrona ou assíncrona, com a mesma familiaridade que as videochamadas e a troca de mensagens instantâneas são praticadas hoje por ampla parcela da população. As fronteiras físicas se dissolvem e será comum concorrer com universidades mundialmente renomadas, com o fim da barreira da linguagem. 

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News Publishers See Google’s AI Search Tool as a Traffic-Destroying Nightmare

News Publishers See Google’s AI Search Tool as a Traffic-Destroying Nightmare | Inovação Educacional | Scoop.it
Tech giant’s AI-powered search product is being tested on roughly 10 million users; publishers who rely on Google for traffic see gathering storm
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Esta IA transforma romances em sonhos hipnóticos

Esta IA transforma romances em sonhos hipnóticos | Inovação Educacional | Scoop.it

A maioria das pessoas que lê muito dirá que muitos dos romances que amam são muito melhores do que aqueles que aparecem nos vários resumos dos “melhores livros do ano” dos principais jornais e BookTokers . Mas se esses romances são superiores, por que não entram nessas listas?
Muito disso se resume à consciência. Esses revisores estão cientes dos títulos que fazem suas análises principalmente porque esses livros estão entre as poucas dezenas a cada ano com grandes orçamentos de marketing e publicidade. O dinheiro não comprará um lugar para um romance em uma lista cobiçada, mas pode definitivamente comprar uma probabilidade maior de que um romance seja considerado.
A maioria dos romancistas fica tentando conscientizar eles próprios seus livros, por meio das redes sociais. Mas, como todos os autores lhe dirão, inclusive eu, tweets exclamando “Confira meu novo livro!” raramente vai longe.
É aí que entra o Hypnovels . É uma nova ferramenta generativa de IA que permite aos autores fazer trechos audiovisuais de seus romances, que podem então compartilhar em seu site ou em plataformas como o TikTok.
Hypnovels é ideia da Silverside AI, um laboratório de inovação e incubação de IA com sede em São Francisco, fundado pelo veterano publicitário (e romancista) Pereira O'Dell, PJ Pereira, e pelo CEO fundador da Ask Jeeves, Rob Wrubel.
A ferramenta permite que os romancistas carreguem um trecho de seu romance e insiram alguns detalhes sobre seu gênero e temas, que a IA irá então processar para produzir um vídeo que dá vida à sua prosa tanto em formato áudio quanto visual.
Como meu último romance, uma peça de ficção especulativa chamada Beautiful Shining People , trata da maneira como a IA alterará radicalmente nossos relacionamentos uns com os outros e com a sociedade nas próximas décadas, achei que seria apropriado dar um teste aos Hypnovels.
Hipnovel da sinopse da jaqueta de Beautiful Shining People.
Como o nome “Hypnovels” sugere, e como você pode ver na sinopse da capa do Hypnovel of Beautiful Shining People acima, o resultado do vídeo não é uma representação visual literal da prosa. Em vez disso, é uma representação surreal das palavras, temas e tons do romance – ou como o site da Hypnovel chama, um “sonho hipnótico”.
Depois de copiar e colar sua prosa e responder algumas perguntas sobre seu romance, você escolherá entre mais de 20 temas visuais que vão do retrofuturismo ao noir e à arte de rua. Escolha o tema desejado e selecione a voz AI que deseja narrar sua prosa. Por fim, selecione uma das quatro opções de refinamento de estilo visual que a IA do Hypnovel oferece, com base nos parâmetros que você definiu. Sairá um vídeo que você poderá compartilhar no site e nos canais sociais do seu autor. 
“As pessoas têm dificuldade em parar para ler um livro hoje. Há muita estimulação. Hipnovels faz com que eles parem, façam com que prestem atenção”, diz Pereira. “Se, depois de assistirem a uma amostra, quiserem ler o livro completo ou ouvir o audiolivro, esse é o nosso principal objetivo. O importante é: eles estão absortos na história e querem continuar lendo.”
Pereira diz que teve a ideia de Hypnovels quando estava pensando em maneiras de promover seu último romance, The Girl from Wudang . Apresenta um personagem que é IA, então ele decidiu experimentar a própria tecnologia. “A ideia era: se eu pensar no meu livro como um prompt gigante, posso usá-lo para gerar um vídeo? Brinquei com essa ideia durante meses.”
Um hipnovel de um capítulo de Beautiful Shining People.
Claro, como acontece com qualquer saída de texto para vídeo de IA generativa, você nunca obterá a mesma coisa duas vezes, como descobri ao experimentar a ferramenta do Hypnovel na sinopse da capa de Beautiful Shining People algumas vezes diferentes (abaixo está um segundo Hipnovel da cópia da capa de Beautiful Shining People ). Você também não poderá ajustar os elementos do vídeo. Essa falta de controle pode ser frustrante para alguns, especialmente considerando que pode levar horas para a IA gerar um vídeo de apenas alguns minutos. 
No entanto, isso é normal para qualquer ferramenta de IA generativa hoje. Além disso, para mim, o resultado do lançamento dos dados foi atraente, e não ser capaz de prever que forma as próximas imagens tomariam enquanto ouvia minha própria prosa sendo lida para mim fez com que ouvisse uma história que eu conhecia bem. sinta-se novo (se você me desculpar o trocadilho).
Deve-se notar também que Hypnovels em sua forma atual é um trabalho inicial em andamento, e os autores que o utilizam agora ajudarão a aperfeiçoar a ferramenta. É também por isso que o uso do Hypnovels é atualmente gratuito, embora Pereira diga que eventualmente precisará se tornar um serviço pelo qual os autores pagam, devido aos custos operacionais.
Outro Hypnovel da sinopse da jaqueta de Beautiful Shining People.
Como jornalista que escreve frequentemente sobre inteligência artificial , a tecnologia me fascina profundamente. Mas, como romancista, não posso deixar de ver a IA como uma ameaça potencial a ser monitorizada. Os livros escritos por IA poderão abundar em apenas mais alguns anos, tornando ainda mais difícil para romancistas como eu captar a atenção para as suas próprias obras escritas por humanos.
Ainda assim, como explorei em Beautiful Shining People , nenhuma tecnologia é inerentemente má. A mesma faca pode ser usada para tirar uma vida ou passar manteiga. Existem maneiras pelas quais a IA pode ser benéfica para romancistas e outros criadores, e porque pode chamar a atenção para romances fantásticos que não têm a sorte de ter grandes orçamentos de marketing, Hypnovels é um grande exemplo disso.

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Exigência de aulas presenciais no EaD pode excluir milhões do ensino superior, diz associação

Exigência de aulas presenciais no EaD pode excluir milhões do ensino superior, diz associação | Inovação Educacional | Scoop.it

O presidente da ABED, João Mattar, argumenta que “quem está bancando isso em nome da qualidade, daqui a alguns uns anos será conhecido como um grupo que contribuiu para levar a formação de professores do Brasil a um número inviável”.
Para ele, a atuação preventiva do Tribunal de Contas da União (TCU) para avaliar a qualidade da educação a distância mostrou que o formato tem apresentado problemas similares à modalidade presencial.
“A gente vive num momento de muitos problemas para enfrentarmos e o que está por trás é preconceito vindo do puro desconhecimento do papel da modalidade no Brasil”, concluiu Mattar.

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Professor: o protagonista da educação

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O desafio de elevar a qualidade da educação no Brasil passa obrigatoriamente pelo investimento no professor. Essa é uma afirmação, praticamente, unânime entre todos os especialistas que se debruçam sobre essa questão. E a situação nunca esteve tão crítica. De acordo com o último Censo Escolar 2023, mais da metade dos professores das escolas estaduais brasileiras (51,6%) trabalham sob regime de contratação temporária. Ou seja, não são concursados.

Apesar desse tipo de contratação estar prevista em legislação, essa relação de trabalho torna a carreira do professor, que já sofre com uma série de dificuldades, ainda mais precarizada. A contratação temporária foi liberada para que as escolas pudessem contratar profissionais para substituir professores efetivos em situações de afastamento, durante uma licença médica, por exemplo. No entanto, acabou tornando-se rotina diante da falta de profissionais concursados.


Professor: o protagonista da educação - Shutterstock
Baixos salários, carga horária excessiva, muitas vezes, com aulas em mais de uma escola, falta de infraestrutura mínima de trabalho, impossibilidade de investir na atualização de sua formação, problemas de segurança, esgotamento físico e mental são apenas alguns dos desafios cotidianos de quem é professor no Brasil.

A coordenadora de Projetos Educacionais do Senac-SP, Fernanda Aparecida Yamamoto, lamenta que a profissão de professor no Brasil seja desvalorizada. "Para reverter esse cenário, é essencial oferecer remuneração competitiva, oportunidades de desenvolvimento profissional e atuar na melhoria do ambiente de trabalho desses profissionais", afirma. Além disso, Yamamoto considera importante incorporar inovações pedagógicas que preparem melhor os estudantes para um mundo em rápida mudança.

Para reverter esse cenário, é essencial oferecer remuneração competitiva, oportunidades de desenvolvimento profissional e atuar na melhoria do ambiente de trabalho desses profissionais

Fernanda Aparecida Yamamoto
coordenadora de Projetos Educacionais do Senac-SP

Além de dar melhores condições de trabalho, também é preciso reverter o cenário de desinteresse dos jovens pela carreira. Os cursos de licenciatura que formam professores apresentam evasão de 58%, de acordo com o Censo de Educação do Inep. A Faculdade Sesi-SP de Educação oferece formação de professores na graduação. A formação dos futuros professores é realizada por áreas de conhecimento: Linguagens, Ciências Humanas, Ciências da Natureza e Matemática.

Com objetivo de reverter a taxa de evasão, a Faculdade Sesi-SP implementou um conjunto de políticas envolvendo inovação, inserção imediata na prática da sala de aula com mentoria, professores qualificados, gratuidade do curso e incentivo financeiro para despesas pessoais. "Essas medidas contribuíram para que reduzíssemos significativamente as taxas de evasão em nossos cursos", diz Roberto Xavier Augusto Filho, gerente executivo de Educação do Sesi-SP.
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Inteligência artificial e competências socioemocionais ganham força na educação

Inteligência artificial e competências socioemocionais ganham força na educação | Inovação Educacional | Scoop.it
Temas se destacaram na Bett Brasil, considerado o maior evento de inovação e tecnologia para a educação em toda a América Latina
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Os empregadores devem usar a contratação baseada em habilidades para encontrar talentos ocultos e enfrentar os desafios trabalhistas

Os empregadores devem usar a contratação baseada em habilidades para encontrar talentos ocultos e enfrentar os desafios trabalhistas | Inovação Educacional | Scoop.it

Uma tendência preocupante conhecida como inflação de qualificação tem atormentado as práticas de contratação há anos. A inflação de qualificações – também conhecida como inflação de diplomas – refere-se ao número crescente de empregadores que exigem diplomas e vasta experiência para empregos.
Tal como salientado num estudo de Harvard de 2017 , as listas de empregos exigem agora frequentemente que os candidatos tenham diplomas e experiências que antes eram desnecessárias, com alguns requisitos de trabalho que ultrapassam mesmo as qualificações dos funcionários atuais.
Dos 11,6 milhões de empregos criados entre 2010 e 2016, três em cada quatro exigiam um diploma de bacharel ou superior, e um em cada 100 exigia um diploma de ensino médio ou menos.
Esta inflação de qualificações aumenta os custos para os empregadores através de períodos de recrutamento e prémios salariais mais longos, e torna mais difícil a criação de locais de trabalho diversificados, concluiu outro estudo de Harvard . Este estudo mostrou que as pessoas marginalizadas, as mulheres e os jovens tinham menos probabilidade de possuir os diplomas e a experiência exigidos.
Além disso, é menos provável que as mulheres se candidatem a empregos se não possuírem todas as qualificações listadas. Por causa disso, ter requisitos desnecessários pode desencorajá-los desproporcionalmente de se candidatarem a empregos.
As origens da inflação das qualificações remontam ao aumento das plataformas de candidatura online e à crise financeira de 2008-2009 , que resultaram em maiores grupos de candidatos a emprego. As mudanças económicas e tecnológicas também deram origem a novas funções que exigem competências únicas.
Alguns empregadores adaptaram-se a estas mudanças, acrescentando qualificações às listas de empregos sem remover as desatualizadas, o que levou à inflação das qualificações. Embora esta seja uma questão constante há anos, está a tornar-se cada vez mais urgente, uma vez que muitas empresas canadianas enfrentam desafios de recrutamento e retenção.
Análise de empregos e publicidade
Existem formas de os empregadores enfrentarem a inflação das qualificações, nomeadamente através da implementação de práticas de recrutamento e seleção baseadas em competências para contratar funcionários qualificados e diversificados. Para começar, as organizações devem realizar análises minuciosas de cargos antes de publicar listagens, determinando as principais habilidades e características de um cargo.
Recursos de código aberto, como a Rede de Informação Ocupacional e a Classificação Ocupacional Nacional, podem constituir um bom ponto de partida para as empresas. No entanto, o envolvimento dos gestores e dos funcionários também é necessário para garantir que os cargos estejam alinhados com as necessidades organizacionais.
As organizações devem realizar análises minuciosas de cargos antes de publicar listagens, determinando as principais habilidades e características de um cargo. (Shutterstock)
Para criar um anúncio de emprego atraente que também incorpore necessidades precisas de habilidades e qualificações provenientes de análises de emprego, nossa pesquisa mostra que os anúncios devem explicar como o emprego atenderá às necessidades psicológicas dos candidatos (autonomia, variedade e propósito).
Também recomendamos que as ofertas de emprego indiquem que os candidatos serão considerados se tiverem competências transferíveis de diferentes famílias profissionais ou indústrias. Fornecer uma lista de exemplos de cargos com habilidades potencialmente transferíveis é uma adição útil.
Triagem baseada em habilidades
Outra forma de os empregadores abordarem a inflação das qualificações é através da utilização de rastreios baseados em competências. Essas avaliações são projetadas para avaliar as habilidades de um candidato a emprego para determinar se ele é adequado para uma função.
Pedir aos candidatos que reportem os seus níveis de proficiência em determinadas competências durante o processo de candidatura é uma abordagem de triagem que os empregadores podem adotar, mas deve ser gerida com cautela. Como mostra nossa pesquisa , alguns candidatos podem exagerar seu nível de habilidade se estiverem no meio de uma longa procura de emprego.
Descobrimos que os candidatos inflacionaram as suas autoavaliações de competências comportamentais (por exemplo, atendimento ao cliente) em comparação com competências técnicas (por exemplo, programação) porque as competências comportamentais podem ser difíceis de verificar. Por causa disso, focar os auto-relatos nas habilidades técnicas pode mitigar o exagero dos candidatos e ajudar a identificar candidatos talentosos sem diplomas.
Nossa pesquisa também mostra que avaliações exageradas — um tipo de questionário que pede aos candidatos que avaliem sua familiaridade com habilidades reais e fictícias — podem identificar candidatos que falsificam respostas, bem como aqueles que fornecem autoavaliações mais precisas.
Avaliações de competências e habilidades de escolha forçada, que geralmente exigem que os candidatos classifiquem declarações igualmente desejáveis ​​sobre suas habilidades relevantes para o trabalho, também podem reduzir a falsificação e o exagero .
Contratação baseada em habilidades
Depois de identificar uma lista restrita de candidatos qualificados, os empregadores podem então utilizar avaliações mais aprofundadas. O primeiro tipo de avaliação são conhecimentos profissionais ou testes de habilidades. Muitos testes prontos para uso foram desenvolvidos para uma ampla variedade de habilidades técnicas, desde conhecimento do Microsoft Word até direito contratual.
A investigação mostra que as avaliações por amostragem de trabalho – fornecendo aos candidatos uma amostra do trabalho real executado no trabalho – são um dos procedimentos de seleção mais válidos. No entanto, os empregadores devem garantir que as avaliações não consumam muito tempo, para que os candidatos não sintam que estão fazendo um trabalho gratuito para a empresa.
As avaliações de personalidade podem fornecer uma imagem mais holística do candidato. Avaliações de personalidade validadas e de escolha forçada podem reduzir a falsificação ou o exagero dos candidatos, o que é uma preocupação significativa quando os candidatos estão respondendo a uma avaliação de personalidade para um emprego que realmente desejam.
Finalmente, entrevistas estruturadas, onde o mesmo conjunto de questões relevantes para o trabalho são colocadas a cada candidato e guias de pontuação detalhados permitem aos entrevistadores avaliar de forma fiável as respostas dos candidatos, podem fornecer informações válidas sobre as competências do candidato.
As entrevistas são provavelmente mais adequadas para avaliar competências comportamentais . Se um entrevistador já tiver utilizado algumas das avaliações de habilidades técnicas sugeridas neste artigo, ele poderá dedicar a maior parte da entrevista à avaliação das competências comportamentais e sociais de um candidato.
A contratação baseada em competências pode ajudar a resolver problemas associados à inflação das qualificações, ao mesmo tempo que revela talentos anteriormente ocultos e proporciona a diversos candidatos acesso a empregos de qualidade que antes estavam fora do alcance.

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Estructura de redacción de prompts: una competencia lingüística

Estructura de redacción de prompts: una competencia lingüística | Inovação Educacional | Scoop.it
Antes de que irrumpiera internet en las aulas, buscar el dato correcto en una biblioteca requería ciertas destrezas básicas, al igual que buscar información en un libro y sacar provecho de determinados contenidos, entrenándonos en el arte de resumir, analizar, estructurar, reconstruir y crear nuevo contenido de forma argumentada y crítica. Cuando llegó Google, igualmente era necesario entrenar a los alumnos en habilidades que no venían de serie. ¿Cómo saber dónde buscar entre tantos links? ¿Cómo reconocer el dato correcto y fiable? ¿Cómo pasar ese contenido a mi libreta sin copiar y pegar, entendiendo lo que leo? 
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Shaping the Future of Learning: The Role of AI in Education 4.0

This report explores the potential for artificial intelligence to benefit educators, students and teachers. Case studies show how AI can personalize learning experiences, streamline administrative tasks, and integrate into curricula.
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Por que lifelong learning ou educação para a vida toda é exigência do novo mercado de trabalho?

Por que lifelong learning ou educação para a vida toda é exigência do novo mercado de trabalho? | Inovação Educacional | Scoop.it

Educação para a Vida Toda é nova mentalidade para o processo educacional: aprendizado não se restringe ao diploma, mas deve sevir para a vida toda
O conceito de Lifelong Learning, ou Educação para a Vida Toda, se apoia em quatro pilares fundamentais: Aprender a Conhecer, Aprender a Fazer, Aprender a Conviver e Aprender a Ser.
Essa nova mentalidade referente ao processo educacional parte do princípio de que não basta mais apenas um curso de graduação, mesmo quando complementado por um curso de pós-graduação, mas sim um processo contínuo de aprimoramento e reciclagem. Dessa forma, a educação continuada seria um processo de aprendizado que vai muito além de obter um diploma.
A essa busca de aperfeiçoamento pessoal juntam-se as exigências de um mercado de trabalho cada vez mais competitivo, que busca profissionais que dominem técnicas em várias áreas e se mantenham permanentemente atualizados.
Entre as principais características desenvolvidas pelos profissionais a partir do conceito de educação continuada listadas por empresas de Recursos Humanos estão o desenvolvimento de novas habilidades, o estímulo da criatividade, o domínio de tecnologias e a sede por conhecimento contínuo.
De acordo com José Cláudio Securato, CEO da Saint Paul Escola de Negócios, o conceito de Aprendizado ao Longo da Vida (Lifelong Learning) ganhou impulso por volta de 2010, na esteira da revolução digital. “Segundo relatório do Fórum Econômico Mundial, hoje 50% das pessoas precisam se recapacitar, o que representa 4 bilhões de pessoas.”
Securato enfatiza que, em um mundo que se transforma muito rápido, a ideia de aprender de forma estática perdeu força. Para ele, a primeira dica para quem quer incorporar o conceito de lifelong learning a seu cotidiano é não cair na armadilha do conhecimento abundante.
“Hoje temos um certa ‘obesidade de conhecimento’, com inúmeras fontes disponíveis, podcasts, palestras, muitas vezes gratuitas. Por exemplo, as pessoas conseguem saber o que é inteligência artificial, mas não sabem necessariamente aplicar.”
Segundo ele, é preciso diferenciar o saber do conseguir fazer. “Quando vai para o mercado é preciso saber usar esse conhecimento. Desenvolver competências nos temas escolhidos.”
Outra medida importante é procurar cursos profundos nas áreas de interesse. “Não existem milagres. Ninguém vai fazer um curso de fim de semana e adquirir competência na área. Tem vários benefícios na abundância de conhecimento, em nível de aprimoramento pessoal. Mas precisa entender os pontos em que precisa aprimorar e definir uma estratégia”, afirma ele.
Outra dica útil para estabelecer critérios na educação continuada é procurar a ajuda de profissionais especializados na gestão de carreiras e também se aconselhar com os próprios colegas de trabalho. “Hoje, com a proliferação de influenciadores e youtubers, vivemos uma época de entretenimento educacional. Isso faz parte da armadilha do falso aprendizado e acontece em vários campos, com o surgimento de falsas autoridades nos temas”, afirma Securato.
Para Gabriel Campos, diretor da Provendas Consultoria, que também atua como consultor empresarial, headhunter e orientador de carreira, é fundamental que o profissional realize uma revisão e um planejamento da sua carreira pelo menos a cada dois anos. “Não fique parado, se mexa dentro da sua área. Não fazer isso pode passar a impressão de que parou no tempo ou se acomodou. Precisa estar pronto para as mudanças do mercado, em um mundo em que as coisas ficam obsoletas muito rápido”, ressalta.
Segundo Cláudia Costin, que desde 2020 integra o Institute for Lifelong Learning da Unesco, 3 bilhões de postos de trabalho serão extintos até 2030, substituídos por inteligência artificial e outras formas de automação. “Os postos criados a partir de agora exigirão novas competências. Qualquer pessoa que queira se inserir no mercado terá de se formar novamente, ter nova profissão.”
A psicóloga Letícia Jordani Milaré, que atualmente está aposentada, é um exemplo de profissional que incorporou o conceito de educação para a vida toda a seu cotidiano. “Trabalhei em uma multinacional por quase 15 anos, entrei na área de treinamento e logo percebi que tinha muita coisa para aprender.”
Ela já se formou como coach profissional e está estudando Psicanálise faz dois anos. “Um curso puxa o outro. Eu sempre fui muito curiosa, mas acho que precisa ter um propósito, independentemente da idade. Os mais velhos também precisam se conscientizar dessa necessidade.”

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Inteligência artificial vai ajudar professor a ensinar melhor ?

Inteligência artificial vai ajudar professor a ensinar melhor ? | Inovação Educacional | Scoop.it

Tecnologia facilita a rotina, mas é preciso ter conhecimento para usar bem os recursos, ressaltam especialistas
Gestores e profissionais das escolas têm se visto diante de um novo e grande desafio no último ano: como incorporar as tecnologias de Inteligência Artificial (IA), como o ChatGPT, à rotina pedagógica? Parte dos professores viram na ferramenta uma ameaça à qualidade do aprendizado, mas aos poucos as instituições e os próprios docentes buscam incorporar a tecnologia.
De acordo com Marcelo Krokoscz, diretor do Colégio Fecap, em São Paulo, no início de 2024 o uso da IA foi tema de formação local dos docentes. “Temos cursos técnicos nessa área. Chamamos os professores para explicar essa nova tecnologia aos colegas. Foram apresentadas sugestões de uso, para auxiliar em pesquisas e avaliações. Todas as ideias estão sendo debatidas e testadas.”
Krokoscz afirma que recentemente foi feita uma enquete no colégio e cerca de 60% dos professores já estão utilizando as tecnologias de IA. “Mas o espaço de tempo ainda é curto para avaliação de desempenho.”
Para ele, do ponto de vista da integridade científica, ainda há preocupações e lacunas. “A norma ABNT (as regras técnicas do País) teve sua última atualização em 2018, muito antes do surgimento dessas tecnologias. Precisamos de um modelo para IA e também educar os professores e estudantes para a transparência.”
Bruno Alvarez, diretor do Colégio Pentágono, também relata a necessidade de “algumas medidas para que o corpo de professores e educadores fosse instruído”.
Segundo Alvarez, nesse momento a escola trabalha para a inserção oficial do uso de IA em seu currículo. “Já trabalhávamos habilidades em computação. Mas precisamos fazer a inserção dessas disciplinas, que ainda não fazem parte do currículo oficial brasileiro. Tivemos de buscar subsídios em algumas experiências internacionais.”
Para ele, o Brasil como um todo ainda está atrasado. “É importante o diálogo com os educadores, mostrar que essas ferramentas podem ser usadas a seu favor. Pegar exemplos de boas práticas. Precisamos ter abordagem que não seja apenas técnica, mas holística.”
Maria Eduarda Menezes, coordenadora de Edtech da Beacon School, explica que no início de 2023 a escola iniciou um processo de formação continuada com os professores sobre modelos de IA generativa, como o ChatGPT. “Os professores inicialmente estavam meio inseguros. Alguns já tinham usado; outros não.”
Segundo ela, o colégio elaborou um documento norteador para a aplicação das novas tecnologias, mas a intenção é que os professores usem de acordo com suas necessidades. “Banir seria um caminho errado. A solução é utilizar as ferramentas de forma orientada e ética.”
Por causa da urgência das instituições de se adaptarem a um novo momento, já surgiram até empresas especializadas em desenvolver soluções de IA para a Educação. Felipe Menezes, CEO da Maxia, afirma que a empresa iniciou pesquisas sobre IA por volta de 2017, mas apenas quatro anos depois começou a interagir com as escolas.
“Não temos encontrado dificuldade nessa abordagem, já que essa tecnologia já está consolidada. Mas muitas vezes as escolas não sabem como implementar.”
Menezes destaca que foi desenvolvido um sistema que avalia, por meio de redações dos estudantes, dados sobre seus aspectos comportamentais, cognitivos e psicométricos, que auxiliam professores na orientação discente dos alunos e no desenvolvimento do material pedagógico.
Ele explica que atualmente a empresa desenvolve um sistema, que será testado em algumas escolas, que consegue ler uma redação manuscrita e fazer a avaliação com base nos critérios do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Marcos Facó, diretor de Comunicação da Fundação Getúlio Vargas (FGV), reforça a tese de que a universidade de início se deparou com o ChatGPT e outros equivalentes com certa suspeita. “Mas logo depois, nos demos conta de que era uma tecnologia que veio para ficar. O primeiro desafio nesse contexto era como fazer para nos adaptarmos a ela.”
De acordo com ele, inicialmente a FGV usou a IA somente para a criação de chatbots para o esclarecimento de dúvidas. O uso de bots para outras atividades, como mentoria, ainda está “em fase de implantação”.
Mas a tendência é que a tecnologia passe a ser utilizada também para uma série de tarefas, como correção de provas e análise de possíveis fraudes em trabalhos. “Hoje já existem plataformas que avaliam se um texto foi criado por inteligência artificial.”
Facó ressalta o fato de que atualmente todos estão aprendendo a utilizar as ferramentas de IA. “No nosso caso, a utilização fica a critério de cada professor. Não existe orientação única nesse sentido. Alguns usam até para preparar prova ou para corrigir. Isso poupa muito tempo.”
Para ele, a IA é uma tecnologia que ajuda. “O desafio do professor é saber como proceder nessa nova realidade. “Mudou tudo: a forma de avaliar, de preparar aula.” Ele alerta, contudo, que há riscos de formação de profissionais menos preparados caso a tecnologia seja utilizada de forma incorreta.
“Esse é o maior desafio para a educação a médio prazo. Qual será o papel do professor? A máquina não avalia contexto social e pessoal de aluno. Hoje não temos a visão clara do que vai acontecer em algum tempo.”
Wilson Rodrigues, diretor da Faculdade do Comércio (FAC) de São Paulo, acredita que todos os avanços tecnológicos precisam ser abraçados. “Os jovens gastam nove horas e meia por dia usando equipamentos eletrônicos. Com educação, o mesmo uso de tempo é de 4 horas, em média.” Para ele, a utilização de ferramentas digitais é inevitável. “Represar é irracional.”
Rodrigues alerta, porém, que é preciso ter formação para utilizar corretamente. “Seja uma simples ferramenta de busca ou o ChatGPT, isso exige domínio da linguagem. É importante que a aplicação das ferramentas passe por curadoria.”
Segundo Rodrigues, os professores da FAC estão preparados para uso de IA, mas ele não acredita que essa seja uma realidade disseminada pelo País. “Para criação de conteúdos, os professores já usam IA, mas para elaboração de provas, ainda não.”
Neste mês o governo do Estado de São Paulo sugeriu aos professores usar o ChatGPT para aprimorar aulas. E não houve consenso.

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#MECAoVivo | Análise dos resultados da avaliação contínua da aprendizagem – 5º dia

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#MECAoVivo | Análise dos resultados da avaliação contínua da aprendizagem – 3º dia

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Conselho de Educação e Treinamento da inicia novo ciclo com foco na educação profissional

Conselho de Educação e Treinamento da inicia novo ciclo com foco na educação profissional | Inovação Educacional | Scoop.it
O novo membro titular deste conselho, Emerson Luiz de Castro, diretor de educação do Grupo Cotemig e também membro do Conselho Estadual de Educação de Minas Gerais, destacou a necessidade de maior integração entre o setor de Recursos Humanos das empresas e as instituições de ensino. Segundo ele, essa sinergia é fundamental para melhorar a absorção de mão de obra qualificada pelas empresas.
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Como a IA e o Blockchain podem revolucionar a Internet como a conhecemos

Como a IA e o Blockchain podem revolucionar a Internet como a conhecemos | Inovação Educacional | Scoop.it

A evolução da atual geração da Internet, ou Web2, para a próxima geração da Internet, ou Web3, representa uma mudança de paradigma fundamental na forma como gerimos e controlamos a informação na Internet.

Embora não exista uma definição única aceite de Web3, este termo é frequentemente utilizado para se referir a uma Internet descentralizada que aproveita a tecnologia blockchain para devolver o controlo dos dados às mãos dos utilizadores e reduzir o poder actualmente exercido pelas grandes empresas tecnológicas. A Web3 oferece uma solução potencial para questões como falta de privacidade, vigilância e desinformação criadas por uma sociedade ávida por dados, onde os consumidores são muitas vezes o produto. Mas a adoção da Web3 foi frustrada por atritos significativos entre os usuários.

A integração da IA ​​e da tecnologia blockchain pode fornecer o catalisador necessário para estimular a adoção da Web3. As sinergias tecnológicas entre a capacidade da IA ​​de aprender com os dados e fazer previsões e as capacidades de processamento de dados transparentes e resistentes à violação do blockchain podem melhorar a experiência do usuário da Web3 e reduzir o atrito do usuário. Por exemplo, a IA descentralizada construída em blockchain pode oferecer aos utilizadores experiências online personalizadas, como recomendações de música com base no seu histórico de audição anterior, sem exigir que sacrifiquem a privacidade ou o controlo sobre os seus dados pessoais.

Poder da IA ​​e Blockchain na Web3

Blockchain e IA são tecnologias complementares em que cada uma oferece uma solução para um problema que a outra coloca. No domínio da IA, o acesso a dados de alta qualidade é fundamental para a concepção e desenvolvimento de algoritmos de IA eficazes e precisos. A IA treinada com base em dados falhos produzirá inevitavelmente resultados falhos, também conhecidos como “garbage-in; problema de “lixo fora”. O protocolo de consenso integrado do Blockchain, que é a forma como os nós de um blockchain concordam com a “verdade” dos dados, ajuda a reduzir a “entrada de lixo; problema de eliminação de lixo, permitindo a verificação da autenticidade, precisão e integridade dos dados.

Também pode ajudar a combater a concentração de poder sobre a IA nas mãos de algumas empresas, distribuindo autoridade sobre dados e algoritmos. Como disse o presidente da Comissão de Valores Mobiliários, Gary Gensler, num podcast recente sobre IA e o setor financeiro, “centenas ou milhares de atores financeiros que dependem de dados centrais ou de um modelo de escolha central” podem causar um “risco nesta sociedade e no setor financeiro em geral.” Como um sistema descentralizado e distribuído, as plataformas blockchain podem ser projetadas para alocar poder de uma forma que mitigue o risco decorrente de algumas empresas ou modelos de IA que tomam decisões opacas, mas consequentes.

 

Convergência de IA e Blockchain

No entanto, aproveitar o poder da IA ​​e do blockchain de forma coesa não é fácil e levou tempo para superar os desafios técnicos. Uma forma útil de traçar o co-desenvolvimento destas duas tecnologias é examiná-lo através da lente da progressão em três fases: dados (Fase 1) para informação (Fase 2) e para conhecimento (Fase 3). Basicamente, os dados consistem em valores alfanuméricos brutos e as informações são dados que foram estruturados e organizados. O conhecimento representa os insights coletivos e as conclusões extraídas das informações. Mas analisar montanhas de dados e informações para extrair insights acionáveis ​​é um desafio.

Até bem recentemente, pesquisar, indexar e extrair dados, especialmente em diversos formatos como texto, áudio e imagens, era complexo, pois os blockchains não foram originalmente projetados para otimizar a capacidade de pesquisa. No entanto, empresas como a The Graph, que é muitas vezes análoga ao “Google da Web3”, abordaram amplamente o desafio da Fase 1 de aproveitar dados indexáveis ​​e pesquisáveis ​​de blockchains, sem depender de intermediários centralizados.

Na Fase 2, as empresas que agora podem acessar quantidades significativas de dados de blockchain mudaram seu foco para organizar esses dados em informações coerentes e analisáveis. Isto foi um desafio porque, embora as blockchains forneçam um registo público de transações entre endereços de carteira, esses endereços de carteira não são, por definição, facilmente rastreáveis ​​até uma identidade do mundo real. Um endereço de carteira é uma sequência de caracteres gerada criptograficamente e atua como um pseudônimo do usuário. Portanto, foi difícil extrair informações úteis destes dados para fins de due diligence e análise. No entanto, muitas empresas como a Nansen intervieram para resolver esta lacuna, fornecendo um meio de recolher informações valiosas a partir de dados de blockchain, que podem então ser usados ​​para treinar algoritmos de IA.

No entanto, a próxima fronteira, ou Fase 3, é desenvolver conhecimento a partir das vastas quantidades de informação oferecidas pelas plataformas blockchain. Este desafio ainda não foi totalmente abordado, uma vez que a tarefa de vincular de forma significativa dados e informações díspares é demorada e manual. A IA pode ser uma ferramenta poderosa para automatizar a formidável tarefa de extrair, organizar, armazenar e disseminar o conhecimento coletivo de uma organização.

IA pode acelerar a adoção do Web3

A popularidade da IA ​​generativa explodiu recentemente, em parte devido à sua capacidade de oferecer experiências personalizadas com base nas solicitações do usuário. Como disse Han Jin, CEO da empresa Web3 baseada em IA, Bluwhale: “Para que a Web3 se torne popular, a próxima geração de aplicativos voltados para o consumidor usando blockchain deve pelo menos corresponder às experiências do usuário da Web2. A personalização não será opcional, mas essencial.” Essa abordagem permite que aplicativos descentralizados envolvam de forma mais eficaz seu público atual e atraiam novos usuários, otimizando assim os gastos com marketing.

Gráficos de conhecimento ou, como Jin se refere a eles, “um cérebro de IA descentralizado que se expande através de blockchains” podem ser o componente que falta para trazer as experiências personalizadas da Web2 para a Web3. Os gráficos de conhecimento são ferramentas de ciência de dados que mapeiam relacionamentos entre objetos, fatos, eventos, situações e outros dados. Um gráfico de conhecimento é frequentemente empregado junto com a IA, pois ajuda a transmitir significado e a introduzir estrutura a um conjunto de dados diversificado. Os mecanismos de pesquisa costumam usar gráficos de conhecimento para permitir que os computadores entendam o contexto das consultas das pessoas e reúnam bilhões de fatos sobre pessoas, lugares e coisas.

No entanto, tal como a infraestrutura central da Web2, muitos gráficos de conhecimento são construídos por entidades centralizadas, isolados nas suas organizações específicas e não são amplamente partilhados. Gráficos de conhecimento descentralizados, como os construídos pela OriginTrail, podem tornar os gráficos de conhecimento mais acessíveis, aproveitando redes blockchain abertas e sem permissão, onde o público pode contribuir, manter e verificar o conhecimento.

As tecnologias emergentes são o futuro

Ao utilizar ferramentas de ponta, como gráficos de conhecimento, a integração de IA e blockchain pode servir como base para a Web3 baseada em dados confiáveis. Esta nova Internet descentralizada pode ajudar a combater problemas predominantes na nossa atual Internet centralizada, como a desinformação, a vigilância, os riscos para a privacidade e a segurança e a perda geral de poder de ação sobre os nossos dados pessoais.

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Central Banks in a Cashless World by Mariana Mazzucato & David Eaves

Central Banks in a Cashless World by Mariana Mazzucato & David Eaves | Inovação Educacional | Scoop.it
With cashless transactions rapidly replacing physical cash, central banks have an opportunity to serve the public interest by providing or shaping the infrastructure on which digital-payment systems are built. But to do so effectively, they will have to abandon outdated assumptions and re-imagine their own roles.
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Sesi-SP amplia programas para atender escolas públicas

Sesi-SP amplia programas para atender escolas públicas | Inovação Educacional | Scoop.it
Uma iniciativa que atende professores e gestores de escolas públicas e impacta mais de um milhão de alunos. Este é o Sesi para Todos, que começou a ser implementado em 2022 e está em expansão: atualmente, está presente em 536 municípios de São Paulo (o equivalente a cerca de 80% das cidades do estado).

A ação teve início, segundo Laor Fernandes de Oliveira, gerente de Projetos Educacionais do Sesi-SP, porque a instituição percebeu que havia um abismo educacional que apareceu durante a pandemia. "O aprendizado das crianças caiu muito tanto no processo de alfabetização quanto em disciplinas como matemática e português."
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Desafios e oportunidades para o futuro

Desafios e oportunidades para o futuro | Inovação Educacional | Scoop.it

Dia da Educação: quem dará aula para nossos estudantes?
Além dos já conhecidos desafios da repetência e da evasão escolar, agora o país está sob risco, se nada for feito, de não ter professores suficientes para lecionar na Educação Básica até 2040
Em 28 de abril de 2000, no Fórum Mundial de Educação, em Dacar, no Senegal, líderes de 164 países, entre eles o Brasil, assinaram o compromisso de garantir a educação para todos. Cumprir esse compromisso é urgente, uma vez que a educação de qualidade é um dos aspectos reconhecidos pela Organização das Nações Unidas como fundamentais para o desenvolvimento humano e para o combate das desigualdades. No entanto, no Brasil, que tem como patrono da educação Paulo Freire (1921-1997), educador pernambucano e autor da terceira obra mais citada em trabalhos de ciências humanas do mundo, "Pedagogia do Oprimido", a educação pede socorro.

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As ações afirmativas na educação básica profissionalizante: cotas no ensino médio integrado do iffluminense e a necessidade de ampliação da agenda de pesquisa

Vamos começar este texto com um questionamento que procuraremos responder nos próximos parágrafos. Você conhece as cotas no Ensino Médio Técnico Profissionalizante? Esta pergunta é crucial quando falamos sobre ações afirmativas na educação, por que em geral, fazemos uma relação automática com o Ensino Superior. O livro organizado por Gaudêncio Frigotto (2018) sobre os IFECET (Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia), por exemplo, não contém nenhum trabalho que aborde a política de cotas no EMI (Ensino Médio Integrado). Se o desconhecimento é algo ainda presente, é necessário que busquemos respostas.
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Verificar as referências dos personagens realmente o ajudará a encontrar o melhor candidato para um emprego?

Verificar as referências dos personagens realmente o ajudará a encontrar o melhor candidato para um emprego? | Inovação Educacional | Scoop.it

Encontrar a melhor pessoa para preencher uma vaga pode ser difícil, desde a elaboração de um anúncio de emprego até a produção de uma lista dos principais candidatos para entrevistas.
Os empregadores normalmente consideram informações de diversas fontes , incluindo o histórico de trabalho do candidato, presença nas redes sociais, respostas às perguntas da entrevista e, às vezes, resultados de testes psicométricos.
Também é comum que os gerentes de contratação verifiquem as referências de um candidato conversando com os árbitros indicados pelo candidato ou lendo suas cartas de recomendações.
As verificações de referência tendem a ser o obstáculo final; uma espécie de verificação de antecedentes do histórico profissional e das credenciais do candidato.
Quase todos os empregadores fazem verificações de referências, mas pesquisas sugerem que há limitações importantes que vale a pena ter em mente.
Inconsistência pode ser um problema
Um método de seleção confiável produz uma medida consistente da adequação do candidato. Em outras palavras, a confiabilidade permite uma comparação comparativa de cada candidato.
Mas as primeiras pesquisas sobre verificações de referências revelaram que os árbitros tendem a atribuir classificações substancialmente diferentes aos mesmos candidatos.
Esta inconsistência é problemática porque não está claro se um relatório favorável reflete uma adequação genuína ou se o candidato teve a sorte de nomear um árbitro leniente.
Parte do problema é que os empregadores muitas vezes não adotam uma abordagem estruturada para obter informações dos árbitros.
Por exemplo, se forem feitas perguntas excessivamente genéricas ou vagas sobre o candidato, cada árbitro pode concentrar-se em diferentes aspectos do desempenho no cargo anterior ou omitir informações negativas.
A pesquisa sugere que o uso de um conjunto padronizado de perguntas pode produzir resultados mais confiáveis. Isso fornece uma base mais sólida para fazer uma comparação significativa entre os candidatos.
Infelizmente, mesmo utilizando uma avaliação padronizada, os árbitros ainda tendem a discordar sobre as suas classificações .
Esta discordância ainda pode valer a pena, pois pode revelar diferenças contextuais importantes no desempenho do candidato. Por exemplo, um árbitro pode ter observado um candidato liderando uma equipe, enquanto outro pode ter visto apenas o trabalho do seu projeto.
No entanto, os empregadores ainda precisam de compreender estas diferentes perspectivas.
Uma referência é um mau indicador de desempenho futuro
Um método de seleção válido é específico do cargo e fornece informações úteis sobre como um candidato realmente atuará na função.
As verificações de referências são um obstáculo relativamente fácil de ser superado pelos candidatos porque os árbitros são normalmente autosselecionados e a maioria dos candidatos a emprego consegue encontrar pelo menos um colega que esteja disposto a falar positivamente sobre eles.
Da mesma forma, o desempenho de um candidato em um cargo anterior nem sempre pode ser relevante para o cargo ao qual está se candidatando.
Por estas razões, as verificações de referências mostram apenas uma pequena correlação com o desempenho dos funcionários no seu novo emprego.
Mas devido à sua capacidade limitada de prever o desempenho, os empregadores não devem basear-se apenas em verificações de referências.
Uma mistura de verificações é a melhor abordagem
Uma revisão sistemática recente dos métodos de seleção de funcionários sugere que entrevistas estruturadas , amostras de trabalho e avaliações pré-contratação podem fornecer informações úteis sobre o desempenho dos funcionários.
As avaliações pré-contratação podem revelar informações sobre o conhecimento profissional, capacidade cognitiva, integridade, personalidade e inteligência emocional de uma pessoa, quando apropriado. Eles são especialmente úteis para selecionar vários candidatos, como em programas de recrutamento de pós-graduação.
Em última análise, o processo de seleção de empregos deve ser adaptado aos requisitos da função. Por exemplo, se uma função exigir fortes habilidades de redação, isso poderá ser avaliado por meio de amostras de trabalho ou avaliações pré-contratação.
Alguns candidatos podem estar em desvantagem
Um método de seleção justo é aquele que é imparcial e evita dar peso a informações irrelevantes. Não prejudica as pessoas devido a características como identidade de género, idade ou antecedentes culturais.
Nesta perspectiva, as verificações de referência apresentam vários problemas potenciais.
Uma delas é que os candidatos podem não ter acesso a árbitros de credibilidade semelhante.
Por exemplo, é mais provável que uma pessoa proveniente de um contexto socioeconómico elevado tenha acesso a líderes seniores ou profissionais experientes em áreas relevantes que estejam dispostos a fornecer relatórios positivos.
As verificações de referência podem perpetuar as desigualdades existentes.
Na maioria dos casos, os árbitros desejarão fornecer relatórios positivos. Se o árbitro for um colega próximo do candidato ao emprego, ele pode estar preocupado com o fato de que relatórios negativos serão atribuídos a ele e afetarão seu relacionamento contínuo.
E os empregadores podem ser motivados a oferecer aos funcionários com baixo desempenho uma avaliação elogiosa para se livrarem deles.
Leia mais: 6 perguntas que você deve estar pronto para responder para arrasar naquela entrevista de emprego
A maioria das referências é difícil de verificar, por isso é pouco provável que os árbitros sofram danos à sua reputação se falarem de um candidato mediano, especialmente se o árbitro estiver fora da rede profissional do empregador.
A pesquisa sugere que as cartas de recomendação podem, na verdade, prejudicar as candidatas, pois geram dúvidas sobre sua adequação.
Por exemplo, cartas sobre candidatas do sexo feminino contêm mais frequentemente negatividade (como, “não tem muita experiência de ensino”), elogios fracos (“precisa de supervisão mínima”) e cobertura (“tem potencial para se tornar um forte desempenho”).
Esses tipos de declarações podem levar os empregadores a avaliar as candidatas do sexo feminino com mais severidade.
Contudo, quando se utiliza um questionário estruturado , esse viés não surge.
Uma ferramenta falha, mas que vale a pena
Embora as verificações de referências continuem a ser comuns, as suas limitações são claras. Podem não ser fiáveis, oferecer apenas validade moderada na previsão do desempenho, na melhor das hipóteses, e levantar preocupações de justiça.
No entanto, as verificações de referência não devem ser descartadas. Ao implementar questionamentos estruturados e adotar outros métodos de seleção de funcionários bem estabelecidos, as referências ainda podem ser incluídas como etapa final de um processo de contratação robusto.

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Estrutura de redação de prompts: uma competência linguística

Antes da internet invadir as salas de aula, procurar os dados certos numa biblioteca exigia certas competências básicas, assim como procurar informações num livro e tirar proveito de determinados conteúdos, treinando-nos na arte de resumir, analisar, estruturar, reconstruir e criar novos conteúdos de forma argumentada e crítica. Quando o Google chegou, era igualmente necessário treinar os alunos em competências que não vinham de série. Como saber onde procurar entre tantos links? Como reconhecer o dado correto e confiável? Como passar esse conteúdo para o meu caderno sem copiar e colar, entendendo o que leio?
Não era mais difícil antes do que agora conseguir uma aprendizagem significativa, reforçar competências cognitivas que requerem treino e paciência. O medo que temos da IA responde mais à nossa própria perplexidade e incerteza do que aos factos. As expectativas constroem realidades. Abordar essas mudanças a partir de uma atitude tão prudente quanto criativa é essencial para não chegar a esse momento em que perdemos o desafio de ensinar sob um paradigma de comunicação e trabalho onde a IA terá um papel predominante.
Primeiro desafio: compreender a ferramenta, conhecer a sua natureza, limites e possibilidades. Como falar com uma IA generativa? Aqui está a questão. Desde que o Chat GPT nos invadiu, uma das armadilhas que mais encontrei entre os professores que decidem entrar nesta piscina é saber falar com a IA, compreender a sua forma de conceber a relação connosco através da sua estrutura linguística. Não é apenas um problema de professores, também o aluno se depara com essa contingência quando começa a perguntar, e muitas vezes, ao verificar que não lhe dá o que pede ou requer treino e esforço, ele abandona e fica frustrado. Encontrei tanto alunos como professores que procuravam uma resposta eficaz e rápida, pragmática a um problema específico. Faça-me uma situação de aprendizagem! Resuma este texto! Resolva os exercícios de…!
No entanto, por menos que nós insistamos, percebemos que devemos mudar a forma como interagimos com a IA, saber quais estruturas gramaticais são mais eficazes para obter uma resposta fértil que nos ajude a entender o conteúdo ou a projetar certos desafios ou projetos educativos.
É aqui que podemos intuir que essas IAs podem ser não apenas ferramentas eficazes, mas também um instrumento para treinar competências linguísticas na sala de aula. Mais cedo ou mais tarde, o aluno acabará a interagir com múltiplas IAs que lhe permitirão obter certos serviços na sua vida privada e no mundo do trabalho. Adquirir competências de escrita, leitura e competências de oralidade continuará a ser essencial no processo de ensino. Tomar a IA como um aliado desses objetivos curriculares é ser inteligente.
Proponho-lhe uma estrutura de redação de um prompt que pode servir tanto a si como aos seus alunos para começar a tirar partido da IA, sem por isso diminuir as competências do aluno, evitando o cortar e colar. Da mesma forma, pode ajudar professores que trabalham com alunos com necessidades específicas ou déficits linguísticos que requerem atenção individualizada.
Pode adicionar, remover ou readaptar o que achar que se encaixa no seu contexto e objetivos.

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Tecnologia nas escolas traz dilema dos benefícios e riscos do digital

Tecnologia nas escolas traz dilema dos benefícios e riscos do digital | Inovação Educacional | Scoop.it

Desde que a pandemia impulsionou de vez o uso das tecnologias nas escolas, pais, estudantes e professores vivem o dilema de equilibrar benefícios e riscos do mundo digital. Neste domingo em que se comemora o Dia Mundial da Educação é preciso - tal qual aluno atento - discutir a relação entre adoção de novas tecnologias e educação.
Com a necessidade do ensino à distância (EAD) por decorrência da pandemia, as plataformas de aprendizado online tiveram aumento no número de usuários, caso do Moodle e do Google Classroom. As tecnologias para aulas virtuais como Zoom, Microsoft Teams, e Google Meet passaram pelo mesmo processo.
Para o professor da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia (Faced - UFBA), Nelson Pretto, esse processo trouxe uma banalização do uso das tecnologias na educação. “Ficou no imaginário das pessoas que a aula programada para ser presencial pode ser transferida para o online automaticamente. E isso é um verdadeiro absurdo. A educação a distância não significa a mera transposição da aula presencial para o online. Ela demanda todo um planejamento e preparação de materiais para que isso possa acontecer”.
Ele exemplifica que diante de qualquer dificuldade, como, por exemplo, as chuvas na cidade, os alunos pedem aulas remotas. “A concepção de educação à distância foi jogada no lixo, porque ficou a ideia de que um professor falando numa tela, inclusive sem ninguém ligar a tela, corresponde a uma aula. Isso não é aula, isso não é educação, isso não é nada”, afirma Nelson.
Ficou a impressão de que a tecnologia é uma válvula de escape para um problema maior, conforme Alírio Marques, pós-graduado em gestão escolar e coordenação pedagógica. “Acredito que a tecnologia pode continuar sendo, assim como foi, de grande ajuda e um grande auxílio para alunos e educadores”.
Vigilância necessária
Mas para isso é preciso ter alguns cuidados. Alírio cita que é necessário vigiar para que a tecnologia não substitua aspectos essenciais do ensino e da aprendizagem, que haja equidade de acesso e garantia de conectividade - não só de equipamentos.
Tão importante quanto os cuidados acima, é preciso estudar a tecnologia para que se possa estudar com a tecnologia, de acordo com Nelson Pretto. E isso significa envolver o aluno nesse processo para que ele faça um uso “desconfiado” desses aparatos. “Essas tecnologias precisam estar dentro da sala de aula para a gente compreender como elas funcionam e o que nós podemos fazer para não ficarmos escravos delas, como estamos hoje. Os alunos precisam estar envolvidos para que esse uso (das plataformas) seja um uso desconfiado, ou seja, para que ele compreenda como funcionam essas tecnologias e não seja enganado por esses algoritmos opacos”, comenta Nelson Pretto.
Para a neuropsicopedagoga especialista em neurociência e educação, Janaína Alves, há pontos que precisam ser observados nessa relação. “Podemos dizer que a inclusão, na verdade, a exclusão é o gargalo em relação à adoção de novas tecnologias na educação”, afirma. Esse tema tem sido espaço de fortes investimentos do Governo do Estado, através da Secretaria de Educação da Bahia (SEC).
De acordo com a secretária Rowenna Brito, titular da pasta, a tecnologia é importante no processo pedagógico. “Não proibimos o uso das novas tecnologias nas escolas. Nós somos favoráveis ao uso pedagógico das ferramentas e equipamentos eletrônicos em sala de aula sob a orientação dos professores, pois eles dinamizam o processo de ensino e aprendizagem, tornando as aulas mais atrativas e interativas”, afirma.
No início do ano letivo, a SEC distribuiu 148.804 tablets para os alunos da rede estadual por meio do Projeto Conectar para Educar. Outra iniciativa do Estado é o programa Ciência na Escola, em que são feitas produções científicas que dialogam com as áreas de estudo. No final de 2023, mais de mil projetos foram apresentados durante o Encontro Estudantil, realizado na Arena Fonte Nova.
O Instituto Anísio Teixeira (IAT), autarquia pertencente à SEC, também possibilita pesquisas, experimentos e inovações pedagógicas para formação de educadores. Acontecem também os projetos Festival de Invenção e Criatividade, a realização das Caravanas Digitais e a implementação do projeto Agência de Notícias na Escola.
As iniciativas contribuem também para combater as desigualdade no acesso à internet e dispositivos eletrônicos. Apesar de registrar seguidos aumentos anuais no número de pessoas que acessam a internet, em 2022 a Bahia ainda tinha 84,5% de participação de internautas na população de 10 anos ou mais de idade, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC). No Brasil como um todo, a proporção era de 87,2%.
Celular em classe
O uso de celular em sala de aula é um tema que suscita discussões e não é de hoje. Foi encaminhado à Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) no mês de fevereiro, o projeto de lei nº 25.203/2024, que designa a proibição do uso do telefone celular nas salas de aula das instituições de educação de toda a Bahia. O projeto é do deputado estadual Roberto Carlos (PV) e trouxe à tona – mais uma vez – a discussão sobre o uso dos aparelhos nas escolas.
Para a neuropsicopedagoga especialista em neurociência e educação, Janaína Alves, não se pode nem endeusar, nem demonizar o aparelho. É recorrente que parte dos alunos usam o celular para outras funções além das estudantis e que isso pode atrapalhar o professor ou outros alunos. Mas é preciso educar os estudantes, conforme explica Janaína. “É importante que nossos educandos tenham conhecimento do uso adequado do celular, que eles tenham voz e vez, mas que sejam educados quanto a isso, que desenvolvam responsabilidade quanto ao uso desses aparelhos na escola e assim possam utilizá-los sem que isso seja uma problemática para a educação”.
Segundo Alírio, a proibição pode ter um efeito contrário. “Tudo que é proibido é mais gostoso, então se é mais gostoso a minha adrenalina vai estar lá em cima e vou fazer o possível para poder desobedecer a essa regra. Tem que entender o porquê da utilização, para que a utilização dessa tecnologia, e de que modo ela deve ser utilizada. E isso é um trabalho de toda comunidade escolar”.
Ferramenta educacional
A tecnologia pode auxiliar a educação em várias dimensões, inclusive fora da sala de aula. A startup Wakanda Educação Empreendedora se aproveita das possibilidades oferecidas pelas plataformas digitais para simplificar o entendimento do linguajar do marketing e do empreendedorismo, através da tradução dessas informações por meio da linguagem informal regional, como o ‘baianês’, ‘carioquês’ e outros.
Voltado para o público que precisa empreender para sobreviver, a startup disponibiliza conteúdo online e realiza algumas acelerações por meio do Whatsapp. Para a empresária, Karine Oliveira é preciso se atentar às possibilidades da tecnologia em relação à educação.
“Tecnologia é uma ferramenta. Você sabendo utilizar essa ferramenta ela te ajuda a construir coisas incríveis e você não sabendo ela pode te machucar. A tecnologia ajuda com capilaridade, com você se conectar com pessoas distantes e muitas outras coisas”, afirma.
Acessibilidade melhora desempenho de aluno
Acometido pela rara síndrome de Joubert, que acarretou baixa visão e problemas com coordenação motora, o jovem Lucas Daiello, de 18 anos, sempre teve dificuldade na escola. Foi apenas com a chegada da pandemia e a implementação de aulas remotas que ele conseguiu se desenvolver melhor nos estudos com apoio de tecnologias de acessibilidade.
Para Lucas essa foi uma oportunidade de encarar a escola com menos desafios. Nas aulas presenciais, o jovem estudante precisava lidar com a dificuldade para ler o material por conta de sua baixa visão e sofria com a disgrafia - problema persistente na capacidade de escrever de maneira clara e organizada -, que fez com que ele escrevesse devagar e com uma grafia de difícil compreensão. Em nenhuma das escolas pelas quais passou foi permitido que Lucas usasse computador, celular ou tablet para acompanhar as aulas. Ele explica por que se sentiu melhor no modelo EAD.
“A tecnologia ajudou muito para os meus estudos. Foi na pandemia que consegui estudar melhor, consegui fazer atividades de maneira melhor, fazer provas melhor e foi tudo muito melhor para mim, porque eu podia escrever sem ter a preocupação do professor entender, do professor dizer para eu fazer de novo, o que já me aconteceu várias vezes”.
A mãe de Lucas, a psicomotricista Lucia Daiello, organizou um espaço de estudo adequado para o filho em sua casa. Monitor de 32 polegadas, teclado com menos resistência ao apertar das teclas - com configuração para que se ele apertar muitas vezes a mesma tecla o teclado não digite sem parar aquele caractere -, mouse que desliza melhor e que tem menos atrito, seta do mouse com tamanho maior. Além das configurações de acessibilidade, como leitor de tela, contraste e outras tecnologias.
Para Lúcia, o ensino com apoio dessas tecnologias quebrou uma barreira que atrapalhava o desempenho do filho. “Ele ficou muito mais focado, participou muito mais das aulas, as notas dele foram muito melhores, até porque ele enxergava muito melhor o que estava sendo explicado, o que o professor escrevia. Os dois anos de isolamento durante a pandemia foram os melhores anos de estudo dele. Então, o que antes existia de barreira para o aprendizado, caiu com o uso da tecnologia em casa”.
A melhora no seu rendimento o levou até a premiações. Lucas participou por dois anos da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica, conquistando medalha de ouro e de prata. Participou até das seletivas internacionais, mas não se classificou. Disputou também duas edições da Olimpíada Virtual de Física, onde ganhou medalha de ouro e menção honrosa, além de ter conquistado menção honrosa na Olimpíada Brasileira de História. “Tudo isso foi muito importante para ele. Levantou bastante a autoestima e o ajudou a manter o bom rendimento na escola nessa época”, afirma Lúcia.
No início do mês, a SEC anunciou um pacote de ações com objetivo de promover inclusão e acessibilidade a baianas e baianos com deficiências e neurodivergências. Foi liberado um Fundo de Assistência Educacional (Faed), no valor de R$ 3,8 milhões, para o fortalecimento de práticas pedagógicas voltadas, exclusivamente, aos estudantes com deficiência.

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Como IA e outras tecnologias transformam a avaliação educacional?

Como IA e outras tecnologias transformam a avaliação educacional? | Inovação Educacional | Scoop.it

Metodologia de exames brasileiros ainda não foi atualizada, alertam educadores. Ministério da Educação pesquisa razões para queda do número de participantes do Enem.
Entre os muitos aspectos da realidade da educação afetados pelo surgimento de novas tecnologias, como a inteligência artificial, estão os sistemas de avaliação aos quais são submetidas as instituições de ensino.
De acordo com Maria Helena Guimarães de Castro, titular da cátedra Ayrton Senna de inovação em avaliação educacional da USP de Ribeirão Preto, metodologias como a do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) ainda estão ancoradas em normas desatualizadas, criadas em 2001.
“O Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas) já fez a revisão da matriz, mas ainda não aplicou nas provas de Matemática e Língua Portuguesa. O que se tem é ainda insuficiente na comparação com padrões de avaliação internacionais.”
Para ela, o Brasil tem um sistema de avaliação sério, mas que precisa de aprimoramento em nível metodológico, com provas digitais, plataformas adaptativas e uso de inteligência artificial. “Se formos observar o Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes), eles aplicam exames que têm inúmeros avanços em relação ao Saeb, com matrizes e metodologias muito mais avançadas, com questões abertas e respostas construídas, a partir de habilidades do século 21 que o Saeb não avalia.”
Maria Helena ressalta que os processos de avaliação servem para aprimoramento dos currículos de formação de professores e como as escolas podem melhorar sua proposta pedagógica, e não para avaliação pessoal dos estudantes.
“Esses sistemas precisam incorporar a avaliação de habilidades e competências compatíveis com o que se pratica nas metodologias de outros países. As escolas se inspiram, se apoiam nas avaliações nacionais. Se ficar como está, as escolas não serão estimuladas a mudar.”
Segundo ela, no Brasil as ferramentas de inteligência artificial ainda não são muito utilizadas em avaliação educacional, mas isso já é uma tendência mundial para acelerar a correção de provas. “Por trás existem humanos que programam a IA. É possível ampliar a quantidade de testes a custo menor. Não apenas múltipla escolha, mas também de respostas construídas. Com IA fica muito mais barato. O Pisa faz isso. A IA não vai resolver o problema, mas auxiliar especialistas a elaborar e corrigir provas.”
De acordo com Maria Helena, um aspecto fundamental do futuro das avaliações é detectar competências e habilidades socioemocionais, que são essenciais na formação integral dos estudantes e educadores. “O bem-estar e o desenvolvimento socioemocional das crianças e jovens é o grande desafio da educação no mundo atual, marcado por incertezas e radicalização crescente.”
Na opinião de Sérgio Leite, professor titular aposentado e ex-diretor da Faculdade de Educação da Unicamp entre 2008 e 2012, o risco que enfrentamos atualmente é o da manutenção de um sistema de avaliação educacional que se preocupe prioritariamente com uma espécie de ranqueamento dos estudantes.
“Esse é, sem dúvida, o formato mais atrasado.” Para ele, a avaliação é positiva e necessária, desde que seja vista como um processo para reorganizar avanços e realizar diagnósticos que permitam investir para superar as dificuldades. “Tenho muitas dúvidas se o que é feito hoje leva em conta essa perspectiva.”
Sobre a utilização de ferramentas de inteligência artificial nos processos de avaliação tradicionais, ele considera que pode ser uma alternativa válida, desde que feita com critérios. “Depende de como essas tecnologias são aplicadas. Dá para usar, mas como suporte. Quem realmente precisa tomar as decisões são os educadores.”
A questão de avaliar e de comparecer a exames está também no centro das preocupações do Ministério da Educação (MEC). Nos últimos anos, o número de alunos que participa do Enem tem diminuído no País. No ano passado, menos da metade dos jovens matriculados no último ano do ensino médio fez o exame.
Em visita ao Estadão no início do mês, o ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou que governo conduz uma pesquisa para entender os motivos. “Falta uma liderança local para fazer a motivação, falta o estímulo das redes com alunos.”
Sobre mudanças no Enem por causa da reformulação do novo ensino médio, aprovada mês passado na Câmara dos Deputados, Camilo afirmou que a prova não deve avaliar a parte flexível do currículo. “O Enem precisa ser todo só sobre a formação geral básica.”
Em audiência no Senado, o diretor de Avaliação da Educação Básica do Inep, Rubens Lacerda, disse que “na prática, o itinerário formativo é que vai ter de se adaptar ao Enem”. Segundo ele, é mais adequado que as próprias escolas, as redes municipais e estaduais façam as avaliações formativas com relação a essa parte opcional que ficará para o futuro. “Isso garante a flexibilidade que é a proposta de todo o debate do ensino médio.”
Pisa avalia como estudantes abordam os problemas
O Programme for International Student Assessment, sigla em inglês do que ficou conhecido apenas como Pisa, tornou-se o maior exame de estudantes do mundo nos últimos anos. Ele é feito de três em três anos, desde 2000, e avalia adolescentes de 15 anos, independentemente da série em que estejam em seus países. Ele foi realizado em 2018, com resultados conhecidos no fim de 2019.
Por causa da pandemia, o Pisa 2021 não pôde ser aplicado e acabou sendo transformado em Pisa 2022, com divulgação em 2023. Desta prova mais recente participaram 81 países, membros da OCDE (a organização dos países mais desenvolvidos) e nações convidadas, como o Brasil. A prova avalia competências e habilidades em três áreas: Leitura, Matemática e Ciência. A cada ano, o foco do exame é em uma das três. O Pisa 2022 focou em Matemática.
“As provas não são mais sobre se os alunos acertaram ou erraram a pergunta, e sim sobre como abordam um problema, se eles estabelecem uma meta, quais são suas estratégias, sua motivação”, disse ao Estadão o diretor de Educação e Habilidades da OCDE e um dos criadores do Pisa, Andreas Schleicher, durante evento em Campinas. Segundo ele, a tecnologia pode monitorar o movimento do mouse, do teclado, a voz, o olhar e os movimentos faciais dos estudantes para rastrear a forma como respondem às questões e por isso o Pisa, o maior exame mundial, vai avaliar isso em 2025.
Harvard vai padronizar requisitos de admissão
No início do mês, a Universidade Harvard, nos Estados Unidos, anunciou que vai restabelecer os testes padronizados como requisito de admissão e se torna a mais recente entre as principais instituições de ensino americanas a mudar seus processos seletivos.
Estudantes que se candidatarem para ingressar em Harvard a partir do outono de 2025 serão obrigados a enviar pontuações dos testes SAT ou ACT (provas padronizadas, parecidas com o Enem brasileiro). A universidade disse, porém, que alguns outros resultados de testes serão aceitos em “casos excepcionais”, incluindo o International Baccalaureate.
Antes, Harvard havia afirmado que manteria sua política opcional de testes até a turma de entrada do outono de 2026. Poucas horas após o anúncio de Harvard, o CalTech, um instituto de ciência e engenharia, também disse que estava restabelecendo seus requisitos para candidatos à admissão em 2025.
As escolas estavam entre quase 2 mil faculdades americanas que eliminaram os requisitos de pontuação de testes nos últimos anos, tendência que se intensificou na pandemia. A eliminação dos requisitos foi amplamente vista como ferramenta para ajudar a diversificar as admissões, encorajando estudantes pobres e minorias que tinham potencial, mas não obtinham boas notas nos exames. Apoiadores dos testes, por sua vez, afirmaram que sem as pontuações ficou mais difícil identificar estudantes promissores.

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Como usar a tecnologia com alunos ‘nativos digitais’ em sala de aula?

Como usar a tecnologia com alunos ‘nativos digitais’ em sala de aula? | Inovação Educacional | Scoop.it

Escolas visam a ensinar crianças a fazerem uso mais consciente e aprofundado dos meios digitais, tornando-os protagonistas em vez de meros espectadores
Crianças em tablets, computadores, jogos e celulares - os pequenos no mundo digital já são uma realidade, e isso não é um movimento a ser combatido, mas ensinado, segundo especialistas em educação. A chave da questão parece ser mostrá-los como lidar com o uso de tecnologias e da internet de forma que eles aprendam a se “autorregular”, ao mesmo tempo em que são estabelecidas ferramentas de segurança e privacidade para protegê-los.
“O debate sobre tecnologia educacional deve sair do ‘se’ e evoluir para o ‘como’. Não podemos mais discutir se a tecnologia deve estar na escola, mas como isso deve acontecer”, diz a organização não-governamental (ONG) Todos Pela Educação, em documento sobre letramento digital.
Impedir crianças e adolescentes de usar as tecnologias digitais pode fazer com que eles não saibam como usá-la de forma saudável quando enfim tiverem acesso, além de deixar de prepará-los para o mercado de trabalho e para a vida social, cada vez mais conectados com o mundo digital.
É preciso encontrar o equilíbrio - nem uso excessivo, e nem restrição - , segundo Paulo Blikstein, professor e diretor do Laboratório de Tecnologias de Aprendizagem Transformadora da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos. “Isolar a criança dos dispositivos digitais não tem sentido hoje em dia, porque quando acabar o isolamento, ela vai estar em um mundo que é dominado por essas tecnologias, vai enfrentar o mundo sem saber como lidar com isso”, ele afirma.
“Por outro lado, achar que tecnologia é totalmente maravilhosa e deixar elas livres também não é bom nem para as crianças, nem para os adultos”, pondera.
“As crianças observam a família usando laptop, celular, tablets. E elas utilizam esses aparelhos”, constata Ana Paula Gaspar, professora especialista em tecnologia e inovação educacional e assessora de Tecnologia e Educação do Instituto Vera Cruz.
“É preciso apresentar a tecnologia como um fenômeno social. Assim como fazemos esforço em criar esforço em criar ambientes de leitura, músicas, museus, também defendemos que as questões digitais sejam apresentadas às crianças”.
A ideia de que a Geração Alpha é a de “nativos digitais” esconde o fato de que nascer em um meio não significa fazer bom uso dele, segundo a especialista. “Erroneamente, reproduzimos uma noção dos nativos digitais, em referência às crianças, como se elas tivessem nascido prontas. São nativas digitais, mas não alfabetizadas digitalmente. Não é porque estão imersas nessa cultura que estão prontas para lidar com ela”, ressalta.
Pensando nisso, escolas já têm inserido em seus currículos projetos para letramento digital. A Base Nacional Curricular Comum, que regula os currículos do ensino básico no Brasil, desde o ensino infantil até o ensino médio, prevê uma competência geral de “cultura digital”, que diz que o estudante deve ser educado para usos mais democráticos das tecnologias e para uma participação mais consciente na cultura.
“As escolas têm liberdade para decidir como fazer, se é numa disciplina isolada ou em projetos que atravessam os conteúdos. Mas [ter o letramento digital] é um direito, tem que ter, não é opcional”, afirma Gaspar.
O Colégio Magno/Mágico de Oz, na zona sul de São Paulo, trabalha, na Educação Infantil, os conteúdos curriculares contextualizados nos temas dos projetos, que aplicam o letramento digital conforme surgem as necessidades dos estudantes.
Uma aula sobre alfabetização e direitos das crianças suscitou curiosidade em um aluno de 5 anos, da Educação Infantil, que perguntou como lêem e escrevem as crianças que não enxergam. Foi então que a professora decidiu realizar uma atividade com a sala para ensiná-los sobre o Braille, sistema de escrita e leitura tátil para as pessoas cegas ou com baixa visão feito por meio de pontos em relevo. “Eles aprenderam as vogais em Braille e criaram um jogo para ajudar crianças com problemas de visão a aprender a ler e escrever”, conta a professora de Tecnologia, Pensamento Computacional e Robótica da escola, Silvana Scavone.
Os alunos criaram o Jogo das Vogais em Braille, como foi chamado, a partir de um tabuleiro onde as crianças tocavam nas letras em Braille e ouviam o som da letra correspondente e uma palavra que começasse com a letra. Depois, programaram o jogo no Scratch, uma linguagem de programação de rápida aprendizagem. Então, gravaram os sons das letras e palavras e usaram um circuito eletrônico que, ligado ao computador, é capaz de transformar qualquer objeto em um botão touchpad.
“Nossa intenção com o letramento digital e pensamento computacional nem de longe é formar programadores. No caso dessa atividade das Vogais em Braille, o fato de alunos tão pequenos terem entendido de alguma forma que a tecnologia existe para facilitar e melhorar a vida das pessoas nos fez acreditar que estamos no caminho certo. Mais do que o produto final, tudo que acontece no processo é o que faz valer todo o aprendizado”, explica Scavone.
Os conceitos de pensamento computacional são introduzidos de uma maneira divertida, explica a professora. Algumas vezes, até mesmo sem o uso do computador, através das atividades “desplugadas”.
Já o Colégio Rio Branco, na região central da capital paulista, investiu na conscientização dos estudantes do 5° ano do Ensino Fundamental em relação à fake news, ensinando-os a identificar notícias falsas. Os alunos usaram uma planilha com critérios de verificação das informações para classificar as notícias e, assim, criaram um gráfico indicando os critérios que mais trazem possibilidade de uma informação ser mentira. Por fim, as crianças fizeram cartazes digitais com dicas de combate a fake news.
O aluno de 10 anos, Fernando Kusabara, conta que, depois da aula, aprendeu a fazer o exercício sozinho, mesmo sem a planilha. “A gente aprendeu a fazer na nossa mente”, ele diz.
Sua colega, Lorena Basso, de 10 anos, relata que chegou a usar os conhecimentos aprendidos fora da escola, com a sua família. “Uma vez eu recebi uma notícia da minha avó e vi que não tinha estudos de apoio, link, autor ou data. Percebi que era uma notícia falsa e falei para ela. Ela ficou surpresa e disse que ia passar a conferir”, lembra a estudante.
O professor de Tecnologia Educacional da escola, Jorge Farias, que aplicou a atividade para os alunos, ressalta a importância para o desenvolvimento das habilidades de cognição e raciocínio lógico das crianças, além da formação social. “Treinamos não só o ferramental, que enriquece muito o portfólio deles, eles têm ferramentas para trabalhos, mas também a cidadania digital, aprendendo a entender o mundo virtual e o papel deles nesse mundo”, diz.
Além das fake news, a turma trabalhou o combate ao cyberbullying, a proteção de identidade virtual e o comportamento em jogos online.
Na visão do professor, o letramento digital aparelha os alunos com posturas que os protegem no meio digital. “Ensino a eles a criarem contas vinculadas a de seus pais, não falarem com estranhem, controlarem o tempo de tela, nunca usarem fotos do rosto”, exemplifica.
Tecnologia não é sinônimo de rede social
A tecnologia serve para ampliar o repertório de crianças e adolescentes, em uma época em que estão criando sua subjetividade a partir da relação com o outro, explica Gaspar. Mas isso não significa que as crianças devam frequentar redes sociais. Segundo a especialista, há um consenso global em diferentes disciplinas de que crianças não devem usar as redes, mas outros formatos digitais.
“Isso não impede de trazer para a discussão quais os pressupostos de uma rede social: diálogo, respeito, empatia, debate saudável. É possível trabalhar essas questões que preparam crianças para entrada na rede social na idade recomendada”, diz.
E com os adolescentes, é preciso continuar esse trabalho para que sejam capazes de se autorregular. “Os adolescentes são os primeiros que veem as agressões em redes sociais. Não há controle parental ou tecnologia que dê conta de descobrir essas questões [antes deles]”, afirma a em tecnologia educacional.
Não há, porém, um consenso que quantifique a quantidade de horas para um uso saudável seja das redes sociais ou de telas num geral. Os fatores decisivos são o tipo de conteúdo, o contexto em que está inserido e o objetivo de uso.
“Se está há duas horas em um jogo educativo ou programando, tudo bem, mas no TikTok, eu diria que já é demais”, afirma Blikstein.
Desafios no letramento digital
Desigualdade social e falta de infraestrutura, controle do uso excessivo de telas e formação de senso crítico. Essas são algumas das dificuldades enfrentadas pelos professores na hora de ensinarem seus alunos a se portarem no meio digital e a usarem as tecnologias a seu favor, de forma que se tornem criadores ativos.
Blikstein explica que existe um novo conceito de letramento digital, em que aprender a ser um “bom usuário” das ferramentas digitais já não é suficiente, é preciso entender o funcionamento por trás das tecnologias e ser um “produtor”.
“Mas em um País tão desigual quanto o Brasil, o problema é que para fazer isso precisa de equipamentos, professores capacitados, e o que vemos nas escolas é que, quando há o letramento digital, é só o básico, só ensinam a ser um usuário. Nas escolas de elite, aí sim ensinam a como serem produtores, tem espaço maker, aula de programação. Tem um grande investimento nisso, os pais cobram porque sabem que é importante”, diz o especialista.
“Isso é preocupante porque estamos indo numa direção em que há uma pequena elite de crianças letradas digitalmente e a maioria que vive no mundo digital como meros usuários”, completa.
Mas a infraestrutura não é um impeditivo, afirmam Gaspar e Blikstein. Isso porque alguns conceitos que se aplicam ao mundo digital - como resolução de conflito, leitura crítica de mundo, respeito à diversidade e combate ao discurso de ódio, por exemplo - podem ser ensinados mesmo sem equipamentos. Para a prática, já existem ferramentas tecnológicas de baixo custo que podem ser adquiridas pelas escolas. E mesmo que não tenham acesso aos dispositivos em aula, crianças e adolescentes usam a internet e as ferramentas digitais fora dela.
Na sala de aula, chegar a um equilíbrio na exposição das crianças ao mundo virtual é uma dificuldade enfrentada por Farias. “Às vezes é muito difícil trazer os alunos de volta quando estão jogando. É preciso colocar limite e ensinar que há hora para jogar, hora para aprender e hora para fazer os dois juntos, aprender jogando”, relata o professor, que procura promover uma reflexão sobre os impactos nocivos que as tecnologias podem causar nas turmas em que leciona.
“Tentamos ensiná-los a ter autocontrole: ‘Quanto tempo estou usando [o dispositivo]? por que estou usando? Eu fiquei com a minha família? Fiz a lição de casa? Está me tornando uma pessoa melhor? Estou prejudicando alguém virtualmente’”, ensina o professor
Já para a coordenadora do Colégio Magno, Cláudia Tricate, “pensar em atividades inusitadas” para acompanhar a rapidez da geração atual tem sido um desafio. E para contornar isso, “a grande sacada”, ela diz, está nos adultos ouvirem as crianças.
“Temos que estar sempre acompanhando eles, as possibilidades das crianças são maiores que as nossas. Perceber o que elas se interessam, o que querem saber. Quando fazemos isso, surgem projetos muito legais”, diz.
A formação dos docentes também precisa ser uma prioridade, segundo os especialistas, pois são eles que induzem e mediam as atividades em sala de aula. Blikstein não nega a necessidade de formar os professores para um uso da tecnologia, mas afirma que, na realidade brasileira atual, essa abordagem tem se mostrado insuficiente.
“Com o tempo que os professores têm [para formação continuada] é impossível formá-los em tecnologia. Muitas mudam rápido, em dois anos já viram obsoletas. O modelo de inserir na formação do professor não tem funcionado, precisa mudar a abordagem”, argumenta.
Para isso, ele defende que a “solução viável” para o Brasil atualmente é a inserção de um professor para aulas de tecnologia, mas também responsável por ajudar os outros professores a implementarem tecnologias em suas disciplinas tradicionais.

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