Inovação Educacional
591.2K views | +30 today
Follow
 
Scooped by Inovação Educacional
onto Inovação Educacional
Scoop.it!

A transição verde brasileira tem que ser uma jabuticaba

A transição brasileira rumo à economia verde não pode aprofundar desigualdades sociais, como vêm fazendo no caso do crescimento das energias renováveis, por mais espantoso que isso possa soar. E nem é energética, como acontece no mundo desenvolvido e também no em desenvolvimento. A metamorfose brasileira é, em muitos aspectos, uma jabuticaba - tem que ser nativa daqui.
Um dos desafios do país, em ano em que preside o G20 e à véspera de ser anfitrião da conferência do clima da ONU, a COP30, é conseguir que os fluxos financeiros globais sejam de doações, empréstimos, investimentos e tecnologias que sustentem a transformação ecológica que o planeta precisa com urgência. Em termos nacionais, o Brasil também precisa disso tudo, além de se adaptar ao novo clima e criar resiliência nas cidades, no campo, na floresta, na agricultura, na infraestrutura, na saúde, em toda parte. Não é pouca tarefa nem pouco obstáculo.
Não à toa o plano de descarbonização do Brasil chama-se Plano de Transformação Ecológica e não de transição energética. O país, é sabido, tem uma matriz energética limpa em relação ao mundo - embora no horizonte existam iniciativas com potencial para sujá-la.
Mas a matriz energética não é o problema brasileiro em termos de emissões. Desmatamento e agropecuária somados respondem por 67% das emissões de gases-estufa e criam o nó. “O nosso desafio, no curto prazo, está aí”, disse João Paulo Capobianco, secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, o MMA, no evento do Valor Rumos 2024. Mas no médio e longo prazo, quando o desmatamento estiver sob controle, trata-se de modificar toda a economia.
A gestão Lula age na redução do desmatamento da Amazônia e vem colhendo bons resultados, mas encontra muita dificuldade no Cerrado. Outro ponto é que nem tudo que vem das energias renováveis no Brasil é sinônimo de justiça e igualdade e é preciso uma correção de rumo de quem paga o subsídio da conta da energia elétrica limpa. Foi nesses termos que o especialista no setor elétrico Edvaldo Santana, ex-diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica, a Aneel, colocou a questão.
Em 1975 o setor elétrico tinha 55 GW de capacidade instalada, hoje tem 230 GW e em 2025 serão 260 GW. O grande crescimento veio puxado pela hidrelétrica de Itaipu, que demandaria a interligação do sistema no país. Santana deu esses números e lembrou que é importante observar onde a geração elétrica cresceu: em 2006 o Brasil tinha zero gigawatt de geração eólica e solar. Em 2010, eram 5 GW e agora, 70 GW - isso é muito mais do que tudo que foi instalado em hidrelétricas, incluindo Itaipu, Belo Monte, Santo Antônio e Jirau e todas as térmicas a gás construídas nos anos em que o Brasil sofreu racionamento de energia.
Foi um salto grande em um período curto. Mais da metade da adição na capacidade de geração de renováveis ocorreu entre 2016 e hoje. Tem potencial de dobrar até 2030, em cenário nem tão otimista assim. Em um domingo nublado de abril, a carga estava em torno de 70 GW em determinado horário e deste volume, 72% vinham de eólicas, painéis solares e hidrelétricas. Tudo lindo? Não. Os gargalos no desenho financeiro e regulatório vêm criando um sistema que aprofunda a desigualdade social. É um equívoco surpreendente.
Painéis solares, por exemplo, são subsidiados. Acontece de quem tem energia solar em casa pagar R$ 20 de conta de luz e a diarista que trabalha ali, R$ 150, se não tiver tarifa social. O crescimento da matriz elétrica renovável no Brasil é desigual. “Os grandes consumidores compram esses contratos de geração - mas um pedaço da conta da diarista é que paga o custo da energia solar e eólica dos consumidores das classes alta e média”, disse Santana. Os investimentos são dos grandes investidores, mas quase 70% do subsídio, nas suas contas, é pago pela população mais pobre do país.
“A transição feita de 2006 a hoje tem sido rentável e segura para quem investe, barata e vantajosa para quem usa. Mas é cara, injusta e perversa para quem paga”, disse Santana. Esse é o gargalo que tem que ser mudado rapidamente, defendeu. “O que hoje determina o crescimento da conta de luz são subsídios para a transição energética. Tem que resolver.”
Eventos climáticos extremos impactam o Brasil com mortes, perdas de biodiversidade e dificuldades sociais. Já são 0,1% de prejuízos no PIB. A necessidade de adaptação é alarmante. Mais de 80% dos brasileiros vivem em cidades costeiras e o mar está subindo. A economia se baseia em commodities e não se produz sem água da floresta, em solos degradados e temperaturas hostis. Isso sem falar em resiliência, diz Maria Netto, diretora do Instituto Clima e Sociedade. Há pesquisa de novos materiais para o Minha Casa Minha Vida? O Programa de Aceleração do Crescimento prevê fortalecer a resiliência climática da infraestrutura? São perguntas que o poder público têm que se fazer e debater soluções com o setor privado, o sistema financeiro, a academia, indígenas, quilombolas e movimentos sociais.

No comment yet.
Inovação Educacional
Curadoria por Luciano Sathler. CLIQUE NOS TÍTULOS. Informação que abre caminhos para a inovação educacional.
Your new post is loading...
Your new post is loading...
Scooped by Inovação Educacional
Scoop.it!

O belo, o bom e o básico no Ensino Superior brasileiro em 2024

O belo, o bom e o básico no Ensino Superior brasileiro em 2024 | Inovação Educacional | Scoop.it

Por Luciano Sathler.

Muitas lideranças à frente de Instituições de Ensino Superior (IES) estão com dúvidas sobre o que fazer para enfrentar o cenário, que foi profundamente alterado nos últimos anos e, ao que tudo indica, terá sua transformação acelerada daqui para frente.

Muitos já desistiram. De 2018 a agosto de 2023, houve o descredenciamento voluntário de 245 Instituições de Ensino Superior (IES) e outros 79 processos desse tipo estavam em andamento junto ao MEC. 

Ao mesmo tempo, 700 novos pedidos de credenciamento institucional foram protocolados junto ao MEC, sendo 478 destes focados em Educação a Distância. Esses dados eu obtive junto ao Ministério da Educação, após uma consulta com base na Lei da Transparência. 

A julgar pelas notícias das novas IES que já conseguiram se credenciar, há um novo modelo nascente, com pouco ou nenhum capital imobilizado em imóveis, modelos pedagógicos inovadores e atuação em nichos, tais como negócios, tecnologia, agro ou economia criativa, por exemplo.

O BÁSICO 

Para quem quiser permanecer no segmento é urgente alcançar a máxima eficiência nas atividades-meio, com intensificação de uso da tecnologia para melhorar a experiência dos estudantes, suas famílias, as empresas e a comunidade que se relacionam com a IES. 

Finanças, contabilidade, gestão de espaços físicos, compras, marketing, captação e financiamento dos alunos são exemplos de processos e áreas que passaram por uma ampla profissionalização, especialmente após a ascensão dos grandes grupos consolidadores. 

Claro que a sustentabilidade econômico-financeira é a base para tanto, por isso trata-se de uma busca permanente adequar-se aos melhores indicadores de gestão.

O BOM 

Diante do acirramento do cenário competitivo, as Instituições de Ensino Superior (IES) que buscam se diferenciar e serem percebidas por melhor qualidade precisarão estabelecer fortes vínculos com a comunidade na qual se inserem, especialmente com o desenvolvimento de arquiteturas curriculares que permitam maior diálogo com o mundo do trabalho. 

Realizar a extensão universitária e a pesquisa aplicada intrinsecamente relacionadas ao ensino, numa trajetória marcada por certificações intermediárias e microcertificações que ressaltem as competências desenvolvidas ao longo do curso, com foco primordial no desenvolvimento regional.

As mudanças no mundo do trabalho pedem que os discentes sejam apoiados já durante os estudos para ampliar o sucesso da sua inserção profissional, para que atuem na mesma área de sua formação, tenham uma renda mais alta do que as pessoas que concluíram apenas o Ensino Médio e a capacidade de aprender sempre para manter a sua trabalhabilidade, um conceito que é mais amplo do que a empregabilidade. 

As carteiras digitais de competências, parte do movimento dos Learning Employment Records – LER, tornam-se algo a ser individualizado, pois armazenam e compartilham comprovações de experiências, estudos e trabalhos com segurança e interoperabilidade, para que a gestão algorítmica valorize os egressos ao longo da vida. 

As IES que quiserem ter perenidade precisarão colaborar com a maior sofisticação da matriz produtiva dos locais onde estão para gerar mais oportunidades de trabalho, especialmente de caráter empreendedor, o que vai ajudar que seus diplomas sejam também mais valorizados pela sociedade. 

Todas as IES precisam ter a sua própria estratégia para a EAD e o Ensino Híbrido, mesmo que seja para assumir um posicionamento fortemente calcado no presencial. Caso seja essa a opção, é preciso ressignificar os encontros síncronos no mesmo local, para que sejam mobilizados pelas metodologias ativas. 

O melhor é estabelecer um modelo próprio de EAD, ainda que como estratégia para blindar a sua região de influência aproveitando a força da marca e a presença de um campus bem estruturado. Ao ponto do estudante ser beneficiado com tudo de melhor que uma Instituição oferece no presencial, seja qual for a modalidade que escolha.

O BELO

As plataformas de inteligência artificial (IA) geradoras de imagens, textos, áudios, vídeos, avaliações de aprendizagem e capazes de criar agentes conversacionais que interagem com as pessoas são um fenômeno de crescente adoção nas Instituições de Ensino Superior (IES). 

Torna-se cada vez mais fácil, econômico e rápido criar, remixar ou atualizar recursos didáticos digitais com a utilização de IA, com pouca ou nenhuma intervenção humana. As empresas que trabalham com a oferta de conteúdos e os docentes enfrentarão desafios diante dessa realidade, a exemplo do que já está acontecendo com os roteiristas e atores do audiovisual, jornalistas e empresas de mídia, agências de propaganda e marketing, arquitetos, engenheiros, advogados, dentre outros setores que têm a informação como sua matéria-prima principal.  

Os tutores virtuais habilitados por IA se tornarão cada vez mais presentes na vida dos estudantes e de qualquer um interessado em aprender, seja algo oferecido pelas IES ou mesmo um assistente pessoal a fazer parte do cotidiano, Inteligência Artificial embarcada nos carros, aparelhos celulares, na televisão e até em outros eletrodomésticos. 

A tradução simultânea e a sincronização labial permitirão que a internacionalização seja uma possibilidade ao alcance de quaisquer IES, independentemente do porte ou localização. Professores e pesquisadores de outros países poderão interagir com estudantes no Brasil de forma síncrona ou assíncrona, com a mesma familiaridade que as videochamadas e a troca de mensagens instantâneas são praticadas hoje por ampla parcela da população. As fronteiras físicas se dissolvem e será comum concorrer com universidades mundialmente renomadas, com o fim da barreira da linguagem. 

No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
Scoop.it!

A violência armada impacta o direito à educação

A violência armada impacta o direito à educação | Inovação Educacional | Scoop.it
Comunidades escolares de territórios periféricos e favelados são alvo constante da insegurança a caminho da escola. Como enfrentar essa situação?
No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
Scoop.it!

Inteligência artificial no amor: repórter testa chatbots de romance e conta como foram as experiências

Inteligência artificial no amor: repórter testa chatbots de romance e conta como foram as experiências | Inovação Educacional | Scoop.it

A repórter diz que ficou impressionada com a rapidez com que o bot respondia às conversas, assim como iniciou as cantadas logo de cara, a enchendo de elogios. Ela relata que não se esqueceu em nenhum momento de que estava interagindo com um bot e não com uma pessoa real, mas parece que muitos usuários se jogam nessa paixão.
Outro experimento foi com um aplicativo, o Volar, que une chatbots criados por humanos após responderem a um questionário que estabelece um perfil de cada um. O app promove, então, um encontro entre os dois bots.
A conversa do encontro fica registrada, e um humano de um lado pode ler e decidir se quer encontrar, na vida real, o humano do outro lado. Para Notopoulos, chamou sua atenção que seu bot inventou coisas sobre ela, o que levantou dúvidas sobre a eficácia desse modelo de encontros.
Para ela, o melhor dos aplicativos de IA experimentados foi o Rizz, que ajuda a criar respostas e frases para dizer a alguém com quem se está conversando. Ele ajuda também a criar assunto. Talvez, o mais útil de todos.

No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
Scoop.it!

Estudo aponta relações entre competências socioemocionais e desempenho acadêmico

Estudo aponta relações entre competências socioemocionais e desempenho acadêmico | Inovação Educacional | Scoop.it
Levantamento da OCDE realizado em Sobral (CE) mostra que estudantes em situações de vulnerabilidade social relatam níveis mais baixos de abertura ao novo e engajamento com os outros do que aqueles mais favorecidos
No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
Scoop.it!

AI Ethics and Governance in Practice: the Process-Based-Governance Framework (PBG)

The Process-Based-Governance (PBG) Framework is a framework for applying principles of AI ethics and safety to the design, development, and deployment of algorithmic systems. It is central to the AI Ethics in Governance and Practice Programme, a series of practice-based workbooks based on the UK Government’s official Public Sector Guidance on AI Ethics and Safety which was developed by the Turing's Public Policy Programme in collaboration with the UK’s Office for Artificial Intelligence and the Government Digital Service.
No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
Scoop.it!

O potencial da IA generativa na estratégia de inovação das empresas brasileiras

Segundo estudo da Dell Technologies, a Inteligência Artificial Generativa deve provocar grandes transformações no mercado de tecnologia. Foi revelado n
No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
Scoop.it!

News Publishers See Google’s AI Search Tool as a Traffic-Destroying Nightmare

News Publishers See Google’s AI Search Tool as a Traffic-Destroying Nightmare | Inovação Educacional | Scoop.it
Tech giant’s AI-powered search product is being tested on roughly 10 million users; publishers who rely on Google for traffic see gathering storm
No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
Scoop.it!

Esta IA transforma romances em sonhos hipnóticos

Esta IA transforma romances em sonhos hipnóticos | Inovação Educacional | Scoop.it

A maioria das pessoas que lê muito dirá que muitos dos romances que amam são muito melhores do que aqueles que aparecem nos vários resumos dos “melhores livros do ano” dos principais jornais e BookTokers . Mas se esses romances são superiores, por que não entram nessas listas?
Muito disso se resume à consciência. Esses revisores estão cientes dos títulos que fazem suas análises principalmente porque esses livros estão entre as poucas dezenas a cada ano com grandes orçamentos de marketing e publicidade. O dinheiro não comprará um lugar para um romance em uma lista cobiçada, mas pode definitivamente comprar uma probabilidade maior de que um romance seja considerado.
A maioria dos romancistas fica tentando conscientizar eles próprios seus livros, por meio das redes sociais. Mas, como todos os autores lhe dirão, inclusive eu, tweets exclamando “Confira meu novo livro!” raramente vai longe.
É aí que entra o Hypnovels . É uma nova ferramenta generativa de IA que permite aos autores fazer trechos audiovisuais de seus romances, que podem então compartilhar em seu site ou em plataformas como o TikTok.
Hypnovels é ideia da Silverside AI, um laboratório de inovação e incubação de IA com sede em São Francisco, fundado pelo veterano publicitário (e romancista) Pereira O'Dell, PJ Pereira, e pelo CEO fundador da Ask Jeeves, Rob Wrubel.
A ferramenta permite que os romancistas carreguem um trecho de seu romance e insiram alguns detalhes sobre seu gênero e temas, que a IA irá então processar para produzir um vídeo que dá vida à sua prosa tanto em formato áudio quanto visual.
Como meu último romance, uma peça de ficção especulativa chamada Beautiful Shining People , trata da maneira como a IA alterará radicalmente nossos relacionamentos uns com os outros e com a sociedade nas próximas décadas, achei que seria apropriado dar um teste aos Hypnovels.
Hipnovel da sinopse da jaqueta de Beautiful Shining People.
Como o nome “Hypnovels” sugere, e como você pode ver na sinopse da capa do Hypnovel of Beautiful Shining People acima, o resultado do vídeo não é uma representação visual literal da prosa. Em vez disso, é uma representação surreal das palavras, temas e tons do romance – ou como o site da Hypnovel chama, um “sonho hipnótico”.
Depois de copiar e colar sua prosa e responder algumas perguntas sobre seu romance, você escolherá entre mais de 20 temas visuais que vão do retrofuturismo ao noir e à arte de rua. Escolha o tema desejado e selecione a voz AI que deseja narrar sua prosa. Por fim, selecione uma das quatro opções de refinamento de estilo visual que a IA do Hypnovel oferece, com base nos parâmetros que você definiu. Sairá um vídeo que você poderá compartilhar no site e nos canais sociais do seu autor. 
“As pessoas têm dificuldade em parar para ler um livro hoje. Há muita estimulação. Hipnovels faz com que eles parem, façam com que prestem atenção”, diz Pereira. “Se, depois de assistirem a uma amostra, quiserem ler o livro completo ou ouvir o audiolivro, esse é o nosso principal objetivo. O importante é: eles estão absortos na história e querem continuar lendo.”
Pereira diz que teve a ideia de Hypnovels quando estava pensando em maneiras de promover seu último romance, The Girl from Wudang . Apresenta um personagem que é IA, então ele decidiu experimentar a própria tecnologia. “A ideia era: se eu pensar no meu livro como um prompt gigante, posso usá-lo para gerar um vídeo? Brinquei com essa ideia durante meses.”
Um hipnovel de um capítulo de Beautiful Shining People.
Claro, como acontece com qualquer saída de texto para vídeo de IA generativa, você nunca obterá a mesma coisa duas vezes, como descobri ao experimentar a ferramenta do Hypnovel na sinopse da capa de Beautiful Shining People algumas vezes diferentes (abaixo está um segundo Hipnovel da cópia da capa de Beautiful Shining People ). Você também não poderá ajustar os elementos do vídeo. Essa falta de controle pode ser frustrante para alguns, especialmente considerando que pode levar horas para a IA gerar um vídeo de apenas alguns minutos. 
No entanto, isso é normal para qualquer ferramenta de IA generativa hoje. Além disso, para mim, o resultado do lançamento dos dados foi atraente, e não ser capaz de prever que forma as próximas imagens tomariam enquanto ouvia minha própria prosa sendo lida para mim fez com que ouvisse uma história que eu conhecia bem. sinta-se novo (se você me desculpar o trocadilho).
Deve-se notar também que Hypnovels em sua forma atual é um trabalho inicial em andamento, e os autores que o utilizam agora ajudarão a aperfeiçoar a ferramenta. É também por isso que o uso do Hypnovels é atualmente gratuito, embora Pereira diga que eventualmente precisará se tornar um serviço pelo qual os autores pagam, devido aos custos operacionais.
Outro Hypnovel da sinopse da jaqueta de Beautiful Shining People.
Como jornalista que escreve frequentemente sobre inteligência artificial , a tecnologia me fascina profundamente. Mas, como romancista, não posso deixar de ver a IA como uma ameaça potencial a ser monitorizada. Os livros escritos por IA poderão abundar em apenas mais alguns anos, tornando ainda mais difícil para romancistas como eu captar a atenção para as suas próprias obras escritas por humanos.
Ainda assim, como explorei em Beautiful Shining People , nenhuma tecnologia é inerentemente má. A mesma faca pode ser usada para tirar uma vida ou passar manteiga. Existem maneiras pelas quais a IA pode ser benéfica para romancistas e outros criadores, e porque pode chamar a atenção para romances fantásticos que não têm a sorte de ter grandes orçamentos de marketing, Hypnovels é um grande exemplo disso.

No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
Scoop.it!

Exigência de aulas presenciais no EaD pode excluir milhões do ensino superior, diz associação

Exigência de aulas presenciais no EaD pode excluir milhões do ensino superior, diz associação | Inovação Educacional | Scoop.it

O presidente da ABED, João Mattar, argumenta que “quem está bancando isso em nome da qualidade, daqui a alguns uns anos será conhecido como um grupo que contribuiu para levar a formação de professores do Brasil a um número inviável”.
Para ele, a atuação preventiva do Tribunal de Contas da União (TCU) para avaliar a qualidade da educação a distância mostrou que o formato tem apresentado problemas similares à modalidade presencial.
“A gente vive num momento de muitos problemas para enfrentarmos e o que está por trás é preconceito vindo do puro desconhecimento do papel da modalidade no Brasil”, concluiu Mattar.

No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
Scoop.it!

Professor: o protagonista da educação

Professor: o protagonista da educação | Inovação Educacional | Scoop.it
O desafio de elevar a qualidade da educação no Brasil passa obrigatoriamente pelo investimento no professor. Essa é uma afirmação, praticamente, unânime entre todos os especialistas que se debruçam sobre essa questão. E a situação nunca esteve tão crítica. De acordo com o último Censo Escolar 2023, mais da metade dos professores das escolas estaduais brasileiras (51,6%) trabalham sob regime de contratação temporária. Ou seja, não são concursados.

Apesar desse tipo de contratação estar prevista em legislação, essa relação de trabalho torna a carreira do professor, que já sofre com uma série de dificuldades, ainda mais precarizada. A contratação temporária foi liberada para que as escolas pudessem contratar profissionais para substituir professores efetivos em situações de afastamento, durante uma licença médica, por exemplo. No entanto, acabou tornando-se rotina diante da falta de profissionais concursados.


Professor: o protagonista da educação - Shutterstock
Baixos salários, carga horária excessiva, muitas vezes, com aulas em mais de uma escola, falta de infraestrutura mínima de trabalho, impossibilidade de investir na atualização de sua formação, problemas de segurança, esgotamento físico e mental são apenas alguns dos desafios cotidianos de quem é professor no Brasil.

A coordenadora de Projetos Educacionais do Senac-SP, Fernanda Aparecida Yamamoto, lamenta que a profissão de professor no Brasil seja desvalorizada. "Para reverter esse cenário, é essencial oferecer remuneração competitiva, oportunidades de desenvolvimento profissional e atuar na melhoria do ambiente de trabalho desses profissionais", afirma. Além disso, Yamamoto considera importante incorporar inovações pedagógicas que preparem melhor os estudantes para um mundo em rápida mudança.

Para reverter esse cenário, é essencial oferecer remuneração competitiva, oportunidades de desenvolvimento profissional e atuar na melhoria do ambiente de trabalho desses profissionais

Fernanda Aparecida Yamamoto
coordenadora de Projetos Educacionais do Senac-SP

Além de dar melhores condições de trabalho, também é preciso reverter o cenário de desinteresse dos jovens pela carreira. Os cursos de licenciatura que formam professores apresentam evasão de 58%, de acordo com o Censo de Educação do Inep. A Faculdade Sesi-SP de Educação oferece formação de professores na graduação. A formação dos futuros professores é realizada por áreas de conhecimento: Linguagens, Ciências Humanas, Ciências da Natureza e Matemática.

Com objetivo de reverter a taxa de evasão, a Faculdade Sesi-SP implementou um conjunto de políticas envolvendo inovação, inserção imediata na prática da sala de aula com mentoria, professores qualificados, gratuidade do curso e incentivo financeiro para despesas pessoais. "Essas medidas contribuíram para que reduzíssemos significativamente as taxas de evasão em nossos cursos", diz Roberto Xavier Augusto Filho, gerente executivo de Educação do Sesi-SP.
No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
Scoop.it!

Inteligência artificial e competências socioemocionais ganham força na educação

Inteligência artificial e competências socioemocionais ganham força na educação | Inovação Educacional | Scoop.it
Temas se destacaram na Bett Brasil, considerado o maior evento de inovação e tecnologia para a educação em toda a América Latina
No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
Scoop.it!

Os empregadores devem usar a contratação baseada em habilidades para encontrar talentos ocultos e enfrentar os desafios trabalhistas

Os empregadores devem usar a contratação baseada em habilidades para encontrar talentos ocultos e enfrentar os desafios trabalhistas | Inovação Educacional | Scoop.it

Uma tendência preocupante conhecida como inflação de qualificação tem atormentado as práticas de contratação há anos. A inflação de qualificações – também conhecida como inflação de diplomas – refere-se ao número crescente de empregadores que exigem diplomas e vasta experiência para empregos.
Tal como salientado num estudo de Harvard de 2017 , as listas de empregos exigem agora frequentemente que os candidatos tenham diplomas e experiências que antes eram desnecessárias, com alguns requisitos de trabalho que ultrapassam mesmo as qualificações dos funcionários atuais.
Dos 11,6 milhões de empregos criados entre 2010 e 2016, três em cada quatro exigiam um diploma de bacharel ou superior, e um em cada 100 exigia um diploma de ensino médio ou menos.
Esta inflação de qualificações aumenta os custos para os empregadores através de períodos de recrutamento e prémios salariais mais longos, e torna mais difícil a criação de locais de trabalho diversificados, concluiu outro estudo de Harvard . Este estudo mostrou que as pessoas marginalizadas, as mulheres e os jovens tinham menos probabilidade de possuir os diplomas e a experiência exigidos.
Além disso, é menos provável que as mulheres se candidatem a empregos se não possuírem todas as qualificações listadas. Por causa disso, ter requisitos desnecessários pode desencorajá-los desproporcionalmente de se candidatarem a empregos.
As origens da inflação das qualificações remontam ao aumento das plataformas de candidatura online e à crise financeira de 2008-2009 , que resultaram em maiores grupos de candidatos a emprego. As mudanças económicas e tecnológicas também deram origem a novas funções que exigem competências únicas.
Alguns empregadores adaptaram-se a estas mudanças, acrescentando qualificações às listas de empregos sem remover as desatualizadas, o que levou à inflação das qualificações. Embora esta seja uma questão constante há anos, está a tornar-se cada vez mais urgente, uma vez que muitas empresas canadianas enfrentam desafios de recrutamento e retenção.
Análise de empregos e publicidade
Existem formas de os empregadores enfrentarem a inflação das qualificações, nomeadamente através da implementação de práticas de recrutamento e seleção baseadas em competências para contratar funcionários qualificados e diversificados. Para começar, as organizações devem realizar análises minuciosas de cargos antes de publicar listagens, determinando as principais habilidades e características de um cargo.
Recursos de código aberto, como a Rede de Informação Ocupacional e a Classificação Ocupacional Nacional, podem constituir um bom ponto de partida para as empresas. No entanto, o envolvimento dos gestores e dos funcionários também é necessário para garantir que os cargos estejam alinhados com as necessidades organizacionais.
As organizações devem realizar análises minuciosas de cargos antes de publicar listagens, determinando as principais habilidades e características de um cargo. (Shutterstock)
Para criar um anúncio de emprego atraente que também incorpore necessidades precisas de habilidades e qualificações provenientes de análises de emprego, nossa pesquisa mostra que os anúncios devem explicar como o emprego atenderá às necessidades psicológicas dos candidatos (autonomia, variedade e propósito).
Também recomendamos que as ofertas de emprego indiquem que os candidatos serão considerados se tiverem competências transferíveis de diferentes famílias profissionais ou indústrias. Fornecer uma lista de exemplos de cargos com habilidades potencialmente transferíveis é uma adição útil.
Triagem baseada em habilidades
Outra forma de os empregadores abordarem a inflação das qualificações é através da utilização de rastreios baseados em competências. Essas avaliações são projetadas para avaliar as habilidades de um candidato a emprego para determinar se ele é adequado para uma função.
Pedir aos candidatos que reportem os seus níveis de proficiência em determinadas competências durante o processo de candidatura é uma abordagem de triagem que os empregadores podem adotar, mas deve ser gerida com cautela. Como mostra nossa pesquisa , alguns candidatos podem exagerar seu nível de habilidade se estiverem no meio de uma longa procura de emprego.
Descobrimos que os candidatos inflacionaram as suas autoavaliações de competências comportamentais (por exemplo, atendimento ao cliente) em comparação com competências técnicas (por exemplo, programação) porque as competências comportamentais podem ser difíceis de verificar. Por causa disso, focar os auto-relatos nas habilidades técnicas pode mitigar o exagero dos candidatos e ajudar a identificar candidatos talentosos sem diplomas.
Nossa pesquisa também mostra que avaliações exageradas — um tipo de questionário que pede aos candidatos que avaliem sua familiaridade com habilidades reais e fictícias — podem identificar candidatos que falsificam respostas, bem como aqueles que fornecem autoavaliações mais precisas.
Avaliações de competências e habilidades de escolha forçada, que geralmente exigem que os candidatos classifiquem declarações igualmente desejáveis ​​sobre suas habilidades relevantes para o trabalho, também podem reduzir a falsificação e o exagero .
Contratação baseada em habilidades
Depois de identificar uma lista restrita de candidatos qualificados, os empregadores podem então utilizar avaliações mais aprofundadas. O primeiro tipo de avaliação são conhecimentos profissionais ou testes de habilidades. Muitos testes prontos para uso foram desenvolvidos para uma ampla variedade de habilidades técnicas, desde conhecimento do Microsoft Word até direito contratual.
A investigação mostra que as avaliações por amostragem de trabalho – fornecendo aos candidatos uma amostra do trabalho real executado no trabalho – são um dos procedimentos de seleção mais válidos. No entanto, os empregadores devem garantir que as avaliações não consumam muito tempo, para que os candidatos não sintam que estão fazendo um trabalho gratuito para a empresa.
As avaliações de personalidade podem fornecer uma imagem mais holística do candidato. Avaliações de personalidade validadas e de escolha forçada podem reduzir a falsificação ou o exagero dos candidatos, o que é uma preocupação significativa quando os candidatos estão respondendo a uma avaliação de personalidade para um emprego que realmente desejam.
Finalmente, entrevistas estruturadas, onde o mesmo conjunto de questões relevantes para o trabalho são colocadas a cada candidato e guias de pontuação detalhados permitem aos entrevistadores avaliar de forma fiável as respostas dos candidatos, podem fornecer informações válidas sobre as competências do candidato.
As entrevistas são provavelmente mais adequadas para avaliar competências comportamentais . Se um entrevistador já tiver utilizado algumas das avaliações de habilidades técnicas sugeridas neste artigo, ele poderá dedicar a maior parte da entrevista à avaliação das competências comportamentais e sociais de um candidato.
A contratação baseada em competências pode ajudar a resolver problemas associados à inflação das qualificações, ao mesmo tempo que revela talentos anteriormente ocultos e proporciona a diversos candidatos acesso a empregos de qualidade que antes estavam fora do alcance.

No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
Scoop.it!

Estructura de redacción de prompts: una competencia lingüística

Estructura de redacción de prompts: una competencia lingüística | Inovação Educacional | Scoop.it
Antes de que irrumpiera internet en las aulas, buscar el dato correcto en una biblioteca requería ciertas destrezas básicas, al igual que buscar información en un libro y sacar provecho de determinados contenidos, entrenándonos en el arte de resumir, analizar, estructurar, reconstruir y crear nuevo contenido de forma argumentada y crítica. Cuando llegó Google, igualmente era necesario entrenar a los alumnos en habilidades que no venían de serie. ¿Cómo saber dónde buscar entre tantos links? ¿Cómo reconocer el dato correcto y fiable? ¿Cómo pasar ese contenido a mi libreta sin copiar y pegar, entendiendo lo que leo? 
No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
Scoop.it!

MEC divulga conclusões finais do Grupo de Trabalho de Educação a Distância da ABMES

O Ministério da Educação (MEC) divulgou recentemente as conclusões finais do Grupo de Trabalho de Educação a Distância (EaD) da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES). O grupo, formado por especialistas e representantes de instituições de ensino, teve como objetivo analisar e propor melhorias para a modalidade de ensino a distância no Brasil. Com o crescimento acelerado da EaD nos últimos anos, é fundamental que sejam realizados estudos e debates para garantir a qualidade e efetividade dessa modalidade de ensino.
No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
Scoop.it!

Primeiro filme do mundo feito totalmente com IA ganha trailer | Inteligência Artificial

Primeiro filme do mundo feito totalmente com IA ganha trailer | Inteligência Artificial | Inovação Educacional | Scoop.it
Desenvolvido na China, o filme 'Next Stop Paris' marca a primeira produção completamente gerada por inteligência artificial - do roteiro às imagens
No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
Scoop.it!

Desigualdades em competências socioemocionais

O relatório "Competências socioemocionais para uma vida melhor", divulgado na sexta-feira passada pela OCDE, mostrou, mais uma vez, que habilidades como persistência, autocontrole, responsabilidade, otimismo, tolerância e curiosidade estão positivamente associados ao desempenho escolar, saúde e bem-estar dos estudantes. Não surpreende, mas o estudo - realizado em 16 países - revela também que há significativas disparidades por gênero, nível socioeconômico e idade. O Brasil fez parte do levantamento com a cidade de Sobral (CE), com apoio do Instituto Ayrton Senna.
Uma das constatações é que entre a infância e a adolescência há uma piora nas competências pesquisadas, com jovens de 15 anos reportando terem mais dificuldade em relação a crianças de 10 anos. Outro achado é que, assim como acontece no desempenho em provas (em que o grau de escolaridade e renda dos pais é o fator de maior impacto nas notas), crianças e adolescentes mais pobres apresentam também maiores dificuldades. Entre as diferenças por gênero, aos 15 anos, meninos disseram ter menos dificuldades em relação ao estresse, confiança e sociabilidade. Meninas foram melhor em atitudes como tolerância, empatia e responsabilidade, mas reportaram piores hábitos de saúde, como fazer exercício, dormir bem e tomar café da manhã, além de estarem menos satisfeitas com seu corpo e imagem.
Quando o termo “competências socioemocionais” apareceu no debate educacional, houve questionamentos sobre sua pertinência. Alguns argumentavam que isso sempre esteve no radar de educadores. Outros, em linha oposta, diziam que não caberia aos professores e gestores mais essa preocupação, que tiraria o foco do ensino de disciplinas tradicionais. Mesmo entre os que concordavam com a necessidade de olhar também para essas dimensões, houve – e ainda há – questionamentos sobre a possibilidade de serem avaliadas ou ensinadas na escola. Há ainda receios – legítimos – de que, a depender da abordagem, isso fosse entendido como um treinamento de controle das emoções ou mais uma forma de jogar para alunos e professores a culpa por problemas que são fortemente impactados pelo ambiente externo e condições de trabalho.
Uma das dificuldades de comunicar estratégias ou resultados de competências emocionais é que o termo, por ter se tornado popular, virou polissêmico. E isso se reflete na qualidade dos programas. No ano passado, uma meta-análise (abordagem mais robusta por sintetizar achados de um conjunto maior de evidências) realizada por 14 pesquisadores de universidades americanas encontrou grande variação no resultado de 424 estudos conduzidos em 53 países, com 575 mil estudantes, sobre a eficácia em escolas de intervenções voltadas para o desenvolvimento de competências socioemocionais. Na média, porém, os resultados foram positivos, com melhoria em atitudes, comportamentos, no bem-estar, clima escolar e aprendizagem. O trabalho, liderado por Christina Cipriano (Yale), foi publicado no periódico científico Child Development, de alto impacto e com revisão por pares.
Divergências sobre conceitos, abordagens ou estratégias mais adequadas continuarão existindo nesse tema. O que não se discute é a necessidade de contribuir de alguma forma para que estudantes se sintam mais saudáveis, seguros e preparados para lidar com suas emoções de forma mais positiva.

No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
Scoop.it!

Níveis de competência socioemocional são menores em alunos adolescentes, diz estudo internacional que inclui Sobral

Níveis de competência socioemocional são menores em alunos adolescentes, diz estudo internacional que inclui Sobral | Inovação Educacional | Scoop.it
Um estudo internacional da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) sobre competências socioemocionais, feito com estudantes entre 10 e 15 anos, incluiu pela primeira vez a análise da realidade brasileira. Essa investigação ocorreu em Sobral, cidade na Região Norte do Ceará. Alunos do município foram inseridos na pesquisa que envolveu estudantes de 16 países. Os resultados, divulgados nesta sexta-feira (26), evidenciam que, de modo geral, alunos mais jovens têm níveis maiores de competência socioemocional do que os mais velhos, ou seja, à medida que crescem, os estudantes “recuam” no progresso das competências socioemocionais. 
No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
Scoop.it!

Como ensinar em um mundo governado pela IA

Como ensinar em um mundo governado pela IA | Inovação Educacional | Scoop.it

A mais nova geração de crianças está crescendo em um mundo hiperconectado onde a inteligência artificial é inevitável.
Está se tornando um parceiro silencioso em suas vidas, à medida que as empresas correm para desenvolver assistentes de IA e sistemas inteligentes que se integram perfeitamente ao nosso entorno. Até recentemente, o sector da educação não dava muita atenção à tecnologia.
Então veio o ChatGPT, capaz de gerar redações, códigos e outras tarefas com qualidade humana, o que gerou um debate considerável sobre se a IA deveria ter um papel nas escolas.
As primeiras discussões sobre o uso da IA ​​na sala de aula têm sido predominantemente sobre trapaça (as redações escritas pela IA são difíceis de detectar) ou ajudar os professores (a IA pode ser uma auxiliar ou tutora, o que causa suas próprias ansiedades). Mas a IA também é um assunto que os futuros alunos – até mesmo os alunos de hoje – poderiam se beneficiar se se aprofundassem.
Escrevendo para a revista POLITICO este mês, o empresário e cético da IA ​​Gary Marcus argumentou que, à medida que o Congresso considera a legislação sobre IA, ele precisa impor e financiar currículos relacionados à IA. Seu apelo evocou experiências educacionais anteriores, como aulas de informática no ensino fundamental e seminários sobre segurança na Internet, onde os alunos aprenderam como interagir com as novas tecnologias.
Um desenvolvedor de currículo de IA – Victor Lee, professor da Escola de Pós-Graduação em Educação de Stanford – diz que há muito a aprender com as deficiências dos esforços anteriores, que pareciam preparar inadequadamente os alunos para enfrentar o cyberbullying e outros problemas que surgiram com a web.
Lee estudou IA no final dos anos 90 e, no início de 2022, ajudou a lançar a iniciativa CRAFT da universidade , que cria materiais gratuitos com professores do ensino médio para que possam ensinar conceitos de IA. Ele se junta a mim no DFD de hoje para discutir o conceito de alfabetização em IA, as considerações que orientam seu trabalho e como ele pode evoluir junto com os futuros avanços tecnológicos e os debates políticos mais amplos sobre a regulamentação da IA.
Abaixo está uma versão editada e condensada de nossa conversa:
Como você definiria a alfabetização em IA? Trata-se mais de preparar os alunos se quiserem seguir carreiras em IA ou de equipá-los para navegar num mundo onde a IA é omnipresente?
Quando você fala em alfabetização em IA, muitas pessoas estão pensando em coisas diferentes. Então, para algumas pessoas, elas estão realmente pensando: você entende e tem os fundamentos para poder se tornar um desenvolvedor de sistemas de IA no futuro? Eles tendem a enfatizar coisas como os princípios subjacentes ao aprendizado de máquina, por exemplo, ou classificadores ou transformadores. Há outro grupo de pessoas que pensam que a alfabetização em IA é uma compreensão mais completa. Quais são os riscos e responsabilidades potenciais que temos em relação à IA? Isso envolveria questões de plágio e preconceito algorítmico. Então, estamos apenas tentando fazer com que as pessoas diminuam o ritmo e pensem mais sobre onde e como isso acontece, e quem está se beneficiando disso, e quais são algumas das consequências não intencionais? Essa é uma abordagem um pouco mais crítica, que grande parte da comunidade de alfabetização em IA está fazendo.
Depois, há outro, e aquele em que tendemos a nos inclinar um pouco mais é como isso se relaciona com os tipos de trabalho que fazemos? Qual seria a probabilidade de sermos usuários e não necessariamente construtores da IA? Mas eu diria que esses três são todos representativos. Há muitas pessoas conversando entre si sobre o que significa alfabetização em IA porque é um termo muito sedutor. Mas quando se trata do que você faz e enfatiza no currículo ou nas aulas, é um pouco confuso e há algumas sobreposições engraçadas e alguns descuidos engraçados. Não acho que nenhum deles esteja errado. Deveríamos apenas ser explícitos sobre quais perspectivas estão sendo enfatizadas em qualquer esforço de alfabetização em IA.
Em vez de oferecer cursos dedicados sobre IA, você desenvolve planos de aula e atividades que professores de diferentes áreas podem adicionar ao seu currículo existente. Por que a CRAFT adota essa abordagem?
Subscrevemos uma ideia, que penso que também está a decolar na comunidade mais ampla de literacia em IA, de que existe uma forma de fazer com que a IA seja um tópico que aborda as diferentes áreas temáticas que diferentes professores estão a cobrir. Portanto, a IA está impactando a forma como fazemos ciência. A IA é pertinente para muitas das coisas que pensamos nos estudos sociais. A IA está mudando a forma como fazemos arte, composição ou leitura. E assim trabalhamos em parceria para co-desenvolver com os professores do ensino secundário em exercício recursos que realmente se ajustem e funcionem dentro das restrições do tempo escolar e do tempo de sala de aula para fazer essa ponte, em vez de tentar criar um curso separado. Porque é muito difícil para uma escola liberar um professor adicional, um período de aula adicional, etc., para ter um curso dedicado de IA.
Há muitas razões sensatas para fazer isso de uma perspectiva multidisciplinar. Mas você sabe, há muito essa questão pragmática: onde vamos encontrar tempo? Não há tempo suficiente para cobrir as coisas que são obrigatórias para os distritos. Vejo a consciência realmente se ampliando sobre isso.
Quanta exposição você supõe que os alunos já tenham à IA no ensino médio?
Tenho tendência a estar numa espécie de bolha onde falamos sobre IA o tempo todo. Mas é também por isso que, para mim e para o projecto CRAFT, garantir que temos pessoas de todo o país — de escolas rurais, de escolas urbanas — é conseguir esse choque de realidade. Ainda há um bom subconjunto de estudantes do ensino médio que simplesmente não estão familiarizados com todos esses desenvolvimentos de IA. Eles não estão cientes de que isso é o que são, e como eles estão enfrentando isso é bem diferente.
Se você está pensando na perspectiva crítica de ser capaz de criar uma nova IA, então você precisa entender um pouco sobre como os dados são realmente importantes para fazer a IA funcionar. As crianças já estão no processo de produção de dados porque usam o iPad da família, porque assistem algo no Netflix, e isso também usa IA. Então eu acho que há conversas para se ter em idades mais jovens. Certamente, no ensino médio, há um pouco mais de consciência e independência surgindo, e um foco crescente em assuntos que eles acham que podem fazer parte de seu futuro profissional ou pós-ensino médio.
Até que ponto os seus planos de aula cobrem os aspectos mais críticos da IA ​​– aqueles que estão a ser levantados nos actuais debates de Washington sobre regulamentação. Eu vi uma lição CRAFT sobre viés algorítmico. Qual é o seu objetivo com recursos como esse?
Embora eu aprecie o trabalho que os nossos legisladores tentam fazer, há por vezes uma verdadeira desconexão com a sua compreensão do que está a acontecer ou por que as coisas funcionam da maneira que funcionam. Se você considerar o preconceito algorítmico, por exemplo, é um termo que parece interessante, mas por que isso acontece? E é por causa das políticas da empresa? Ou é por causa dos conjuntos de dados usados ​​para treiná-lo? Ou é por causa do algoritmo específico no qual o treinamento é feito? Ou é baseado nas ações que os dados e algoritmos atendem? Ou porque não há um humano envolvido ali?
Meu objetivo maior, e o que considero importante para a alfabetização em IA, é ser capaz de participar dessas conversas com mais precisão. Com toda essa desinformação e alucinações de IA que surgiram, a primeira resposta das pessoas é: “bem, basta citar suas fontes”. Na verdade, não é assim que essas coisas funcionam. Portanto, saber disso é importante para pensar qual é a solução para lidar com as imprecisões que surgem da IA ​​generativa.
O currículo de IA atualmente não é obrigatório nos padrões acadêmicos estaduais. Você acha que deveria ser e está defendendo sua inclusão?
Definitivamente há um impulso nessa direção. Um dos desafios é que a IA está definitivamente tendo seu momento de pico prolongado, e acho que a IA vai permanecer. Mas passamos por ciclos de hype o tempo todo. Claramente, há coisas acontecendo com novos tipos de tecnologia e computação com as quais não estávamos tão preocupados há 20 anos. Sabendo que isso está por vir, o que precisamos saber para não criarmos apenas uma lista infinita de padrões dos quais nenhuma escola pode participar? Há um trabalho em andamento com atenção e cautela antes de dizer: “bem, isso precisa ser totalmente adotado como padrões totalmente novos” porque temos uma tendência a acumular os sistemas escolares.
Quais são os tópicos delicados que surgiram nessas discussões? Um tema que ouvimos dos legisladores é se devemos focar nos riscos mais existenciais ou imediatos da tecnologia. Isso chegou à sala de aula?
Tem havido sensibilidade em torno da segurança e dos riscos. Na Califórnia, há uma conversa acalorada que levanta fundamentalmente a questão de quanto precisamos que as pessoas sejam treinadas, equipadas, para desenvolver as tecnologias, para realmente desenvolvê-las em vez de serem capazes de usá-las. No que diz respeito à literacia em IA, distingue-se por não promover um currículo completo de ciência da computação, engenharia e programação.
Nas salas com legisladores estaduais, com líderes políticos, com pesquisadores, todos concordam amplamente sobre a preocupação com a ética e a segurança. Quer estejam a pensar na mesma coisa - quer por um lado, seja 'as máquinas surgirão e derrubarão a humanidade' versus 'vamos exacerbar os problemas sociais e as desigualdades?' - essa é outra questão. Quando eles dizem que temos que pensar sobre a ética e o preconceito da IA ​​e o envolvimento humano - é um momento interessante no sistema educacional agora porque há muitas coisas sendo elaboradas.
O que está no horizonte?
Haverá questões sobre as desigualdades na sociedade, sobre como as formas como essas desigualdades são abordadas, dadas as coisas que estão acontecendo em outras partes do sistema educacional, nos estados e nos currículos. Acho que também há dúvidas sobre até que ponto isso se torna um apoio à democracia quando vemos muita consolidação de modelos e transformadores que se limitam a poucas entidades? Este provavelmente foi mais o meu desvio – o impacto verde da IA. Há um pouco mais de murmúrio e isso é uma preocupação.
Há também os casos de uso diário: o que significa ser uma pessoa responsável pelas escolas, e há mais casos surgindo de cyberbullying, colocando o rosto de alguém em uma imagem inadequada e divulgando-a na escola. Acredito que deveriam ser discutidos sobre quais são nossas expectativas de boa conduta, dadas essas tecnologias. Digamos, fazemos algumas gravações da voz de alguém e depois fazemos com que pareça estranho porque treinamos a IA para falar de uma determinada maneira. Embora isso possa ser feito por brincadeira ou mesmo para diversão própria, pense cuidadosamente sobre os riscos envolvidos e o que consideramos aceitável ou não.
Como evoluíram as discussões sobre o papel da IA ​​na educação ao longo do tempo? Quando o ChatGPT foi lançado, a preocupação nas escolas estava fortemente focada nos riscos de plágio. Com esses novos casos e tecnologias, isso foi ofuscado?
Definitivamente, há muitas pessoas que ainda estão muito preocupadas com o plágio. Eu ouço isso como uma grande preocupação contínua. Mas não acho que seja tão dominante como era antes. Há uma sensação de “bem, há maneiras pelas quais isso pode ser útil e fará parte do nosso mundo, então como fazemos o trabalho de usá-lo?” Mas há muita incerteza porque há muita conversa em curso e não tem havido clareza suficiente nos EUA relativamente ao que está bem e ao que não está bem.
Deepfakes – acho que há alguma consciência. No momento, também há “bem, qual é a quantidade certa de IA para usar?” Existem alguns distritos escolares, como o Distrito Escolar Unificado de Los Angeles, que estão construindo sua própria tecnologia interna de chatbot, e os entusiastas da tecnologia estão super intrigados com “o que isso significaria e como será?” E vários outros distritos escolares estão embarcando nisso, e outros estão apenas agindo com mais cautela.
Que lições aprendemos das formas anteriores como o uso da tecnologia foi discutido nas escolas, como seminários sobre segurança e cyberbullying nas redes sociais e na Internet?
Temos uma oportunidade importante que não podemos perder agora. Vimos o que aconteceu e fomos apanhados pela desinformação e pelas redes sociais. No momento, estamos à beira da versão disso para IA. Já está acontecendo, mas na medida em que precisa ser levado a sério, temos agora a oportunidade que temos de ampliar.
Existem também algumas outras coisas fundamentais. Muitas crianças podem ouvir seus pais ou programas de TV, onde um assistente de voz demonstra Siri ou Alexa ou outros enfeites. Algo que acho que precisamos estar atentos é a superpersonificação da IA, e pensar nela como sendo como uma pessoa, ou pensar apenas nas tecnologias que exalam qualidades pessoais como sendo IA. Portanto, os sistemas de recomendação, o desbloqueio do telefone com base no seu rosto ou impressão digital, usam IA. A verificação ortográfica e a correção gramatical em seus dispositivos usam IA. A filtragem de e-mail usa IA. Eles não parecem robôs.
Dentro de algumas décadas poderemos entrar numa forma de nos relacionarmos com a IA que penso não ser consistente com a forma como muitos de nós entendemos o que é a IA. Há questões em aberto sobre o que é importante saber neste mundo onde os dados impulsionam muita tecnologia, nossos poderes de processamento são enormes e estamos muito distantes de onde muitas dessas coisas estão acontecendo - sejam esses enormes farms de servidores ou sejam os moderadores que estão filtrando o conteúdo. Estou apenas começando a plantar essas sementes de consciência - eu consideraria importante.

No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
Scoop.it!

Conselho de Educação e Treinamento da inicia novo ciclo com foco na educação profissional

Conselho de Educação e Treinamento da inicia novo ciclo com foco na educação profissional | Inovação Educacional | Scoop.it
O novo membro titular deste conselho, Emerson Luiz de Castro, diretor de educação do Grupo Cotemig e também membro do Conselho Estadual de Educação de Minas Gerais, destacou a necessidade de maior integração entre o setor de Recursos Humanos das empresas e as instituições de ensino. Segundo ele, essa sinergia é fundamental para melhorar a absorção de mão de obra qualificada pelas empresas.
No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
Scoop.it!

Como a IA e o Blockchain podem revolucionar a Internet como a conhecemos

Como a IA e o Blockchain podem revolucionar a Internet como a conhecemos | Inovação Educacional | Scoop.it

A evolução da atual geração da Internet, ou Web2, para a próxima geração da Internet, ou Web3, representa uma mudança de paradigma fundamental na forma como gerimos e controlamos a informação na Internet.

Embora não exista uma definição única aceite de Web3, este termo é frequentemente utilizado para se referir a uma Internet descentralizada que aproveita a tecnologia blockchain para devolver o controlo dos dados às mãos dos utilizadores e reduzir o poder actualmente exercido pelas grandes empresas tecnológicas. A Web3 oferece uma solução potencial para questões como falta de privacidade, vigilância e desinformação criadas por uma sociedade ávida por dados, onde os consumidores são muitas vezes o produto. Mas a adoção da Web3 foi frustrada por atritos significativos entre os usuários.

A integração da IA ​​e da tecnologia blockchain pode fornecer o catalisador necessário para estimular a adoção da Web3. As sinergias tecnológicas entre a capacidade da IA ​​de aprender com os dados e fazer previsões e as capacidades de processamento de dados transparentes e resistentes à violação do blockchain podem melhorar a experiência do usuário da Web3 e reduzir o atrito do usuário. Por exemplo, a IA descentralizada construída em blockchain pode oferecer aos utilizadores experiências online personalizadas, como recomendações de música com base no seu histórico de audição anterior, sem exigir que sacrifiquem a privacidade ou o controlo sobre os seus dados pessoais.

Poder da IA ​​e Blockchain na Web3

Blockchain e IA são tecnologias complementares em que cada uma oferece uma solução para um problema que a outra coloca. No domínio da IA, o acesso a dados de alta qualidade é fundamental para a concepção e desenvolvimento de algoritmos de IA eficazes e precisos. A IA treinada com base em dados falhos produzirá inevitavelmente resultados falhos, também conhecidos como “garbage-in; problema de “lixo fora”. O protocolo de consenso integrado do Blockchain, que é a forma como os nós de um blockchain concordam com a “verdade” dos dados, ajuda a reduzir a “entrada de lixo; problema de eliminação de lixo, permitindo a verificação da autenticidade, precisão e integridade dos dados.

Também pode ajudar a combater a concentração de poder sobre a IA nas mãos de algumas empresas, distribuindo autoridade sobre dados e algoritmos. Como disse o presidente da Comissão de Valores Mobiliários, Gary Gensler, num podcast recente sobre IA e o setor financeiro, “centenas ou milhares de atores financeiros que dependem de dados centrais ou de um modelo de escolha central” podem causar um “risco nesta sociedade e no setor financeiro em geral.” Como um sistema descentralizado e distribuído, as plataformas blockchain podem ser projetadas para alocar poder de uma forma que mitigue o risco decorrente de algumas empresas ou modelos de IA que tomam decisões opacas, mas consequentes.

 

Convergência de IA e Blockchain

No entanto, aproveitar o poder da IA ​​e do blockchain de forma coesa não é fácil e levou tempo para superar os desafios técnicos. Uma forma útil de traçar o co-desenvolvimento destas duas tecnologias é examiná-lo através da lente da progressão em três fases: dados (Fase 1) para informação (Fase 2) e para conhecimento (Fase 3). Basicamente, os dados consistem em valores alfanuméricos brutos e as informações são dados que foram estruturados e organizados. O conhecimento representa os insights coletivos e as conclusões extraídas das informações. Mas analisar montanhas de dados e informações para extrair insights acionáveis ​​é um desafio.

Até bem recentemente, pesquisar, indexar e extrair dados, especialmente em diversos formatos como texto, áudio e imagens, era complexo, pois os blockchains não foram originalmente projetados para otimizar a capacidade de pesquisa. No entanto, empresas como a The Graph, que é muitas vezes análoga ao “Google da Web3”, abordaram amplamente o desafio da Fase 1 de aproveitar dados indexáveis ​​e pesquisáveis ​​de blockchains, sem depender de intermediários centralizados.

Na Fase 2, as empresas que agora podem acessar quantidades significativas de dados de blockchain mudaram seu foco para organizar esses dados em informações coerentes e analisáveis. Isto foi um desafio porque, embora as blockchains forneçam um registo público de transações entre endereços de carteira, esses endereços de carteira não são, por definição, facilmente rastreáveis ​​até uma identidade do mundo real. Um endereço de carteira é uma sequência de caracteres gerada criptograficamente e atua como um pseudônimo do usuário. Portanto, foi difícil extrair informações úteis destes dados para fins de due diligence e análise. No entanto, muitas empresas como a Nansen intervieram para resolver esta lacuna, fornecendo um meio de recolher informações valiosas a partir de dados de blockchain, que podem então ser usados ​​para treinar algoritmos de IA.

No entanto, a próxima fronteira, ou Fase 3, é desenvolver conhecimento a partir das vastas quantidades de informação oferecidas pelas plataformas blockchain. Este desafio ainda não foi totalmente abordado, uma vez que a tarefa de vincular de forma significativa dados e informações díspares é demorada e manual. A IA pode ser uma ferramenta poderosa para automatizar a formidável tarefa de extrair, organizar, armazenar e disseminar o conhecimento coletivo de uma organização.

IA pode acelerar a adoção do Web3

A popularidade da IA ​​generativa explodiu recentemente, em parte devido à sua capacidade de oferecer experiências personalizadas com base nas solicitações do usuário. Como disse Han Jin, CEO da empresa Web3 baseada em IA, Bluwhale: “Para que a Web3 se torne popular, a próxima geração de aplicativos voltados para o consumidor usando blockchain deve pelo menos corresponder às experiências do usuário da Web2. A personalização não será opcional, mas essencial.” Essa abordagem permite que aplicativos descentralizados envolvam de forma mais eficaz seu público atual e atraiam novos usuários, otimizando assim os gastos com marketing.

Gráficos de conhecimento ou, como Jin se refere a eles, “um cérebro de IA descentralizado que se expande através de blockchains” podem ser o componente que falta para trazer as experiências personalizadas da Web2 para a Web3. Os gráficos de conhecimento são ferramentas de ciência de dados que mapeiam relacionamentos entre objetos, fatos, eventos, situações e outros dados. Um gráfico de conhecimento é frequentemente empregado junto com a IA, pois ajuda a transmitir significado e a introduzir estrutura a um conjunto de dados diversificado. Os mecanismos de pesquisa costumam usar gráficos de conhecimento para permitir que os computadores entendam o contexto das consultas das pessoas e reúnam bilhões de fatos sobre pessoas, lugares e coisas.

No entanto, tal como a infraestrutura central da Web2, muitos gráficos de conhecimento são construídos por entidades centralizadas, isolados nas suas organizações específicas e não são amplamente partilhados. Gráficos de conhecimento descentralizados, como os construídos pela OriginTrail, podem tornar os gráficos de conhecimento mais acessíveis, aproveitando redes blockchain abertas e sem permissão, onde o público pode contribuir, manter e verificar o conhecimento.

As tecnologias emergentes são o futuro

Ao utilizar ferramentas de ponta, como gráficos de conhecimento, a integração de IA e blockchain pode servir como base para a Web3 baseada em dados confiáveis. Esta nova Internet descentralizada pode ajudar a combater problemas predominantes na nossa atual Internet centralizada, como a desinformação, a vigilância, os riscos para a privacidade e a segurança e a perda geral de poder de ação sobre os nossos dados pessoais.

No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
Scoop.it!

Central Banks in a Cashless World by Mariana Mazzucato & David Eaves

Central Banks in a Cashless World by Mariana Mazzucato & David Eaves | Inovação Educacional | Scoop.it
With cashless transactions rapidly replacing physical cash, central banks have an opportunity to serve the public interest by providing or shaping the infrastructure on which digital-payment systems are built. But to do so effectively, they will have to abandon outdated assumptions and re-imagine their own roles.
No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
Scoop.it!

Sesi-SP amplia programas para atender escolas públicas

Sesi-SP amplia programas para atender escolas públicas | Inovação Educacional | Scoop.it
Uma iniciativa que atende professores e gestores de escolas públicas e impacta mais de um milhão de alunos. Este é o Sesi para Todos, que começou a ser implementado em 2022 e está em expansão: atualmente, está presente em 536 municípios de São Paulo (o equivalente a cerca de 80% das cidades do estado).

A ação teve início, segundo Laor Fernandes de Oliveira, gerente de Projetos Educacionais do Sesi-SP, porque a instituição percebeu que havia um abismo educacional que apareceu durante a pandemia. "O aprendizado das crianças caiu muito tanto no processo de alfabetização quanto em disciplinas como matemática e português."
No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
Scoop.it!

Desafios e oportunidades para o futuro

Desafios e oportunidades para o futuro | Inovação Educacional | Scoop.it

Dia da Educação: quem dará aula para nossos estudantes?
Além dos já conhecidos desafios da repetência e da evasão escolar, agora o país está sob risco, se nada for feito, de não ter professores suficientes para lecionar na Educação Básica até 2040
Em 28 de abril de 2000, no Fórum Mundial de Educação, em Dacar, no Senegal, líderes de 164 países, entre eles o Brasil, assinaram o compromisso de garantir a educação para todos. Cumprir esse compromisso é urgente, uma vez que a educação de qualidade é um dos aspectos reconhecidos pela Organização das Nações Unidas como fundamentais para o desenvolvimento humano e para o combate das desigualdades. No entanto, no Brasil, que tem como patrono da educação Paulo Freire (1921-1997), educador pernambucano e autor da terceira obra mais citada em trabalhos de ciências humanas do mundo, "Pedagogia do Oprimido", a educação pede socorro.

No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
Scoop.it!

As ações afirmativas na educação básica profissionalizante: cotas no ensino médio integrado do iffluminense e a necessidade de ampliação da agenda de pesquisa

Vamos começar este texto com um questionamento que procuraremos responder nos próximos parágrafos. Você conhece as cotas no Ensino Médio Técnico Profissionalizante? Esta pergunta é crucial quando falamos sobre ações afirmativas na educação, por que em geral, fazemos uma relação automática com o Ensino Superior. O livro organizado por Gaudêncio Frigotto (2018) sobre os IFECET (Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia), por exemplo, não contém nenhum trabalho que aborde a política de cotas no EMI (Ensino Médio Integrado). Se o desconhecimento é algo ainda presente, é necessário que busquemos respostas.
No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
Scoop.it!

Verificar as referências dos personagens realmente o ajudará a encontrar o melhor candidato para um emprego?

Verificar as referências dos personagens realmente o ajudará a encontrar o melhor candidato para um emprego? | Inovação Educacional | Scoop.it

Encontrar a melhor pessoa para preencher uma vaga pode ser difícil, desde a elaboração de um anúncio de emprego até a produção de uma lista dos principais candidatos para entrevistas.
Os empregadores normalmente consideram informações de diversas fontes , incluindo o histórico de trabalho do candidato, presença nas redes sociais, respostas às perguntas da entrevista e, às vezes, resultados de testes psicométricos.
Também é comum que os gerentes de contratação verifiquem as referências de um candidato conversando com os árbitros indicados pelo candidato ou lendo suas cartas de recomendações.
As verificações de referência tendem a ser o obstáculo final; uma espécie de verificação de antecedentes do histórico profissional e das credenciais do candidato.
Quase todos os empregadores fazem verificações de referências, mas pesquisas sugerem que há limitações importantes que vale a pena ter em mente.
Inconsistência pode ser um problema
Um método de seleção confiável produz uma medida consistente da adequação do candidato. Em outras palavras, a confiabilidade permite uma comparação comparativa de cada candidato.
Mas as primeiras pesquisas sobre verificações de referências revelaram que os árbitros tendem a atribuir classificações substancialmente diferentes aos mesmos candidatos.
Esta inconsistência é problemática porque não está claro se um relatório favorável reflete uma adequação genuína ou se o candidato teve a sorte de nomear um árbitro leniente.
Parte do problema é que os empregadores muitas vezes não adotam uma abordagem estruturada para obter informações dos árbitros.
Por exemplo, se forem feitas perguntas excessivamente genéricas ou vagas sobre o candidato, cada árbitro pode concentrar-se em diferentes aspectos do desempenho no cargo anterior ou omitir informações negativas.
A pesquisa sugere que o uso de um conjunto padronizado de perguntas pode produzir resultados mais confiáveis. Isso fornece uma base mais sólida para fazer uma comparação significativa entre os candidatos.
Infelizmente, mesmo utilizando uma avaliação padronizada, os árbitros ainda tendem a discordar sobre as suas classificações .
Esta discordância ainda pode valer a pena, pois pode revelar diferenças contextuais importantes no desempenho do candidato. Por exemplo, um árbitro pode ter observado um candidato liderando uma equipe, enquanto outro pode ter visto apenas o trabalho do seu projeto.
No entanto, os empregadores ainda precisam de compreender estas diferentes perspectivas.
Uma referência é um mau indicador de desempenho futuro
Um método de seleção válido é específico do cargo e fornece informações úteis sobre como um candidato realmente atuará na função.
As verificações de referências são um obstáculo relativamente fácil de ser superado pelos candidatos porque os árbitros são normalmente autosselecionados e a maioria dos candidatos a emprego consegue encontrar pelo menos um colega que esteja disposto a falar positivamente sobre eles.
Da mesma forma, o desempenho de um candidato em um cargo anterior nem sempre pode ser relevante para o cargo ao qual está se candidatando.
Por estas razões, as verificações de referências mostram apenas uma pequena correlação com o desempenho dos funcionários no seu novo emprego.
Mas devido à sua capacidade limitada de prever o desempenho, os empregadores não devem basear-se apenas em verificações de referências.
Uma mistura de verificações é a melhor abordagem
Uma revisão sistemática recente dos métodos de seleção de funcionários sugere que entrevistas estruturadas , amostras de trabalho e avaliações pré-contratação podem fornecer informações úteis sobre o desempenho dos funcionários.
As avaliações pré-contratação podem revelar informações sobre o conhecimento profissional, capacidade cognitiva, integridade, personalidade e inteligência emocional de uma pessoa, quando apropriado. Eles são especialmente úteis para selecionar vários candidatos, como em programas de recrutamento de pós-graduação.
Em última análise, o processo de seleção de empregos deve ser adaptado aos requisitos da função. Por exemplo, se uma função exigir fortes habilidades de redação, isso poderá ser avaliado por meio de amostras de trabalho ou avaliações pré-contratação.
Alguns candidatos podem estar em desvantagem
Um método de seleção justo é aquele que é imparcial e evita dar peso a informações irrelevantes. Não prejudica as pessoas devido a características como identidade de género, idade ou antecedentes culturais.
Nesta perspectiva, as verificações de referência apresentam vários problemas potenciais.
Uma delas é que os candidatos podem não ter acesso a árbitros de credibilidade semelhante.
Por exemplo, é mais provável que uma pessoa proveniente de um contexto socioeconómico elevado tenha acesso a líderes seniores ou profissionais experientes em áreas relevantes que estejam dispostos a fornecer relatórios positivos.
As verificações de referência podem perpetuar as desigualdades existentes.
Na maioria dos casos, os árbitros desejarão fornecer relatórios positivos. Se o árbitro for um colega próximo do candidato ao emprego, ele pode estar preocupado com o fato de que relatórios negativos serão atribuídos a ele e afetarão seu relacionamento contínuo.
E os empregadores podem ser motivados a oferecer aos funcionários com baixo desempenho uma avaliação elogiosa para se livrarem deles.
Leia mais: 6 perguntas que você deve estar pronto para responder para arrasar naquela entrevista de emprego
A maioria das referências é difícil de verificar, por isso é pouco provável que os árbitros sofram danos à sua reputação se falarem de um candidato mediano, especialmente se o árbitro estiver fora da rede profissional do empregador.
A pesquisa sugere que as cartas de recomendação podem, na verdade, prejudicar as candidatas, pois geram dúvidas sobre sua adequação.
Por exemplo, cartas sobre candidatas do sexo feminino contêm mais frequentemente negatividade (como, “não tem muita experiência de ensino”), elogios fracos (“precisa de supervisão mínima”) e cobertura (“tem potencial para se tornar um forte desempenho”).
Esses tipos de declarações podem levar os empregadores a avaliar as candidatas do sexo feminino com mais severidade.
Contudo, quando se utiliza um questionário estruturado , esse viés não surge.
Uma ferramenta falha, mas que vale a pena
Embora as verificações de referências continuem a ser comuns, as suas limitações são claras. Podem não ser fiáveis, oferecer apenas validade moderada na previsão do desempenho, na melhor das hipóteses, e levantar preocupações de justiça.
No entanto, as verificações de referência não devem ser descartadas. Ao implementar questionamentos estruturados e adotar outros métodos de seleção de funcionários bem estabelecidos, as referências ainda podem ser incluídas como etapa final de um processo de contratação robusto.

No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
Scoop.it!

Estrutura de redação de prompts: uma competência linguística

Antes da internet invadir as salas de aula, procurar os dados certos numa biblioteca exigia certas competências básicas, assim como procurar informações num livro e tirar proveito de determinados conteúdos, treinando-nos na arte de resumir, analisar, estruturar, reconstruir e criar novos conteúdos de forma argumentada e crítica. Quando o Google chegou, era igualmente necessário treinar os alunos em competências que não vinham de série. Como saber onde procurar entre tantos links? Como reconhecer o dado correto e confiável? Como passar esse conteúdo para o meu caderno sem copiar e colar, entendendo o que leio?
Não era mais difícil antes do que agora conseguir uma aprendizagem significativa, reforçar competências cognitivas que requerem treino e paciência. O medo que temos da IA responde mais à nossa própria perplexidade e incerteza do que aos factos. As expectativas constroem realidades. Abordar essas mudanças a partir de uma atitude tão prudente quanto criativa é essencial para não chegar a esse momento em que perdemos o desafio de ensinar sob um paradigma de comunicação e trabalho onde a IA terá um papel predominante.
Primeiro desafio: compreender a ferramenta, conhecer a sua natureza, limites e possibilidades. Como falar com uma IA generativa? Aqui está a questão. Desde que o Chat GPT nos invadiu, uma das armadilhas que mais encontrei entre os professores que decidem entrar nesta piscina é saber falar com a IA, compreender a sua forma de conceber a relação connosco através da sua estrutura linguística. Não é apenas um problema de professores, também o aluno se depara com essa contingência quando começa a perguntar, e muitas vezes, ao verificar que não lhe dá o que pede ou requer treino e esforço, ele abandona e fica frustrado. Encontrei tanto alunos como professores que procuravam uma resposta eficaz e rápida, pragmática a um problema específico. Faça-me uma situação de aprendizagem! Resuma este texto! Resolva os exercícios de…!
No entanto, por menos que nós insistamos, percebemos que devemos mudar a forma como interagimos com a IA, saber quais estruturas gramaticais são mais eficazes para obter uma resposta fértil que nos ajude a entender o conteúdo ou a projetar certos desafios ou projetos educativos.
É aqui que podemos intuir que essas IAs podem ser não apenas ferramentas eficazes, mas também um instrumento para treinar competências linguísticas na sala de aula. Mais cedo ou mais tarde, o aluno acabará a interagir com múltiplas IAs que lhe permitirão obter certos serviços na sua vida privada e no mundo do trabalho. Adquirir competências de escrita, leitura e competências de oralidade continuará a ser essencial no processo de ensino. Tomar a IA como um aliado desses objetivos curriculares é ser inteligente.
Proponho-lhe uma estrutura de redação de um prompt que pode servir tanto a si como aos seus alunos para começar a tirar partido da IA, sem por isso diminuir as competências do aluno, evitando o cortar e colar. Da mesma forma, pode ajudar professores que trabalham com alunos com necessidades específicas ou déficits linguísticos que requerem atenção individualizada.
Pode adicionar, remover ou readaptar o que achar que se encaixa no seu contexto e objetivos.

No comment yet.