A Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (EERP-USP) lançou moção de repúdio, “de forma unânime e veemente”, à oferta de cursos de graduação a distância na Enfermagem. O documento, aprovado na quinta-feira (6/10), é uma resposta à portaria 668 do Ministério da Educação, que institui grupo de trabalho para a regulamentação de diversos cursos EaD, inclusive de Enfermagem. “O formato EaD não oferece condições adequadas para a formação de um profissional que necessita desenvolver competência e habilidades para uma efetiva interação com pessoas, famílias e grupos da sociedade, em todo o ciclo vital, do nascimento até a morte”, ressalta a USP, ecoando consenso de especialistas. Há unanimidade dos Conselhos Profissionais de Saúde, Conselho Nacional de Saúde, Ministério Público Federal e câmaras técnicas do próprio Ministério da Saúde sobre a necessidade de formação presencial de profissionais de Enfermagem. O Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem liderou mobilização em defesa do ensino presencial e de qualidade na Enfermagem, com realização de audiências públicas em Assembleias Legislativas de todo o Brasil, campanhas de esclarecimento e atuação junto ao Ministério da Educação (MEC) e o Congresso Nacional. A presidente Betânia Santos reafirma a posição do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen). “Os conhecimentos necessários à formação de enfermeiros, técnicos e auxiliares de Enfermagem se processam pelo ensino e assistência, sendo necessário o contato com pacientes e equipamentos de Saúde”, avalia a presidente, que também é professora da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). “É preocupante, também, que o GT instituído pelo Ministério da Educação não tenha incluído representação obrigatória do seguimento acadêmico, que é responsável pela formação de futuros profissionais”, acrescenta.
O que acontece quando a maioria faz uso de uma IA para realizar suas atividades laborais? E, no caso dos estudantes, quando os trabalhos passam a ser produzidos com o apoio de uma IA generativa? Luciano Sathler É PhD em administração pela USP e membro do Conselho Deliberativo do CNPq e do Conselho Estadual de Educação de Minas Gerais As diferentes aplicações de Inteligência Artificial (IA) generativa são capazes de criar novos conteúdos em texto, imagens, áudios, vídeos e códigos para software. Por se tratar de um tipo de tecnologia de uso geral, a IA tende a ser utilizada para remodelar vários setores da economia, com impactos políticos e sociais, assim como aconteceu com a adoção da máquina a vapor, da eletricidade e da informática. Pesquisas recentes demonstram que a IA generativa aumenta a qualidade e a eficiência da produção de atividades típicas dos trabalhadores de colarinho branco, aqueles que exercem funções administrativas e gerenciais nos escritórios. Também traz maior produtividade nas relações de suporte ao cliente, acelera tarefas de programação e aprimora mensagens de persuasão para o marketing. O revólver patenteado pelo americano Samuel Colt, em 1835, ficou conhecido como o "grande equalizador". A facilidade do seu manuseio e a possibilidade de atirar várias vezes sem precisar recarregar a cada disparo foram inovações tecnológicas que ampliaram a possibilidade individual de ter um grande potencial destrutivo em mãos, mesmo para os que tinham menor força física e costumavam levar desvantagem nos conflitos anteriores. À época, ficou famosa a frase: Abraham Lincoln tornou todos os homens livres, mas Samuel Colt os tornou iguais. Não fazemos aqui uma apologia às armas. A alegoria que usamos é apenas para ressaltar a necessidade de investir na formação de pessoas que sejam capazes de usar a IA generativa de forma crítica, criativa e que gerem resultados humanamente enriquecidos. Para não se tornarem vítimas das mudanças que sobrevirão no mundo do trabalho. A IA generativa é um meio viável para equalizar talentos humanos, pois pessoas com menor repertório cultural, científico ou profissional serão capazes de apresentar resultados melhores se souberem fazer bom uso de uma biblioteca de prompts. Novidade e originalidade tornam-se fenômenos raros e mais bem remunerados. A disseminação da IA generativa tende a diminuir a diversidade, reduz a heterogeneidade das respostas e, consequentemente, ameaça a criatividade. Maior padronização tem a ver com a automação do processo. Um resultado que seja interessante, engraçado ou que chama atenção pela qualidade acima da média vai passar a ser algo presente somente a partir daqueles que tiverem capacidade de ir além do que as máquinas são capazes de entregar. No caso dos estudantes, a avaliação da aprendizagem precisa ser rápida e seriamente revista. A utilização da IA generativa extrapola os conceitos usualmente associados ao plágio, pois os produtos são inéditos – ainda que venham de uma bricolagem semântica gerada por algoritmos. Os relatos dos professores é que os resultados melhoram, mas não há convicção de que a aprendizagem realmente aconteceu, com uma tendência à uniformização do que é apresentado pelos discentes. Toda Instituição Educacional terá as suas próprias IAs generativas. Assim como todos os professores e estudantes. Estarão disponíveis nos telefones celulares, computadores e até mesmo nos aparelhos de TV. É um novo conjunto de ferramentas de produtividade. Portanto, o desafio da diferenciação passa a ser ainda mais fundamental diante desse novo "grande equalizador". Se há mantenedores ou investidores sonhando com a completa substituição dos professores por alguma IA já encontramos pesquisas que demonstram que o uso intensivo da Inteligência Artificial leva muitos estudantes a reduzirem suas interações sociais formais ao usar essas ferramentas. As evidências apontam que, embora os chatbots de IA projetados para fornecimento de informações possam estar associados ao desempenho do aluno, quando o suporte social, bem-estar psicológico, solidão e senso de pertencimento são considerados, isso tem um efeito negativo, com impactos piores no sucesso, bem-estar e retenção do estudante. Para não cair na vala comum e correr o risco de ser ameaçado por quem faz uso intensivo da IA será necessário se diferenciar a partir das experiências dentro e fora da sala de aula – online ou presencial; humanizar as relações de ensino-aprendizagem; implementar metodologias que privilegiem o protagonismo dos estudantes e fortaleçam o papel do docente no processo; usar a microcertificação para registrar e ressaltar competências desenvolvidas de forma diferenciada, tanto nas hard quanto soft skills; e, principalmente, estabelecer um vínculo de confiança e suporte ao discente que o acompanhe pela vida afora – ninguém mais pode se dar ao luxo de ter ex-alunos. Atenção: esse artigo foi exclusivamente escrito por um ser humano. O editor, Michael França, pede para que cada participante do espaço "Políticas e Justiça" da Folha sugira uma música aos leitores. Nesse texto, a escolhida por Luciano Sathler foi "O Ateneu" de Milton Nascimento.
Desde o aparecimento do ChatGPT há quase três anos, o impacto das tecnologias de inteligência artificial (IA) na aprendizagem tem sido amplamente debatido. Elas são ferramentas úteis para uma educação personalizada ou portas de entrada para a desonestidade acadêmica? Mais importante ainda, surgiu a preocupação de que o uso da IA leve a uma banalização generalizada, ou seja, ao declínio da capacidade de pensar criticamente. Se usarem ferramentas de IA muito cedo, argumenta-se, alunos podem não desenvolver habilidades básicas para o pensamento crítico e para a resolução de problemas. Será que isso é verdade? De acordo com um estudo recente realizado por cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês), parece que sim. Os pesquisadores afirmam que o uso do ChatGPT para ajudar a escrever redações pode levar a um déficit cognitivo e uma "provável diminuição da capacidade de aprendizagem". Então, o que o estudo descobriu? A DIFERENÇA ENTRE USAR IA E APENAS O CÉREBRO Ao longo de quatro meses, a equipe do MIT pediu a 54 adultos que escrevessem três redações usando o ChatGPT, um mecanismo de busca ou apenas seus próprios cérebros (grupo "apenas cérebro"). A equipe mediu o engajamento cognitivo examinando a atividade elétrica no cérebro e por meio da análise linguística das redações. O engajamento cognitivo daqueles que usaram IA foi significativamente menor em relação ao dos outros dois grupos. Esse grupo também teve mais dificuldade em lembrar citações de suas redações e sentiu um menor senso de propriedade sobre elas. Os participantes então trocaram de papéis para um quarto e último ensaio (o grupo "apenas cérebro" usou IA e vice-versa). O grupo que trocou IA por cérebro teve um desempenho pior e um engajamento apenas ligeiramente melhor do que o outro grupo durante a primeira sessão, e muito abaixo do engajamento do grupo que usou apenas o cérebro na terceira sessão. Os autores afirmam que isso demonstra como o uso prolongado da IA levou os participantes a acumular um déficit cognitivo. Quando finalmente tiveram a oportunidade de usar seus cérebros, eles foram incapazes de replicar o engajamento ou ter um desempenho tão bom quanto os outros dois grupos. Os autores, porém, ressaltam que apenas 18 participantes (seis por condição) completaram a quarta e última sessão. Portanto, as descobertas são preliminares e requerem mais testes. ISSO MOSTRA QUE A IA NOS TORNA MAIS BURROS? Esses resultados não significam necessariamente que os alunos que usaram IA acumularam déficit cognitivo. Em nossa opinião, as conclusões se devem ao desenho específico do estudo. A mudança na conectividade neural do grupo que utilizou apenas o cérebro nas três primeiras sessões foi provavelmente o resultado de uma familiarização com a tarefa do estudo, fenômeno conhecido justamente como efeito de familiarização. À medida que os participantes do estudo repetem a tarefa, eles ficam mais familiarizados e eficientes, e sua estratégia cognitiva se adapta à tarefa. Quando o grupo de IA finalmente conseguiu "usar seus cérebros", por sua vez, seus participantes realizaram a tarefa de escrever a redação sozinhos apenas uma vez. Como resultado, não conseguiram igualar a experiência do outro grupo. Eles alcançaram um engajamento apenas ligeiramente melhor do que o grupo que utilizou apenas o cérebro durante a primeira sessão. Para justificar totalmente as afirmações dos pesquisadores, os participantes do grupo de IA para "apenas cérebro" também precisariam completar três sessões de redação sem a ajuda da IA. Da mesma forma, o fato de o grupo cérebro-para-IA ter usado o ChatGPT de forma mais produtiva e estratégica provavelmente se deve à natureza da quarta tarefa de redação, que exigia escrever um ensaio sobre um dos três tópicos escolhidos anteriormente. Como escrever sem IA exigia um engajamento mais substancial, os participantes deste grupo tinham uma lembrança muito melhor do que haviam escrito no passado. Assim, eles usaram a IA principalmente para pesquisar novas informações e refinar o que haviam escrito anteriormente. AS IMPLICAÇÕES DA IA NA AVALIAÇÃO DE ALUNOS Para entender a situação atual da IA, podemos olhar para trás e ver o que aconteceu quando surgiram as calculadoras eletrônicas. Na década de 1970, seu impacto foi regulado tornando os exames muito mais difíceis. Em vez de fazer cálculos à mão, esperava-se que os alunos usassem calculadoras e dedicassem seus esforços cognitivos a tarefas mais complexas. Na prática, o nível de exigência foi significativamente elevado, o que fez com que os alunos trabalhassem tanto (se não mais) quanto antes da chegada das calculadoras. O desafio com a IA é que, em sua maioria, os educadores não elevaram o nível de exigência de forma a tornar a IA uma parte necessária do processo. Os educadores ainda exigem que os alunos realizem as mesmas tarefas e esperam o mesmo padrão de trabalho de cinco anos atrás. Em tais situações, a IA pode ser prejudicial. Os alunos podem, em sua maioria, transferir o envolvimento crítico com a aprendizagem para a IA, o que resulta em "preguiça metacognitiva". No entanto, assim como aconteceu com as calculadoras, a IA pode e deve nos ajudar a realizar tarefas que antes seriam impossíveis —e ainda assim exigir um engajamento significativo. Por exemplo, podemos pedir aos alunos de pedagogia que usem a IA para produzir um plano de aula detalhado, que será então avaliado quanto à qualidade e solidez pedagógica em um exame oral. No estudo do MIT, os participantes que usaram IA estavam produzindo as "mesmas velhas redações". Eles ajustaram seu engajamento para entregar o padrão de trabalho esperado deles. O mesmo aconteceria se os alunos fossem solicitados a realizar cálculos complexos com ou sem uma calculadora eletrônica. O grupo que fosse obrigado a fazer os cálculos à mão ia suar, enquanto aqueles com calculadoras mal piscariam os olhos. APRENDENDO A USAR A IA As gerações atuais e futuras precisam ser capazes de pensar de forma crítica e criativa e resolver problemas. A IA, no entanto, está mudando o significado dessas coisas. Produzir ensaios com caneta e papel não é mais uma demonstração de capacidade de pensamento crítico, assim como fazer divisões longas não é mais uma demonstração de habilidade matemática. Saber quando, onde e como usar a IA é a chave para o sucesso a longo prazo e o desenvolvimento de habilidades. Priorizar quais tarefas podem ser transferidas para uma IA a fim de reduzir o déficit cognitivo é tão importante quanto entender quais tarefas exigem criatividade e pensamento crítico genuínos.
A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil formalizou nesta quarta-feira (25) a exigência do governo americano para que estudantes que estejam tentando obter um visto mantenham as redes sociais abertas.
Entender os modelos da masculinidade, suas fragilidades e os diferentes papeis do homem dentro da sociedade moderna é o ponto de partida da série: “O que é ser homem? Cartografar as masculinidades” Neste episódio, o psicólogo Pedro Ambra reflete sobre o senso comum de que o papel do homem dentro da sociedade obedece a um padrão físico e de comportamento. Ele faz uma análise histórico social de quando e porquê o mundo criou essa ideia. O que define “ser homem”? Qual o verdadeiro papel da masculinidade em um mundo que está questionando certos tipos de comportamentos?
Entender os modelos da masculinidade, suas fragilidades e os diferentes papeis do homem dentro da sociedade moderna é o ponto de partida da série: “O que é ser homem? Cartografar as masculinidades”. Neste episódio, o sociólogo Túlio Custódio reflete como a imagem de um “homem” foi construída na história do mundo e da sociedade brasileira. As estruturas sociais moldam e sustentam o comportamento dos homens? Quem este homem deveria ser? E quais atributos estão ligados a esse exercício da masculinidade?
No episódio dessa semana, a psicanalista Julieta Jerusalinsky participa da série inédita “Gozai por nós: a inteligência artificial entre nós”. Com a palestra “Por qual janela a criança olha o mundo?”, Julieta reflete sobre o papel das novas tecnologias no aprendizado e no desenvolvimento infantil. Ela aborda os pontos positivos e também os preocupantes dos excessos de telas entre as crianças. Como as transformações tecnológicas influenciam no olhar das novas gerações para a realidade? O que isso representa para um ser que está em formação? Reflita com a gente!
No episódio dessa semana, a psicóloga Tatiana Paranaguá participa da série inédita “Gozai por nós: a inteligência artificial entre nós”. Com a palestra “Like ou delete? O Amor Pode Ser Virtual?”, Tatiana reflete sobre a influência do mundo virtual nas relações amorosas. Com o aumento das interações através das redes sociais e uso de aplicativos de relacionamento, o mundo tem mudado a dinâmica na maneira de se conhecer, estabelecer vínculos e conexão. O amor pode ser virtual? Como este mundo conectado pode ajudar ou atrapalhar as pessoas e suas paixões? Reflita com a gente!
No episódio desta semana, o filósofo Alberto Cupani participa da série inédita “A tecnologia nossa de cada dia: um olhar da filosofia”. Na edição, Cupani analisa como a tecnologia ultrapassa o simples uso de ferramentas. Ela se tornou uma força que intervém na natureza, modifica o ambiente e redefine comportamentos, afetando diretamente a forma como nos relacionamos com o mundo e com nós mesmos. Até que ponto a tecnologia molda quem somos e como vivemos? Reflita com a gente!
O Café Filosófico CPFL é um espaço aberto para reflexão. As falas dos convidados e os comentários do público são de responsabilidade dos respectivos autores e não refletem, necessariamente, a visão do Instituto CPFL ou de seus controladores. Comentários fora do tema proposto e que disseminam discursos de ódio e/ou ataques criminosos serão banidos automaticamente. Fazer dietas restritivas pode levar ao ganho de peso! Sim, ao reduzir o que se come, a resposta natural do corpo à restrição desencadeia uma cascata de adaptações que reduzem o metabolismo e aumentam o apetite. Ao restringir, você passará a pensar mais em comida e a reduzir seu gasto energético, ou seja, se colocará em risco de engordar ainda mais. A dificuldade em manter dietas restritivas não é falta de foco, mas resultado desse processo fisiológico. A longo prazo, isso pode causar uma relação disfuncional com a comida e até transtornos alimentares. Antes de buscar o emagrecimento, é importante refletir sobre os motivos e promover uma relação saudável com o corpo, evitando que padrões prejudiciais sejam transmitidos às crianças e às futuras gerações. Mini Bio: Nutricionista franco-brasileira, doutora pela USP no departamentode Endocrinologia, engenheira agrônoma, pesquisadora em Neurociência do comportamento alimentar, influenciadora, palestrante e autora dos livros “O peso das dietas”, “Os 7 pilares da saúde alimentar” e “Pare de engolir mitos”. Ajuda as pessoas a fazer as pazes com a comida e o corpo, sendo nutricionista pioneira no Brasil da abordagem da terapia nutricional sem dieta restritiva. Desenvolveu o Método Sophie, um método de atendimento sem dieta voltado para todos os profissionais de saúde. Já são mais de 700 profissionais formados pelo Brasil e no exterior.
O Café Filosófico CPFL é um espaço aberto para reflexão. As falas dos convidados e os comentários do público são de responsabilidade dos respectivos autores e não refletem, necessariamente, a visão do Instituto CPFL ou de seus controladores. Comentários fora do tema proposto e que disseminam discursos de ódio e/ou ataques criminosos serão banidos automaticamente. O comer transtornado é marcado pela preocupação excessiva com a alimentação e o corpo que acarreta sofrimento, se desdobrando em quadros de depressão e ansiedade, mas sem necessariamente resultar em um transtorno alimentar. Pesquisas recentes apontam que o comer transtornado afeta cerca de 40% das mulheres entre 14 e 28 anos.*(academias / homens e músculos). A estimativa é que só aumenta nas faixas etárias superiores onde o peso corporal tende a aumentar gradualmente devido às mudanças metabólicas e hormonais, o que nos aproxima também do horror do envelhecimento (Lipovestsky). Nesta fala tenho por objetivo apresentar como a cultura opera para elevar cada vez mais esses números. Vou apresentar questões relativas à indústria da beleza, aos problemas relativos ao nutricionismo (Gyorgy Scrinis) e ao marketing nutricional (Marion Nestle) e ao sentimento de incompetência dos comedores (Claude Fischler), o papel de disseminação das redes sociais e como isso afeta a saúde mental. Mini Bio: Psicanalista, membro de Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae SP, Doutora e Pós-doutora pelo Instituto de Psicologia da USP, coordenadora e professora do curso de Problemáticas Alimentares do Instituto Sedes, coordenadora e supervisora da Rede de estudos e escuta psicanalítica das Problemáticas Alimentares (REEPPA).
O Café Filosófico CPFL é um espaço aberto para reflexão. As falas dos convidados e os comentários do público são de responsabilidade dos respectivos autores e não refletem, necessariamente, a visão do Instituto CPFL ou de seus controladores. Comentários fora do tema proposto e que disseminam discursos de ódio e/ou ataques criminosos serão banidos automaticamente. Lacan chamou de paixões do ser o amor, o ódio e a ignorância. O amor é próprio da condição humana. O experimentamos na medida em que nos deparamos com nossa a falta a ser. O amor opera seus milagres mas também estabelece seus limites e um deles é impedir que vejamos certas coisas, mantendo um certo saber bem longe da consciência, bem recalcado. Quanto maior o amor, maior o recalcamento. Há uma relação muito próxima entre o amor, o recalcamento e a formação de sintomas. Lacan diz que o amor, como paixão do eu, visa a ignorância e o desconhecimento. A nossa condição estrutural nos impulsiona, pela via do amor, a buscar num outro aquilo que nos falta, pensando que irá nos completar. Freud, em Pulsões e seus destinos (1915), diz que se uma relação com um dado objeto for rompida, frequentemente, o ódio surgirá em seu lugar, de modo que temos a impressão de uma transformação do amor em ódio. As paixões derivadas do amor e do ódio são as mais conhecidas, mas a ignorância tem uma íntima relação tanto com o amor quanto com o ódio. O ódio e a ignorância são duas paixões que estão sempre unidas. A paixão da ignorância pode ser tão cruel quando a paixão do ódio, e mais perigosa que o ódio. isso porque a ignorância esconde um prazer obsceno. A transformação pulsional do ódio é o amor ao saber e é por esse caminho que a psicanálise opera, que é uma cura pelo amor baseada na premissa de que o desejo de saber é do amor desejante e o desejo de não saber é da paixão da ignorância. Para Freud, a psicanálise é um tratamento pela via do amor, amor como base de todo laço humano e fundamento da sociedade humana. Freud e Lacan nos deixaram um legado teórico-clínico da ordem de um dever ético para com a palavra, que possibilita interpretar os sintomas da nossa época. Os psicanalistas lacanianos não são indiferentes ao que acontece no mundo, valorizamos o laço e a palavra como únicos recursos para enfrentar a ação destrutiva da pulsão de morte.
Professores da rede estadual de São Paulo que tiverem mais de seis faltas em um mês não justificadas poderão ser impedidos imediatamente de continuar dando aulas. A nova regra vale a partir de agosto para docentes que têm o chamado contrato temporário, mas que são cerca de 52% dos que estão em sala de aula. Até hoje, esses profissionais só poderiam ter seu contrato rescindido no fim do ano letivo. A nova resolução foi publicada nesta sexta-feira, 27, no Diário Oficial do Estado de São Paulo. Além disso, professores que trabalharem em escolas em tempo integral e faltarem também a mais de seis aulas não poderão continuar no próximo ano nessas unidades. Os docentes recebem R$ 2.100 a mais para trabalhar nas escolas integrais.
Letramento digital, educação midiática e competências socioemocionais são apontados como aliados para formação integral de crianças e adolescentes Transitar entre diferentes mundos, presenciais e virtuais, coletivos e individuais, exige um conjunto de habilidades que vão de competências socioemocionais às digitais. Comprometidas em formar estudantes preparados para esses desafios, as escolas têm ampliado olhares e currículos para garantir uma formação mais conectada às demandas atuais. Colégios como Miguel de Cervantes e Visconde de Porto Seguro promovem ações para desenvolver o letramento digital e o uso consciente da internet e das tecnologias digitais. A pesquisa TIC Kids Online Brasil, realizada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), mostrou que a proporção de usuários de internet aumentou, consideravelmente, entre crianças de 0 a 8 anos. A faixa etária de 0 e 2 anos foi a que mais apresentou evolução e saltou de 9% para 44%, no período de 2015 a 2024. Entre 3 e 5 anos, o crescimento foi de 26% para 71%; já entre o público de 6 e 8 anos, os indicadores foram de 41% para 82%, de acordo com o levantamento. Pensando nas consequências desta hiperconectividade, o Porto Seguro criou um programa chamado Academia da Família que abre diálogo com os responsáveis pelos alunos por meio de workshops, encontros e palestras com especialistas para debater temas como saúde mental, bem-estar no ambiente familiar, uso consciente das tecnologias, entre outros. “A troca de boas práticas entre as famílias é um dos grandes ganhos, pois construímos uma rede de apoio mútua. Nosso principal objetivo é sempre intensificar as redes de proteção e apoio às crianças e adolescentes, construindo um espaço de diálogo aberto e seguro”, afirma Meire Nocito, diretora institucional educacional do Colégio Visconde de Porto Seguro. O colégio, ainda, desenvolve ações de letramento digital e cidadania no ambiente online, conduzidas por educadores das áreas de tecnologia e ciências humanas. Nessas atividades, os alunos têm a oportunidade de refletir e debater temas como privacidade, segurança e ética no mundo digital. Famílias mais próximas O Colégio Miguel de Cervantes também tem trazido as famílias para as discussões. O trabalho de educação digital, entretanto, começa com um mapeamento entre os alunos, a partir do 2º ano do Ensino Fundamental, para entender como a internet está sendo utilizada por eles, incluindo quais redes sociais e aplicativos. Com os resultados, as equipes de tecnologia educacional e coordenação pedagógica montam a ação, que inclui palestra e formação sobre cidadania digital envolvendo os responsáveis pelos estudantes. Denise Tonello, orientadora pedagógica do Ensino Fundamental do Cervantes, conta que o trabalho parte da premissa de mostrar às crianças, geração que pode ser até considerada como “nativos digitais”, mas não têm a maturidade para reconhecer que a internet não é um ambiente seguro. “Nas palestras a gente mostra que conversar com pessoas desconhecidas, como eles fazem na internet, é inseguro. Há uma ingenuidade que é das crianças”, conta ela. Já nos encontros com as famílias, a orientação é para que os adultos não permitam que as crianças tenham acesso às redes sociais. “A gente diz para eles que [permitir esse uso] é como abrir a porta de casa e colocar o filho no meio da rua”, compara. Além dessa iniciativa pontual, Denise explica que a educação digital integra a perspectiva global do projeto pedagógico da escola, com orientações e reflexões contínuas. “Se não houver este olhar, perdemos uma boa parte do que entendemos por aprendizagem por meio da convivência e da ética, e isso envolve o ambiente digital.” Educação midiática e educomunicação Outro pilar importante para garantir a formação integral dos estudantes é a educação midiática, que estimula habilidades como o pensamento crítico. Esses assuntos são discutidos em instâncias de escuta e diálogo compostas pela comunidade escolar do Colégio Porto Seguro, como os comitês de alunos, de pais e de professores, onde há troca de ideias que depois são apresentadas para ser incorporadas ao projeto pedagógico da escola e fortalecer a aprendizagem dos alunos. Escuta, protagonismo estudantil e educomunicação também são os destaques do projeto pedagógico da Escola Municipal (EMEF) Paulo Duarte, localizada na Zona Leste de São Paulo. A unidade participa do projeto Imprensa Jovem, que engloba outras escolas da rede municipal que prevê desenvolver competências socioemocionais e a educação midiática. Na Paulo Duarte, os alunos dos anos iniciais e finais do Ensino Fundamental têm aulas semanais de conteúdos como produção de fotografia, vídeo, design com imagens, combate a fake news, além da possibilidade de participar de eventos da cidade fazendo “coberturas jornalísticas”. “O estudante precisa estar atento e crítico ao seu dia a dia, saber discernir o que é certo ou errado, por isso trabalhamos com as competências socioemocionais em todo o momento. Queremos uma geração que saiba lidar com as frustrações, mas seja esperançosa, por isso nosso objetivo é fazer a mediação para que eles sejam autônomos para levar sua voz e ideias para longe”, conta Regina Maria Nara, professora e orientadora de educação digital da EMEF Paulo Duarte. Mais do que saber utilizar as ferramentas digitais e se apropriar de toda a cultura que as cercam, como ética e segurança, é fundamental que crianças e adolescentes tenham oportunidade de desenvolver competências socioemocionais durante sua trajetória escolar. Entretanto, educadores apontam que é mais eficaz trabalhá-las de forma interdisciplinar e transversal dentro do currículo e não somente em oficinas ou atividades isoladas. Habilidades de função executiva, desenvolvidas desde a infância auxiliam os estudantes a se posicionarem e interagirem de forma adequada em múltiplos contextos, sejam eles ambientes físicos ou virtuais, coletivos ou individuais, segundo Kátia Chedid, head de governança educacional da Fundação Bradesco. Entre esses saberes, Kátia destaca o “a capacidade de controlar os impulsos e tomar decisões de forma consciente e deliberada, evitando reações impulsivas e inadequadas; a habilidade de adaptar-se a diferentes situações, perspectivas e demandas; o planejamento e a organização.” “Existem competências que contribuem significativamente para o desenvolvimento de relações saudáveis e equilibradas, como empatia, inteligência emocional, resiliência, pensamento crítico e o conhecimento para utilizar as tecnologias de forma segura, ética e responsável, compreendendo os impactos das ações que são realizadas no online”, diz.
Neste episódio especial, o primeiro inédito de 2025, o filósofo Mário Sérgio Cortella e o psicólogo Rossandro Klinjey refletem sobre a abordagem do livro “As quatro estações da alma: da angústia à esperança” Por que chegamos ao “fundo do poço” e como tiramos forças para sairmos dele? Como nossa criação influencia nas nossas reações ao longo da vida? Da onde tiramos forças para lidar com problemas? Os escritores da obra comentam sobre os diferentes momentos da vida dos seres humanos e a importância de entendermos essas fases.
Entender os modelos da masculinidade, suas fragilidades e os diferentes papeis do homem dentro da sociedade moderna é o ponto de partida da série: “O que é ser homem? Cartografar as masculinidades”. Neste episódio, o cientista social Fábio Mariano da Silva reflete sobre a importância dos próprios homens estudarem a masculinidade e questionarem os padrões sociais que vigoram por tanto tempo. Por que os homens demoraram tanto tempo para discutir “o que é ser homem?” É preciso desconstruir essa imagem imposta pela sociedade?
Entender os modelos da masculinidade, suas fragilidades e os diferentes papeis do homem dentro da sociedade moderna é o ponto de partida da série: “O que é ser homem? Cartografar as masculinidades”. Neste episódio, a antropóloga Isabela Venturoza reflete como as construções de masculinidades dentro da sociedade cooperaram, ao longo da história, para os casos de violência e preconceito contra as mulheres. Quais os caminhos para encontrar mais segurança para mulheres nas relações de afeto? Qual a importância de entender a construção da masculinidade dentro deste cenário? Reflita com a gente!
No episódio dessa semana, o psicanalista e psicólogo, Pedro de Santi participa da série inédita “Gozai por nós: a inteligência artificial entre nós”. Com a palestra “A mente: de um virtual a outro”, Pedro reflete sobre os olhares fascinados e ao mesmo tempo desconfiados do homem sobre os avanços tecnológicos. Reflita com a gente
No episódio dessa semana, o psiquiatra Paulo Dalgalarrondo participa da série inédita “Gozai por nós: a inteligência artificial entre nós”. Com a palestra “Vida hiperconectada: Quem aguenta?”, Paulo reflete sobre as transformações de hábitos e comportamentos com os impactos das novas tecnologias e os avanços da inteligência artificial. Como este mundo conectado pode afetar a nossa forma de sentir, pensar e desejar? Reflita com a gente!
No episódio dessa semana, o médico Carlos Alberto Sacomani participa da série inédita “Gozai por nós: a inteligência artificial entre nós”. Com a palestra “Agora e na hora de nossa morte, click!”, Sacomani reflete sobre a revolução que a Inteligência Artificial tem causado no mundo da medicina. Ela pode ser uma ferramenta muito importante em diagnósticos e atendimentos, mas também precisa ser regulamentada, já que estará interferindo diretamente no tratamento de seres humanos. Até que ponto as IAs podem transformar a relação entre médicos e pacientes? Reflita com a gente!
O Café Filosófico CPFL é um espaço aberto para reflexão. As falas dos convidados e os comentários do público são de responsabilidade dos respectivos autores e não refletem, necessariamente, a visão do Instituto CPFL ou de seus controladores. Comentários fora do tema proposto e que disseminam discursos de ódio e/ou ataques criminosos serão banidos automaticamente. Em uma sociedade de consumo, os alimentos desempenham um papel central na construção das identidades, seja diretamente, por meio dos produtos alimentares, ou indiretamente, pela transformação do corpo em mercadoria. Ambos comunicam valores, funcionam como uma linguagem de signos e servem como instrumentos de diferenciação social. Jean Baudrillard afirmava que o corpo é a principal mercadoria em uma sociedade de consumo, sendo não apenas um objeto, mas também o “meio” de consumo, já que é continuamente moldado, exibido e valorizado como símbolo de status, saúde, juventude e beleza. Claude Fischler, por sua vez, destaca uma peculiaridade dos alimentos: eles são mercadorias corporificadas. O alimento é, ao mesmo tempo, um objeto de consumo e um fator que molda o corpo humano, tornando-o um reflexo direto do que ingerimos. Em outras palavras, somos literalmente o que comemos. Compreender as escolhas alimentares em uma sociedade de consumo é fundamental para analisar como os indivíduos constroem suas identidades, perpetuam desigualdades sociais e se relacionam com um mercado que transforma até o ato de comer em um instrumento de distinção e poder. Mini Bio: Economista e professor universitário, com mestrado e doutorado em Desenvolvimento Econômico pelo Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Atualmente, Palmieri Júnior atua como professor de Economia na Strong Business School, onde também coordena cursos na área. Sua experiência acadêmica abrange temas como Desenvolvimento Econômico, Macroeconomia, Economia do Trabalho e Economia Social. Além de suas atividades docentes, Palmieri Júnior participa de discussões públicas sobre economia e consumo.
O Café Filosófico CPFL é um espaço aberto para reflexão. As falas dos convidados e os comentários do público são de responsabilidade dos respectivos autores e não refletem, necessariamente, a visão do Instituto CPFL ou de seus controladores. Comentários fora do tema proposto e que disseminam discursos de ódio e/ou ataques criminosos serão banidos automaticamente. Compreender que as ideias sobre corpo e alimentação estão profundamente arraigadas em processos colonizadores é crucial para ressignificar nossa relação com a vida. O corpo deve ser visto como parte essencial de quem somos, não como inimigo, enquanto a alimentação, controlada por indústrias e sistemas neoliberais, reflete desigualdades sociais. A saúde, por sua vez, vai além da mera ausência de doença, sendo atravessada por dimensões culturais, sociais e subjetivas. AT patologização de corpos gordos e a fetichização da magreza manifestam violências epistemológicas que ignoram a diversidade das experiências humanas. Descolonizar saberes, questionar modelos científicos hegemônicos e valorizar pluralidades são passos necessários para um pensamento crítico sobre corporalidades, comida e beleza. Movimentos sociais e abordagens transdisciplinares são peças-chave para construir uma ciência mais inclusiva, transformando saúde, corpo e alimentação em pilares de uma sociedade mais justa e igualitária. Mini Bio: Pessoa não binária, filósofa, gorda, artivista e acadêmica, possui doutorado em Estudos de Cultura Contemporânea e realiza pós-doutorado em Psicossociologia pela UFRJ, com pesquisa financiada pelo CNPq sobre saúde e corpos gordos. Atua como professora pesquisadora na PUC Minas, na pós-graduação em Diversidade e Inclusão em Gestão, e na UEL, dentro da linha de Decolonialidades e Comunicação. Líder do Grupo de Estudos Transdisciplinares das Corporalidades Gordas no Brasil (Pesquisa Gorda), Malu combina filosofia e arte com ciência para questionar normas sociais e propor visões decoloniais sobre corporalidades.
O Café Filosófico CPFL é um espaço aberto para reflexão. As falas dos convidados e os comentários do público são de responsabilidade dos respectivos autores e não refletem, necessariamente, a visão do Instituto CPFL ou de seus controladores. Comentários fora do tema proposto e que disseminam discursos de ódio e/ou ataques criminosos serão banidos automaticamente. O que significa ser homem nos dias de hoje? Após refletirem sobre o feminino no livro Coisa de menina? Uma conversa sobre gênero, sexualidade, maternidade e feminismo, Contardo Calligaris e Maria Homem se voltam agora às questões que rondam o masculino, oferecendo uma análise acerca da construção social e histórica da identidade masculina. A obra aborda a complicada relação dos homens com o próprio corpo, explorando aspectos como autocontrole, repressão, misoginia e paternidade. Os autores falam sobre as fantasias masculinas de heroísmo e poder, a dificuldade que o homem tem de lidar com o próprio desejo e com o desejo feminino, além das grandes questões envolvendo amor, sexo e violência. Por meio de uma conversa fluida e provocadora, o livro discute as transformações contemporâneas nas relações de gênero e aponta para a necessidade urgente de repensarmos modelos e comportamentos que definem o papel dos homens e do masculino em nosso século. Maria Homem é psicanalista, pesquisadora do Núcleo Diversitas FFLCH/USP e professora nas áreas de Psicanálise, Cinema, Literatura e Comunicação da FAAP. Tem pós-graduação em Psicanálise e Estética pela Universidade de Paris VIII/Collège International de Philosophie e doutorado pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP. Inscreva-se no canal e clique no sininho para ser notificado das novidades!
O Café Filosófico CPFL é um espaço aberto para reflexão. As falas dos convidados e os comentários do público são de responsabilidade dos respectivos autores e não refletem, necessariamente, a visão do Instituto CPFL ou de seus controladores. Comentários fora do tema proposto e que disseminam discursos de ódio e/ou ataques criminosos serão banidos automaticamente. A exposição começa pela apresentação do luto como paradigma da forma como dispositivo de subjetivação e simbolização genérico, por meios do qual nos humanizamos e nos vinculamos aos outros. O luto é um trabalho que vivemos quando perdemos amores, mudamos de fase na vida, quando nos transformamos em outro. Este trabalho pode ser comparado com a fabricação de um afeto, ou melhor dizendo, a passagem de nossos, afetos em emoções e destas em sentimentos sociais. O percurso do luto progride da tristeza e para a alegria. A tristeza não é angústia da privação do outro, nem o abalo narcísico de ser deixado, mas uma conquista que deve ser vivida integralmente. Depois disso se discute as oposições e falsas oposições entre alegria, como libertação, como bom encontro, como suspensão do trabalho, como prazer e tristeza como paixão triste, como perda do objeto, como redução de potência, como pós-prazer.
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