 Your new post is loading...
 Your new post is loading...
|
Scooped by
Inovação Educacional
September 10, 2024 9:19 AM
|
O que acontece quando a maioria faz uso de uma IA para realizar suas atividades laborais? E, no caso dos estudantes, quando os trabalhos passam a ser produzidos com o apoio de uma IA generativa? Luciano Sathler É PhD em administração pela USP e membro do Conselho Deliberativo do CNPq e do Conselho Estadual de Educação de Minas Gerais As diferentes aplicações de Inteligência Artificial (IA) generativa são capazes de criar novos conteúdos em texto, imagens, áudios, vídeos e códigos para software. Por se tratar de um tipo de tecnologia de uso geral, a IA tende a ser utilizada para remodelar vários setores da economia, com impactos políticos e sociais, assim como aconteceu com a adoção da máquina a vapor, da eletricidade e da informática. Pesquisas recentes demonstram que a IA generativa aumenta a qualidade e a eficiência da produção de atividades típicas dos trabalhadores de colarinho branco, aqueles que exercem funções administrativas e gerenciais nos escritórios. Também traz maior produtividade nas relações de suporte ao cliente, acelera tarefas de programação e aprimora mensagens de persuasão para o marketing. O revólver patenteado pelo americano Samuel Colt, em 1835, ficou conhecido como o "grande equalizador". A facilidade do seu manuseio e a possibilidade de atirar várias vezes sem precisar recarregar a cada disparo foram inovações tecnológicas que ampliaram a possibilidade individual de ter um grande potencial destrutivo em mãos, mesmo para os que tinham menor força física e costumavam levar desvantagem nos conflitos anteriores. À época, ficou famosa a frase: Abraham Lincoln tornou todos os homens livres, mas Samuel Colt os tornou iguais. Não fazemos aqui uma apologia às armas. A alegoria que usamos é apenas para ressaltar a necessidade de investir na formação de pessoas que sejam capazes de usar a IA generativa de forma crítica, criativa e que gerem resultados humanamente enriquecidos. Para não se tornarem vítimas das mudanças que sobrevirão no mundo do trabalho. A IA generativa é um meio viável para equalizar talentos humanos, pois pessoas com menor repertório cultural, científico ou profissional serão capazes de apresentar resultados melhores se souberem fazer bom uso de uma biblioteca de prompts. Novidade e originalidade tornam-se fenômenos raros e mais bem remunerados. A disseminação da IA generativa tende a diminuir a diversidade, reduz a heterogeneidade das respostas e, consequentemente, ameaça a criatividade. Maior padronização tem a ver com a automação do processo. Um resultado que seja interessante, engraçado ou que chama atenção pela qualidade acima da média vai passar a ser algo presente somente a partir daqueles que tiverem capacidade de ir além do que as máquinas são capazes de entregar. No caso dos estudantes, a avaliação da aprendizagem precisa ser rápida e seriamente revista. A utilização da IA generativa extrapola os conceitos usualmente associados ao plágio, pois os produtos são inéditos – ainda que venham de uma bricolagem semântica gerada por algoritmos. Os relatos dos professores é que os resultados melhoram, mas não há convicção de que a aprendizagem realmente aconteceu, com uma tendência à uniformização do que é apresentado pelos discentes. Toda Instituição Educacional terá as suas próprias IAs generativas. Assim como todos os professores e estudantes. Estarão disponíveis nos telefones celulares, computadores e até mesmo nos aparelhos de TV. É um novo conjunto de ferramentas de produtividade. Portanto, o desafio da diferenciação passa a ser ainda mais fundamental diante desse novo "grande equalizador". Se há mantenedores ou investidores sonhando com a completa substituição dos professores por alguma IA já encontramos pesquisas que demonstram que o uso intensivo da Inteligência Artificial leva muitos estudantes a reduzirem suas interações sociais formais ao usar essas ferramentas. As evidências apontam que, embora os chatbots de IA projetados para fornecimento de informações possam estar associados ao desempenho do aluno, quando o suporte social, bem-estar psicológico, solidão e senso de pertencimento são considerados, isso tem um efeito negativo, com impactos piores no sucesso, bem-estar e retenção do estudante. Para não cair na vala comum e correr o risco de ser ameaçado por quem faz uso intensivo da IA será necessário se diferenciar a partir das experiências dentro e fora da sala de aula – online ou presencial; humanizar as relações de ensino-aprendizagem; implementar metodologias que privilegiem o protagonismo dos estudantes e fortaleçam o papel do docente no processo; usar a microcertificação para registrar e ressaltar competências desenvolvidas de forma diferenciada, tanto nas hard quanto soft skills; e, principalmente, estabelecer um vínculo de confiança e suporte ao discente que o acompanhe pela vida afora – ninguém mais pode se dar ao luxo de ter ex-alunos. Atenção: esse artigo foi exclusivamente escrito por um ser humano. O editor, Michael França, pede para que cada participante do espaço "Políticas e Justiça" da Folha sugira uma música aos leitores. Nesse texto, a escolhida por Luciano Sathler foi "O Ateneu" de Milton Nascimento.
|
Scooped by
Inovação Educacional
Today, 2:33 PM
|
A regulamentação dos Polos EaD prevê ainda a possibilidade de parceriais entre instituições desde que uma das instituições de ensino superior seja credenciada exclusivamente para oferta presencial. Neste caso, será preciso formalização de instrumento de parceria. Devem ser atendidas condições como a restrição da parceria da instituição de ensino superior com oferta presencial a apenas uma instituição, não concomitância do uso dos espaços formativos pelos estudantes das instituições parceiras e identificação pública e inequívoca das instituições parceiras.
|
Scooped by
Inovação Educacional
Today, 2:28 PM
|
Objetivo é fomentar diálogo sobre princípios que devem nortear políticas e práticas pedagógicas relacionadas ao uso da inteligência artificial. Evento integra ações da Estratégia Nacional de Escolas Conectadas
|
Scooped by
Inovação Educacional
Today, 2:26 PM
|
In the age of AI, the U.S. education system may find its comparative edge in the global competition by cultivating creative patterns.
|
Scooped by
Inovação Educacional
Today, 2:22 PM
|
Another initiative, Giga, is a collaborative effort between UNICEF and ITU. It aims to bridge the digital divide that leaves millions of children without access to online educational resources. More than 500 million students worldwide lack access to online content, and nearly half of the world’s 6 million schools are not connected. Giga uses AI and machine learning techniques to optimize the planning and delivery of connectivity projects. It aims to create tools and resources that the global community can use.
|
Scooped by
Inovação Educacional
Today, 9:24 AM
|
De acordo com o documento, “os valores registrados nos sistemas próprios de 53 entidades avaliadas são inferiores aos informados no SIAFI, demonstrando uma superavaliação do ativo do Ministério”.
Além disso, a CGU apontou falhas na apuração da depreciação de bens móveis, estimando distorção adicional de R$ 1 bilhão. O relatório afirma que as diferenças “ocasionam reflexo no balanço patrimonial, limitando a transparência pública e o uso dos demonstrativos contábeis acerca da situação patrimonial”.
|
Scooped by
Inovação Educacional
July 15, 10:56 AM
|
Por Isabela Gherson Monteiro, Arquiteta de Soluções AWS; Wembley Carvalho, Arquiteto de Soluções Senior AWS e Gabriel Martini, Arquiteto de Soluções Senior AWS. Entenda como usar Inteligência Artificial Generativa e a tecnologia AWS para corrigir redações manuscritas usando regras de correção customizadas Para o setor educacional, é essencial poder aplicar regularmente provas como método avaliativo […]
|
Scooped by
Inovação Educacional
July 15, 8:20 AM
|
Prompts on this page (but no other content on the site) are licensed under Creative Commons License Attribution 4.0 International This license requires that reusers give credit to the creators (Ethan Mollick and Lilach Mollick). It allows reusers to distribute, remix, adapt, and build upon the material in any medium or format, even for commercial purposes. Use prompts at your own risk, outputs may not be correct.
|
Scooped by
Inovação Educacional
July 14, 5:31 PM
|
Em relatório sobre a portaria, analistas do Itaú BBA reforçaram o entendimento de que a nova política deverá elevar os custos operacionais para as companhias de educação. Na visão do banco, a obrigatoriedade de pós-graduação para os docentes deverá aumentar os gastos com pessoal, embora esse incremento possa ser parcialmente compensado por um avanço do tíquete médio.
|
Scooped by
Inovação Educacional
July 14, 5:20 PM
|
Até 2023, a Engenharia do Petróleo tinha 35 vagas. Em 2024, o modelo de ingresso mudou. Desde então, são oferecidas 65 vagas para a opção Engenharia de Minas/Engenharia de Petróleo. Os alunos cursam quatro semestres em comum e escolhem a especialização ao fim do 2º ano.
|
Scooped by
Inovação Educacional
July 14, 4:19 PM
|
A criatividade é uma das características que nos torna unicamente humanos. Ela permite que os humanos expressem sua individualidade. Ela permite que os humanos expressem uma ampla gama de emoções. Envolve a disposição de considerar novas ideias, experiências e perspectivas. Os indivíduos podem usar a imaginação para pensar em novas ideias, conceitos e cenários.
À medida que a IA, e a IA generativa, continuam a influenciar muitos aspetos das nossas vidas pessoais e profissionais, conseguimos realizar tarefas como escrever, gerar relatórios, criar imagens e apresentações com facilidade. O que antes exigia anos de experiência e certas competências para criar, agora pode ser feito de forma bastante simples com a ajuda da IA.
O poder transformador da IA reside em sua capacidade de desbloquear novos potenciais criativos e ampliar a engenhosidade humana. A criatividade aprimora nossas interações com sistemas de IA, especialmente a IA Gen e a engenharia de ponta. Mas a IA também tem a capacidade de aprimorar a criatividade humana. Ao analisarmos a questão sob ambos os ângulos, fica evidente que a criatividade é uma habilidade interpessoal indispensável na era da IA, impulsionando a inovação e a colaboração.
PROMOVIDO O papel da criatividade na IA generativa A criatividade desempenha um papel crucial na interação eficaz com a IA, particularmente com a IA Genial. O pensamento inovador é essencial para a criação de prompts únicos e eficazes, o que influencia diretamente a qualidade e a relevância dos resultados da IA. Por exemplo, ao usar a IA Genial para criar imagens ou escrever histórias, a especificidade e a criatividade dos prompts podem levar a resultados diversos e atraentes. Em vez de um prompt simples como "crie a imagem de uma árvore", um prompt mais criativo como "Crie uma cena surreal de floresta com árvores brilhantes e criaturas místicas. Crie um clima tranquilo e uma iluminação suave para a cena" pode inspirar a IA a gerar conteúdo e imagens mais imaginativos e envolventes.
A engenharia criativa de prompts levou a alguns resultados notáveis. Obras de arte geradas e assistidas por IA ganharam prêmios e competições . Ferramentas de escrita assistidas por IA estão ajudando autores a desenvolver narrativas únicas, fazer brainstorming de ideias e desenvolver esboços. A IA está ajudando profissionais de marketing a escrever melhores promoções, criar conteúdo publicitário personalizado e postagens em mídias sociais. A IA está ajudando músicos e compositores casuais a criar novas músicas em uma variedade de estilos e gêneros diferentes. A IA está ajudando cineastas e produtores de vídeo a automatizar processos de edição, gerar efeitos especiais e, de modo geral, aprimorar a narrativa visual. Esses exemplos destacam como as contribuições criativas podem aprimorar significativamente os resultados da IA, demonstrando a importância da criatividade na interação com sistemas de IA generativos.
MAIS DO CONSULTOR DA FORBES
Melhores contas poupança de alto rendimento de 2024 Por Kevin Payne , colaborador
As melhores contas poupança com juros de 5% de 2024 Por Cassidy Horton , colaborador Ser mais criativo ajudará você com a IA Generativa Por outro lado, ser mais criativo ajudará você a se sair melhor com IA e estímulos. Cada vez mais, a necessidade e o aprimoramento da criatividade com IA estão sendo compreendidos, como expressado neste episódio do podcast AI Today. A beleza da engenharia de estímulos reside em seu baixo risco de fracasso. Isso o incentiva a abraçar seu lado criativo, experimentar ideias inovadoras e experimentar diferentes padrões e ferramentas de estímulos. Não hesite em testar diferentes abordagens, mesmo aquelas fora da sua zona de conforto.
Estude prompts de sucesso usados por outras pessoas e experimente você mesmo. Promova a criatividade em sua organização compartilhando seus próprios prompts de sucesso. Essa transparência ajuda todos a verem que prompts, padrões de prompts e técnicas funcionam bem em diferentes situações. Inspirar-se em outras pessoas é crucial, pois a criatividade prospera com a diversidade de contribuições. Observar como diferentes prompts são estruturados pode gerar ideias inovadoras e diferentes pontos de vista e maneiras de pensar ou abordar problemas. Explore os diversos recursos dos LLMs, como o upload de arquivos para extrair informações e a exibição dos resultados em tabelas ou outros formatos.
O prompt: receba as maiores notícias da semana sobre IA, as empresas mais comentadas e os avanços mais ousados, na sua caixa de entrada.
Endereço de email Inscrever-se Ao se inscrever, você concorda em receber esta newsletter, outras atualizações sobre a Forbes e as ofertas de suas afiliadas, nossos Termos de Serviço (incluindo a resolução de disputas individualmente por meio de arbitragem) e reconhece nossa Declaração de Privacidade . A Forbes é protegida pelo reCAPTCHA, e a Política de Privacidade e os Termos de Serviço do Google se aplicam. Mais importante ainda, não deixe que o medo ou a intimidação o impeçam. Você pode hesitar em experimentar a engenharia de prompts por medo de erros, julgamentos ou por se sentir ofuscado por colegas mais experientes. Em vez disso, encare cada prompt como uma oportunidade de aprendizado para refinar sua técnica e expandir suas possibilidades. Seja criativo, experimente e considere usar LLMs de maneiras que você talvez não tenha imaginado, como análise de documentos, análise de sentimentos, tradução ou automação de interações rotineiras com clientes.
A sinergia entre a criatividade humana e a IA A criatividade é uma habilidade interpessoal vital que aprimora nossas interações com a IA e é igualmente aprimorada por ferramentas de IA. O aprimoramento mútuo da criatividade e da interação com a IA pode levar a pensamentos inovadores e resultados notáveis. À medida que continuamos a integrar a IA em vários aspectos da vida e do trabalho, desenvolver a criatividade, juntamente com outras habilidades interpessoais, como comunicação e pensamento crítico, é crucial para maximizar o potencial dessas tecnologias poderosas. Ao adotar e cultivar essas habilidades, não apenas nos mantemos à frente em um mundo impulsionado pela IA, mas também liberamos todo o potencial da colaboração entre humanos e IA. Juntas, a criatividade humana e as capacidades da IA podem realmente criar resultados notáveis.
|
Scooped by
Inovação Educacional
July 14, 3:40 PM
|
Ela exige do Brasil investimento público, visão geopolítica e, sobretudo, coragem para desafiar as big techs. Proteção de infraestruturas sensíveis com leis duras e cooperação com o Sul para articular nova política industrial e tecnológica são essenciais
|
Scooped by
Inovação Educacional
July 14, 3:05 PM
|
É a lógica do “aluguel perpétuo”. País investe bilhões para armazenar dados públicos em corporações estrangeiras. Em uma cadeia opaca, intermediários invisíveis impedem auditorias e blindam big techs. Setor educacional é um dos mais capturados
|
|
Scooped by
Inovação Educacional
Today, 2:34 PM
|
A estrutura física dos polos, como são chamados os locais que dão apoio presencial aos estudantes de educação à distância, entrou em debate. Instalados em pequenas cidades, eles costumam ter uma modelagem simples. Algumas vezes, mais de uma instituição divide um único polo com outras que também são EaD — o que o MEC quer proibir. A portaria também estabelece que o corpo docente que atua nos cursos de graduação semipresenciais e a distância deve possuir formação em pós-graduação. Em relação aos mediadores pedagógicos, a normativa exige formação em nível de graduação, preferencialmente com pós-graduação. O documento detalha, ademais, que as avaliações de aprendizagem presenciais não serão consideradas no cômputo da carga horária presencial dos cursos.
|
Scooped by
Inovação Educacional
Today, 2:33 PM
|
Com o Pé-de-Meia Licenciaturas, cursos presenciais que formam professores registraram 9.113 matrículas de estudantes com nota igual ou superior a 650 pontos do Enem. Crescimento geral nesses cursos foi de 21%
|
Scooped by
Inovação Educacional
Today, 2:26 PM
|
Norma do Conselho Nacional da Educação, publicada nesta segunda-feira (14), estabelece carga-horária mínima de 3.600 horas, com presença obrigatória em atividades práticas, de orientação e de supervisão
|
Scooped by
Inovação Educacional
Today, 2:24 PM
|
Como cantora com formação clássica em preparação para uma carreira profissional, Erin Perry consegue ver claramente como a inteligência artificial está revolucionando sua área de atuação — até mesmo na sala de aula. Perry acaba de concluir seu primeiro ano de pós-graduação em performance vocal no Peabody Institute, o prestigiado conservatório de música administrado pela Universidade Johns Hopkins. Tem sido gratificante até agora: ela tem aprendido a navegar no setor da música clássica moderna e confrontado os impactos relevantes da IA generativa, tendo assumido um projeto para estudar o processo movido por grandes gravadoras contra a startup de IA Anthropic, apoiada pela Amazon , que treinou seus modelos com letras de compositores sem permissão ou remuneração.
0:08 / 0:09 A direita se voltou contra duas estrelas cristãs e saudáveis da HGTV por um motivo totalmente previsívelOwen Wilson’s Apple TV+ Show Could Be Great. But There’s a Fundamental Problem. Ler mais
Compreensivelmente, Perry é bastante cética em relação às aplicações artísticas da IA e teme os efeitos abrangentes que ela poderia ter em sua área de atuação, especialmente porque startups de música generativa como Suno e Udio são programadas para replicar artistas e estilos musicais específicos. É por isso que ela não está muito feliz com o fato de sua escola e seus professores estarem incentivando abertamente o uso dessa tecnologia. Uma tarefa em particular realmente tocou Perry: ela foi instruída a escrever uma nota descritiva sobre uma peça clássica para um programa de concerto e, em seguida, pedir ao ChatGPT para fazer o mesmo, comparar e contrastar, e ver se o bot poderia acelerar a tarefa.
“O que descobri foi que tudo o que o ChatGPT retornou sobre a minha peça estava incorreto”, disse Perry. “O compositor estava certo, mas a data de composição e outros fatos sobre a peça eram meias-verdades ou não eram precisos. Então, no meu resumo, pensei: Isso não foi útil e, na verdade, me fez perder tempo .”
ANÚNCIO E, no entanto, Perry se vê em dificuldades diante de um instituto que está pronto para promover o uso da IA em todos os lugares, independentemente da área. Ela me encaminhou um e-mail da administração da universidade, enviado a todo o campus em 28 de maio, anunciando "o lançamento iminente da plataforma de IA própria da Johns Hopkins", conhecida como Hopkins AI Lab , juntamente com "novas ferramentas e recursos para ajudar nossa comunidade a aplicar tecnologias GenAI emergentes em suas diversas funções, para promover a pesquisa e o ensino".
“Me irrita muito que nos ensinem a nos defender e a defender o que queremos e precisamos como artistas, a não nos subestimarmos — e depois nos dizem que precisamos usar ferramentas, ou que é benéfico usar ferramentas, que podem acabar nos privando de parte do trabalho”, Perry me disse, animada. “Me dói dizer isso, porque adoro ir para Peabody e gosto muito da minha experiência lá, mas, no geral, a Johns Hopkins é meio sem coragem.”
Alunos que pensam como Perry podem parecer uma anomalia. A julgar pelos exemplos mais recentes de reportagens educacionais catastróficas, alunos de todas as idades já recorreram à IA generativa para praticamente tudo: escrever redações, fazer pesquisas e até colar em provas de matemática em sala de aula . Isso está cansando os professores. Está desgastando a confiança implícita que os professores têm em seus alunos. Chegou ao ponto em que o tráfego do ChatGPT aumenta consideravelmente sempre que o ano letivo começa para valer.
ANÚNCIO Ainda assim, apesar de todo o investimento em IA em salas de aula e de toda a preocupação com as crianças de hoje, cujas funções de pensamento crítico e atividade cerebral em geral podem estar atrofiadas devido à dependência excessiva do ChatGPT, tem havido muito menos atenção pública nos alunos que não querem ter IA incorporada à sua educação — que desejam aproveitar ao máximo sua educação e, por princípio, dizem não à tecnologia. Alunos como Erin Perry.
Os alunos dissidentes da IA mais frequentemente abordados na mídia são aqueles com queixas circunstanciais. Alguns protestam contra o fato de seus instrutores agora estarem usando IA generativa para acelerar tarefas como correção e planejamento de aulas, muitas vezes sem avisar as crianças . Outros estão bem cientes de que seus educadores estão recorrendo a "detectores de texto de IA" notoriamente não confiáveis, como o TurnItIn, então eles estão usando tudo o que podem (gravação de tela, pressionamentos de tecla, carimbos de data/hora de edição do Google Docs) para garantir que suas tarefas não sejam confundidas com desleixo generativo. No nível universitário, há muitos matriculados que se ressentem de pagar tanto em mensalidades apenas para ter um professor dando a eles feedback gerado por IA . Ou eles podem ser estudantes de pós-graduação esperando entrar na academia pelo caminho tradicional de auxiliar um professor titular - apenas para descobrir que o referido professor está automatizando muitas de suas tarefas típicas via ChatGPT.
ANÚNCIO Essas preocupações são muito reais; Deus sabe, eu não gostaria de ter lidado com nada disso no ensino médio ou na faculdade. Mesmo assim, tenho me perguntado: há alunos evitando o uso da IA, não apenas por necessidade prática, mas por algo mais profundo — uma sensação de que sua educação não deve ser um exercício de velocidade com resultados preditivos? Ou que compartilham as preocupações de muitos profissionais com a enorme quantidade de material protegido por direitos autorais usado para treinar grandes modelos de linguagem, o impacto climático e ambiental do processo de treinamento e o fato de a ciência ainda não ter quantificado completamente os impactos de toda a tecnologia deste século (mídias sociais, telas infinitas, incentivos algorítmicos) em nossa juventude?
Sabrina Rosenstock, aluna de graduação em cinema, televisão e mídia na Universidade de Michigan, tem três objeções principais à tecnologia: os altos custos de energia envolvidos no treinamento e execução da IA, a grande saturação dela em suas aulas e a falta de cautela no entusiasmo em torno da tecnologia.
“No outono, fiz um curso introdutório de programação. Estávamos aprendendo Python e executando e testando linhas no Gemini Code Assist do Google”, disse ela. “Ele me fazia uma pergunta, eu preenchia uma lacuna e então ele preenchia automaticamente o resto da linha. Eu não estava aprendendo nada.” Quando ela tentou desativar o preenchimento automático para poder praticar um pouco, Rosenstock descobriu que a opção de desativá-lo estava enterrada nas configurações do Gemini — uma tendência irritante, mas típica quando se trata do software de IA do Google. “E nosso instrutor de pós-graduação era muito negligente com isso. Você podia usá-lo para responder a uma pergunta inteira”, acrescentou Rosenstock. “Eles não nos disseram para não usá-lo com muita frequência, o que foi muito estranho para mim.”
ANÚNCIO Talvez não seja muito surpreendente que uma aula de codificação tenha incorporado a IA tão profundamente, considerando o quanto as ferramentas generativas revolucionaram o campo da engenharia de software . Mas a atitude supostamente "relaxada" da instrutora de Rosenstock poderia, segundo ela, também ser encontrada nas aulas mais criativas que fazem parte do programa de Rosenstock. "Em uma aula de roteiro que tive no semestre passado, todos os dias trabalhávamos em grupos e fazíamos qualquer exercício de escrita que tivéssemos naquele dia", disse ela. "Um dia, o professor nos incentivou a usar IA para criar premissas ou ideias para uma história. Lembro-me de me virar para o meu grupo e dizer: 'Acho que não precisamos fazer isso. Poderíamos criar isso sozinhos.'"
Notavelmente, os sentimentos de Rosenstock podem estar se espalhando entre jovens estudantes de cinema: no mês passado, o Ankler publicou um relatório sobre a crescente reação anti-IA por parte de alunos de prestigiosas academias de cinema na Califórnia. "É como se estivéssemos literalmente em uma aula de roteiro tentando estimular a criatividade uns dos outros", explicou Rosenstock. "Por que nosso professor está nos incentivando a usar IA para isso?"
Kate Ridgewell, aluna do primeiro ano de mestrado em Biblioteconomia e Ciências da Informação na Universidade da Califórnia, em Los Angeles, também evita o uso de IA pelo motivo mencionado por Rosenstock: os impactos ambientais. Mas, como especialista em arquivologia, ela me disse que também se preocupa com "a quantidade de alucinações" geradas por bots generativos e "os vieses extremos envolvidos" no processo de treinamento — dados de origem distorcidos em direção a certas perspectivas ideológicas e representativos principalmente de grupos demográficos específicos .
ANÚNCIO No entanto, Ridgewell disse que, em suas conversas com outros profissionais da área, muitos de seus colegas equilibram suas dúvidas compartilhadas com uma sensação resignada de que esse assunto veio para ficar . "Tenho analisado descrições de cargos para me preparar para entrar na área, e a IA é muito mencionada", acrescentou. "Muitos repositórios de arquivos agora estão transferindo o processo de descrição para a IA, e então é nossa responsabilidade garantir que o robô não tenha errado. Mas não queremos ser babás da IA, especialmente em um momento em que é tão difícil ensinar alfabetização informacional e digital."
É ainda mais difícil ensinar tal alfabetização e pensamento crítico em uma época em que a conveniência da IA está tão disponível. "Todo mundo pensa: ' Minha carga de trabalho é mais fácil... '. É assustador quando essa é a única coisa levada em consideração", disse Ridgewell. E essa tendência certamente não diminuiu: na UCLA, onde trabalha como assistente de pesquisa em biblioteca, Ridgewell precisa atender a solicitações de alunos de graduação que tentam encontrar uma fonte para seu artigo que, logo descobrem, não existe — porque foi uma alucinação de um chatbot.
|
Scooped by
Inovação Educacional
Today, 2:20 PM
|
Presidente do Instituto IDados, o professor João Batista Oliveira acredita que o projeto é inconstitucional por violar o pacto federativo e o artigo 211 da Constituição, que prevê competências concorrentes entre União, estados e municípios, sem subordinação.
Segundo ele, o projeto dificulta as decisões técnicas, além de diluir as responsabilidades e fragilizar a accountability – ou seja, a prestação de contas à sociedade. Na avaliação do professor, a proposta também atrasa a execução orçamentária e aumenta a burocracia.
Vinicius Loures / Câmara dos Deputados
Nelson Amaral: sistema de educação deve estar vinculado a maior aporte de recursos João Batista critica especialmente a ideia de formar comissões tripartites nacionais (com participação de União, estados e municípios) para pactuação e cooperação entre os entes federados sobre a gestão do sistema. Conforme o texto aprovado no Senado, o mandato de representante nas comissões é de três anos, com uma recondução.
“A ideia de instâncias tripartites, participação de não eleitos, no meu modo de ver, viola a Constituição, reduz o poder do voto, complica o que já não é simples, dilui responsabilidades e o mais grave de tudo: em nada vai ajudar a melhorar a educação”, declarou.
|
Scooped by
Inovação Educacional
Today, 6:55 AM
|
O que está acontecendo não é apenas um ajuste de pessoal ou uma reação pontual à economia. É o início de uma transformação estrutural no mercado de trabalho, puxada por algoritmos de inteligência artificial que estão assumindo funções tradicionalmente humanas. A Microsoft é só um exemplo. Meta, Amazon, Google e outras gigantes seguem o mesmo caminho. A Meta cortou 5% de sua equipe no início do ano. A Amazon demitiu 14 mil gerentes — não operadores, não atendentes: gerentes. Há uma lógica fria por trás disso. Os algoritmos não ficam doentes, não pedem aumento, não erram por cansaço. Eles aprendem, otimizam, e se tornam melhores com o tempo. O que era restrito a tarefas repetitivas agora chegou à estratégia, à criação, à gestão. A inteligência artificial não é mais um copiloto. Em muitos casos, está se tornando o piloto principal.
|
Scooped by
Inovação Educacional
July 15, 10:55 AM
|
Por Christiano Grillo Justus, Head de Engenharia e Arquitetura da Positivo Tecnologia; Carlos Marangon, Líder Técnico e Embaixador AWS na Nextios e Rafael Almeida, Arquiteto de Soluções na AWS. A Positivo Tecnologia A Positivo Tecnologia, fundada em 1989 em uma sala de aula, é uma empresa brasileira pioneira no desenvolvimento de soluções tecnológicas para o […]
|
Scooped by
Inovação Educacional
July 15, 6:43 AM
|
WCET has developed an AI policy and practice framework to help institutions identify the policy areas that they need to address and develop policies and guidelines for those areas.
|
Scooped by
Inovação Educacional
July 14, 5:21 PM
|
Após a derrubada do muro, será iniciada a recuperação da área com o plantio de espécies que retomam o passado natural da várzea do rio Pinheiros. “O resultado será uma faixa de vegetação junto à Marginal Pinheiros que vai oferecer vários serviços socioambientais ao município de São Paulo, como retenção de carbono, e servir como um corredor para a fauna, em especial para pássaros”, diz o vice-prefeito do campus Capital-Butantã, Wagner Costa Ribeiro.
|
Scooped by
Inovação Educacional
July 14, 5:06 PM
|
Diversos países buscaram quebrar essa lógica por meio de:
Políticas de conteúdo local: exigência de compras domésticas e contratação de mão de obra nacional. Investimentos em refino e beneficiamento: industrialização a jusante (refino de petróleo, siderurgia, lapidação de pedras preciosas). Fundos soberanos e redistribuição de renda: para suavizar ciclos e financiar bens públicos. Encadeamentos produtivos e clusters industriais: estímulo ao desenvolvimento de fornecedores e cadeias ao redor da extração. Em suma, a economia dos enclaves é uma forma concentrada e limitada de crescimento, que pode gerar riqueza mas não necessariamente desenvolvimento. A chave está em transformar esses enclaves em alavancas para uma economia mais integrada, complexa e inclusiva.
|
Scooped by
Inovação Educacional
July 14, 3:53 PM
|
É sobre isso que quero falar neste texto. Venho investigando há anos as transformações radicais da tecnologia sobre a sociedade. Venho me debruçando sobre o conceito de metaintermediários algorítmicos justamente para nomear esse fenômeno: sistemas invisíveis que se interpõem entre nós e o mundo, mas não apenas nos conectam — eles escolhem. Eles moldam nossos desejos, antecipam nossas decisões e redesenham nossa liberdade sem pedir permissão.
Compreender como essas tecnologias funcionam não é apenas um exercício teórico: é uma necessidade democrática. Nomear o que nos captura é o primeiro passo para resistir. Porque, no fim, disputar a técnica é disputar a própria vida.
|
Scooped by
Inovação Educacional
July 14, 3:40 PM
|
Responsabilizar plataformas por conteúdos ilegais é tarefa urgente – e o STF deu um grande passo. Porém, ao dar amplo poder para elas removerem conteúdos, pode criar ambiente de censura seletiva feita por corporações já coniventes com a extrema direita
|
Scooped by
Inovação Educacional
July 14, 1:09 PM
|
Novas regras tratam da formação acadêmica, atribuições do corpo docente e dos mediadores pedagógicos, avaliações de aprendizagem, materiais didáticos e plataformas digitais, além da criação e funcionamento de polos EaD
|