René de Paula Jr é profissional de internet há 15 anos. Sua carreira inclui grandes agências (Almap, Wunderman, AgênciaClick) e grandes empresas de tecnologi..

Ótimas perguntas que instigam reflexões e outras questões!!

Destacaria a fala de que "adotamos a tecnologia a nossa imagem e semelhança": percebo que é meio assim 'mas', ao usá-las somos afetos pelos muitos Outros, advindos de diferentes culturas e que as adotam a seus modos e com os quais nos 'encontramos', mediados pelas tecnologias. Nas interações, os muitos Outros inferem [ou não?] nas nossas visões de mundo, instigando novos e diferentes olhares, savoir-faires e savoir-vivres.
A partir dos eventos-encontros de sentidos, a adoção das tecnologias passa a um estado de 'estar sendo' continuum, e acredoto que nos caminhos da invisibilidade, como inerentes ao ser humano no mundo, pois a mudança civilizatória, a mim, parece um caminho sem volta.

O que fala sobre o facebook decidir o que devemos ver, a mim, é fato e muito complicado.

Durante esta atividade sobre grupos no facebook, circulou um documento para os usuários 'votarem' sobre as políticas de privacidade desejadas. Seria uma ação democrática de respeito e consideração a nós, usuários, se tivesse mais ações em divulgação com esclarecimento das implicações. Incluso, a escuta e socialização dos inúmeros ativistas que empreenderam alertar para o alargamento dos riscos potenciais que estaríamos e agora, estamos expostos, enquanto 'produtos' .
O número de votos contrários as mudanças foi insuficiente. Pelas regras estabelecidas pelo facebook, não conseguimos nos fazer contraponto.

Busco apreender as pessoas e o mundo pelos mais diferentes mecanismos de buscas. Para além disso, empreendo tecer cotidianamente *redes de pessoas*, visando avançar da superficialidade do belo mundo cor-de-rosa, onde somos uns 'musts' e tudo é possível. Conhecendo as pessoas - dentro do possível e/ou, no que desvelam de essência, e são poucos que se mostram e por vários motivos, onde está a própria desconfiança com pessoas ''desconhecidas''.
Faz sentido mas é possível ir além dos 'escudos' e chegar as pessoas, quando se desarmam e nos permitem conhecê-las.
Dizem que a ocorrência é mais frequente no virtual mas 'suspeito' que não seja bem assim .. O fato de estarmos frente a frente com um ente encarnado, faz com que mais sentidos o percebam, podendo trazer a sensação de uma 'proximidade' literal mas com poucos ou mesmo 'desprovidos' de sentidos e significados. Acontece de não estarmos onde estamos ou não?!
Via Paula Ugalde