Nos últimos meses, tem havido alguns progressos, especialmente nas discussões de ter uma medida de crescimento que vá além do PIB - de medir o crescimento apenas da forma tradicional, na qual, se produzimos mais, crescemos mesmo se estivermos prejudicando o ambiente ou esgotando os recursos naturais. Isso é interessante porque se tivermos uma forma de medir o crescimento real mais orientada para o futuro, levando em conta os danos ao ambiente, isso vai contribuir com a mudança de paradigma. Mas não podemos nos enganar. Para fazer da Rio+20 um sucesso, o resultado da conferência tem de ser algo voltado para as pessoas nas favelas brasileiras, em uma vila na África ou para quem esteja lutando contra a pobreza em um país asiático. Tem de ser algo que leve a um progresso tangível para as pessoas. Temos muito trabalho pela frente para que a Rio+20 não termine com um monte de declarações que soem bem, mas que não levem a isso.