Metaglossia: The Translation World
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Trabalhadores "invisíveis" ao serviço da cultura

No final da semana passada, de 6 a 8 de setembro, teve lugar em Moscou o II congresso de Tradutores Literários.

No final da semana passada, de 6 a 8 de setembro, teve lugar em Moscou o II congresso de Tradutores Literários. É um evento organizado pelo Instituto russo de Tradução, cuja missão é o fomento das relações internacionais culturais na área da literatura, e pela Biblioteca Nacional de Literatura Estrangeira de Moscou, onde foi realizado.
O Congresso é parte do programa Outono com Livros, iniciativa da Agência Federal de Comunicações, que patrocina também a Feira do Livro de Moscou e outros eventos.

Tradutores de russo de mais de 30 países reuniram-se para discutir as questões da tradução e os caminhos que a literatura russa está percorrendo no mundo. Foram discutidos os temas mais diversos, da tradução de obras de presos políticos no Gulag até à formação de tradutores e intérpretes, da pesquisa teórica sobre métodos de tradução literária até à história de amor pela língua russa do escritor D.H. Lawrence.

O primeiro Congresso foi um sucesso, segundo os organizadores, sendo a primeira iniciativa do gênero no mundo. O fórum, bienal, é dedicado ao intercâmbio de experiência profissional e pesquisas teóricas e práticas na área da tradução como arte, profissão e ciência.

“Um bom tradutor é sempre uma pessoa invisível”, - destacou o tradutor russo Alexander Livergant sobre um dos paradoxos deste trabalho durante o seu depoimento na sessão plenária na abertura do Congresso. E frisou: “Quanto maior é a presença do tradutor no texto traduzido, pior.É uma profissão humilde”. O paradoxo está em que o tradutor tem sempre que assumir também uma parte das funções do autor, já que há noções em uma língua que não possuem análogos noutra. E a própria possibilidade de tradução, como disseram vários participantes do congresso, é um paradoxo também.

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