"Aos 21 anos estava cursando licenciatura em Matemática na Faculdade Nacional de Filosofia, Ciências e Letras da antiga Universidade do Brasil (hoje UFRJ). Queria ser professora de matemática de curso secundário, como a minha mãe, que despertou em mim o gosto por esta disciplina quando eu ainda era criança e disputava com seus alunos a resolução de problemas que ela selecionava dos livros do Ary Quintela. Tudo ia bem até que, ao se aproximar o fim do curso, as conversas com os colegas sobre as possibilidades de profissão que a licenciatura proporcionava me fizeram despertar para uma realidade pouco animadora. Parecia que todo aquele conhecimento que adquirira na faculdade estaria fadado ao esquecimento, visto que deveria ensinar somente o que aprendera no curso secundário. Era angustiante imaginar parar de estudar e não ter mais o desafio de resolver problemas novos de matemática! Foi aí então que, através de uma palestra proferida a convite de nossa turma pelo professor Lindolpho de Carvalho Dias sobre a carreira de matemático, tomei conhecimento de que existia o Impa (Instituto de Matemática Pura e Aplicada), do qual o professor Lindolpho era diretor, e que formava mestres e doutores em Matemática. Um mundo novo, no qual eu parecia me encaixar bem, estava abrindo suas portas para mim. Quando terminei a graduação, ingressei no Impa e fiz os cursos de iniciação científica para complementar o meu curso de licenciatura, e logo depois fui aceita no mestrado em Matemática, sob a orientação do professor Elon Lages Lima, notável, entre outros méritos, por sua excelente e numerosa obra bibliográfica matemática de penetração em todos os níveis, incluindo a pesquisa.
Todos os aspectos que envolvem a rotina da criança e seu ambiente escolar devem ser avaliados por profissionais especializados. Estudantes com altas habilidades, avançados na trajetória escolar ou não, devem ser acompanhados por essa equipe, especialmente quem deu um salto entre as séries. Mas, de fato, a prática é pouco realizada. Ainda há desconhecimento sobre os benefícios dessa alternativa para os alunos e a legislação que apoia a prática é falha. Essas constatações estão em uma tese de doutorado defendida este ano na Universidade de Brasília (UnB). Apesar de comuns fora do Brasil, os estudos sobre o efeito da aceleração na vida de crianças superdotadas são raros no País. A pesquisa da pedagoga Renata Rodrigues Maia-Pinto, intitulada “Aceleração de ensino na educação infantil: percepção de alunos superdotados, mães e professores”, analisa resultados pela primeira vez no Brasil, ela conta.
Ativistas do movimento negro dizem que o projeto de criação de cotas na USP, Unesp e Unicamp será contestado na Justiça se parte dos cotistas for obrigada a fazer um curso de formação geral antes do ingresso na universidade. Revelado pelo Estado, o plano foi elaborado pelos reitores a pedido do governador Geraldo Alckmin, como reação à Lei de Cotas federal. A ideia é reservar 50% das vagas para quem cursou todo o ensino médio em escolas públicas. Dessas, metade será para alunos com renda familiar até 1,5 salário mínimo por pessoa; e 35% para pretos, pardos e índios. O restante vai para os demais egressos da rede pública, independentemente da renda. A estimativa é de que 40% dos cotistas farão um curso a distância de dois anos da Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp). Eles garantiriam vaga na USP, Unesp ou Unicamp caso atingissem uma média ainda a ser definida pelas instituições. Para o advogado Silvio Luiz de Almeida, ligado à Frente Estadual Pró-Cotas, mandar parte dos cotistas para o curso semipresencial é inconstitucional. "O governo fará uma discriminação negativa, tornando mais cruel a situação de uma minoria", diz. "Se o projeto for aprovado, os movimentos sociais vão aos tribunais."
Ao propagar um tempo novo para São Paulo, o plano de governo de Fernando Haddad destaca a implementação de um novo modelo de desenvolvimento urbano, apoiado em uma estrutura policêntrica que induza o desenvolvimento econômico e a geração de emprego. Assim, gostaria de contribuir para o diálogo sobre o papel estratégico da educação de modo que a gestão da cidade expresse articulação entre educação, desenvolvimento econômico e sustentabilidade. Como muitos educadores, tenho a satisfação de ter como prefeito um político ligado à área da educação. A educação pode apontar novos percursos transformadores nessa concepção de uma estrutura policêntrica, que busca construir uma cidade mais justa e que valoriza sua diversidade cultural. No contexto socioeconômico globalizado, São Paulo apresenta as diversas contradições de uma metrópole emergente, sendo ao mesmo tempo tão rica, desigual e violenta. Diante dessas diversas realidades numa mesma cidade, será de fundamental importância no plano de governo de Haddad o estabelecimento de um diálogo com as instituições e representações das diferentes regiões da cidade, como já explicita sua proposta. Há um consenso vocalizado pelos mais diversos atores sociais por uma necessária e urgente mudança no modelo de desenvolvimento para São Paulo. Pensar transformações para a cidade pressupõe uma reflexão acerca dos valores que embasam uma proposta de governo participativa e modernizadora. A racionalidade avaliativa que predomina nas políticas públicas ganha dimensão ao explicitarem-se os valores que embasam essas políticas. Avaliações quantitativas são, sem dúvida, ferramentas importantes para implementação e controle das políticas, mas os valores são igualmente estratégicos para o engajamento das pessoas.
Se é verdade que um bom planejamento evita problemas posteriores, certamente a primeira semana do ano é a mais importante para qualquer escola: é quando os gestores e a equipe pedagógica se reúnem para projetar os próximos 200 dias letivos e fazer a revisão do Projeto Político Pedagógico (PPP) - o documento que marca a identidade da escola e indica os caminhos para que os objetivos educacionais sejam atingidos. É o momento de integrar os professores que estão chegando, colocando-os em contato com o jeito de trabalhar do grupo, e, claro, mostrar os dados da escola para todos os docentes, além de apresentar as informações sobre as turmas para as quais cada um vai lecionar. Antes de produzir esta reportagem, perguntamos a diretores e coordenadores pedagógicos, em nosso site, quais as principais dúvidas em relação à semana de planejamento. Recebemos 45 mensagens, questionando desde como organizar os encontros (e quem deve participar deles) até incertezas sobre os temas a debater. Para ajudar esses e outros leitores, sugerimos um cronograma para cinco dias de planejamento, com indicações sobre o que fazer em cada um deles e ideias práticas para conduzir os trabalhos.
O que faz uma escola ser bem-sucedida? Como uma escola estadual do interior de Santa Catarina conseguiu dobrar de um ano para o outro a jornada de todos os alunos de2ª, 3ª e 4ª sériescom sucesso? Qual a receita de uma escola particular criada há 40 anos na capital de São Paulo para permanecer atual a ponto de ser considerada um centro de referência? Embora atuando em regiões diferentes e seguindo modelos educacionais distintos, ambas atribuem os bons resultados à mesma razão: a proposta pedagógica, construída coletivamente e concretizada num bom planejamento. A proposta pedagógica é a identidade da escola: estabelece as diretrizes básicas e a linha de ensino e de atuação na comunidade. Ela formaliza um compromisso assumido por professores, funcionários, representantes de pais e alunos e líderes comunitários em torno do mesmo projeto educacional. O planejamento é o plano de ação que, em um determinado período, vai levar a escola a atingir suas metas. Do planejamento, depois, sairão os planos de aula, adaptados ao cotidiano em classe.
"É na escola que se estabelecem interações cotidianas por longos períodos entre pessoas de credos, costumes, culturas e origens muito distintas, por isso a instituição não pode se furtar ao papel de educadora da igualdade", declara a pedagoga Lucimar Rosa Dias, professora da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul e autora do livro "Cada Um É de Um Jeito, Cada Jeito É de Um" (Editora Alvorada). A busca por escolas que tenham projetos que tratem da diversidade em seus currículos –e que discutam abertamente o preconceito– também é uma maneira de promover a aceitação dentro de casa. Uma escola omissa contribui para aumentar o preconceito no pensamento infantil. "Temos uma lei que fará dez anos em 2013 (lei 10.639, de 2003), que incluiu a história e a cultura afro-brasileira e indígena na educação básica, mas muitas escolas nada fazem para mudar o currículo e deixá-lo mais plural e menos preconceituoso", afirma Lucimar. Segundo a pedagoga, para combater o preconceito, a escola deveria trabalhar a orientação sexual identificando e antecipando questões entre os alunos, evitar as divisões de ações entre "coisas de meninos e de meninas" e fazer com que seus professores explicitassem, e tratassem com equilíbrio, a diversidade étnico-racial, utilizando materiais didáticos adequados.
Embora as críticas ao novo Plano Nacional de Educação estejam ligadas ao aumento de gastos previsto, maior problema são as estratégias para inserir o país na economia do conhecimento. Artigo da CH defende que nossas deficiências educacionais exigem ação imediata e mais investimento. Em plena economia do conhecimento e no olho do furacão dos mercados globais, a educação é crucial em qualquer estratégia de desenvolvimento, seja este entendido como ampliação dos horizontes de realização humana, elevação do patamar civilizatório, elemento enriquecedor das democracias ou – sob a ótica pecuniária – como PIB per capita. No entanto, a despeito de defi ciências antigas e urgências novas, o ritmo da atenção governamental ao problema mantém-se inabalável, o que pode ser facilmente constatado pelos gastos na educação em relação ao PIB, praticamente constantes desde os anos 1990. Não há pressa, não há urgência. Acompanhando a inércia, não se testemunha nenhuma ‘revolução na educação’. Enquanto evoluímos lentamente, nossa distância em relação aos países desenvolvidos só abisma.
O Conselho Universitário (Consun) da PUC-SP decidiu em reunião nesta quarta-feira, 12, suspender a homologação da lista tríplice dos candidatos à reitoria, invalidando assim a escolha de Anna Cintra para o cargo de reitora da instituição. O conselho decidiu também pela indicação do professor Marcos Masetto à presidência do Consun e a sua indicação para o cargo de reitor pro tempere. O grupo se coloca ainda em caráter de assembleia permanente, sinalizando assim uma abertura ao diálogo com a Fundação São Paulo, entidade mantenedora da universidade. A decisão do Consun foi tomada por 21 dos 22 conselheiros presentes no encontro desta quarta. Uma funcionária da instituição preferiu se abster da votação. O encontro foi realizado por determinação do Tribunal de Justiça de São Paulo, que nesta terça-feira, 11, emitiu uma liminar mantendo a decisão anterior do conselho. "Tínhamos a legitimidade do movimento, agora temos a legalidade do nosso lado", afirmou o estudante Lucas Espinoza, um dos autores do recurso que contestava a legitimidade da nomeação da docente.
A transição do Ensino Fundamental para o Médio – última fase da educação básica – é uma época acompanhada de escolhas e adaptações que vão de novas disciplinas curriculares até, muitas vezes, a adoção de uma nova escola. Período marcado por alto índice de evasão escolar, o ensino médio normalmente acontece concomitante a outras mudanças na vida do estudante como, por exemplo, a necessidade de geração de renda, além de decisões sobre a educação profissional, ou a carreira a ser seguida na universidade. Pensando neste período específico da formação do estudante, o Centro Integrado de Estudos e Programas de Desenvolvimento Sustentável (Cieds) preparou a cartilha educativa “Guia de Oportunidades Escolares – Pontes para o Futuro”. Disponível para consulta online, a publicação reúne dicas e sugestões de escolas para o Ensino Médio carioca, priorizando escolas da Rede Estadual, Federal e Privada do município do Rio de Janeiro, que recebem alunos por processo seletivo e apresentam bons resultados no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O objetivo auxiliar no momento de transição entre etapas de ensino e contribuir para que a permanência do jovem na escola seja cada vez mais qualificada. Além disso, o material foca também no interesse do estudante desta faixa etária pelo mundo do trabalho, com informações úteis a respeito de cursos profissionalizantes.
O órgão será uma espécie de agência reguladora da educação superior privada, com poder de autorizar a criação de cursos A prévia do relatório do projeto de lei do governo federal que cria o Instituto Nacional de Supervisão e Avaliação da Educação Superior (Inases) ameniza o caráter punitivo da autarquia. O texto apresentado ontem na Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados pelo relator da matéria, deputado Waldenor Pereira (PT-BA), busca equilibrar o impasse entre a pasta e as mantenedoras das instituições privadas de ensino superior. “As alterações buscam o equilíbrio. As mantenedoras estavam reclamando que alguns pontos do projeto estavam muito abertos. Agora está mais definido”, explicou. A proposta inicial visa a desvincular do Ministério da Educação e do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) a supervisão e a regulação do ensino superior. Dos atuais 77 funcionários que a pasta dispõe para tratar do credenciamento de instituições, da autorização de cursos e das avaliações in loco, a autarquia passaria contar com 550 funcionários de carreira para se dedicar exclusivamente às demandas do Insaes. Com a nova redação, o texto, que tramita em caráter conclusivo e em regime de prioridade, retiraria a exigência de certidões negativas de débitos fiscais e trabalhistas para manutenção da entidade. “A exigência ficaria apenas para o credenciamento”, explica. Em casos de parecer negativo da Insaes com relação à supervisão do curso, a instituição, de acordo com outro item modificado, poderá recorrer ao Conselho Nacional de Educação no prazo de 30 dias. Além disso, o setor regulado poderá apresentar uma lista tríplice para a escolha de um representante na Insaes e o presidente da autarquia passará a ter cadeira nas câmaras de Educação Básica e de Ensino Superior. Entre outros pontos reescritos, estão uma mudança no pagamento da taxa de supervisão. No três primeiros anos, em vez de ser paga semestralmente, ela seria cobrada anualmente. A base de cálculo passa a ser o número de matrículas, em vez do de vagas. A implementação da Insaes também não poderá causar prejuízo aos processos já protocolados no MEC. Para a coordenadora-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee), Madalena Guasco Peixoto, o novo texto tem pontos problemáticos, mas, em geral, mantém o espírito da proposta inicial. “A forma como a supervisão foi tratada me desapontou. O relatório diminui um pouco o poder do Insaes, mas, em compensação, reabre espaço ao Conselho Nacional de Educação como instância de autarquia”, argumentou. Madalena, entretanto, ressaltou que esta é uma análise preliminar, pois o texto foi apresentado sem consulta prévia das entidades do setor. O secretário de Regulação e Supervisão da Educação Superior do MEC, Jorge Messias, informou que mais de 20 mil processos — entre supervisão, regulamentação e certificação de escolas e cursos — tramitam na secretaria. E lembra que o ciclo de credenciamento de uma instituição dura, em média, 280 dias. O processo exige, entre outros procedimentos, avaliação in loco e análises do CNE e do próprio ministério. Com a criação do instituto, entretanto, o prazo não deve diminuir tanto. “Com o Insaes, a nossa perspectiva é a racionalidade dos atos e, com isso, uma eficiência maior. Quando for tratar de um ciclo de autorização de curso, que demora uns 230 dias, poderíamos passar para 180 dias. Temos pressa, é prioridade. Vamos trabalhar a aprovação no primeiro semestre de 2013.” 550 é o número de servidores de carreira que o Insaes vai precisar para funcionar plenamente https://conteudoclippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2012/12/12/criacao-do-insaes-avanca
O presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Roberto D'Ávila, defendeu, nesta terça-feira, 11, que o governo passe a investir na abertura de mais vagas em residência médica e não na ampliação de escolas e cursos de medicina. “Há uma falsa polêmica entre quantidade e qualidade. A preocupação, mais que o número, é a qualidade do ensino”, avaliou. Em junho deste ano, o Ministério da Educação anunciou o Plano de Expansão da Educação em Saúde, voltado para regiões consideradas prioritárias, que prevê o aumento em 10% do número de vagas existentes em cursos de medicina - atualmente, o país conta com uma média de 1,9 médico para cada mil habitantes, mas o governo defende que o índice ideal seria de 2,5. O presidente do CFM, ressaltou, durante coletiva de imprensa, que algumas localidades, como o Distrito Federal, chegam a registrar médias superiores a 6 médicos para cada mil habitantes, mas não oferecem boa assistência à população.
Candidatos interessados em cursar o doutorado fora do Brasil podem se inscrever, exclusivamente pela internet, até o dia 31 de janeiro de 2013. Regulamento do programa já está disponível.
Os ministérios da Educação e do Esporte vão atuar em conjunto para aumentar o tempo da prática esportiva dos alunos nas escolas. A informação foi dada por representantes do Executivo, nesta terça-feira (12), durante o seminário Ciclo Olímpico Brasileiro, realizado pela Comissão de Turismo e Desporto da Câmara. Os ministérios querem que, além das duas horas semanais de aulas de educação física normalmente oferecidas nos colégios, os alunos tenham a oportunidade de fazer esportes no turno inverso. Para isso, segundo informou o diretor do Departamento do Esporte de Base e de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, André Arantes, deverão ser contratados mais professores, que vão ser capacitados em áreas específicas, como judô, atletismo e natação. No contraturno escolar, poderemos contemplar tanto os estudantes que desejam fazer uma atividade de lazer como se estivessem em uma academia, quanto aqueles que pretendem treinar uma modalidade a sério, disse. De acordo com André Arantes, os dois ministérios também querem incentivar ainda mais a participação dos estudantes nas competições esportivas escolares da própria cidade, do estado, e em nível nacional e internacional. Outro ponto que está sendo discutido é o estímulo ao atletismo nas escolas. Apesar dos estudos que estão sendo feitos para implementar todas essas ações, o diretor afirmou que ainda não existe prazo para que as medidas saiam do papel.
Um grupo formado por cerca de 70 entidades de movimentos sociais protocolou um manifesto a favor de cotas raciais para ingresso em universidades públicas de São Paulo nesta quarta-feira (12) no Palácio dos Bandeirantes, na Assembleia Legislativa e nas reitorias da Usp, Unesp e Unicamp. Contrária à proposta desenhada pelas universidades, que deve ser aprovada pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) nos próximos dias, a Frente Pró Cotas alega que o governo não abriu diálogo com as entidades que defendem a inclusão de cotas para negros e indígenas nas instituições de ensino paulistas. O modelo que deve ser aprovado prevê que 50% das vagas sejam destinadas a estudantes de ensino médio público. Desse percentual, 30% seriam para seleções de acordo com o critério de cada universidade. Os outros 20% seriam preenchidos por alunos que fariam um curso superior preparatório de dois anos, antes de ingressarem definitivamente nas instituições. "Fomos surpreendidos pelo modelo criado pelas universidades", disse Douglas Belchior, da UNEafro Brasil, entidade que compõe o grupo, durante o lançamento do manifesto ao público na Faculdade de Direito da Usp. "É um programa maquiado e não tivemos a chance de dialogar com o governo e as universidades". As entidades defendem a união dos projetos de lei 530/04 e 321/12 que tramitam na Assembleia Legislativa. A proposta aglutinada dos dois projetos prevê que 20% das vagas sejam preenchidas por cotas raciais, 20% para alunos de escola pública e 5% para pessoas com deficiência.
Os royalties que Estados e municípios receberão da futura exploração e produção de petróleo na camada do pré-sal, onde concentra-se uma reserva marítima de mais de 15 bilhões de barris de óleo, não precisarão ser investidos em educação. Isso é o que revela a análise detalhada da Medida Provisória 592 e dos vetos da presidente Dilma Rousseff às propostas de mudança da legislação do petróleo. Pelas regras propostas, na exploração da camada do pré-sal, apenas a receita que cabe à União, bem inferior à destinada a prefeituras e governos estaduais, está comprometida com a educação e, ainda sim, não em sua totalidade. Há uma semana, a presidente convocou os ministros da Educação, Minas e Energia, Casa Civil e Relações Institucionais para divulgar decisão de, na visão do governo, dar prioridade ao ensino no novo formato de distribuição da riqueza do petróleo. "Só a educação vai fazer do Brasil uma nação desenvolvida, é o alicerce do desenvolvimento e se o pré-sal e o petróleo são o passaporte para o futuro, não há futuro melhor do que investir na educação dos nossos filhos e netos", disse, na ocasião, o titular do MEC, Aloizio Mercadante. De acordo com o artigo 50-B da medida provisória, Estados e municípios terão que destinar à educação, obrigatoriamente, 100% dos royalties dos contratos de concessões firmados a partir de 3 de dezembro deste ano, data de publicação da MP. Ocorre que o regime de concessão previsto nesse item da lei não contempla o pré-sal, mas campos de exploração cujas reservas são menores e localizadas fora dessa área de exploração.
Organizar bem seu tempo, planejar de acordo com as necessidades de cada aluno, promover um ambiente de cooperação... Confira essas e outras questões essenciais para o sucesso de seu trabalho na opinião de um grupo de 11 especialistas.
"A greve não é a única maneira que o movimento tem para se organizar", diz Victoria Weischtordt, presidente da Associação dos Professores da PUC-SP (Apropuc). "A luta continua." Segundo Victoria, nesta quinta-feira, 13, os professores devem se reunir mais uma vez para discutir o calendário de reposição de aulas e definir os próximos passos do movimento, que foi surpreendido no final desta tarde por uma nota divulgada pela Fundação São Paulo (Fundasp), mantenedora da PUC-SP. No documento, a Fundasp reiterou a nomeação da professora Anna Cintra como reitora da universidade, ignorando assim a decisão do Conselho Universitário (Consun), que pela manhã havia decidido suspender a homologação da lista tríplice dos candidatos à reitoria. A medida do Consun invalidaria a escolha de Anna Cintra. Segundo a Fundasp, somente o grão-chanceler, como instância de deliberação máxima, tem poder para revogar a nomeação da reitora.
A Fundação São Paulo (Fundasp), mantenedora da PUC-SP, divulgou uma nota na tarde desta quarta-feira, 12, reiterando a nomeação da professora Anna Cintra como reitoria da universidade. A afirmação chega como resposta à decisão do Conselho Universitário (Consun), que na manhã de hoje decidiu suspender a homologação da lista tríplice dos candidatos à reitoria, invalidando assim a escolha de Anna Cintra para o cargo de reitora da instituição. Segundo a Fundasp, somente o grão-chanceler, como instância de deliberação máxima, teria poder para revogar a nomeação da reitora nos termos dos seus estatutos. A Fundasp define a descontituição da homologação da lista tríplice como uma medida "no mínimo incoerente", uma vez a sua validade já havia sido aprovada por unanimidade em 20 de setembro. Quanto à liminar concedida nesta terça-feira, 11, pela 4ª Vara Cível do Foro Central de São Paulo, a mantenedora afirma que ela não teria cassado o mandato de Anna, já que a medida apenas restabeleceu os efeitos da deliberação do Consun nº 65/2012, possibilitando o julgamento do recurso interposto naquela instância. O tal julgamento ocorreu nesta manhã. Nele, os conselheiros votaram não só pela desconstituição da lista tríplice, mas decidiram também indicar o professor Marcos Masetto à presidência do Consun e o indicaram para o cargo de reitor pro tempore. Com a decisão da Fundasp, todas as decisões do conselho perdem a validade.
Levantamento leva em conta as projeções do mercado de trabalho americano até 2020. Curso de engenharia biomédica lidera a listagem da publicação. A revista americana Forbes publicou nesta semana uma lista com 15 das graduações mais promissoras em termos de salários e oportunidades de emprego. O levantamento, feito pela empresa PayScale, leva em conta as projeções do mercado de trabalho americano até 2020. "Com o aumento do preço das mensalidades das faculdades e com as rápidas mudanças no mercado de trabalho, a formação superior é mais importante que nunca", diz a matéria.
Confira o ranking completo:
1- Engenharia biomédica 2- Bioquímica 3- Ciência da computação 4- Engenharia de software 5- Engenharia ambiental 6- Engenharia civil 7- Geologia 8- Sistema de gerenciamento de informação 9- Engenharia de petróleo 10- Matemática aplicada 11- Matemática 12- Gerenciamento de construção 13- Finanças 14- Física 15- Estatística
A Polícia Federal desmontou nesta quarta-feira, 12, um esquema de fraudes em vestibulares para Medicina em 11 Estados e no Distrito Federal. Ao todo foram cumpridos 70 mandados de prisão e 73 de apreensão, expedidos pela Justiça Federal no Espírito Santo. A chamada Operação Calouro foi deflagrada após um ano e seis meses de investigação. Nesse período, a PF acompanhou a atividade de seis quadrilhas baseadas em Goiás e uma em Minas. Ao todo, elas tentaram fraudar mais de 50 vestibulares em 30 instituições de ensino superior, a maioria privadas. Tentaram ainda burlar o exame para a Universidade do Estado do Amazonas. Os grupos atuavam de duas maneiras. Em uma, um aluno bem preparado fazia a prova rapidamente e entregava seu gabarito ao líder da organização. As respostas eram transmitidas aos vestibulandos que contrataram a quadrilha por mensagens de celular, ponto eletrônico ou via radiofrequência. O "serviço" custava entre R$ 25 mil e R$ 50 mil. As quadrilhas também falsificavam documentos de candidatos e substituía o aluno por outra pessoa no momento da prova. Nessa modalidade, o preço cobrado variava entre R$ 45 mil e R$ 80 mil.
Para um brasileiro, estudar nas melhores universidades dos Estados Unidos pode custar até R$ 10 mil por mês. Para um trio de estudantes que está atrás do sonho americano, é a barreira econômica - e não os testes, ou o inglês - que mais atrapalha a admissão nos cursos. E é esse problema eles querem resolver com uma nova empresa. O Eduqueme é uma plataforma de crowdfunding (financiamento coletivo) para que empresas patrocinem jovens que querem estudar lá fora. No site, os alunos postam seu histórico e currículo. As empresas fazem a seleção e, no futuro, podem ganhar em troca um trainee ou funcionário recém-formado em instituições de primeira linha, como Columbia, Harvard, Princeton, Yale ou Stanford. “Existem empresas que já fazem isso com funcionários, mas não com estudantes da graduação. Eles não têm contato com as empresas”, diz um dos fundadores, Anderson Ferminiano, de 18 anos, que programa desde os 12. Ele mesmo sonha entrar em Stanford. Os outros responsáveis pela iniciativa têm a mesma faixa etária: Henrique Dubugras, de 17, também tentará Stanford em 2013, e Gustavo Haddad Braga, de 18, conseguiu entrar no MIT.
Para empresários de vários setores que se reuniram no Fórum Alta Gestão, em Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (12), um problema enfrentado ainda no mercado brasileiro é a falta de qualificação de profissionais. Segundo eles, a grande solução é a educação. O professor Arnaldo Niskier, presidente do Conselho de Administração do CIEE (Centro de Integração Empresa Escola) Rio, disse que é preciso ter vontade política para estimular a atuação dos professores no Brasil. — É preciso que a educação seja o grande fator de crescimento do país. Eu defendo a tese de que é necessário ter uma vontade política, sobretudo dos governantes, no sentido de oferecer melhores condições para que ela possa cumprir o seu papel. Não é só o salário dos professores, é preciso também que eles sejam estimulados com melhores condições de trabalho.
O relatório do senador José Pimentel (PT-CE) sobre o projeto de lei que definirá o novo PNE (Plano Nacional para a Educação) representa um recuo do governo no compromisso de destinar 10% do PIB (Produto Interno Bruto) para a educação pública nos próximos 10 anos, segundo especialistas ouvidos pelo UOL. Para Daniel Cara, coordenador-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, o texto proposto por Pimentel para as 20 metas do PNE (veja lista abaixo) é um "retrocesso" em relação ao projeto aprovado na Câmara dos Deputados, porque retira a obrigação de destinação exclusiva dos investimentos para a educação pública. "O texto abriu brechas para a transferência de recursos públicos para o setor privado, especialmente no ensino profissionalizante e no ensino superior", diz. "É uma grave deficiência, porque a prioridade deve ser a educação pública". Segundo Luiz Araujo, ex-presidente do Inep (Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), a retirada do termo "pública" no texto da Meta 20 pode reduzir o compromisso de investimento na educação pública para aproximadamente 8,5% do PIB. Isso porque o investimento público direto em educação representava 84% do valor total investido no setor até 2009 -- desde então, o MEC (Ministério da Educação) deixou de publicar os dois indicadores separadamente. "Ao incluir o setor privado no cálculo, o governo promove um roubo de galinha, porque passa a contabilizar também os recursos gastos com bolsas de estudo e com o Fies [Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior]", afirma Araújo. O senador José Pimentel defende a mudança e alega que o texto aprovado na Câmara não contempla parcerias com a iniciativa privada. "A Câmara trabalhou com a tese de um Plano Nacional de Educação pública, impedindo os avanços nas parcerias com a iniciativa privada. Um exemplo concreto é a participação do Sistema S, especialmente do Senai, na educação técnico-profissionalizante", disse Pimentel, por meio de nota. Ele não respondeu aos pedidos de entrevista até o fechamento desta matéria. No relatório, o senador também exclui as metas de expansão de vagas públicas no ensino superior e no ensino técnico. Ao contrário da proposta aprovada na Câmara, o relatório de Pimental fala em "vagas gratuitas", o que inclui o bolsas e convênios com escolas e faculdades particulares.
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