Quando expirar o prazo de dez dias dado à Universidade Paulista (Unip), para que explique os critérios que a levaram a obter um extraordinário êxito no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) de 2010, o Ministério da Educação (MEC) começará a estudar a reformulação dos mecanismos de avaliação do ensino superior, para aprimorá-lo.
Pelas regras do Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior, as universidades que não inscreverem os formandos habilitados ao Enade podem ser proibidas de abrir processos seletivos para os cursos avaliados em cada edição da prova. Pela denúncia encaminhada ao MEC, o número de formandos da Unip vem variando conforme o calendário do Enade. No ano de avaliação de cada área do conhecimento, o número de alunos cai - e isso permite à Unip inscrever no Enade um número reduzido de alunos, selecionando só os melhores para fazer as provas. Os formandos com pior desempenho são "escondidos", mediante o adiamento do lançamento de suas notas. Com isso, eles não precisam prestar as provas do Enade. As notas desses alunos são lançadas após a realização do Enade.