Inovação Educacional
596.4K views | +4 today
Follow
 
Scooped by Inovação Educacional
onto Inovação Educacional
March 17, 5:20 PM
Scoop.it!

Obra de brasileira é vendida por R$ 10 mil no primeiro leilão da Christie’s dedicado à arte feita com IA | Inteligência Artificial

Obra de brasileira é vendida por R$ 10 mil no primeiro leilão da Christie’s dedicado à arte feita com IA | Inteligência Artificial | Inovação Educacional | Scoop.it

A obra "Little Martians & Abraham", da artista brasileira Vanessa Rosa, foi vendida na quarta-feira (5) por US$ 1.764 (cerca de R$ 10.125) no primeiro leilão da Christie’s New York dedicado exclusivamente à arte criada com inteligência artificial.
A arte de Rosa, estimada entre US$ 2.000 e US$ 4.000 (R$ 11.500 e R$ 23 mil), combina cerâmica tradicional com IA e apresenta Verdelia, uma historiadora que explora suas próprias origens. Além da escultura física, também foi leiloado um NFT da animação.
"Minha primeira experiência em um leilão foi muito gratificante, especialmente pela oportunidade de compartilhar o universo dos Little Martians com um novo público. Foi significativo ver minha peça, que combina escultura em cerâmica e uma animação ligada a NFT, ser reconhecida em um espaço tradicionalmente reservado para artes clássicas", disse Rosa.
A série “Little Martians” começou a ser criada em 2020 na Mars College, uma comunidade artística no deserto da Califórnia, e passou por diferentes mídias e processos tecnológicos. O projeto nasceu com esculturas físicas feitas de argila, evoluiu para animação digital e interação com IA, para depois apresentar uma narrativa de ficção científica sobre a evolução da vida e a relação entre seres humanos e inteligências artificiais.
"Acredito que estamos apenas começando a compreender como artistas podem usar a IA para enriquecer suas práticas existentes, não para substituí-las. Participar deste evento histórico me inspirou a continuar explorando esse diálogo entre o físico e o digital, e espero abrir portas para mais experimentações e colaborações criativas no futuro", disse a artista.
Formada em História da Arte pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rosa, que iniciou sua carreira no grafite e na pintura mural, explorando padrões geométricos e influências culturais diversas, foi a única representante do Brasil no primeiro leilão da Christie’s dedicado à arte com IA. O evento ocorreu de forma online e contou com uma exposição simultânea no Christie’s Rockefeller Center.
O leilão causou controvérsia no mundo das artes, com 6.500 pessoas assinando uma carta aberta pedindo o cancelamento do evento. Os signatários dizem que os modelos de IA e as empresas por trás deles exploram artistas, usando seus trabalhos sem permissão ou pagamento.

No comment yet.
Inovação Educacional
Curadoria por Luciano Sathler. CLIQUE NOS TÍTULOS. Informação que abre caminhos para a inovação educacional.
Your new post is loading...
Your new post is loading...
Scooped by Inovação Educacional
September 10, 2024 9:19 AM
Scoop.it!

Igualdade Artificial, um risco para a educação. Por Luciano Sathler

Igualdade Artificial, um risco para a educação. Por Luciano Sathler | Inovação Educacional | Scoop.it

O que acontece quando a maioria faz uso de uma IA para realizar suas atividades laborais? E, no caso dos estudantes, quando os trabalhos passam a ser produzidos com o apoio de uma IA generativa?
Luciano Sathler
É PhD em administração pela USP e membro do Conselho Deliberativo do CNPq e do Conselho Estadual de Educação de Minas Gerais
As diferentes aplicações de Inteligência Artificial (IA) generativa são capazes de criar novos conteúdos em texto, imagens, áudios, vídeos e códigos para software. Por se tratar de um tipo de tecnologia de uso geral, a IA tende a ser utilizada para remodelar vários setores da economia, com impactos políticos e sociais, assim como aconteceu com a adoção da máquina a vapor, da eletricidade e da informática.
Pesquisas recentes demonstram que a IA generativa aumenta a qualidade e a eficiência da produção de atividades típicas dos trabalhadores de colarinho branco, aqueles que exercem funções administrativas e gerenciais nos escritórios. Também traz maior produtividade nas relações de suporte ao cliente, acelera tarefas de programação e aprimora mensagens de persuasão para o marketing.
O revólver patenteado pelo americano Samuel Colt, em 1835, ficou conhecido como o "grande equalizador". A facilidade do seu manuseio e a possibilidade de atirar várias vezes sem precisar recarregar a cada disparo foram inovações tecnológicas que ampliaram a possibilidade individual de ter um grande potencial destrutivo em mãos, mesmo para os que tinham menor força física e costumavam levar desvantagem nos conflitos anteriores. À época, ficou famosa a frase: Abraham Lincoln tornou todos os homens livres, mas Samuel Colt os tornou iguais.
Não fazemos aqui uma apologia às armas. A alegoria que usamos é apenas para ressaltar a necessidade de investir na formação de pessoas que sejam capazes de usar a IA generativa de forma crítica, criativa e que gerem resultados humanamente enriquecidos. Para não se tornarem vítimas das mudanças que sobrevirão no mundo do trabalho.
A IA generativa é um meio viável para equalizar talentos humanos, pois pessoas com menor repertório cultural, científico ou profissional serão capazes de apresentar resultados melhores se souberem fazer bom uso de uma biblioteca de prompts. Novidade e originalidade tornam-se fenômenos raros e mais bem remunerados.
A disseminação da IA generativa tende a diminuir a diversidade, reduz a heterogeneidade das respostas e, consequentemente, ameaça a criatividade. Maior padronização tem a ver com a automação do processo. Um resultado que seja interessante, engraçado ou que chama atenção pela qualidade acima da média vai passar a ser algo presente somente a partir daqueles que tiverem capacidade de ir além do que as máquinas são capazes de entregar.
No caso dos estudantes, a avaliação da aprendizagem precisa ser rápida e seriamente revista. A utilização da IA generativa extrapola os conceitos usualmente associados ao plágio, pois os produtos são inéditos – ainda que venham de uma bricolagem semântica gerada por algoritmos. Os relatos dos professores é que os resultados melhoram, mas não há convicção de que a aprendizagem realmente aconteceu, com uma tendência à uniformização do que é apresentado pelos discentes.
Toda Instituição Educacional terá as suas próprias IAs generativas. Assim como todos os professores e estudantes. Estarão disponíveis nos telefones celulares, computadores e até mesmo nos aparelhos de TV. É um novo conjunto de ferramentas de produtividade. Portanto, o desafio da diferenciação passa a ser ainda mais fundamental diante desse novo "grande equalizador".
Se há mantenedores ou investidores sonhando com a completa substituição dos professores por alguma IA já encontramos pesquisas que demonstram que o uso intensivo da Inteligência Artificial leva muitos estudantes a reduzirem suas interações sociais formais ao usar essas ferramentas. As evidências apontam que, embora os chatbots de IA projetados para fornecimento de informações possam estar associados ao desempenho do aluno, quando o suporte social, bem-estar psicológico, solidão e senso de pertencimento são considerados, isso tem um efeito negativo, com impactos piores no sucesso, bem-estar e retenção do estudante.
Para não cair na vala comum e correr o risco de ser ameaçado por quem faz uso intensivo da IA será necessário se diferenciar a partir das experiências dentro e fora da sala de aula – online ou presencial; humanizar as relações de ensino-aprendizagem; implementar metodologias que privilegiem o protagonismo dos estudantes e fortaleçam o papel do docente no processo; usar a microcertificação para registrar e ressaltar competências desenvolvidas de forma diferenciada, tanto nas hard quanto soft skills; e, principalmente, estabelecer um vínculo de confiança e suporte ao discente que o acompanhe pela vida afora – ninguém mais pode se dar ao luxo de ter ex-alunos.
Atenção: esse artigo foi exclusivamente escrito por um ser humano.
O editor, Michael França, pede para que cada participante do espaço "Políticas e Justiça" da Folha sugira uma música aos leitores. Nesse texto, a escolhida por Luciano Sathler foi "O Ateneu" de Milton Nascimento.

No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
April 27, 8:07 AM
Scoop.it!

Entenda os 10 grandes desafios do Brasil para se tornar uma economia rica

Entenda os 10 grandes desafios do Brasil para se tornar uma economia rica | Inovação Educacional | Scoop.it
Os brasileiros têm colhido resultados ruins nas avaliações internacionais, o que deixa os jovens em desvantagem em relação ao resto do mundo. Na última edição do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), o Brasil apareceu em 52.º lugar na avaliação de leitura. Ao todo, 81 países são avaliados. Nas outras provas, o desempenho foi ainda mais fraco: em matemática e ciências, o País ocupou as posições 65 e 61, respectivamente.


Educação ruim. Foto: Marcos Müller
Mais tempo na escola, mas ainda é preciso mais
Apesar do resultado ruim nas avaliações internacionais, o Brasil conseguiu melhorar a formação educacional da sua população. Em 1992, 67% da população ocupada não tinha instrução ou possuía apenas o ensino fundamental incompleto. No ano passado, esse porcentual caiu para 19,2%, segundo estudo do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/Ibre). Na outra ponta, o número de trabalhadores brasileiros com ensino superior completo aumentou de 5,8% para 21,9% no período analisado pelo levantamento.

O Brasil conseguiu uma universalização tardia. Foi só no final do século passado que o País conseguiu colocar de forma maciça as crianças nas escolas (embora ainda não tenha atingido os 100%). Para efeito de comparação, a Coreia do Sul — hoje uma economia rica e considerada um exemplo a ser seguido — universalizou o ensino nos anos 1960.

Embora os números tenham melhorado, o Brasil ainda precisa avançar e garantir um amplo aumento dos anos de escolaridade da sua população.
No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
April 27, 7:46 AM
Scoop.it!

Harvard negocia vender US$ 1 bilhão em participações em fundos de private equity

Harvard negocia vender US$ 1 bilhão em participações em fundos de private equity | Inovação Educacional | Scoop.it
A Harvard Management Co., que administra o maior fundo patrimonial da educação superior nos EUA, está trabalhando com o Jefferies Financial Group para descarregar o portfólio para a Lexington Partners em uma chamada transação de secundários, de acordo com pessoas com conhecimento do assunto.

A Lexington pode, mais tarde, trazer outros parceiros como parte de qualquer compra, disse uma das fontes, que pediu para não ser identificada ao descrever discussões privadas. Os termos do acordo não estão finalizados e ainda podem mudar.

Um representante da Harvard Management não respondeu imediatamente a pedidos de comentário. Porta-vozes da Lexington e da Jefferies se recusaram a comentar.
No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
April 26, 9:30 PM
Scoop.it!

Autismo: por que é tão difícil decifrar o mistério genético desse transtorno

Autismo: por que é tão difícil decifrar o mistério genético desse transtorno | Inovação Educacional | Scoop.it
Acredita-se que fatores genéticos desempenham um papel importante no desenvolvimento do autismo — mas, por décadas, sua natureza se mostrou elusiva. Agora, os cientistas estão começando a descobrir pistas.
No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
April 26, 5:45 PM
Scoop.it!

Câncer: por que cada vez mais jovens adultos estão tendo a doença?

Câncer: por que cada vez mais jovens adultos estão tendo a doença? | Inovação Educacional | Scoop.it
Incidência da doença aumentou quase 80% em pessoas com menos de 50 anos nas últimas três décadas.
No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
April 26, 4:23 PM
Scoop.it!

The Manifesto for Teaching and Learning in a Time of Generative AI: A Critical Collective Stance to Better Navigate the Future

The Manifesto for Teaching and Learning in a Time of Generative AI: A Critical Collective Stance to Better Navigate the Future | Inovação Educacional | Scoop.it
Introduction Key metaphors help determine what and how we perceive and how we think about our perceptions.” — M. H. Abrams The future is filled with unknowns, mysteries, and alternative possibilities.
No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
April 25, 5:01 PM
Scoop.it!

AI 2027

AI 2027 | Inovação Educacional | Scoop.it
We predict that the impact of superhuman AI over the next decade will be enormous, exceeding that of the Industrial Revolution.

We wrote a scenario that represents our best guess about what that might look like.1 It’s informed by trend extrapolations, wargames, expert feedback, experience at OpenAI, and previous forecasting successes.2
No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
April 25, 10:50 AM
Scoop.it!

Escolas Inclusivas

Ebook é resultado do curso Gestão Inclusiva na Educação Especial (GIEE) e traz experiências de mais de 280 docentes da região da Grande Dourados
Até 2015, era comum no Brasil que crianças com deficiência fossem segregadas em instituições especializadas, longe do convívio com colegas da mesma faixa etária. A partir da aprovação da Lei Brasileira de Inclusão (Lei Federal nº 13.146), esse cenário começou a mudar, garantindo o direito de crianças e adolescentes com deficiência, transtorno do espectro autista e altas habilidades/superdotação de frequentarem escolas regulares, com direito ao Atendimento Educacional Especializado (AEE).

No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
April 25, 10:28 AM
Scoop.it!

Curso superior melhora a saúde cognitiva

Curso superior melhora a saúde cognitiva | Inovação Educacional | Scoop.it
Entre a população idosa, muitos querem ir para a universidade pela primeira vez ou voltar para cursar uma nova graduação
No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
April 25, 10:01 AM
Scoop.it!

A incrível fábrica da Embraer em Gavião Peixoto: Super Tucanos, Grippen e KC390

A incrível fábrica da Embraer em Gavião Peixoto: Super Tucanos, Grippen e KC390 | Inovação Educacional | Scoop.it
A fábrica da Embraer em Gavião Peixoto, interior de São Paulo, é uma joia da engenharia e da inovação brasileira. Inaugurada para ser a segunda maior unidade produtiva da Embraer no mundo — atrás apenas da de São José dos Campos —, ela foi projetada com foco especial na produção de aeronaves militares e estratégicas. Essa especialização se reflete em sua impressionante infraestrutura: lá está a maior pista de pouso de concreto das Américas, com 5 km de comprimento, construída para testar aviões de grande porte e futuros projetos de alta complexidade.
No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
April 25, 9:11 AM
Scoop.it!

Trump Wants Teachers Trained How to Use AI. Will It Work?

Trump Wants Teachers Trained How to Use AI. Will It Work? | Inovação Educacional | Scoop.it
Um novo decreto assinado pelo presidente Donald Trump prevê a incorporação de inteligência artificial em toda a educação básica. Um dos principais focos desse plano é treinar professores sobre como integrar IA em suas aulas e fluxos de trabalho.

Esta foi uma das sete ordens executivas assinadas por Trump em 23 de abril com foco na educação, incluindo uma sobre "garantir políticas disciplinares escolares sensatas" e algumas focadas em instituições de ensino superior.

Alguns educadores e organizações educacionais receberam bem a ordem, dizendo que a alfabetização em IA para educadores e alunos é importante e muito necessária.

VEJA TAMBÉM

GESTÃO ESCOLAR E DISTRITAL
Estratégia de Recrutamento? Professores Reagem às Semanas Escolares de 4 Dias
“Estou muito animada com isso”, disse Pam Amendola, professora de inglês na Dawson County High School, em Dawsonville, Geórgia. “A IA não é o futuro. A IA é o presente, e precisamos da orientação do governo federal.”

Embora seu distrito ainda não tenha fornecido treinamento sobre IA, Amendola participou de treinamentos de IA em seu próprio tempo e começou a ensinar seus alunos o que é IA, como funciona e como usar ferramentas de IA de forma responsável.

Mas outros especialistas e educadores estão céticos de que o governo federal será capaz de concretizar os objetivos políticos da ordem, dado que muito financiamento e conhecimento foram cortados dos departamentos encarregados de executar esse trabalho.

Se você está falando sobre como fazer com sucesso essas conexões do nível federal para o campo, acho que muito dessa expertise já não existe mais.
Bernadette Adams, ex-assessora sênior de políticas do escritório de tecnologia educacional do Departamento de Educação
O decreto exige que os secretários de educação e agricultura, bem como o diretor da Fundação Nacional de Ciências, priorizem verbas de subsídios discricionários e programas existentes para a formação de professores. O Departamento de Educação tem a tarefa de apoiar o desenvolvimento profissional tanto de professores de ciência da computação quanto de aulas com foco em IA, e também de todos os educadores, para que integrem os fundamentos da IA ​​em todas as disciplinas.

A ordem também orienta o secretário de agricultura e o diretor da NSF a alavancar programas existentes para criar oportunidades de treinamento de professores para ajudar os professores a "integrar efetivamente ferramentas baseadas em IA" em suas salas de aula.

“À medida que a Inteligência Artificial (IA) remodela todos os setores industriais, é de vital importância que a próxima geração de estudantes esteja preparada para aproveitar essa tecnologia em todos os aspectos de suas vidas profissionais”, afirmou a Secretária de Educação, Linda McMahon, em um comunicado. “O governo Trump liderará o caminho na formação de nossos educadores para promover a educação precoce e responsável em IA em nossas salas de aula, a fim de manter a liderança americana na economia global.”

Mas é uma tarefa árdua, visto que a maioria dos professores ainda não recebeu nenhum desenvolvimento profissional em IA, como constatou o Centro de Pesquisa EdWeek em pesquisas com professores. Em uma pesquisa do Centro de Pesquisa EdWeek de outubro de 2024 , 58% dos professores afirmaram não ter recebido nenhum desenvolvimento profissional sobre o uso de IA generativa em sala de aula, e 68% afirmaram não estar usando ferramentas de IA em suas salas de aula.

Os distritos escolares precisam de ajuda para superar a enxurrada de produtos de IA
As escolas precisam desesperadamente de apoio para treinar professores sobre a tecnologia em rápida mudança que está surgindo aparentemente em todos os lugares, disse Dusty Strickland, vice-diretor da North Murray High School em Chatsworth, Geórgia.

“Meus professores, que estão fazendo tudo o que podem para garantir que nossos alunos conheçam os padrões que precisam conhecer, não têm tempo para se aprofundar apenas em [IA]”, disse ele. “É um trem em movimento muito rápido, então como podemos garantir que nossos professores consigam embarcar?”

Atualmente, os professores da Murray High School podem se voluntariar para participar de treinamentos ministrados por especialistas em tecnologia do distrito sobre o uso da tecnologia de IA já incorporada às ferramentas e programas utilizados pelo distrito, disse Strickland. Os professores que participam do treinamento voluntário costumam compartilhar o que aprenderam com os colegas.

Strickland disse que gostaria de ver o governo federal fornecer às escolas mais dinheiro para treinamento de IA para professores, bem como recursos para ajudar administradores como ele a determinar quais programas de desenvolvimento profissional e ferramentas de IA são de alta qualidade.

“Muitas pessoas estão aparecendo dizendo: 'Olá, sou um especialista', mas não sei como [fazer com que] provem que são especialistas em um campo tão novo”, disse ele.

Embora Amendola, a professora da Geórgia, esteja otimista sobre o decreto executivo, ela está cautelosa sobre quanta influência as empresas de tecnologia educacional terão na força-tarefa federal de IA a ser estabelecida pelo decreto executivo e suas responsabilidades.

Em todo o país, os distritos têm sido lentos na adoção de diretrizes e no fornecimento de treinamento em IA, devido à rápida evolução da tecnologia e à falta de expertise. Como resultado, a exposição dos educadores à IA tem vindo principalmente de empresas de tecnologia educacional que estão "oferecendo seus produtos para uso pelos distritos", disse Amendola.

É por isso que ela enfatiza que a força-tarefa federal deve contar com organizações cujo objetivo principal não seja vender produtos e serviços relacionados à IA.

Randi Weingarten, presidente da Federação Americana de Professores, criticou a ordem executiva em um comunicado , dizendo que ela abre as escolas para "empresas de tecnologia irresponsáveis" e "software não comprovado".

“Embora a IA possa ser uma ferramenta útil e importante para educadores e alunos em salas de aula, temos visto sistemas que produzem desinformação, invadem a privacidade e contam relatos históricos imprecisos”, disse Weingarten.

Em vez disso, disse Weingarten, a administração deveria “investir em salas de aula e instruções projetadas por educadores que trabalham diretamente com os alunos e que têm o conhecimento e a experiência para atender às suas necessidades”.

A ordem executiva não aborda a privacidade de dados ou o preconceito na IA
Os objetivos do decreto são, em grande parte, bipartidários por natureza. Há amplo apoio à concessão de mais recursos às escolas para o aproveitamento dessa poderosa tecnologia.

Mas também há omissões significativas na diretiva e possíveis obstáculos para converter a política em realidade, dizem alguns especialistas.

Uma preocupação é que verbas que poderiam ter sido desviadas para apoiar os objetivos do decreto executivo — bem como muitas pessoas com experiência no assunto — estejam sendo cortadas do governo federal, disse Bernadette Adams, ex-assessora sênior de políticas do escritório de tecnologia educacional do Departamento de Educação dos EUA e especialista em IA. Toda a equipe do OET, incluindo Adams, foi demitida como parte dos recentes cortes de pessoal do Departamento de Educação. O Departamento de Educação agora tem cerca de metade do número de funcionários que tinha quando Trump assumiu o cargo.

De pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa em Educação a especialistas de outras indústrias que assumiram cargos temporários no governo, "essas pessoas também foram expulsas e demitidas", disse Adams. "Então, se estamos falando sobre como fazer essas conexões com sucesso do nível federal para o campo, acho que muito dessa expertise já se foi."

Não é apenas a eliminação do escritório de tecnologia educacional e de outras pessoas que anteriormente forneciam conhecimento especializado em IA que prejudicará os esforços. Há também lacunas significativas na diretiva, disse Adams. A ausência mais notável é qualquer menção à privacidade dos dados dos alunos ou à parcialidade na IA — duas questões importantes que os especialistas frequentemente levantam sobre a segurança e a eficácia da IA.

Por fim, disse Adams, o decreto executivo foca na IA como uma questão trabalhista e de força de trabalho: treinar os estudantes de hoje para empregos futuros. Tanto os governos democratas quanto os republicanos têm a tendência de encarar a IA dessa forma, e essa é uma oportunidade perdida, disse ela.

“Sinto que o decreto, como está redigido, e talvez com o avanço do trabalho, as pessoas considerem isso, mas, na minha opinião, ele marginaliza o ensino e a aprendizagem, que são a essência da educação”, disse ela. “Acredito que há oportunidades educacionais reais que não são exploradas quando a IA é enquadrada apenas como uma área de conteúdo ou um plano de carreira.”
No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
April 25, 9:08 AM
Scoop.it!

Inteligência artificial no direito: veneno ou remédio?

Não é ficção. Nos Estados Unidos, o aplicativo DoNotPay ficou conhecido por ser o “primeiro advogado robô do mundo”, ajudando usuários a recorrerem de multas de trânsito e pequenas causas. E na China, tribunais já utilizam inteligência artificial (IA) para analisar processos e sugerir decisões em casos de menor complexidade.
Então, preparem-se: a inteligência artificial já chegou ao mundo jurídico e não parece disposta a sair. Para alguns, ela é a salvação contra a morosidade e a burocracia dos processos. Para outros, é uma ameaça à autonomia dos profissionais do direito, que podem acabar reféns de decisões algorítmicas. Mas, afinal, a IA é um veneno ou remédio?
De um lado, a tecnologia surge como uma grande aliada, agilizando tarefas repetitivas e permitindo que advogados e magistrados se concentrem em questões estratégicas. De outro, o medo de que a IA decida sozinha e torne a atuação humana dispensável não é exagerado. Afinal, será que estamos nos aproximando de um futuro onde um software analisará provas, preverá sentenças e indicará jurisprudências sem interferência humana?
É justamente aí que a IA mostra seu valor. Ferramentas baseadas em aprendizado de máquina e processamento de linguagem natural são usadas para revisar contratos, identificar precedentes e até prever o desfecho de ações judiciais. Os chamados legal techs, softwares jurídicos especializados, são usados para organizar petições, analisar jurisprudência, verificar documentos e reduzir prazos.
Nos tribunais, sistemas automatizados agilizam a tramitação dos processos e desafogam o Judiciário. E cidadãos usam assistentes virtuais e chatbots sugerem orientações jurídicas. Tudo isso faz parecer que a IA veio para resolver problemas que há décadas atormentam os profissionais do direito. Mas e os riscos?
A empolgação com a tecnologia não deve ofuscar os desafios. Se hoje as pessoas têm controle sobre os processos, a dependência excessiva de sistemas automatizados coloca isso em xeque. Um dos principais riscos é a chamada “automatização cega”, quando operadores do Direito confiam tanto nas sugestões da IA que não questionam seus critérios.
Outro problema sério é a transparência dos algoritmos. Muitos desses sistemas funcionam como verdadeiras “caixas-pretas”, onde nem os desenvolvedores conseguem explicar exatamente como a máquina chegou à conclusão. Surgem questões preocupantes: como garantir que os sistemas são justos? Nos Estados Unidos já houve casos em que algoritmos preditivos reforçaram padrões discriminatórios no sistema penal.
Se a tecnologia é capaz de filtrar e processar um volume de informações impensável para um ser humano, ela também pode ser usada de maneira estratégica para reforçar boas práticas. Um modelo de IA treinado para verificar se há padrões discriminatórios em sentenças judiciais. Então o problema não é a ferramenta em si, mas como está programada para servir. E o mercado de trabalho?
Se a IA assumir parte das tarefas jurídicas, isso significa menos vagas para profissionais do direito? A questão divide opiniões. Especialistas alertam que a automação pode reduzir a demanda por profissionais. Outros acreditam que a IA não eliminará empregos, mas sim mudará o perfil do mercado. Em vez de substituir os operadores do direito, a IA pode criar novas oportunidades para aqueles que souberem utilizar a tecnologia a seu favor. O profissional do futuro precisará entender não só de direito, mas também de tecnologia, para atuar na interseção entre essas duas áreas. Mas o grande diferencial não será apenas o domínio técnico: será a capacidade de interpretar cenários, lidar com clientes e oferecer soluções jurídicas que vão além do previsível. Afinal, direito não é só regra, é contexto, argumentação e estratégia.
A boa notícia é que, por enquanto, a inteligência artificial não consegue replicar características humanas essenciais para o direito, como empatia, interpretação subjetiva e discernimento moral. Na prática, o direito exige um olhar humano para a análise de cada caso.
Isso não significa que a IA não possa causar problemas. Se sua adoção ocorrer sem regulamentação adequada e sem preocupação com ética e transparência, os riscos de erros, injustiças e decisões enviesadas podem comprometer a credibilidade do sistema. Por outro lado, se for bem utilizada, pode ser um instrumento poderoso para melhorar o acesso à justiça.
No fim das contas, o problema não é a IA em si, mas a forma como lidamos com ela. O futuro do direito não será definido pela tecnologia, mas pela maneira como notários e demais operadores do sistema jurídico irão utilizá-la.
Cabe entender que o grande diferencial não será conhecer as leis, mas saber lidar com gente de verdade. Afinal, cliente não é número, é pessoa, e, por mais avançada que a tecnologia seja, ela ainda não aprendeu a ouvir com empatia, entender angústias ou dar suporte que vai além do jurídico. O atendimento humanizado vira um trunfo: acolher, explicar sem juridiquês e realmente se importar com a dor do cliente fará a diferença.
Bem por isso, escritórios de advocacia em países como Canadá têm investido no “advogado concierge”, um profissional focado no acolhimento e suporte emocional ao cliente. Portanto, a IA pode até ajudar a encontrar a melhor tese, mas quem constrói confiança com quem está do outro lado da mesa é o bom e velho operador de carne e osso. Parece contraditório, mas está na hora de correr para nos digitalizar e para nos humanizar.
Andrey Guimarães Duarte é advogado e vice-presidente do Colégio Notarial do Brasil - Seção São Paulo

No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
April 25, 9:00 AM
Scoop.it!

Maternidade ‘empurra’ mulheres para mercado de trabalho informal

Maternidade ‘empurra’ mulheres para mercado de trabalho informal | Inovação Educacional | Scoop.it

A maternidade aumenta as chances das mulheres de atuar profissionalmente de forma informal. A falta de flexibilidade no mercado de trabalho formal e normas sociais, que preveem maior carga de tarefas domésticas para mulheres, ajuda a explicar essa correlação. Para economistas, maior provisão de creches em horários estendidos e aumento da licença-paternidade poderiam contribuir para reduzir o problema.
Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad C), compilados por Janaína Feijó, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV), mostram menor taxa de participação de mulheres mães no mercado de trabalho, assim como maior nível de informalidade dessas, em comparação a mulheres sem filhos e homens pais e sem filho. O cenário é ainda mais delicado para mulheres com filhos pequenos.

No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
April 27, 8:08 AM
Scoop.it!

A educação pode tirar o Brasil da renda média. Entenda como

A educação pode tirar o Brasil da renda média. Entenda como | Inovação Educacional | Scoop.it
O Brasil enfrenta um paradoxo na educação. O País conseguiu colocar as crianças nas escolas, mas elas aprendem pouco e mal. Numa era cada vez mais competitiva, os jovens brasileiros estão em desvantagem em relação aos seus pares no mundo, o que deixa a economia brasileira distante do seleto grupo de nações ricas - que investem na qualidade da educação, em melhorias no ambiente escolar e na preparação de professores, entre outros pontos.

A melhoria da educação torna os países mais produtivos - com gente mais preparada para o mercado de trabalho - e, consequentemente, mais ricos. Estudo da FGV, com apoio da Fundação Lemann, publicado em 2023, aponta que o aumento das habilidades dos estudantes, ao mesmo tempo em que cresce o acesso à educação, pode elevar o Produto Interno Bruto (PIB) em até 28% para países de renda média-alta, como é o caso do Brasil.


Desafio na educação é duplo: recuperar o atraso e ser mais veloz do que outras economias • TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO
Foi uma grande aposta da Coreia do Sul, por exemplo, que na década de 1950 dedicou quase 80% do orçamento da educação ao ensino primário, conseguindo que os alunos matriculados nessa faixa escolar passassem de 40% para 90% em 10 anos. Depois, o país mudou o foco para a educação secundária e só mais tarde investiu substancialmente no ensino superior, focando em habilidades específicas para suas necessidades econômicas. Além disso, a Coreia adotou outras políticas em paralelo, como a abertura da economia e o investimento em tecnologia de ponta.

A agenda educacional que permita ao Brasil alçar o grupo das nações desenvolvidas é complexa e demanda uma política de Estado, que deve ser capaz de perpassar vários governos e gerações.

O desafio do Brasil é que a corrida pela melhoria do ensino não tem um ponto final. O que deveria ser uma linha de chegada está sempre se movendo adiante, dado que os países que estão à frente seguem avançando. A tarefa brasileira, portanto, é dupla: recuperar o atraso e ser mais veloz do que as outras economias.

"Se a gente deixar mais um quarto de século sem acertar a velocidade (da melhoria da educação) e o modo de viabilizar essa velocidade, acho que tudo indica que o Brasil tenderá a ficar numa segunda liga das nações", diz Ricardo Henriques, superintendente executivo do Instituto Unibanco.

“Se a gente deixar mais um quarto de século sem acertar a velocidade (da melhoria da educação) e o modo de viabilizar essa velocidade, acho que tudo indica que o Brasil tenderá a ficar numa segunda liga das nações”

RICARDO HENRIQUES

superintendente executivo do Instituto Unibanco

É inegável que o aumento dos anos de escolaridade da população brasileira trouxe avanços. Muito pior seria se o País não tivesse feito nada. Em 1992, por exemplo, 67% da população ocupada não tinha instrução ou possuía apenas o ensino fundamental incompleto, enquanto apenas 5,8% haviam concluído o ensino superior.

Em 2024, esses números melhoraram bastante: 19,2% dos trabalhadores não tinham instrução ou possuíam apenas o ensino fundamental incompleto, enquanto a parcela dos que concluíram o ensino superior subiu para 21,9%.







“Apesar de todos os problemas conhecidos da baixa qualidade da educação no Brasil, houve um progresso nas últimas décadas”, diz Fernando Veloso, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/Ibre) e coordenador do Observatório da Produtividade Regis Bonelli, que, ao lado de seus colegas Fernando de Holanda Barbosa Filho e Paulo Peruchetti, se debruçou sobre o tema para entender o impacto da educação na economia brasileira.

Sem avanços na educação, por exemplo, a informalidade teria alcançado 62,3% no ano passado, acima dos 47,5% registrados. O estudo do FGV/Ibre contempla como informais os brasileiros que se enquadram como por conta própria, além daqueles que não têm carteira de trabalho e que atuam como trabalhador familiar auxiliar. “A gente sabe que a informalidade no Brasil é alta, mas ela seria ainda maior, bem maior”, afirma Veloso.





A renda do trabalhador também seria menor se o País não tivesse colocado mais brasileiros na escola. O rendimento médio do trabalho teria sido de R$ 2.144,98, abaixo dos R$ 3.260,44 observados em 2024.

Os achados do Ibre foram feitos com base em exercícios contrafactuais. Ou seja, simular como a informalidade e a renda teriam se comportado sem o aumento nos anos de escolaridade da população.

O que os números da pesquisa mostram é que a educação jogou a favor da melhora da produtividade do Brasil, mas outros fatores, como o ambiente de negócios e as sucessivas crises enfrentadas pelo País, acabaram anulando esse ganho.

“As pessoas estão estudando mais e ganhando salários melhores, mas o ambiente econômico foi se deteriorando”, afirma Veloso.

Classificação ruim
O grande nó é que mais tempo na escola não se revelou em um aprendizado de qualidade quando comparado com outros países. A última prova do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), de 2022, mostrou que o Brasil ocupou a 52.ª posição em leitura entre 81 países. Nas avaliações de matemática e ciências, o País apareceu nas posições 65 e 61, respectivamente.

“Fomos bem-sucedidos em fazer com que as crianças ficassem na escola até o final do ensino médio. Só que elas aprendem muito pouco. Há um problema crônico de aprendizado tanto nas escolas públicas como na maioria das escolas privadas”, diz Naercio Menezes Filho, professor titular da Cátedra Ruth Cardoso no Insper. “Em qualquer avaliação internacional, as crianças brasileiras estão entre as que menos aprendem.”
















Principal exame para avaliar estudantes em todo o mundo, o Pisa é respondido por estudantes de 15 anos. Os jovens que fazem a prova são de países que integram a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e de nações convidadas, como é o caso do Brasil.

“Para o crescimento econômico, muito mais importante do que o aumento da escolaridade é a qualidade da educação que está embarcada nesse aumento. Não basta só a população estar mais escolarizada. Essa escolarização tem de ser com aprendizado significativo, com o desenvolvimento relevante”, afirma Henriques, do Instituto Unibanco.

Universalização tardia
O governo brasileiro demorou para universalizar o ensino. O País conseguiu colocar todas as crianças na escola apenas no final do século passado, muito depois de outras nações. Nos anos 1930, por exemplo, a Argentina já tinha 62% das crianças na escola primária, e o Chile, 73%. No Brasil, eram apenas 21,5%.

“Quem estava empatado com a gente era a Coreia, que tinha 22% das crianças na escola (nos anos 1930). Mas quando os anos 1960 chegam ao fim, se olharmos para o ensino primário, o Brasil tinha alcançado 40%, e a Coreia já tinha universalizado”, afirma Claudia Costin, ex-diretora de Educação do Banco Mundial.

O período na escola é importante não só para o aprendizado do aluno, mas para perpetuar a importância da educação para as gerações futuras. Estudos mostram que os anos de escolaridade dos pais impactam nas chances de sucesso escolar das crianças. “As gerações anteriores estudaram muito pouco. Esse é um problema que o Brasil vai carregar ainda por algum tempo”, diz Claudia.





A lentidão do Brasil para universalizar explica apenas parte do insucesso na educação. A mudança de patamar educacional requer medidas como melhorar a infraestrutura das escolas - algumas não têm água potável; outras carecem de sanitários adequados e de acesso à internet - e rever a formação de professores e requalificá-los.

É necessário ainda criar um sistema de avaliações e fazer com que o ensino seja capaz de desenvolver competências mais analíticas e personalizadas para o estudante. São mudanças importantes para preparar os jovens para as novidades impostas pela nova economia.

“A visão mais importante é como a educação pública e a privada investem para atualizar as competências e as habilidades que são necessárias para as pessoas na vida adulta na conjuntura atual. O mundo mudou muito no último quarto de século”, afirma Henriques.

“As gerações anteriores estudaram muito pouco. Esse é um problema que o Brasil vai carregar ainda por algum tempo”

CLAUDIA COSTIN

Ex-diretora de Educação do Banco Mundial

O Brasil ainda tem uma demanda de aumentar o ensino em tempo integral. Os países que obtiveram sucesso foram capazes de aumentar o período que os estudantes passam em sala de aula, o que permite a eles se aprofundar em mais conteúdos e que os professores possam se dedicar exclusivamente a uma escola. Aqui, para completar a jornada de trabalho semanal, o professor acaba se dividindo em várias unidades.

“Quando tem tempo integral, o professor pode ser prioritariamente alocado para uma única escola”, afirma Claudia. “Se ele mora no interior, muitas vezes dá aula em dois ou três municípios diferentes para completar a carga horária.”

As transformações econômicas exigem que os professores não sejam apenas transmissores de conteúdo para uma criança ou um jovem. Eles devem atuar como uma espécie de tutor ao longo da trajetória dos alunos. Hoje, aponta Claudia, sete em cada dez professores são formados por meio do EAD (educação a distância) e não há diálogo entre teoria e prática.

“Se o estudante pensa nos seus sonhos e transforma isso em projeto de vida, ou seja, se ele tem uma mentoria para pensar em seu projeto de futuro, especialmente os jovens de área mais vulnerável, isso é fundamental”, afirma Claudia. “E se ele se descobre o empreendedor da sua própria vida, o engajamento dele se torna muito maior. Isso se conecta com a educação do futuro.”
No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
April 27, 7:48 AM
Scoop.it!

Teaching AI Ethics 2025: Introduction

Teaching AI Ethics 2025: Introduction | Inovação Educacional | Scoop.it
The original series of articles came from that early research where I identified nine particular areas of concern that I thought educators should be aware of. They were:
No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
April 26, 9:30 PM
Scoop.it!

A explosão de cirurgias plásticas na China: 'Fiz 100 operações e nunca vou parar'

A explosão de cirurgias plásticas na China: 'Fiz 100 operações e nunca vou parar' | Inovação Educacional | Scoop.it
Aplicativos de escaneamento facial, influenciadores de redes sociais e padrões de beleza tóxicos estão alimentando o boom da cirurgia estética na China.
No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
April 26, 9:25 PM
Scoop.it!

O chocolate vendido no Brasil realmente está pior?

O chocolate vendido no Brasil realmente está pior? | Inovação Educacional | Scoop.it
Segundo especialistas ouvidas pela BBC News Brasil, a percepção de que o chocolate vendido em larga escala no país hoje "é pura gordura e açúcar" faz sentido
No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
April 26, 4:44 PM
Scoop.it!

Família na escola: como ações de integração podem ajudar

Família na escola: como ações de integração podem ajudar | Inovação Educacional | Scoop.it
Quando falamos em educação, logo pensamos no papel fundamental que a escola desempenha na formação de cidadãos. A verdade é que ela não pode trabalhar sozinha, sendo fundamental que a família seja integrada nesse processo tão importante para os estudantes, sempre visando a melhora do ensino como um todo. 

Mesmo não sendo uma tarefa fácil, o estabelecimento de uma relação entre as famílias e a escola pode proporcionar resultados satisfatórios para a qualidade da aprendizagem dos estudantes e deve ser amplamente discutido para que cada vez mais se consolide na rede de ensino. Por isso, é de extrema importância conscientizar os pais e responsáveis para que haja essa união entre as duas partes. 
No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
April 25, 5:15 PM
Scoop.it!

Com a chegada de muitos estudantes "robôs", faculdades comunitárias lutam para responder

Com a chegada de muitos estudantes "robôs", faculdades comunitárias lutam para responder | Inovação Educacional | Scoop.it
Quando o semestre da primavera começou, a professora Elizabeth Smith, do Southwestern College, sentiu-se bem. Duas de suas aulas online estavam completamente lotadas, com 32 alunos cada. Até as listas de espera das turmas, que comportavam 20 alunos, estavam lotadas. Isso nunca tinha acontecido antes. 

“Os professores ficam animados quando há muito interesse em suas aulas. Eu pensei: 'Ótimo, vou ter um monte de alunos interessados ​​e aprendendo'”, disse Smith. “Mas rapidamente ficou claro que não era o caso.” 

No final das duas primeiras semanas do semestre, Smith havia reduzido os 104 alunos matriculados em suas aulas, incluindo aqueles na lista de espera, para apenas 15. O restante, ela concluiu, eram alunos falsos, muitas vezes chamados de bots. 

"É uma experiência surreal e de cortar o coração", disse Smith. "Agora não estou dando aulas, estou interpretando um policial." 

Ela está longe de ser a única professora a lidar com essa tendência. Desde que a pandemia forçou as escolas a adotar o modelo virtual, o número de aulas online oferecidas por faculdades comunitárias disparou. Isso foi um avanço bem-vindo para muitos alunos que valorizam a flexibilidade que as aulas online oferecem. Mas também deu origem ao fenômeno incrivelmente invasivo e singularmente moderno de estudantes robôs que agora assedia professores de faculdades comunitárias como Smith. 

O objetivo dos robôs é fraudar o auxílio financeiro estadual e federal matriculando-se em cursos e permanecendo matriculado neles por tempo suficiente para que os desembolsos sejam liberados. Eles costumam fazer isso enviando trabalhos gerados por IA. E como as faculdades comunitárias aceitam todos os candidatos, elas têm sido quase exclusivamente afetadas pela fraude.  

Isso colocou os professores na linha de frente de uma guerra contra a fraude em constante evolução, prejudicou a experiência de ensino e criou barreiras significativas ao acesso dos alunos aos cursos. O que tornou a situação na Southwestern ainda mais difícil, dizem alguns professores, é a sensação de que os administradores não fizeram o suficiente para conter a crise. 

'Não costumávamos ter que decidir se nossos alunos eram humanos' 

Um aluno digita em um laptop no Southwestern College em Chula Vista em 9 de abril de 2025. / Foto de Vito di Stefano para a Voice of San Diego

Curva de aprendizado
Sua atualização quinzenal sobre o estado da educação nas escolas do Condado de San Diego.

INSCREVA-SE
Navegue por todos os boletins informativos em vosd.org/newsletters

As faculdades comunitárias começaram a ver bots gerenciados por redes de fraude invadirem aulas por volta de 2021. Esses bots geralmente parecem ser pessoas reais gerenciando redes de pseudônimos falsos de alunos. Quanto mais eles gerenciam, mais dinheiro de auxílio financeiro podem roubar. 

Quatro anos depois, não há sinais claros de que o ritmo esteja diminuindo. Só em 2024, estudantes fraudulentos em faculdades comunitárias da Califórnia desviaram mais de US$ 11 milhões em auxílio financeiro estadual e federal — mais que o dobro do valor roubado no ano anterior. 

No ano passado, o gabinete do chanceler estadual estimou que 25% dos candidatos a faculdades comunitárias eram robôs . 

Apesar da quantia exorbitante, os líderes estaduais rapidamente apontam que ela representa uma fração dos cerca de US$ 3,2 bilhões em auxílio financeiro estadual e federal desembolsados ​​no ano passado. Mas, para muitos professores de faculdades comunitárias, especialmente aqueles que ministram cursos online, o fluxo de alunos robôs mudou o significado da profissão docente, disse Eric Maag, que leciona na Southwestern há 21 anos. 

“Não precisávamos decidir se nossos alunos eram humanos; todos eram pessoas. Mas agora existe esse ceticismo porque um número cada vez maior de pessoas que ensinamos não são reais. Temos que ter essas conversas com os alunos, tipo: 'Você é real? Seu trabalho é real?'”, disse Maag. “É realmente complicado, a relação entre o professor e o aluno é quase fundamental.” 

Essas investigações lideradas por professores se tornaram mais difíceis ao longo dos anos, dizem os professores. Embora alguns robôs simplesmente não entreguem trabalhos de aula e esperem se safar, eles também usam frequentemente programas de IA para gerar trabalhos de aula que depois entregam. Determinar se um aluno é um robô pode ser uma tarefa confusa. Afinal, até mesmo alunos reais usam IA para fazer a boa e velha cola nas aulas. 

No entanto, existem alguns padrões. Cursos online assíncronos tendem a ser os mais afetados. O mesmo ocorre com turmas com grande número de alunos e cursos de curta duração, como aqueles com duração de apenas oito semanas. Alguns professores também disseram que turmas cujos nomes começam com letras no início do alfabeto também são mais afetadas. 

O tempo gasto na detecção de bots no estilo Blade Runner também sobrecarregou os professores, disse Caree Lesh, conselheira e presidente do Senado Acadêmico do Southwestern College.  

“É muito difícil criar um senso de comunidade e ajudar os alunos que estão com dificuldades quando você passa as primeiras semanas tentando descobrir quem é um bot”, disse ela. 

No entanto, encontrar os alunos fraudados o quanto antes é fundamental. Se eles puderem ser identificados e retirados antes da terceira semana do semestre, quando a Southwestern distribui os fundos de auxílio, os robôs não recebem o dinheiro que buscam. Isso também permite que os professores abram as vagas ocupadas pelos golpistas para alunos reais que foram excluídos. Mas a eliminação de um grande número de alunos também pode ser assustadora para os professores, que temem que, caso suas turmas não fiquem lotadas, eles possam ser demitidos.  

Mesmo depois de expulsar os alunos fraudulentos, o pesadelo dos bots não acabou.  

Assim que as vagas são abertas nas turmas, os professores costumam receber centenas de e-mails quase idênticos de supostos alunos solicitando sua inclusão na turma. Esses e-mails costumam soar como um alarme linguístico.  

Elas apresentam frases desajeitadas, incomuns para estudantes modernos, como "Por favor, solicito", "Atenciosamente" ou "Aguardo sua resposta positiva". Grande parte dessa linguagem rebuscada condiz com o que ela viu no conteúdo gerado por IA enviado por estudantes robôs. 

Essa corrida louca por bots para se inscrever impediu que alguns alunos se matriculassem nas aulas de que precisavam. Também deu origem a uma espécie de rede de sussurros, na qual os professores recomendam que os alunos os mencionem pelo nome ao tentarem ser adicionados a outras aulas. 

Kevin Alston, professor de administração que leciona na Southwestern há quase 20 anos, se deparou com incidentes ainda mais preocupantes. Em um semestre anterior, ele chegou a ligar para alguns dos alunos matriculados em suas aulas, mas que não haviam entregue nenhum trabalho.  

"Um aluno disse: 'Não estou na sua turma. Nem estou mais no estado da Califórnia'", lembrou Alston.  

O aluno contou que havia se matriculado na mesma turma dois anos antes, mas que havia se mudado para uma universidade de quatro anos fora do estado.  

"Eu disse: 'Ah, então os robôs pegaram sua carteira de estudante e seu nome e te matricularam novamente no Southwestern College. Agora eles estão coletando auxílio financeiro em seu nome'", disse Alston.  

Um jogo de Whack-A-Mole 

Estudantes de faculdade comunitária no Southwestern College em Chula Vista em 9 de abril de 2025. / Foto de Vito di Stefano para a Voice of San Diego
Mas o que exatamente faculdades como a Southwestern farão a longo prazo não está totalmente claro, pelo menos em parte porque o que elas farão terá que mudar constantemente. Os robôs, assim como a tecnologia de IA que frequentemente os sustenta, estão em constante evolução, deixando alguns líderes com a sensação de estarem jogando um jogo de "acerte a toupeira" com apostas altas. Isso também tornou difícil para os líderes se manterem à frente dos robôs, disse Mark Sanchez, superintendente/presidente da Southwestern. 

A faculdade lançou uma Força-Tarefa de Mitigação de Matrículas Falsas que se reúne regularmente para encontrar maneiras de se manter à frente dos bots. Mas, ultimamente, as autoridades distritais têm sido mais proativas em seus ataques de bots. Um relatório recente concluiu que cerca de 1.600 dos 26.000 alunos matriculados na faculdade eram bots. Os líderes distritais então retiraram os bots suspeitos das aulas em massa e exigiram que eles comprovassem que eram reais. Poucos o fizeram.  

Sanchez tratou exatamente a forma como a faculdade identificou bots suspeitos quase como uma técnica de espionagem classificada. 

“Temos um conjunto completo de parâmetros que estamos usando... Mas não quero nada impresso que alunos fraudulentos possam ver e dizer: 'Ok, é isso que eles estão usando. Vamos encontrar soluções alternativas para esses parâmetros', porque aí teríamos que começar tudo de novo”, disse ele. 

Em última análise, porém, ele acredita que grande parte da responsabilidade de capturar bots precisa recair sobre o estado. Quando os alunos se inscrevem na Southwestern, eles usam um sistema de inscrição estadual. Assim, quando a faculdade recebe uma lista de inscritos, já está lotada de alunos fraudados. 

“O que pedimos ao estado é que coloque protocolos realmente sólidos no sistema CCC Apply”, disse Sanchez. 

O sistema de faculdades comunitárias da Califórnia investiu mais recursos na detecção de estudantes fraudulentos, firmando parcerias com algumas empresas de tecnologia, como a ID.me, para autenticar alunos. Mas isso ainda não impediu os bots. Até março, os golpistas já haviam desviado quase US$ 4 milhões em auxílio financeiro federal e estadual. 

Tracy Schaelen é a coordenadora do corpo docente de educação a distância da Southwestern. Nessa função, ela interage com muitos dos instrutores online da faculdade. O status quo atual, em que os professores passam horas e horas investigando alunos suspeitos, simplesmente não é sustentável, disse ela.  

"Professores são contratados para ensinar. Essa é a especialidade deles, e é isso que os alunos esperam deles", disse Schaelen. 

Essa solução também não pode ser a eliminação total das aulas online, disse Schaelen. Os alunos têm cada vez mais optado por opções online , especialmente os alunos mais velhos e trabalhadores atendidos pelas faculdades comunitárias. O que realmente é necessário é uma solução tecnológica, disse ela. 

“Se reduzirmos o acesso, isso impactará nossos alunos reais”, disse ela. “Nosso objetivo é oferecer suporte aos nossos alunos reais, então a solução precisa estar nos bastidores, impedindo a entrada de bots, e não restringindo o acesso.”  

'O distrito não está se esforçando' 
Todos concordam que este é um problema nacional, não algo que afete exclusivamente a região do Sudoeste. Ainda assim, alguns professores acreditam que a administração da faculdade tem feito muito pouco para controlar a crise. Anos se passaram, mas o problema só piorou. 

"Estou extremamente decepcionado com o Southwestern College. Sinto que as pessoas que relataram isso foram ignoradas, ridicularizadas e tratadas como se não estivessem dizendo a verdade", disse Smith, o professor cujas aulas estavam cheias de robôs.  

Ela disse que tem muitos amigos que trabalham em outras faculdades comunitárias e que não conseguem acreditar que os professores da Southwestern ainda precisam passar horas do dia brincando de detetive. 

"Eles dizem: 'Sim, tivemos esse problema – há um ano. Não temos mais esse problema'", disse Smith. 

Sanchez disse entender que as pessoas querem uma "solução mágica" para resolver a crise dos bots, mas isso simplesmente não é possível. A tecnologia usada pelos golpistas é muito sofisticada e a velocidade com que eles se adaptam é muito rápida. Ele também acrescentou que sente que a frustração vem principalmente de "uma pessoa", que tem expressado publicamente sua consternação.  

“A maioria das pessoas no campus percebeu o trabalho que estamos tentando fazer para mitigar esse problema”, disse Sanchez. 

Simplesmente não é o caso, disse Lesh. Como presidente do senado acadêmico, ela ouviu de muitos professores que compartilham a frustração com a percepção de falta de ação.  

"Muitas pessoas têm expressado em reuniões do senado acadêmico sobre o quão frustradas estão porque parece que o distrito não está se mobilizando tão rapidamente quanto o corpo docente gostaria e estão deixando a tarefa de resolver o problema em nossos ombros", disse ela. 
No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
April 25, 5:00 PM
Scoop.it!

OpenAI seeks to make its upcoming 'open' AI model best-in-class

OpenAI seeks to make its upcoming 'open' AI model best-in-class | Inovação Educacional | Scoop.it
TechCrunch was able to learn several details about OpenAI's upcoming 'open' AI reasoning model, which could be released early summer 2025.
No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
April 25, 10:48 AM
Scoop.it!

MEC estima que metade dos polos EAD será fechada com novas regras para o setor; entenda

MEC estima que metade dos polos EAD será fechada com novas regras para o setor; entenda | Inovação Educacional | Scoop.it

Metade dos 50 mil polos de ensino superior a distância do País deve deixar de funcionar conforme estimativa do Ministério da Educação (MEC). Segundo o diretor de Regulação de Educação Superior da pasta, Daniel Ximenes, as novas normas para o setor vão estabelecer uma “estrutura mínima” desses locais, o que levará ao fechamento de muitos deles.
Os polos são ambientes que teoricamente garantiriam espaço pedagógico para o aluno de EAD em cidades onde não há uma estrutura de faculdade, mas a legislação de 2017 permitiu que eles fossem criados sem autorização prévia ou mesmo avaliação do MEC. O governo sequer visita esses locais para que possam funcionar e atualmente há polos que se resumem a salas em cima de padarias ou de postos de gasolina.
Governo já indicou que vetará graduações 100% remotas nas áreas de Engenharia e de Saúde Foto: naknakhone/Adobe Stock
“No modelo de hoje, a gente visita os municípios por aí e eles são salas comerciais”, diz Ximenes, ao participar de um evento no Semesp, entidade que reúne instituições de ensino superior particulares, em São Paulo, nessa quinta-feira, 24.
Segundo ele, as normas farão parte do decreto presidencial elaborado pelo MEC e que aguarda análise da Casa Civil para ser publicado. A expectativa é de que ele seja publicado nas próximas semanas, após sucessivos adiamentos.
Segundo a reportagem apurou, a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avalia qual a melhor forma de fazer a comunicação das mudanças, já que o EAD atende majoritariamente a população mais pobre. Como o Estadão mostrou, o governo diz que vetará cursos 100% online nas Engenharias e na área da Saúde, em cursos como Medicina, Enfermagem, Fisioterapia, Farmácia e Nutrição.
O EAD é apontado como uma alternativa para tornar o ensino superior mais acessível para a população mais pobre e em áreas remotas. Por outro lado, motiva críticas de especialistas sobre a qualidade da oferta - sobretudo em áreas consideradas prioritárias, como a saúde e a formação de professores (em que graduações totalmente online já foram totalmente barradas).
‘Há um exagero de polos’
“O decreto orientará qual deve ser a estrutura mínima de polo, que é um espaço para acolhimento com laboratórios, conectividade, coisas que parecem óbvias, mas que não estão devidamente reguladas”, afirmou.
Os polos também passarão a ser avaliados, diz o diretor. “Não é o que o MEC vai sair fechando, mas naturalmente haverá saneamento dessa quantidade, ajustes, hoje há um exagero de polos”, afirma.
Segundo ele, as instituições, no entanto, terão um prazo de cerca de dois anos para se adaptar às novas regras. Ele acredita que a exigência de uma estrutura mínima para esses ambientes vai “valorizar a expansão e a interiorização que a EAD”.
“A gente precisa dar condição em um País como o Brasil para que o aluno possa acessar algumas estruturas básicas, já que ele não tem uma faculdade para frequentar. Muitos alunos estão em situação de pobreza, sem bom celular, dividindo o quarto, não têm condição de ter espaço de estudo na sua casa.”
“Não se trata de perseguir o setor privado, é uma lógica de qualidade”, afirmou. Ximenes fez questão de enfatizar várias vezes durante sua palestra no evento para representantes das faculdades que o ministério quer um “pacto pela credibilidade da EAD no País”. Reforçou também que o MEC “é defensor da EAD” e disse que o modelo é uma “tendência irreversível” no mundo atual, mais dinâmico e tecnológico.

No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
April 25, 10:02 AM
Scoop.it!

Advogada à frente da  Orquestra Sinfônica Brasileira quer romper a ideia de que a música clássica é ‘uma coisa antiga’

Advogada à frente da  Orquestra Sinfônica Brasileira quer romper a ideia de que a música clássica é ‘uma coisa antiga’ | Inovação Educacional | Scoop.it
Ana Flávia Cabral defende o uso de inteligência artificial no aprendizado e na produção e busca abraçar a diversidade, levando mais mulheres para posições de liderança
No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
April 25, 10:00 AM
Scoop.it!

Mais da metade dos trabalhadores de plataformas digitais da AL e Caribe atua para empresas do exterior 

Mais da metade dos trabalhadores de plataformas digitais da AL e Caribe atua para empresas do exterior  | Inovação Educacional | Scoop.it

Mais da metade dos trabalhadores de plataformas digitais da América Latina e Caribe (53%) atua para empresas do exterior, segundo pesquisa divulgada nesta segunda-feira (21) pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), ligada à ONU. O levantamento mostra também que 93% dos trabalhadores dessas plataformas vivem em áreas urbanas.
O relatório considera como trabalho em plataformas digitais atividades que variam de programação e design gráfico a microtarefas repetitivas, como classificação de dados ou treinamento de sistemas de inteligência artificial.
“Este relatório é uma ferramenta fundamental para fortalecer o diálogo social e enriquecer os debates sobre como promover o trabalho decente em um ambiente digital em rápida evolução”, disse Ana Virginia Moreira Gomes, diretora regional da OIT para América Latina e Caribe.
“O crescimento da economia de plataforma abriu novos mercados e criou empregos com alta flexibilidade e baixas barreiras de entrada”, diz o estudo.
“No entanto, ela também impõe desafios para garantir que os trabalhadores tenham acesso a empregos decentes, dado que esta nova forma de trabalho traz consigo o risco de operar fora das regulamentações trabalhistas e da proteção social”, afirmam os pesquisadores.
O estudo relata que, em março de 2023, foi apresentada uma análise ao Conselho de Administração da OIT sobre as lacunas regulatórias dos trabalhos que envolvem plataformas digitais. “Neste contexto, a pesquisa da OIT foi elaborada para enriquecer os debates sobre a questão normativa”, diz o estudo, destinado a oferecer dados numéricos que buscam classificar o trabalho digital na América Latina por categorias.
Neste contexto, o estudo divide o trabalho online em dois grandes grupos. O primeiro é formado pela atividade que organiza e conecta a oferta e a demanda de trabalhadores para tarefas baseadas na web, como as que abrangem tarefas de programação e design gráfico, microtarefas administrativas e treinamento de sistemas de inteligência artificial, permitindo a conexão global entre diferentes atores do mercado distantes uns dos outros.
O segundo grupo inclui plataformas de transporte, entregas e alojamento, onde as tarefas são atribuídas de acordo com a demanda local. “Essa é uma classificação que simplifica um mundo de trabalho online cada vez mais complexo, mas ajuda a delimitar o objeto de análise, que é a natureza do trabalho em plataformas digitais para tarefas baseadas na rede”, diz o estudo.
O estudo ouviu 1.153 trabalhadores em 21 países da região. A quase totalidade deles (93%) vive em áreas urbanas. Eles têm idade média de 33 anos e 38% têm formação em grau de licenciatura ou equivalente.
Em relação ao regime de trabalho, 41,7% têm emprego formal com salário mensal ou anual e 31,2% são contratados como freelancer.
A OIT destaca que diferentemente de redes de transporte ou entrega — 90% dos trabalhadores de plataformas digitais do primeiro grupo, a de atividades mais ligadas ao home office, indicam que seus contratantes estão localizados fora da América Latina e do Caribe, principalmente nos EUA e no Canadá.
O relatório estima que na América Latina e Caribe o setor emprega cerca de 12 milhões de trabalhadores principais, 21 milhões de trabalhadores secundários e 14 milhões de trabalhadores marginais.
A OIT estima que o trabalho em plataformas digitais representa 1,7% do emprego privado no Brasil e 0,5% no Chile.

No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
April 25, 9:10 AM
Scoop.it!

'Science of Reading’ Advocates Underscore: It’s Not Just About Phonics

'Science of Reading’ Advocates Underscore: It’s Not Just About Phonics | Inovação Educacional | Scoop.it
Students need ‘serious and intentional’ teaching about the structure of language.
No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
April 25, 9:02 AM
Scoop.it!

Reino Unido exigirá que redes sociais protejam crianças de conteúdo adulto

Reino Unido exigirá que redes sociais protejam crianças de conteúdo adulto | Inovação Educacional | Scoop.it
A agência de supervisão das telecomunicações no Reino Unido (Ofcom) anunciará nesta semana códigos de boas práticas para impedir que crianças tenham acesso a conteúdo adulto em plataformas como X e Meta, como parte da Lei de Segurança On-line, que emerge como um possível ponto de tensão nas negociações comerciais entre Reino Unido e Estados Unidos.

As plataformas de relacionamento social on-line, assim como os serviços de busca e de jogos eletrônicos, serão informadas que precisam remover ou restringir de acordo com a idade o acesso a conteúdo adulto, como pornografia, ou encontrar outras formas de proteger crianças de certos materiais “legais, mas prejudiciais”, segundo fontes a par do assunto.

A lei, que está sendo implementada em etapas após ser aprovada em 2023, marca uma das maiores reformulações na maneira como os britânicos acessam as plataformas sociais on-line, incluindo Instagram, X e Facebook.

A executiva-chefe (CEO) da Ofcom, Melanie Dawes, disse ao “Financial Times” em 2024 que o setor se deparava com uma “grande mudança” em sua forma de operar.

Na prática, os códigos trazem grandes mudanças no modo como os algoritmos distribuem o conteúdo adulto, removendo-o completamente ou implementando verificações rigorosas de idade para impedir que menores de 18 anos acessem sites e aplicativos com esse tipo de material.

As plataformas sociais on-line podem precisar passar a usar ferramentas rigorosas de verificação de idade, como exigir detalhes de cartão de crédito pela primeira vez, ou tecnologias como estimativa facial da idade.

As firmas de tecnologia terão outras maneiras de impedir que crianças vejam material adulto - como usar áreas “limpas”, nas quais se removeria qualquer tipo de pornografia, que muitas vezes é comum até em plataformas com limites de idade abaixo de 18 anos.

Pela lei, além de pornografia, menores de 18 anos não podem mais deparar-se com publicações sobre suicídio, automutilação e transtornos alimentares, e devem ser protegidos de material misógino, violento, odioso ou abusivo, segundo a Ofcom.

Os códigos sugerem medidas práticas que as plataformas podem adotar para cumprir suas obrigações, como configurar os algoritmos para filtrar conteúdo prejudicial de alimentação das plataformas sociais on-line e das buscas que crianças fazem na internet.

As empresas de tecnologia tiveram até a semana passada para realizar o que se chamou de “avaliação de acesso infantil”, para determinar se seu serviço - ou parte dele - tinha probabilidade de ser acessado por crianças. Facebook, Instagram, Snap, X e TikTok permitem usuários a partir de 13 anos.

Não consigo imaginar o governo de Keir Starmer oferecer a segurança infantil em troca de um acordo comercial”
— Beeban Kidron
As empresas têm até o fim de julho para concluir uma avaliação separada dos riscos que seu serviço representa para crianças e, em seguida, começar a aplicar medidas para mitigar esses riscos. Empresas que violarem a lei poderão receber multas de até 18 milhões de libras esterlinas (US$ 23 milhões) ou 10% de sua receita mundial.

A Ofcom também deve lançar uma consulta adicional sobre outras medidas, como o uso de inteligência artificial (IA), para combater conteúdo ilegal, e da chamada “comparação de hash”, para impedir o compartilhamento de imagens íntimas não consensuais e conteúdo terrorista.

A técnica compara certos conteúdos, como vídeos, fotos ou textos, com um banco de dados de conteúdo ilegal.

A agência reguladora também proporá protocolos de resposta a crises para eventos emergenciais, como as manifestações que irromperam no Reino Unido no terceiro trimestre.

Partes da Lei de Segurança On-line - como ordenar que plataformas sociais on-line, ferramentas de busca e aplicativos de mensagens removam rapidamente material ilegal e reduzam o risco de que esse conteúdo apareça - já foram colocadas em vigor.

No entanto, ativistas defensores da segurança on-line temem que os EUA exijam que a lei seja atenuada como parte de negociações comerciais com os EUA, tendo em vista que as novas imposições recaem em grande parte sobre sites de plataformas com sede no país.

Autoridades americanas fizeram questionamentos sobre a lei em uma reunião com a Ofcom em março, enquanto o vice-presidente dos EUA, J. D. Vance, levantou questões sobre violações da liberdade de expressão relacionadas a empresas de tecnologia americanas quando o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, visitou a Casa Branca, em fevereiro.

“Não consigo imaginar um cenário em que o governo de Keir Starmer ofereceria a segurança infantil em troca de um acordo comercial, porque fazer isso seria, na prática, tornar o governo inapto para governar”, disse a baronesa Beeban Kidron, membro independente da Câmara dos Lordes, a câmara alta do Parlamento, do Reino Unido, e ativista pelos direitos digitais.

A Snap informou que “apoia os objetivos da Lei de Segurança On-line e que continua a trabalhar com a Ofcom em sua implementação”.

A Meta informou que todos os adolescentes do Reino Unido usuários de suas plataformas, incluindo Instagram e Facebook, foram transferidos para novas “Contas de Adolescentes” para ajudar a cumprir as novas regulamentações, embora pessoas de 17 e 18 anos possam desativar as restrições.

O X informou estar “tomando todas as medidas necessárias para garantir a conformidade com a lei do Reino Unido”, enquanto o TikTok ressaltou que também cumprirá as disposições.
No comment yet.
Scooped by Inovação Educacional
April 25, 9:00 AM
Scoop.it!

Movimento sindical brasileiro na encruzilhada

O movimento sindical tradicional está numa encruzilhada. E isso não ocorre apenas no Brasil, onde partidos de centro têm ocupado espaços estratégicos nesse campo e muitos trabalhadores por aplicativos se identificam mais com a oposição.
No comment yet.