 Your new post is loading...
 Your new post is loading...
|
Scooped by
Inovação Educacional
September 10, 2024 9:19 AM
|
O que acontece quando a maioria faz uso de uma IA para realizar suas atividades laborais? E, no caso dos estudantes, quando os trabalhos passam a ser produzidos com o apoio de uma IA generativa? Luciano Sathler É PhD em administração pela USP e membro do Conselho Deliberativo do CNPq e do Conselho Estadual de Educação de Minas Gerais As diferentes aplicações de Inteligência Artificial (IA) generativa são capazes de criar novos conteúdos em texto, imagens, áudios, vídeos e códigos para software. Por se tratar de um tipo de tecnologia de uso geral, a IA tende a ser utilizada para remodelar vários setores da economia, com impactos políticos e sociais, assim como aconteceu com a adoção da máquina a vapor, da eletricidade e da informática. Pesquisas recentes demonstram que a IA generativa aumenta a qualidade e a eficiência da produção de atividades típicas dos trabalhadores de colarinho branco, aqueles que exercem funções administrativas e gerenciais nos escritórios. Também traz maior produtividade nas relações de suporte ao cliente, acelera tarefas de programação e aprimora mensagens de persuasão para o marketing. O revólver patenteado pelo americano Samuel Colt, em 1835, ficou conhecido como o "grande equalizador". A facilidade do seu manuseio e a possibilidade de atirar várias vezes sem precisar recarregar a cada disparo foram inovações tecnológicas que ampliaram a possibilidade individual de ter um grande potencial destrutivo em mãos, mesmo para os que tinham menor força física e costumavam levar desvantagem nos conflitos anteriores. À época, ficou famosa a frase: Abraham Lincoln tornou todos os homens livres, mas Samuel Colt os tornou iguais. Não fazemos aqui uma apologia às armas. A alegoria que usamos é apenas para ressaltar a necessidade de investir na formação de pessoas que sejam capazes de usar a IA generativa de forma crítica, criativa e que gerem resultados humanamente enriquecidos. Para não se tornarem vítimas das mudanças que sobrevirão no mundo do trabalho. A IA generativa é um meio viável para equalizar talentos humanos, pois pessoas com menor repertório cultural, científico ou profissional serão capazes de apresentar resultados melhores se souberem fazer bom uso de uma biblioteca de prompts. Novidade e originalidade tornam-se fenômenos raros e mais bem remunerados. A disseminação da IA generativa tende a diminuir a diversidade, reduz a heterogeneidade das respostas e, consequentemente, ameaça a criatividade. Maior padronização tem a ver com a automação do processo. Um resultado que seja interessante, engraçado ou que chama atenção pela qualidade acima da média vai passar a ser algo presente somente a partir daqueles que tiverem capacidade de ir além do que as máquinas são capazes de entregar. No caso dos estudantes, a avaliação da aprendizagem precisa ser rápida e seriamente revista. A utilização da IA generativa extrapola os conceitos usualmente associados ao plágio, pois os produtos são inéditos – ainda que venham de uma bricolagem semântica gerada por algoritmos. Os relatos dos professores é que os resultados melhoram, mas não há convicção de que a aprendizagem realmente aconteceu, com uma tendência à uniformização do que é apresentado pelos discentes. Toda Instituição Educacional terá as suas próprias IAs generativas. Assim como todos os professores e estudantes. Estarão disponíveis nos telefones celulares, computadores e até mesmo nos aparelhos de TV. É um novo conjunto de ferramentas de produtividade. Portanto, o desafio da diferenciação passa a ser ainda mais fundamental diante desse novo "grande equalizador". Se há mantenedores ou investidores sonhando com a completa substituição dos professores por alguma IA já encontramos pesquisas que demonstram que o uso intensivo da Inteligência Artificial leva muitos estudantes a reduzirem suas interações sociais formais ao usar essas ferramentas. As evidências apontam que, embora os chatbots de IA projetados para fornecimento de informações possam estar associados ao desempenho do aluno, quando o suporte social, bem-estar psicológico, solidão e senso de pertencimento são considerados, isso tem um efeito negativo, com impactos piores no sucesso, bem-estar e retenção do estudante. Para não cair na vala comum e correr o risco de ser ameaçado por quem faz uso intensivo da IA será necessário se diferenciar a partir das experiências dentro e fora da sala de aula – online ou presencial; humanizar as relações de ensino-aprendizagem; implementar metodologias que privilegiem o protagonismo dos estudantes e fortaleçam o papel do docente no processo; usar a microcertificação para registrar e ressaltar competências desenvolvidas de forma diferenciada, tanto nas hard quanto soft skills; e, principalmente, estabelecer um vínculo de confiança e suporte ao discente que o acompanhe pela vida afora – ninguém mais pode se dar ao luxo de ter ex-alunos. Atenção: esse artigo foi exclusivamente escrito por um ser humano. O editor, Michael França, pede para que cada participante do espaço "Políticas e Justiça" da Folha sugira uma música aos leitores. Nesse texto, a escolhida por Luciano Sathler foi "O Ateneu" de Milton Nascimento.
|
Scooped by
Inovação Educacional
March 20, 8:52 AM
|
Grupos de tecnologia devem financiar infraestrutura para a construção de ‘data centers’ que suportarão ‘fábricas de IA’
|
Scooped by
Inovação Educacional
March 20, 8:51 AM
|
Artistas e pessoas envolvidas com a indústria do entretenimento dos Estados Unidos assinaram uma carta aberta endereçada à Casa Branca na qual pedem que o presidente americano proteja os direitos autorais de obras criativas das grandes empresas de inteligência artificial (IA), como Google e OpenAI, conforme noticiou a revista americana "Variety".
|
Scooped by
Inovação Educacional
March 20, 8:45 AM
|
Após pouco mais de dois anos do governo Lula da Silva, os estudantes ainda esperam pela definição das novas regras da educação a distância (EAD) no ensino superior. Tanto tempo indica que passou da hora de o Ministério da Educação (MEC) apresentar um plano que estabeleça com clareza e previsibilidade quais serão os cursos autorizados a funcionar nessa modalidade, de modo a garantir acesso à universidade a milhões de brasileiros, e com qualidade. Desde junho do ano passado, a abertura de novos cursos e novas vagas na modalidade EAD está suspensa em todo o País por ordem do MEC. A medida valeria até o último dia 10 de março, mas, de acordo com portaria do ministério, seu prazo foi prorrogado para 10 de abril “ou até a publicação da regulamentação do novo marco regulatório”. Parece não haver pressa e, na prática, significa que não há prazo algum. Isso porque, como revelou o Estadão, o decreto com essa regulamentação já foi finalizado pelo MEC e deveria ter sido publicado até 31 de dezembro de 2024. A proposta está parada na Casa Civil. O ministro Rui Costa deve ter preocupações mais urgentes do que a formação dos universitários brasileiros, tais como a popularidade de seu líder máximo, hoje em queda livre. Segundo a apuração do Estadão, há a avaliação de que uma atuação rigorosa do governo Lula na regulamentação da EAD poderia levar à reação de parte dos estudantes, vistos não como universitários, mas, ao que tudo indica, apenas como potenciais eleitores do petista. Na visão da cúpula do governo, que só pensa em reeleição, essa modalidade beneficia mais aqueles que votaram ou podem vir a votar em Lula, por se tratar de uma opção mais barata e acessível de curso superior. E hoje essa cúpula vive não para governar, mas para evitar assuntos considerados sensíveis, prejudiciais ou espinhosos para a imagem do presidente-candidato. Ademais, há ainda a pressão de grandes grupos privados que pesa sobre o governo. Dentro das regras até então vigentes, essas empresas expandiram seus negócios no ensino remoto e, claro, temem mudanças que possam impactá-las. Em meio a tantos impasses, é de se perguntar como fica a formação dos estudantes País afora – e são milhões de estudantes. Segundo os dados oficiais mais recentes do MEC, divulgados em outubro do ano passado e referentes a 2023, o Brasil tinha 4,9 milhões de matriculados em EAD, ante 5,06 milhões no presencial. Para se ter uma ideia do avanço do ensino remoto, dez anos antes eram 6,1 milhões de alunos no presencial e 1,1 milhão na EAD. Hoje, de cada dez alunos que ingressam no ensino superior, sete vão para a educação a distância. Para parte dos especialistas, o afrouxamento das regras em 2018 permitiu essa proliferação de cursos sem qualidade assegurada. E até mesmo quem defende essa modalidade de ensino concorda que o mercado hoje está desregulado. Crítico da EAD, o ministro da Educação, Camilo Santana, fala desde o primeiro mês do atual mandato de Lula sobre a necessidade de apresentar uma regulamentação para esse setor. Por isso é no mínimo de se estranhar tanta demora para solucionar esse problema num governo que, sempre que pode, se diz preocupado com a formação superior no Brasil e com a educação de um modo geral. Num evento da ONG Todos pela Educação na quinta-feira, 13, em São Paulo, Santana disse que a regulamentação da EAD deve sair nos “próximos dias”. Mas sobram motivos para duvidar da concretização dessa promessa. E, se o decreto vier a ser publicado, virá tarde. Sem dúvida, a expansão do ensino superior é crucial para o desenvolvimento do País. O Brasil precisa de mão de obra qualificada para enfrentar os desafios de um mundo cada vez mais tecnológico e em constante e acelerada transformação. Cientes disso, milhões de brasileiros frequentam o ensino superior para se capacitarem e melhorarem sua colocação no mercado. Ao recorrerem à EAD, os estudantes buscam uma profissão, e não a compra de uma ilusão. Mas o governo Lula da Silva parece pouco se importar. Cada passo é pensado não no País, mas nos palanques de 2026. Os estudantes, o mercado de trabalho e o Brasil que esperem.
|
Scooped by
Inovação Educacional
March 19, 12:05 PM
|
A jovem Lívia Maria Sales, de 17 anos, cursa o terceiro ano do ensino médio em Poços de Caldas (MG) e desde pequena acumula troféus de olimpíadas científicas. “Eu me interesso por entender como as coisas funcionam na prática. Com nove anos, já era apaixonada por ciências exatas, graças a uma professora muito boa, que me ajudou a ser mais curiosa e a querer aprender”, conta Lívia, que está decidindo que carreira seguir. “Pode ser a área de TI aplicada à medicina, mas também gosto de perícia criminal, porque usamos química e física em várias situações, como no estudo de pólvora, balística de tiro e análise de DNA.” Oferecer oportunidades a outras jovens como Lívia, de maneira a aumentar a presença feminina nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática (Stem, na sigla em inglês), é o que move a idealizadora do projeto “Ciência, Coisa de Menina”, Renata Piacentini Rodriguez, professora de engenharia ambiental na Universidade Federal de Alfenas-campus Poços de Caldas (Unifal-MG). A presença feminina nas áreas científicas ainda é limitada, sendo que as mulheres representam 34% da força de trabalho global e cerca de 35% das matrículas em cursos relacionados no Brasil, segundo dados da Unesco. Em 2024, Lívia participou de um projeto promovido pela sua escola em parceria com o “Ciência, Coisa de Menina”, que propunha palestras ao longo de um ano para familiarizar as estudantes com o universo das Stem. O diploma que ganhou na ocasião, por participar da apresentação de uma docente de química forense da Universidade de Brasília (UnB), veio se somar a muitos outros que comprovam seu interesse pela área. Agora, o alcance do programa será ampliado. Recém-contemplada com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), no valor de R$ 1,2 milhão, a iniciativa de Rodriguez visa combater a desigualdade social, despertando o interesse de quem estuda em escola pública. Por três anos, o projeto vai se estender a cinco Estados das regiões Sul, Sudeste e Nordeste. “O objetivo é desconstruir a ideia de que as ciências exatas não são para mulheres e encorajar as meninas a vislumbrar uma oportunidade de carreira na área”, conta Rodriguez. Além de criar um espaço de aproximação, fortalecimento e empoderamento das estudantes - preferencialmente pardas, negras e indígenas, conforme exigência do CNPq -, a rede de 19 docentes que compõe o “Ciência, Coisa de Menina” pretende lançar luz sobre questões como a violência de gênero e o racismo. Capacitar professoras da rede básica de ensino é outra frente. Outro projeto contemplado pelo CNPq nos mesmos moldes é o “Empoderando futuros: construindo uma rede nacional para meninas e mulheres na área de Stem”, que a professora Graziela Simone Tonin, do Insper, coordena. O objetivo é criar uma rede nacional envolvendo incubadoras, institutos federais, entidades estudantis, polos tecnológicos, ONGs, iniciativas sociais e comunidades vulneráveis. As ações compreendem de bolsas de iniciação científicas e oficinas a programas de capacitação de educadores e multiplicadores em comunidades carentes, e coleta de dados para propor políticas públicas assertivas. Por conta de sua interface com outras especializações, a área de TI costuma atrair o interesse dos mais jovens. É por esse motivo que a Sociedade Brasileira de Computação (SBC) criou, por meio do seu programa Meninas Digitais, o RENACEE-MD, Rede Nacional de Educação e Extensão. A proposta, igualmente aprovada pelo CNPq, “visa aumentar o interesse de meninas e mulheres pela computação, apoiar estudantes na área e familiarizar alunas, docentes e a comunidade com o mundo da computação e seus desafios”, explica a professora da Universidade Federal Fluminense (UFF) Luciana Salgado, coordenadora do RENACEE-MD e do comitê gestor do programa Meninas Digitais da SBC. A iniciativa abrange 23 Estados e se aplica a escolas e instituições de ensino superior públicas, preferencialmente localizadas em regiões carentes, oferecendo bolas de estudo a professoras, alunas de educação básica, universitárias e pesquisadoras. Baseada na constatação de que há mais de 500 mil vagas em TI que não são preenchidas no Brasil, conforme relatório da Google for Startups, a proposta do MCIO Brasil - associação sem fins lucrativos composta por 419 executivas - atua em algumas frentes para ampliar a representatividade feminina, como a parceria com escolas técnicas (Etecs) para oferecer cursos gratuitos e eventos de TI. “Buscamos incentivar nossas parceiras para que atuem como instrutoras e as encorajamos a realizar podcasts, webinars e palestras”, explica a presidente Walkiria Marchetti. Outra frente são parcerias com empresas como Microsoft e Oracle, para capacitação de jovens para trabalhar na área. Em 2024, o MCIO habilitou 238 mulheres em cibersegurança, robótica e desenvolvimento de software.
|
Scooped by
Inovação Educacional
March 19, 12:03 PM
|
O número de mulheres empreendedoras no Brasil vem aumentando. Já são 10,4 milhões de donas de negócios, de acordo com o estudo “Empreendedorismo Feminino - Sob a Ótica da Pnad Contínua”, realizado pelo Sebrae, com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse total, referente a 2024, é 42% superior ao registrado em 2012, início da série.
|
Scooped by
Inovação Educacional
March 19, 12:02 PM
|
No quadro executivo, a parcela passou de 9% em 2003 para 27,4% em 2023. “Nós tivemos uma melhoria quantitativa importante, com mais mulheres entrando e avançando no mercado de trabalho, mas ainda há muito o que avançar”, diz Margareth Goldenberg, gestora executiva do Movimento Mulher 360. As estatísticas lhe dão respaldo: apesar da maior escolaridade, as mulheres no Brasil enfrentam na carreira um funil mais apertado, têm ganhos menores e estão mais expostas ao risco do desemprego.
|
Scooped by
Inovação Educacional
March 19, 12:01 PM
|
A Microsoft está unindo forças com uma startup suíça para implantar um novo modelo de inteligência artificial (IA) que simula os poderes de raciocínio dos cérebros de mamíferos, com o objetivo de avançar em áreas como negociações financeiras e robótica. A parceria entre a gigante tecnológica dos Estados Unidos e a inait, sediada em Lausanne, explora duas décadas de pesquisas em neurociência digital para refletir a inteligência biológica e melhorar as capacidades da IA. Os apoiadores da tecnologia afirmam que ela é transformadora porque consegue aprender com experiências do mundo real. Richard Frey, executivo-chefe da inait, diz que a companhia foi fundada em 2018 “com a ideia de que a única forma comprovada de inteligência está no cérebro, e se pudéssemos dominar o cérebro, poderíamos fazer um tipo de IA muito diferente, muito poderosa e inovadora”. “Estou entusiasmado por estarmos agora criando produtos nos quais ensinamos cérebros digitais de vários tamanhos e tipos a enfrentar os maiores desafios que as principais indústrias enfrentam hoje”. As empresas, que anunciaram a colaboração nesta terça-feira (18), usarão a tecnologia da inait para expandir a oferta do modelo de IA da Microsoft para os seus clientes. No setor financeiro, a parceria se concentrará no fornecimento de algoritmos avançados de negociação. Na robótica, ajudará a desenvolver máquinas para a produção industrial.
|
Scooped by
Inovação Educacional
March 19, 7:55 AM
|
Ainda este mês, os donos do dispositivo Echo da Amazon não vão poder manter os comandos de voz trocados com a Alexa apenas no próprio aparelho. Devido a uma mudança no sistema de armazenamento da assistente pessoal que a Amazon está fazendo, todas as 'conversas' serão enviadas para a nuvem, ficando salvas em servidores da própria empresa.
|
Scooped by
Inovação Educacional
March 18, 2:43 PM
|
Requisito essencial para o bem-estar, a adaptação não pode ser vista como uma responsabilidade exclusiva dos estudantes.
|
Scooped by
Inovação Educacional
March 18, 2:41 PM
|
This study explores the complexities of Brazil’s higher education system, characterized by the dominance of private, for-profit institutions, the expansion of distance education, and persistent challenges in ensuring quality and equity. We analyze the historical and political factors that have shaped this landscape and discuss their implications for public policy, particularly in the context of the Lula administration.
|
Scooped by
Inovação Educacional
March 18, 11:43 AM
|
Quarenta e três alunos de uma escola estadual de Laranja da Terra, na Região Serrana do Espírito Santo, foram encaminhados ao hospital para exames para diagnosticar possíveis infecções após uma atividade prática em sala de aula, onde uma mesma agulha foi utilizada para coleta de sangue. O caso ocorreu na última sexta-feira (14). Os alunos pertencem a turmas de 2ª e 3ª séries do Ensino Médio e têm idades entre 16 e 17 anos. O professor de Química responsável pela aula foi demitido e o caso foi encaminhado para a corregedoria da Secretaria de Estado da Educação (Sedu). Segundo a secretaria, a atividade foi realizada sem a devida autorização da coordenação pedagógica. (leia a nota na íntegra abaixo) O nome da escola não será divulgado para preservar a identidade dos alunos.
|
Scooped by
Inovação Educacional
March 18, 11:16 AM
|
Pesquisa Ipsos aponta que país ficou abaixo de 50 pontos na escala até 100 de confiança pela primeira vez no atual governo, em 15º lugar entre 29 economias
|
|
Scooped by
Inovação Educacional
March 20, 8:55 AM
|
Education can be the key to ending poverty in a livable planet, but governments must act now to protect it. Climate change is increasing the frequency and intensity of extreme weather events such as cyclones, floods, droughts, heatwaves and wildfires. These extreme weather events are in turn disrupting schooling; precipitating learning losses, dropouts, and long-term impacts. Even if the most drastic climate mitigation strategies were implemented, extreme weather events will continue to have detrimental impacts on education outcomes.
|
Scooped by
Inovação Educacional
March 20, 8:52 AM
|
Os efeitos negativos das mudanças climáticas sobre o aprendizado de crianças e adolescentes nas escolas são óbvios, principalmente em escolas de áreas mais vulneráveis, mas por algum motivo as autoridades e os próprios pais ignoram o fato. É com essa preocupação em mente que o economista do Banco Mundial Sergio Venegas Marin tem se dedicado a estudar o tema para apresentar dados e relatórios que respaldem investimentos do órgão multilateral em programas ao redor do mundo e estimulem gestores públicos a adotar políticas de adaptação e educação climática em benefício de estudantes.
O impacto do calor extremo, que impactou escolas brasileiras em todas as regiões no primeiro trimestre deste ano, inclusive forçando fechamentos em instituições de ensino no Sudeste e no Sul, é um dos fenômenos mais observados por Venegas Marin, que recentemente apontou do Banco Mundial que estudantes brasileiros submetidos a temperaturas acima do que estão acostumados perdem aproximadamente 10% do aprendizado do ano letivo devido às dificuldades inerentes de uma sala de aula mais quente que o normal.
“Se colocar a todos nós em uma sala com 40 graus de temperatura, todos teremos dificuldades de concentração. Isso não é necessariamente uma descoberta, mas estamos ignorando que isso está acontecendo em muitas salas de aula em todo o mundo”, lamenta o economista do Banco Mundial especializado nos impactos das mudanças climáticas na educação. “São perdas que comprometem. Pensando na fundação de uma casa, é como perder alguns tijolos. Deixa a base instável. Vimos isso claramente na pandemia.”
Apesar dos reveses, o economista espanhol do Banco Mundial que deu palestra na semana passada no Encontro Anual Educação Já 2025, promovido pela ONG Todos Pela Educação, disse ao Valor que tanto o Brasil quanto qualquer país ainda tem condições de modernizar os sistemas educacionais e lidar com as consequências das mudanças climáticas sobre o aprendizado sem ter que abrir mão de um para solucionar o outro. Os desafios são substanciais, mas não devemos nos desesperar.
Leia a seguir os principais trechos da entrevista ao Valor:
Valor: Já é possível ter uma ideia do impacto que as mudanças climáticas estão causando na educação?
Sergio Venegas Marin: No Banco Mundial, estimamos que, de janeiro de 2022 a junho de 2024, 404 milhões de estudantes foram impactados por fechamentos de escolas devido a fenômenos climáticos. Esse impacto esteve espalhado em mais de 80 países. Na média, os alunos perderam 28 dias de aulas nesse período analisado. E, mesmo quando as escolas ficam abertas, sabemos que as temperaturas aumentam em dias de calor extremo e isso também pode comprometer o aprendizado. Já existem muitos estudos que mostram que quando os alunos são expostos a temperaturas extremas, o aprendizado fica prejudicado porque afeta a habilidade cognitiva. Esses são os impactos mais diretos.
Valor: E quais os impactos indiretos?
Venegas Marin: Há vários. Na saúde, na insegurança alimentar, na insegurança econômica, conflitos agravados por questões climáticas, migrações, deslocamentos forçados. São muitos efeitos que, juntos, representam uma verdadeira ameaça para o tipo de educação que os alunos podem ter.
Valor: Em termos de aprendizado, é pior uma escola não climatizada e localizada em uma ilha de calor com muitos dias do ano com temperaturas acima da média ou a incidência de chuvas extremas que causam inundações?
Venegas Marin: Essa é uma questão que está sendo muito debatida e é difícil ter uma conclusão final porque não há evidências definitivas e depende de país para país. O que eu posso dizer é que, em relação ao calor, as pesquisas mostram que as temperaturas acima de um certo nível definitivamente impactam de forma negativa o aprendizado. E são estudos diferentes que mostram a mesma coisa, que o calor acima do normal afeta as funções cognitivas, memória, humor, estômago e outros fatores que importam para o aprendizado. Se colocar todos nós em uma sala com 40 graus de temperatura, todos teremos dificuldades de concentração. Isso não é necessariamente uma descoberta, mas estamos ignorando que isso está acontecendo em muitas salas de aula em todo o mundo. O que, sim, mais recentemente detectamos com dados é que agora sabemos que o calor pode afetar o desempenho dos alunos no dia de uma prova também. Em dias muito quentes, os estudantes têm maior dificuldade de lembrar fatos e informações.
Valor: A partir de qual temperatura no ambiente esses efeitos nos estudantes são observados?
Venegas Marin: Depende da região. Na Europa e na América do Norte tende a ser em algo perto de 27ºC. Mas, obviamente, em regiões mais quentes há um processo de adaptação natural. Há estudos mostrando que em cidades da Índia, do Brasil e em outros países do hemisfério Sul essa referência de temperatura está mais perto de 29º, 31º ou 32ºC. As pessoas se adaptam a temperaturas diferentes, mas sempre há uma variação além do normal que causa o impacto. Cada lugar precisa descobrir a sua própria referência.
Valor: E em relação às chuvas e as enchentes, quais problemas trazem para a educação que não identificamos à primeira vista?
Venegas Marin: Uma comunidade que luta para oferecer comida suficiente para os jovens, por exemplo, e é afetada por uma chuva extrema também verá efeitos no aprendizado. Isso porque enchentes causam impacto na estabilidade econômica de uma família e isso vai afetar a capacidade dos alunos de continuarem frequentando a escola. Além disso, comparado apenas às ondas de calor, chuvas que terminam em enchentes têm maior capacidade de causar fechamentos mais longos das escolas. Dependendo da destruição, as escolas podem ficar fechadas por muito tempo. É uma ruptura grande em termos de aprendizado. Mas há outros fenômenos climáticos com potencial parecido nesse sentido, como os incêndios naturais.
Desafios educacionais do Brasil realmente são substanciais e exigem ações rápidas, mas não há motivos para desespero” Valor: Qual o principal achado do relatório “The Impact of Climate Change on Education”, que o senhor conduziu com suas colegas Lara Schwarz e Shwetlena Sabarwal no Banco Mundial?
Venegas Marin: Identificamos que para cada grau de aumento na temperatura acima do normal, pode se notar perda de desempenho em provas. No caso do Brasil, por exemplo, a partir de um estudo que fizemos com o economista-chefe do Banco Mundial para Desenvolvimento Humano, Norbert Schady, para cada grau acima do ideal houve uma redução sete vezes maior do que nos Estados Unidos, por exemplo. Reforço que, a partir de um certo nível de temperatura, o impacto cognitivo é imediato. Temos estudos experimentais mostrando que os erros nas provas aumentam de 2% a 12% a cada grau de temperatura acima do normal. Perde-se realmente a capacidade de pensar com clareza e processar informações em ambiente com calor fora do padrão.
Valor: Qual é o efeito dessas consequências no médio e no longo prazo?
Venegas Marin: Pensar nisso é particularmente preocupante, pois são perdas que não afetam a vida dos estudantes somente por um dia. São perdas que comprometem a continuidade do aprendizado. Pense na fundação de uma casa. É como perder alguns tijolos da casa. Deixa a base instável. Conceitos fundamentais são perdidos porque a sala de aula está muito quente ou porque a escola tem que ficar fechada vários dias. Vimos isso claramente na pandemia.
Valor: Apesar de avanços significativos nas últimas décadas, a educação no Brasil ainda não superou desafios que países desenvolvidos superaram no século passado, como o analfabetismo e o analfabetismo funcional. E caminha a passos lentos para ensinar nas escolas habilidades do século XXI que já são demandadas aos jovens na vida e no mercado de trabalho. Temos capacidade de enfrentar essas questões junto com a necessidade de adaptação às mudanças climáticas?
Venegas Marin: Os desafios educacionais do Brasil realmente são substanciais e exigem ações rápidas, mas não há motivos para desespero. A preocupação é válida, mas há soluções possíveis e concretas para cada um desses problemas. E muitas dessas soluções funcionam conjuntamente, não competem entre si. Não vejo como dilema entre escolher atacar os problemas do passado tendo que deixar de atuar nos problemas do presente. Uma mesma estratégia pode funcionar para lidar com múltiplos assuntos ao mesmo tempo.
Valor: Como assim?
Venegas Marin: A necessidade real de enfrentar as mudanças climáticas, por exemplo, ajuda a gerar engajamento nos estudantes. Ao incorporar assuntos climáticos no ensino e nas habilidades fundamentais, pode-se usar como estímulo em disciplinas de humanas e exatas para tornar o ensino mais relevante e prático para os alunos. Quando o estudante vê a sua escola fechada por causa de impactos climáticos, ele tem a oportunidade de falar sobre isso enquanto está aprendendo a ler e ou a contar. Ele consegue aplicar na própria realidade e isso é mais estimulante. Basta integrar essa questão nova ao que já está sendo feito. Isso é a parte do que se chama educação climática. Em relação à adaptação [física], também pode ser feita sem ser em detrimento a outros investimentos. Os sistemas de educação ao redor do mundo continuam funcionando ao mesmo tempo em que estão investindo nisso.
Valor: Diante da emergência que as mudanças climáticas já representam, as adaptações necessárias não são caras demais para as escolas a essa altura?
Venegas Marin: Há muitas medidas de adaptação que são surpreendentemente acessíveis. No nosso relatório global [do Banco Mundial] que publicamos no ano passado, estimamos que com menos de US$ 19 por estudante há uma série de intervenções diferentes que podem ser feitas para proteger o aprendizado dos estudantes contra temperaturas extremas. Ações baratas como pintar paredes de branco, plantar árvores ao redor da escola, melhorar o fluxo de ar, além de outras ações que podem ser implementadas para reduzir o desperdício de água.
Valor: Temos exemplos positivos já em andamento no Brasil?
Venegas Marin: Há vários espalhados, mas posso citar um específico. Há um projeto apoiado pela Banco Mundial em Tocantins [Projeto de Desenvolvimento Regional Integrado e Sustentável do Tocantins], no qual escolas sujeitas ao calor extremo foram reconstruídas com materiais que amenizam o calor. Foram reconstruídas com soluções que melhoram as condições do ar, com paredes resilientes ao clima. Portanto, é uma maneira diferente de resolver o problema, mas é possível, embora exija criatividade e muita coordenação. As soluções estão aí. São conhecidas e alcançáveis. A chave é começar a aplicar as soluções em áreas mais vulneráveis e depois espalhar.
Valor: Boa parte dos municípios do Brasil não parecem ter, hoje, capacidade de investimento para promover as adaptações físicas ou comprar equipamentos de climatização. Outros têm, mas agem lentamente...
Venegas Marin: Penso que os governos estão tomando as melhores decisões possíveis com os recursos limitados que possuem. Creio que agora temos informações melhores em termos de intervenções de baixo custo que podem ser implementadas e estamos [Banco Mundial] em diálogo com muitos países diferentes ao redor do mundo, inclusive com governos subnacionais, para ter certeza que essas intervenções e soluções sejam consideradas. Mas temos que ser conscientes do fato de que nos últimos cinco anos é que temos visto os impactos das mudanças climáticas se tornando óbvios e estamos vendo cada vez mais essa agenda sendo levada a sério. Temos que ser um pouco mais pacientes com os governos que ainda estão tomando algum tempo para planejar. Os desafios são substanciais, mas não devemos nos desesperar nem achar que os estudantes de regiões mais vulneráveis estão condenados a terem um aprendizado pior.
|
Scooped by
Inovação Educacional
March 20, 8:51 AM
|
Apesar de avanços pontuais, o horizonte de oportunidades continua desafiador para as mulheres na área de tecnologia. Embora 31% das profissionais tenham migrado para o segmento nos anos da pandemia (2020-2023) - o dobro da taxa de ingresso dos homens (16%) - a presença feminina não ultrapassa os 30%, em todos os níveis da carreira no setor. Para se ter uma ideia, a participação delas em funções de entrada pode chegar a 40%, mas com uma realidade mais dura no topo das organizações. Em 60% das empresas, apenas 25% dos cargos de alta liderança são ocupados por executivas. Os dados são da pesquisa “Women in tech-Brasil/Latam”, realizada pela consultoria McKinsey e a Laboratoria, de programas de formação para mulheres. O levantamento, obtido com exclusividade pelo Valor, ouviu 819 profissionais, de todos os níveis hierárquicos, além de 126 empresas, com 500 a mais de cinco mil funcionários em oito países: Brasil, Bolívia, Chile, Colômbia e Equador, além do México, Panamá e Peru. “Outro dado preocupante no levantamento é a disparidade salarial”, destaca Paula Castilho, sócia da McKinsey no Brasil. “Mesmo quando alcançam postos semelhantes aos dos homens, as mulheres ganham, em média, 24% a menos”. E o problema não para por aí, diz. “Apenas metade das companhias pesquisadas tem alguma política de equidade salarial, reforçando um ciclo de desigualdade que dificulta a retenção das profissionais.” Inteligência artificial é a habilidade mais desejada por empregadores em 2025, diz LinkedIn Empresa de tecnologia inaugura centro de pesquisa em inteligência artificial em parceria com a USP Profissionais bem-sucedidas compartilham suas trajetórias Castilho acredita que o quadro retratado no estudo não reflete a falta de interesse das mulheres pelo setor de tecnologia, mas ambientes pouco acolhedores, com dificuldades impostas à escalada na carreira. “Os números mostram que um em cada três candidatos a vagas na área é mulher e, quando contratadas, elas se concentram em funções como UX [experiência do cliente] e controle de qualidade; enquanto nichos mais técnicos, como cibersegurança e ‘back-end’ [infraestrutura e operações não visíveis] seguem inacessíveis.” Também chama a atenção saber que, em média, 50% das organizações não possuem estratégias formais de inclusão, ressalta a consultora. “Isso significa que, mesmo com uma maior presença de funcionárias, não há diretrizes para garantir o crescimento das equipes”, afirma. Diante do resultado da investigação, Castilho afirma que organizações preocupadas em mudar esse cenário precisam agir “além do discurso”. A primeira medida é ampliar o ‘pipeline’ de talentos, investindo em programas de qualificação (upskilling) e mentorias para trazer mais mulheres para departamentos tradicionalmente masculinos, ensina. “Além disso, o processo seletivo deve ser mais justo. O recrutamento às cegas [que não identifica características pessoais da pessoa candidata, como gênero e raça, por exemplo] e as bancas mistas nas entrevistas são práticas simples que podem reduzir vieses inconscientes.” A especialista chama a atenção ainda para as ações de retenção. “Depois de contratadas, as executivas devem enxergar um caminho de ascensão”, avalia. “Para isso, é central adotar diretrizes de equidade salarial e mecanismos como flexibilidade nos expedientes e planos de desenvolvimento de carreira. São medidas que ajudam a ‘equilibrar o jogo’ e garantir que elas não só entrem, mas permaneçam e evoluam na área de tecnologia.” Quem quebrou barreiras e conseguiu evoluir no mercado de tecnologia concorda com a análise da sócia da McKinsey. É o caso de Cíntia Scovine Barcelos, CTO (chief technology officer ou diretora de tecnologia) do banco Bradesco, no ramo há 32 anos. A executiva destaca a importância da “construção” do interesse pela carreira. “Precisamos incentivar nossas meninas, desde muito jovens, a desenvolverem habilidades específicas e oportunidades de aprendizado”, diz. “Fui uma criança que adorava matemática. Meu pai me incentivava a fazer contas de cabeça e íamos à feira todos os sábados para testar meus conhecimentos. Quando chegou o momento de escolher uma profissão, optei pela faculdade de engenharia eletrônica. Éramos apenas duas mulheres na turma.” Barcelos, que ingressou no Bradesco em 2021 como diretora de tecnologia para infraestrutura, cloud e cibersegurança e foi promovida em 2024 ao posto atual, diz que a força dos modelos profissionais na academia e no trabalho pode fazer a diferença nas trajetórias femininas. “Exemplos são ‘tudo’. É muito mais fácil quando a gente olha para o lado e pensa: ‘um dia, vou ser como aquela pessoa’”, argumenta a gestora, que trabalhou por 28 anos na multinacional de tecnologia IBM e hoje também é membro do conselho executivo do Bradesco Europa. “Há poucos casos [de mulheres] nas áreas de exatas e de tecnologia, entre engenheiras e cientistas.” Para as jovens que querem seguir a mesma trilha, a recomendação da CTO é “estudar sempre”. “Tecnologia requer conhecimento técnico”, diz Barcelos, que lidera 5,3 mil pessoas, sendo 1,2 mil mulheres. “Busque uma formação em exatas e, depois, um diferencial de instrução. O mercado procura, cada vez mais, especialistas em ciência de dados, desenvolvimento de sistemas, inteligência artificial e segurança. Há mais vagas do que as empresas conseguem preencher.” Fabiane Nardon, diretora de plataformas de dados da Totvs, do segmento de tecnologia, acredita que, depois de selecionadas, a projeção das executivas a cargos de liderança pode ser impulsionada em duas camadas. “A ascensão vai acontecer como consequência de termos mais graduadas no setor, além de um maior volume de oportunidades, nas empresas, para os postos de decisão”, argumenta. A gestora, que atua no setor de tecnologia há mais de 30 anos, defende um maior incentivo para a educação superior, para que mais estudantes sigam o ofício. “Com mais mulheres no mercado, naturalmente novas lideranças surgirão”, diz. Nardon, que é mestre em ciência da computação e PhD em engenharia elétrica, também mostrou curiosidade pelo mundo da inovação desde cedo. “Aos 12 anos, pedi um videogame de aniversário, mas ganhei um computador. Meu pai acreditava que seria mais útil - e ele estava certo”, conta. “Como não ganhei o presente que queria, comecei a programar meus próprios jogos no PC.” Em 2012, ela ajudou a fundar a Tail, empresa de big data e análise de dados comprada pela Totvs em 2020. “Hoje, atuo na liderança de inteligência de dados e IA”, diz a executiva, que acrescenta que 38% das chefias da Totvs pertencem às mulheres. “A área de tecnologia é cheia de oportunidades”, analisa a diretora, que tem se dedicado ao aperfeiçoamento de uma plataforma que pretende facilitar a criação de aplicações de inteligência artificial. Para as iniciantes, a sugestão é acumular conhecimentos e encontrar um nicho que faz “brilhar os olhos”. “Desde o começo da minha trajetória, estou envolvida com sistemas, dados e IA. E garanto: todo dia há algo novo para aprender.” A nossa presença em cargos de comando ainda surpreende as pessoas, observa Ellen Cristina Gouveia, cofundadora e CTO da PilotIn, fintech de gestão financeira. “Lembro de uma reunião com potenciais investidores, em que todos os olhares se dirigiam para os meus colegas homens, pois achavam que a liderança técnica era deles”, relata a executiva, graduada em engenharia da computação. “Quando comecei a apresentar a estratégia da empresa, percebi uma mudança de comportamento no grupo, que mostrou atenção redobrada e até mesmo admiração.” Situações como essas mostram que ainda precisamos quebrar estereótipos e reforçar que podemos liderar com competência, diz Gouveia, no segmento de tecnologia desde 2003 e com passagens por companhias como Ericsson, Stone e Capgemini. “Nossa expectativa é crescer valorizando ainda mais as mulheres na PilotIn”, afirma. Na fintech, o time feminino inclui ainda a CEO e a COO (diretora de operações). “Meu conselho para outras colegas é ‘comece!’”, ressalta a gestora, que atua em espaços - finanças e tecnologia - historicamente loteados por homens. “Não espere ter todas as habilidades necessárias para dar um primeiro passo. Procure cursos, participe de comunidades de tecnologia e valorize as chances de aprendizado. E lembre-se: você merece estar onde está.”
|
Scooped by
Inovação Educacional
March 19, 2:29 PM
|
Especialistas apontam que a tendência de se comunicar com frases curtas nas redes sociais afetou a capacidade da Geração Z de estruturar parágrafos e desenvolver argumentos mais complexos
|
Scooped by
Inovação Educacional
March 19, 12:03 PM
|
Líder do grupo que sequenciou o genoma do vírus causador da covid-19 em apenas 48 horas, a biomédica e professora no curso de medicina da USP Jaqueline Goes de Jesus tem uma nova missão: levar a ciência aos rincões mais distantes do Brasil e despertar o interesse científico entre os jovens. Mulher, negra e nomeada embaixadora da ciência no país, título que recebeu do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), ela conta, em entrevista ao Valor, que busca ainda aumentar a diversidade em cargos de liderança nas instituições onde atua e estimula alunas negras e indígenas para se tornarem mestres e doutoras.
|
Scooped by
Inovação Educacional
March 19, 12:02 PM
|
Uso da inteligência artificial nas rotinas e nos processos de seleção, e retorno ao modelo presencial têm potencial de afetar mais as mulheres
|
Scooped by
Inovação Educacional
March 19, 12:02 PM
|
A combinação de investimentos expressivos com um marco regulatório abrangente tem potencial para estabelecer o Brasil como referência em desenvolvimento tecnológico responsável. No entanto, o sucesso dessa transição dependerá da capacidade das organizações em adaptar suas operações, processos e estruturas de governança às novas exigências regulatórias. A implementação bem-sucedida desse novo framework regulatório requer um equilíbrio delicado entre inovação e conformidade. Empresas precisarão desenvolver competências específicas em áreas como ética em IA, governança algorítmica e gestão de riscos tecnológicos. O investimento em capital humano especializado torna-se tão crucial quanto o desenvolvimento tecnológico em si. O momento também é estratégico para o Brasil, que busca alinhar-se às tendências globais de regulação da IA. A legislação reflete a necessidade de acompanhar a rápida expansão do uso de IA em setores críticos e evitar os riscos associados a uma regulação tardia. No entanto, o contexto brasileiro, marcado por desafios estruturais e um ecossistema ainda em maturação, exige uma implementação cuidadosa e gradual. O PL 2338/2003 representa uma oportunidade única para posicionar o Brasil como líder na governança ética de IA, exigindo um esforço coordenado entre governo, empresas e academia.
|
Scooped by
Inovação Educacional
March 19, 12:00 PM
|
O que faz de alguém um adulto? Até pouco tempo atrás, a vida era marcada por rituais de passagem. Chegar à vida adulta era sinônimo de deixar a casa dos pais, passar a se sustentar, casar-se, ter filhos... Mais recentemente, porém, com o abandono gradual dessas referências, o aumento da expectativa de vida e a possibilidade de envelhecer com mais qualidade, ficou difícil saber quem é ou não adulto. O conceito ganhou conotações diversas, que variam de geração para geração, embora todas a identifiquem como a idade da potência e da liberdade. É o culto à vida adulta. Os mais jovens se esforçam para entrar nela mais cedo e os mais velhos, para deixá-la mais tarde. O cenário resume as conclusões do estudo “Adultopia”, feito pela consultoria Consumoteca e divulgada ao Valor com exclusividade. Enquanto para 73% dos indivíduos entre 18 e 24 anos (parte da geração Z, que vai de 15 a 30), deixar a casa dos pais em até dois anos é o maior desejo; entre os Baby Boomers, de 61 a 79 anos, a preocupação maior é começar alguma atividade física para fazer uma “poupança de músculos” e não perder a mobilidade, tornando-se dependente de terceiros. “Ser adulto tornou-se o lugar da realização, de estar no controle de sua própria narrativa. Isso está ligado ao trabalho, a ser produtivo, o que é uma visão bastante liberal”, diz Marina Roale, sócia e líder de pesquisa da Consumoteca. Ser considerado jovem ou idoso, quando não se produz tanto, tornou-se sinônimo de impotência e infelicidade, explica a especialista. Para as marcas, esse é um grande desafio. Embora todas as atenções estejam se voltando para a fase adulta, cada geração a interpreta de uma maneira diferente, o que requer ajustes de estratégia para satisfazer o consumidor. À idade cronológica se somaram outros conceitos, como a idade biológica, baseada no estado de saúde e funcionamento do corpo, e a idade social, que reflete as responsabilidades assumidas pelo indivíduo na sociedade. A pesquisa mostra que oito entre dez brasileiros acreditam que a maneira como a pessoa vive, se veste e se comporta conta mais que a certidão de nascimento. O fenômeno se deve a três razões. A primeira é a noção de aceleração do tempo: 43% das pessoas disseram viver em um ritmo acelerado ou muito acelerado. A pressa persiste até nas horas vagas: um entre quatro brasileiros assiste áudio e vídeo em velocidade acelerada para sobrar tempo para outras atividades, enquanto mais da metade (55%) dos pesquisados buscam atividades produtivas nos momentos de lazer. “Há uma dificuldade em lidar com o ócio por causa da pressão pela produtividade”, diz Roale. Os demais motivos são a fragmentação das relações e certo conflito entre indivíduo e coletivo. No primeiro caso, o estudo mostra, entre outros indicadores, que 32% dos brasileiros cortaram relações com pessoas próximas nos últimos cinco anos; no segundo, que 63% delas se sentem em descompasso com as pessoas ao redor. Convenções sociais como tirar carteira de motorista aos 18 anos ou se aposentar aos 60 foram substituídas por experiências individuais. As marcas terão de se dedicar muito mais à missão de decifrar como cada geração se enxerga, para ajustar tanto produtos e serviços quanto a maneira de se comunicar com elas, diz Roale. A geração X, por exemplo, entre 45 e 60 anos, não se vê mais a caminho da aposentadoria - em vez disso pensa em novas carreiras e experiências afetivas. Já os Millenials, de 31 a 44 anos, duvidam de suas habilidades de se comportarem como adultos, embora tenham sido os que se lançaram a uma carreira profissional mais cedo. Os Boomers reclamam que não há produtos que atendam às suas necessidades, mas recusam a imagem do idoso de cabelo branco. “A percepção de que o jovem é o lançador de tendências, que posteriormente são seguidas pelas demais faixas etárias, está mudando”, diz Roale. “As marcas precisam, agora, olhar atentamente para a demanda de cada geração.”
|
Scooped by
Inovação Educacional
March 19, 7:54 AM
|
O grande potencial econômico da IA está concentrado em soluções específicas desenhadas para catapultar oportunidades e resolver gargalos de setores de atividade (como direito, saúde, educação) e funções corporativas (como RH, finanças, suprimentos). Essas soluções, que vão efetivamente trazer este ganho de produtividade, poderão ser realizadas por meio de LLMs próprios, agora viáveis, ou pelos por enquanto menos conhecidos SLMs (pequenos modelos de linguagem, na sigla em inglês). Este artigo argumenta que, em muitas situações, os SLMs valem mais a pena e explica o porquê.
|
Scooped by
Inovação Educacional
March 18, 2:42 PM
|
This study explores the complexities of Brazil’s higher education system, characterized by the dominance of private, for-profit institutions, the expansion of distance education, and persistent challenges in ensuring quality and equity. We analyze the historical and political factors that have shaped this landscape and discuss their implications for public policy, particularly in the context of the Lula administration. Brazil’s higher education system is dominated by private institutions, which account for approximately 80 percent of total enrollments. The philanthropic sector has been reduced to a few religious and community-based institutions, while the for-profit sector is dominated by a small group of large teaching conglomerates with shares listed in stock exchanges. As of 2023, 10 companies enrolled about 37 percent of the country’s total enrollments, providing mostly low-cost distance education. Data on total and new enrollments in in-person and distance education—42 percent and 58 percent, respectively—indicate that the prevalence of distance education is growing.
Historical Context and Comparison with Latin America The presence of private higher education in Brazil is not a recent development. The current trend was set in the 1960s when legislation established that higher education should be provided through selective universities staffed by full-time, research-oriented academics. Only the federal government and a few rich states, such as São Paulo, could meet these standards. As Brazil transitioned from elite to mass higher education, public institutions proved too expensive and restrictive to accommodate the rising demand, opening the door for private institutions to expand. This differed from the experience of most Latin American countries, where public universities were accessible to most students who completed secondary education, and massive private expansion would follow.
The Lula and Bolsonaro Years In the 1990s, under president Cardoso, the Brazilian government decided to allow private higher education to operate as for-profit institutions, creating a market in which richer and more efficient institutions could buy the smaller ones. Historically, the Workers Party under presidents Lula and Rousseff (2003–2018) had strong support in public universities and looked at the private sector with mistrust. However, one of the priorities of the Lula government was to expand access to higher education, which could be better done through the private sector. Two instruments were used for that: the “University for All” program (ProUni), which granted tax exemptions to private institutions in exchange for student fellowships; and a lenient student loans program (FIES) that, at the height of its implementation in 2014, paid the tuition of about 40 percent of students entering private higher education. Efforts were also made to create new federal universities and expand access to existing ones, but these had a much smaller impact.
To deal with social inequity in the public sector, new legislation passed in 2012 required federal universities to reserve 50 percent of their vacancies for affirmative action students. The percentage of nonwhite (“pretos” and “pardos”) students increased in the first period from 22 percent to 50 percent, with more than 60 percent of the students coming from public schools (a proxy for low-income students).
All policies aimed at expanding public resources were impacted by the economic crisis that began in 2015, which strained the federal budget. The student loan program faced severe cuts, prompting the private sector to shift investments toward distance education. Additionally, the anticipated investments for continuing the expansion of federal universities failed to materialize.
Jair Bolsonaro was elected in 2022 with a right-wing, libertarian platform focused on criticizing public sector corruption, advocating free markets, and promoting conservative values. He and his supporters viewed the scientific community and public universities as influenced by left-wing ideologies. During the pandemic, his government adopted an antiscientific stance, resisting vaccine rollout and opposing social isolation measures implemented by state governments. Public universities faced budget cuts that impacted salaries and routine operations.
Upon taking office in 2023, Lula’s administration focused on several key priorities reminiscent of his previous terms: financing, expansion, equity of access, and regulation. He also dealt with graduate education and research issues.
Financing and University Autonomy Federal universities make up 13 percent of total enrollments. The 121 institutions cost about USD 9 billion a year. The total budget of the ministry of education is equivalent to USD 24 billion. Most of these resources—80 to 90 percent—are used to pay salaries and retirement entitlements to the university’s academic and administrative staff, who enjoy job stability. Current expenses account for another 10 to 15 percent, leaving little room for investments. The new government succeeded in securing funding for salaries and routine maintenance but not for investments or salary increases, leading to a prolonged strike in 2023 by university staff and professors in most campuses.
Brazilian law grants universities autonomy, yet public institutions remain tightly controlled by the government regarding resource access and management. Proposals to make them more autonomous and accountable for their results, however, face resistance from within the academic community, which fears that such innovations could lead to privatization.
Enrollment rates in Brazilian higher education are still low by international standards, with recent growth due mostly to private distance education. Yet, in 2024, the government decided not to allow the creation of new distance education programs. The long-term effectiveness of this measure is uncertain, and the government is suffering from legal and political pressure to establish clear standards to serve as a reference for the operation of this type of educational service.
The New Elite Private Institutions The financial travails of federal universities and changes in the social composition of their student body opened the space for the establishment of a new, small segment of elite institutions, particularly in business administration, economics, engineering, and medicine. Some of these institutions are philanthropic, rely on support from the business sector, and combine expensive tuition fees and fellowships for talented applicants. Belatedly, Brazil follows the experience of many other Latin American countries, in which the private sector caters to elites, leaving the public sector for the larger and poorer sectors of the population.
Graduate Education and Research Brazil stands out in the region due to its large graduate education and research sector, primarily housed within public universities. In 2013, nearly 400,000 master and doctoral students were enrolled in close to 5,000 programs, all tuition-free, with many receiving fellowships. Many of these programs are also prominent research centers. Additionally, an estimated 1.5 million students are enrolled in unregulated, postgraduate programs at private institutions, which primarily focus on professional training or skill development, such as MBAs.
Conclusion Brazil’s heavily private system of higher education highlights complex interactions between market incentives, regulations, and technological innovation. The future remains uncertain, as the government grapples with the challenges of improving distance education quality, maintaining equity policies, and balancing public and private sector roles. Whether stakeholders, especially the federal government, will succeed in addressing these issues and ensuring a well-regulated system that serves the needs of students and society remains unclear.
|
Scooped by
Inovação Educacional
March 18, 2:09 PM
|
Crescimento da pesquisa aplicada é resposta da comunidade acadêmica às necessidades de desenvolvimento social do país
|
Scooped by
Inovação Educacional
March 18, 11:28 AM
|
Especialistas em desenvolvimento e recrutamento de tecnologia ouvidos pelo Valor indicam caminhos para profissionais de tecnologia e de áreas correlatas – do iniciante ao mais experiente – construírem um currículo relevante e que corresponda às expectativas das empresas. No Brasil, 54% dos 279 empregadores em Tecnologia da Informação (TI) entrevistados pretendem contratar profissionais até março deste ano, de acordo com a pesquisa Experis Tech Talent Q1 2025, da consultoria ManpowerGroup, um aumento de 4% em relação ao último trimestre do ano passado. O Relatório sobre o Futuro do Trabalho 2025-2030 – estudo feito pelo Fórum Econômico Mundial em parceria com a Fundação Dom Cabral em 55 países – registra que trabalhadores priorizam cada vez mais o aperfeiçoamento de habilidades relacionadas a inteligência artificial, big data e cibersegurança para se requalificar ou para se manter expressivo no mercado de trabalho. Saiba o que recrutadores da área de tecnologia procuram em um currículo 1. Entender em que ponto da carreira o candidato está A desenvolvedora Cynthia Zanoni, líder de ferramentas para desenvolvedores de Cloud na Microsoft e fundadora da comunidade de mulheres na tecnologia WoMakersCode, diz que a área de tecnologia é “bastante movimentada”, tem muitas especialidades e formações, o que faz com que as carreiras e o aprendizado não sigam um caminho linear. Por isso, diz Cynthia, o candidato precisa ter em mente qual é o objetivo profissional do momento para alinhar os cursos, as certificações e os projetos que fez com o currículo para o posto que deseja ocupar. O cofundador da empresa de recrutamento e seleção especializada BB IT, Paulo Bastos, comenta que o currículo não é “uma receita de bolo” porque precisa estar de acordo com o nível de experiência do candidato. Um candidato com mais tempo de trabalho vai ter um documento mais extenso (mas Bastos alerta que não deve passar de 4 páginas), mas também precisa saber se apresentar de forma clara e objetiva. Para um profissional principiante na tecnologia, experiências anteriores em outros setores também contam e devem ser estrategicamente vinculadas ao cargo pretendido. “Se a pessoa trabalhou com atendimento ao público, por exemplo, uma empresa leva isso em conta por entender que ela vai ter facilidade de comunicação com os colegas. É preciso se mostrar interessante sem ser prolixo”, orienta o recrutador. A líder de ferramentas na Microsoft dá um conselho para quem está começando em carreiras de tecnologia: "Permita-se começar de onde você está, sem ficar se comparando com quem tem anos de experiência dentro da área de tecnologia. Cada pessoa tem jornadas, vivências e acessos diferentes”, adiciona Zanoni. 2. Portfólio atualizado também conta Zanoni verifica um erro de “foco” em alguns currículos quando o candidato quer comprovar a experiência por quantidade: “Às vezes, a pessoa faz 40 cursos online, participa de 40 palestras, mas não necessariamente aquilo é relevante para uma candidatura. É importante conseguir tratar o currículo como um documento, é um cartão de visitas”, pondera a desenvolvedora. Para além do CV oficial, Zanoni cita que o LinkedIn é um “currículo vivo”, porque funciona quase em tempo real, já que as atualizações da carreira podem ser postadas e vistas publicamente através da plataforma com mais agilidade. Bastos sugere que o candidato também invista em um portfólio, porque ele cria um espaço próprio para detalhar trabalhos. Ele fala que há duas formas proveitosas de redigir os documentos: mencionar a empresa, o projeto, as tecnologias utilizadas e os resultados rapidamente no CV e explicitar o passo a passo no portfólio, o que poupa espaço para profissionais com “muita bagagem”; ou descrever as tecnologias que domina em até cinco linhas no CV e conectar a um projeto no portfólio, prática mais adequada aos que estão se desenvolvendo. O recrutador ainda lembra que o currículo é feito pelo candidato, mas não para o candidato. Uma dica que ele dá é: como uma pessoa contaria uma história que viveu em uma mesa de amigos? O exercício, guardadas às devidas proporções, está em ver as reações das pessoas para saber recortar o que tem de mais importante na narrativa. 3. Experiência técnica e profissional Além de dados básicos – como nome completo, cidade de residência, possibilidade de trabalho presencial, híbrido ou remoto e objetivo profissional – o cofundador da BB IT divide os profissionais em três grupos e indica como eles podem estruturar o currículo: Grupo 1 (poucas experiências ou sem experiência) Cursos, faculdades, especializações, certificações Experiências anteriores relevantes e conexões com tecnologia Breves justificativas sobre objetivos (um CV de até 2 páginas é o suficiente) Grupo 2 (entre 2 e 3 anos de experiência em diante) Projetos executados para terceiros ou diretos com resultados Tecnologias e programas que domina Cursos, faculdades, especializações, certificações Grupo 3 (mais de 10 anos de experiência) Projetos mais importantes da carreira na proporção 2-1: detalhar dois projetos muito relevantes e citar um generalista (mencionar os resultados) Tecnologias e programas que domina Cursos, faculdades, especializações, certificações Outro fator que realça o currículo é o tempo: Bastos aponta que é fundamental sempre colocar o tempo de experiência exata em cada projeto e o tempo de habilidade com cada tecnologia/programa. Mas atenção para as páginas e aos limites. O recrutador aconselha: Primeira página: reservada ao resumo sobre os trabalhos atuais e sobre a carreira recente Segunda página: pode conter informações de 2 a 4 anos Terceira página: 7 anos resumidos. Quanto mais antiga a experiência for, de menos detalhes precisa. Na dúvida, o candidato pode se questionar sobre que ele mesmo entende como mais importante na própria trajetória profissional. 4. Áreas correlatas à tecnologia “O mercado de tecnologia não é somente programação”, lembra Zanoni. Marketing, design, financeiro e o próprio RH, por exemplo, fazem parte do corpo de uma empresa para que ela pense, atue e venda os produtos resultados de aplicações tecnológicas. As dicas de Bastos e Zanoni se encontram quando ambos afirmam que é importante que profissionais correlatos devem aprender sobre inovação, a utilizar as principais tecnologias e produtos digitais que fazem parte da rotina das empresas e a se basear em dados. Metodologias ágeis, como Scrum e Kanban, e a orientação aos resultados baseados em testes são meios de acelerar a carreira. Para os próprios recrutadores, Bastos diz que é interessante entender sobre as áreas que eles selecionam. 5. Habilidades interpessoais A líder de ferramentas de Cloud na Microsoft ainda comenta que já viu muitas pessoas “tecnicamente boas, dominando as últimas tecnologias, que ficaram estagnadas na carreira por terem dificuldade de lidar com outras pessoas, por falta de comunicação estratégica e de organização”. Zanoni também faz referência à resolução de problemas e à curiosidade, a disposição para aprender, como soft skills valorizadas pelo mercado. Mesmo que essa etapa esteja além do currículo, ela pode ser manifestada através do networking, um complemento poderoso ao currículo e ao portfólio, especialmente para profissionais que querem se inserir no mercado ou que estejam em transição de carreira. “Eu lembro que uma vez eu li um livro que dizia que o networking abre as portas que os diplomas não abrem e é justamente isso que a gente precisa considerar”, finaliza Zanoni.
|
Scooped by
Inovação Educacional
March 18, 11:16 AM
|
Ausência de um marco global sobre a governança do desenvolvimento da IA, em especial da IA militar, apresenta riscos para a segurança internacional e para o funcionamento de mercados competitivos na área digital
|