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DeepSeek movimentou o tabuleiro da IA no mundo e espera próxima ‘jogada’ do mercado

DeepSeek movimentou o tabuleiro da IA no mundo e espera próxima ‘jogada’ do mercado | Inovação Educacional | Scoop.it
Avanços tecnológico desafiam diversas esferas do universo de tecnologia, inclusive o mercado financeiro
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Curadoria por Luciano Sathler. CLIQUE NOS TÍTULOS. Informação que abre caminhos para a inovação educacional.
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September 10, 2024 9:19 AM
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Igualdade Artificial, um risco para a educação. Por Luciano Sathler

Igualdade Artificial, um risco para a educação. Por Luciano Sathler | Inovação Educacional | Scoop.it

O que acontece quando a maioria faz uso de uma IA para realizar suas atividades laborais? E, no caso dos estudantes, quando os trabalhos passam a ser produzidos com o apoio de uma IA generativa?
Luciano Sathler
É PhD em administração pela USP e membro do Conselho Deliberativo do CNPq e do Conselho Estadual de Educação de Minas Gerais
As diferentes aplicações de Inteligência Artificial (IA) generativa são capazes de criar novos conteúdos em texto, imagens, áudios, vídeos e códigos para software. Por se tratar de um tipo de tecnologia de uso geral, a IA tende a ser utilizada para remodelar vários setores da economia, com impactos políticos e sociais, assim como aconteceu com a adoção da máquina a vapor, da eletricidade e da informática.
Pesquisas recentes demonstram que a IA generativa aumenta a qualidade e a eficiência da produção de atividades típicas dos trabalhadores de colarinho branco, aqueles que exercem funções administrativas e gerenciais nos escritórios. Também traz maior produtividade nas relações de suporte ao cliente, acelera tarefas de programação e aprimora mensagens de persuasão para o marketing.
O revólver patenteado pelo americano Samuel Colt, em 1835, ficou conhecido como o "grande equalizador". A facilidade do seu manuseio e a possibilidade de atirar várias vezes sem precisar recarregar a cada disparo foram inovações tecnológicas que ampliaram a possibilidade individual de ter um grande potencial destrutivo em mãos, mesmo para os que tinham menor força física e costumavam levar desvantagem nos conflitos anteriores. À época, ficou famosa a frase: Abraham Lincoln tornou todos os homens livres, mas Samuel Colt os tornou iguais.
Não fazemos aqui uma apologia às armas. A alegoria que usamos é apenas para ressaltar a necessidade de investir na formação de pessoas que sejam capazes de usar a IA generativa de forma crítica, criativa e que gerem resultados humanamente enriquecidos. Para não se tornarem vítimas das mudanças que sobrevirão no mundo do trabalho.
A IA generativa é um meio viável para equalizar talentos humanos, pois pessoas com menor repertório cultural, científico ou profissional serão capazes de apresentar resultados melhores se souberem fazer bom uso de uma biblioteca de prompts. Novidade e originalidade tornam-se fenômenos raros e mais bem remunerados.
A disseminação da IA generativa tende a diminuir a diversidade, reduz a heterogeneidade das respostas e, consequentemente, ameaça a criatividade. Maior padronização tem a ver com a automação do processo. Um resultado que seja interessante, engraçado ou que chama atenção pela qualidade acima da média vai passar a ser algo presente somente a partir daqueles que tiverem capacidade de ir além do que as máquinas são capazes de entregar.
No caso dos estudantes, a avaliação da aprendizagem precisa ser rápida e seriamente revista. A utilização da IA generativa extrapola os conceitos usualmente associados ao plágio, pois os produtos são inéditos – ainda que venham de uma bricolagem semântica gerada por algoritmos. Os relatos dos professores é que os resultados melhoram, mas não há convicção de que a aprendizagem realmente aconteceu, com uma tendência à uniformização do que é apresentado pelos discentes.
Toda Instituição Educacional terá as suas próprias IAs generativas. Assim como todos os professores e estudantes. Estarão disponíveis nos telefones celulares, computadores e até mesmo nos aparelhos de TV. É um novo conjunto de ferramentas de produtividade. Portanto, o desafio da diferenciação passa a ser ainda mais fundamental diante desse novo "grande equalizador".
Se há mantenedores ou investidores sonhando com a completa substituição dos professores por alguma IA já encontramos pesquisas que demonstram que o uso intensivo da Inteligência Artificial leva muitos estudantes a reduzirem suas interações sociais formais ao usar essas ferramentas. As evidências apontam que, embora os chatbots de IA projetados para fornecimento de informações possam estar associados ao desempenho do aluno, quando o suporte social, bem-estar psicológico, solidão e senso de pertencimento são considerados, isso tem um efeito negativo, com impactos piores no sucesso, bem-estar e retenção do estudante.
Para não cair na vala comum e correr o risco de ser ameaçado por quem faz uso intensivo da IA será necessário se diferenciar a partir das experiências dentro e fora da sala de aula – online ou presencial; humanizar as relações de ensino-aprendizagem; implementar metodologias que privilegiem o protagonismo dos estudantes e fortaleçam o papel do docente no processo; usar a microcertificação para registrar e ressaltar competências desenvolvidas de forma diferenciada, tanto nas hard quanto soft skills; e, principalmente, estabelecer um vínculo de confiança e suporte ao discente que o acompanhe pela vida afora – ninguém mais pode se dar ao luxo de ter ex-alunos.
Atenção: esse artigo foi exclusivamente escrito por um ser humano.
O editor, Michael França, pede para que cada participante do espaço "Políticas e Justiça" da Folha sugira uma música aos leitores. Nesse texto, a escolhida por Luciano Sathler foi "O Ateneu" de Milton Nascimento.

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Today, 2:42 PM
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Ensino Superior Privado no Brasil: Equidade e Ensino a Distância

This study explores the complexities of Brazil’s higher education system, characterized by the dominance of private, for-profit institutions, the expansion of distance education, and persistent challenges in ensuring quality and equity. We analyze the historical and political factors that have shaped this landscape and discuss their implications for public policy, particularly in the context of the Lula administration.
Brazil’s higher education system is dominated by private institutions, which account for approximately 80 percent of total enrollments. The philanthropic sector has been reduced to a few religious and community-based institutions, while the for-profit sector is dominated by a small group of large teaching conglomerates with shares listed in stock exchanges. As of 2023, 10 companies enrolled about 37 percent of the country’s total enrollments, providing mostly low-cost distance education. Data on total and new enrollments in in-person and distance education—42 percent and 58 percent, respectively—indicate that the prevalence of distance education is growing.

Historical Context and Comparison with Latin America
The presence of private higher education in Brazil is not a recent development. The current trend was set in the 1960s when legislation established that higher education should be provided through selective universities staffed by full-time, research-oriented academics. Only the federal government and a few rich states, such as São Paulo, could meet these standards. As Brazil transitioned from elite to mass higher education, public institutions proved too expensive and restrictive to accommodate the rising demand, opening the door for private institutions to expand. This differed from the experience of most Latin American countries, where public universities were accessible to most students who completed secondary education, and massive private expansion would follow.

The Lula and Bolsonaro Years
In the 1990s, under president Cardoso, the Brazilian government decided to allow private higher education to operate as for-profit institutions, creating a market in which richer and more efficient institutions could buy the smaller ones. Historically, the Workers Party under presidents Lula and Rousseff (2003–2018) had strong support in public universities and looked at the private sector with mistrust. However, one of the priorities of the Lula government was to expand access to higher education, which could be better done through the private sector. Two instruments were used for that: the “University for All” program (ProUni), which granted tax exemptions to private institutions in exchange for student fellowships; and a lenient student loans program (FIES) that, at the height of its implementation in 2014, paid the tuition of about 40 percent of students entering private higher education. Efforts were also made to create new federal universities and expand access to existing ones, but these had a much smaller impact.

To deal with social inequity in the public sector, new legislation passed in 2012 required federal universities to reserve 50 percent of their vacancies for affirmative action students. The percentage of nonwhite (“pretos” and “pardos”) students increased in the first period from 22 percent to 50 percent, with more than 60 percent of the students coming from public schools (a proxy for low-income students).

All policies aimed at expanding public resources were impacted by the economic crisis that began in 2015, which strained the federal budget. The student loan program faced severe cuts, prompting the private sector to shift investments toward distance education. Additionally, the anticipated investments for continuing the expansion of federal universities failed to materialize.

Jair Bolsonaro was elected in 2022 with a right-wing, libertarian platform focused on criticizing public sector corruption, advocating free markets, and promoting conservative values. He and his supporters viewed the scientific community and public universities as influenced by left-wing ideologies. During the pandemic, his government adopted an antiscientific stance, resisting vaccine rollout and opposing social isolation measures implemented by state governments. Public universities faced budget cuts that impacted salaries and routine operations.

Upon taking office in 2023, Lula’s administration focused on several key priorities reminiscent of his previous terms: financing, expansion, equity of access, and regulation. He also dealt with graduate education and research issues.

Financing and University Autonomy
Federal universities make up 13 percent of total enrollments. The 121 institutions cost about USD 9 billion a year. The total budget of the ministry of education is equivalent to USD 24 billion. Most of these resources—80 to 90 percent—are used to pay salaries and retirement entitlements to the university’s academic and administrative staff, who enjoy job stability. Current expenses account for another 10 to 15 percent, leaving little room for investments. The new government succeeded in securing funding for salaries and routine maintenance but not for investments or salary increases, leading to a prolonged strike in 2023 by university staff and professors in most campuses.

Brazilian law grants universities autonomy, yet public institutions remain tightly controlled by the government regarding resource access and management. Proposals to make them more autonomous and accountable for their results, however, face resistance from within the academic community, which fears that such innovations could lead to privatization.

Enrollment rates in Brazilian higher education are still low by international standards, with recent growth due mostly to private distance education. Yet, in 2024, the government decided not to allow the creation of new distance education programs. The long-term effectiveness of this measure is uncertain, and the government is suffering from legal and political pressure to establish clear standards to serve as a reference for the operation of this type of educational service.

The New Elite Private Institutions
The financial travails of federal universities and changes in the social composition of their student body opened the space for the establishment of a new, small segment of elite institutions, particularly in business administration, economics, engineering, and medicine. Some of these institutions are philanthropic, rely on support from the business sector, and combine expensive tuition fees and fellowships for talented applicants. Belatedly, Brazil follows the experience of many other Latin American countries, in which the private sector caters to elites, leaving the public sector for the larger and poorer sectors of the population.

Graduate Education and Research
Brazil stands out in the region due to its large graduate education and research sector, primarily housed within public universities. In 2013, nearly 400,000 master and doctoral students were enrolled in close to 5,000 programs, all tuition-free, with many receiving fellowships. Many of these programs are also prominent research centers. Additionally, an estimated 1.5 million students are enrolled in unregulated, postgraduate programs at private institutions, which primarily focus on professional training or skill development, such as MBAs.

Conclusion
Brazil’s heavily private system of higher education highlights complex interactions between market incentives, regulations, and technological innovation. The future remains uncertain, as the government grapples with the challenges of improving distance education quality, maintaining equity policies, and balancing public and private sector roles. Whether stakeholders, especially the federal government, will succeed in addressing these issues and ensuring a well-regulated system that serves the needs of students and society remains unclear.
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Especialistas indicam crescimento da pesquisa aplicada

Especialistas indicam crescimento da pesquisa aplicada | Inovação Educacional | Scoop.it
Crescimento da pesquisa aplicada é resposta da comunidade acadêmica às necessidades de desenvolvimento social do país
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Today, 11:28 AM
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O que é mais importante no currículo, segundo recrutadores de tecnologia

O que é mais importante no currículo, segundo recrutadores de tecnologia | Inovação Educacional | Scoop.it

Especialistas em desenvolvimento e recrutamento de tecnologia ouvidos pelo Valor indicam caminhos para profissionais de tecnologia e de áreas correlatas – do iniciante ao mais experiente – construírem um currículo relevante e que corresponda às expectativas das empresas.
No Brasil, 54% dos 279 empregadores em Tecnologia da Informação (TI) entrevistados pretendem contratar profissionais até março deste ano, de acordo com a pesquisa Experis Tech Talent Q1 2025, da consultoria ManpowerGroup, um aumento de 4% em relação ao último trimestre do ano passado.
O Relatório sobre o Futuro do Trabalho 2025-2030 – estudo feito pelo Fórum Econômico Mundial em parceria com a Fundação Dom Cabral em 55 países – registra que trabalhadores priorizam cada vez mais o aperfeiçoamento de habilidades relacionadas a inteligência artificial, big data e cibersegurança para se requalificar ou para se manter expressivo no mercado de trabalho. Saiba o que recrutadores da área de tecnologia procuram em um currículo
1. Entender em que ponto da carreira o candidato está
A desenvolvedora Cynthia Zanoni, líder de ferramentas para desenvolvedores de Cloud na Microsoft e fundadora da comunidade de mulheres na tecnologia WoMakersCode, diz que a área de tecnologia é “bastante movimentada”, tem muitas especialidades e formações, o que faz com que as carreiras e o aprendizado não sigam um caminho linear. Por isso, diz Cynthia, o candidato precisa ter em mente qual é o objetivo profissional do momento para alinhar os cursos, as certificações e os projetos que fez com o currículo para o posto que deseja ocupar.
O cofundador da empresa de recrutamento e seleção especializada BB IT, Paulo Bastos, comenta que o currículo não é “uma receita de bolo” porque precisa estar de acordo com o nível de experiência do candidato. Um candidato com mais tempo de trabalho vai ter um documento mais extenso (mas Bastos alerta que não deve passar de 4 páginas), mas também precisa saber se apresentar de forma clara e objetiva.
Para um profissional principiante na tecnologia, experiências anteriores em outros setores também contam e devem ser estrategicamente vinculadas ao cargo pretendido.
“Se a pessoa trabalhou com atendimento ao público, por exemplo, uma empresa leva isso em conta por entender que ela vai ter facilidade de comunicação com os colegas. É preciso se mostrar interessante sem ser prolixo”, orienta o recrutador.
A líder de ferramentas na Microsoft dá um conselho para quem está começando em carreiras de tecnologia: "Permita-se começar de onde você está, sem ficar se comparando com quem tem anos de experiência dentro da área de tecnologia. Cada pessoa tem jornadas, vivências e acessos diferentes”, adiciona Zanoni.
2. Portfólio atualizado também conta
Zanoni verifica um erro de “foco” em alguns currículos quando o candidato quer comprovar a experiência por quantidade:
“Às vezes, a pessoa faz 40 cursos online, participa de 40 palestras, mas não necessariamente aquilo é relevante para uma candidatura. É importante conseguir tratar o currículo como um documento, é um cartão de visitas”, pondera a desenvolvedora.
Para além do CV oficial, Zanoni cita que o LinkedIn é um “currículo vivo”, porque funciona quase em tempo real, já que as atualizações da carreira podem ser postadas e vistas publicamente através da plataforma com mais agilidade.
Bastos sugere que o candidato também invista em um portfólio, porque ele cria um espaço próprio para detalhar trabalhos. Ele fala que há duas formas proveitosas de redigir os documentos: mencionar a empresa, o projeto, as tecnologias utilizadas e os resultados rapidamente no CV e explicitar o passo a passo no portfólio, o que poupa espaço para profissionais com “muita bagagem”; ou descrever as tecnologias que domina em até cinco linhas no CV e conectar a um projeto no portfólio, prática mais adequada aos que estão se desenvolvendo.
O recrutador ainda lembra que o currículo é feito pelo candidato, mas não para o candidato. Uma dica que ele dá é: como uma pessoa contaria uma história que viveu em uma mesa de amigos? O exercício, guardadas às devidas proporções, está em ver as reações das pessoas para saber recortar o que tem de mais importante na narrativa.
3. Experiência técnica e profissional
Além de dados básicos – como nome completo, cidade de residência, possibilidade de trabalho presencial, híbrido ou remoto e objetivo profissional – o cofundador da BB IT divide os profissionais em três grupos e indica como eles podem estruturar o currículo:
Grupo 1 (poucas experiências ou sem experiência)
Cursos, faculdades, especializações, certificações
Experiências anteriores relevantes e conexões com tecnologia
Breves justificativas sobre objetivos (um CV de até 2 páginas é o suficiente)
Grupo 2 (entre 2 e 3 anos de experiência em diante)
Projetos executados para terceiros ou diretos com resultados
Tecnologias e programas que domina
Cursos, faculdades, especializações, certificações
Grupo 3 (mais de 10 anos de experiência)
Projetos mais importantes da carreira na proporção 2-1: detalhar dois projetos muito relevantes e citar um generalista (mencionar os resultados)
Tecnologias e programas que domina
Cursos, faculdades, especializações, certificações
Outro fator que realça o currículo é o tempo: Bastos aponta que é fundamental sempre colocar o tempo de experiência exata em cada projeto e o tempo de habilidade com cada tecnologia/programa.
Mas atenção para as páginas e aos limites. O recrutador aconselha:
Primeira página: reservada ao resumo sobre os trabalhos atuais e sobre a carreira recente
Segunda página: pode conter informações de 2 a 4 anos
Terceira página: 7 anos resumidos. Quanto mais antiga a experiência for, de menos detalhes precisa.
Na dúvida, o candidato pode se questionar sobre que ele mesmo entende como mais importante na própria trajetória profissional.
4. Áreas correlatas à tecnologia
“O mercado de tecnologia não é somente programação”, lembra Zanoni. Marketing, design, financeiro e o próprio RH, por exemplo, fazem parte do corpo de uma empresa para que ela pense, atue e venda os produtos resultados de aplicações tecnológicas.
As dicas de Bastos e Zanoni se encontram quando ambos afirmam que é importante que profissionais correlatos devem aprender sobre inovação, a utilizar as principais tecnologias e produtos digitais que fazem parte da rotina das empresas e a se basear em dados. Metodologias ágeis, como Scrum e Kanban, e a orientação aos resultados baseados em testes são meios de acelerar a carreira.
Para os próprios recrutadores, Bastos diz que é interessante entender sobre as áreas que eles selecionam.
5. Habilidades interpessoais
A líder de ferramentas de Cloud na Microsoft ainda comenta que já viu muitas pessoas “tecnicamente boas, dominando as últimas tecnologias, que ficaram estagnadas na carreira por terem dificuldade de lidar com outras pessoas, por falta de comunicação estratégica e de organização”.
Zanoni também faz referência à resolução de problemas e à curiosidade, a disposição para aprender, como soft skills valorizadas pelo mercado.
Mesmo que essa etapa esteja além do currículo, ela pode ser manifestada através do networking, um complemento poderoso ao currículo e ao portfólio, especialmente para profissionais que querem se inserir no mercado ou que estejam em transição de carreira.
“Eu lembro que uma vez eu li um livro que dizia que o networking abre as portas que os diplomas não abrem e é justamente isso que a gente precisa considerar”, finaliza Zanoni.

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A regulação da IA em tempos turbulentos

Ausência de um marco global sobre a governança do desenvolvimento da IA, em especial da IA militar, apresenta riscos para a segurança internacional e para o funcionamento de mercados competitivos na área digital
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Today, 11:09 AM
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Com chuvas mais escassas, reservatórios reduzem recuperação e preços da energia disparam

Com chuvas mais escassas, reservatórios reduzem recuperação e preços da energia disparam | Inovação Educacional | Scoop.it

Em 2024, o país viveu uma das secas mais severas da série histórica do país em 83 anos, gerando preocupações sobre como seria o armazenamento dos reservatórios. As chuvas vieram com o início do período úmido, em novembro, e as hidrelétricas voltaram a guardar mais água. Só que essas chuvas perduraram até janeiro, ficando mais escassas em fevereiro e março.
No lugar das chuvas, vieram ondas intensas de calor, com durações mais longas. As projeções oficiais e de empresas do setor indicam baixa probabilidade de grandes volumes de chuvas nos próximos meses. De acordo com o ONS, as previsões apontam para um possível final antecipado do período tipicamente úmido, que normalmente vai de novembro a abril.
Vazões dos rios abaixo da média
De acordo com boletim semanal da operação do sistema do ONS, divulgado na sexta-feira (14), a perspectiva é de que as vazões dos rios estejam abaixo da média em todos os quatro submercados no fim de março.
A energia natural afluente (ENA), como é tecnicamente conhecida a vazão dos rios, é reflexo direto do volume de chuvas e é medida em percentual da Média de Longo Termo (MLT). Acima de 100% da MLT, as vazões estariam acima da média histórica, o que não é o caso.
Segundo o ONS, o Norte deve fechar março com 98% da MLT, enquanto o eixo Sudeste/Centro-Oeste deve registrar ENA de 56% da MLT; seguido pelo Sul (45% da MLT) e Nordeste (24%) da MLT.
O Norte deve fechar março com 95,8% de armazenamento, enquanto o Nordeste deve registrar 77,6% e o eixo Sudeste/Centro-Oeste, 67,5%. O Sul é a região que deve ter níveis mais baixos, com 36,7%.
“As perspectivas para os próximos meses são de pleno atendimento às demandas do país. Estamos com os reservatórios em condições positivas e a política operativa tem buscado preservar os recursos hídricos. As condições de afluência com uma provável antecipação do período seco estão sendo acompanhadas com atenção”, afirmou Marcio Rea, diretor-geral do ONS, em comunicado.

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Today, 8:59 AM
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Should College Be the Goal for Every Student? - The New York Times

Should College Be the Goal for Every Student? - The New York Times | Inovação Educacional | Scoop.it

Algumas escolas de ensino médio que antes tinham uma abordagem de “faculdade para todos” agora estão orientando os adolescentes para mais escolhas. Você acha que é uma boa ideia?
Você já pensou sobre o que fará depois do ensino médio? Você irá para a faculdade ou se juntará ao exército? Você frequentará uma escola profissionalizante para se especializar em um campo como cosmetologia ou mecânica? Você tirará um ano sabático ou começará a trabalhar?
Sua escola incentiva os alunos a explorar todas essas opções? Ou ela foca principalmente em incentivar os alunos a se inscreverem na faculdade?
O que as escolas devem fazer, na sua opinião, para ajudar os alunos a planejarem seu futuro?
Em “ Por que algumas escolas estão repensando a 'faculdade para todos '”, Dana Goldstein escreve sobre como algumas escolas que antes orientavam os alunos para um curso de quatro anos agora estão oferecendo mais opções. O artigo começa:
Por três décadas, “faculdade para todos” foi um grito de guerra americano. A meta inspirou uma geração de educadores, ofereceu uma estrela-guia aos estudantes e uniu figuras políticas de George W. Bush a Bernie Sanders.
Milhares de novas escolas de ensino fundamental e médio foram fundadas para concretizar essa visão ambiciosa, muitas vezes focadas em orientar estudantes de baixa renda para o bacharelado.
Mesmo após décadas de esforço bipartidário e bilhões de dólares gastos, cerca de 40% dos estudantes que começam a faculdade nunca terminam, muitas vezes saindo com dívidas que alteram suas vidas. Em todo o espectro político, as instituições de ensino superior são menos respeitadas e confiáveis ​​pelo público, seja por choque de preços, preconceito de esquerda percebido ou dúvidas sobre sua capacidade de preparar os estudantes para o mercado de trabalho.
Em resposta, algumas escolas de ensino médio que antes levavam quase todos os alunos para faculdades de quatro anos agora estão orientando os adolescentes para uma gama mais ampla de opções, incluindo escolas técnicas, programas de aprendizagem, cursos de dois anos ou o exército.
Entre elas estão escolas que fazem parte da KIPP, a maior rede de escolas charter do país.
Por muitos anos após a fundação da KIPP em 1994, a rede ficou conhecida por seu foco único em levar adolescentes negros e hispânicos de baixa renda para faculdades de quatro anos.
“A faculdade começa no jardim de infância” era um mantra do KIPP. As salas de aula eram nomeadas em homenagem às faculdades que seus professores frequentavam. Nos “dias de autógrafos” dos formandos, os alunos marchavam orgulhosamente pelos palcos do auditório, agitando as faixas de suas futuras alma maters.
Mas, nos últimos cinco anos, o KIPP tem feito parte de uma reformulação nacional da faculdade para todos.
O KIPP está “ampliando a celebração” do que os alunos podem fazer e alcançar após o ensino médio, disse Shavar Jeffries, presidente-executivo da Fundação KIPP, que apoia 278 escolas públicas KIPP em todo o país.
Mas, escreve a Sra. Goldstein, as escolas estão tentando caminhar em uma linha tênue entre encorajar os alunos a se esforçarem para obter um diploma de quatro anos e apresentá-los a alternativas. Ela cita Shavar Jeffries, presidente-executivo da KIPP Foundation, que apoia 278 escolas públicas KIPP nos Estados Unidos:
“Temos que ser muito, muito cuidadosos, principalmente com os jovens de cor”, disse Jeffries, observando que muitos programas de aprendizagem e treinamento profissional são caros e podem não ter um histórico comprovado de colocação de alunos em empregos bem remunerados.
Embora o KIPP esteja entusiasmado em direcionar os alunos para o que o Sr. Jeffries chamou de programas de treinamento profissional “confiáveis”, “os dados são claros”, ele disse. “Um diploma universitário abre mais oportunidades.”
O artigo inclui anedotas que mostram como essa mudança está afetando os planos dos alunos para depois de concluírem o ensino médio:
Na KIPP Academy Lynn, em um canto da classe trabalhadora da costa de Massachusetts, quase todos os alunos ainda consideram faculdades de quatro anos, e cerca de três quartos se matriculam. Mas agora, a conversa não termina aí.
No outono de seu último ano, Moriah Berry, 18, percebeu que seu maior medo, ela disse, era “estar falida”.
Para evitar esse destino, Moriah tem trabalhado com seus professores e orientadores para criar planos — e planos B — para a vida depois de terminar o ensino médio.
Seu grande objetivo é uma graduação em bioquímica ou física. Mas Moriah também está considerando um bacharelado acelerado de três anos em uma escola profissionalizante privada, o que a qualificaria para trabalhar como técnica em radiologia. E como a mensalidade anual de US$ 56.000 lá pode acabar sendo proibitiva, mesmo com auxílio, ela também está procurando programas de dois anos que ofereçam certificação na mesma área.
“Não quero ter uma quantidade absurda de empréstimos”, disse Moriah, que mora com a mãe, uma enfermeira. “Quero ser realmente realista.”
Alunos, leiam o artigo inteiro e depois nos digam:
Alguma coisa no artigo lembra você de suas próprias experiências de planejamento para a vida após o ensino médio? Alguma das preocupações de alunos ou professores ressoa com você? Por que sim ou por que não?
Você espera ir para a faculdade logo depois do ensino médio? Seus pais e professores esperam que você faça isso? Qual é a motivação por trás dessa decisão?
Você tem uma carreira em mente? Se sim, você tem um plano detalhado para iniciá-la? Quem está lhe dando conselhos ou ajudando você a planejá-la?
Você acha que sua escola prepara todos os alunos para a vida após a formatura? As necessidades, preocupações e interesses dos indivíduos são levados em consideração? Ou os professores e orientadores tendem a guiar todos para o mesmo caminho?
O autor observa que, por várias razões, há uma dúvida crescente sobre o valor da faculdade. O que você acha disso? Você acha que para ter uma vida plena, todos deveriam ir para a faculdade? Ou há alternativas a serem exploradas?

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Today, 8:15 AM
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Futuro do ensino superior: tendências, perspectivas e questionamentos

Futuro do ensino superior: tendências, perspectivas e questionamentos | Inovação Educacional | Scoop.it
Esta publicação trilíngue – em português, inglês e espanhol – busca ampliar o debate global sobre o futuro do ensino superior no cenário pós-covid. Desenvolvida pelo Centro de Ensino e Pesquisa em Inovação da Escola de Direito de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (CEPI-FGV DIREITO SP), a pesquisa diagnostica tendências emergentes e apresenta exemplos de iniciativas no Brasil e no mundo para enfrentar desafios contemporâneos. Os resultados promovem reflexões sobre o papel das instituições de ensino superior, seu posicionamento local e global, bem como sobre as transformações nas relações entre docentes, estudantes e funcionários em um mundo em constante mudança.
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March 17, 5:24 PM
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Nunca se aposente: médico especialista em longevidade dá sua receita para viver mais com saúde | Ciência e Saúde

Nunca se aposente: médico especialista em longevidade dá sua receita para viver mais com saúde | Ciência e Saúde | Inovação Educacional | Scoop.it
A terapia, contudo, não é a principal dica de Efrati para um envelhecimento saudável. Para prolongar a vida, ele garante ser necessário trabalhar pelo maior tempo possível. "O mais importante é ter um futuro", disse.

"Se você estiver trabalhando no ramo da construção ou com algo fisicamente desafiador, pare. Mas se não, nunca se aposente", afirmou ele. "Se você estiver deixando um tipo trabalho, encontre outro. Lute por um propósito."
Efrati deu o exemplo de um paciente de 90 e poucos anos que ainda estava trabalhando no mercado imobiliário e pensando em como construir em Marte. Ele acredita que a atitude e o senso de propósito o tornaram um candidato melhor para cuidados médicos que aumentam a longevidade do que um homem de 40 anos que se aposentou com a única intenção de relaxar.

Ocupar-se mais para viver mais
Karen Glaser, professora de gerontologia no Kings College London, em Londres, e pesquisadora-chefe do estudo WHERL sobre trabalho, saúde e expectativa de vida, disse que permanecer em um emprego que não seja muito estressante ou fisicamente exigente pode proteger nossas habilidades cognitivas. A aposentadoria, por outro lado, pode nos privar de conexões sociais, que estão ligadas à longevidade.

Os mesmos benefícios podem ser obtidos com o voluntariado ou com hobbies, disse Glaser — manter-se ocupado é a chave, e não o emprego em si.

Um estudo de 2023 publicado na BMC Medicine descobriu que pessoas com idade entre 37 e 73 anos que estavam socialmente isoladas tinham um risco 77% maior de morrer por qualquer causa.

Ben Meyers e Fabrizio Villatoro, pesquisadores da LongeviQuest, uma organização que valida as idades das pessoas mais velhas do mundo, afirmam que trabalhar duro pelo maior tempo possível era uma característica comum entre os mais de mil supercentenários que eles conheceram.

E Heidi Tissenbaum, professora de biologia na Escola Médica da Universidade de Massachusetts, que pesquisa sobre expectativa de vida saudável, disse que manter o corpo e o cérebro ocupados é essencial para uma vida longa e saudável.
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March 17, 5:20 PM
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Obra de brasileira é vendida por R$ 10 mil no primeiro leilão da Christie’s dedicado à arte feita com IA | Inteligência Artificial

Obra de brasileira é vendida por R$ 10 mil no primeiro leilão da Christie’s dedicado à arte feita com IA | Inteligência Artificial | Inovação Educacional | Scoop.it

A obra "Little Martians & Abraham", da artista brasileira Vanessa Rosa, foi vendida na quarta-feira (5) por US$ 1.764 (cerca de R$ 10.125) no primeiro leilão da Christie’s New York dedicado exclusivamente à arte criada com inteligência artificial.
A arte de Rosa, estimada entre US$ 2.000 e US$ 4.000 (R$ 11.500 e R$ 23 mil), combina cerâmica tradicional com IA e apresenta Verdelia, uma historiadora que explora suas próprias origens. Além da escultura física, também foi leiloado um NFT da animação.
"Minha primeira experiência em um leilão foi muito gratificante, especialmente pela oportunidade de compartilhar o universo dos Little Martians com um novo público. Foi significativo ver minha peça, que combina escultura em cerâmica e uma animação ligada a NFT, ser reconhecida em um espaço tradicionalmente reservado para artes clássicas", disse Rosa.
A série “Little Martians” começou a ser criada em 2020 na Mars College, uma comunidade artística no deserto da Califórnia, e passou por diferentes mídias e processos tecnológicos. O projeto nasceu com esculturas físicas feitas de argila, evoluiu para animação digital e interação com IA, para depois apresentar uma narrativa de ficção científica sobre a evolução da vida e a relação entre seres humanos e inteligências artificiais.
"Acredito que estamos apenas começando a compreender como artistas podem usar a IA para enriquecer suas práticas existentes, não para substituí-las. Participar deste evento histórico me inspirou a continuar explorando esse diálogo entre o físico e o digital, e espero abrir portas para mais experimentações e colaborações criativas no futuro", disse a artista.
Formada em História da Arte pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rosa, que iniciou sua carreira no grafite e na pintura mural, explorando padrões geométricos e influências culturais diversas, foi a única representante do Brasil no primeiro leilão da Christie’s dedicado à arte com IA. O evento ocorreu de forma online e contou com uma exposição simultânea no Christie’s Rockefeller Center.
O leilão causou controvérsia no mundo das artes, com 6.500 pessoas assinando uma carta aberta pedindo o cancelamento do evento. Os signatários dizem que os modelos de IA e as empresas por trás deles exploram artistas, usando seus trabalhos sem permissão ou pagamento.

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March 17, 5:17 PM
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Invasão dos robôs: como as big techs querem ganhar trilhões de dólares com a IA física

Invasão dos robôs: como as big techs querem ganhar trilhões de dólares com a IA física | Inovação Educacional | Scoop.it
Empresas preparam-se para entrar em uma nova área, na qual as máquinas vão se movimentar com desenvoltura no mundo físico
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March 17, 5:13 PM
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SXSW 2025: o Futuro do Trabalho não é um lugar, é uma escolha

SXSW 2025: o Futuro do Trabalho não é um lugar, é uma escolha | Inovação Educacional | Scoop.it

Na plenária principal, tive o privilégio de assistir a um inspirado e bem-humorado – nem por isso menos direto – Ian Beacraft, CEO da Signal & Cipher. O trabalho, como conhecemos, está morrendo, diz ele, e a única coisa pior do que não entender isso é fingir que não está acontecendo.
Para ele, a IA vai muito além de uma ferramenta; ela é um novo paradigma, uma revolução comparável à industrial, porém, em um ciclo de transformação infinitamente mais curto.
Beacraft apresentou o conceito de Skill Flux – ou a rápida obsolescência das habilidades. Em outras palavras, o que aprendemos ontem pode não servir amanhã. Se antes um conhecimento técnico tinha validade de 30 anos, hoje ele dura dois.
O Futuro do Trabalho, afirmou ele, não pertence aos especialistas hiperfocados que passam décadas se aprofundando em um único tema. Pertence a quem aprende rápido, desaprende mais rápido ainda e aplica conhecimento em contextos inéditos.
O nome disso? Criatividade.
O futurista Mike Bechtel, por sua vez, jogou um balde de água fria na ilusão da hiperespecialização. Para ele, a verdadeira inovação não vem de quem aprofunda um único tema até o limite, e sim de quem consegue conectar pontos distantes. E chamou isso de Cross-Pollination – a polinização cruzada de conhecimentos.
Vivemos hoje uma crise de imaginação e a professora Cassandra Vieten, da Universidade da Califórnia, apontou aquilo que já deveríamos ter percebido: a criatividade está sendo engolida pela velocidade. O excesso de estímulos, a avalanche de notificações, a cultura do multitasking – tudo isso está nos transformando em operários digitais de uma linha de montagem mental.
Enquanto isso, a IA segue aprendendo a criar.

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March 17, 4:33 PM
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Fenômeno digital, frei Gilson é sinal de força católica num Brasil mais evangélico

Fenômeno digital, frei Gilson é sinal de força católica num Brasil mais evangélico | Inovação Educacional | Scoop.it

Para responder essas questões, uma pesquisa com os próprios fiéis seria essencial. No entanto, algumas hipóteses já se delineiam a partir do próprio contexto. O fenômeno parece evidenciar, à sua maneira, um sintoma social da contemporaneidade, aquilo de que ninguém quer saber, mas que se insinua por todos os lados: as reações adversas da desintegração do mundo simbólico que compartilhávamos.
As concepções religiosas e morais desempenhavam uma função simbólica essencial na estruturação subjetiva das pessoas, indicando o que é verdadeiro ou falso, o que deve ou não ser feito, e oferecendo margens estruturantes para a vida cotidiana. No entanto, esse papel se enfraqueceu com o processo de modernização pelo qual o Brasil também passou, trazendo uma série de consequências.
O enfraquecimento da amálgama oferecida pela instituição religiosa como centro regulador do social, papel desempenhado pela Igreja Católica no Brasil por quase todo o século 20, no entanto, não nos livrou de sua existência lógica. Aquilo que dá estrutura a uma sociedade inevitavelmente exerce força sobre ela. Porém, o seu enfraquecimento abre espaço para tentativas de novas formas de regulação e pertencimento, de maneira difusa, imprevisível e fragmentada.
O "fenômeno frei Gilson" ilustra bem as dinâmicas no campo religioso brasileiro sob a modernização e a consolidação de um mercado de bens de sentido. A busca pelo vínculo e conexão com a comunidade é atravessada pela vivência subjetiva da fé religiosa, em que a experiência pessoal do sagrado acontece no espaço íntimo dos lares, na solidão de cada fiel, a partir da atuação carismática do religioso, sem as mediações institucionais tradicionais. A relação é individualizada: fiel, frei Gilson e Deus.
O fenômeno revela o desejo de uma fé íntima, pessoal, sem intermediários institucionais, característica das vivências religiosas contemporâneas. Ao mesmo tempo exprime a necessidade irreprimível de se sentir parte de algo maior, em que margens e sentidos são restabelecidos frente a uma sociedade em que o pecado abunda.
A tensão entre o frei e o mundo secular é evidente. Assim que suas orações na madrugada se iniciaram, seus discursos foram vasculhados na internet por seus detratores e compartilhados nas redes sociais. Neles vem à tona o aspecto moral conservador que o caracteriza. Isso imediatamente gerou pânico entre aqueles que já anteveem as eleições de 2026 e temem o papel das lideranças religiosas no pastoreio de seus rebanhos em direção a um líder político alinhado ao imaginário cristão conservador.
Frei Gilson é o outro da ordem. Um corpo alheio no jogo convencional das instituições e poderes. Mais do que um sinal da persistência católica no espaço público, ele evidencia a força do discurso religioso conservador como elemento de coesão simbólica. Ao mesmo tempo, encarna os paradoxos da modernidade religiosa. De um lado, a busca por uma experiência espiritual personalizada, sem mediações institucionais rígidas. De outro, a necessidade de pertencimento e de uma âncora em um mundo onde as referências tradicionais se dissolvem.

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Today, 2:43 PM
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Saúde mental de universitários e os desafios de mudar e pertencer

Saúde mental de universitários e os desafios de mudar e pertencer | Inovação Educacional | Scoop.it
Requisito essencial para o bem-estar, a adaptação não pode ser vista como uma responsabilidade exclusiva dos estudantes.
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Today, 2:41 PM
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Brazil’s Private Higher Education: Equity and Distance Learning

This study explores the complexities of Brazil’s higher education system, characterized by the dominance of private, for-profit institutions, the expansion of distance education, and persistent challenges in ensuring quality and equity. We analyze the historical and political factors that have shaped this landscape and discuss their implications for public policy, particularly in the context of the Lula administration.
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Today, 11:43 AM
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Mais de 40 alunos recebem atendimento médico após uso compartilhado de agulha em aula no ES

Mais de 40 alunos recebem atendimento médico após uso compartilhado de agulha em aula no ES | Inovação Educacional | Scoop.it

Quarenta e três alunos de uma escola estadual de Laranja da Terra, na Região Serrana do Espírito Santo, foram encaminhados ao hospital para exames para diagnosticar possíveis infecções após uma atividade prática em sala de aula, onde uma mesma agulha foi utilizada para coleta de sangue. O caso ocorreu na última sexta-feira (14).
Os alunos pertencem a turmas de 2ª e 3ª séries do Ensino Médio e têm idades entre 16 e 17 anos. O professor de Química responsável pela aula foi demitido e o caso foi encaminhado para a corregedoria da Secretaria de Estado da Educação (Sedu). Segundo a secretaria, a atividade foi realizada sem a devida autorização da coordenação pedagógica. (leia a nota na íntegra abaixo)
O nome da escola não será divulgado para preservar a identidade dos alunos.

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Today, 11:16 AM
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Confiança do consumidor recua e deixa Brasil entre os países mais pessimistas do mundo

Confiança do consumidor recua e deixa Brasil entre os países mais pessimistas do mundo | Inovação Educacional | Scoop.it
Pesquisa Ipsos aponta que país ficou abaixo de 50 pontos na escala até 100 de confiança pela primeira vez no atual governo, em 15º lugar entre 29 economias
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Today, 11:14 AM
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Fundação Dom Cabral expande presença em SP com novo campus

Fundação Dom Cabral expande presença em SP com novo campus | Inovação Educacional | Scoop.it

A Fundação Dom Cabral (FDC) vai expandir a sua atuação na cidade de São Paulo, mercado responsável por cerca de 30% da sua receita. Com um investimento de R$ 24 milhões, a entidade vai inaugurar um novo campus na Vila Olímpia e também criou um fundo patrimonial estimado, inicialmente, em R$ 20 milhões, cujos recursos serão aportados por Gerdau, MRV e a própria instituição de ensino mineira para financiar bolsas de estudo.
“A forma que a gente encontra de aumentar nosso impacto [em São Paulo] é criando um campus moderno, maior e com visibilidade, para poder levar mais iniciativas para a capital paulista”, afirma o presidente da instituição, Antonio Batista, em entrevista ao Valor.
Ao ampliar sua presença na cidade, a instituição de ensino investe pesado na disputa com FGV, Insper e Ibmec — instituições de ensino que também atuam no mercado premium, com mensalidades acima de R$ 3 mil e foco na formação de executivos.
“As escolas de negócio que existem são de muito bom nível. São parceiras em iniciativas que a gente tem. Cada uma tem sua proposta de valor (...). Acho que a gente vem para somar, mas não concorre tanto, porque eu acredito na força da FDC na educação executiva, o que talvez seja mais presente do que nas instituições de São Paulo, que têm uma força muito grande na educação acadêmica”, diz.
O novo fundo patrimonial se somará ao programa de bolsas de estudo que a FDC promove desde a década de 90. Neste modelo, as doações (de pessoas físicas ou jurídicas) são feitas em volumes menores e se unem a recursos da fundação para financiar programas acadêmicos e executivos, e até iniciativas fora da entidade, como cursos técnicos e de graduação.
Agora, o objetivo é atrair aportes maiores, de grupos empresariais e filantrópicos, e usar os rendimentos do fundo exclusivamente para bolsas. Além disso, os doadores podem definir como querem que a doação seja empregada, como em bolsas de graduação, por exemplo.
De acordo com a instituição, em 2024 foram destinados R$ 4,5 milhões em recursos próprios para garantir 667 bolsas. Em 2025, a expectativa é ampliar esse número em 20%. Em 2026, a previsão de aumento é de cerca de 25%, percentual que pode crescer com a entrada de novos doadores no fundo.
“A gente não quer formar apenas executivos. A gente quer formar desde o menino empreendedor da comunidade e o pequeno empreendedor que vende latinha de cerveja, até o CEO de uma grande multinacional”, diz o presidente da FDC.
A FDC contribuiu com metade do aporte inicial, de R$ 20 milhões, com o restante distribuído entre as duas primeiras entrantes (MRV e Gerdau). Segundo Batista, a ideia é atrair mais empresas parceiras e doadores individuais, nacionais e internacionais, que possam contribuir na formação dos alunos, com estágios, palestras e iniciativas educacionais.
“O Brasil é um país muito fechado, a gente precisa pensar mais globalmente e agir mais globalmente”. De acordo com o executivo, a expansão das atividades em São Paulo também tem potencial para acelerar o processo de internacionalização da instituição, que já conta com 40 acordos com escolas de negócios estrangeiras para intercâmbios.
A instituição, que é referência em cursos de educação executiva, tem expandido seu portfólio desde o ano passado, com a inauguração da turma de Administração de Empresas na unidade de Belo Horizonte. No entanto, segundo o presidente da FDC, o campus paulista não ofertará cursos de graduação, mantendo o foco em pós-graduação (especialização), MBA e cursos livres direcionados para empresas.
Batista reforça que, como se tratam de produtos do mercado premium de educação, os preços de matrícula e mensalidade devem se manter, mesmo com a inauguração da nova unidade. “A gente tem uma certa reputação e visibilidade no mercado, mas isso nunca é suficiente”, avalia. Segundo o presidente da FDC, para além de investimentos em marketing e redes sociais, a entidade aposta em concentrar seus eventos e iniciativas, como fóruns de gestão e inovação, no novo campus.

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Today, 9:02 AM
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Some Schools Rethink “College For All” - The New York Times

Some Schools Rethink “College For All” - The New York Times | Inovação Educacional | Scoop.it

A ideia de que todo aluno deve almejar uma faculdade de quatro anos motivou um movimento bipartidário por décadas. Agora, até mesmo os entusiastas promotores da ideia estão reconsiderando isso.
Dana Goldstein visitou duas escolas de ensino médio com um novo foco no planejamento de carreira: a KIPP Academy Lynn, em Massachusetts, e a Bronx Early College Academy, na cidade de Nova York.
6 de março de 2025
Por três décadas, “faculdade para todos” foi um grito de guerra americano. A meta inspirou uma geração de educadores, ofereceu uma estrela-guia aos estudantes e uniu figuras políticas de George W. Bush a Bernie Sanders.
Milhares de novas escolas de ensino fundamental e médio foram fundadas para concretizar essa visão ambiciosa, muitas vezes focadas em orientar estudantes de baixa renda para o bacharelado.
Mesmo após décadas de esforço bipartidário e bilhões de dólares gastos, cerca de 40% dos estudantes que começam a faculdade nunca terminam, muitas vezes saindo com dívidas que alteram suas vidas. Em todo o espectro político, as instituições de ensino superior são menos respeitadas e confiáveis ​​pelo público, seja por choque de preços, preconceito de esquerda percebido ou dúvidas sobre sua capacidade de preparar os estudantes para o mercado de trabalho.
Em resposta, algumas escolas de ensino médio que antes levavam quase todos os alunos para faculdades de quatro anos agora estão orientando os adolescentes para uma gama mais ampla de opções, incluindo escolas técnicas, programas de aprendizagem, cursos de dois anos ou o exército.
Entre elas estão escolas que fazem parte da KIPP, a maior rede de escolas charter do país.
Por muitos anos após a fundação da KIPP em 1994, a rede ficou conhecida por seu foco único em levar adolescentes negros e hispânicos de baixa renda para faculdades de quatro anos.
“A faculdade começa no jardim de infância” era um mantra do KIPP. As salas de aula eram nomeadas em homenagem às faculdades que seus professores frequentavam. Nos “dias de autógrafos” dos formandos, os alunos marchavam orgulhosamente pelos palcos do auditório, agitando as faixas de suas futuras alma maters.
Mas, nos últimos cinco anos, o KIPP tem feito parte de uma reformulação nacional da faculdade para todos.
O KIPP está “ampliando a celebração” do que os alunos podem fazer e alcançar após o ensino médio, disse Shavar Jeffries, presidente-executivo da Fundação KIPP, que apoia 278 escolas públicas KIPP em todo o país.
E a KIPP não é a única instituição de ensino com foco em faculdades que está experimentando recentemente o aprendizado centrado na carreira.
Dez anos atrás, a International Baccalaureate Organization, sediada em Genebra, iniciou um “programa de carreira” como alternativa ao seu tradicional “programa de diploma”, que é bem conhecido como um caminho para admissões em faculdades de elite. A opção de carreira do IB, embora ainda pequena, cresceu exponencialmente nos últimos cinco anos e agora atende a mais de 8.000 estudantes americanos.
As mudanças podem trazer mais do que um pouco de desconforto para muitos educadores altamente qualificados, que provavelmente não esquecerão as portas que suas próprias faculdades e pós-graduações abriram. O Sr. Jeffries da KIPP, por exemplo, é graduado pela Duke and Columbia Law School.
E os jovens americanos com diploma de bacharel ganharam um salário médio de US$ 60.000 no ano passado, em comparação com US$ 40.000 para aqueles com apenas o diploma do ensino médio.
O Sr. Jeffries reconheceu que algumas das ações do KIPP foram influenciadas por tendências em filantropia e política. Líderes empresariais demonstraram um forte entusiasmo nos últimos anos por alternativas à faculdade tradicional.
Muitos políticos e doadores ricos para causas educacionais como a KIPP estão preocupados com as taxas de evasão de estudantes e dívidas crescentes. Eles também foram influenciados por executivos famosos de tecnologia que abandonaram a faculdade, por sua própria aversão pessoal ao ativismo de esquerda no campus e pelo populismo anti-faculdade do movimento Trump.
O Sr. Jeffries disse que escolas como a KIPP estão tentando equilibrar o incentivo aos alunos para que se esforcem para obter um diploma de quatro anos e também apresentá-los a alternativas.
“Temos que ser muito, muito cuidadosos, principalmente com os jovens de cor”, disse Jeffries, observando que muitos programas de aprendizagem e treinamento profissional são caros e podem não ter um histórico comprovado de colocação de alunos em empregos bem remunerados.
Embora o KIPP esteja entusiasmado em direcionar os alunos para o que o Sr. Jeffries chamou de programas de treinamento profissional “confiáveis”, “os dados são claros”, ele disse. “Um diploma universitário abre mais oportunidades.”
Na KIPP Academy Lynn, em um canto da classe trabalhadora da costa de Massachusetts, quase todos os alunos ainda consideram faculdades de quatro anos, e cerca de três quartos se matriculam. Mas agora, a conversa não termina aí.
No outono de seu último ano, Moriah Berry, 18, percebeu que seu maior medo, ela disse, era “estar falida”.
Para evitar esse destino, Moriah tem trabalhado com seus professores e orientadores para criar planos — e planos B — para a vida depois de terminar o ensino médio.
Seu grande objetivo é uma graduação em bioquímica ou física. Mas Moriah também está considerando um bacharelado acelerado de três anos em uma escola profissionalizante privada, o que a qualificaria para trabalhar como técnica em radiologia. E como a mensalidade anual de US$ 56.000 lá pode acabar sendo proibitiva, mesmo com auxílio, ela também está procurando programas de dois anos que ofereçam certificação na mesma área.
“Não quero ter uma quantidade absurda de empréstimos”, disse Moriah, que mora com a mãe, uma enfermeira. “Quero ser realmente realista.”
Neste ano letivo, pela primeira vez, todos os alunos do KIPP do primeiro e do último ano do país estão matriculados em um seminário de dois anos chamado Conhecimento Universitário e Sucesso na Carreira.
Na KIPP Academy Lynn, os juniores pesquisam caminhos de carreira — ortodontista, agente da CIA, engenheiro de software. Os professores também trabalham para desmistificar o processo de inscrição para faculdade e auxílio financeiro, explicando noções básicas como a diferença entre uma bolsa e um empréstimo. Os alunos analisam criticamente programas específicos de faculdade e treinamento, examinando suas taxas de graduação e colocação profissional.
Durante o último ano, os alunos preenchem formulários e depois fazem planejamento financeiro para os anos seguintes.
O trabalho é pragmático. Os alunos do KIPP são predominantemente de famílias de baixa renda e, muitas vezes, os primeiros em suas famílias que podem ir para a faculdade. Eles ganham diplomas de bacharel em cerca do dobro da taxa de outros alunos de baixa renda nacionalmente, de acordo com um estudo do Mathematica de 2023. Enquanto mais de três quartos dos alunos que frequentaram o KIPP para o ensino fundamental e médio se matricularam na faculdade, apenas 40% se formaram em cinco anos.
A KIPP Massachusetts tentou se ajustar a essa realidade, renomeando sua equipe de “aconselhamento universitário” como “aconselhamento de correspondência”. Ela também removeu a exigência de um diploma universitário das listas de empregos para “consultores de persistência”, conselheiros que trabalham com recém-formados para solucionar problemas de faculdade, carreira, saúde mental e desafios financeiros.
Da mesma forma, a Bronx Early College Academy, que oferece o programa de diploma do Bacharelado Internacional, também está deixando de enviar todos os seus alunos, que são em grande parte de famílias de baixa renda, para faculdades de quatro anos.
O programa IB é bem conhecido por seu foco no rigor das artes liberais e no pensamento filosófico. Seu curso mais famoso, chamado “teoria do conhecimento”, foca em questões epistemológicas em política, cultura e artes.
Mas 18 meses após a formatura, cerca de um quinto dos ex-alunos da BECA não estavam matriculados em nenhum tipo de faculdade, de acordo com dados de 2021 a 2024 .
“Não tínhamos a estrutura para falar com as crianças sobre qualquer coisa além da faculdade”, disse Yvette Rivera, diretora da escola. “Mas não queremos desperdiçar o tempo das crianças. Não temos muito tempo, especialmente em comunidades como a nossa.”
Cinco anos atrás, a Sra. Rivera adotou a nova carreira do IB como uma opção adicional. O curso de assinatura é chamado de “habilidades pessoais e profissionais”. Os alunos enfrentam grandes questões éticas, uma marca registrada da abordagem do IB, mas também se concentram na escrita profissional, na oratória e na discordância respeitosa. Aprender sobre carreiras é uma parte central do programa.
Neste outono, Danessa Ayala, uma veterana de 17 anos, estava considerando três caminhos distintos com requisitos educacionais muito diferentes: mecânica automotiva, mercado imobiliário ou se tornar uma detetive. Seus pais, um segurança e um administrador de escritório, disseram que apoiariam qualquer escolha da filha, mas, de outra forma, não ofereceram muita orientação detalhada.
Depois que Danessa foi designada à escola para pesquisar seus interesses de carreira, ela percebeu que poderia levar muitos anos para um policial se tornar detetive. Ela começou a se concentrar em imóveis, construção e reforma de casas.
Neste inverno, Danessa trabalhou como estagiária remunerada para uma organização sem fins lucrativos de artes local, ganhando US$ 16 por hora. Ela ganhou alguma familiaridade com marcenaria, que ela sabe que pode ser uma grande parte dos projetos de renovação de casas.
Ela agora está se candidatando a faculdades públicas locais e planejando fazer cursos de contabilidade e outros cursos de negócios que podem ser úteis no setor imobiliário. Ela planeja continuar morando em casa para economizar dinheiro.
Nicholas Pinho, de dezoito anos, veterano da KIPP Academy Lynn, está avaliando se deve cursar uma faculdade de quatro anos. Ele também está pensando em um programa de comércio para se tornar eletricista.Crédito...Sophie Park para o The New York Times
Brittney Date, uma consultora da BECA para alunos com deficiência, antigamente conversava com as famílias principalmente sobre seus filhos chegando à formatura do ensino médio. Agora, ela tem conversas muito mais amplas com alunos e pais sobre habilidades, sonhos e orçamentos.
“O foco mudou para entender o que os alunos querem fazer”, ela disse. “Faculdade? Cosmetologia?”
Na KIPP Academy Lynn, Nicholas Pinho, um veterano de 18 anos, também está avaliando se uma faculdade de quatro anos vale a pena. Ele pode fazer um bacharelado em engenharia elétrica, mas também está pensando em um programa de comércio para se tornar um eletricista.
De qualquer forma, ele disse que quer ficar perto de sua família brasileira-americana em Salem, Massachusetts, onde poderia trabalhar no negócio de instalação de cozinhas da família.
Ele já se interessou pela faculdade de direito. Mas durante o fechamento das escolas por conta da Covid-19, quando ele estava acorrentado a um laptop para aprendizado remoto, ele teve problemas para se concentrar.
Essa experiência, ele disse, o fez perceber que “gosto de fazer um trabalho mais prático”.

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Poder da Narrativa –

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Desperte o poder da sua narrativa! Descubra como construir histórias envolventes para a apresentação do seu Projeto Integrador. 
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March 17, 5:27 PM
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Open talent, carewashing, desindustrialização: as tendências de Futuro do Trabalho para 2025 | Futuro do trabalho

Open talent, carewashing, desindustrialização: as tendências de Futuro do Trabalho para 2025 | Futuro do trabalho | Inovação Educacional | Scoop.it
A lógica é simples. Para suprir a lacuna de uma habilidade específica, a empresa pode considerar, além de treinamento e de transferências internas, a contratação de um profissional especializado, por meio de plataformas digitais, em qualquer parte do mundo. Um exemplo é a Órigo Energia, de energia renovável, que está indo para o segundo ano com dez profissionais selecionados pela plataforma Ollo plugados à sua estrutura, atuando em diferentes posições ligadas à comunicação e marketing.
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March 17, 5:22 PM
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Cursos de graduação em IA se tornam mais populares e atraem desde enfermeiros a profissionais da educação

Cursos de graduação em IA se tornam mais populares e atraem desde enfermeiros a profissionais da educação | Inovação Educacional | Scoop.it

Com os avanços da inteligência artificial, cada vez mais universidades dos Estados Unidos estão oferecendo cursos voltados para essa tecnologia e mirando não apenas quem é da área. As informações são do Business Insider.
A Universidade Johns Hopkins é um exemplo. Barton Paulhamus, diretor do mestrado online em Inteligência Artificial da instituição, afirma que o programa tem atraído um público cada vez mais diversificado.
Originalmente, os cursos eram voltados para estudantes com graduação em ciência da computação. No entanto, nos últimos anos, a universidade começou a oferecer disciplinas voltadas para áreas como enfermagem, negócios e educação.
Além disso, Paulhamus afirmou que a instituição está expandindo cursos sobre IA generativa devido à crescente demanda.
"Estamos nos esforçando ao máximo para capacitar professores e criar material didático, porque há um apetite insaciável por isso no momento", disse ele.
O curso de graduação em Inteligência Artificial da Carnegie Mellon University (CMU), nos Estados Unidos, teve um movimento parecido. Segundo Reid Simmons, diretor do programa de Bacharelado em IA, a forma como a inteligência artificial é ensinada mudou drasticamente desde o início do curso, há mais de cinco anos.
A CMU foi uma das primeiras universidades a oferecer um curso de graduação em inteligência artificial, com a primeira turma ingressando em 2018. No início, a proposta era dar uma base sólida sobre essa tecnologia.
"Muito do trabalho em inteligência artificial se concentra exclusivamente em aprendizado de máquina, mas há muitos outros aspectos, como busca, representação do conhecimento, tomada de decisão, robótica, visão computacional e linguagem natural", disse Simmons ao Business Insider.
Segundo ele, o interesse em aprender a utilizar a IA cresceu, inclusive, entre estudantes sem formação em engenharia ou ciência da computação.
"Estamos começando a desenvolver cursos mais acessíveis para pessoas sem um forte conhecimento técnico", disse Simmons. "Nosso próximo passo é criar uma experiência de 'IA para todos'."
Na Universidade de Miami, o objetivo também é tornar a IA acessível para alunos de diversas áreas.
"Temos um curso introdutório de ciência de dados e IA para todos", disse Leonidas Bachas, reitor da Faculdade de Artes e Ciências da UM. "Os alunos podem começar sem qualquer experiência em computação, sem saber programar, mas esse curso funciona como um primeiro passo para despertar o interesse na área."
O professor Mitsunori Ogihara, do Departamento de Ciência da Computação da UM, que ajudou a desenvolver o Bacharelado em Ciência de Dados e IA da universidade, espera que a IA seja vista como uma disciplina essencial, assim como a matemática. Para ele, a educação é fundamental para reduzir o medo do público em relação às novas tecnologias.

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March 17, 5:18 PM
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China torna ensino de IA obrigatório nas escolas de Pequim e mira liderança global do setor

China torna ensino de IA obrigatório nas escolas de Pequim e mira liderança global do setor | Inovação Educacional | Scoop.it

Para fortalecer a sua meta de dominar a indústria de inteligência artificial, o governo da China anunciou que, na capital Pequim, a educação em IA será obrigatória para estudantes, incluindo os do ensino fundamental.
A medida, destaca reportagem da Bloomberg, começa a valer no próximo semestre de outono, em setembro. Segundo a Comissão Municipal de Educação de Pequim, as escolas oferecerão pelo menos oito horas de aulas da tecnologia por ano acadêmico, e elas poderão executá-las como cursos autônomos ou integrá-las ao currículo existente.
Os alunos do ensino fundamental, geralmente de seis anos a 12 ou 14 anos, farão cursos práticos para dar início à sua compreensão da IA. Já os do ensino médio, de 15 a 17 anos, se concentrarão no fortalecimento de aplicações e inovação de IA.
Esse novo plano educacional segue uma promessa do governo no Congresso Nacional do Povo de apoiar a aplicação extensiva de modelos de IA em larga escala e o desenvolvimento de terminais inteligentes e equipamentos de fabricação de nova geração.
E ele ganhou impulso no início deste ano depois que a startup DeepSeek lançou um modelo de inteligência artificial que ela garante que tem desempenho tão bom quanto os dos concorrentes americanos, como o ChatGPT, da OpenAI, porém, com muito menos recursos.
O Business Insider destaca que a China não está sozinha na pressão pela educação em IA nas escolas. No ano passado, a Califórnia, nos Estados Unidos, aprovou uma lei exigindo que seu conselho de educação considerasse a alfabetização em IA nos currículos escolares. A Itália também anunciou que começaria a testar ferramentas com tecnologia de IA em 15 salas de aula como parte de um esforço mais amplo para aprimorar as habilidades digitais dos alunos.

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March 17, 5:14 PM
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Eve tem prejuízo de US$ 40,7 milhões e prevê intensificação no desenvolvimento do ‘carro voador’

Eve tem prejuízo de US$ 40,7 milhões e prevê intensificação no desenvolvimento do ‘carro voador’ | Inovação Educacional | Scoop.it
A Eve registrou prejuízo de US$ 40,7 milhões no quarto trimestre de 2024, um aumento de 3,7% nas perdas em um ano. A subsidiária da Embraer que desenvolve o “carro voador autônomo” (eVTOL) ainda é pré-operacional e não registra receitas.
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March 17, 5:09 PM
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As principais tendências para o futuro do trabalho, segundo o SXSW 2025

As principais tendências para o futuro do trabalho, segundo o SXSW 2025 | Inovação Educacional | Scoop.it
Trabalho fracionado, sem emprego formal; equipes remotas e totalmente digitais; mentorias diárias para atualização dos funcionários; e aposentadoria só depois dos 70 anos. É assim que será o futuro do trabalho, segundo Rishad Tobaccowala, professor da universidade de Chicago, consultor de grandes empresas e autor do recém-lançado “Rethinking Work” (HarperCollins, inédito no Brasil; em tradução livre, “Repensando o trabalho”).


O professor Richard Tobbacowala durante painel do SXSW 2025 — Foto: Reprodução/X
“Em minhas conversas com CEOs, ficou claro para mim que muitos deles não estão se alinhando com as tendências do futuro”, disse Tobaccowala, durante palestra no South By Southwest, em Austin. “Eu fico chocado ao perceber como essas companhias pararam no tempo. Quer dizer, se você acha que o seu modelo atual de negócio e gestão ainda vai estar funcionando daqui a três anos, é porque ainda vive na era das máquinas de escrever”, afirmou.

Uma das principais críticas do estudioso é dirigida às empresas que insistem em trazer os funcionários de volta para o escritório cinco dias por semana, como se a pandemia nunca tivesse acontecido. “Eu acredito na força da interação pessoal”, disse Tobaccowala, no palco do SXSW. “Mas de quanta interação precisamos realmente?”, questiona. Ao argumentar em favor do trabalho presencial, a maioria das empresas cita quatro razões: o brainstorm criativo, o relacionamento entre colaboradores, o aprendizado in loco e as ideias que surgem quando você “esbarra com alguém no caminho do bebedouro”.

“Lembro bem que, antes da pandemia, quando queriam fazer um brainstorm criativo, os chefes levavam a equipe para reuniões fora do escritório”, diz o professor. “Quando queríamos construir relacionamentos, íamos para bares, restaurantes e cafeterias. Quando queríamos aprender, íamos para eventos como o South by Southwest. E hoje todo mundo tem sua própria garrafa de água. Então essas são as razões mais estúpidas que já ouvi na minha vida”, disse, sob os aplausos da plateia.

Novos modelos de gestão
Para o autor, não faz sentido quando empresas de tecnologia, que pregam a personalização, a agilidade e a flexibilidade, impõem um modelo único para todos os funcionários. “Essa não é uma companhia que vejo prosperando no futuro.”

Na verdade, diz, toda a discussão sobre trabalho presencial ou remoto existe para disfarçar outro problema bem mais urgente: existe hoje uma crise de liderança nas empresas. “Temos muitos chefes, mas muito poucos líderes. Chefes passam todo o tempo medindo, monitorando, supervisionando, alocando. Já líderes passam a maior parte do tempo criando, construindo, mentorando e crescendo”, diz o professor. “E estes são raros.”

Da mesma forma que há uma crise de liderança, há também uma indefinição por parte dos funcionários, que ainda não decidiram qual formato de trabalho querem adotar. O que sabem com certeza é que rejeitam os modelos tradicionais - 76% da geração Z prefere maneiras alternativas de trabalhar. “Eles não querem viver para um emprego. Querem ter parte do dia livre, para cuidar dos filhos, dos pais, ou para fazer outra atividade”, diz Tobaccowala.

Para as empresas, uma boa solução é adotar o que o autor chama de trabalho “fracionado”, ou seja, apenas por uma parte do tempo, e para tarefas específicas. “A organização não vai querer aquele funcionário ali o tempo todo, só 60% do tempo. Mas vai querer um número grande de talentos em diferentes áreas.” O resultado dessa fragmentação, diz, é que talvez não exista mais emprego formal no futuro.

Mentorias individuais
Mesmo que não haja vínculo empregatício, as empresas devem se preparar para fornecer capacitação constante para esses profissionais. “Eu acredito na necessidade de mentores que sejam um pouco mais velhos e experientes, para conduzir o profissional nesse momento de transição”, diz Tobaccowala. No momento que o empregado chega à empresa, diz, ele já deve ser recebido pelo seu mentor e por seu gerente de projetos.

E como o profissional irá sobreviver nesse novo mundo? Em primeiro lugar, ele precisa saber qual é o seu principal talento, diz o autor. “Depois, precisa mostrar aos outros que é colaborativo e não se importa de trabalhar acompanhado, seja de pessoas ou máquinas”, disse. A terceira providência é construir uma reputação, algo que faça com que as pessoas queiram realmente atuar ao seu lado. Quem fizer isso terá muito poder, dentro ou fora de um emprego formal.”
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March 17, 4:27 PM
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