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Pilares da IA estão chegando perto do esgotamento?

Pilares da IA estão chegando perto do esgotamento? | Inovação Educacional | Scoop.it
À medida que os pilares tradicionais da Inteligência Artificial (IA) – mais dados e mais poder computacional – começam a mostrar sinais de esgotamento, o futuro da tecnologia enfrenta um ponto de inflexão crítico. Pesquisadores e gigantes da tecnologia, que antes se apoiaram na lei da escalabilidade para impulsionar avanços significativos, agora reconhecem a iminência de um teto para esses métodos. A era da escalabilidade, marcada por avanços como o ChatGPT, pode estar dando lugar a uma nova fase no desenvolvimento de sistemas de IA.
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Curadoria por Luciano Sathler. CLIQUE NOS TÍTULOS. Informação que abre caminhos para a inovação educacional.
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September 10, 2024 9:19 AM
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Igualdade Artificial, um risco para a educação. Por Luciano Sathler

Igualdade Artificial, um risco para a educação. Por Luciano Sathler | Inovação Educacional | Scoop.it

O que acontece quando a maioria faz uso de uma IA para realizar suas atividades laborais? E, no caso dos estudantes, quando os trabalhos passam a ser produzidos com o apoio de uma IA generativa?
Luciano Sathler
É PhD em administração pela USP e membro do Conselho Deliberativo do CNPq e do Conselho Estadual de Educação de Minas Gerais
As diferentes aplicações de Inteligência Artificial (IA) generativa são capazes de criar novos conteúdos em texto, imagens, áudios, vídeos e códigos para software. Por se tratar de um tipo de tecnologia de uso geral, a IA tende a ser utilizada para remodelar vários setores da economia, com impactos políticos e sociais, assim como aconteceu com a adoção da máquina a vapor, da eletricidade e da informática.
Pesquisas recentes demonstram que a IA generativa aumenta a qualidade e a eficiência da produção de atividades típicas dos trabalhadores de colarinho branco, aqueles que exercem funções administrativas e gerenciais nos escritórios. Também traz maior produtividade nas relações de suporte ao cliente, acelera tarefas de programação e aprimora mensagens de persuasão para o marketing.
O revólver patenteado pelo americano Samuel Colt, em 1835, ficou conhecido como o "grande equalizador". A facilidade do seu manuseio e a possibilidade de atirar várias vezes sem precisar recarregar a cada disparo foram inovações tecnológicas que ampliaram a possibilidade individual de ter um grande potencial destrutivo em mãos, mesmo para os que tinham menor força física e costumavam levar desvantagem nos conflitos anteriores. À época, ficou famosa a frase: Abraham Lincoln tornou todos os homens livres, mas Samuel Colt os tornou iguais.
Não fazemos aqui uma apologia às armas. A alegoria que usamos é apenas para ressaltar a necessidade de investir na formação de pessoas que sejam capazes de usar a IA generativa de forma crítica, criativa e que gerem resultados humanamente enriquecidos. Para não se tornarem vítimas das mudanças que sobrevirão no mundo do trabalho.
A IA generativa é um meio viável para equalizar talentos humanos, pois pessoas com menor repertório cultural, científico ou profissional serão capazes de apresentar resultados melhores se souberem fazer bom uso de uma biblioteca de prompts. Novidade e originalidade tornam-se fenômenos raros e mais bem remunerados.
A disseminação da IA generativa tende a diminuir a diversidade, reduz a heterogeneidade das respostas e, consequentemente, ameaça a criatividade. Maior padronização tem a ver com a automação do processo. Um resultado que seja interessante, engraçado ou que chama atenção pela qualidade acima da média vai passar a ser algo presente somente a partir daqueles que tiverem capacidade de ir além do que as máquinas são capazes de entregar.
No caso dos estudantes, a avaliação da aprendizagem precisa ser rápida e seriamente revista. A utilização da IA generativa extrapola os conceitos usualmente associados ao plágio, pois os produtos são inéditos – ainda que venham de uma bricolagem semântica gerada por algoritmos. Os relatos dos professores é que os resultados melhoram, mas não há convicção de que a aprendizagem realmente aconteceu, com uma tendência à uniformização do que é apresentado pelos discentes.
Toda Instituição Educacional terá as suas próprias IAs generativas. Assim como todos os professores e estudantes. Estarão disponíveis nos telefones celulares, computadores e até mesmo nos aparelhos de TV. É um novo conjunto de ferramentas de produtividade. Portanto, o desafio da diferenciação passa a ser ainda mais fundamental diante desse novo "grande equalizador".
Se há mantenedores ou investidores sonhando com a completa substituição dos professores por alguma IA já encontramos pesquisas que demonstram que o uso intensivo da Inteligência Artificial leva muitos estudantes a reduzirem suas interações sociais formais ao usar essas ferramentas. As evidências apontam que, embora os chatbots de IA projetados para fornecimento de informações possam estar associados ao desempenho do aluno, quando o suporte social, bem-estar psicológico, solidão e senso de pertencimento são considerados, isso tem um efeito negativo, com impactos piores no sucesso, bem-estar e retenção do estudante.
Para não cair na vala comum e correr o risco de ser ameaçado por quem faz uso intensivo da IA será necessário se diferenciar a partir das experiências dentro e fora da sala de aula – online ou presencial; humanizar as relações de ensino-aprendizagem; implementar metodologias que privilegiem o protagonismo dos estudantes e fortaleçam o papel do docente no processo; usar a microcertificação para registrar e ressaltar competências desenvolvidas de forma diferenciada, tanto nas hard quanto soft skills; e, principalmente, estabelecer um vínculo de confiança e suporte ao discente que o acompanhe pela vida afora – ninguém mais pode se dar ao luxo de ter ex-alunos.
Atenção: esse artigo foi exclusivamente escrito por um ser humano.
O editor, Michael França, pede para que cada participante do espaço "Políticas e Justiça" da Folha sugira uma música aos leitores. Nesse texto, a escolhida por Luciano Sathler foi "O Ateneu" de Milton Nascimento.

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February 8, 3:37 PM
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'Aristóteles não é simplesmente o filósofo mais importante, mas o ser humano mais importante que já viveu'

'Aristóteles não é simplesmente o filósofo mais importante, mas o ser humano mais importante que já viveu' | Inovação Educacional | Scoop.it
Como o aclamado filósofo John Sellars justifica fazer uma afirmação tão grandiloquente?
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February 8, 3:34 PM
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A pequena mancha azul do cérebro que regula seu sono

A pequena mancha azul do cérebro que regula seu sono | Inovação Educacional | Scoop.it
Compreender melhor processos do cérebro pode ajudar a tratar os distúrbios do sono associados a condições como a ansiedade.
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February 8, 3:30 PM
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Dopamina: por que busca desenfreada por estímulos pode tirar satisfação da vida

Dopamina: por que busca desenfreada por estímulos pode tirar satisfação da vida | Inovação Educacional | Scoop.it
Psiquiatra Anna Lembke explica como atrativos surgidos com a internet e a tecnologia digital banalizaram a dinâmica dos disparos de neurotransmissor e têm contribuído para uma constante sensação de insatisfação
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February 8, 3:29 PM
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O livro escrito com IA que deixa profissionais criativos 'aterrorizados' com a tecnologia

O livro escrito com IA que deixa profissionais criativos 'aterrorizados' com a tecnologia | Inovação Educacional | Scoop.it
Dezenas de empresas online oferecem serviços de redação de livros com IA. Mas quais são os limites dessa prática?
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February 8, 2:34 PM
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Google amplia esforços globais para educar trabalhadores e influenciar regras de IA

Google amplia esforços globais para educar trabalhadores e influenciar regras de IA | Inovação Educacional | Scoop.it
Paralelamente, a empresa contratou o economista David Autor, do MIT, como pesquisador visitante, para analisar o impacto que a IA poderá ter no mercado de trabalho em escala global. Em entrevista, Autor ressaltou que tecnologias de realidade virtual e simulações em IA podem aprimorar programas de treinamento, tornando-os mais dinâmicos e práticos, algo semelhante aos simuladores usados para a formação de pilotos de avião. “O histórico de iniciativas para requalificação de adultos não é dos mais positivos. Normalmente, as pessoas não querem voltar para a sala de aula convencional. Precisamos encontrar métodos que tornem o aprendizado mais imersivo e conectado à realidade do trabalho”, explicou.
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February 7, 5:54 PM
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Class Sizes: A Growing Issue Among Educators | NEA

Class Sizes: A Growing Issue Among Educators | NEA | Inovação Educacional | Scoop.it
Educators say they're overworked and exhausted—and their classes and caseloads are packed with students with increasing needs.
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February 7, 5:46 PM
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Opinion | AI Can Work for Us - The New York Times

Opinion | AI Can Work for Us - The New York Times | Inovação Educacional | Scoop.it
Recentemente, descobri uma nova maneira como as pessoas estão usando inteligência artificial. “Com base em tudo o que você sabe sobre mim”, eles perguntam ao ChatGPT, “desenhe uma imagem de como você acha que é minha vida atual”.

Como qualquer leitor de mentes de carnaval capaz, o ChatGPT parece misturar apostas seguras com detalhes mais específicos. Ele frequentemente produz imagens de pessoas sentadas em um escritório em casa com um computador. Talvez um violão esteja no canto ou um gato laranja rondando ao fundo. Mas também ocasionalmente algo como, digamos, uma grande cabeça de brócolis estará no meio da mesa.

Elementos excêntricos como esse são o que dão a esses retratos não apenas seu charme peculiar, mas também lampejos de epifania. Ao absorver a ampla mistura de questões de trabalho, objetivos pessoais e tudo o mais que compõe nosso histórico do ChatGPT, o sistema revela padrões e conexões que podem não ser facilmente aparentes. Dessa forma, esses retratos não apenas refletem. Eles também revelam. Apresentado com tais representações, um usuário pode ser compelido a perguntar: Estou realmente mencionando vegetais crucíferos em meus chats com tanta frequência que o ChatGPT pensa que eles são uma parte central da minha vida?

Como membro do conselho da Microsoft e um dos primeiros financiadores do desenvolvedor do ChatGPT, OpenAI, tenho uma participação pessoal significativa no futuro da inteligência artificial. Mas minha participação é mais do que apenas financeira. Eu realmente acredito que, ao dar a bilhões de pessoas acesso a ferramentas de IA que elas podem usar da maneira que escolherem, podemos criar um mundo onde a IA aumenta e amplifica a criatividade e o trabalho humanos em vez de simplesmente substituí-los.

É por isso que acho esses retratos do ChatGPT tão fascinantes: eles esclarecem e dramatizam preocupações duradouras sobre identidade e privacidade na era digital. O quanto exatamente o ChatGPT está lembrando? Eles perguntam implicitamente. Quão criteriosamente ele está processando essas memórias e quem se beneficia mais quando isso acontece? Como usuário dessas tecnologias, você sente que está sendo monitorado de maneiras que fazem você se sentir como se estivesse sendo exposto, controlado e manipulado? Ou você se sente visto?

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Poucas tecnologias realmente poderosas vêm sem riscos. Talvez terceiros com motivações e valores diferentes dos seus de alguma forma ganhem acesso aos dados. Uma vez cientes de seus padrões passados, esses terceiros podem ser capazes de antecipar e influenciar efetivamente suas decisões futuras. Embora eu reconheça que algumas pessoas veem esses riscos como desqualificantes, o que descobri por meio de minhas próprias experiências é que compartilhar mais informações em mais contextos também pode melhorar a vida das pessoas.

Em nossa preocupação com danos potenciais, pode ser fácil ignorar os muitos efeitos positivos que a tecnologia teve. Eu cofundei o LinkedIn, uma rede social profissional, há mais de duas décadas, mas ainda recebo um fluxo constante de mensagens de pessoas que encontraram empregos, começaram negócios ou fizeram mudanças promissoras de carreira por causa de interações que tiveram na plataforma. E tudo isso porque estão dispostas a compartilhar informações sobre suas experiências de trabalho e habilidades de maneiras que antes eram consideradas imprudentes e impraticáveis.

Os céticos da tecnologia há muito usam o adjetivo "orwelliano" para classificar tudo, desde um recurso de recomendação de vídeo até aplicativos de navegação curva a curva, como ameaças à autonomia individual, mas a história da inovação tecnológica no século XXI conta uma história diferente. Em "1984", o romance clássico de opressão estatal de George Orwell, teletelas poderosas permitem que um regime totalitário governe proles despossuídos com onipotência descontrolada. Mas hoje vivemos em um mundo onde a identidade individual é a moeda do reino — onde encanadores e presidentes aspiram ser influenciadores de mídia social e o poder cultural flui cada vez mais para operadores autônomos, incluindo o império de podcasting de um homem só Joe Rogan, o megastar do YouTube MrBeast e a ativista de direitos humanos Malala Yousafzai.

Acredito que a IA está no caminho não apenas para continuar essa tendência de empoderamento individual, mas também para melhorá-la drasticamente.

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Imagine modelos de IA treinados em coleções abrangentes de suas próprias atividades e comportamentos digitais. Esse tipo de IA poderia possuir recordação total de suas transações do Venmo, curtidas do Instagram e compromissos do Google Agenda. Quanto mais você escolher compartilhar, mais essa IA seria capaz de identificar padrões em sua vida e trazer insights que você pode achar úteis.

Daqui a décadas, enquanto você tenta se lembrar exatamente de qual sequência de eventos e circunstâncias de vida fez você finalmente decidir apostar tudo no Bitcoin, sua IA pode desenvolver uma hipótese informada com base em um registro detalhado de suas atualizações de status, convites, mensagens diretas e outras recordações potencialmente duradouras das quais muitas vezes mal temos consciência quando as criamos, muito menos dias, meses ou anos depois do fato.

Quando você estiver tentando decidir se é hora de se mudar para uma nova cidade, sua IA ajudará você a entender como seus sentimentos sobre seu lar evoluíram por meio de milhares de pequenos momentos — desde tuítes frustrados sobre seu trajeto até mudanças sutis na frequência com que você começou a clicar em ofertas de emprego a 160 quilômetros de sua residência atual.

Para aqueles que escolhem perseguir essa nova realidade, as ferramentas que a tornam possível estão se multiplicando e evoluindo rapidamente. Desenvolvedores de todos os tamanhos têm introduzido aplicativos e recursos que permitem que você grave, armazene e analise automaticamente praticamente qualquer coisa — ou tudo — que você faz no seu PC, telefone e outros dispositivos. Ao fazer isso, eles transformam esses dados em material para um segundo eu de fato, um que pode dotar até mesmo o mais desmiolado entre nós com uma capacidade de revisitar o passado com um nível de detalhes que até mesmo o romancista Marcel Proust poderia invejar.

Há mais nessa mudança. Enquanto os críticos da Big Tech frequentemente enfatizam como a IA pode capacitar as corporações a usar os dados das pessoas para manipulação ou discriminação, também podemos projetar deliberadamente a IA para dar aos indivíduos maior facilidade para derivar insights de seus próprios dados. E se você tivesse uma IA que pudesse analisar seus padrões de navegação e alertá-lo quando algoritmos de publicidade estivessem manipulando com sucesso suas decisões de compra? Ou uma que pudesse detectar quando algoritmos de mídia social estivessem direcionando sua atenção para conteúdo cada vez mais extremo?

Perdemos algo da nossa natureza humana essencial se começarmos a basear nossas decisões menos em palpites, reações viscerais, imediatismo emocional, atalhos mentais falhos, destino, fé e misticismo? Ou arriscamos algo ainda mais fundamental ao restringir ou mesmo descartar nosso apetite instintivo por racionalismo e esclarecimento?

Até certo ponto, todos nós fazemos automonitoramento e sempre fizemos. Fazemos listas de tarefas e mantemos diários de nossas atividades diárias. Nós nos pesamos e registramos nossos passos diários ou o número de milhas que corremos, geralmente em busca de algum tipo de autoaperfeiçoamento ou pelo menos autoconsciência. Em última análise, ciclos contínuos de reflexão, ação, avaliação e refinamento são como a humanidade progride e expande o que significa ser humano.

Então imagine um mundo em que uma IA sabe que seus níveis de estresse tendem a cair mais depois de jogar World of Warcraft do que depois de uma caminhada na natureza. Imagine um mundo em que uma IA pode analisar seus padrões de leitura e alertá-lo de que você está prestes a comprar um livro onde há apenas 10 por cento de chance de você passar da Página 6.

Em vez de funcionar como um meio de conformidade e controle de cima para baixo, a IA pode nos ajudar a entender a nós mesmos, agir de acordo com nossas preferências e realizar nossas aspirações. Dessa forma, a recordação perfeita não é apenas uma ferramenta para lembrar o passado. É também uma bússola que fornece uma compreensão mais clara de nossos objetivos e melhora nossa tomada de decisão. Ela transforma nossas trilhas digitais de registros passivos de quem éramos em recursos dinâmicos, nos capacitando a moldar quem desejamos nos tornar — com maior autoconsciência e liberdade para viver vidas de nossa própria escolha.
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February 7, 5:00 PM
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China ‘dribla’ restrições na IA e deve ter mais surpresas além de DeepSeek no futuro

China ‘dribla’ restrições na IA e deve ter mais surpresas além de DeepSeek no futuro | Inovação Educacional | Scoop.it
Com sanções já previstas, a China se antecipou e desenvolveu alternativas estratégicas, o que acelerou sua independência tecnológica e abriu caminho para um futuro de pequenos modelos de IA personalizados
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February 7, 4:49 PM
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Gigante da tecnologia demite 1.750 funcionários em meio a mudança de foco para IA

Gigante da tecnologia demite 1.750 funcionários em meio a mudança de foco para IA | Inovação Educacional | Scoop.it
A Workday, gigante da tecnologia que vende software de gerenciamento de força de trabalho, está demitindo cerca de 1.750 funcionários, disse o CEO Carl Eschenbach em um e-mail na última quarta-feira, 5, que apontou para a “demanda crescente” por inteligência artificial como tendo “o potencial de impulsionar uma nova era de crescimento” para a empresa.
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February 7, 3:25 PM
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Mudanças promovidas pela gestão Tarcísio deixam professores sem aulas e levam a busca de emprego fora de SP

Mudanças promovidas pela gestão Tarcísio deixam professores sem aulas e levam a busca de emprego fora de SP | Inovação Educacional | Scoop.it
As mudanças nas atribuições de turmas e a redução do número de aulas de diversas disciplinas, principalmente de ciências humanas, têm obrigado professores da rede estadual de São Paulo a procurarem um novo emprego neste começo de ano letivo.

A gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e do secretário de Educação Renato Feder publicou uma resolução no fim de 2024 que mudou a maneira de atribuir as aulas para os professores. Antes, cada profissional manifestava interesse em determinada escola de forma escalonada: era dada prioridade aos efetivos, e só depois os contratados e os que passaram em concurso e aguardam convocação podiam pleitear uma turma. A escala final era determinada a partir de um sistema de pontuação que considerava fatores como tempo de serviço na rede estadual e pós-graduação. Agora, o poder de decidir foi dado diretamente aos diretores das escolas, o que levou a reclamações de “formação de panela”, reduzindo oportunidades.

O GLOBO ouviu de vários profissionais que sempre havia aulas para todos, mas agora muitos não conseguem nem ser chamados, ou ficam longe de atingir as 32 ou 36 aulas semanais que garantiriam o salário cheio no fim do mês.

A professora Maria Prado, de Sorocaba, foi aprovada em concurso público em julho do ano passado e estava dando aulas de inglês em uma escola da rede estadual. Ela conta que tentou ser atribuída para aulas de período integral neste ano, mas foi informada de que já não havia vagas.

— Os diretores estavam fazendo entrevistas presenciais, então você basicamente chegava lá para conversar e pedia emprego, o que já é humilhante. Mas muitos diretores diziam que não havia vagas para guardar para professores conhecidos, mesmo sabendo que essa atribuição deveria ser pela classificação. Estou enviando currículos para escolas particulares, mas muitos outros professores também, então fica difícil achar alguma coisa. Não tenho condições de ficar esperando muito. Fiz processos seletivos para outros estados que parecem ter uma educação um pouco mais organizada — relatou.

A redução do número de aulas disponíveis para os professores foi agravada pela mudança no tempo de cada aula no ensino médio, que aumentou de 45 para 50 minutos neste ano. Na prática, isso fez com que cada dia passasse a ter seis aulas em vez de sete.

O professor de educação física Lucas Barrozo, de Valinhos, está na rede estadual há quatro anos, e diz que a alteração impactou a disponibilidade de aulas para sua disciplina. Ele cogita começar a trabalhar como personal trainer caso não seja aberto um novo processo para atribuição — ainda assim, lamenta que sobrará “o resto do resto” para aqueles que não conseguiram turmas até agora.

— Muitos professores ficaram sem aulas. Neste mês eu ficarei sem pagamento, mesmo tendo uma boa pontuação pelo meu tempo de trabalho. A gente precisa do emprego para sustentar a família, as contas não param de chegar — afirma.

Em nota, a Secretaria Estadual de Educação de São Paulo afirmou que docentes efetivos e não efetivos são atendidos “conforme a classificação” e que cada Diretoria de Ensino conta com uma comissão para gerir a atribuição. A pasta disse também que 15 mil professores que fizeram o concurso serão nomeados neste ano, e que quase 10 mil tiveram aulas atribuídas.

Aulas de ciências humanas diminuem
Disciplinas ligadas à área de ciências humanas foram as que mais perderam espaço no currículo paulista nos últimos anos. As mudanças tiveram início com a reforma do ensino médio aprovada pelo governo de Michel Temer (MDB) e que entrou em vigor em 2020, e se acentuaram em São Paulo sob a atual gestão.

De acordo com uma nota técnica elaborada pela Rede Escola Pública e Universidade (Repu), a carga horária destinada a história, geografia, sociologia e filosofia diminuiu em 35,1% no ensino médio paulista entre 2020 e 2025, passando de 720 horas anuais para 466,7. Foi a área de conhecimento que mais perdeu espaço no currículo da rede pública. Para as disciplinas de sociologia e filosofia, a redução foi ainda mais drástica, de 62,9%. Já em geografia, os estudantes terão neste ano 133,3 horas de aulas, contra 180 do ano passado.

Esse quadro se refere às escolas de ensino médio em período parcial, modalidade com maior número de matriculados em São Paulo. Mas a situação se repete também no ensino médio noturno (com redução de 23,8% da carga horária para ciências humanas), ensino médio em tempo integral (35,1%), e é ainda pior na Educação de Jovens e Adultos (EJA), com 57,1% a menos de tempo dedicado ao estudo dessas disciplinas.

Para os autores da nota técnica da Repu, isso demonstra “uma faceta perversa da reforma educacional, que impacta sempre mais negativamente a parcela de estudantes mais vulneráveis da rede estadual – setores que não tiveram acesso aos direitos educacionais na infância e na adolescência, e que, ao reingressarem no sistema público de ensino, sofrem mais uma vez com as omissões do Estado”.

Com menos aulas disponíveis, os professores formados nessas áreas de ensino muitas vezes lecionam outras disciplinas para completar a carga horária obrigatória semanal, ou precisam rodar por várias escolas. Muitos nem isso conseguem, mesmo sendo concursados, e acabam obrigados a cumprir funções administrativas na escola, ou atuando como substitutos em caso de faltas.

De acordo com a Repu, só 3,2% dos professores da rede pública paulista com licenciatura em ciências sociais atuam exclusivamente na disciplina de sociologia.

“Dada a sua relevância e impacto na formação de milhões de pessoas no estado de São Paulo, essas mudanças deveriam ter sido debatidas com as comunidades escolares. (...) Reformas curriculares sucessivas e impostas de forma centralizada para a base do sistema escolar, ao contrário de produzirem melhoria de resultados, desmotivam os atores escolares e descredibilizam, aos olhos da população, a capacidade do poder público para solucionar os problemas educacionais”, diz a nota técnica.

A Repu afirma que o governo paulista “pode estar descumprindo” a nova reforma do ensino médio, aprovada no ano passado, que reverteu uma das mudanças da reforma anterior. Pela nova lei que já está em vigor, as disciplinas que compõem a Formação Geral Básica (FGB) devem ter um mínimo de 2.400 horas, e não mais um teto de 1.800 horas anuais.

A Secretaria Estadual de Educação de São Paulo diz que não é correta a comparação feita pela Repu. “Em 2020, na anterior legislação, a FGB possuía carga de 3.150 horas, já em 2024 ocupava até 1.800 horas. Na comparação correta entre as cargas horárias totais, o estudante que opta pelo itinerário de humanas e recebe componentes da área de conhecimento alcança uma carga horária de 766,7 horas, superior à carga de 720 horas em 2020. Já na formação geral básica, que é a parte comum para todos os estudantes, a distribuição horária de humanas e de ciências da natureza são iguais, de 466,7 horas. O aprofundamento dependerá da escolha de itinerário dos estudantes”, alega.
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February 7, 3:20 PM
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Olimpíada Brasileira de Matemática de Escolas Públicas abre inscrições

A Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep) abre as inscrições para sua edição de 2025 nesta quarta-feira (5). É a vigésima edição da competição, criada para engajar professores e estudantes na resolução de problemas matemáticos e no estudo da matéria, além do dia a dia da escola. As inscrições podem ser feitas até o dia 17 de março.
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February 7, 3:01 PM
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Mães relatam dificuldade do uso de celular entre filhos

Mães relatam dificuldade do uso de celular entre filhos | Inovação Educacional | Scoop.it

Quando Ana Luiza Arra, 34, penteia o cabelo cacheado de sua filha Magnólia, 3, após lavar, é um desafio de paciência. Para conseguir terminar a tarefa com tranquilidade, ela coloca algum videoclipe no celular e dá para a filha assistir, ajudando-a a manter a calma.
O momento é pontual, afirma, e ela tenta evitar ao máximo o contato da criança com as telas, mas reconhece que precisa recorrer aos aparelhos eletrônicos durante o cuidado com a filha. E ela não é a única.
O debate sobre o uso das telas por crianças e adolescentes é latente no Brasil, principalmente ao ganhar contornos públicos. Neste mês, o governo federal sancionou a lei que proíbe alunos de usarem telefones celulares e outros aparelhos eletrônicos em escolas públicas e particulares. Durante o evento de sanção do projeto de lei, o presidente Lula (PT) criticou mães que entregam celulares às crianças para que parem de chorar: "É uma coisa fria, gelada, não tem nada a ver, não vai educar. Esse comportamento desumano está sendo utilizado pelos humanos", disse.
Mas a discussão passa por criações cada vez mais individualizadas e cuidadores solitários, muitas vezes no papel materno, como explica Julieta Jerusalinsky, psicanalista, professora da pós-graduação da PUC-SP e fundadora do Instituto Travessias da Infância e da Rede-Bebê. "Há um afastamento das famílias extensas e não há essa forma de cuidado mais coletivo. O afastamento em si não seria um problema se vivêssemos numa sociedade menos individualista, onde também dá para contar com vizinhos e com um cuidado mais coletivo", diz.
Ana Luiza é mãe solo e, por mais que a filha conviva com o pai, afirma que sua realidade é difícil, pois não tem nenhuma rede de apoio paga. Ela passa longos períodos sozinha com a filha, como durante as férias. No momento em que conversou com a reportagem, por exemplo, sua mãe, que também a ajuda, estava preparando o almoço enquanto a filha assistia a um desenho na televisão.
"Por mais que ela estude em horário integral, ainda assim o meu trabalho ocupa mais tempo do que o dela na classe. Então, eu preciso recorrer eventualmente [às telas], até para ela comer. Senão ela não come, ou eu não vou ao banheiro, ou não lavo a louça", explica.
Ela tenta negociar um tempo de tela reduzido com a filha e mantém rigor em relação ao conteúdo, permitindo apenas desenhos de baixo estímulo.
Débora Adão, 35, também regula o conteúdo assistido por suas filhas, Kyara, 5, e Aylla, 2, e já bloqueou desenhos inapropriados para a idade delas. Enquanto prepara o café da manhã, ela permite que as filhas assistam à televisão. Durante as refeições, insiste para que elas deixem o celular e tenta incentivá-las a brincar com brinquedos, livros ou outras atividades fora das telas.
Dona de casa, ela acredita que "a tecnologia rouba a infância das crianças" e que, muitas vezes, suas filhas "não sabem nem brincar". Ainda assim, Débora reconhece que, em alguns momentos, cede ao uso das telas para conseguir realizar tarefas domésticas, já que não tem apoio e mora longe da família.
Quando as filhas se cansam de brincar com brinquedos, Débora diz que elas começam a chorar e insistir pelo celular ou televisão. "Eu me arrependo bastante de ter permitido que a tecnologia entrasse. Só que foi, infelizmente, uma forma que encontrei de conseguir concluir as minhas tarefas".
Esse relato é similar ao de várias outras mães que compartilham suas experiências em grupos no Facebook, por exemplo. Muitas perguntam como distrair a criança e que está "difícil cortar". Ou até mesmo que o celular na maioria das vezes ajuda muito enquanto ela se "desdobra em mil".
Por outro lado, especialistas afirmam que a utilização das telas para evitar que a criança demande atenção ou interrompa os adultos reduz as oportunidades de interação social, negociação e enfrentamento de frustrações é prejudicial para o seu desenvolvimento. Segundo Jerusalinsky, é preciso, antes de entregar um celular a uma criança, perguntar: "No lugar do quê isso está?"
"Essas telas individuais produzem, muitas vezes, uma de lógica de chupeta eletrônica, que suspende as demandas da criança, a solicitação que ela faz aos adultos e a circulação da criança pelo espaço", afirma a psicanalista.
A psicopedagoga Andrea Nasciutti afirma que a tecnologia não é a vilã, mas sim a forma como ela vem sendo utilizada. "O problema principal é que ela está se sobrepondo a outras atividades."
Para ela, muitas vezes, pais e mães se acomodam com o uso das telas ao entregá-las sempre às crianças. "A gente precisa entender o impacto que isso tem e tentar contornar isso dentro da realidade, de alguma forma", diz. Isso inclui fazer com que as crianças façam parte de atividades do dia a dia, como bater panelas enquanto o adulto lava a louça, brincar de esconde-esconde com os lençóis na hora de estender a roupa ou simplesmente lidar com a frustração e o não.
Outro fator que a psicopedagoga pontua é a consciência dos pais e sua relação com os dispositivos, que também podem afetar as crianças. "Hoje, a parentalidade tem que ser muito intencional", afirma Nasciutti.
É o que Jerusalinsky também destaca. "Muitas vezes, os pais dizem não às telas, mas eles mesmos ficam no celular o tempo todo".
Ana Luiza afirma que tentou retardar ao máximo o uso dos aparelhos eletrônicos por Magnólia, mas que a filha a vê muito no celular por causa do trabalho e outras atividades. "Eu tento me policiar bastante e percebo que falho, mas acho que é isso: um olhar atento e cuidadoso para ambos os lados".

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February 8, 3:37 PM
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Lei do Esforço Inverso: por que às vezes fracassamos quando nos esforçamos demais

Lei do Esforço Inverso: por que às vezes fracassamos quando nos esforçamos demais | Inovação Educacional | Scoop.it
Embora possa parecer contraditório, às vezes, quanto mais você tenta melhorar algo através da força de vontade, mais piora a situação.
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February 8, 3:35 PM
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Desenvolvimento do bebê: o que os pais entendem errado sobre os 'marcos' da infância

Desenvolvimento do bebê: o que os pais entendem errado sobre os 'marcos' da infância | Inovação Educacional | Scoop.it
Uma pesquisa recente concluiu que cerca de seis em cada 10 pais nos EUA se preocupam com os marcos de desenvolvimento dos seus bebês. Mas poucos deles sabem quais são eles e quando eles devem acontecer.
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Inteligência artificial no trabalho: por que funcionários estão 'contrabandeando' apps de IA

Inteligência artificial no trabalho: por que funcionários estão 'contrabandeando' apps de IA | Inovação Educacional | Scoop.it
Muitos funcionários estão usando ferramentas de inteligência artificial no trabalho sem a permissão de seus empregadores. Quais são os riscos?
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February 8, 3:29 PM
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Suicídio estimulado na internet: 'Usuários de site levaram meu filho adolescente a tomar veneno'

Suicídio estimulado na internet: 'Usuários de site levaram meu filho adolescente a tomar veneno' | Inovação Educacional | Scoop.it
Ainda se recuperando da morte de Vlad, sua família adverte sobre os riscos de um site 'pró-suicídio', que ainda está ativo no Reino Unido, apesar dos inúmeros apelos para que seja banido.
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February 8, 2:38 PM
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Escola do Trabalhador 4.0 disponibiliza novos cursos de inteligência artificial e certificação Microsoft

Escola do Trabalhador 4.0 disponibiliza novos cursos de inteligência artificial e certificação Microsoft | Inovação Educacional | Scoop.it

Fruto de uma parceria entre o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e a Microsoft, a plataforma oferece cursos que vão do letramento digital a níveis avançados, como inteligência artificial e desenvolvimento de software. Mais de 1,82 milhão de pessoas já se inscreveram, e 254.088 concluíram cursos na trilha de letramento digital e produtividade.
O secretário de Qualificação, Emprego e Renda do MTE, Magno Lavigne, destacou que, por meio de parcerias com entidades do terceiro setor e do setor público, mais alunos estão se inscrevendo na plataforma, o que tem contribuído significativamente para a conclusão dos cursos. Ao firmar a parceria, a entidade deve disponibilizar um espaço com computadores e monitores para acompanhar os alunos. Em contrapartida, a entidade terá monitores treinados pela Microsoft e sua marca será acrescentada no certificado de conclusão dos cursos. “Os cursos são uma oportunidade de aprimorar as habilidades na área de informática, seja para questões do cotidiano, profissionais ou acadêmicas”, salienta o secretário.
Os cursos da Escola do Trabalhador 4.0 são gratuitos, sem exigência de escolaridade ou idade mínima. Um teste de carreira ajuda a identificar a trilha de estudo mais adequada.

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February 7, 5:57 PM
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Opinion | My Favorite Argument for the Existence of God - The New York Times

Opinion | My Favorite Argument for the Existence of God - The New York Times | Inovação Educacional | Scoop.it
Nas últimas semanas, tenho gravado conversas sobre meu novo livro, “Believe: Why Everyone Should Be Religious” (Acredite: Por que todos deveriam ser religiosos), e uma das coisas impressionantes — nada inesperada, mas ainda assim interessante — é como pessoas diferentes reagem a diferentes argumentos para ser religioso ou acreditar em Deus.

Você terá um interlocutor muito inteligente para quem parece perfeitamente razoável considerar possibilidades religiosas à luz da evidência de ordem e design no nível mais profundo do universo, mas que simplesmente não consegue engolir a ideia de que pode haver realidades sobrenaturais — visões, encontros, milagres literais — que inerentemente escapam às capacidades da ciência moderna de medir e dissecar. Então você terá outra pessoa para quem é o inverso, para quem o caso primário para religião é experiencial, enquanto tentativas de descobrir Deus, digamos, na constante cosmológica os deixam frios.

Minha visão é mais promíscua: acho que o argumento mais convincente para ser religioso — para uma visão padrão, antes de chegar aos detalhes de credos e doutrinas, de que o universo foi criado por uma razão e que somos parte dessa razão — é encontrado na convergência de múltiplas linhas de argumentação diferentes, na análise de múltiplos aspectos diferentes da existência em que nos encontramos.

Considere três grandes exemplos: a evidência do design cósmico nas leis fundamentais e na estrutura do universo; o lugar incomum da consciência humana dentro do todo maior; e a persistência e plausibilidade da experiência religiosa e sobrenatural, mesmo sob condições supostamente desencantadas.

Cada uma dessas realidades por si só oferece boas razões para levar argumentos religiosos a sério. De fato, acho que cada uma por si só deveria ser suficiente para impelir alguém a pelo menos uma versão da Aposta de Pascal . Mas é o fato de que uma perspectiva religiosa faz sentido de todas elas — por que o universo parece calibrado para nossa aparência e por que a consciência tem uma dimensão aparentemente sobrenatural e por que até mesmo os não crentes relatam ter experiências religiosas — que torna o caso mais forte para alguma forma de crença.

Mas eu tenho um argumento favorito dentro dessa série maior de afirmações convergentes? Eu estava pensando sobre isso enquanto lia o esforço do prolífico e precoce (ele aparentemente ainda é um estudante de graduação) ensaísta que escreve sob o nome de Bentham's Bulldog para classificar ou classificar uma longa lista de argumentos para a existência de Deus.

Não tenho certeza se conseguiria fazer tal classificação. (Para ser honesto, há alguns argumentos na lista dele que não posso afirmar que entendo completamente.) Mas, em geral, acho que os argumentos relacionados ao experiencial — sobrenatural, ocorrências místicas e milagres — são subestimados, especialmente entre argumentadores profissionais, em relação a alegações mais filosoficamente orientadas.

No entanto, o caso sobrenaturalista inevitavelmente depende de anedotas e relatos subjetivos de uma forma que outros argumentos não fazem. Para aqueles alérgicos a tais alegações, um argumento subestimado diferente que eu estaria inclinado a enfatizar é o que você pode chamar de argumento da inteligibilidade, que fica na intersecção de duas linhas descritas acima — a linha de evidência do ajuste fino do universo e a linha de evidência das estranhas capacidades da consciência humana.

O argumento do ajuste fino, para simplificar demais, repousa no fato surpreendente de que os parâmetros do cosmos foram aparentemente definidos, ajustados muito finamente, se preferir, em uma faixa extremamente estreita — com probabilidades da ordem de um em um zilhão (esse é um número técnico, não questione), não um em cem — que permite o surgimento da ordem básica e, eventualmente, estrelas, planetas e vida complexa. Para citar o Bulldog de Bentham, isso pareceria um caso prima facie bastante forte para alguma inteligência originária: "Se não há Deus, então as constantes, leis e condições iniciais podem ser qualquer coisa, então é absurdamente improvável que elas caiam na faixa ridiculamente estreita necessária para sustentar a vida." (O livro que recomendo para uma discussão mais longa dessas questões é "Modern Physics and Ancient Faith" do físico Stephen Barr, que tem algumas décadas, mas tem um espírito frio e criterioso que se destaca da multidão.)

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A mais forte contra-explicação materialista para essas coincidências aparentemente selvagens é um conceito muito familiar da cultura pop e dos filmes de histórias em quadrinhos de hoje — a ideia do multiverso, que responde às probabilidades aparentes de um zilhão para um contra o nosso próprio universo portador de vida aparecer acidentalmente postulando um zilhão de universos que infelizmente não podemos ver, provar ou tocar. Deste postulado, você obtém a conclusão de que estamos em um universo capaz de sustentar observadores vivos por causa de um efeito de seleção; os universos não portadores de vida não recebem observadores porque, bem, eles não são portadores de vida (em vez de serem preenchidos com super-heróis alternativos, como no multiverso da Marvel), e somos o caso um em um zilhão por definição, porque essa é a única situação em que um observador poderia existir.

Acredito que esse argumento tem muitas fraquezas óbvias; além disso, além das razões para duvidar que a hipótese do multiverso realmente descreva a realidade, também há razões para duvidar que, se ela descrevesse a realidade, isso prejudicaria o argumento a favor do design e de Deus.

Mas vamos estipular, apenas para fins de argumentação, que podemos estar em um multiverso, que o ajuste fino aparente que permite formas de vida autoconscientes pode estar lá porque esses parâmetros e a observação consciente em si são apenas um pacote.

Mesmo assim, ainda há um estranho aspecto positivo em nossa posição que clama por explicação: não estamos apenas em um universo que podemos observar; estamos em um universo que é profundamente inteligível para nós, um cosmos cujas regras e sistemas podemos penetrar, cuja arquitetura invisível podemos mapear e sondar, cujos códigos biológicos podemos decifrar e reescrever e cujos blocos de construção físicos fundamentais podemos isolar e, com poder Prometeu, quebrar.

Essa capacidade da razão humana é misteriosa, em um nível, da mesma forma que a própria consciência é misteriosa: como o filósofo Thomas Nagel coloca em sua crítica ao materialismo, "Mente e Cosmos", não é "apenas a subjetividade do pensamento, mas sua capacidade de transcender a subjetividade e descobrir o que é objetivamente o caso" que apresenta um problema para um materialismo rígido, uma vez que sob premissas materialistas nossos pensamentos são, em última análise, determinados pela causalidade física, levantando questões sobre como eles poderiam possivelmente atingir a objetividade. (Há um argumento ainda mais intenso de que mesmo ter nossos pensamentos alinhados como eles fazem com a realidade física é extremamente improvável e milagroso, mas eu vou apenas direcioná-lo para essa toca do coelho em vez de explorá-la.)

Mas o sucesso do raciocínio humano é notável mesmo se você ignorar o problema da consciência e assumir que a pressão evolutiva é suficiente para explicar alguma forma modesta de raciocínio bem-sucedido — que a resposta a estímulos que permitiu ao Homo sapiens primitivo reconhecer os padrões, digamos, do comportamento de um predador acabou tendo uso adaptativo além de apenas desviar de panteras, concedendo aos nossos ancestrais hominídeos algum tipo de capacidade básica de compreensão.

Mesmo assim, parece provável que em muitos, muitos universos potenciais essas capacidades teriam atingido um teto em termos do que poderiam realizar, que haveria limites inerentes em nossas mentes de macacos ou aspectos complicados da arquitetura oculta impedindo que a compreensão superficial fosse realmente profunda. Parece incrivelmente improvável que um observador acidental continuasse decifrando códigos a cada novo nível de exploração, à medida que o prático dava lugar ao teórico, o simples ao complexo, o intuitivo ao muito mais misterioso, sem nenhuma pressão evolutiva óbvia forçando cada novo salto.

“É crível”, pergunta Nagel, “que a seleção para aptidão no passado pré-histórico deva ter capacidades fixas que são eficazes em buscas teóricas que eram inimagináveis ​​na época?” As pressões da evolução sobre nossas capacidades são para a sobrevivência pré-histórica, não para descobrir o cálculo ou E=mc². Então por que capacidades que evoluíram porque precisávamos caçar gazelas e acender fogueiras também deveriam se tornar, mirabile dictu, capacidades que nos permitem entender as leis mais profundas da física e da química, para alcançar voos espaciais tripulados, para condensar todo o conhecimento humano em um pequeno pedaço de silício?

Suponha que, quando criança, você desenvolveu uma linguagem particular para usar com seus irmãos ou amigos — um conjunto simples de códigos, um pouco mais sofisticados do que o latim de porco, com o propósito eminentemente prático de permitir uma comunicação particular que os adultos não entenderiam. Que isso represente o kit de ferramentas de sobrevivência de nossos ancestrais primitivos.

Agora, suponha que muito mais tarde na vida você descobriu que esse sistema infantil permitia que membros do seu círculo de amigos lessem e entendessem um conjunto de textos antigos, tão complexos quanto Shakespeare e Aristóteles juntos, que continham todos os segredos da astronomia maia, da filosofia grega e do misticismo egípcio, e que você descobriu escondidos no sótão da casa da sua infância.

Você simplesmente presumiria: "Bem, eu era uma criança inteligente e enganar os adultos realmente desenvolve habilidades linguísticas; não é de se admirar que eu tenha conseguido ler o Livro Antigo do Conhecimento Esotérico que por acaso estava pendurado na minha vizinhança"?

Ou você aceitaria a conclusão mais óbvia — que você e seus amigos eram personagens de uma história maior e que o livro estava, de alguma forma, ali para vocês?

Como a linha anterior sugere, a inteligibilidade do cosmos talvez não seja exclusivamente um argumento para a existência de Deus. Em vez disso, é mais um argumento para uma posição que algumas pessoas que admitem possibilidades divinas ainda estão inclinadas a duvidar — não apenas que Deus existe em alguma forma distante e insondável, mas também que sua mente infinita e nossas mentes finitas têm alguma conexão importante, que realmente importamos no esquema das coisas e que, de fato, nossos próprios poderes divinos são prova de algo que foi reivindicado pelas antigas religiões no início : “Então Deus criou o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou.”
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February 7, 5:52 PM
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Nurses, Chaplains and Teachers Should Not Be Replaced With Technology - The New York Times

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Em parte de seu novo livro, “ The Last Human Job ”, a socióloga Allison Pugh acompanhou uma aprendiz de capelã de hospital enquanto ela passava o dia. A capelã ministrou a uma família que havia perdido uma jovem mulher por overdose de Tylenol. Ela foi de cômodo em cômodo, rezando, oferecendo abraços e até cantando com pacientes e familiares enlutados e ansiosos. “Não há nada como estar no pior momento da sua vida e ser recebida com conforto por alguém que você nem conhece”, ela contou um paciente lhe dizendo.
A capelã também teve que rastrear todas essas conexões profundas em um registro online instável que ficava travando, custando-lhe preciosos minutos do dia que poderiam ter sido gastos em comunhão e apoio. Ela teve que rastrear seu trabalho em três sistemas separados no geral.
Pugh entrevistou não apenas capelães. Ela passou cinco anos acompanhando professores, médicos, organizadores comunitários e cabeleireiros — mais de 100 pessoas no total que realizam o que ela chama de “trabalho conectivo”, que é um trabalho que requer “entendimento emocional” com outra pessoa.
Pugh explica que, cada vez mais, as pessoas nesses empregos precisam usar a tecnologia para monitorar e padronizar obsessivamente seu trabalho, para que possam ser mais produtivas e, teoricamente, ter resultados melhores (ou pelo menos mais lucrativos).
Mas muito trabalho de assistência não pode ser rastreado e não pode ser padronizado. A lógica industrial, quando aplicada a algo como capelania, beira o absurdo. Como você mede o sucesso quando se trata de fornecer conforto espiritual? Ao contrário dos médicos, "o hospital não cobrava ninguém por suas 'unidades de serviço'", Pugh escreve sobre a capelã, mas ela ainda tinha que descobrir uma maneira de mapear suas ações em vários sistemas, que em sua maioria não capturavam o que ela estava fazendo em primeiro lugar. Esse trabalho adicional sem dúvida a tornou uma capelã pior porque sugou sua energia — lidar com a tecnologia problemática a frustrava — e desperdiçava seu tempo.
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O livro oportuno de Pugh revela as formas ocultas pelas quais a tecnologia está tornando muitos empregos miseráveis ​​para trabalhadores e consumidores em um momento em que a inteligência artificial continua sua incursão descontrolada em nossas vidas.
O argumento pró-tecnologia que ouço frequentemente em minhas reportagens sobre educação e terapia de saúde mental é que é melhor do que nada para pessoas que de outra forma não teriam acesso aos serviços. O que quer dizer: suporte emocional por meio de um chatbot é melhor do que nenhum suporte, e tutoria de IA é melhor do que nenhuma tutoria. Muitas pessoas aceitam esses argumentos como verdadeiros sem considerar o custo social de cortar a interação humana cotidiana e o custo financeiro e ambiental da tecnologia em si. Os chatbots de IA não são gratuitos.
Estamos nos tornando cada vez mais uma sociedade na qual pessoas muito ricas recebem cuidados humanos obsequiosos e vagarosos, como medicina de concierge paga do próprio bolso, boticários com personal shoppers e escolas particulares com turmas pequenas e livros de árvores mortas. Todos os outros podem receber longas esperas por consultas de 15 minutos com médicos apressados, um sistema de escolas públicas com professores sobrecarregados que são complementados por aplicativos não comprovados para "personalizar" o aprendizado e uma farmácia com autoatendimento.
Ou, como Pugh diz, “ser capaz de ter um humano atendendo às suas necessidades se tornou um bem de luxo”.
Enquanto eu lia o livro dela, tive uma pequena revelação sobre a crescente falta de confiança em várias instituições americanas . A confiança geral nas instituições está em níveis historicamente baixos , de acordo com a Gallup, e o quadro é de declínio da fé nos últimos 40 anos. Esse é mais ou menos o mesmo período em que a tecnologia acelerou e substituiu ou expurgou muitas interações humanas de baixo risco, também conhecidas como laços fracos , como aqueles que você tem com um balconista de supermercado que você vê regularmente ou mesmo com o médico de atenção primária que você vê uma vez por ano.
Fiquei pensando se ter que interagir com uma pessoa extremamente estressada, que está sendo avaliada com base em quantos clientes ela atende por dia, ou, alternativamente, falar com um robô com defeito que fica perguntando se somos humanos, está fazendo com que muitos de nós sintamos que nossas instituições não se importam conosco.
Liguei para Pugh para ver se ela achava que minha teoria — de que a perda do trabalho conectivo era um fator na quebra da confiança institucional — tinha alguma validade. Ela achou, e me contou uma história sobre um funcionário dos correios que a ouviu em um podcast e entrou em contato com ela. O funcionário dos correios estava se aposentando, e as pessoas que moravam no bairro em que ela trabalhava fizeram uma festinha para ela.
“Ela disse que se sentiu muito emocionada e falou sobre como não sentia que esse tipo de relacionamento fosse mais possível por causa da pressão de tempo” que os trabalhadores sofrem, Pugh me contou. Então, a funcionária dos correios estava em uma espécie de luto duplo — pelos relacionamentos que havia feito e porque ela pensava que, como uma sociedade que prefere receber pacotes sem nem mesmo fazer contato visual, estávamos perdendo completamente esse tipo de conexão cotidiana.
Perguntei a Pugh se havia alguma esperança de recuar desse futuro distópico e desumano. Ela me garantiu que um mundo em que estamos aplicando análises estatísticas no estilo “Moneyball” ao trabalho da alma dos capelães de hospitais “não é inevitável”. Mesmo com todos os “avanços extraordinários” da tecnologia interativa (o refinamento de grandes modelos de linguagem como o ChatGPT), “os humanos perdem o interesse em interagir com máquinas depois de um tempo, em parte por causa da previsibilidade da máquina”.
A maioria de nós ainda anseia pela espontaneidade que vem de falar com seres humanos, especialmente em nossos momentos mais vulneráveis. Se não valorizarmos o trabalho de cuidado agora, podemos estar pagando o preço durante nossos momentos finais, pois a capelã tem que sair correndo de nossa cabeceira para anotar o tempo que ela passou segurando nossas mãos.

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February 7, 5:00 PM
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DeepSeek movimentou o tabuleiro da IA no mundo e espera próxima ‘jogada’ do mercado

DeepSeek movimentou o tabuleiro da IA no mundo e espera próxima ‘jogada’ do mercado | Inovação Educacional | Scoop.it
Avanços tecnológico desafiam diversas esferas do universo de tecnologia, inclusive o mercado financeiro
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February 7, 4:52 PM
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Universidades dos EUA desenvolvem IA que ‘vence’ OpenAI e DeepSeek com US$ 50, dizem pesquisadores

Universidades dos EUA desenvolvem IA que ‘vence’ OpenAI e DeepSeek com US$ 50, dizem pesquisadores | Inovação Educacional | Scoop.it

Pesquisadores de inteligência artificial (IA) das universidades de Stanford e Washington conseguiram treinar um modelo dedicado para raciocínio por menos de US$ 50 em créditos de computação em nuvem, segundo um artigo publicado por eles na última sexta-feira, 31.
O modelo se chama s1 e tem desempenho similar aos sistemas avançados de raciocínio, como o o1 da OpenAI e o R1 da DeepSeek, de acordo com testes que medem habilidades matemáticas e de programação. O s1 e os dados e código de treinamento estão disponíveis na plataforma GitHub.
A equipe por trás da invenção explicou que usou um modelo de IA disponível comercialmente como base e o refinou por meio de destilação, um processo que extrai as capacidades de raciocínio de outro modelo de IA.
O principal modelo usado na destilação foi o Gemini 2.0 Flash Thinking Experimental, do Google. Essa abordagem também foi usada por outro grupo de pesquisadores, dessa vez na Universidade de Berkeley, para criar um modelo de raciocínio de IA por cerca de US$ 450.
Grandes empresas de IA, como a OpenAI, estão insatisfeitas com o que a indústria passou a chamar de comoditização dos modelos de IA, afinal elas alegam que pequenos grupos de pesquisa que replicam modelos de IA caríssimos por uma quantia modesta não caracteriza evolução ou mesmo vantagem competitiva.
A reação do mercado à DeepSeek, IA que custou muito menos do que gigantes do meio, ilustrou esse fato. Em 27 de janeiro, depois que os investidores perceberam o quão bons eram os modelos “v3″ e " R1″ da empresa chinesa, tiraram cerca de US$ 1 trilhão da capitalização de mercado das empresas de tecnologia listadas nos Estados Unidos. A Nvidia, fabricante de chips e principal vendedora da corrida do ouro da IA, viu seu valor cair em US$ 600 bilhões.
A OpenAI junto com sua maior investidora e parceira de negócio, a Microsoft, investiga se a DeepSeek destilou informações de forma ilegal. Esse caso chamou a atenção do governo americano, que se posicionou por meio de David Sacks – uma espécie de guru de IA no segundo mandato Trump – que afirmou, sem apresentar provas, que há “evidências substanciais” de que a empresa chinesa usou modelos do ChatGPT para desenvolver sua própria tecnologia. “Acredito que a OpenAI não está nada satisfeita com isso”, disse.
Os pesquisadores do s1 afirmaram que conseguiram atingir o desempenho em raciocínio e em test-time scaling – aquele que faz o modelo de IA pensar mais antes de responder o comando. Se confirmado, isso significa que o s1 já alcançou a capacidade do modelo o1 da OpenAI e da DeepSeek.
A publicação de Stanford e Washington sugere que modelos de raciocínio podem ser destilados com um conjunto de dados relativamente pequeno se o processo usado para isso for supervisionado (supervised fine-tuning ou SFT), no qual um modelo de IA é instruído a imitar comportamentos presentes em um conjunto de dados. O SFT tende a ser mais barato do que o método de aprendizado por reforço em larga escala que a DeepSeek usou para treinar o R1.
O Google oferece acesso gratuito ao Gemini 2.0 Flash Thinking Experimental por meio do Google AI Studio, mas impõe limite diários de uso. Outra clausula nos termos do Google pode causar desconforto aos desenvolvedores que contam com a plataforma: a que proíbe engenharia reversa de seus modelos para trabalhar em serviços que concorram com suas próprias ofertas de IA. O Google não comentou sobre o assunto.
Uma concorrente indigesta para as empresas americanas foi a grande inspiração para os desenvolvedores do s1: a Qwen, uma família de modelos de código aberto focado em programação criado pela gigante Alibaba Cloud, empresa “irmã” do AliExpress.
Para treinar o s1, os pesquisadores montaram um conjunto de mil perguntas meticulosamente selecionadas, emparelhadas com respostas e o raciocínio que a máquina teria de fazer em cada uma delas.
Esse treinamento levou menos de 30 minutos e usou 16 GPUs Nvidia H100. O desempenho foi consistente em vários benchmarks de IA, segundo os pesquisadores. Niklas Muennighoff, membro de Stanford que trabalhou no projeto, disse ao TechCrunch que, atualmente, ele poderia alugar o poder de computação necessário por cerca de US$ 20.
Um truque esperto foi usado para fazer o R1 revisar seu próprio trabalho e estender seu tempo de raciocínio: eles disseram ao modelo para esperar. O simples comando de “wait” (ou espere, em português) durante o processo ajudou o modelo a fornecer respostas mais precisas.
Em 2025, Meta, Google e Microsoft planejam investir centenas de bilhões de dólares em infraestrutura de IA, na qual uma parte será destinada para treinamento de modelos da próxima geração.
O governo dos Estados Unidos também anunciou um projeto de IA, chamado de Stargate, que custará US$ 500 bilhões. A empreitada envolve a OpenAI, a SoftBank e a Oracle, além do parceiro de investimento MGX, com sede em Abu Dhabi, que é financiador inicial. “Como parte do Stargate, a Oracle, a Nvidia e a OpenAI colaborarão estreitamente para construir e operar esse sistema de computação”, disse um comunicado da OpenAI logo após o anúncio que reuniu os três presidentes dessas empresas e Donald Trump.

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February 7, 3:28 PM
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Disparidades Salariais no Brasil: Como a Qualificação e a Sofisticação dos Setores Determinam os Rendimentos

Disparidades Salariais no Brasil: Como a Qualificação e a Sofisticação dos Setores Determinam os Rendimentos | Inovação Educacional | Scoop.it
Os dados da RAIS (2023) mostram a média salarial no Brasil em 2023 por setor econômico, destacando a diferença entre os rendimentos médios gerais, de homens e de mulheres. O salário médio geral foi de R$3.383,36, mas há uma grande variação entre setores.

Destaques dos dados:

• O setor de Indústrias Extrativas apresenta a maior média salarial, com R$8.426,47, bem acima da média nacional.

• O setor Serviços, que engloba uma grande diversidade de atividades, tem um salário médio de R$3.648,02, um pouco acima da média geral.

• O setor Agrícola tem um dos menores salários, com R$2.375,81.

• No setor Comércio e Reparação de Veículos, a média salarial é de R$2.563,85, uma das mais baixas.

• As mulheres ganham menos do que os homens em todos os setores listados.

Por que alguns setores pagam salários mais altos?

Os setores com maior remuneração tendem a ser aqueles que exigem maior qualificação, capital intensivo e produtividade elevada. Os setores que pagam menos geralmente têm baixa exigência de qualificação e maior oferta de trabalhadores.

1. Indústrias Extrativas (R$8.426,47)

• Esse setor tem os maiores salários devido à sua alta exigência tecnológica, capital intensivo e barreiras de entrada (como necessidade de grandes investimentos e licenças ambientais).

• Profissões como engenheiros de petróleo e geólogos são altamente especializadas, o que eleva os salários.

2. Indústria de Transformação (R$3.600,54)

• Há grande variação dentro desse setor. Manufaturas sofisticadas (como aeroespacial e eletrônicos) pagam cerca de R$6.000,00, enquanto manufaturas de baixa sofisticação (como têxteis e calçados) pagam R$3.000,00.

• O nível de automação e a necessidade de mão de obra qualificada são determinantes.

3. Serviços (R$3.648,02)

• Serviços sofisticados (como tecnologia da informação e finanças) pagam cerca de R$7.000,00.

• Já serviços de baixa sofisticação (como comércio e hotelaria) pagam cerca de R$2.500,00.

• A demanda por habilidades técnicas especializadas e a escassez de profissionais aumentam a remuneração em segmentos como TI e consultoria.

4. Construção (R$2.641,22)

• O setor paga relativamente pouco porque depende de mão de obra pouco qualificada, ainda que haja exceções para engenheiros e gestores de obras.

5. Comércio e Reparação de Veículos (R$2.563,85)

• Esse setor tem alta concorrência e baixa barreira de entrada, o que reduz o poder de barganha dos trabalhadores.

• Apenas cargos especializados, como gerentes e técnicos de manutenção avançada, recebem salários mais altos.

Conclusão

Setores com maior intensidade de capital, tecnologia e qualificação profissional pagam melhores salários. Isso explica por que as indústrias extrativas e os serviços sofisticados (como tecnologia e finanças) lideram a remuneração, enquanto setores como agricultura e comércio pagam menos devido à menor exigência de qualificação e maior oferta de trabalhadores.



A RAIS (Relação Anual de Informações Sociais) só inclui os dados do mercado de trabalho formal no Brasil. Isso significa que os dados apresentados refletem apenas os salários e o número de empregos de trabalhadores com carteira assinada, servidores públicos e empregados de algumas entidades sem fins lucrativos.

O que a RAIS cobre?

• Trabalhadores com carteira assinada (CLT).

• Servidores públicos (federais, estaduais e municipais).

• Empregados de entidades sem fins lucrativos.

• Algumas categorias específicas, como aprendizes e estagiários.

O que a RAIS não cobre?

• Trabalhadores informais (sem carteira assinada).

• Autônomos e Microempreendedores Individuais (MEIs) que não possuem vínculo empregatício.

• Trabalhadores do setor agrícola informal ou pequenos produtores rurais sem registro.

• Pessoas em empregos temporários não registrados.

Impacto na análise salarial

Como a RAIS exclui o setor informal, os salários médios podem ser mais altos do que a realidade do mercado de trabalho brasileiro. O Brasil tem uma grande parcela da força de trabalho na informalidade, onde os rendimentos costumam ser mais baixos do que no setor formal.
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February 7, 3:22 PM
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Projeto oferece plano de aula sobre meio ambiente para alunos de escolas públicas e privadas participarem da COP30

Projeto oferece plano de aula sobre meio ambiente para alunos de escolas públicas e privadas participarem da COP30 | Inovação Educacional | Scoop.it
A iniciativa é voltada para estudantes dos ensinos fundamental e médio; o objetivo é tornar as recomendações dos jovens acessíveis aos participantes oficiais da conferência internacional
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February 7, 3:18 PM
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Projetos ajudam a atrair meninas para cursos da área de exatas

Projetos ajudam a atrair meninas para cursos da área de exatas | Inovação Educacional | Scoop.it
Criadora da iniciativa, a professora e pesquisadora do Departamento de Ciências da Computação (CIC) da Universidade de Brasília (UnB), Aleteia Favacho, 49 anos, avalia que falta incentivo para as meninas ingressarem nas áreas de exatas. Ao entrar na graduação, ela percebeu que havia algo em falta: referências femininas na ciência da computação. "Eu conhecia Bill Gates e Steve Jobs, mas nunca tinha ouvido falar de uma mulher na área. As meninas precisam ver que existem mulheres na ciência e que elas também podem ocupar esse espaço", afirma. 
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February 7, 2:59 PM
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Criado para público de baixíssima renda, Fies Social 'cobra' mais de R$ 2 mil por mês em cursos de medicina: 'De social, não tem nada', diz aluna

Programa voltado a estudantes que ganham até 0,5 salário mínimo (R$ 759) tem como chamariz financiar 100% de cada mensalidade. Mas existe um 'teto': se o curso de medicina custar mais de R$ 10 mil (algo bem comum no mercado), a diferença deverá ser paga pelo aluno. FNDE diz que estuda revisão do valor.
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