This report revisits WCET’s 2016 study on the relationship between the cost and price of distance education, reflecting on how the landscape has shifted post-pandemic. With 63.94% of students now taking at least one distance education course, the report analyzes findings from WCET’s 2024 survey, exploring current trends in tuition, fees, and the costs of offering online courses. That report concluded with a list of recommendations for policymakers and distance education leaders.
O que acontece quando a maioria faz uso de uma IA para realizar suas atividades laborais? E, no caso dos estudantes, quando os trabalhos passam a ser produzidos com o apoio de uma IA generativa? Luciano Sathler É PhD em administração pela USP e membro do Conselho Deliberativo do CNPq e do Conselho Estadual de Educação de Minas Gerais As diferentes aplicações de Inteligência Artificial (IA) generativa são capazes de criar novos conteúdos em texto, imagens, áudios, vídeos e códigos para software. Por se tratar de um tipo de tecnologia de uso geral, a IA tende a ser utilizada para remodelar vários setores da economia, com impactos políticos e sociais, assim como aconteceu com a adoção da máquina a vapor, da eletricidade e da informática. Pesquisas recentes demonstram que a IA generativa aumenta a qualidade e a eficiência da produção de atividades típicas dos trabalhadores de colarinho branco, aqueles que exercem funções administrativas e gerenciais nos escritórios. Também traz maior produtividade nas relações de suporte ao cliente, acelera tarefas de programação e aprimora mensagens de persuasão para o marketing. O revólver patenteado pelo americano Samuel Colt, em 1835, ficou conhecido como o "grande equalizador". A facilidade do seu manuseio e a possibilidade de atirar várias vezes sem precisar recarregar a cada disparo foram inovações tecnológicas que ampliaram a possibilidade individual de ter um grande potencial destrutivo em mãos, mesmo para os que tinham menor força física e costumavam levar desvantagem nos conflitos anteriores. À época, ficou famosa a frase: Abraham Lincoln tornou todos os homens livres, mas Samuel Colt os tornou iguais. Não fazemos aqui uma apologia às armas. A alegoria que usamos é apenas para ressaltar a necessidade de investir na formação de pessoas que sejam capazes de usar a IA generativa de forma crítica, criativa e que gerem resultados humanamente enriquecidos. Para não se tornarem vítimas das mudanças que sobrevirão no mundo do trabalho. A IA generativa é um meio viável para equalizar talentos humanos, pois pessoas com menor repertório cultural, científico ou profissional serão capazes de apresentar resultados melhores se souberem fazer bom uso de uma biblioteca de prompts. Novidade e originalidade tornam-se fenômenos raros e mais bem remunerados. A disseminação da IA generativa tende a diminuir a diversidade, reduz a heterogeneidade das respostas e, consequentemente, ameaça a criatividade. Maior padronização tem a ver com a automação do processo. Um resultado que seja interessante, engraçado ou que chama atenção pela qualidade acima da média vai passar a ser algo presente somente a partir daqueles que tiverem capacidade de ir além do que as máquinas são capazes de entregar. No caso dos estudantes, a avaliação da aprendizagem precisa ser rápida e seriamente revista. A utilização da IA generativa extrapola os conceitos usualmente associados ao plágio, pois os produtos são inéditos – ainda que venham de uma bricolagem semântica gerada por algoritmos. Os relatos dos professores é que os resultados melhoram, mas não há convicção de que a aprendizagem realmente aconteceu, com uma tendência à uniformização do que é apresentado pelos discentes. Toda Instituição Educacional terá as suas próprias IAs generativas. Assim como todos os professores e estudantes. Estarão disponíveis nos telefones celulares, computadores e até mesmo nos aparelhos de TV. É um novo conjunto de ferramentas de produtividade. Portanto, o desafio da diferenciação passa a ser ainda mais fundamental diante desse novo "grande equalizador". Se há mantenedores ou investidores sonhando com a completa substituição dos professores por alguma IA já encontramos pesquisas que demonstram que o uso intensivo da Inteligência Artificial leva muitos estudantes a reduzirem suas interações sociais formais ao usar essas ferramentas. As evidências apontam que, embora os chatbots de IA projetados para fornecimento de informações possam estar associados ao desempenho do aluno, quando o suporte social, bem-estar psicológico, solidão e senso de pertencimento são considerados, isso tem um efeito negativo, com impactos piores no sucesso, bem-estar e retenção do estudante. Para não cair na vala comum e correr o risco de ser ameaçado por quem faz uso intensivo da IA será necessário se diferenciar a partir das experiências dentro e fora da sala de aula – online ou presencial; humanizar as relações de ensino-aprendizagem; implementar metodologias que privilegiem o protagonismo dos estudantes e fortaleçam o papel do docente no processo; usar a microcertificação para registrar e ressaltar competências desenvolvidas de forma diferenciada, tanto nas hard quanto soft skills; e, principalmente, estabelecer um vínculo de confiança e suporte ao discente que o acompanhe pela vida afora – ninguém mais pode se dar ao luxo de ter ex-alunos. Atenção: esse artigo foi exclusivamente escrito por um ser humano. O editor, Michael França, pede para que cada participante do espaço "Políticas e Justiça" da Folha sugira uma música aos leitores. Nesse texto, a escolhida por Luciano Sathler foi "O Ateneu" de Milton Nascimento.
Criadora da iniciativa, a professora e pesquisadora do Departamento de Ciências da Computação (CIC) da Universidade de Brasília (UnB), Aleteia Favacho, 49 anos, avalia que falta incentivo para as meninas ingressarem nas áreas de exatas. Ao entrar na graduação, ela percebeu que havia algo em falta: referências femininas na ciência da computação. "Eu conhecia Bill Gates e Steve Jobs, mas nunca tinha ouvido falar de uma mulher na área. As meninas precisam ver que existem mulheres na ciência e que elas também podem ocupar esse espaço", afirma.
Programa voltado a estudantes que ganham até 0,5 salário mínimo (R$ 759) tem como chamariz financiar 100% de cada mensalidade. Mas existe um 'teto': se o curso de medicina custar mais de R$ 10 mil (algo bem comum no mercado), a diferença deverá ser paga pelo aluno. FNDE diz que estuda revisão do valor.
“O futuro não existe. O que temos é o agora. A plataformização da sociedade é uma realidade e é fundamental agir agora para pensar formas mais consistentes de ação em prol do bem comum no país. Não podemos ser levados pela incompetência, inapetência ou subserviência no que concerne aos desafios da cultura digital. As ações devem, portanto, serem implementadas agora a fim de garantir uma sociedade da informação inclusiva, diversa, emancipadora e libertária, como sonharam os idealizadores da internet.” destaca André Lemos, autor do artigo ” O futuro da plataformizacao da sociedade no Brasil”. O texto, escrito no âmbito do projeto “Inovação, desenvolvimento e resiliência para as políticas públicas em São Paulo: um mapa para os desafios entre 2020-2030” está disponível para download!
Esta é uma publicação que faz parte do projeto “Inovação, desenvolvimento e resiliência nas políticas públicas em São Paulo: um mapa para os desafios entre 2020 e 2030”, iniciativa da emenda parlamentar desenvolvida pelo Coletivo 660, representado pela Ação Educativa, em convênio com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo. Com esse projeto, o Coletivo 660 buscou prospectar o contexto com o qual o estado de São Paulo se confrontará nas próximas décadas e como vai organizá-lo com base em uma visão sistemática que possa auxiliar na produção de políticas públicas, tendo em vista os objetivos do desenvolvimento sustentável. Estes textos são resultantes das mesas de debate desenvolvidas com base neste projeto, nas quais discutimos diversos temas relacionados à tecnologia no Brasil na próxima década.
Este guia é uma ferramenta para a construção de diálogos e reflexões sobre escolha, formação e inserção profissional das juventudes em espaços educativos escolares e não escolares. A partir do seu uso, buscamos contribuir para que estudantes da rede pública, principalmente as juventudes negras, periféricas e de identidades não hegemônicas, tenham acesso a uma educação de qualidade, podendo encontrar condições mais favoráveis para trilhar seu futuro e acessar um trabalho digno.
Apresentação de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua do IBGE a respeito das condições de trabalho da população, com recorte de gênero, raça e faixa etária da juventude
A Ação Educativa, em colaboração com pesquisadores e ativistas, apresenta o quinto volume da série “Políticas Públicas de Juventude: Reconstrução em Pauta”.
O Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) lançou, nesta segunda-feira (3), o projeto de Inteligência Artificial da Justiça do Trabalho e, com ele, a primeira ferramenta de IA generativa (Chat-JT), desenvolvida para contribuir para o trabalho de magistrados, servidores e estagiários da instituição de forma mais segura e eficiente. O Chat-JT é uma ferramenta similar aos principais produtos de mercado, mas voltado exclusivamente para auxiliar profissionais da Justiça do Trabalho nas suas mais diversas atividades, como a automatização de consultas, rotinas dos fluxos de trabalho e tomada de decisões estratégicas. Com a ferramenta é possível, entre outras coisas: Otimização da consulta de leis e jurisprudência (Sistema Falcão); Consultas inteligentes às diversas bases de dados internas; Assistência na criação de ementas no padrão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ); Análise de documentos; e Criação de assistentes personalizados para área jurídica e administrativa.
A Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep) abre as inscrições para sua edição de 2025 nesta quarta-feira (5). É a vigésima edição da competição, criada para engajar professores e estudantes na resolução de problemas matemáticos e no estudo da matéria, além do dia a dia da escola. As inscrições podem ser feitas até o dia 17 de março.
Quando Ana Luiza Arra, 34, penteia o cabelo cacheado de sua filha Magnólia, 3, após lavar, é um desafio de paciência. Para conseguir terminar a tarefa com tranquilidade, ela coloca algum videoclipe no celular e dá para a filha assistir, ajudando-a a manter a calma. O momento é pontual, afirma, e ela tenta evitar ao máximo o contato da criança com as telas, mas reconhece que precisa recorrer aos aparelhos eletrônicos durante o cuidado com a filha. E ela não é a única. O debate sobre o uso das telas por crianças e adolescentes é latente no Brasil, principalmente ao ganhar contornos públicos. Neste mês, o governo federal sancionou a lei que proíbe alunos de usarem telefones celulares e outros aparelhos eletrônicos em escolas públicas e particulares. Durante o evento de sanção do projeto de lei, o presidente Lula (PT) criticou mães que entregam celulares às crianças para que parem de chorar: "É uma coisa fria, gelada, não tem nada a ver, não vai educar. Esse comportamento desumano está sendo utilizado pelos humanos", disse. Mas a discussão passa por criações cada vez mais individualizadas e cuidadores solitários, muitas vezes no papel materno, como explica Julieta Jerusalinsky, psicanalista, professora da pós-graduação da PUC-SP e fundadora do Instituto Travessias da Infância e da Rede-Bebê. "Há um afastamento das famílias extensas e não há essa forma de cuidado mais coletivo. O afastamento em si não seria um problema se vivêssemos numa sociedade menos individualista, onde também dá para contar com vizinhos e com um cuidado mais coletivo", diz. Ana Luiza é mãe solo e, por mais que a filha conviva com o pai, afirma que sua realidade é difícil, pois não tem nenhuma rede de apoio paga. Ela passa longos períodos sozinha com a filha, como durante as férias. No momento em que conversou com a reportagem, por exemplo, sua mãe, que também a ajuda, estava preparando o almoço enquanto a filha assistia a um desenho na televisão. "Por mais que ela estude em horário integral, ainda assim o meu trabalho ocupa mais tempo do que o dela na classe. Então, eu preciso recorrer eventualmente [às telas], até para ela comer. Senão ela não come, ou eu não vou ao banheiro, ou não lavo a louça", explica. Ela tenta negociar um tempo de tela reduzido com a filha e mantém rigor em relação ao conteúdo, permitindo apenas desenhos de baixo estímulo. Débora Adão, 35, também regula o conteúdo assistido por suas filhas, Kyara, 5, e Aylla, 2, e já bloqueou desenhos inapropriados para a idade delas. Enquanto prepara o café da manhã, ela permite que as filhas assistam à televisão. Durante as refeições, insiste para que elas deixem o celular e tenta incentivá-las a brincar com brinquedos, livros ou outras atividades fora das telas. Dona de casa, ela acredita que "a tecnologia rouba a infância das crianças" e que, muitas vezes, suas filhas "não sabem nem brincar". Ainda assim, Débora reconhece que, em alguns momentos, cede ao uso das telas para conseguir realizar tarefas domésticas, já que não tem apoio e mora longe da família. Quando as filhas se cansam de brincar com brinquedos, Débora diz que elas começam a chorar e insistir pelo celular ou televisão. "Eu me arrependo bastante de ter permitido que a tecnologia entrasse. Só que foi, infelizmente, uma forma que encontrei de conseguir concluir as minhas tarefas". Esse relato é similar ao de várias outras mães que compartilham suas experiências em grupos no Facebook, por exemplo. Muitas perguntam como distrair a criança e que está "difícil cortar". Ou até mesmo que o celular na maioria das vezes ajuda muito enquanto ela se "desdobra em mil". Por outro lado, especialistas afirmam que a utilização das telas para evitar que a criança demande atenção ou interrompa os adultos reduz as oportunidades de interação social, negociação e enfrentamento de frustrações é prejudicial para o seu desenvolvimento. Segundo Jerusalinsky, é preciso, antes de entregar um celular a uma criança, perguntar: "No lugar do quê isso está?" "Essas telas individuais produzem, muitas vezes, uma de lógica de chupeta eletrônica, que suspende as demandas da criança, a solicitação que ela faz aos adultos e a circulação da criança pelo espaço", afirma a psicanalista. A psicopedagoga Andrea Nasciutti afirma que a tecnologia não é a vilã, mas sim a forma como ela vem sendo utilizada. "O problema principal é que ela está se sobrepondo a outras atividades." Para ela, muitas vezes, pais e mães se acomodam com o uso das telas ao entregá-las sempre às crianças. "A gente precisa entender o impacto que isso tem e tentar contornar isso dentro da realidade, de alguma forma", diz. Isso inclui fazer com que as crianças façam parte de atividades do dia a dia, como bater panelas enquanto o adulto lava a louça, brincar de esconde-esconde com os lençóis na hora de estender a roupa ou simplesmente lidar com a frustração e o não. Outro fator que a psicopedagoga pontua é a consciência dos pais e sua relação com os dispositivos, que também podem afetar as crianças. "Hoje, a parentalidade tem que ser muito intencional", afirma Nasciutti. É o que Jerusalinsky também destaca. "Muitas vezes, os pais dizem não às telas, mas eles mesmos ficam no celular o tempo todo". Ana Luiza afirma que tentou retardar ao máximo o uso dos aparelhos eletrônicos por Magnólia, mas que a filha a vê muito no celular por causa do trabalho e outras atividades. "Eu tento me policiar bastante e percebo que falho, mas acho que é isso: um olhar atento e cuidadoso para ambos os lados".
O avanço da receita da Amazon Web Services (AWS), a divisão de computação em nuvem da Amazon, ficou abaixo do previsto por analistas financeiros para o quarto trimestre de 2024, indicando que a líder do setor também enfrenta o desafio do crescimento, como vem ocorrendo com as suas rivais Microsoft e Alphabet, controladora do Google. De acordo com o balanço divulgado nesta quinta-feira (6), a receita da AWS alcançou US$ 28,79 bilhões nos três meses encerrados em 31 de dezembro, o que representa um crescimento de 18,9% na comparação com o resultado do quarto trimestre de 2023, que não alcançou as estimativas de avanço de 19,3% de analistas financeiros sondados pela bolsa de valores de Londres (Lseg, na sigla em inglês). “O crescimento da AWS não acelerou como previsto e, em vez disso, correspondeu aos níveis do terceiro trimestre, indicando que a empresa é desafiada pelos mesmos tipos de restrições de capacidade enfrentadas pelos rivais Google e Microsoft”, informou a diretora de análises da consultoria eMarketer, Sky Canaves, em comunicado na tarde desta quinta-feira. A companhia manteve a posição de liderança no mercado global de serviços de nuvem computacional com 31% de participação no terceiro trimestre, de acordo com dados divulgados em novembro pela consultoria Synergy Research. Na sequência estão a Microsoft, com 20% de participação, e o Google, com 13% do mercado. A concorrência da AWS também enfrenta dificuldade em bater as expectativas de analistas que olham com lupa o ritmo de crescimento de receita das “big techs” em nuvem e seus gastos com infraestrutura. No fim de janeiro, a Microsoft reportou uma receita total de serviços de nuvem de US$ 40,9 bilhões no segundo trimestre fiscal de 2025, um crescimento de 21% em base anual, enquanto a receita da plataforma de nuvem Azure cresceu 31%, no período. Mas, no trimestre anterior, o primeiro trimestre fiscal de 2025, a receita de nuvem avançou 22% e o resultado de Azure cresceu 33%, em base anual. O sinal de desaceleração no crescimento colaborou para um recuo de 4,5% nas ações da empresa após a divulgação do balanço. A Alphabet também ficou abaixo das projeções do mercado financeiro ao divulgar uma receita de US$ 11,96 bilhões com os serviços Google Cloud, na terça-feira (4). Os analistas esperavam US$ 12,19 bilhões. A projeção de despesas de capital (Capex) em US$ 75 bilhões da Alphabet para o ano de 2025 com infraestrutura para nuvem e inteligência artificial, sem detalhes sobre os gastos, não agradou o mercado. As ações da controladora da gigante de buscas recuaram 9% após o fechamento da bolsa no dia da divulgação do balanço. Nesta quinta-feira, os papéis fecharam em leve alta de 0,14%.
O projeto-piloto foi apresentado no início do ano letivo, na quarta-feira (5), e começará em 20 escolas, nas quatro regiões da capital, localizadas em áreas com índice mais alto de vulnerabilidade social e com maior número de ocorrências de violência. A diferença em relação a programas já existentes, que preveem a presença de agentes ou policiais militares na entrada e saída de alunos, é que os GCMs poderão ficar dentro das escolas, portando pistola e algema, como costumam usar no cotidiano. Segundo o prefeito, o foco do programa é ampliar a segurança de alunos, professores e da comunidade próxima à unidade de ensino. As escolas escolhidas também contam com câmeras de vigilância conectadas ao Smart Sampa, programa de segurança da prefeitura, com sistema de monitoramento e reconhecimento facial - usado para localizar pessoas desaparecidas ou foragidas da Justiça. Cada escola terá dois agentes, que vão trabalhar nos horários de folga e receberão uma diária, em uma espécie de “bico autorizado”. “O [projeto-] piloto vai ser exatamente para ver essa integração entre a segurança com educação. (...) É um preventivo, uma proteção, e ao mesmo tempo para melhorar a sensação de segurança em toda a comunidade”, afirmou o secretário de Segurança Urbana, Orlando Morando a jornalistas, no dia do anúncio do programa. Na ocasião, Nunes disse que a atuação dos agentes dentro da escola será orientada pela direção da unidade. O Valor perguntou à prefeitura se há uma diretriz formalizada, mas não obteve resposta. A vereadora Silvia Ferraro (Psol) é favorável à presença dos agentes da GCM na entrada e saída de alunos, mas questiona a presença no interior das unidades. “Dentro da escola os problemas são pedagógicos, não de polícia”, afirma a vereadora, que fará uma avaliação jurídica sobre a legalidade da iniciativa. Segundo o secretário de Segurança, se o prefeito aprovar o projeto-piloto, a iniciativa poderá ser ampliada para 800 escolas de ensino fundamental, no primeiro momento e, depois, para todas as 1,5 mil escolas, quando a prefeitura aumentar o efetivo da GCMs. Nunes prometeu contratar mais 2 mil agentes, para chegar a uma tropa com 9,5 mil. A prefeitura não informou qual será o período de avaliação para verificar a eficácia do projeto, nem se a medida será regulamentada por um projeto de lei. A proposta é de autoria de Morando, que implementou a mesma iniciativa em São Bernardo do Campo, onde foi prefeito por dois mandatos, entre 2017 e 2024. A medida começou a valer no município do ABC paulista em 2023, como uma “ação emergencial” da prefeitura depois que um homem atacou uma escola infantil em Blumenau (SC), matando quatro crianças e ferindo outras cinco. Em 2024, Morando sancionou uma lei na cidade que obriga a presença de pelo menos um GCM em cada escola. Municípios vizinhos, como Diadema e Santo André, optaram por não seguir a medida, sob críticas à presença de um agente armado dentro do ambiente escolar. O secretário de Segurança é defensor de ações mais ostensivas na área e da ampliação do uso de armas de fogo por agentes da GCM, e tem ganhado destaque na atual gestão, com a presença constante ao lado do prefeito e declarações em defesa da morte de bandidos. Em ao menos dois eventos públicos com GCMs, Morando incentivou a tropa a matar em caso de confronto. “Tenham a clareza que, se num confronto com um criminoso, que chore a mãe do criminoso e nenhum parente de vocês”, disse, na cerimônia de formatura de 500 agentes, mês passado. No mesmo evento, Nunes deixou-se gravar entre agentes cantando música com versos como “[jogar] gás de pimenta na cara de vagabundo”.
o projeto MUDE com Elas, promovido pela Ação Educativa, lança o zine “Da escola pro trampo – Jovens negras no mundo do trabalho” desenvolvido pelas jovens negras que integram o projeto. O material apresenta realidades que atravessam essas meninas diante das desigualdades que afetam diretamente suas trajetórias no mundo do trabalho.
Um grupo de colaboradores do Inaf e pesquisadores no campo dos diferentes letramentos, das tecnologias digitais de interação e comunicação e da cultura digital produziu um conjunto de estudos e análises para uma agenda de atualização do Inaf, cuja síntese parcial é objeto de discussão deste artigo.
Neste terceiro número, Helena Abramo apresenta uma leitura crítica dos atuais diagnósticos sobre a realidade juvenil e das diretrizes produzidas a partir destas análises, propondo uma inversão dos mapas e caminhos para a reconstrução das políticas públicas de juventude no país.
Apresentação de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, do IBGE, a respeito das condições de trabalho da população, com recorte de gênero, raça e faixa etária da juventude.
Este material propõe uma análise aprofundada sobre o sistema atual de resolução de controvérsias sobre o conteúdo moderado em plataformas digitais no Brasil e em outras experiências internacionais significativas, bem como o mapeamento de alternativas nessa seara.
O reconhecimento da possibilidade de incorporação de discriminação racial em tecnologias e instituições do campo da inteligência artificial pode ser um considerado um fato no Brasil, devido a casos emblemáticos, literatura científica e atividades da sociedade civil sobre o tema. Quanto a casos emblemáticos, a imprensa pôde registrar danos ligados a tecnologias como reconhecimento facial no espaço público, moderação de conteúdo orgânico em plataformas digitais, moderação por visão computacional de conteúdo publicitário, precarização racializada de trabalhadores de plataforma, entre outros.
Na semana passada, o Operator da OpenAI fez as seguintes coisas por mim:
Encomendei uma nova colher de sorvete na Amazon.
Comprou um novo nome de domínio e configurou suas configurações.
Reservei um encontro para o Dia dos Namorados para mim e minha esposa.
Agendou um corte de cabelo.
Ele fazia essas tarefas de forma autônoma, embora eu tivesse que empurrá-lo de vez em quando e ocasionalmente resgatá-lo de um ciclo de tentativas frustradas.
Se você está apenas se atualizando — ou se você se distraiu com as notícias do DeepSeek desta semana, que ofuscaram todas as outras notícias de IA — o Operator é um novo agente de IA lançado na semana passada pela OpenAI.
A ferramenta, que foi anunciada como uma “prévia de pesquisa”, está disponível apenas para pessoas que pagam US$ 200 por mês pelo nível de assinatura mais alto da empresa, o ChatGPT Pro. Ela dá aos usuários a capacidade de direcionar um agente de IA que pode usar um navegador da web, preencher formulários e realizar outras ações em seu nome.
Agentes de IA estão na moda no Vale do Silício agora. Alguns especialistas da indústria acham que eles são o próximo grande passo em capacidades de IA , porque um agente de IA que pode usar um computador pode realmente realizar tarefas valiosas do mundo real, em vez de apenas fornecer assistência. Muitas das principais empresas de IA, incluindo Google e Anthropic, estão testando agentes autônomos que eles afirmam que as empresas eventualmente serão capazes de "contratar" como trabalhadores de pleno direito.
Atualizei minha assinatura do ChatGPT para testar o Operator e ver o que um agente de IA poderia fazer por mim.
Superficialmente, o Operator se parece um pouco com o ChatGPT comum, exceto que quando você atribui uma tarefa a ele — "Compre-me um saco de 30 libras de comida para cachorro na Amazon", por exemplo — o Operator abre uma janela em miniatura do navegador, digita "Amazon.com" na barra de endereço e começa a clicar, tentando seguir suas instruções.
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A nova ferramenta Operator da OpenAI permite que os chamados agentes de IA concluam tarefas em vários sites, como comprar comida para animais de estimação.CréditoCrédito... Ele pode fazer algumas perguntas esclarecedoras. (Você quer comida com sabor de frango ou carne bovina? Entrega durante a noite ou em dois dias?) Então, quando estiver confiante de que fez a escolha certa, o Operator solicita uma confirmação final, coloca a comida de cachorro no seu carrinho e faz o pedido. (O Operator não insere senhas ou números de cartão de crédito — você tem que assumir o controle do mini-navegador e digitar essas coisas você mesmo — mas ele faz o resto sozinho.)
O ponto principal do Operator é que você não precisa supervisioná-lo — ele pode executar tarefas em segundo plano enquanto você faz outras coisas. Mas eu me vi grudado na janela, hipnotizado pela visão de um navegador da web autônomo clicando em botões, digitando palavras em caixas e selecionando em menus suspensos, tudo sozinho. Olha, mãe, um computador usando um computador!
O operador também se saiu muito bem em algumas tarefas relativamente simples que lhe dei:
Ele pediu com sucesso um almoço no DoorDash para meu colega Mike e o enviou para sua casa. (Eu não disse a ele o que pedir, mas o Operator escolheu um restaurante mexicano, escolheu alguns pratos para ele e até deu uma gorjeta de US$ 7 ao entregador.)
Ele respondeu a centenas de mensagens não lidas do LinkedIn para mim, depois que eu dei a ele o controle do meu perfil do LinkedIn. (Embora, para meu horror, ele também me inscreveu para um webinar.)
Ele me rendeu US$ 1,20 ao criar contas em sites que oferecem pequenas recompensas em dinheiro para quem responde a pesquisas. (Poderia ter rendido mais, mas comecei a me sentir culpado por enviar spam para as pesquisas com respostas falsas, escritas por robôs.)
Mas o Operator também falhou em várias outras tarefas e revelou suas limitações:
Ele não conseguiu escanear minhas colunas recentes e adicioná-las ao meu site pessoal, porque o navegador do Operator foi bloqueado de entrar no site do The Times. (Ele também foi bloqueado de vários outros sites, incluindo Reddit e YouTube. O Times está processando a OpenAI e a Microsoft por violação de direitos autorais relacionada ao treinamento de modelos de IA.)
Ele não jogaria pôquer online para mim. (O operador respondeu: "Não posso ajudar com jogos de azar ou atividades relacionadas", o que pareceu uma rejeição razoável, dado o caos que um bot de jogos de azar poderia criar.)
E ele foi impedido de efetuar login em vários sites por testes de CAPTCHA. (O que achei reconfortante, já que o objetivo dos CAPTCHAs é deter robôs.)
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A nova ferramenta Operator da OpenAI também permite pedir entrega de pizza.CréditoCrédito... No geral, descobri que usar o Operator geralmente dava mais trabalho do que valia a pena. A maior parte do que ele fez por mim eu poderia ter feito mais rápido sozinho, com menos dores de cabeça. Mesmo quando funcionava, ele pedia tantas confirmações e garantias antes de agir que eu me sentia menos como se tivesse um assistente virtual e mais como se estivesse supervisionando o estagiário mais inseguro do mundo.
Claro que isso é o começo para agentes de IA. Produtos de IA tendem a melhorar de versão para versão, e é uma boa aposta que as próximas iterações do Operator serão melhores. Mas em sua forma atual, o Operator é mais uma demonstração intrigante do que um produto que eu recomendaria usar — e definitivamente não é algo em que a maioria das pessoas precisa gastar US$ 200 por mês.
Dito isso, acho que é um erro descartar agentes de IA. Quando eles se tornarem mais capazes, eles podem começar a substituir trabalhadores humanos em algumas ocupações. (OpenAI e Meta já disseram que estão construindo agentes de engenharia de IA.) E alguns especialistas se preocupam que agentes de IA mais poderosos e irrestritos podem representar riscos à segurança, se aprenderem a executar comandos como "esvaziar uma conta bancária" ou "executar um ataque cibernético".
Soltar um monte de agentes de IA na internet também pode provocar uma reação negativa de editores da web, sites de comércio eletrônico e outras empresas que dependem de tráfego gerado por humanos para pagar suas contas. (Se você é uma empresa que compra anúncios na Amazon, você quer que esses anúncios sejam vistos por humanos, não por bots fingindo ser humanos.) No futuro, posso imaginar mais sites tomando medidas para bloquear agentes de IA ou direcioná-los para certas páginas ou produtos.
No momento, agentes de IA são incompetentes demais para serem uma grande ameaça. Mas não é preciso muita imaginação para imaginar um futuro próximo em que a maior parte da web consistirá de robôs falando com robôs, comprando coisas de robôs e escrevendo e-mails que somente outros robôs lerão.
Em outras palavras, a internet autônoma está quase aqui — aproveite seus cliques enquanto pode.
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