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January 17, 5:47 PM
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Tirar vantagem ou ser criativo? Pesquisadores apontam o que define o ‘jeitinho brasileiro’

Tirar vantagem ou ser criativo? Pesquisadores apontam o que define o ‘jeitinho brasileiro’ | Inovação Educacional | Scoop.it

Furar a fila de prioridade durante a campanha de vacinação da covid-19, estacionar o carro em vagas reservadas para idosos ou pessoas com deficiência - sem fazer parte desses grupos - são algumas das práticas negativas associadas ao ‘jeitinho brasileiro.’
Fenômeno cultural predominantemente ligado à malandragem e à necessidade de se tirar vantagem sobre alguém ou alguma situação, o ‘jeitinho’ pode ter várias configurações, mas nem todas são negativas, segundo o alemão Ronald Fischer, pesquisador do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR).
Fischer é doutor em psicologia e seu interesse pelo Brasil surgiu há 20 anos, quando descobriu que a capoeira reúne duas de suas paixões: música e artes marciais. A partir dessa experiência, Fischer explorou sua curiosidade para compreender o “jeitinho brasileiro” por meio de pesquisa realizada em parceria com o brasileiro Ronaldo Pilati, professor de Psicologia da Universidade de Brasília (UnB).
O resultado está no livro Jeitinho Brasileiro As bases psicológicas de um fenômeno cultural, publicado pela editora UnB e disponível para download gratuito.
Fischer e Pilati aplicaram vários questionários para o mesmo grupo composto por 200 pessoas ao longo de dois anos para avaliar as mudanças de comportamento durante este período. Inicialmente a amostra era composta por 1 mil pessoas.
Além de preencher os questionários, a pesquisa também incluiu a participação do grupo em experimentos sociais em que eram avaliadas as reações dos entrevistados a partir de notícias sobre corrupção, casos de impunidade, entendendo como eles agiriam em determinadas situações éticas.
Com o livro, os pesquisadores querem furar a bolha da academia e atingir mais a população em geral. “O jeitinho é uma manifestação universal, é mais de uma coisa, tem um lado negativo, mas também tem o positivo. Sempre publicamos em revistas acadêmicas, mas achamos interessante conversar com um público maior, por isso a ideia do livro de livre acesso, para que todo mundo possa baixar. Em paralelo também estamos trabalhando para divulgar esse trabalho no contexto internacional acadêmico”, diz Fischer.
Morando no Rio de Janeiro, Fischer conta que os amigos estrangeiros consideram que ele já se tornou adepto do ‘jeitinho brasileiro.’ “Espero que seja o positivo”, brinca.
Na conversa com o Estadão, ele conta mais sobre os principais achados da pesquisa:
Como você define o jeitinho brasileiro? Está relacionado a algo pejorativo?
Sabemos que o conceito está relacionado a algo ruim, mas uma das propostas do livro é justamente derrubar esse estigma. O ‘jeitinho’ é uma forma de resolver problemas e está relacionado a uma bagagem da história colonial. A burocracia impede que os problemas sejam resolvidos no dia a dia de forma fácil. Ela não funciona, então você usa um recurso, que é o ‘jeitinho.’ Pode ser bater um papo, fazer algo criativo ou até pagar alguém para resolver seu problema.
O ‘jeitinho’ pode ser configurado de diferentes formas, este é um dos principais achados da pesquisa. Pode ser várias coisas: o jeitinho simpático, o criativo e até aquele ruim, ligado à corrupção ou à quebra de normas.
Mas há o jeitinho bom de resolver problemas sem prejudicar ninguém. A simpatia, por exemplo, acho maravilhosa, ainda mais para um estrangeiro que é recebido no Brasil com muito calor humano.
Sua pesquisa aponta que há o jeitinho ‘bom’ e o ‘ruim’. O que vai definir os caminhos para decidir entre um ou outro?
Há motivações psicológicas, todo mundo tem um perfil de personalidade. O amigável está mais predisposto a usar o jeitinho simpático. Já os menos altruístas, que pensam mais no próprio bem, devem usar o jeitinho negativo, que quebram normas. Há o viés da motivação geral da pessoa, mas sempre há um contexto.
Alguém mais amigável, mas preocupado com outra pessoa que não consegue resolver um problema, pode usar uma estratégia negativa. A pesquisa mostra que os gatilhos de estar em alguma situação pode fazer com que a pessoa tenha um comportamento negativo para resolver o problema. Há os dois lados.
O ‘jeitinho’ é algo específico do brasileiro ou há manifestações culturais semelhantes em outros países?
O jeitinho é uma forma da psicologia global, mas existem outras: o “guanxi” na China, o “wasta” nos países árabes e o “pulling strings” na Inglaterra. Em cada país ele se manifesta com suas diferenças. Por isso, não dá para dizer que o jeitinho é algo ruim do Brasil, porque este é um fenômeno humano que surge quando há desigualdades e desafios que as pessoas não conseguem resolver.
É algo que está ligado às desigualdades sociais? Em um país menos desigual, haverá menor incidência desse tipo de manifestação?
Vai ter menos fenômenos parecidos com o jeitinho no norte da Europa, onde há igualdade maior e as pessoas têm os mesmos recursos para resolver problemas. Mas, por exemplo, eu nasci e cresci na Alemanha Oriental, um país comunista com muitos problemas e barreiras e tínhamos várias formas de jeitinho. Quando cheguei ao Brasil, reconheci várias formas de se relacionar que se pareciam com situações de quando era criança, como se beneficiar de relações com pessoas importantes.
Desigualdade, é sim, um fator importante, assim como hierarquia social, mas provavelmente já existem outros fatores que estamos pesquisando para entender em que contexto esses fenômenos vão surgir e que formas vão assumir no contexto social.
O jeitinho tem alguma conexão geracional? Gerações mais novas ou mais velhas têm este fenômeno mais intrínsecos? Crianças já podem manifestar o jeitinho brasileiro?
As crianças copiam modelos do contexto social. Há uma influência forte da cultura nesse comportamento que a criança vai aprender desde bem cedo.
Como fazer com que o apenas o jeitinho positivo exista na sociedade brasileira?
Esta foi uma das motivações para escrever este livro: contribuir com uma visão da ciência social, da psicologia para a discussão. Não trazemos soluções, mas são provocações. O jeitinho simpático, criativo, precisa ser usado, reforçado, valorizado. Ao mesmo tempo, temos de pensar o que podemos fazer para diminuir essa demanda desse jeitinho negativo, ligado à corrupção. Temos de pensar como é possível aumentar o acesso das pessoas para resolverem problemas dentro de um contexto burocrático e hierárquico. Assim, será possível transformar o País em um lugar melhor para todos.

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Curadoria por Luciano Sathler. CLIQUE NOS TÍTULOS. Informação que abre caminhos para a inovação educacional.
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September 10, 2024 9:19 AM
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Igualdade Artificial, um risco para a educação. Por Luciano Sathler

Igualdade Artificial, um risco para a educação. Por Luciano Sathler | Inovação Educacional | Scoop.it

O que acontece quando a maioria faz uso de uma IA para realizar suas atividades laborais? E, no caso dos estudantes, quando os trabalhos passam a ser produzidos com o apoio de uma IA generativa?
Luciano Sathler
É PhD em administração pela USP e membro do Conselho Deliberativo do CNPq e do Conselho Estadual de Educação de Minas Gerais
As diferentes aplicações de Inteligência Artificial (IA) generativa são capazes de criar novos conteúdos em texto, imagens, áudios, vídeos e códigos para software. Por se tratar de um tipo de tecnologia de uso geral, a IA tende a ser utilizada para remodelar vários setores da economia, com impactos políticos e sociais, assim como aconteceu com a adoção da máquina a vapor, da eletricidade e da informática.
Pesquisas recentes demonstram que a IA generativa aumenta a qualidade e a eficiência da produção de atividades típicas dos trabalhadores de colarinho branco, aqueles que exercem funções administrativas e gerenciais nos escritórios. Também traz maior produtividade nas relações de suporte ao cliente, acelera tarefas de programação e aprimora mensagens de persuasão para o marketing.
O revólver patenteado pelo americano Samuel Colt, em 1835, ficou conhecido como o "grande equalizador". A facilidade do seu manuseio e a possibilidade de atirar várias vezes sem precisar recarregar a cada disparo foram inovações tecnológicas que ampliaram a possibilidade individual de ter um grande potencial destrutivo em mãos, mesmo para os que tinham menor força física e costumavam levar desvantagem nos conflitos anteriores. À época, ficou famosa a frase: Abraham Lincoln tornou todos os homens livres, mas Samuel Colt os tornou iguais.
Não fazemos aqui uma apologia às armas. A alegoria que usamos é apenas para ressaltar a necessidade de investir na formação de pessoas que sejam capazes de usar a IA generativa de forma crítica, criativa e que gerem resultados humanamente enriquecidos. Para não se tornarem vítimas das mudanças que sobrevirão no mundo do trabalho.
A IA generativa é um meio viável para equalizar talentos humanos, pois pessoas com menor repertório cultural, científico ou profissional serão capazes de apresentar resultados melhores se souberem fazer bom uso de uma biblioteca de prompts. Novidade e originalidade tornam-se fenômenos raros e mais bem remunerados.
A disseminação da IA generativa tende a diminuir a diversidade, reduz a heterogeneidade das respostas e, consequentemente, ameaça a criatividade. Maior padronização tem a ver com a automação do processo. Um resultado que seja interessante, engraçado ou que chama atenção pela qualidade acima da média vai passar a ser algo presente somente a partir daqueles que tiverem capacidade de ir além do que as máquinas são capazes de entregar.
No caso dos estudantes, a avaliação da aprendizagem precisa ser rápida e seriamente revista. A utilização da IA generativa extrapola os conceitos usualmente associados ao plágio, pois os produtos são inéditos – ainda que venham de uma bricolagem semântica gerada por algoritmos. Os relatos dos professores é que os resultados melhoram, mas não há convicção de que a aprendizagem realmente aconteceu, com uma tendência à uniformização do que é apresentado pelos discentes.
Toda Instituição Educacional terá as suas próprias IAs generativas. Assim como todos os professores e estudantes. Estarão disponíveis nos telefones celulares, computadores e até mesmo nos aparelhos de TV. É um novo conjunto de ferramentas de produtividade. Portanto, o desafio da diferenciação passa a ser ainda mais fundamental diante desse novo "grande equalizador".
Se há mantenedores ou investidores sonhando com a completa substituição dos professores por alguma IA já encontramos pesquisas que demonstram que o uso intensivo da Inteligência Artificial leva muitos estudantes a reduzirem suas interações sociais formais ao usar essas ferramentas. As evidências apontam que, embora os chatbots de IA projetados para fornecimento de informações possam estar associados ao desempenho do aluno, quando o suporte social, bem-estar psicológico, solidão e senso de pertencimento são considerados, isso tem um efeito negativo, com impactos piores no sucesso, bem-estar e retenção do estudante.
Para não cair na vala comum e correr o risco de ser ameaçado por quem faz uso intensivo da IA será necessário se diferenciar a partir das experiências dentro e fora da sala de aula – online ou presencial; humanizar as relações de ensino-aprendizagem; implementar metodologias que privilegiem o protagonismo dos estudantes e fortaleçam o papel do docente no processo; usar a microcertificação para registrar e ressaltar competências desenvolvidas de forma diferenciada, tanto nas hard quanto soft skills; e, principalmente, estabelecer um vínculo de confiança e suporte ao discente que o acompanhe pela vida afora – ninguém mais pode se dar ao luxo de ter ex-alunos.
Atenção: esse artigo foi exclusivamente escrito por um ser humano.
O editor, Michael França, pede para que cada participante do espaço "Políticas e Justiça" da Folha sugira uma música aos leitores. Nesse texto, a escolhida por Luciano Sathler foi "O Ateneu" de Milton Nascimento.

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February 10, 12:22 PM
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CEO da Nvidia tem tutor de IA particular e recomenda que todo mundo também tenha o seu

CEO da Nvidia tem tutor de IA particular e recomenda que todo mundo também tenha o seu | Inovação Educacional | Scoop.it

O CEO da Nvidia, Jensen Huang, acha que os seres humanos poderiam aprender uma ou duas coisas com a IA. O CEO da Nvidia está ligado na rapidez com que a tecnologia está inovando e agora está fazendo parceria com ela para acompanhar o ritmo intelectualmente. Ele tem um conselho essencial para aqueles que desejam acompanhar o futuro e não ficar para trás: comece a usar o educador digital que está em seu bolso, como o Grok e o ChatGPT.
“Se há uma coisa que eu incentivaria todo mundo a fazer é conseguir um tutor de IA imediatamente”, disse Huang em uma entrevista em vídeo com a jornalista Cleo Abram.
Huang tem um tutor pessoal com ele o tempo todo, e ele acha que os educadores de inteligência artificial (IA) são o futuro. Com essa inteligência habilitada pela tecnologia, Huang disse que a força de trabalho se parecerá com funcionários humanos capacitados pela IA, e não com o domínio de robôs.
Huang analisou como o futuro da educação, da inteligência e do trabalho mudará agora que a IA está em cena. Ele disse que ela tem o poder de dar mais acesso ao aprendizado - e a mais assuntos - do que as pessoas tinham antes. Esses algoritmos podem fazer tudo e, tendo isso na ponta dos dedos, disse Huang, todos devem estar capacitados. Ainda assim, muitos funcionários têm a sensação de que seus empregos estão em jogo.
Mas o CEO, que lidera uma empresa de chips de IA de US$ 3,3 trilhões, reservou um momento para acalmar esses temores. Huang disse que a IA não será o assassino de empregos que se teme que seja, ecoando a perspectiva de outros executivos de tecnologia de que a força de trabalho será composta de humanos capacitados pela IA.
Huang acredita que os tutores de IA são o futuro da inteligência
Em um mundo corporativo obcecado em manter-se afiado e capacitado tecnologicamente, a IA pode ser o próximo passo natural no ensino. Os algoritmos podem fornecer o assunto rapidamente, a partir de uma perspectiva ampla ou específica, adaptada ao estilo de aprendizado de cada indivíduo. Huang já está a bordo.
“O conhecimento de quase todos os campos específicos e as barreiras para essa compreensão foram reduzidos. Tenho um tutor pessoal comigo o tempo todo”, disse ele na entrevista.
Ele incentivou todos os ouvintes a adquirir seu próprio tutor de IA e começar a usar a tecnologia em toda a sua extensão. O educador digital pode ensinar uma ampla gama de tópicos e auxiliar na programação, ou ajudar os usuários a escrever, analisar, pensar e raciocinar, disse Huang.
“Todas essas coisas realmente farão com que você se sinta capacitado, e acho que esse será o nosso futuro”, continuou ele. Em particular, ele apontou chatbots como Grok e ChatGPT como sendo os próximos educadores digitais.
Eliminando o medo de que a IA assuma o controle dos empregos
Mais adiante na entrevista, Huang rebateu a noção de que a IA assumiria as responsabilidades humanas e se tornaria uma “assassina de empregos”. Ele argumentou que deveria conhecer melhor esse sentimento; liderando a Nvidia e estando cercado pelos trabalhadores mais inteligentes e pela IA mais avançada, Huang sabe o que a tecnologia pode fazer. Mas ele disse que não se sente intimidado por ela.
“Estou cercado por pessoas sobre-humanas e superinteligentes, do meu ponto de vista, porque elas são as melhores do mundo no que fazem. E eles fazem o que fazem muito melhor do que eu. E estou cercado por milhares delas. No entanto, isso nunca me fez pensar que, de repente, eu não sou mais necessário”, disse ele.
Em vez disso, Huang acredita que a visão de humanos movidos por IA é uma aspiração. Com a ajuda da IA, as pessoas podem aprender e realizar mais do que conseguiriam sem ela. O chefe de tecnologia compara o fato de ter a tecnologia a um superpoder.
“Na verdade, ela me capacita e me dá confiança para enfrentar coisas cada vez mais ambiciosas”, continuou ele. “Ela vai capacitá-lo; vai fazer com que você se sinta confiante. Hoje me sinto mais capacitado, mais confiante para aprender algo hoje.”
Embora o uso da IA possa trazer muitos ganhos de eficiência, as pessoas ainda estão preocupadas com o fato de ela ir além de uma ferramenta útil. Cerca de 40% dos trabalhadores dos EUA que estão familiarizados com o ChatGPT estavam preocupados com a possibilidade de o chatbot assumir completamente seus empregos, de acordo com uma pesquisa de 2023 da Harris Poll em nome da Fortune.
E os jovens trabalhadores com experiência em tecnologia são os mais preocupados. Cerca de 62% da geração Z acredita que a IA poderá substituí-los em suas funções na próxima década, de acordo com um relatório de 2024 da General Assembly. E com os agentes de IA em ascensão, não há como dizer o quão humana será a força de trabalho no futuro.

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February 10, 12:14 PM
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Como o YouTube está mudando a cultura de armas dos Estados Unidos

Uma nova geração de proprietários de armas nos Estados Unidos, que são mais jovens, racialmente diversos e interessados em treinamento tático e autodefesa, está assistindo regularmente a canais sobre armas. Esse conteúdo já acumulou mais de 29 bilhões de visualizações no YouTube, segundo dados não publicados de pesquisadores do Instituto para o Diálogo Estratégico e do Laboratório de Pesquisa Forense Digital do Conselho Atlântico. Isso deu origem a uma subcultura crescente conhecida como guntube, com criadores chamados de guntubers.
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February 10, 12:08 PM
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Meta faz demissão em massa de quase 4 mil funcionários para gerar ‘mudança de foco’ para IA

Meta faz demissão em massa de quase 4 mil funcionários para gerar ‘mudança de foco’ para IA | Inovação Educacional | Scoop.it

Cerca de 4 mil funcionários da Meta, gigante de tecnologia de Mark Zuckerberg, foram demitidos nesta segunda-feira, 10, após um aviso do próprio CEO de que 2025 seria um “ano intenso”. Os cortes foram realizados por email em escritórios de todo o mundo, segundo a agência de notícias Reuters. Ainda não se sabe se o escritório do Brasil será afetado pela medida.
De acordo com um memorando visto pela Reuters, as demissões seriam justificadas por performance e começariam por volta das 10h, horário de Brasília. Funcionários desligados da empresa receberiam o comunicado pelo email e perderiam seus acessos aos sistemas da empresa em até uma hora após o aviso. Funcionários da União Europeia não devem ser atingidos pela demissão em massa em um primeiro momento por conta de leis trabalhistas do bloco.

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February 10, 10:55 AM
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Atalho para doutorado na USP divide pesquisadores

Atalho para doutorado na USP divide pesquisadores | Inovação Educacional | Scoop.it

Segundo ele, o debate reacendeu uma discussão maior sobre o o que define um doutor na sociedade. Ele cita o fato de o novo modelo incluir, nos programas de pós, disciplinas voltadas à inovação, ao empreendedorismo e para a inserção na indústria, empresas privadas ou estatais públicas.
"O papel da pós-graduação stricto sensu [mestrado e doutorado] é a formação de recursos humanos treinados para o desenvolvimento da pesquisa. Adicionar um novo propósito, o aprendizado necessário para se desenvolver como empreendedor ou gestor de negócios, certamente produz um ambiente sem foco, com risco de não formarmos recursos humanos de excelência para a prática do questionamento científico", afirma.

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February 10, 10:36 AM
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França planeja investimento de € 109 bi

A França deverá anunciar um total de € 109 bilhões (US$ 113 mil milhões) em investimentos em projetos de inteligência artificial no país por parte de empresas, fundos e outras fontes nos próximos anos, disse o presidente francês Emmanuel Macron.
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February 10, 10:32 AM
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O PT chega envelhecido aos 45 anos

O PT chega envelhecido aos 45 anos | Inovação Educacional | Scoop.it
A angústia petista torna-se mais expressiva porque a encruzilhada da esquerda não é um fenômeno puramente brasileiro, como procuram provar cotidianamente Elon Musk e Donald Trump. O avanço da direita deve dar um novo salto ainda este mês, com as eleições na Alemanha. O Canadá deve dar a sua guinada no fim do ano. A Argentina consolidar sua conversão em outubro. Os tempos não são de festa para o PT.
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February 10, 10:30 AM
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Cúpula mundial sobre IA em tempos de fragmentação

Cúpula mundial sobre IA em tempos de fragmentação | Inovação Educacional | Scoop.it

Os EUA lideram o investimento privado e capital de risco em inteligência artificial (IA), seguido pela China. As empresas americanas também desenvolvem a maioria, ainda, dos modelos de linguagens grandes (LLMs) que sustentam a inovação em IA.
O mercado global de IA foi avaliado em mais de 130 bilhões de euros em 2023 e espera-se que cresça substancialmente até 2030, chegando a quase 1,9 trilhão de euros. O investimento privado agora é responsável pela maior parte do investimento em IA.

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February 8, 3:37 PM
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Lei do Esforço Inverso: por que às vezes fracassamos quando nos esforçamos demais

Lei do Esforço Inverso: por que às vezes fracassamos quando nos esforçamos demais | Inovação Educacional | Scoop.it
Embora possa parecer contraditório, às vezes, quanto mais você tenta melhorar algo através da força de vontade, mais piora a situação.
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February 8, 3:35 PM
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Desenvolvimento do bebê: o que os pais entendem errado sobre os 'marcos' da infância

Desenvolvimento do bebê: o que os pais entendem errado sobre os 'marcos' da infância | Inovação Educacional | Scoop.it
Uma pesquisa recente concluiu que cerca de seis em cada 10 pais nos EUA se preocupam com os marcos de desenvolvimento dos seus bebês. Mas poucos deles sabem quais são eles e quando eles devem acontecer.
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February 8, 3:34 PM
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Inteligência artificial no trabalho: por que funcionários estão 'contrabandeando' apps de IA

Inteligência artificial no trabalho: por que funcionários estão 'contrabandeando' apps de IA | Inovação Educacional | Scoop.it
Muitos funcionários estão usando ferramentas de inteligência artificial no trabalho sem a permissão de seus empregadores. Quais são os riscos?
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February 8, 3:29 PM
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Suicídio estimulado na internet: 'Usuários de site levaram meu filho adolescente a tomar veneno'

Suicídio estimulado na internet: 'Usuários de site levaram meu filho adolescente a tomar veneno' | Inovação Educacional | Scoop.it
Ainda se recuperando da morte de Vlad, sua família adverte sobre os riscos de um site 'pró-suicídio', que ainda está ativo no Reino Unido, apesar dos inúmeros apelos para que seja banido.
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February 8, 2:38 PM
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Escola do Trabalhador 4.0 disponibiliza novos cursos de inteligência artificial e certificação Microsoft

Escola do Trabalhador 4.0 disponibiliza novos cursos de inteligência artificial e certificação Microsoft | Inovação Educacional | Scoop.it

Fruto de uma parceria entre o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e a Microsoft, a plataforma oferece cursos que vão do letramento digital a níveis avançados, como inteligência artificial e desenvolvimento de software. Mais de 1,82 milhão de pessoas já se inscreveram, e 254.088 concluíram cursos na trilha de letramento digital e produtividade.
O secretário de Qualificação, Emprego e Renda do MTE, Magno Lavigne, destacou que, por meio de parcerias com entidades do terceiro setor e do setor público, mais alunos estão se inscrevendo na plataforma, o que tem contribuído significativamente para a conclusão dos cursos. Ao firmar a parceria, a entidade deve disponibilizar um espaço com computadores e monitores para acompanhar os alunos. Em contrapartida, a entidade terá monitores treinados pela Microsoft e sua marca será acrescentada no certificado de conclusão dos cursos. “Os cursos são uma oportunidade de aprimorar as habilidades na área de informática, seja para questões do cotidiano, profissionais ou acadêmicas”, salienta o secretário.
Os cursos da Escola do Trabalhador 4.0 são gratuitos, sem exigência de escolaridade ou idade mínima. Um teste de carreira ajuda a identificar a trilha de estudo mais adequada.

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February 10, 12:24 PM
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ChatGPT: como fazer a IA pesquisar em fontes melhores

ChatGPT: como fazer a IA pesquisar em fontes melhores | Inovação Educacional | Scoop.it
Solicitar fontes específicas, filtrar informações por data e usar palavras-chave podem melhorar a qualidade das respostas geradas pelo chatbot da OpenAI; sabia mais
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February 10, 12:15 PM
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Google abandona promessa de não usar IA para vigilância e desenvolvimento de armas

Google abandona promessa de não usar IA para vigilância e desenvolvimento de armas | Inovação Educacional | Scoop.it
Em 2018, a empresa introduziu políticas que excluíam a aplicação de IA de maneiras “que possam causar danos gerais”. Agora essa promessa não existe mais
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February 10, 12:13 PM
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Oposição articula projeto para regular redes e pode ter apoio do governo Lula

Oposição articula projeto para regular redes e pode ter apoio do governo Lula | Inovação Educacional | Scoop.it

A ala técnica, por sua vez, tem desconfiança com a proposição dos parlamentares, por ver por trás dela uma articulação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). O texto institui a Lei de Proteção às Liberdades Constitucionais e Direitos Fundamentais e designa a Anatel como autoridade competente para regular as plataformas, ao lado da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD).
Como o Estadão mostrou, um grupo de trabalho coordenado pela Casa Civil está preparando dois projetos de lei sobre o assunto. Um deles, elaborado no Ministério da Justiça e Segurança Pública, volta-se mais ao direito do consumidor — como maior transparência de informações aos usuários — do que à punição às plataformas. Também obriga as empresas a empregarem medidas proativas para remover conteúdo que constitua crimes graves.
O segundo projeto do governo, de autoria da Fazenda, trata de aspectos econômicos e concorrenciais, ampliando o poder do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para investigar e definir obrigações para as empresas. A ideia é combater, por exemplo, eventuais monopólios na oferta de serviços, anúncios ou buscas e outras formas de abuso de poder.

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February 10, 10:58 AM
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Identitarismo é fenômeno do neoliberalismo, avalia autor

Identitarismo é fenômeno do neoliberalismo, avalia autor | Inovação Educacional | Scoop.it
No livro "O que é Identitarismo?", Douglas Barros insere-se no campo das críticas progressistas ao conceito, sustentando-o como epifenômeno do neoliberalismo. Para o autor, a identificação, abertura constitutiva ao outro que ampara o vazio originário, transforma-se em delírio egoico quando o sujeito se fecha em uma identidade fixa. Esse fenômeno, alimentado pelas redes sociais e sua lógica do imediato antirreflexivo, resulta na ilusão de identidade plena, na qual o sujeito crê ter encontrado sua unidade impossível, enquanto a razão neoliberal se aproveita de particularismos irredutíveis de forma a impedir a ação comum.
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February 10, 10:52 AM
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Celular proibido na escola é virada geracional

Celular proibido na escola é virada geracional | Inovação Educacional | Scoop.it
O que vamos ver a partir de agora é a primeira geração de crianças que vão crescer em um mundo em que o uso de telas na infância passou a ser ativamente questionado. Esse para mim é o principal marco da passagem da geração Alpha (nascidos de 2010 a 2024) para a geração Beta (nascidos a partir de 2025).

A geração Alpha é aquela que cresceu 100% imersa no celular. Os pais dessa geração não tinham o conhecimento nem o consenso (ainda que parcial) que se formou hoje sobre a influência negativa das telas. Por exemplo, no desenvolvimento cognitivo, emocional e social das crianças.

Antes havia indícios. A Associação de Pediatria dos EUA alertava que telas prejudicavam o desenvolvimento dos bebês e das crianças pequenas em ler o rosto dos adultos. Isso levava a dificuldades na compreensão de emoções, desenvolvimento da linguagem e construção de vínculos sociais. Mas essas informações eram isoladas e não tinham força de mudar comportamentos.

Já os integrantes da geração Beta, chegam ao mundo em meio a uma reação coletiva contra tudo isso, materializada inclusive em lei. Os pais dessa nova geração têm hoje a pulga atrás da orelha, não foram pegos desprevenidos como na geração anterior.

Paradoxalmente a geração Beta será também a primeira a crescer com a inteligência artificial. O impacto disso é imprevisível. Mas uma coisa é certa. A inteligência artificial requer justamente o reforço das habilidades linguísticas humanas: clareza na comunicação, pensamento crítico, leitura de contexto e capacidade de formular perguntas relevantes.

O desafio que a IA traz é que as crianças precisarão desenvolver mais do que a capacidade de consumir conteúdo. Elas precisarão saber se expressar, argumentar, compreender nuances e questionar. Se a geração Alpha foi moldada pelos algoritmos, a geração Beta será definida pela capacidade de resistir a eles.
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February 10, 10:34 AM
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Computação quântica é ofuscada pelos rápidos avanços da IA

Os rápidos avanços na inteligência artificial (IA), que vêm cativando o setor de tecnologia, colocaram em segundo plano outra ideia potencialmente transformadora: a computação quântica. É difícil se concentrar nos benefícios mais distantes e não comprovados das máquinas quânticas, quando a corrida acelerada da IA domina as manchetes.
Mas isso é mais do que apenas uma questão de percepção. Segundo duas das principais figuras da IA, a computação quântica pode estar muito mais distante e ser consideravelmente menos importante do que muitos profissionais da área costumam afirmar.
Seus comentários forçaram a indústria da computação quântica a adotar uma postura defensiva e reacenderam uma pergunta difícil de ser ignorada: qual é o limite entre o exagero e a realidade para uma tecnologia supostamente revolucionária que ainda não produziu nada de valor prático?
Neste ano, Jensen Huang, executivo-chefe da Nvidia, previu que computadores quânticos úteis ainda levarão 20 anos para serem construídos - muito mais tempo do que o alegado pelas companhias que trabalham nessa área. A própria empresa de Huang trabalha em estreita colaboração com muitas empresas quânticas, incluindo na adaptação de seu software Cuda para ajudar pesquisadores a criar simulações quânticas. Isso não impediu que seus comentários atingissem os preços das ações das empresas de capital aberto.
Menos dramática na reação que causou, mas possivelmente de significância ainda maior, foi a sugestão de Demis Hassabis, CEO e cofundador da GoogleDeepMind, de que a IA poderá realizar muitas das tarefas que antes só um computador quântico era capaz de realizar.
Uma das maiores esperanças para as máquinas quânticas é que elas consigam modelar a atividade molecular muito mais detalhadamente do que os computadores tradicionais, ou “clássicos”, jamais conseguirão. Isso poderá abrir caminho para novos fármacos ou tecnologias de baterias. Segundo Hassabis, porém, a IA que roda hoje nos computadores já está se mostrando habilidosa em modelar sistemas complexos e poderia lidar com esse tipo de trabalho.
Não surpreende que tais comentários tenham provocado uma resposta rápida dos partidários da computação quântica. Harmut Neven, chefe do esforço quântico da Google, disse esta semana estar confiante de que “aplicações do mundo real que só são possíveis em computadores quânticos” chegarão em cinco anos. Exatamente qual será a forma dessas aplicações, no entanto, não está claro.
A grande aposta da Google tem sido em máquinas quânticas em grande escala e com tolerância a falhas, capazes de superar os computadores clássicos com muito mais eficiência. No final do ano passado, ela demonstrou que conseguiu superar o “ruído” que se acumula nos sistemas quânticos devido à instabilidade inerente de seus componentes básicos, conhecidos como qubits - um passo importante enquanto ela tenta expandir a produção para um sistema prático.
No curto prazo, porém, as esperanças do setor repousam no que é conhecido como máquinas NISQ - “noisy, intermediate-scale quantum”, ou máquinas quânticas de escala intermediária e barulhentas. Elas só conseguem lidar com breves cálculos quânticos, antes de serem sobrecarregadas pelo ruído, mas ainda podem produzir algo útil. A afirmação de Neven coincidiu com a divulgação de uma pesquisa da Google na revista “Nature”, delineando uma nova técnica que poderá tornar as simulações quânticas NISQ mais práticas.
No entanto, os apoiadores dos sistemas NISQ há anos alegam estar perto de um grande avanço. Até que consigam demonstrar tarefas computacionais úteis que não possam ser realizadas por uma máquina clássica, as dúvidas permanecerão.
Mas o avanço acelerado da IA pode ter aberto novos caminhos para a computação quântica. Na semana passada, a Quantinuum, formada pela fusão do braço quântico da Honeywell com a Cambridge Quantum no Reino Unido, anunciou um jeito de usar suas máquinas quânticas para gerar dados adicionais para treinar os modelos de linguagem ampla que sustentam grande parte da IA hoje.
De acordo com o CEO Raj Hazra, simular a natureza em um nível molecular dentro de um computador quântico produz dados que não podem ser gerados de outra forma. Para ele, isso poderá ser valioso para empresas que buscam treinar modelos de IA para a descoberta de novos medicamentos ou pesquisas de novos materiais. Mas não foi demonstrado que isso resultará em um avanço significativo sobre a computação clássica.
O trabalho da Quantinuum também destaca um ponto mais amplo sobre a interação entre a computação quântica e a IA: à medida que ambas evoluem, as fronteiras entre os dois campos estão se tornando mais fluidas. Sempre pareceu provável que as duas tecnologias operariam em conjunto, cada uma assumindo as tarefas computacionais para as quais fosse mais adequada.
Com a IA avançando a um ritmo vertiginoso e a computação quântica ainda mais promissora do que concreta, a forma como essa convergência se dará continua sendo difícil de prever.

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February 10, 10:31 AM
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Sem ajuste, há risco de paralisia da máquina pública em 2027, indica estudo | Brasil

Há risco de paralisação (“shutdown”) da máquina pública federal a partir de 2027, caso não sejam adotadas medidas adicionais para conter o crescimento de despesas como aposentadorias, salários do funcionalismo, emendas parlamentares impositivas e os pisos de despesas com saúde, educação e investimento. O alerta está em estudo elaborado pelos consultores de orçamento da Câmara dos Deputados Dayson Almeida e Paulo Bijos, o último ex-secretário de Orçamento Federal.

O trabalho aponta a necessidade de o Congresso incluir R$ 22,8 bilhões em novas despesas no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2025. O cálculo reflete os efeitos do pacote anunciado em novembro ante os aumentos de despesas decorrentes da inflação mais ala em comparação com o projetado em agosto passado, quando a proposta foi elaborada. O Valor noticiou essa estimativa no dia 5 deste mês.

O estudo vem num momento em que o governo debate internamente se e quando apresentará novas medidas de ajuste fiscal. Após parte das propostas da equipe econômica no fim de 2024 ter sido barrada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo Congresso, a estratégia passa por um ajuste, apurou o Valor. Por ora, o plano central é buscar cumprir a meta de déficit zero este ano usando instrumentos tradicionais, como congelamento de despesas. Caso esse caminho se mostre muito duro, Lula poderá ter um “pacotinho” de medidas para evitar um contingenciamento muito elevado.

Um alvo provável é o Benefício de Prestação Continuada (BPC), que vem crescendo de modo preocupante e pode ter critérios revistos. Medidas para mudar a estrutura das despesas, como sugere o estudo, só seriam apresentadas ao Congresso após as eleições de 2026.

Almeida e Bijos projetaram os principais dados do orçamento de 2025 a 2034. Os números mostram como despesas obrigatórias avançam e reduzem o espaço para as discricionárias em função do limite estabelecido pelo arcabouço fiscal.

Em 2027, alertam, o crescimento nominal projetado para o limite de gastos será insuficiente para acomodar o crescimento das despesas obrigatórias e de outros itens que não podem ser contidos, como emendas e o piso de investimentos criado no arcabouço. De 2026 para 2027, o teto da despesa deverá subir R$ 164,9 bilhões. As despesas obrigatórias avançarão mais: R$ 188,1 bilhões.

Pode não ser necessariamente uma situação de colapso orçamentário e “shutdown” porque há sobreposições entre regras de despesas. Por exemplo: algumas emendas parlamentares atendem simultaneamente ao piso de gastos com saúde. Tal situação pode trazer alívio enquanto não há soluções estruturais.

“De fato, o que as projeções de médio e longo prazos indicam é que medidas gerenciais ou ajustes fiscais pontuais são certamente insuficientes”, diz o estudo. E acrescenta que “ajustes estruturais mais vigorosos se impõem como necessários para viabilizar a orçamentação pública discricionária e, consequentemente, a própria sustentabilidade da regra fiscal de despesa em vigor.”

A situação é “crítica” já neste ano, apontam os autores. O problema só não se materializou ainda pelas sobreposições e pelas economias potenciais contidas no PLOA 2025, estimadas em R$ 25,9 bilhões, resultante da revisão de gastos. Os autores destacam proposta dos deputados Julio Lopes (PP-RJ), Kim Kataguiri (União-SP) e Pedro Paulo (PSD-RJ) de atacar supersalários, desindexar despesas atreladas ao salário mínimo ou ao desempenho das receitas e corrigir as despesas apenas pela inflação de 2026 a 2031. A economia com essa proposta foi estimada em R$ 1,1 trilhão de 2026 a 2031.
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February 10, 10:28 AM
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Brasileiros querem mudar de emprego e negociar benefícios

Brasileiros querem mudar de emprego e negociar benefícios | Inovação Educacional | Scoop.it

Quase sete em cada dez trabalhadores brasileiros (68%) ouvidos em uma pesquisa da consultoria Aon estão em processo de mudança ou considerando mudar de emprego nos próximos 12 meses. Esse índice está acima da média global, de 60%, e consta no Estudo de Sentimento do Empregado 2025, obtido com exclusividade pelo Valor. Foram ouvidas mais de 9 mil pessoas em 23 países, sendo 500 no Brasil. Do total, 56% são homens, 43% atuam na gerência média e 28% têm cargos de diretoria ou C-level. Globalmente, 54% estão trabalhando de forma presencial - no Brasil, 48% estão nessa modalidade - e 40% trabalham no híbrido - 46% no Brasil. Os trabalhadores remotos somam 7% globalmente e 6% no Brasil.
O levantamento mostrou, ainda, que 24% dos pesquisados se sentem subvalorizados nas empresas onde trabalham. Para Leonardo Coelho, vice-presidente de Saúde e talento na Aon no Brasil, a intenção de mudar de trabalho reflete a valorização de fatores como clima e cultura da organização, além de salário e benefícios. Ele menciona, também, o equilíbrio entre vida profissional e pessoal, que emergiu com mais força no pós-pandemia. “Chamado no ambiente corporativo de ‘work-life balance’, é o quarto benefício mais bem avaliado pelos brasileiros, ficando atrás apenas do plano de saúde e plano odontológico [além da folga remunerada]”, detalha.
O estudo também destaca que 73% dos trabalhadores brasileiros estão dispostos a negociar um novo emprego com uma melhor estratégia de benefícios, que se adeque mais às suas realidades ou necessidades - dado que reforça uma tendência já observada há algum tempo, diz Coelho. “Para se ter uma ideia, de acordo com a última edição da nossa Pesquisa de Benefícios, de 2023/2024, 14,3% das empresas ofereciam benefícios flexíveis à sua força de trabalho, um aumento de seis pontos percentuais comparado aos 8,3% da edição 2021/2022 do estudo”, comenta. “A flexibilidade de escolha dos benefícios consegue abraçar as diferentes expectativas dos colaboradores e é uma estratégia que enxerga a individualidade do trabalhador, atendendo suas principais necessidades, sendo um bom caminho para atrair e reter talentos.”
O estudo da AON elencou as principais expectativas dos profissionais em relação e benefícios. Entre os respondentes, 75% mencionaram que os empregadores deveriam apoiar o bem-estar dos funcionários. Uma outra pesquisa da consultoria mostrou que 50% das empresas já oferecem programas nessa linha. “A discrepância entre a oferta das empresas e a percepção do colaborador leva a uma questão essencial para o sucesso de uma estratégia de benefícios: a efetividade na comunicação da oferta de benefícios realizada pela empresa aos seus colaboradores”, diz Coelho.
Completam a lista de expectativas dos funcionários brasileiros o apoio financeiro para educação (67%), o apoio com o cuidado das crianças (66%), orientação financeira (60%) e apoio para a saúde da mulher (58%).
Ainda de acordo com o levantamento, 61% dos brasileiros concordam que suas remunerações são justas se comparadas a cargos semelhantes no mesmo setor - o que não impede o desejo de mudar de emprego. Para Coelho, um salário e uma estratégia de benefícios justos e adequados são, sem dúvidas, indispensáveis para que uma pessoa esteja satisfeita com o seu emprego. Mas, atualmente, com a concorrência acirrada das empresas do mesmo setor, salário e benefícios não são os únicos fatores de escolha, diz o especialista, exemplificando. “Empresas farmacêuticas são conhecidas pelo alto investimento em estratégia de benefícios, porém, de acordo com o Estudo Salarial da Aon de 2024, têm um turnover voluntário, pedidos de demissão, de 9,9%, número maior que a média de turnover voluntário de todos as indústrias, que é de 8,8%”, explica.
Isso acontece, segundo ele, devido à alta concorrência dentro do mesmo setor. “Com uma estratégia de benefícios e salário similares, os fatores que farão a diferença no momento de escolha de onde trabalhar são clima e cultura”, reitera. “Esses dados também podem ser vistos no Estudo de Sentimento do Empregado, com 21% dos colaboradores priorizando um ambiente de trabalho descontraído e 20% levando em consideração se os valores da empresa estão alinhados aos seus valores pessoais.”
Ele reforça que o sentido de pertencimento é um dos elementos de maior impacto no engajamento e retenção dos empregados, pois ajuda os talentos a encontrarem sentido naquilo que fazem e a se sentirem realizados profissionalmente e pessoalmente. “Quando esses sentimentos não fazem parte do dia a dia do colaborador, é muito mais fácil que ele se sinta impelido a buscar outras oportunidades e avaliar o mercado de trabalho, mesmo que a remuneração atual já seja satisfatória.”
Ainda em relação ao desejo de 75% dos brasileiros entrevistados de que seu empregador apoie o bem-estar dos funcionários, esse número é significativamente menor globalmente (49%). Coelho acredita que o dado está muito relacionado à cultura brasileira. “A importância do bem-estar para o colaborador tomou mais relevância na pandemia. Foi um momento de quebra de paradigmas em que as pessoas começaram a priorizar mais o bem-estar e a qualidade de vida, um fator que envolve não só saúde, mas muitos outros benefícios que as empresas podem ofertar, como equilíbrio entre vida pessoal e profissional, educação financeira, programas de incentivo a hábitos saudáveis, apoio em questões de saúde emocional e muitos outros”, comenta.
Ele afirma que, embora seja notável a mudança na estratégia das empresas para melhorar a qualidade de vida do funcionário, quase um quinto dos entrevistados disseram ainda sentir que seu empregador precisa fazer mais para proteger e melhorar o seu bem-estar. “Esse descontentamento com o bem-estar oferecido pela empresa muitas vezes pode ser resolvido com uma comunicação mais eficiente”, diz Coelho. “Muitas empresas apresentam uma estratégia de bem-estar satisfatória, mas que não chega ao conhecimento do colaborador.”

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February 8, 3:37 PM
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Google amplia esforços globais para educar trabalhadores e influenciar regras de IA

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Paralelamente, a empresa contratou o economista David Autor, do MIT, como pesquisador visitante, para analisar o impacto que a IA poderá ter no mercado de trabalho em escala global. Em entrevista, Autor ressaltou que tecnologias de realidade virtual e simulações em IA podem aprimorar programas de treinamento, tornando-os mais dinâmicos e práticos, algo semelhante aos simuladores usados para a formação de pilotos de avião. “O histórico de iniciativas para requalificação de adultos não é dos mais positivos. Normalmente, as pessoas não querem voltar para a sala de aula convencional. Precisamos encontrar métodos que tornem o aprendizado mais imersivo e conectado à realidade do trabalho”, explicou.
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