Your new post is loading...
Your new post is loading...
|
Scooped by
Inovação Educacional
September 10, 2024 9:19 AM
|
O que acontece quando a maioria faz uso de uma IA para realizar suas atividades laborais? E, no caso dos estudantes, quando os trabalhos passam a ser produzidos com o apoio de uma IA generativa? Luciano Sathler É PhD em administração pela USP e membro do Conselho Deliberativo do CNPq e do Conselho Estadual de Educação de Minas Gerais As diferentes aplicações de Inteligência Artificial (IA) generativa são capazes de criar novos conteúdos em texto, imagens, áudios, vídeos e códigos para software. Por se tratar de um tipo de tecnologia de uso geral, a IA tende a ser utilizada para remodelar vários setores da economia, com impactos políticos e sociais, assim como aconteceu com a adoção da máquina a vapor, da eletricidade e da informática. Pesquisas recentes demonstram que a IA generativa aumenta a qualidade e a eficiência da produção de atividades típicas dos trabalhadores de colarinho branco, aqueles que exercem funções administrativas e gerenciais nos escritórios. Também traz maior produtividade nas relações de suporte ao cliente, acelera tarefas de programação e aprimora mensagens de persuasão para o marketing. O revólver patenteado pelo americano Samuel Colt, em 1835, ficou conhecido como o "grande equalizador". A facilidade do seu manuseio e a possibilidade de atirar várias vezes sem precisar recarregar a cada disparo foram inovações tecnológicas que ampliaram a possibilidade individual de ter um grande potencial destrutivo em mãos, mesmo para os que tinham menor força física e costumavam levar desvantagem nos conflitos anteriores. À época, ficou famosa a frase: Abraham Lincoln tornou todos os homens livres, mas Samuel Colt os tornou iguais. Não fazemos aqui uma apologia às armas. A alegoria que usamos é apenas para ressaltar a necessidade de investir na formação de pessoas que sejam capazes de usar a IA generativa de forma crítica, criativa e que gerem resultados humanamente enriquecidos. Para não se tornarem vítimas das mudanças que sobrevirão no mundo do trabalho. A IA generativa é um meio viável para equalizar talentos humanos, pois pessoas com menor repertório cultural, científico ou profissional serão capazes de apresentar resultados melhores se souberem fazer bom uso de uma biblioteca de prompts. Novidade e originalidade tornam-se fenômenos raros e mais bem remunerados. A disseminação da IA generativa tende a diminuir a diversidade, reduz a heterogeneidade das respostas e, consequentemente, ameaça a criatividade. Maior padronização tem a ver com a automação do processo. Um resultado que seja interessante, engraçado ou que chama atenção pela qualidade acima da média vai passar a ser algo presente somente a partir daqueles que tiverem capacidade de ir além do que as máquinas são capazes de entregar. No caso dos estudantes, a avaliação da aprendizagem precisa ser rápida e seriamente revista. A utilização da IA generativa extrapola os conceitos usualmente associados ao plágio, pois os produtos são inéditos – ainda que venham de uma bricolagem semântica gerada por algoritmos. Os relatos dos professores é que os resultados melhoram, mas não há convicção de que a aprendizagem realmente aconteceu, com uma tendência à uniformização do que é apresentado pelos discentes. Toda Instituição Educacional terá as suas próprias IAs generativas. Assim como todos os professores e estudantes. Estarão disponíveis nos telefones celulares, computadores e até mesmo nos aparelhos de TV. É um novo conjunto de ferramentas de produtividade. Portanto, o desafio da diferenciação passa a ser ainda mais fundamental diante desse novo "grande equalizador". Se há mantenedores ou investidores sonhando com a completa substituição dos professores por alguma IA já encontramos pesquisas que demonstram que o uso intensivo da Inteligência Artificial leva muitos estudantes a reduzirem suas interações sociais formais ao usar essas ferramentas. As evidências apontam que, embora os chatbots de IA projetados para fornecimento de informações possam estar associados ao desempenho do aluno, quando o suporte social, bem-estar psicológico, solidão e senso de pertencimento são considerados, isso tem um efeito negativo, com impactos piores no sucesso, bem-estar e retenção do estudante. Para não cair na vala comum e correr o risco de ser ameaçado por quem faz uso intensivo da IA será necessário se diferenciar a partir das experiências dentro e fora da sala de aula – online ou presencial; humanizar as relações de ensino-aprendizagem; implementar metodologias que privilegiem o protagonismo dos estudantes e fortaleçam o papel do docente no processo; usar a microcertificação para registrar e ressaltar competências desenvolvidas de forma diferenciada, tanto nas hard quanto soft skills; e, principalmente, estabelecer um vínculo de confiança e suporte ao discente que o acompanhe pela vida afora – ninguém mais pode se dar ao luxo de ter ex-alunos. Atenção: esse artigo foi exclusivamente escrito por um ser humano. O editor, Michael França, pede para que cada participante do espaço "Políticas e Justiça" da Folha sugira uma música aos leitores. Nesse texto, a escolhida por Luciano Sathler foi "O Ateneu" de Milton Nascimento.
|
Scooped by
Inovação Educacional
Today, 5:31 AM
|
Há algumas razões para não entrar em pânico com a aproximação do complexo tecnoindustrial do presidente A rivalidade dos foguetes destaca a última razão para a calma. A big tech não é um grupo de interesse monolítico, como os oligarcas russos cujos negócios geralmente não se sobrepõem. Os interesses dos magnatas da tecnologia muitas vezes estão em conflito. Bezos e Musk competem no espaço. Musk e Zuckerberg possuem plataformas de mídia social rivais. A Amazon está mordendo uma fatia do negócio de publicidade online da Meta. Todos estão se envolvendo em inteligência artificial.
|
Scooped by
Inovação Educacional
Today, 5:21 AM
|
No novo episódio de Deu Tilt, o podcast do UOL para humanos por trás das máquinas, Helton e Diogo Cortiz contam que muita gente está transformando os "AI companions" (Companhia de IA, em tradução livre do inglês) em amigos do peito. E isso é um problema, pois gente de carne e osso está projetando sentimentos reais para máquinas programadas por empresas. Na prática, eles são chatbots que funcionam como avatares com a função primordial de serem "amigos" dos usuários. Com eles, tudo é personalizável e cada pessoa pode definir desde a personalidade ou se esse avatar será um personagem de filme ou não. Diogo testou alguns deles.
|
Scooped by
Inovação Educacional
January 25, 4:58 PM
|
Pesquisa revela o que mais preocupa os jovens de 18 a 27 anos. Entre as aspirações, vontade de empreender supera o interesse em emprego com carteira assinada
Uma pesquisa ampla realizada pelo Centro de Estudos SoU_Ciência em parceria com o Instituto IDEIA trouxe à tona os desafios e as aspirações dos jovens brasileiros entre 18 e 27 anos. Em setembro foram ouvidos 1.034 jovens, revelando um panorama que contempla temas relacionados a aspectos da vida pessoal, estudantil e profissional dos jovens, suas perspectivas de futuro, posições ideológicas e percepções sobre o país.
|
Scooped by
Inovação Educacional
January 25, 4:13 PM
|
— Hoje a gente se perde no meio das redes sociais. É uma forma de atrair nossa atenção muito facilmente. Rouba nossa atenção e a gente nem percebe — relata o aluno Frederico Rivero, 17 anos, do Colégio Monteiro Lobato, em Porto Alegre.
|
Scooped by
Inovação Educacional
January 25, 3:35 PM
|
Afrouxamento de regulação, contratos públicos e incentivos estão entre os atrativos que rapidamente botaram de joelhos as principais empresas de tecnologia do planeta
|
Scooped by
Inovação Educacional
January 25, 3:33 PM
|
CEO da companhia afirmou que as pessoas devem reduzir em 100 vezes a expectativa em relação a uma inteligência artificial geral
|
Scooped by
Inovação Educacional
January 25, 3:31 PM
|
O economista Yanis Varoufakis sugere que o capitalismo tradicional está sendo substituído por uma nova estrutura socioeconômica onde as grandes corporações tecnológicas atuam como “senhores feudais” modernos, no que ele chama de “tecnofeudalismo”. Nessa configuração, essas empresas detêm controle significativo sobre os dados e comportamentos dos usuários, estabelecendo relações de dependência surpreendentemente semelhantes às do feudalismo medieval. A presença proeminente de líderes tecnológicos na posse presidencial e o subsequente alinhamento com políticas governamentais podem intensificar essa dinâmica, consolidando o poder dessas corporações e potencialmente marginalizando o papel dos estados e das democracias tradicionais, especialmente em nações emergentes. Essa concentração de poder econômico e político nas mãos de poucos atores privados levanta preocupações sobre a erosão da soberania nacional e a diminuição da influência democrática nas decisões que afetam a sociedade como um todo.
|
Scooped by
Inovação Educacional
January 25, 3:26 PM
|
À medida que os pilares tradicionais da Inteligência Artificial (IA) – mais dados e mais poder computacional – começam a mostrar sinais de esgotamento, o futuro da tecnologia enfrenta um ponto de inflexão crítico. Pesquisadores e gigantes da tecnologia, que antes se apoiaram na lei da escalabilidade para impulsionar avanços significativos, agora reconhecem a iminência de um teto para esses métodos. A era da escalabilidade, marcada por avanços como o ChatGPT, pode estar dando lugar a uma nova fase no desenvolvimento de sistemas de IA.
|
Scooped by
Inovação Educacional
January 25, 3:11 PM
|
O cientista político, que foi porta-voz do primeiro mandato de Lula e criou o termo lulismo, defende que o PT deve repetir uma ampla coalizão em 2026, algo rechaçado por uma ala do partido
|
Scooped by
Inovação Educacional
January 25, 3:08 PM
|
O espanhol Alejandro Cencerrado estuda a felicidade desde há 20 anos e sustenta que os momentos ruins da vida são tão importantes quanto os bons.
|
Scooped by
Inovação Educacional
January 25, 2:45 PM
|
Desde 1990, a quantidade de faculdades de medicina no Brasil quase quintuplicou. Somente nos últimos dez anos, foram colocadas em funcionamento 190 estabelecimentos de ensino médico. E essa realidade não é diferente aqui no Piauí. “Estou formado há 3 meses e só consegui dar 3 plantões repassados por colegas até agora. Não tem vaga dentro de Teresina e no interior falta o básico pra trabalhar.” Não seria de se estranhar que a frase acima fosse dita por um profissional da saúde de áreas sabidamente mais saturadas, como fisioterapia ou enfermagem. Entretanto, a colocação foi feita por um médico recém formado da capital do Piauí. A máxima de que Medicina é a única profissão que garante emprego imediato ao formar-se virou ilusão. A expansão significativa dos cursos de medicina na última década tem gerado debates sobre a desvalorização médica, especialmente em instituições privadas. No período de 2003 a 2022 as vagas nestas instituições saltaram de 7001 para 32080, um aumento de 358%. Com turmas enormes e mensalidades altas, as listas de chamada - antes disputadas vaga a vaga - agora alcançam os últimos colocados. Não é mais mérito algum passar em medicina: basta condição financeira para arcar com o pagamento mensal salgado. Em contrapartida, o ensino médico não acompanha a enxurrada de estudantes de medicina que se acotovelam pelos hospitais e salas de aula. Ao final de 6 anos, os recém formados saem para o mercado de trabalho completamente despreparados e inseguros, colocando em risco especialmente a vida dos mais pobres, que estão à mercê do sistema de saúde. Os erros médicos, cada vez mais grosseiros, se acumulam. Quando em seu ambiente de trabalho, é preciso ainda lidar com a falta de estrutura e de insumos básicos. É preciso coragem para assumir um plantão no interior do Piauí, em que urgências chegarão à porta e não há material mínimo para estabilização de pacientes graves. Insatisfeita, a população devolve sua frustração não aos políticos responsáveis pelos grandes desvios na saúde, mas ao profissional que exerce ali sua função. Antes admirado, hoje o profissional médico sofre ameaças em seu ambiente de trabalho. Notícias sobre agressões em hospitais são corriqueiras. Buscando uma alternativa aos plantões caóticos, muitos aventuram-se nas redes sociais, visando lucrar em cima de procedimentos arriscados, sem evidência científica e muitas vezes desnecessários. O bom médico virou raridade. Quantidade não é sinônimo de qualidade, e apesar de comparados ao “sal, que é branco, barato e se encontra em qualquer lugar”, é urgente a necessidade de reavaliação a respeito da rápida expansão do número de médicos e a qualidade de sua formação, pelo bem da população.
|
Scooped by
Inovação Educacional
January 25, 2:08 PM
|
With the full report, you’ll discover more deeply informed hypotheses about higher education’s future, including analyses of the nature and scope of research and teaching, the makeup of students and the ways they will be taught, and the ways institutions will be led.
|
|
Scooped by
Inovação Educacional
Today, 5:38 AM
|
Prefeitura diz que medida, implantada há um ano, melhorou desempenho e interação, mas alunos ainda tentam burlar regra; experiência mostra desafios para proibição nacional O ano letivo de 2024 no Rio de Janeiro, o primeiro em que vigorou a lei municipal que proíbe o uso de celular em ambiente escolar, teve mais interação entre as crianças e melhor desempenho escolar, segundo a prefeitura, mas também tentativas de burlar a regra e alunos que precisaram de ajuda para superar o vício em telas. A norma decretada pela gestão Eduardo Paes (PSD) proíbe o uso de celular também nos intervalos, assim como deve acontecer em escolas públicas e privadas de todo o país a partir deste ano, de acordo com a lei federal sancionada pelo presidente Lula (PT) no último dia 13. A medida vale para todas as etapas da educação básica, da educação infantil ao ensino médio. Como será a proibição dos celulares nas escolas do país? Veja o que se sabe Em São Paulo, a restrição também está prevista em lei estadual que também passa a valer em 2025. A forma de implantação está sendo discutida na rede antes da volta às aulas, em fevereiro. No Rio, responsáveis pelos alunos precisaram passar por um processo de convencimento, através de reuniões. Lorhane Abraão, 27, mãe de duas crianças de 5 e 9 anos, diz que as filhas não levam celular à escola, mas que gostaria de entrar em contato com elas. No ano passado, sua filha mais velha afirmou ter sido vítima de ofensas racistas pela professora de uma escola onde estudava. A servidora chegou a ser presa em flagrante e afastada pela prefeitura. Lorhane ficou sabendo do caso porque sua sobrinha de 11 anos, aluna da mesma escola, buscou o celular para contar o que havia ocorrido. "Nesse caso o celular foi importante, através dele eu fiquei sabendo da história e pude ir lá pessoalmente, já com a polícia", afirma Lorhane. No GET (Ginásio Experimental Tecnológico) Elza Soares, no Rocha, zona norte do Rio, Elidia Maria Rodrigues Correia administra a escola com 362 alunos de 6 anos a 11 anos. A diretora reformulou regras à moda antiga. "Se os pais querem avisar aos filhos, por exemplo, que quem vai buscá-los é a avó, anotamos e damos o recado. Eles começaram a ver que isso funciona e que não precisa trazer o celular para se comunicar com as crianças", afirma. "Muitos traziam crianças com celular e ligavam para elas no horário da aula. Eu os convenci de que muitas vezes estávamos no meio de uma explicação e isso acabava com a atenção de todos. Foi preciso ensinar alunos e comunidade." A regra das escolas municipais do Rio prevê que os celulares e outros dispositivos eletrônicos devem ser guardados nas mochilas, desligados ou em modo silencioso. Algumas preferem recolher os aparelhos e guardá-los dentro de armários e caixas na sala da direção, devolvendo-os ao fim do dia. O uso dos celulares é permitido antes da primeira aula do dia ou após a última. Em ambos os casos, isso só pode ocorrer fora da sala de aula. Usar o aparelho também é possível em situações em há algum evento atípico na cidade, como um temporal, ou quando a escola aciona o protocolo de segurança e suspende as aulas, em casos de tiroteios. Gestores também devem liberar o aparelho quando o aluno precisa ligar para a família por algum motivo particular urgente. Alunos com deficiência ou condições de saúde que precisam dos dispositivos não estão incluídos na regra. Também há momentos de aprendizado através da tecnologia, e o uso é feito sob orientação. Renan Ferreirinha (PSD-RJ), secretário municipal de Educação e deputado licenciado, afirma que a ideia da restrição ao celular surgiu em diálogos com outros secretários pelo mundo e com a percepção de que, após a pandemia, estudantes voltaram às escolas desatentos e com crises de ansiedade. Após o decreto, segundo ele, o desempenho dos alunos e o ambiente escolar melhoraram. "A gente teve menos incidentes de bullying e relatos dos diretores dizendo que as escolas voltaram a ficar barulhentas. Os recreios ficaram mais movimentados porque as crianças e adolescentes voltaram a participar da vida escolar." A rede municipal tem cerca de 650 mil matriculados. Administra creches e 1.557 escolas que atendem do 1º ano ao 9º ano do ensino fundamental. A faixa etária dos adolescentes, a partir dos 12 anos, é o maior desafio à proibição, pois são o grupo de uso mais frequente de celular. Professores afirmam que houve casos de aparente vício em telas, em que alunos se mostraram irritados e agressivos pela falta do aparelho. A saída, segundo os docentes, foi adaptá-los à regra aos poucos, num processo de desmame. "Encontramos situação de adição no uso de joguinhos, redes sociais. O primeiro bimestre de 2024 foi de adaptação. Isso ainda acontece, mas temos algo consolidado porque eles já sabem qual é a regra vigente", afirma Ferreirinha. Também há tentativas de burlar a regra, com o celular escondido sob as mangas de um agasalho ou dentro de mochilas abertas, com pouco brilho na tela para não ser flagrado. Nessas situações, a orientação é que professores modulem a reação, começando pelo diálogo com o aluno e o responsável até a advertência por escrito, em caso de reincidência. A professora Bárbara Sinedino, representante do Sepe-Rio (Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação) concorda que o uso abusivo é um problema, mas diz que há contradições na regra, já que o uso da tecnologia é estimulado aos professores para ministrar as aulas. "Nós, professores e funcionários usamos muito o telefone, então é completamente irreal dizer que os alunos não podem usar seus aparelhos sem uma política para debater o desinteresse escolar." A secretaria de Educação diz que o objetivo do decreto é desenvolver a conexão dos alunos com a escola e professores. Para o próximo ano letivo, que começa no dia 5 de fevereiro, a pasta prevê lançar um projeto para desestimular o uso de celular também fora do ambiente escolar.
|
Scooped by
Inovação Educacional
Today, 5:25 AM
|
Foi a repórter Isabela Moya quem avisou: em 2014 os calouros que entraram em cursos de engenharia foram 469 mil e em 2023, apenas 358 mil, uma queda de 23%. Para se ter uma ideia do que esses números significam, em 2023 a China tinha 6,7 milhões de jovens em cursos de engenharia. Esse indicador sinaliza um país que anda para trás. Em 1950, quando o brigadeiro Casimiro Montenegro criou o Instituto Tecnológico da Aeronáutica, o Brasil andava para a frente. A China comunista andava de bicicleta e seu PIB havia encolhido a um terço do que havia sido um século antes. A China andou para trás, até que Deng Xiaoping acordou-a e deu no que deu. Durante os anos difíceis da década de 1980, o engenheiro Odil Garcez Filho perdeu o emprego e decidiu abrir uma lanchonete na avenida Paulista. Seu diploma ficou exposto ao lado da caixa e a lanchonete se chamou "O Engenheiro que Virou Suco". A queda no número de calouros de 2023 indica que no século 21 é a engenharia que está virando suco, e não se pode dizer que seja culpa do governo. Em 2024 Lula criou um campus avançado do ITA em Fortaleza. As aulas das primeiras turmas de 25 alunos começarão neste ano, com cursos de energias renováveis e de sistemas de computação, no campus de São José do Campos (SP). Em 2026, o ITA começará a funcionar em Fortaleza, com laboratórios e alojamentos. Os cursos são gratuitos e os estudantes recebem casa, comida e roupa lavada. A queda do número de calouros significa que diminuiu o interesse pela profissão. Na China, o governo resolve o problema com sua mão visível, estimulando algumas carreiras e desestimulando outras. No Brasil quem faz isso é o mercado, e faz de forma imperfeita. A mensalidade para o curso de engenharia numa boa escola privada pode custar em torno de R$ 7.000. Para os cursos de administração de empresas ou economia os preços são menores e os salários oferecidos pelo mercado a quem acaba de deixar a faculdade são maiores. É o jogo mal jogado. Nos Estados Unidos, empresários do Massachusetts e da Califórnia criaram dois gigantes, o MIT e o Caltech. Lá a mão invisível do mercado empurrou o país para a frente. É o jogo bem jogado. Os magnatas dos tempos dourados da segunda metade do século 19 sabiam que o país precisava de engenheiros.
|
Scooped by
Inovação Educacional
Today, 5:06 AM
|
Em um shopping center de Pequim, Zhang Yachun conversa tranquilamente com seu melhor confidente: um robô de pelúcia com inteligência artificial cujos sons cativantes a lembram de que ela não está sozinha. A jovem de 19 anos tinha problemas de ansiedade de longa data na escola e tinha dificuldades para fazer novos amigos. No entanto, ela finalmente encontrou consolo no BooBoo, um robô parecido com um animal de estimação que usa inteligência artificial (IA) para interagir com os seres humanos. "Sinto que tenho alguém com quem compartilhar momentos felizes", disse ela à AFP em seu apartamento, onde mora com seus pais e um pato de estimação. Os dispositivos com tecnologia de IA estão sendo cada vez mais usados na China para combater o isolamento social. O BooBoo, um robô peludo que se parece com um porquinho-da-índia criado pela Hangzhou Genmoor Technology, custa 1.400 yuans (1,1 mil reais na cotação atual). Desde maio, cerca de 1.000 cópias do robô do tamanho de uma bola de rúgbi, criado para atender às necessidades sociais dos mais jovens, já foram vendidas, de acordo com Adam Duan, da empresa que o desenvolveu. Zhang Yachun batizou o seu de "Aluo" e o carrega em sua bolsa de ombro. Seu companheiro peludo tem o mesmo papel que um amigo humano, diz ela. "Ele faz você se sentir como alguém que é necessário." Fervor dos robôs O mercado de "robôs sociais", como o BooBoo, pode crescer sete vezes até 2033, chegando a US$ 42,5 bilhões (valor em 257,5 bilhões de reais na cotação atual), de acordo com a consultoria IMARC Group. A Ásia já domina o setor. Guo Zichen, 33 anos, acredita que um robô de estimação compensa o tempo que ele não passa com seus filhos. "As pessoas estão passando menos tempo com seus filhos agora", diz este homem enquanto olha para um cão-robô em uma loja da empresa Weilan em Nanjing, no leste do país. Um robô pode ajudar "a verificar ou fazer outras atividades", diz ele. "Baby Alpha", o cão-robô da empresa Weilan, é vendido por 26.000 yuans (valor em 21,2 mil reais na cotação atual). Cerca de 70% dos compradores são famílias com crianças pequenas, de acordo com a empresa. Guo Zichen, no entanto, é cético quanto à capacidade desses robôs de proporcionar a alegria de um cão de verdade. "A principal diferença é que os cães de verdade têm alma", diz ele. Na China, há um número crescente de produtos de inteligência artificial que atendem às necessidades emocionais dos consumidores, como agentes de conversação ou avatares virtuais de pessoas falecidas. De acordo com vários especialistas, os efeitos da política do filho único, que já dura há muito tempo, estão impulsionando esse mercado. "Muita pressão" As pessoas nascidas no início dessa política, na década de 1980, agora são quadragenárias e muitas vezes não têm tempo para se dedicar à família, pois a concorrência no local de trabalho é acirrada. Isso deixa "pouco espaço para interações pessoais, o que leva as pessoas a buscar alternativas para atender às suas necessidades emocionais", diz Wu Haiyan, professora especializada em IA e psicologia da Universidade de Macau. Esse acompanhamento, mesmo que seja virtual, "melhora o bem-estar de indivíduos que, de outra forma, se sentiriam isolados", diz a pesquisadora. Zhang Peng, pai de Zhang Yachun, diz que entende o apego de sua filha ao robô "Aluo". "Quando éramos jovens, não havia falta de amigos. Tínhamos muitos deles assim que saíamos pela porta de casa", explica o homem de 51 anos. "Atualmente, os jovens urbanos parecem estar sob muita pressão e, por isso, podem não ter amigos", diz ele. Zhang Yachun, filha única, diz que a aquisição de "Aluo" a ajudou a discutir suas preocupações com os pais. "As pessoas da minha geração geralmente têm dificuldade de se comunicar pessoalmente", diz ela, acariciando o mascote. "Mas o que elas sentem em seu íntimo não mudou.
|
Scooped by
Inovação Educacional
January 25, 4:15 PM
|
Os benefícios da mídia sintética são vastos, abrangendo áreas como expressão criativa (design gráfico), arte (criação e restauração de obras), publicidade (visualização de produtos e anúncios personalizados), entre outras. No entanto, os riscos também são muitos, especialmente a manipulação enganosa
|
Scooped by
Inovação Educacional
January 25, 3:36 PM
|
Embora Ayrin nunca tenha usado um chatbot antes, ela já havia participado de comunidades de fãs de ficção online. Suas sessões do ChatGPT eram semelhantes, exceto pelo fato de que, em vez de se basear em um mundo de fantasia existente com estranhos, ela estava criando o seu próprio mundo ao lado de uma inteligência artificial que parecia quase humana.
|
Scooped by
Inovação Educacional
January 25, 3:34 PM
|
Mark Zuckerberg (Meta), Jeff Bezos (Amazon), Sundar Pichai (Google), Elon Musk (X e Tesla) e Tim Cook (Apple) se sentaram na primeira fileira na cerimônia
|
Scooped by
Inovação Educacional
January 25, 3:32 PM
|
Editada em 2023, ordem executiva exigia que desenvolvedores de sistemas de IA compartilhassem os resultados dos testes de segurança com o governo dos EUA
|
Scooped by
Inovação Educacional
January 25, 3:31 PM
|
Uma constante histórica do vestibular da USP é que o curso de medicina sempre lidera as notas de corte. Há oito anos, por exemplo, a maior nota de corte foi medicina (campus Pinheiros), seguida de medicina (campus Ribeirão Preto) e em terceiro lugar ficou medicina (campus Bauru). Porém algo de curioso aconteceu neste ano. De acordo com os resultados do Enem-USP, pela primeira vez o curso de medicina saiu do pódio do ranking. Uma nova área, moldada pela revolução tecnológica, tem capturado a atenção e os sonhos da geração Z. Em 2025, os cursos de estatística e ciência da computação, impulsionados pelo crescimento da ciência de dados e inteligência artificial (IA), assumiram as duas primeiras posições no ranking de notas de corte do Enem-USP. Essa mudança não é apenas simbólica, ela sinaliza uma profunda transformação das prioridades de uma geração conectada e orientada por dados. A combinação de estatística e programação não apenas amplia o alcance das soluções, mas também redefine o impacto que um profissional pode gerar. A capacidade de escalar soluções para os novos desafios globais também é um dos grandes atrativos para essa geração. Problemas antes considerados insolúveis, como o enfrentamento das crises ambientais, agora podem ser abordados com maior agilidade e rigor por meio da ciência de dados. Em áreas como a saúde, a aplicação prática de machine learning levará a avanços revolucionários. Algoritmos preditivos já estão auxiliando na identificação precoce de doenças e permitindo tratamentos clínicos cada vez mais eficazes. Modelos de IA já estão também otimizando operações hospitalares, agilizando pesquisas clínicas e diminuindo as históricas burocracias da saúde, impulsionando uma transformação profunda no setor. Esse interesse reflete também uma busca por carreiras com alta demanda de mercado e salários elevados. A crescente digitalização das empresas e a expansão da inteligência artificial criaram uma escassez de profissionais qualificados em ciência de dados. Além disso, a natureza interdisciplinar da área abre a oportunidade de atuar em todos os setores, desde o financeiro e o varejista até o setor público e a pesquisa científica. Essa ascensão de estatística e computação para o topo das preferências dos vestibulandos aponta para uma mudança paradigmática. A geração Z, moldada pela digitalização e pelo fluxo constante de informações, não quer apenas navegar no mundo como ele é, mas quer projetar o mundo como ele pode ser. E, com as habilidades certas, isso não é só um sonho, é o início de uma revolução.
|
Scooped by
Inovação Educacional
January 25, 3:17 PM
|
É fácil pensar que o desenvolvimento infantil segue uma trajetória “normal”. Mas algo tão complexo como o ambiente em que a criança cresce tem efeitos nesse desenvolvimento.
|
Scooped by
Inovação Educacional
January 25, 3:09 PM
|
Em entrevista à BBC, ex-Beatle falou sobre os perigos da inteligência artificial para os músicos.
|
Scooped by
Inovação Educacional
January 25, 3:04 PM
|
Vídeos apresentando expressões simples de dor e tristeza atraem milhões de visualizações e dedicados admiradores nas redes sociais.
|
Scooped by
Inovação Educacional
January 25, 2:26 PM
|
Students are coming to college less able and less willing to read. Professors are stymied.
|
Scooped by
Inovação Educacional
January 25, 2:03 PM
|
Technology is automating tasks once handled by faculty, and that’s changing the human relationships at the core of higher education.
|