O governo estuda medidas para controlar gastos e aumentar a eficiência das políticas públicas. A complementação da União ao Fundeb (Fundo do Ensino Básico) é um dos pontos sob análise. Essa despesa pulou, em termos reais, de R$ 21 bilhões para R$ 44,5 bilhões em apenas quatro anos. É resultado da aprovação da emenda constitucional 108/20, que determinou a elevação da participação da União no fundo de 10% para 23% do aporte feito por estados e municípios. Como o aumento desse percentual é gradual (atualmente estamos em 19%), o crescimento do gasto continuará pelo menos até 2026, quando chegaremos aos 23%. O objetivo inicial da emenda era meritório: redistribuir o fundo em favor de municípios mais pobres, sem aumentar a despesa. Mas incorporou o aumento de aportes da União, sob o argumento de que mais dinheiro seria fundamental para melhorar a qualidade da educação. Passados quatro anos, não se vê a revolução propalada pelos entusiastas da PEC. No exame internacional Pisa, continuamos atrás de países cujo gasto por aluno é similar ao nosso, como Colômbia, México, Turquia e Chile. Durante a discussão da PEC, argumentei em colunas, artigos e audiência pública que o problema não era pouco dinheiro, mas falta de incentivos à boa gestão. A emenda deu mais dinheiro e piorou os incentivos. Houve forte resistência, durante a tramitação, a premiar os municípios por melhoria nas notas médias dos alunos. A pequena fatia do fundo que acabou destinada para este fim não foi regulamentada até hoje. Aumentou o engessamento na alocação dos recursos: a parcela do fundo carimbada para pagar salários passou de 60% para 70%, reduzindo o espaço para gestores locais decidirem a alocação do dinheiro, conforme suas diferentes necessidades. A PEC também induziu forte crescimento do piso salarial do magistério. Em 2008, lei proposta pelo então ministro da Educação, Fernando Haddad, indexou o piso salarial ao crescimento do valor gasto por aluno. Mais dinheiro no Fundeb significou mais gasto por aluno, implicando seguidos reajustes anuais de dois dígitos no piso do magistério, que hoje está em R$ 4,6 mil. A literatura só encontra relação causal entre aumento da remuneração de professores e desempenho dos alunos quando o pagamento a maior se faz por premiação de desempenho. Além disso, é preciso que haja liberdade para demitir por mau desempenho. Condições não observadas no Brasil. Os aposentados do magistério também têm direito ao piso, mas recursos do Fundeb não podem custear aposentadorias. Logo, os municípios têm que tirar dinheiro de outras políticas para pagar os aposentados. Não é de admirar que reajam, indo a Brasília para obter desoneração de alíquotas previdenciárias e outras ajudas fiscais, propagando o custo de políticas mal desenhadas. Esses problemas eram previsíveis no momento de votação da PEC. Foram debatidos publicamente. Não obstante, ela foi aprovada por 499 x 7 na Câmara, e por 79 x 0 no Senado.
O que acontece quando a maioria faz uso de uma IA para realizar suas atividades laborais? E, no caso dos estudantes, quando os trabalhos passam a ser produzidos com o apoio de uma IA generativa? Luciano Sathler É PhD em administração pela USP e membro do Conselho Deliberativo do CNPq e do Conselho Estadual de Educação de Minas Gerais As diferentes aplicações de Inteligência Artificial (IA) generativa são capazes de criar novos conteúdos em texto, imagens, áudios, vídeos e códigos para software. Por se tratar de um tipo de tecnologia de uso geral, a IA tende a ser utilizada para remodelar vários setores da economia, com impactos políticos e sociais, assim como aconteceu com a adoção da máquina a vapor, da eletricidade e da informática. Pesquisas recentes demonstram que a IA generativa aumenta a qualidade e a eficiência da produção de atividades típicas dos trabalhadores de colarinho branco, aqueles que exercem funções administrativas e gerenciais nos escritórios. Também traz maior produtividade nas relações de suporte ao cliente, acelera tarefas de programação e aprimora mensagens de persuasão para o marketing. O revólver patenteado pelo americano Samuel Colt, em 1835, ficou conhecido como o "grande equalizador". A facilidade do seu manuseio e a possibilidade de atirar várias vezes sem precisar recarregar a cada disparo foram inovações tecnológicas que ampliaram a possibilidade individual de ter um grande potencial destrutivo em mãos, mesmo para os que tinham menor força física e costumavam levar desvantagem nos conflitos anteriores. À época, ficou famosa a frase: Abraham Lincoln tornou todos os homens livres, mas Samuel Colt os tornou iguais. Não fazemos aqui uma apologia às armas. A alegoria que usamos é apenas para ressaltar a necessidade de investir na formação de pessoas que sejam capazes de usar a IA generativa de forma crítica, criativa e que gerem resultados humanamente enriquecidos. Para não se tornarem vítimas das mudanças que sobrevirão no mundo do trabalho. A IA generativa é um meio viável para equalizar talentos humanos, pois pessoas com menor repertório cultural, científico ou profissional serão capazes de apresentar resultados melhores se souberem fazer bom uso de uma biblioteca de prompts. Novidade e originalidade tornam-se fenômenos raros e mais bem remunerados. A disseminação da IA generativa tende a diminuir a diversidade, reduz a heterogeneidade das respostas e, consequentemente, ameaça a criatividade. Maior padronização tem a ver com a automação do processo. Um resultado que seja interessante, engraçado ou que chama atenção pela qualidade acima da média vai passar a ser algo presente somente a partir daqueles que tiverem capacidade de ir além do que as máquinas são capazes de entregar. No caso dos estudantes, a avaliação da aprendizagem precisa ser rápida e seriamente revista. A utilização da IA generativa extrapola os conceitos usualmente associados ao plágio, pois os produtos são inéditos – ainda que venham de uma bricolagem semântica gerada por algoritmos. Os relatos dos professores é que os resultados melhoram, mas não há convicção de que a aprendizagem realmente aconteceu, com uma tendência à uniformização do que é apresentado pelos discentes. Toda Instituição Educacional terá as suas próprias IAs generativas. Assim como todos os professores e estudantes. Estarão disponíveis nos telefones celulares, computadores e até mesmo nos aparelhos de TV. É um novo conjunto de ferramentas de produtividade. Portanto, o desafio da diferenciação passa a ser ainda mais fundamental diante desse novo "grande equalizador". Se há mantenedores ou investidores sonhando com a completa substituição dos professores por alguma IA já encontramos pesquisas que demonstram que o uso intensivo da Inteligência Artificial leva muitos estudantes a reduzirem suas interações sociais formais ao usar essas ferramentas. As evidências apontam que, embora os chatbots de IA projetados para fornecimento de informações possam estar associados ao desempenho do aluno, quando o suporte social, bem-estar psicológico, solidão e senso de pertencimento são considerados, isso tem um efeito negativo, com impactos piores no sucesso, bem-estar e retenção do estudante. Para não cair na vala comum e correr o risco de ser ameaçado por quem faz uso intensivo da IA será necessário se diferenciar a partir das experiências dentro e fora da sala de aula – online ou presencial; humanizar as relações de ensino-aprendizagem; implementar metodologias que privilegiem o protagonismo dos estudantes e fortaleçam o papel do docente no processo; usar a microcertificação para registrar e ressaltar competências desenvolvidas de forma diferenciada, tanto nas hard quanto soft skills; e, principalmente, estabelecer um vínculo de confiança e suporte ao discente que o acompanhe pela vida afora – ninguém mais pode se dar ao luxo de ter ex-alunos. Atenção: esse artigo foi exclusivamente escrito por um ser humano. O editor, Michael França, pede para que cada participante do espaço "Políticas e Justiça" da Folha sugira uma música aos leitores. Nesse texto, a escolhida por Luciano Sathler foi "O Ateneu" de Milton Nascimento.
AI offers a wide range of uses in education, from streamlining administrative tasks to providing personalized academic support for students to reimagining school staffing models. At the same time as education leaders explore applications of AI, they must carefully balance potential benefits with the inherent risks of such a new and rapidly changing technology.
The burgeoning integration of Artificial Intelligence (AI) technology within educational settings, particularly in personalized learning environments, has garnered significant interest. This paper delves into the perceptions and experiences of undergraduate students in Chinese universities concerning AI’s application in personalized learning. The study surveyed 48 undergraduates from a comprehensive Chinese university who had utilized generative AI, gathering their insights through semi-structured interviews. Thematic analysis was employed to organize and interpret the data. The findings underscore the positive impact of generative AI on students’ motivation and cognitive skills, alongside concerns regarding potential over-reliance leading to a decline in independent thinking. Student apprehensions include AI accuracy, data privacy, and algorithmic biases. The study advocates for a student-centric approach in AI research, stressing interdisciplinary collaboration to foster AI’s educational application. Additionally, it emphasizes the necessity of teacher training in AI integration to ensure effective pedagogical implementation. Ethical considerations and privacy safeguards in AI utilization are highlighted, signaling crucial areas for further inquiry and practical guidance.
The findings were based on a three-part report series titled “Learning Systems.” They dove into the foundation in the landscape of artificial intelligence in K-12 education, its considerations, and applications for use. Over 50 AI experts were interviewed in producing the report. Research was done between May and August 2024 and published in September 2024.
Os repasses da União ao fundo (sem considerar os investimentos municipais e estaduais) o atingiram a marca de R$ 59,0 bilhões em 2024, segundo dados consultados no Portal da Transparência em 8 de novembro. A despesa cresceu 32,3% de 2014 para 2023, em valores corrigidos pela inflação.
Em nosso oitavo episódio, o Beabá da Educação recebe o Ilan Brenman um dos autores de literatura mais importantes do País. Bacharel em Psicologia e Doutor em Educação pela USP. Neste episódio, falaremos mais sobre a importância da imaginação como uma ferramenta essencial para o aprendizado, a inovação e a construção do pensamento crítico. Como a imaginação pode moldar o futuro da educação?
Um teste internacional divulgado nesta quarta-feira botou novamente países asiáticos na frente dos rankings de aprendizagem. De acordo com o Estudo Internacional de Tendências em Matemática e Ciências (TIMSS, na sigla em inglês) 2023, Cingapura lidera as duas disciplinas avaliadas no 4º e 8º anos do ensino fundamental. Já o Brasil ficou entre os piores participantes. Essa é a primeira vez que o Brasil participa do TIMSS, avaliação que existe desde 1995. Em 2023, participaram 650 mil alunos de 64 países. Ela avalia Matemática e Ciências no 4º e no 8º anos.
O monstro de Shelley simboliza os perigos do progresso sem bússola ética. É fácil projetá-lo na inteligência artificial. Mas hoje as ameaças são outras: já não provêm de um monstro “natural” – e sim das ferramentas que as corporações aperfeiçoam para dataficar e controlar a sociedade
Pensador provoca: esquerda precisa construir uma história de inovação tecnológica alternativa ao Vale do Silício. O caminho: infraestruturas públicas digitais e uma inventividade que transcenda as necessidades imediatas e possa disputar o futuro
Por unanimidade, 3ª turma do STJ decidiu que o vazamento de dados pessoais não sensíveis de clientes, decorrente de ataque hacker, não isenta a empresa de sua responsabilidade.
No formato corporativo, um dos maiores desafios é engajar os times nas ações. Daniel Morais Assunção, fundador do Atados, plataforma que conecta pessoas interessadas em ser voluntárias com demandas de organizações não governamentais, diz que é importante criar ações e processos que facilitem o engajamento dos funcionários, além de criar iniciativas que despertem interesse e identificação. “Para sensibilizar, é importante atuar em parceria com a comunicação interna, RH e as lideranças, de modo a construir um programa que tenha sinergia com a empresa”, explica. O Atados também desenvolve programas de voluntariado para as empresas.
Quase 80% de pessoas entre 25 anos e 34 anos no país não tinham ensino superior no Brasil em 2022. É o que mostra o IBGE na pesquisa Síntese de Indicadores Sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira 2024. No estudo, os pesquisadores mapearam que, no Brasil, 23,7% das pessoas de 25 a 34 anos possuíam o ensino superior. Essa parcela é metade da média dos países membros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que promove padrões internacionais em questões econômicas, financeiras, comerciais, sociais e ambientais. Em compensação, o país apresentou bons dados no ensino obrigatório, em 2023. A educação básica obrigatória inclui da pré-escola até o ensino médio, dos 4 anos de idade aos 17 anos de idade, e é amparada pela Constituição. Entre 2022 e 2023, a taxa de frequência escolar das crianças de 0 a 3 anos aumentou de 36,0% para 38,7%. Isso equivale a 6,9 milhões de crianças fora da escola ou creche. Entre as crianças de 4 a 5 anos, também houve recuperação da frequência escolar em 2023, informou o IBGE, para 92,9% ante 91,55% em 2022. Porém, o dado evidencia que, na prática, 441 mil crianças ainda estavam fora da escola ou creche, nessa faixa etária. Nesse contingente de 441 mil crianças de 4 a 5 anos fora da escola, houve aumento no percentual que não frequentava escola por opção dos pais ou responsáveis como principal motivo de 2022 e 2023, atingindo 47,4% dessas crianças. Em 2022, era de 39,8% . No entanto, o IBGE informou que a soma de todos os motivos relacionados a falhas de cobertura representava 42,4% do total. Ou seja: na prática, 187 mil de crianças de 4 e 5 anos (o número absoluto a representar 42,4%) poderiam estar frequentando educação infantil, caso as condições materiais, de transporte, de proximidade, de vagas e de segurança fossem garantidas às famílias, detalhou o instituto. Na faixa de idade de 6 a 14 anos, a universalização do ensino desde 2016 já estava praticamente alcançada, mantendo a taxa de 99,4% na escola em 2023. Já a frequência escolar entre 15 a 17 anos de idade foi de 91,9%, no ano passado, informou o IBGE. Ainda de acordo com os pesquisadores do IBGE, nos três níveis da educação básica (infantil, fundamental e médio), os dados mostram que há amplo predomínio da rede pública, seguindo o preceito constitucional de garantia de educação básica gratuita pelo Estado, a partir dos quatro anos de idade.
O Correio Braziliense promove, nesta quarta-feira (4/12), um fórum para discutir a importância da aprendizagem e da profissionalização, com foco na preparação de novos trabalhadores para o mercado. O evento CB Fórum - Emprego, renda e cidadania: a educação como ferramenta de oportunidade começa às 14h30, no auditório do jornal, e será transmitido no Youtube.
A previsão de um maior repasse do Fundeb ao Escola em Tempo Integral chega em um momento em que o MEC se tornou a pasta mais impactada pelo bloqueio do orçamento. Na semana passada, a equipe econômica anunciou o corte de R$ 1,6 bilhão dos repasses para o ministério.
Há uma expectativa ainda de que, nos projetos de lei a serem enviados ao Congresso Nacional, desobrigue-se parte da verba da Educação de ser usada diretamente no programa.
Ou seja, que o Escola em Tempo Integral não tenha mais um recurso carimbado, podendo ser prejudicado apesar da previsão dos repasses do Fundeb.
O SENAI Play Business é uma plataforma educacional que oferece conteúdos técnicos de forma dinâmica e acessível. Sua aplicação pode fazer a diferença na aprendizagem, já que proporciona um protagonismo maior dos alunos. O Geração SESI SENAI conversou com profissionais do SENAI de dois Departamentos Regionais (DRs), Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, para falar dos benefícios da iniciativa. Aprendizagem interativa De acordo com a analista de Educação do Firjan SENAI/RJ, Simone Barbosa, o SENAI Play Business foi integrado ao modelo de Educação Profissional Técnica de Nível Médio no formato presencial, permitindo que 20% da carga horária total de cada curso seja destinada ao autoestudo. “Na plataforma, os alunos têm acesso a conteúdo multimídia intuitivo e bem estruturado, que complementa o aprendizado presencial com flexibilidade e autonomia”, comenta. Já a outra analista de Educação do Firjan SENAI/RJ, Priscila da Silva Vaz, conta que a aplicação da plataforma no DR envolveu a identificação e seleção de cursos no SENAI Play Business, considerando competências técnicas alinhadas aos perfis profissionais. “O modelo foi implementado com 80% de aulas presenciais e 20% de autoestudo. Entre os desafios, destacaram-se a necessidade de melhorar a integração da plataforma com outras ferramentas já utilizadas, garantir a conexão entre exercícios e vídeos, além de aperfeiçoar o acompanhamento do progresso dos alunos”, destacou.
Estavam na apresentação de quarta-feira, entre outros indicadores, 11 trimestres de ganhos de margem, após o baque da pandemia. Além disto, foi apresentando o crescimento da geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de 50,5% em dois anos e recuo da desalavancagem de 4,1 vezes, no quarto trimestre de 2022, para 2,71 vezes, no terceiro trimestre deste ano. Mesmo assim, a Ânima, que teve receita líquida de R$ 3,7 bilhões no ano passado, com quase 400 mil alunos, não tem visto reação por parte dos investidores. Os papéis da empresa perderam 1,57% de valor em novembro, 35,97% no ano e 37,41% em 24 meses. Seu valor de mercado atual, de R$ 1 bilhão, é de cerca de um terço de seu patrimônio líquido.
Uma pesquisa feita com estudantes, de 72 países, mostra que o Brasil está em uma situação alarmante no aprendizado de matemática. Entre os alunos com 9 anos, metade não sabe a tabuada | #sbtnews #sbtbrasil #matematica
Há cerca de três anos, alguns professores da minha cidade me adicionaram a um grupo de WhatsApp — o que me deixou muito honrado — para discutir as consequências da pandemia no aprendizado escolar. Com o tempo, novos temas passaram a ser debatidos, e outros professores de cidades vizinhas foram incluídos, tornando o grupo praticamente regional, abrangendo parte da nossa Amazônia. Insatisfação parlamentar: Lira critica decisão de Dino sobre emendas e diz que governo Lula não tem votos para pacote fiscal Como tenho me dedicado ao estudo da inteligência artificial (IA), semanas atrás postei sobre o tema no grupo. Todos os professores foram unânimes em afirmar que o assunto não está integrado ao currículo, que em nenhum dos municípios receberam formação ou treinamento sobre IA e, portanto, nenhum deles discutiu o tema com seus alunos até o momento. A falta de integração desse tema aos currículos e a ausência de formação específica em IA, especialmente em regiões mais distantes, como a Amazônia, devem refletir uma realidade comum a todo o Brasil. A única forma pela qual os estudantes têm se familiarizado com IA é por meio das redes sociais e mídias digitais. Embora isso possa despertar a curiosidade dos alunos, não é necessariamente o meio mais saudável ou educativo. As redes sociais estão repletas de desinformação e mitos sobre IA. Sem uma base sólida de educação formal, os alunos podem ter dificuldades em distinguir conteúdos precisos de informações equivocadas ou sensacionalistas. Em contraste, as escolas chinesas estão significativamente à frente na integração da IA ao ensino. A China a reconhece como área estratégica e tem implementado políticas agressivas para preparar as próximas gerações para um futuro dominado pela tecnologia. O ensino de IA já faz parte do currículo escolar nacional desde 2018, com abordagem robusta e bem estruturada. As aulas na China abordam conceitos como aprendizado de máquina, algoritmos, robótica e suas aplicações em diversas áreas. O governo chinês investe fortemente na formação de professores, oferecendo programas de treinamento em larga escala para assegurar que o corpo docente esteja preparado para ensinar esses novos conteúdos. Além disso, há investimento significativo em digitalização e infraestrutura tecnológica nas escolas. A IA também é discutida em disciplinas como ética e ciências sociais, em que se abordam questões relacionadas à privacidade e ao impacto da automação no mercado de trabalho. A China já forma uma nova geração de estudantes familiarizados com o assunto, alinhada a sua estratégia de se tornar líder global em inteligência artificial até 2030. Passadas as eleições municipais no Brasil, faço um chamamento aos gestores eleitos para que, em suas jornadas ou semanas pedagógicas — que ocorrerão no início do ano letivo e têm como objetivo discutir estratégias educacionais, revisar currículos, planejar atividades e debater os desafios da educação —, incluam a preparação para o ensino de IA nas escolas. Isso representaria um avanço extraordinário para que nossas crianças e jovens se preparem não apenas para uma nova tecnologia, mas para uma mudança estrutural nos novos rumos da humanidade, com impactos mais profundos e duradouros do que qualquer outra transformação histórica do passado.
Students Use AI Morrone linked to an Axios article citing a Common Sense Media report to support her claim that “Students are regularly using AI.” In January 2024, Common Sense Media partnered with OpenAI, making their claims suspect (read on for more). However, there is evidence that K-12 students use generative “AI.” In August, The Washington Post shared its finding that more than 1 in 6 chatbot conversations are students seeking help with homework. Marc Watkins attended OpenAI’s Education forum, where he learned (bold formatting added by me):
Sem linguagem, não há cognição, sínteses mentais nem empatia. Mas sistemas sem corpo e sem cérebro poderão servir-se do domínio da linguagem para se tornar conscientes? Provocações a partir de casos de “crianças ferais”
Estudos mostram: celulares podem afetar a concentração, a saúde mental e o aprendizado de crianças e adolescentes. Porém, normaliza-se o “inovacionismo” nas escolas, sem reflexão crítica – e o Estado é moroso em promover este debate
Outro exemplo inspirador foi o case Bridgestone e o uso de IA para apoiar seus funcionários no planejamento de suas carreiras. A solução tecnológica ajuda os colaboradores a traçarem estratégias alinhadas com seus objetivos e as demandas futuras do mercado. Dados recentes apresentados na mesma conferência mostram que 54% dos funcionários estão insatisfeitos com a perspectivas de carreira na empresa. Também apontam que três dos cinco principais pontos de engajamento estão relacionados ao desenvolvimento profissional e possibilidade de crescer na carreira. Portanto, apoiar os funcionários no desenvolvimento da carreira é um tema fundamental.
A terceira, e menos discutida, possibilidade é que a “Bidenomics” representou um populismo econômico do tipo errado. Ao se concentrar na indústria, na competição geopolítica contra a China e na velha escola das organizações trabalhistas e do poder sindical, deu pouca atenção à mudança em curso na estrutura da economia e à natureza da nova classe trabalhadora. Em uma economia na qual apenas 8% dos trabalhadores estão empregados na indústria, uma política que promete trazer a manufatura de volta ao país para restaurar a classe média não é apenas irrealista; também desemboca no vazio, pois não se alinha às aspirações e experiências cotidianas dos trabalhadores. O trabalhador típico nos EUA hoje não é mais aquele que monta carros ou lamina bobinas de aço. Em vez disso, é um cuidador de idosos, preparador de refeições ou administrador de algum pequeno negócio autônomo (talvez por meio de trabalhos temporários em aplicativos). Abordar os problemas de baixos salários e condições de trabalho precárias nesses serviços exige outra estratégia que não seja dar incentivos à indústria ou impor tarifas de importação. Da mesma forma, a solidariedade de classe precisa ser construída de modo diferente, sem depender apenas de apelos aos sindicatos ou ao poder coletivo de barganha. Biden teve a ideia certa, segundo esse ponto de vista, mas não acertou os alvos adequados. Nossa nova estrutura econômica exige uma versão de “política industrial” para o século XXI, concentrada na criação de bons empregos na área de serviços. Tal estratégia implica inovações organizacionais e tecnológicas para melhorar o trabalho em atividades de baixa remuneração e aprimorar o fornecimento de elementos como ferramentas digitais, treinamentos personalizados e crédito. É possível encontrar exemplos locais e nacionais de tais iniciativas, mas eles têm pequena escala e, em geral, aparecem apenas de forma incidental nos programas federais. Pesquisa antes da eleição com hispânicos no Texas revelou que o maior problema deles com os democratas era que integravam o “partido de benefícios assistenciais para pessoas que não trabalham”. A esquerda não pode se permitir ser definida exclusivamente nesses termos Novas tecnologias que ajudem os trabalhadores, em vez de substituí-los, são cruciais nesse esforço. As políticas industriais verdes mostram que a inovação pode ser redirecionada de atividades intensivas em emissões de carbono para outras mais sustentáveis. Agora precisamos de uma iniciativa semelhante voltada a políticas tecnológicas dedicadas a ajudar os trabalhadores, para promover inovações que permitam àqueles sem formação universitária realizar tarefas mais complexas na prestação de assistência ao público e outros serviços pessoais. Ao desenvolver novas visões de especialização econômica e mobilizar os recursos necessários, coalizões intersetoriais, muitas vezes lideradas por agências públicas, podem promover a criação de empregos locais em regiões marcadas pelo desemprego crônico. Vale notar que, em pesquisa realizada antes da eleição, eleitores hispânicos no Texas disseram que o maior problema deles com os democratas era que faziam parte do “partido de benefícios assistenciais para pessoas que não trabalham”. Embora transferências sociais para os pobres - aqueles que não podem trabalhar ou se deparam com o desemprego temporário -sejam uma parte necessária e integral do Estado de bem-estar social contemporâneo, os partidos de esquerda não podem se permitir ser definidos exclusivamente por esses termos. Precisam ser vistos como defensores daqueles que desejam contribuir para suas comunidades por meio de um trabalho digno e como facilitadores para quem enfrenta obstáculos para fazê-lo.
O número de pessoas pobres caiu de 67,7 milhões em 2022 para 59 milhões, uma diferença de 8,7 milhões ou 14,7% a menos. O contingente é o menor de toda a série histórica da pesquisa, iniciada em 2012. A parcela da população classificada como pobre, por sua vez, caiu de 31,6% em 2022 para 27,4% em 2023. Foi também a menor proporção da série histórica da pesquisa. Para esta análise, o IBGE usa como referência a linha de pobreza adotada pelo Banco Mundial, que é de rendimento domiciliar per capita de US$ 6,85 por dia (pelo critério de PPC, paridade do poder de compra) ou R$ 665 por mês. Isso significa, por exemplo, que uma família de quatro pessoas com renda domiciliar de R$ 2.660 por mês é classificada como pobre.
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