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October 14, 1:12 PM
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Charles Fadel Inteligência Artificial fundamental escola

Charles Fadel Inteligência Artificial fundamental escola | Inovação Educacional | Scoop.it
No evento de 25 anos da Fundação Telefônica Vivo, o professor e pesquisador Charles Fadel, especialista no uso da tecnologia na educação, destacou a adoção da IA para ajudar gestores, docentes e estudantes
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Curadoria por Luciano Sathler. CLIQUE NOS TÍTULOS. Informação que abre caminhos para a inovação educacional.
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September 10, 9:19 AM
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Igualdade Artificial, um risco para a educação. Por Luciano Sathler

Igualdade Artificial, um risco para a educação. Por Luciano Sathler | Inovação Educacional | Scoop.it

O que acontece quando a maioria faz uso de uma IA para realizar suas atividades laborais? E, no caso dos estudantes, quando os trabalhos passam a ser produzidos com o apoio de uma IA generativa?
Luciano Sathler
É PhD em administração pela USP e membro do Conselho Deliberativo do CNPq e do Conselho Estadual de Educação de Minas Gerais
As diferentes aplicações de Inteligência Artificial (IA) generativa são capazes de criar novos conteúdos em texto, imagens, áudios, vídeos e códigos para software. Por se tratar de um tipo de tecnologia de uso geral, a IA tende a ser utilizada para remodelar vários setores da economia, com impactos políticos e sociais, assim como aconteceu com a adoção da máquina a vapor, da eletricidade e da informática.
Pesquisas recentes demonstram que a IA generativa aumenta a qualidade e a eficiência da produção de atividades típicas dos trabalhadores de colarinho branco, aqueles que exercem funções administrativas e gerenciais nos escritórios. Também traz maior produtividade nas relações de suporte ao cliente, acelera tarefas de programação e aprimora mensagens de persuasão para o marketing.
O revólver patenteado pelo americano Samuel Colt, em 1835, ficou conhecido como o "grande equalizador". A facilidade do seu manuseio e a possibilidade de atirar várias vezes sem precisar recarregar a cada disparo foram inovações tecnológicas que ampliaram a possibilidade individual de ter um grande potencial destrutivo em mãos, mesmo para os que tinham menor força física e costumavam levar desvantagem nos conflitos anteriores. À época, ficou famosa a frase: Abraham Lincoln tornou todos os homens livres, mas Samuel Colt os tornou iguais.
Não fazemos aqui uma apologia às armas. A alegoria que usamos é apenas para ressaltar a necessidade de investir na formação de pessoas que sejam capazes de usar a IA generativa de forma crítica, criativa e que gerem resultados humanamente enriquecidos. Para não se tornarem vítimas das mudanças que sobrevirão no mundo do trabalho.
A IA generativa é um meio viável para equalizar talentos humanos, pois pessoas com menor repertório cultural, científico ou profissional serão capazes de apresentar resultados melhores se souberem fazer bom uso de uma biblioteca de prompts. Novidade e originalidade tornam-se fenômenos raros e mais bem remunerados.
A disseminação da IA generativa tende a diminuir a diversidade, reduz a heterogeneidade das respostas e, consequentemente, ameaça a criatividade. Maior padronização tem a ver com a automação do processo. Um resultado que seja interessante, engraçado ou que chama atenção pela qualidade acima da média vai passar a ser algo presente somente a partir daqueles que tiverem capacidade de ir além do que as máquinas são capazes de entregar.
No caso dos estudantes, a avaliação da aprendizagem precisa ser rápida e seriamente revista. A utilização da IA generativa extrapola os conceitos usualmente associados ao plágio, pois os produtos são inéditos – ainda que venham de uma bricolagem semântica gerada por algoritmos. Os relatos dos professores é que os resultados melhoram, mas não há convicção de que a aprendizagem realmente aconteceu, com uma tendência à uniformização do que é apresentado pelos discentes.
Toda Instituição Educacional terá as suas próprias IAs generativas. Assim como todos os professores e estudantes. Estarão disponíveis nos telefones celulares, computadores e até mesmo nos aparelhos de TV. É um novo conjunto de ferramentas de produtividade. Portanto, o desafio da diferenciação passa a ser ainda mais fundamental diante desse novo "grande equalizador".
Se há mantenedores ou investidores sonhando com a completa substituição dos professores por alguma IA já encontramos pesquisas que demonstram que o uso intensivo da Inteligência Artificial leva muitos estudantes a reduzirem suas interações sociais formais ao usar essas ferramentas. As evidências apontam que, embora os chatbots de IA projetados para fornecimento de informações possam estar associados ao desempenho do aluno, quando o suporte social, bem-estar psicológico, solidão e senso de pertencimento são considerados, isso tem um efeito negativo, com impactos piores no sucesso, bem-estar e retenção do estudante.
Para não cair na vala comum e correr o risco de ser ameaçado por quem faz uso intensivo da IA será necessário se diferenciar a partir das experiências dentro e fora da sala de aula – online ou presencial; humanizar as relações de ensino-aprendizagem; implementar metodologias que privilegiem o protagonismo dos estudantes e fortaleçam o papel do docente no processo; usar a microcertificação para registrar e ressaltar competências desenvolvidas de forma diferenciada, tanto nas hard quanto soft skills; e, principalmente, estabelecer um vínculo de confiança e suporte ao discente que o acompanhe pela vida afora – ninguém mais pode se dar ao luxo de ter ex-alunos.
Atenção: esse artigo foi exclusivamente escrito por um ser humano.
O editor, Michael França, pede para que cada participante do espaço "Políticas e Justiça" da Folha sugira uma música aos leitores. Nesse texto, a escolhida por Luciano Sathler foi "O Ateneu" de Milton Nascimento.

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Governo libera só 0,2% de R$ 1,27 bi congelado da Educação

Governo libera só 0,2% de R$ 1,27 bi congelado da Educação | Inovação Educacional | Scoop.it

O governo Lula (PT) bloqueou R$ 1,27 bilhão do MEC (Ministério da Educação) em agosto, previu o início da liberação para outubro e postergou isso para dezembro. Porém, resolveu adiantar R$ 2,3 milhões em meio a reclamações –0,2% do total.
Um decreto presidencial em 30 de setembro anunciou o adiamento das verbas, e uma portaria do Ministério do Planejamento e Orçamento em 17 de outubro, o adiantamento.
O contingenciamento feito pela gestão petista, sob a justificativa de cumprir metas fiscais, foi majoritariamente de emendas parlamentares destinadas às universidades federais e não empenhadas até 23 de julho. As instituições, porém, também tiveram quantias retidas pelo Tesouro.
Tal manobra fiscal ocorreu em meio a uma crise nas unidades federais de ensino. Como mostrou a Folha, universidades federais de todas as regiões do país acumulam obras paradas ou atrasadas e projetos abandonados em razão da queda de orçamento que viveram nos últimos anos. Além disso, a verba para custeio do dia a dia também é crítica.
A situação tem sido motivo de preocupação para os reitores. "Vários já relataram a impossibilidade de pagar todos os compromissos até o final do ano", diz José Daniel Diniz Melo, reitor da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte) e presidente da Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior).
Desde o início do bloqueio, as universidades previam dificuldades para pagar contas e temiam pela assistência estudantil dos alunos caso a situação orçamentária não fosse resolvida a partir de outubro, como prometeu Brasília.
Com as mudanças no cronograma, a Andifes procurou o MEC, apresentou as dificuldades financeiras das instituições e a importância da recomposição dos recursos para o fechamento das contas de 2024.
A pasta de Camilo Santana informa que "ainda deliberará o montante de limite adicional que irá para as universidades federais, as quais serão informadas via sistema Siafi [Sistema Integrado de Administração Financeira]". Foi o ministério, porém, responsável por reverberar as reclamações das universidades ao governo, o que resultou na liberação dos R$ 2,3 milhões.
É pouco frente aos valores congelados. A UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) teve R$ 29 milhões retidos, por exemplo. A UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro, R$ 60 milhões.

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Today, 2:48 PM
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IES perdem candidatos por mau atendimento

IES perdem candidatos por mau atendimento | Inovação Educacional | Scoop.it
Atendimento nas IES | Pesquisa revela fragilidades das instituições ao atender candidatos por telefone e pelos canais digitais
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Today, 1:20 PM
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Como prever as oportunidades do maior número de longevos para o cenário brasileiro?

Como prever as oportunidades do maior número de longevos para o cenário brasileiro? | Inovação Educacional | Scoop.it
Viver mais, ativamente, representa um salto para a produtividade voltada a populações mais maduras e exigentes, que buscam qualidade de vida com alimentação saudável, contato com a natureza, relacionamentos estáveis e moradias confortáveis, com a segurança de pertencer a um lugar com o cenário adequado para um envelhecimento ativo e feliz.
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Today, 1:19 PM
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Novo ensino médio de Lula poderá ser implementado só 2026

Novo ensino médio de Lula poderá ser implementado só 2026 | Inovação Educacional | Scoop.it

Ficará a cargo das redes de ensino e das escolas privadas a implantação já em 2025 para o novo formato do ensino médio aprovado neste ano após iniciativa do governo Lula (PT). Só para 2026 é que o novo modelo da etapa, com mais disciplinas tradicionais, passa a ser obrigatório em todo país.
Entenda as mudanças no ensino médio
A transição foi definida em resolução com as novas diretrizes do ensino médio, aprovada nesta quinta-feira (7) pelo CNE (Conselho Nacional de Educação).
A lei que alterou o ensino médio —ampliando a carga horária da chamada Formação Geral Básica de 1.800 horas para 2.400 horas— passa a valer no ano que vem. O CNE, no entanto, franqueou às redes de ensino e escolas um período de transição, inclusive para quem ingressar no 1º ano do ensino médio em 2025.
A flexibilidade para a implementação busca atender a diversidade de realidades de cada rede de ensino, segundo o documento e conselheiros ouvidos pela Folha.
Com isso, a adaptação do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) em consonância com a nova grade do ensino médio é estendida agora até 2028.
"Atendendo às preocupações das secretarias estaduais de educação, a resolução permite que as mudanças na oferta curricular do ensino médio possam acontecer já em 2025 ou no início do ano letivo de 2026, de acordo com as condições de cada rede", diz nota do MEC (Ministério da Educação).
"[A pasta] está formando mais de 200 técnicos de todas as secretarias de educação, que farão o desenho dos planos de ação de cada território".
Também fica a cargo das redes e escolas a complementação de horas para quem já está matriculado no ensino médio e, no que vem, estará no 2º ou 3º anos. A depender das redes, os estudantes terminarão os estudos no modelo anterior —criticado por reduzir as aulas de disciplinas tradicionais.
O documento final das Diretrizes Nacionais para o Ensino médio é diferente daquilo que o MEC havia encaminhado, no mês passado, para o CNE. Na proposta, havia a previsão de que os estudantes já matriculados teriam de ter um número maior de aulas na Formação Geral Básica.
ENTENDA A REFORMA DO ENSINO MÉDIO
As novas diretrizes impactarão todos os alunos do ensino médio, das redes públicas e de escolas privadas. São quase 8 milhões de estudantes, sendo mais de 80% em escolas estaduais.
Após iniciativa do governo Lula, o Congresso aprovou, no meio do ano, alterações na reforma do ensino médio que havia sido estabelecida em 2017, sob o governo Michel Temer (MDB).
A reforma de Temer flexibilizou o currículo, com a divisão em dois blocos: uma parte comum, em que todos alunos estudam os mesmos conteúdos (e disciplinas tradicionais), e outra dedicada a áreas de aprofundamento —os chamados itinerários formativos.
São cinco áreas de aprofundamento previstas no ensino médio: linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas e a formação técnica e profissional.
Com a implementação da reforma nas escolas, a partir de 2022, apareceram os problemas. Estudantes, professores e especialistas denunciaram perdas de conteúdos tradicionais na parte comum e oferta deficiente dos itinerários.
A nova mudança, já sob o governo Lula, manteve o princípio da flexibilização, mas ampliou de 1.800 horas para 2.400 horas a carga de aulas dessa parte comum, considerando os três anos.
A Coordenação-Geral de Ensino Médio do MEC havia mapeado as matrizes curriculares do ensino médio em curso no ano de 2024, nas 27 unidades federativas.
"O cenário de adaptação à ampliação da carga horária de FGB [Formação Geral Básica] foi iniciado em 15 unidades, desde o ano letivo corrente. Esse panorama denota que o processo para implementação pode ser favorável desde 2025", diz o documento inicial levado ao CNE.
As diretrizes reforçam entendimento de que não se faça o ensino médio a partir de uma divisão entre formação geral básica e itinerários formativos.
Haverá um novo documento com as diretrizes relacionadas aos conteúdos dos itinerários. A previsão era de que isso ocorresse ainda neste ano, mas também o CNE estendeu esse prazo: os parâmetros que orientarão as redes de ensino na criação dos itinerários formativos poderá ser finalizado até março de 2025.

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Today, 1:05 PM
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CNE aprova novas diretrizes para o ensino médio

CNE aprova novas diretrizes para o ensino médio | Inovação Educacional | Scoop.it
Resolução aprovada pelo Conselho Nacional de Educação nesta quinta-feira (7/11) atualiza as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, além de estabelecer diretrizes gerais para os itinerários formativos
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Today, 10:13 AM
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A importância da aprendizagem adaptativa

O colunista Leo Libman traz informações sobre os benefícios da aprendizagem adaptativa e apresenta aos nossos leitores a Educacross, edtech cuja prioridade é a personalização do ensino.
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Today, 9:53 AM
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Global Innovation Index 2024

Global Innovation Index 2024 | Inovação Educacional | Scoop.it
Tracking the most recent global innovation trends, the GII finds that innovation investment slowed in 2023, in marked contrast to previous years, making the prospect for 2024/2025 remarkably uncertain. But the outlook is not entirely cloudy. Technological progress and adoption in fields as diverse as supercomputing, connectivity, health, sanitation and green technologies continues unabated.
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Today, 9:51 AM
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Os estertores do emprego com carteira assinada

Os estertores do emprego com carteira assinada | Inovação Educacional | Scoop.it

Mais da metade da população brasileira em idade de trabalhar não fazia contribuição a sistemas previdenciários no final de 2022. Em 2024, de 176 milhões de brasileiros nesta fase, 66 milhões estavam fora da força de trabalho.
Em artigo na edição de outubro da Conjuntura Econômica, José Roberto Afonso, Paulo Vales e Geraldo Biasoto Jr afirmam: “O desemprego e a desocupação, a informalidade do trabalho e também o despreparo para lidar com o empreendedorismo ou trabalho independente, tiram a eficácia das políticas sociais brasileiras em termos de proteção previdenciária e mesmo social”. Respeitados especialistas no assunto, como José Pastore, que estuda o assunto há anos, tem posições semelhantes.
A informalidade é problema crônico do sistema de trabalho vigente no Brasil. Nos últimos 20 anos, o país passou por crises, recessões, pandemias e esparsos períodos de crescimento. Durante todo este tempo o número de pessoas trabalhando informalmente situou-se sempre em torno de 40% da força de trabalho. A informalidade decorre especialmente de três razões: empregos de má qualidade, baixa qualificação profissional e encargos sociais muito altos. Enquanto não encaminharmos soluções para os três problemas, a informalidade só tenderá a crescer. O que torna a solução ainda mais difícil é sabermos que hoje a informalidade se concentra nos trabalhadores de renda mais baixa.
Os brasileiros tinham um sonho, o emprego com carteira assinada. Este tempo está passando. As novas formas de trabalho, incluindo empregos temporários, avulsos, autônomos, trabalha rural, empregos intermitentes, por projeto ou para atender a plataformas digitais, alterou este quadro. Hoje os trabalhadores valorizam a independência, a ausência de chefe, hierarquia e subordinação, o empreendedorismo e o direito de trabalhar onde e quando quiserem, a despeito de valorizarem a proteção que a carteira assinada traz.
Estima-se que quase 4 milhões de brasileiros dedicam-se hoje aos chamados aplicativos, trabalhando ancorados em plataformas digitais. A falta de regularidade deste tipo de trabalho sequer permitiria que fossem associados aos mecanismos tradicionais de proteção laboral. Mas, como seres humanos, eles também adoecem, se acidentam, morrem ou ficam desocupados. E, nestas horas, falta-lhes a proteção que só um sistema previdenciário pode dar. Mas a situação é ainda pior, pois também a sociedade fica desprotegida já que os não amparados vão cair no colo da assistência social, braço de nosso sistema de seguridade social.
São múltiplos os sistemas de trabalho hoje usados no Brasil. Incluem o emprego em pessoa jurídica com carteira assinada, o emprego doméstico onde se presta serviços a pessoa física, e os regimes onde ocorre contribuição previdenciária individual, como para autônomos, empreendedores, profissionais liberais - todos sem vínculos empregatícios. Temos também os microempreendedores individuais (MEI), microempresas, empresas de pequeno porte, sociedade limitada unipessoal e muitas outras.
As contribuições previdenciárias são distintas, mesmo quando o rendimento do trabalho é o mesmo. Há muitos brasileiros ocupados que nada recolhem a título de contribuição previdenciária. Isso inclui não apenas os informais, mas também os donos dos próprios negócios, sem funcionários. Neste grupo estão os proprietários de 6,6 milhões das 9,4 milhões empresas brasileiras. Há também o caso dos microempreendedores individuais (MEI) que recolhem mensalmente R$ 70,60, independente do volume de seu faturamento; isso gera o direito à aposentadoria de um salário mínimo, o que na maior parte dos casos, é valor muito inferior à sua remuneração atual.
O custo de dar ao trabalhador o registro que leva à carteira assinada é muito alto. Um funcionário custa mais do dobro de sua remuneração nominal. Na dispensa de um empregado contratado pelo regime da CLT, a empresa tem que arcar com gastos que incluem aviso prévio proporcional, indenização de quarenta porcento do FGTS do empregado, férias vencidas ou a vencer e vários outros itens. Em decorrência a dispensa de um colaborador com um ano de trabalho custa cerca de 1,7 salários mensais, com três, 2,7 salários e com cinco anos de trabalho custa o equivalente a 3,7 salários. O alto custo de dispensa desincentiva a contratação formal e favorece a chamada “pejotização”, prática quase generalizada em certos setores da economia.
Ora, se o sistema de contratação clássico com CLT não é bom para o empregador, desestimula a formalização, e não é mais do interesse de crescente parte dos trabalhadores, por que continuar com ele?
O déficit da previdência brasileira, estimado em R$ 429 bilhões em 2023 é reflexo de um sistema fracassado. Pessoas que não contribuem recebem aposentadoria; há aqueles cujo benefício é igual ao seu salário da ativa, enquanto outros recebem uma pequena parcela do que contribuíram. O sistema é iníquo, mesmo aceitando que ele deve cumprir uma função social, favorecendo os trabalhadores de renda mais baixa.
O conjunto de instituições que regula o trabalho no Brasil, a começar pela Justiça do Trabalho, é uma jabuticaba recordista em processos, sem comparação mundial tanto pela atuação dos sindicatos de trabalhadores quanto dos sindicatos patronais.
A legislação trabalhista brasileira, inspirada na Carta del Lavoro, faz com que o Ministério do Trabalho imagine ser possível a criação de emprego e renda tendo como bússola a CLT getulista. A Justiça do Trabalho e o Ministério Público do Trabalho são crescentemente reféns de ideólogos do sindicalismo que substituíram os intérpretes da lei. O nosso arcabouço institucional atual é incapaz de lidar com as novas demandas das relações de trabalho hoje prevalentes. É dos políticos a responsabilidade de entender esta nova realidade e promover as mudanças do que está com a validade vencida. Eles parecem não ter ouvidos para o que a sociedade não se cansa de manifestar, inclusive através do voto.
É tempo de repensarmos um sistema cujo tempo passou, que já não atende aos brasileiros, que é atuarialmente inviável, complexo e, mais importante, profundamente injusto.
Horácio Lafer Piva, Pedro Passos e Pedro Wongtschowski são empresários.

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Nova geração de nativos algorítmicos viverá em simbiose com IA

Nova geração de nativos algorítmicos viverá em simbiose com IA | Inovação Educacional | Scoop.it

Autores argumentam que, depois da passagem dos nativos analógicos para os nativos digitais, a humanidade vive hoje a transição para a era dos nativos algorítmicos, geração que será moldada pela influência determinante da inteligência artificial. A transformação pode criar uma nova identidade humana, em que a tecnologia deixará de ser uma ferramenta externa para se tornar parte intrínseca da experiência individual.
As expressões nativos analógicos e nativos digitais já fazem parte do vocabulário comum. Não são apenas jargões técnicos ou acadêmicos —as pessoas se reconhecem nesses termos.
A geração analógica nos lembra de tempos em que os jornais eram impressos em papel, livros físicos ocupavam muito espaço nas estantes e as interações sociais dependiam de encontros presenciais ou de ligações telefônicas que, muitas vezes, exigiam paciência até que alguém estivesse disponível. Era uma época em que carros só funcionavam com motoristas humanos, e as crianças corriam pelas ruas, longe das telas que definem as infâncias contemporâneas.
O termo nativo digital apareceu pela primeira vez em 2001, cunhado por Marc Prensky, escritor americano e especialista em educação, no artigo "Digital natives, digital immigrants". Ele falava de gerações que nasceram em um mundo no qual computadores, videogames e, mais tarde, a internet, se tornaram parte integral da vida cotidiana.
As crianças que nasceram após os anos 1980 não conhecem outra realidade que não seja definida pela presença constante da tecnologia. Elas não precisaram aprender a "entrar" nesse mundo digital, porque já nasceram dentro dele. Assim como um peixe não percebe a água ao seu redor, os nativos digitais raramente se questionam sobre a onipresença dos dispositivos, redes sociais ou algoritmos que moldam suas experiências.
Os nativos analógicos vieram de uma época em que o progresso tecnológico caminhava em outro ritmo. Eles cresceram sem a internet, sem smartphones, sem a constante interação com telas. Suas vidas eram marcadas por tecnologias que hoje parecem primitivas: máquinas de escrever, televisões de tubo e telefones fixos.
Para essa geração, o salto para o digital representou uma transformação drástica, e muitos se viram obrigados a se adaptar a novas e desconhecidas realidades tecnológicas. Isso não foi um processo simples; exigiu aprendizado, adaptação e carregou, em muitos casos, resistência. Lidar com a transição para o digital foi mais do que aprender a usar um novo dispositivo —foi uma mudança de mentalidade, uma reconfiguração da maneira como se comunicavam, trabalhavam e viviam.
Mas, agora, algo novo está emergindo. Se os nativos digitais nasceram integrados ao mundo da tecnologia e os nativos analógicos tiveram de se adaptar, estamos à beira de uma nova transição: a era dos nativos algorítmicos. Essa nova geração crescerá em um ambiente onde a IA (inteligência artificial) estará presente desde os primeiros momentos de suas vidas.
Diferente dos nativos digitais, que aprenderam a interagir com smartphones e redes sociais, os nativos algorítmicos terão suas vidas profundamente moldadas e direcionadas por algoritmos. Não será apenas uma questão de usar a tecnologia como ferramenta —ela será um elemento intrínseco de sua formação e de suas experiências diárias.
Essas crianças não apenas usarão a tecnologia, elas viverão em simbiose com ela. Para elas, assistentes virtuais, veículos autônomos e algoritmos que personalizam suas interações serão tão comuns quanto os smartphones são para os nativos digitais de hoje. Desde os primeiros meses de vida, algoritmos irão ajustar suas experiências de aprendizagem, suas interações sociais e até suas escolhas de vida. O que para nós ainda é uma ideia embrionária —a inteligência artificial influenciando decisões— será, para esses novos humanos, algo tão rotineiro quanto a luz elétrica o foi para as gerações passadas.
Pense nas pequenas crianças nativas digitais de hoje, muitas delas embaladas ao som e às imagens estroboscópicas da "Galinha Pintadinha", transmitidas pela tela de um tablet. Elas se familiarizam com o toque em uma tela de vidro antes mesmo de aprenderem a segurar um lápis. Os nativos algorítmicos viverão em um mundo em que a IA estará presente desde o primeiro dia de suas vidas, adaptando-se a seus ritmos, preferências e necessidades. Não será apenas uma questão de entretenimento —a IA se tornará uma interface fundamental entre o ser humano e o mundo.
Talvez, no futuro, esses nativos algorítmicos olhem para nós, seus pais e avós, e perguntem com uma certa incredulidade: "Vocês realmente precisavam fazer todas as suas escolhas sozinhos? Decidiram suas carreiras, seus relacionamentos, suas finanças sem consultar um algoritmo?". E nós, talvez com um misto de nostalgia e estranheza, responderemos: "Sim, e algumas vezes até acertávamos".
Se os nativos analógicos tiveram que enfrentar a revolução digital e os nativos digitais se adaptaram a ela sem esforço, agora estamos diante de uma geração que será completamente moldada pela inteligência artificial. Podemos chamá-los de geração sintética. Aqui, não estamos falando apenas de uma geração que usará a IA para tomar decisões triviais ou facilitar a vida cotidiana. A IA será uma presença profunda e constante, influenciando, talvez até determinando, a maneira como esses novos humanos pensam, aprendem e interagem entre si e com o mundo.
Se, por um lado, a integração contínua da IA na nossa vida pode parecer que vai melhorar muitos aspectos da experiência humana, vamos fazer uma reflexão pelo terreno da comunicação, apenas uma entre milhares de áreas que precisam ser reconsideradas à luz da IA.
Hoje, os nativos digitais preferem se comunicar por texto ou áudio gravado. Para eles, receber uma ligação por voz de alguém, ao vivo, é quase que uma infelicidade, é visto como algo sem propósito, algo do passado.
No texto, os chamados emojis são essenciais. Eles facilitam a comunicação instantânea, permitindo que uma lágrima, um sorriso ou uma explosão de raiva sejam transmitidos em segundos. Contudo, essa mesma facilidade que agiliza a troca de mensagens pode ser também uma forma de empobrecimento da linguagem. As palavras, que antes carregavam consigo nuances emocionais, subjetividades e camadas de significado, agora são frequentemente substituídas por um ícone que, embora universal, é limitado em sua capacidade de transmitir as sutilezas da condição humana.
Mas a geração sintética pode vivenciar algo muito diferente. Um dos efeitos colaterais positivos —e provavelmente não intencionais— dessa fusão com a IA poderá ser o retorno a uma linguagem correta, mais rica e detalhada. Enquanto os nativos digitais se acostumaram com abreviações, ícones e atalhos emocionais, os nativos algorítmicos terão assistentes de IA que não só revisarão suas mensagens, mas também as aprimorarão. Cada interação será uma oportunidade de aprendizado linguístico, onde algoritmos irão sugerir não apenas correções gramaticais, mas melhorias de estilo, vocabulário e até mesmo a escolha de palavras que melhor refletem o que se deseja comunicar.
Imagine um jovem digitando celeremente "To indo. A gnt se vê dps" e a IA sugerindo: "Estou a caminho. Nos encontraremos mais tarde". Esse processo contínuo de refinamento não apenas corrigirá erros, mas reeducará o usuário, oferecendo-lhe a possibilidade de expressar-se de forma mais clara, elaborada e, paradoxalmente, mais humana.
Esse possível aprimoramento, contudo, levanta questões importantes sobre o futuro da espontaneidade humana. Se nossas palavras, decisões e até pensamentos forem continuamente modelados e otimizados por algoritmos, até que ponto nossa voz continuará sendo verdadeiramente nossa? A experiência humana, com todas as suas contradições e incertezas, é marcada justamente pelo erro, pela imprevisibilidade, pela tentativa. Se cada palavra, cada gesto for calibrado para a versão "ideal", o que será feito de nossa autenticidade? A geração sintética terá uma voz híbrida, uma fusão do humano com o algoritmo.
Eles poderão ser mais precisos, mais articulados, mas, talvez, menos imprevisíveis. É possível que se tornem mais eficientes em transmitir o que sentem e pensam, mas, ao mesmo tempo, menos espontâneos, menos surpreendentes —características tão intrinsecamente humanas.
Essa dualidade na comunicação é apenas um reflexo do que pode acontecer em todos os aspectos da existência. A presença constante da IA em nossas vidas claramente não trará apenas benefícios, mas também nos forçará a confrontar esse paradoxo fundamental: até que ponto estamos dispostos a trocar a imperfeição humana por uma versão otimizada de nós mesmos?
Talvez já estejamos caminhando para um ponto em que não seremos mais apenas Homo sapiens —o homem sábio—, mas algo novo, algo que reflita essa integração cada vez mais profunda com a tecnologia. Podemos estar diante do surgimento do Homo aineticus, um ser cuja sabedoria não é apenas resultado de sua cognição biológica, mas da união entre a inteligência humana e a artificial.
Este artigo tem como objetivo propor semanticamente três denominações possíveis para essa nova e futura realidade, além de deixar registrado, pela primeira vez, essas novas classificações que passam a ser publicadas aqui pela primeira vez. Assim, ficam informalmente patenteadas:
"Aineticus", criação baseada na fusão de dois conceitos: AI, primeira sílaba, sigla de inteligência artificial em inglês, que representa o elemento tecnológico que permeia todas as interações dessa nova era; e "neticus", derivado do termo grego "kinesis", que significa movimento, ação ou dinâmica, simbolizando a transformação na relação entre humanos e máquinas;
Geração sintética: denominação para aqueles que crescerão em um ambiente onde a IA participa ativamente de todas as esferas da vida;
Nativos algorítmicos: aqueles cuja vida será profundamente influenciada por algoritmos, em todos os aspectos. Não será mais uma questão de escolha, mas de coexistência.
Essas três denominações servem para nos lembrar que estamos apenas começando a compreender a profundidade das mudanças que estão por vir. Não é mais uma questão de se adaptar ao digital ou de aprender a conviver com o algoritmo. Estamos diante da criação de uma nova identidade humana, uma redefinição do que significa viver e existir em um mundo onde a inteligência artificial não será mais uma ferramenta externa, mas uma parte intrínseca do próprio tecido da experiência humana.

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AI's growing role in Vocational Education

AI's growing role in Vocational Education | Inovação Educacional | Scoop.it
Vocational education stands apart from K12 and higher education by focusing on practical skills that lead directly to employment. While K12 follows standardised curricula aimed at broad, long-term knowledge and competencies, and higher education balances academic and research priorities, vocational programs tend to prioritise hands-on, practical training for specific careers.
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Today, 9:22 AM
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Lançamento de livro: “Um Olhar Sobre o Ensino Superior no Brasil” 

O livro examina os principais desafios enfrentados pelo país, começando pela necessidade de ampliação e democratização do acesso à educação superior. Propõe como solução viável uma reestruturação nos modelos de instituições públicas de ensino superior, incluindo a criação das Faculdades Federais do Brasil, que trará ao sistema, além da expansão, também a diversidade, agilidade, flexibilidade e mobilidade necessárias.
Além disso, para a formação de recursos humanos qualificados para a inovação científica e tecnológica, a obra propõe a criação de um novo modelo de financiamento ao ensino superior público, de caráter temporário, com os Centros de Formação em Áreas Estratégicas (CFAEs), focando na indução de um ecossistema educacional e científico que favoreça o desenvolvimento socioeconômico sustentável e a redução das desigualdades sociais e regionais.

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A IA no ensino superior: caminhos para humanizar e reter talentos

A IA no ensino superior: caminhos para humanizar e reter talentos | Inovação Educacional | Scoop.it
Por mais que a IA avance em termos de capacidade de resposta, velocidade e eficiência, o elemento humano permanece essencial na construção de uma experiência de atendimento satisfatória e acolhedora. A IA pode monitorar o progresso acadêmico do aluno e enviar alertas em casos de desempenho abaixo do esperado, por exemplo. Mas a abordagem ideal vai além de notificações automatizadas: é preciso que o aluno se sinta verdadeiramente amparado e acolhido pela instituição. Porém, aquele profissional protocolar está com os dias contados na IES; em 2025, veremos uma possível substituição em massa por IA no setor, abrindo espaço para que profissionais de destaque se sobressaiam nas IES.
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Perfil de quem faltou ao Enem mostra que Pé-de-Meia tem limites para reduzir a abstenção da prova

Perfil de quem faltou ao Enem mostra que Pé-de-Meia tem limites para reduzir a abstenção da prova | Inovação Educacional | Scoop.it

Grande maioria dos candidatos que perderam o teste em 2022 e 2023 já tinha se formado no ensino médio, e, portanto, estaria fora do escopo do programa do governo federal
Lançado para manter estudantes da rede pública na escola e estimular a participação no Enem, o programa Pé-de-Meia, do governo federal, não teve um impacto de peso na abstenção no exame, nos seus primeiros anos de funcionamento. O detalhamento do perfil de quem se inscreveu, mas não foi às provas em 2022 e 2023 mostra que a maior parte havia se formado no ensino médio, e portanto, não receberia os R$ 200 destinados a alunos vulneráveis do ensino público como incentivo para participar. Mas os dados indicam que, a longo prazo, a ajuda aos estudantes da rede pública pode fazer mais diferença. A maior parte dos que faltaram ao Enem, nos dois anos anteriores, é de candidatos de baixa renda.
Manuel Palácios, presidente do Inep, instituto responsável pelas estatísticas do Ministério da Educação e pelo Enem, reconheceu que esperava uma queda na taxa de abstenção deste ano por conta do Pé-de-Meia, o que não ocorreu. O primeiro dia da prova, no domingo passado, teve apenas uma pequena variação no número de faltosos: de 28% dos inscritos, em 2023, para 26%, neste ano.
De acordo com os microdados do Inep, 729 mil dos 1,1 milhão de faltosos do Enem no ano passado já haviam se formado. Isso significa que 66% da taxa de abstenção em 2023 é formada pelos candidatos desse perfil. Outros 299 mil que se inscreveram e não compareceram ao exame estavam no 3º ano do ensino médio, grupo que poderia ser atendido pelo Pé-de-Meia. Mas esse contingente corresponde a apenas 27% dos que perderam o teste.
— O Brasil tem uma quantidade enorme de pessoas que ainda não fizeram o ensino superior e ao mesmo tempo vive um apagão (de formados) em diferentes setores, como na Engenharia e em algumas licenciaturas. O Enem é a porta de entrada para solucionar esse problema. O número de inscritos da prova já caiu do patamar que era. É preciso enfrentar esse problema da abstenção — alerta Cleuza Repulho, especialista em educação da Fundação Getúlio Vargas (FGV) do Rio.
Além do custo social, um patamar alto de abstenção causa um grande desperdício de provas impressas. De acordo com o Inep, a aplicação do Enem 2024 exigiu a impressão de 300 milhões de páginas. Mas cerca de 75 milhões de páginas serão descartadas sem que tenham sido usadas.
Desde 2009, quando a prova passou a ser utilizada como seleção do ensino superior, a taxa de abstenção nunca caiu abaixo de 25%. O correspondente a 2020, no auge da pandemia de Covid-19, adiado para março do ano seguinte, atingiu um pico de 51,5%.
Em 2017, o edital do Enem criou um mecanismo para punir faltosos. A regra, ainda em vigor, definiu que os candidatos que recebessem a gratuidade e não fossem perdem o direito de fazer o exame no ano seguinte, a não ser que apresentem uma das justificativas previstas no edital. Entre os motivos aceitos, estão contaminação por doenças infectocontagiosas ou desastres naturais.
Os dados mostram que o Amazonas é o estado com a maior taxa de abstenção. O Ceará, reconhecido pela qualidade do ensino público, o que cacifou a escolha de Camilo Santana para chefiar o MEC, é um dos três com menor número de faltosos. A renda e a faixa etária impactam: mais velhos e mais pobres faltaram mais. Em geral, quem falta são pessoas que, entre as inscrições em maio e as provas em novembro, perderam o interesse ou a esperança que tinham, por desmotivação ou falta de confiança na própria capacidade.
Aos 24 anos, Allan Junior, morador de Niterói, se inscreveu para testar suas habilidades, mas não estava “muito motivado”. Na véspera da prova, preferiu sair com amigos à noite e perdendo a hora no domingo:
— Mas estou tranquilo. Sempre tem o ano que vem — disse.
Para Cleuza Repulho, governos estaduais e o Ministério da Educação precisam trabalhar juntos para reduzir a abstenção no Enem. Na avaliação da especialista, é preciso intensificar campanhas de estímulo ao comparecimento durante o ano.
— É uma estratégia muito importante. Não acredito em penalização em quem faltar, mas de estímulo por canais oficiais, TV aberta e rádio — recomenda.
Mais inscrições
Mesmo que não tenha um impacto de peso na taxa total de abstenção a curto prazo, o estímulo do pagamento a alunos vulneráveis no Pé-de-Meia para fazer a prova do Enem já fez alguma diferença. O número de inscrições, primeiro passo para essa tarefa, já subiu. Em 2023, pouco mais da metade dos formandos de escolas públicas se inscreveram na prova. Neste ano, esse patamar ultrapassou os 90%.
Carolline Magalhães de Freitas, de 17 anos, se sentiu estimulada pelo programa. Em seu primeiro Enem, ela conta que o Pé-de-Meia ajudou com as despesas da sua família sem precisar abandonar o estudo.

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Today, 2:56 PM
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Salvador registra tiroteios perto de 3 em cada 4 escolas

Salvador registra tiroteios perto de 3 em cada 4 escolas | Inovação Educacional | Scoop.it

O estudo, obtido com exclusividade pela Folha, mapeou os tiroteios registrados em Salvador no período de 4 de julho de 2022 a 30 de agosto de 2024 e identificou 728 casos de trocas de tiros em áreas que ficam em um raio de até 300 metros de escolas e que aconteceram entre as 6h e as 22h.
No período, foram registrados tiroteios próximo de 443 das 593 unidades de ensino estaduais e municipais de Salvador, o equivalente a 3 em cada 4 escolas. Em média, dentre os 200 dias que compõem o ano letivo, ao menos 161 tiveram registro de tiros no entorno de escolas.
"Os resultados são chocantes, estarrecedores. O que o levantamento mostra é que problema existe e não é casuístico. Não é sobre uma escola, existe uma rotina de violência armada que está afetando a educação em Salvador", afirma Maria Isabel Couto, diretora de dados e transparência do Fogo Cruzado.

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Today, 1:22 PM
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Brasil integra avaliação inédita da OCDE sobre educação infantil

Entrada do Sesi como parceiro viabiliza a realização completa do estudo no País; estudo principal será iniciado em 2025
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Today, 1:19 PM
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A importância da rede de apoio social no envelhecimento feminino

A importância da rede de apoio social no envelhecimento feminino | Inovação Educacional | Scoop.it
É preciso que as mulheres no processo de envelhecimento construam redes de apoio e troquem experiências.
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Today, 1:17 PM
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Universities, students and the Generative AI imperative

Universities, students and the Generative AI imperative | Inovação Educacional | Scoop.it

Since the explosion of Generative AI in early 2023, the genie is truly out of the bottle and there is no turning back. But what do academics and international students think about Generative AI?
QS conducted a survey late in 2023 to provide a snapshot to higher education institutions of perspectives on Generative AI from academics and students. This report analyses the results of the 1,663 respondents to the QS Generative AI Academic and Student Pulse Surveys.

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Today, 11:09 AM
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Caminhos para atrair os melhores

Caminhos para atrair os melhores | Inovação Educacional | Scoop.it
Painel de especialistas organizado pela Fundação Victor Civita aponta oito sugestões concretas para aumentar a atratividade da carreira docente. Propostas incluem recuperação salarial, melhoria nas condições de trabalho, revisão da formação e resgate do valor social da profissão
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Today, 9:55 AM
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World Intellectual Property Indicators 2024

World Intellectual Property Indicators 2024 | Inovação Educacional | Scoop.it
World Intellectual Property Indicators is the annual survey of intellectual property (IP) activity around the world carried out by WIPO, the United Nations specialized agency for innovation and IP. This authoritative report analyzes IP activity around the globe. Drawing on 2023 filing, registration and renewals statistics from national and regional IP offices and WIPO, World Intellectual Property Indicators covers patents, utility models, trademarks, industrial designs, microorganisms, plant variety protection and geographical indications.
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Today, 9:52 AM
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A guerra tecnológica EUA-China só começa

A guerra tecnológica EUA-China só começa | Inovação Educacional | Scoop.it

Pouco antes da eleição presidencial nos Estados Unidos, Roberto Lighthizer, ex-principal negociador comercial de Donald Trump e agora candidato a secretário do Tesouro, deu uma mostra de como a relação com a China será bem menos previsivel e mais conflituosa.
O apetite dos trumpistas para impor alta de tarifas sem precedentes sobre importações, a começar contra a China, uma vez Trump reinstalado na Casa Branca, é considerada ainda mais necessária para também frear a deterioração da indústria americana na área de inovação.
‘Basicamente, perdemos os setores nuclear, eletrônico, têxtil e químico’, escreveu Lighthizer. ‘A inovação também ficou para trás. O Australian Strategic Policy Institute constatou que os EUA estão atrás da China em 57 das 64 tecnologias essenciais’.
Um relatório publicado pela Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI) na quarta-feira, um dia depois da eleição de Trump, mostrou outro dado preocupante para os americanos: a China fez 1,64 milhão de pedidos de patentes no ano passado, três vezes mais que os 518,3 mil pelos EUA.
Outro levantamento identificou mais de 38 mil invenções na China ligadas à inteligência artificial generativa, seis vezes mais que nos EUA entre 2014 et 2023.
A China é vista em Washington como o maior problema para a segurança nacional dos EUA. O presidente Xi Jinping prometeu que seu país será a principal potência economica, militar e tecnológica em 2049, que marcará o aniversário de 100 anos da revolução de Mao Tsé-Tung.
Com Trump 2.0, mais alta de tarifas contra produtos chineses e proibição de exportação de alta tecnologias para a China serão uma parte dos movimentos para tentar retardar o desenvolvimento chinês. Análise do Citi, mencionado pelo Financial Times, estima que, num cenário extremo, no qual Pequim será incapaz de desviar parte de seu comercio dos EUA para outros países, as tarifas de 60% que Trump ameaça impor causariam uma perda de 2,4 pontos percentuais no crescimento economico chinês.
O relatório que Lighthizer mencionou, do Australian Strategic Policy Institute, que é financiado principalmente pelo governo australiano, abrange 64 tecnologias críticas e campos cruciais como defesa, espaço, energia, meio ambiente, inteligência artificial (IA), biotecnologia, robótica, cibernética, computação, materiais avançados e áreas-chave da tecnologia quântica no período 2019-2023.
Os resultados revelam a ‘impressionante mudança’ na liderança da pesquisa nas últimas duas décadas para as grandes economias do Indo-Pacífico, graças sobretudo a ganhos excepcionais da China.
Entre 2003 e 2007, os EUA eram a potência dominante nas pesquisas, liderando em 60 das 64 tecnologias. Mas nos cinco anos mais recentes (2019-2023) a liderança americana caiu para apenas sete áreas tecnógicas.
Em contrapartida, a China, que estava à frente em apenas três das 64 tecnologias em 2003-2007, passou a país líder em 57 das 64 tecnologias em 2019-2023.
Os novos ganhos da China ocorreram em sensores quânticos, computação de alto desempenho, sensores gravitacionais, lançamento espacial e projeto e fabricação de circuitos integrados avançados (fabricação de chips semicondutores). Os EUA lideram em computação quântica, vacinas e contramedidas médicas, medicina nuclear e radioterapia, satélites de pequeno porte, relógios atômicos, engenharia genética e processamento de linguagem natural.
Nos últimos 21 anos, a China passou de uma posição intermediária na pesquisa global para potência científica e de pesquisa que tem sido gradual, mas consistente.
Segundo o relatório, a China conseguiu converter sua liderança em pesquisa em fabricação em alguns campos, como o de baterias elétricas. Mas observa que há outras áreas em que os chineses demoram mais para transformar seu forte desempenho em pesquisa em capacidade tecnológica real.
A conclusão do instituto australiano é, em todo o caso, que a China, como investimento ‘insuperável e instituições de alto desempenho’, tende a construir uma liderança ‘estável e inacatável’, por exemplo em materiais e manufatura avançados. 
Mais modestamente, também a Índia emerge como um importante centro de inovação e está entre os cinco principais países em 45 das 64 tecnologias. Já o Reino Unido saiu das classificações dos cinco principais países em oito tecnologias, caindo de 44 no ano passado para 36. A União Europeia, como bloco, é um ator tecnológico competitivo, tendo a Alemanha como o país com melhor desempenho.
Por sua vez, a Coreia do Sul está entre os cinco primeiros em 24 tecnologias, enquanto o Japão está reduzido a apenas oito.
O relatório em suas 66 páginas não menciona uma vez sequer a América Latina.

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Today, 9:42 AM
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Faculdades e EaD podem aumentar o acesso ao ensino público superior

Faculdades e EaD podem aumentar o acesso ao ensino público superior | Inovação Educacional | Scoop.it
Faculdades públicas, cursos noturnos e expansão do ensino a distância (EaD) em cursos superiores são algumas das propostas do grupo de trabalho da Academia Brasileira de Ciências (ABC) para aperfeiçoar o ensino superior público e democratizar o acesso à educação de qualidade.
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Today, 9:37 AM
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AI’s impact on the future of Higher Education

AI’s impact on the future of Higher Education | Inovação Educacional | Scoop.it
The landscape for AI adoption in higher education differs significantly from that in K12 education. While K12 education tends to be degrees of compulsory and generally organised by localised districts overseen by central government or private operators, higher education is typically voluntary and operates in a competitive global marketplace where institutions vie for student recruitment, retention, and success.
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Cogna (COGN3) reverte prejuízo e tem lucro líquido ajustado de R$ 32,8 milhões

Cogna (COGN3) reverte prejuízo e tem lucro líquido ajustado de R$ 32,8 milhões | Inovação Educacional | Scoop.it

A dívida líquida reduziu R$ 257,5 milhões ou 7,8% em relação ao 3T23, passando de R$ 3,5 bilhões para R$ 3,05 bilhões, resultado positivo principalmente pela geração de caixa da companhia no período
Em relação à alavancagem, como o esperado na divulgação do balanço anterior, houve redução do patamar. A alavancagem da companhia reduziu de 1,88 vez no 3T23 para 1,58 vez no 3T24, seu menor nível de alavancagem em 22 trimestres, desde o 4T18. lavancagem caiu de al, de acordo com a Cogna. “Nossa expectativa é que o segundo semestre seja de maior geração de caixa e, portanto, redução mais forte na alavancagem”, comenta.

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EaD pode aumentar acesso ao ensino público superior

EaD pode aumentar acesso ao ensino público superior | Inovação Educacional | Scoop.it
O relatório, intitulado *Um olhar sobre o ensino superior no Brasil*, sugere que as novas faculdades federais sejam voltadas exclusivamente para a formação de profissionais, reduzindo os custos por aluno e permitindo uma expansão mais ágil de vagas no ensino superior. Diferente das universidades federais, que também atuam em pesquisa e extensão, essas faculdades priorizariam a formação, ampliando o acesso à educação pública e atendendo às necessidades dos estudantes, como maior flexibilidade e cursos noturnos.
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Programa Financia inovação na educação superior privada

Instituições que estejam em funcionamento há pelo menos três anos, com receita operacional bruta superior a R$ 16 milhões poderão participar
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