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Inovação Educacional
September 10, 2024 9:19 AM
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O que acontece quando a maioria faz uso de uma IA para realizar suas atividades laborais? E, no caso dos estudantes, quando os trabalhos passam a ser produzidos com o apoio de uma IA generativa? Luciano Sathler É PhD em administração pela USP e membro do Conselho Deliberativo do CNPq e do Conselho Estadual de Educação de Minas Gerais As diferentes aplicações de Inteligência Artificial (IA) generativa são capazes de criar novos conteúdos em texto, imagens, áudios, vídeos e códigos para software. Por se tratar de um tipo de tecnologia de uso geral, a IA tende a ser utilizada para remodelar vários setores da economia, com impactos políticos e sociais, assim como aconteceu com a adoção da máquina a vapor, da eletricidade e da informática. Pesquisas recentes demonstram que a IA generativa aumenta a qualidade e a eficiência da produção de atividades típicas dos trabalhadores de colarinho branco, aqueles que exercem funções administrativas e gerenciais nos escritórios. Também traz maior produtividade nas relações de suporte ao cliente, acelera tarefas de programação e aprimora mensagens de persuasão para o marketing. O revólver patenteado pelo americano Samuel Colt, em 1835, ficou conhecido como o "grande equalizador". A facilidade do seu manuseio e a possibilidade de atirar várias vezes sem precisar recarregar a cada disparo foram inovações tecnológicas que ampliaram a possibilidade individual de ter um grande potencial destrutivo em mãos, mesmo para os que tinham menor força física e costumavam levar desvantagem nos conflitos anteriores. À época, ficou famosa a frase: Abraham Lincoln tornou todos os homens livres, mas Samuel Colt os tornou iguais. Não fazemos aqui uma apologia às armas. A alegoria que usamos é apenas para ressaltar a necessidade de investir na formação de pessoas que sejam capazes de usar a IA generativa de forma crítica, criativa e que gerem resultados humanamente enriquecidos. Para não se tornarem vítimas das mudanças que sobrevirão no mundo do trabalho. A IA generativa é um meio viável para equalizar talentos humanos, pois pessoas com menor repertório cultural, científico ou profissional serão capazes de apresentar resultados melhores se souberem fazer bom uso de uma biblioteca de prompts. Novidade e originalidade tornam-se fenômenos raros e mais bem remunerados. A disseminação da IA generativa tende a diminuir a diversidade, reduz a heterogeneidade das respostas e, consequentemente, ameaça a criatividade. Maior padronização tem a ver com a automação do processo. Um resultado que seja interessante, engraçado ou que chama atenção pela qualidade acima da média vai passar a ser algo presente somente a partir daqueles que tiverem capacidade de ir além do que as máquinas são capazes de entregar. No caso dos estudantes, a avaliação da aprendizagem precisa ser rápida e seriamente revista. A utilização da IA generativa extrapola os conceitos usualmente associados ao plágio, pois os produtos são inéditos – ainda que venham de uma bricolagem semântica gerada por algoritmos. Os relatos dos professores é que os resultados melhoram, mas não há convicção de que a aprendizagem realmente aconteceu, com uma tendência à uniformização do que é apresentado pelos discentes. Toda Instituição Educacional terá as suas próprias IAs generativas. Assim como todos os professores e estudantes. Estarão disponíveis nos telefones celulares, computadores e até mesmo nos aparelhos de TV. É um novo conjunto de ferramentas de produtividade. Portanto, o desafio da diferenciação passa a ser ainda mais fundamental diante desse novo "grande equalizador". Se há mantenedores ou investidores sonhando com a completa substituição dos professores por alguma IA já encontramos pesquisas que demonstram que o uso intensivo da Inteligência Artificial leva muitos estudantes a reduzirem suas interações sociais formais ao usar essas ferramentas. As evidências apontam que, embora os chatbots de IA projetados para fornecimento de informações possam estar associados ao desempenho do aluno, quando o suporte social, bem-estar psicológico, solidão e senso de pertencimento são considerados, isso tem um efeito negativo, com impactos piores no sucesso, bem-estar e retenção do estudante. Para não cair na vala comum e correr o risco de ser ameaçado por quem faz uso intensivo da IA será necessário se diferenciar a partir das experiências dentro e fora da sala de aula – online ou presencial; humanizar as relações de ensino-aprendizagem; implementar metodologias que privilegiem o protagonismo dos estudantes e fortaleçam o papel do docente no processo; usar a microcertificação para registrar e ressaltar competências desenvolvidas de forma diferenciada, tanto nas hard quanto soft skills; e, principalmente, estabelecer um vínculo de confiança e suporte ao discente que o acompanhe pela vida afora – ninguém mais pode se dar ao luxo de ter ex-alunos. Atenção: esse artigo foi exclusivamente escrito por um ser humano. O editor, Michael França, pede para que cada participante do espaço "Políticas e Justiça" da Folha sugira uma música aos leitores. Nesse texto, a escolhida por Luciano Sathler foi "O Ateneu" de Milton Nascimento.
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Inovação Educacional
March 16, 6:11 PM
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O WhatsApp está desenvolvendo dois novos recursos que prometem transformar a interação dos usuários com inteligência artificial (IA) dentro do app. De acordo com o site WABetaInfo, o primeiro recurso visa permitir a criação de chatbots personalizados, e está disponível na versão beta do aplicativo para iOS. O outro é uma aba dedicada para chats com personagens de IA, que está em desenvolvimento e promete trazer mais opções de ferramentas baseadas em IA para os usuários. Ainda não há previsão de lançamento para o público geral. A funcionalidade de criação de chatbots de IA foi inicialmente anunciada na versão beta para Android, e agora a atualização para iOS confirma que o recurso será implementado também para usuários dessa plataforma. A novidade permitirá que os usuários criem personagens de IA com personalidade e funções específicas, oferecendo maior controle sobre o comportamento do chatbot.
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Inovação Educacional
March 16, 6:05 PM
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Avanços recentes de Google, Amazon e Microsoft, além de China Telecom Quantum Group (CTQG), indicam um alvo claro. “O santo graal da computação quântica é o controle de erros das máquinas”, afirma Ivan Oliveira, pesquisador do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas. Sem resolver esse desafio, é impossível criar computadores quânticos capazes de solucionar problemas complexos, como a criação de novos materiais, o desenvolvimento de novos remédios e a solução de operações logísticas e financeiras.
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Inovação Educacional
March 16, 6:03 PM
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A usina hidrelétrica binacional de Itaipu se prepara para financiar uma obra orçada em R$ 752 milhões no campus da Universidade Federal Latino-Americana (Unila), em Foz do Iguaçu, no Paraná. O projeto, idealizado pelo governo Lula no segundo mandato, teve as obras paralisadas em 2014 e deve ser retomado em abril, com a construção de um restaurante universitário, um edifício administrativo, além de um bloco de salas de aula.
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Esses gastos de Itaipu, chamados de “outras despesas de exploração”, incluem gastos “socioambientais” que não têm relação com a geração de energia, mas acabam deixando a conta de luz mais cara. Entidades do setor elétrico defendem o fim dessas despesas para que haja redução da tarifa cobrada dos consumidores brasileiros.
Procurado, o Ministério de Minas e Energia (MME) disse que a redução da tarifa tem sido prioridade da usina, após determinação do ministro Alexandre Silveira, e que são previstos aportes de R$ 2 bilhões para reduzir a conta em 2025.
Já o Ministério da Educação e a Itaipu responderam que o valor da obra na universidade inclui “custos de revisão dos mais de 3 mil projetos executivos da obra de Oscar Niemeyer”. O Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (Unops), que conduz o projeto, afirmou que o valor é uma estimativa e que a obra está em fase de licitação (leia mais abaixo).
Para você
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Obras no campus da Universidade Universidade Federal Latino-Americana (Unila), em Foz do Iguaçu, no Paraná. Foto: Unila Navegue neste conteúdo
Entenda o projeto
Valor final depende de licitação
Conta de luz poderia cair
‘Janjapalooza’, COP-30 e emas no Alvorada
Entidades do setor elétrico, no entanto, entendem que a tarifa de Itaipu não está caindo, mas apenas deixando de subir, após acordo feito entre Brasil e Paraguai.
“Os custos de Itaipu foram crescendo, mas não para a compra de equipamentos, linhas de transmissão ou unidades geradoras de energia – e sim para gastos socioambientais. Somos contra o consumidor brasileiro ser suporte financeiro de obras”, afirma Luiz Eduardo Barata, presidente da Frente Nacional dos Consumidores de Energia.
NEWSLETTER Economia & Negócios O cenário econômico do Brasil e do mundo e as implicações para o seu bolso, de segunda a sexta. INSCREVA-SE Ao se cadastrar nas newsletters, você concorda com os Termos de Uso e Política de Privacidade. Especialistas em contas públicas também criticam essas despesas por correrem por fora do Orçamento federal, com menos transparência.
“Trata-se de um gasto tipicamente orçamentário, mas que não está no Orçamento”, diz o economista e pesquisador do Insper Marcos Mendes. “Para que se tenha conhecimento do gasto total e das escolhas de alocação, um princípio fundamental é o da unicidade do Orçamento: todas as despesas e receitas em políticas públicas precisam estar dentro da peça orçamentária”, diz.
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Nos últimos anos, esse tipo de gasto “socioambiental” foi turbinado por Itaipu, à medida que a usina foi terminando de pagar os financiamentos externos (ver gráfico abaixo). Depois de 50 anos, os empréstimos contratados pelo Brasil para a construção da usina foram totalmente quitados, em fevereiro de 2023. Para o setor elétrico, a redução dessa despesa deveria ser totalmente repassada para a conta de luz, o que faria a tarifa da usina para o consumidor cair cerca de 30%, de US$ 16,71 o MWh para a casa de US$ 12.
Entenda o projeto A Unila é um projeto idealizado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em seu segundo mandato, e que tinha como foco promover a integração de estudantes da América Latina. O campus, projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, nunca foi finalizado, apesar de a universidade funcionar desde 2010 e contar hoje com mais de 4 mil alunos.
Em 2014, as obras para a construção das edificações foram paralisadas após a desistência do projeto por parte do consórcio Mendes Junior-Schahin, que alegou desequilíbrio econômico-financeiro do projeto.
Leia mais Por que Itaipu vai gastar R$ 240 milhões para comprar 3 mil hectares de terras para indígenas
Acordo de Itaipu deixará de baratear conta de luz para destinar R$ 6 bi até para obras em MS
“O consórcio Mendes Júnior-Schahin abandonou a construção, alegando desequilíbrio econômico-financeiro em razão do aumento de custos originados por divergências e incompatibilidades no projeto e a necessidade de alteração nas fundações do prédio de aulas e restaurante, após a descoberta de falhas geológicas”, diz a Unila em seu site.
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Em 2023, com a presença de Lula, foi firmado um convênio entre a Unila e a usina de Itaipu, que se comprometeu a financiar a obra.
O presidente Lula da Silva durante cerimônia de assinatura do Protocolo de Intenções Itaipu/MEC/UNILA em julho de 2023. Foto: Ricardo Stuckert/PR “Essa universidade aqui é a revolução que eu quero para a América Latina. Uma América Latina politizada, uma América Latina com milhões de engenheiros”, disse Lula no evento.
Valor final depende de licitação O projeto é conduzido em parceria com o Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (Unops) e supervisionado pelo Ministério da Educação (MEC). Procurada, o Unops explicou que o valor de R$ 752 milhões firmado com Itaipu é uma estimativa e que a obra está em fase de licitação – quando os consórcios apresentam propostas sobre o quanto gastariam para executar o projeto.
“Atualmente, o Unops está finalizando o processo licitatório, razão pela qual maior detalhamento de valores e do cronograma de desembolso só poderá ser realizado após a divulgação dos resultados da licitação”, afirmou a entidade, por meio da sua assessoria.
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Além do restaurante, do edifício-sede e das salas de aula do novo campus, o consórcio vencedor terá de construir também marquises, uma passarela e as vias de acesso ao novo campus.
A previsão é de que o resultado da licitação seja conhecido ainda este mês, para início das obras em abril.
“O Unops prevê a adjudicação do contrato para a execução das obras da Unila e o início das obras para o mês de abril de 2025. No momento, o processo encontra-se em fase de avaliação e, portanto, as informações são confidenciais e restritas ao comitê de avaliação”, afirmou a entidade.
Por meio de nota, o Ministério da Educação e a usina de Itaipu afirmaram que o valor para finalizar o projeto inclui “custos de revisão dos mais de 3 mil projetos executivos da obra de Oscar Niemeyer”. Como o processo de licitação está em fase de análise, há sigilo sobre o detalhamento de valores.
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“O Unops está finalizando o processo licitatório, razão pela qual maior detalhamento de valores e do cronograma de desembolso só será possível após a divulgação dos resultados da licitação”, diz o texto.
Conta de luz poderia cair Richard Lee Hochstetler, Diretor de Assuntos Econômicos e Regulatórios do Instituto Acende Brasil, explica que a tarifa de energia de Itaipu está na casa de US$ 16 o quilowatt-hora (kWh). Com o fim do pagamento das amortizações dos empréstimos, a tarifa poderia ter sido reduzida para US$ 12 o kWh.
Após negociações entre Brasil e Paraguai, e o aumento dos gastos socioambientais, a tarifa subiu para US$ 19 por kWh. O ministro Alexandre Silveira negociou com Itaipu para que a usina pague uma espécie de “cashback” para o consumidor brasileiro – o que, na prática, manteve a tarifa em US$ 16.
“Ainda assim, é um custo maior do que poderia ser, se o fim do gasto com o financiamento da obra (de Itaipu) fosse integralmente repassado para a tarifa”, explica Hochstetler
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Ele pontua que Itaipu é um projeto binacional, com gestão dos governos de Brasil e Paraguai – por isso a usina não está sujeita aos órgãos de fiscalização tradicionais do Brasil, como o Tribunal de Contas da União (TCU), e o próprio Congresso Nacional.
“Essas despesas socioambientais são um orçamento paralelo, não estão sujeitas aos procedimentos regulatórios. O TCU não atua, e também não passa pelo escrutínio do processo orçamentário do Congresso. Dá muita liberdade para os países (Brasil e Paraguai) fazerem o que quiserem”, afirmou.
O MME diz que a tarifa foi definida após acordo com Itaipu, e que recursos serão usados para baratear a conta do Brasil.
“Por orientação do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, os valores necessários para manter a tarifa da usina ao consumidor brasileiro têm sido priorizados em relação às contrapartidas socioambientais, com aportes previstos de cerca de R$ 2 bilhões por Itaipu em 2025″, afirmou a pasta em nota.
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‘Janjapalooza’, COP-30 e emas no Alvorada Os gastos socioambientais de Itaipu têm sido motivo de controvérsia, não só pelo aumento de despesas, mas também pelas escolhas dos projetos e risco de influência política.
Em 2023, Itaipu enviou um técnico veterinário para ajudar no manejo de 12 filhotes de emas que haviam nascido no Palácio do Alvorada, residência oficial do presidente Lula e da primeira-dama Janja da Silva, que é ex-funcionária aposentada de Itaipu.
“Toda a assessoria prestada pela Itaipu teve caráter técnico e não houve qualquer investimento financeiro na construção do recinto das emas no Palácio da Alvorada”, explicou Itaipu por meio de nota.
A empresa também doou R$ 15 milhões para o festival Aliança Global Contra a Fome a Pobreza, organizado pela primeira-dama, e que ficou conhecido como Janjapalooza, durante a cúpula do G-20, no Rio.
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Inovação Educacional
March 16, 5:51 PM
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Grupos de jovens misóginos que se reúnem em fóruns de discussão na internet foram associados a atos de violência em diversos países.
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Inovação Educacional
March 16, 8:01 AM
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Dados do Vigitel, do Ministério da Saúde, mostram, desde 2006, um crescimento consistente no sobrepeso e obesidade.
As consequências serão inúmeras, incluindo problemas no desenvolvimento infantil, saúde mental, pressão alta, diabetes, doenças cardiovasculares, entre outras. Entretanto, ainda carecemos de medidas concretas para mudar essa tendência.
Que fique claro que esse problema não será resolvido com medicamentos antiobesidade (tais como Ozempic).
Uma emergência de saúde pública devido ao sobrepeso e obesidade vem se desenhando há algum tempo. No Brasil e no mundo. Ou o Brasil se antecipa e encara isso agora, ou teremos outra tragédia anunciada.
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Inovação Educacional
March 16, 7:54 AM
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Aparelhos de TV box piratas apreendidos pela Receita Federal, que já vêm sendo transformados em computadores para escolas públicas mais vulneráveis, poderão ser também adaptados para controlar a presença de alunos nas aulas, por biometria. A expectativa é de que o sistema ajude a reduzir a evasão escolar. O projeto envolve a Receita Federal, estudantes e professores de áreas como engenharia e ciência da computação de instituições públicas de ensino. Eles recebem as caixas apreendidas e atuam como "hackers do bem" para convertê-las. A partir de 2021, primeiro no sul de Minas e depois em São Paulo e em outros estados, as caixas passaram a ser transformadas em computadores. Em SP, o projeto já contou com o apoio de Fatecs (Faculdades de Tecnologia do Estado de SP), da Unicamp (Universidade de Campinas), da Unesp (Universidade Estadual Paulista) e da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), entre outros. Pioneiro no estado, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP) - Campus Salto (interior) é um dos mais atuantes no país e já entregou 2.500 computadores feitos a partir de TVs box, sendo 1.500 para escolas públicas e outros mil para o atendimento à população em quiosques da Receita Federal. Neste ano, o IFSP de Salto começará a testar a conversão de TVs box em aparelhos para o controle de presença biométrico nas escolas e faculdades. Uma parte da conversão para esse novo uso é semelhante àquela da transformação em computador. "A TV box pirata vem com uma instalação de Android corrompida, que, com softwares maliciosos, rouba sinais de TV por assinatura", explica Luís Henrique Sacchi, doutor em engenharia elétrica pela Unicamp e professor de ciência da computação do Instituto Federal de Salto. Ele coordena os trabalhos com a TV box na instituição, que integra o projeto Bem-Te-Vi, da Receita Federal de Sorocaba. "Tiramos a instalação de Android e colocamos uma de Linux [sistema operacional gratuito]. Assim, a caixa de TV se transforma em um computador de baixo custo." Para utilizar a TV box como computador, é preciso acoplar a ela um monitor, um teclado e um mouse. Já para o controle de presença, é necessário conectar um leitor biométrico de impressão digital à caixinha de TV, além do software livre que está sendo desenvolvido no campus de Salto para esse propósito. Esse aparelho fica na mesa do professor, para que os alunos registrem sua presença. Ao final do dia, um email é enviado ao professor com os dados. O custo estimado de cada aparelho, sem uma produção em escala, gira em torno de R$ 600 a R$ 800. "Nas instituições públicas de ensino, muitas vezes, o controle da presença não é eficiente, o que dificulta o entendimento sobre a evasão escolar", afirma Sacchi. Ele explica que uma das dificuldades para um controle de presença efetivo é que nem sempre há um computador na sala de aula para que o professor registre a chamada no sistema eletrônico. O docente precisa, então, usar o próprio celular, e a tela pequena não é adequada para visualizar a lista de alunos. A plataforma do sistema da escola também pode estar fora do ar, e o sinal do wi-fi, fraco ou mesmo inexistente. Com o controle de presença biométrico, defende Sacchi, os dados seriam mais precisos e seria possível, por exemplo, criar mecanismos de aviso, tanto para a escola como para as famílias, em caso de faltas. "Um controle de presença eficiente pode alimentar softwares que busquem correlações com outros dados, por exemplo, se o aluno que está falando tem uma família com vulnerabilidade financeira, se está sendo atendido ou não por algum programa de apoio psicológico etc." Alunos de ciência da computação do Instituto Federal de Salto gravaram um vídeo sobre o projeto da TV box para ser exibido no recém-inaugurado Museu da Alfândega de Santos. "É um projeto no qual adquirimos experiência prática, que tem impacto na nossa vida acadêmica e na comunidade externa", diz Thiago Rafael Gonçalves da Silva, 23, diretor do projeto, que atuou na gravação do vídeo. Aline Santos Ferreira, 20, conta que já atuou na catalogação e na conversão das TVs box, e agora faz parte do departamento administrativo do projeto. "É algo que nos proporciona um conhecimento amplo, não só de sistemas operacionais e de hardwares, como também de gestão." No vídeo, os estudantes explicam que a Receita Federal apreende, por ano, cerca de 600 mil TVs box piratas. Em geral, esses produtos são destruídos. O programa Receita Cidadã, contudo, busca reduzir o lixo eletrônico ao transformar a pirataria, danosa à economia do país, em produtos úteis para a sociedade.
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March 16, 7:39 AM
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Nos últimos anos, cerca de dois terços do aumento do nível do mar estavam relacionados à adição de corpos de água continentais ao oceano, resultado do derretimento de geleiras. Apenas um terço era resultado da expansão térmica. Mas, em 2024, o jogo virou: dois terços do aumento do nível do mar estavam diretamente ligados à expansão térmica, o que faz sentido em um ano de fortes ondas de calor e recordes climáticos pelo globo.
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Inovação Educacional
March 14, 8:13 PM
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O declínio da indústria brasileira extrapolou a economia e tornou-se uma questão social e política crítica. Diante de um novo ambiente internacional, em que as grandes economias se preparam para se defender das políticas predatórias de nações mais avançadas, a fragilidade da economia, em especial de sua capacidade de inovação, transformou-se em um obstáculo para a melhoria dos salários e a geração de empregos decentes e mais qualificados. Uma trava real para a redução das desigualdades sociais. Embora o país tenha conseguido criar empresas globalmente competitivas e incentivar um número crescente de startups de tecnologia, o aumento do nível e da qualidade da inovação continua sendo o maior desafio para a elevação da produtividade. Não é segredo que o financiamento é caro, que o ambiente regulatório nem sempre é amigável e que a tributação e a infraestrutura amarram o país. O BNDES, a Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) e os planejadores públicos conhecem muito bem esses obstáculos, que já estavam presentes na PITCE (Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior, 2004), na Política de Desenvolvimento Produtivo (2008), no Plano Brasil Maior (2011) e no Inova Empresa (2013). Essas políticas industriais estimularam a inovação, mas não conseguiram alterar o padrão de baixo desempenho que marca a economia. Atualmente, o Nova Industria Brasil (NIB), por maior que seja sua importância, tampouco será suficiente para dar o salto que a economia precisa. Isso porque a inovação brasileira está concentrada em setores não tecnológicos ou de baixo nível tecnológico, que competem muitas vezes até mesmo com técnicas modernas, mas sem a mesma intensidade e sem oferecer o mesmo potencial de crescimento que os segmentos de alto desempenho, que geram tecnologias e impulsionam o novo ciclo tecnológico que sacode o planeta. Esse novo ciclo tem no seu coração o digital, a começar pela inteligência artificial, em que o Brasil revela enorme atraso. A economia não elevará seu patamar de eficiência, sofisticação e competitividade apenas com a intensificação de políticas que se mostram necessárias mas oferecem repetidamente mais, embora do mesmo. Os tímidos indicadores de digitalização, o volume muito abaixo da média mundial de robôs industriais, o enorme atraso em semicondutores, para não falar das patentes, tornam flagrante a fragilidade endêmica da nossa economia, que tende a se manter em um padrão intermediário, incapaz de gerar crescimento constante, limpo e sustentável para competir internacionalmente e atender necessidades básicas da população. Nossa especialização em produtos de menor valor agregado e em commodities, que caracteriza a economia há décadas, prendeu o país em uma armadilha da baixa e média capacidade tecnológica, que somente será rompida com políticas focalizadas, intensivas em investimento e conhecimento. Para escapar dessa armadilha, o país precisa de mudanças transformadoras conduzidas por um corpo especializado, uma Agência de Projetos de Tecnologias Avançadas para atuar como um catalisador para inovações de ruptura. No mundo em vertigem que vivemos, é preciso ousar além da logica tradicional de fomento à inovação. As abordagens recorrentes de política industrial, ainda que possam ajudar, não conseguirão reduzir o déficit tecnológico atual se uma parcela do investimento disponível não se concentrar em poucos projetos de vulto. Desde o Proálcool o Brasil implementa políticas que atendem empresas, universidades e pesquisadores, mas não resolvem projetos de interesse nacional efetivamente transformadores. Uma proposta de criação de uma Iniciativa de Projetos Tecnológicos de Alto Impacto nasceu no Conselhão (CDESS) no início de 2023 e foi aprovada pelo presidente da República em 2024. Embora ainda não tenha se tornado realidade, esse programa pode apresentar resultados no médio prazo e alavancar a criação de uma agência de inovação de alto desempenho, que reúna pessoal qualificado do BNDES, da Finep, da Embrapii, ABDI e Embrapa. O Brasil tem competência para dar esse salto e responder a um mundo em que as tecnologias mais avançadas tenderão a ficar confinadas em seus países de origem.
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March 14, 8:59 AM
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A presença dos estudantes-trabalhadores, em especial nas universidades públicas, não é uma novidade, mas ganhou relevância significativa nesse contexto recente de expansão. Segundo a PNADC-Educação/ IBGE, em 2023, aproximadamente 6,9 milhões de jovens de 18 a 29 anos frequentavam o ensino superior no Brasil, sendo que 66,4% estavam inseridos no mercado de trabalho (4,2 milhões) e 33,6% apenas estudavam. Ou seja, a cada 10 jovens universitários, 7 compõem a força de trabalho (na condição de ocupado ou desocupado). Diante dessa realidade, torna-se urgente compreender de forma detalhada e contextualizada a experiência de ser jovem, universitário/a e trabalhador/a no Brasil. Para os jovens pobres, negros e das camadas populares nas periferias urbanas e áreas rurais o trabalho é crucial para assegurar o mínimo de recursos para a sobrevivência familiar, o acesso ao consumo e a continuidade dos estudos. O perfil dos jovens estudantes trabalhadores, a partir dos dados da PNADC-Educação (2023), indica que 72,7% dos estudantes das instituições privadas combinam estudos e trabalho; nas instituições públicas esse percentual é aproximadamente de 53,2%, sendo que a imensa maioria dos estudantes trabalhadores está inserida no mercado de trabalho na condição de ocupados (89,5% -rede privada) e 86,2% -rede pública). Destaca-se que 68,4% dos estudantes trabalhadores frequentam os cursos noturnos, sendo que esse percentual apresenta diferenças entre as instituições privadas (74,7%) e as públicas (56,2%). A escolha do turno do curso é um fator determinante nas chances de encontrar uma vaga no mercado de trabalho, de tal forma que as taxas de desocupação são mais elevadas entre os jovens estudantes trabalhadores dos cursos matutinos (17,6%) e vespertinos (17,3%) quando comparadas com as dos cursos noturnos (9,2%).
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Inovação Educacional
March 14, 8:55 AM
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Aumento da oferta de ultraprocessados, padronização dos modos de vida e dados sobre consumo e saúde entre crianças preocupam, mas região resiste com saberes e práticas
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Inovação Educacional
March 14, 8:16 AM
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O Sesi esteve presente também no evento com demonstrações e oficinas de montagem de robôs. Os instrutores eram os próprios alunos SESI SENAI Mecatrônica. “Estamos fazendo uma oficina de robô sumô, promovendo os valores principais da nossa competição First Robotics Competition (FRC) e estamos colocando em prática habilidades do trabalho em equipe, da diversão, da inclusão, da pesquisa e da inovação,” afirma a instrutora Ana Clara Pallet, de 15 anos. “É importante que as instituições façam esses eventos tanto para o nosso crescimento pessoal como para o profissional porque são nesses eventos que a gente acaba tendo alguma inovação ou descoberta e impulsionando a tecnologia, a inteligência artificial ao nosso favor, não só nas carreiras STEM (que envolvem Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática), mas como também em outras áreas como área da saúde”.
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March 14, 8:14 AM
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Inovação Educacional
March 16, 6:12 PM
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Nas universidades, treinamos cientistas para conduzir experimentos, mas não para contar histórias. Precisamos de treinamento em comunicação científica — transformar um gráfico num tuíte deveria ser tão natural quanto publicá-lo num artigo. Se não redefinirmos a nossa voz, a ciência ficará irrelevante para quem ela serve.
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Inovação Educacional
March 16, 6:09 PM
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No início deste mês, usuários do Instagram em todo o mundo, inclusive menores de idade em contas de adolescentes com as configurações dos pais ativadas, viram um aumento de conteúdo violento, sexual e extremo em seus feeds do Reels ao longo de um dia.
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Inovação Educacional
March 16, 6:05 PM
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Em todo o espectro de usos da inteligência artificial, um se destaca. Os especialistas concordam que a grande e inspiradora oportunidade da inteligência artificial (IA) no horizonte está na aceleração e na transformação da descoberta e do desenvolvimento científico. Alimentada por grandes quantidades de dados científicos, a IA promete gerar novos medicamentos para combater doenças, nova agricultura para alimentar a população mundial e novos materiais para liberar energia verde - tudo isso em uma fração mínima do tempo da pesquisa tradicional.
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Empresas de tecnologia como a Microsoft e o Google estão criando ferramentas de IA para a ciência e colaborando com parceiros em áreas como a descoberta de medicamentos. E o Prêmio Nobel de Química do ano passado foi concedido a cientistas que usaram a IA para prever e criar proteínas.
Este mês, a Lila Sciences tornou públicas suas próprias ambições de revolucionar a ciência por meio da IA. A startup, com sede em Cambridge, Massachusetts, trabalhou em segredo por dois anos “para criar uma superinteligência científica para resolver os maiores desafios da humanidade”.
John Gregoire, à direita, deixou o Instituto de Tecnologia da Califórnia para liderar a pesquisa em ciências físicas da Lila Foto: Cody O’Loughlin/New York Times Para você
Contando com uma equipe experiente de cientistas e US$ 200 milhões em financiamento inicial, a Lila vem desenvolvendo um programa de IA treinado em dados publicados e experimentais, bem como no processo e raciocínio científicos. A startup permite que esse software de IA execute experimentos em laboratórios físicos automatizados com a ajuda de alguns cientistas.
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Em projetos que demonstram a tecnologia, a IA da Lila já gerou novos anticorpos para combater doenças e desenvolveu novos materiais para capturar carbono da atmosfera. A Lila transformou esses experimentos em resultados físicos em seu laboratório em poucos meses, um processo que provavelmente levaria anos com a pesquisa convencional.
Experimentos como o da Lila convenceram muitos cientistas de que a IA logo tornará o ciclo hipótese-experimento-teste mais rápido do que nunca. Em alguns casos, a IA poderá até mesmo superar a imaginação humana com invenções, turbinando o progresso.
NEWSLETTER Estadão Pílula Um resumo leve e descontraído dos fatos do dia, além de dicas de conteúdos, de segunda a sexta. EXCLUSIVA PARA ASSINANTES INSCREVA-SE Ao se cadastrar nas newsletters, você concorda com os Termos de Uso e Política de Privacidade. “A IA impulsionará a próxima revolução da coisa mais valiosa que os seres humanos já encontraram - o método científico”, disse Geoffrey von Maltzahn, executivo-chefe da Lila, que tem Ph.D. em engenharia biomédica e física médica pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT).
O esforço para reinventar o processo de descoberta científica se baseia no poder da IA generativa, que se tornou conhecida do público com a introdução do ChatGPT da OpenAI há pouco mais de dois anos. A nova tecnologia é treinada com base em dados da internet e pode responder a perguntas, escrever relatórios e redigir e-mails com fluência semelhante à humana.
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A IA da Lila gerou novos anticorpos e aglutinantes para combater doenças e desenvolveu novos materiais para a captura de carbono Foto: Cody O’Loughlin/New York Times A nova geração de IA desencadeou uma corrida armamentista comercial e gastos aparentemente ilimitados por parte das empresas de tecnologia, incluindo a OpenAI, a Microsoft e o Google.
A Lila adotou uma abordagem com foco na ciência para treinar sua IA generativa, alimentando-a com artigos de pesquisa, experimentos documentados e dados de seu laboratório de ciências da vida e de materiais, que está em rápido crescimento. A equipe da Lila acredita que isso dará à tecnologia profundidade na ciência e habilidades abrangentes, espelhando a maneira como os chatbots podem escrever poesia e códigos de computador.
Ainda assim, a Lila e qualquer outra empresa que esteja trabalhando para decifrar a “superinteligência científica” enfrentarão grandes desafios, dizem os cientistas. Embora a IA já esteja revolucionando determinados campos, inclusive a descoberta de medicamentos, não está claro se a tecnologia é apenas uma ferramenta poderosa ou se está a caminho de igualar ou superar todas as habilidades humanas.
Como a Lila está operando em segredo, cientistas externos não puderam avaliar seu trabalho e, acrescentam, o progresso inicial da ciência não garante o sucesso, já que obstáculos imprevistos costumam surgir mais tarde.
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“Mais poder para eles, se conseguirem fazer isso”, disse David Baker, bioquímico e diretor do Institute for Protein Design da Universidade de Washington. “Parece estar além de qualquer coisa que eu conheça em termos de descoberta científica.”
Baker, que recebeu o Prêmio Nobel de Química no ano passado, disse que via a IA mais como uma ferramenta.
A Lila foi concebida dentro da Flagship Pioneering, uma investidora e prolífica criadora de empresas de biotecnologia, incluindo a Moderna, fabricante de vacinas contra a Covid-19. A Flagship realiza pesquisas científicas, concentrando-se nas áreas em que é provável que haja avanços dentro de alguns anos e que possam ser comercialmente valiosos, disse Noubar Afeyan, fundador e executivo-chefe da Flagship.
“Portanto, não nos preocupamos apenas com a ideia, mas também com a oportunidade da ideia”, disse o Dr. Afeyan.
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Corrida pelo Santo Graal da computação quântica pega fogo após anúncios de gigantes A Lila foi o resultado da fusão de dois projetos iniciais de empresas de IA na Flagship, um voltado para novos materiais e outro para a biologia. Os dois grupos estavam tentando resolver problemas semelhantes e recrutar as mesmas pessoas, por isso combinaram forças, disse Molly Gibson, bióloga computacional e cofundadora da Lila.
A equipe do Lila concluiu cinco projetos para demonstrar as habilidades de sua IA, uma versão poderosa de um dos crescentes números de assistentes sofisticados conhecidos como agentes. Em cada caso, os cientistas - que normalmente não tinham especialidade no assunto - digitaram uma solicitação sobre o que queriam que o programa de IA realizasse. Depois de refinar a solicitação, os cientistas, trabalhando com a IA como parceira, realizavam experimentos e testavam os resultados - repetidas vezes, chegando constantemente ao alvo desejado.
Um desses projetos encontrou um novo catalisador para a produção de hidrogênio verde, que envolve o uso de eletricidade para dividir a água em hidrogênio e oxigênio. A IA recebeu instruções de que o catalisador deveria ser abundante ou fácil de produzir, ao contrário do irídio, o padrão comercial atual. Com a ajuda da IA, os dois cientistas encontraram um novo catalisador em quatro meses - um processo que normalmente levaria anos.
Esse sucesso ajudou a persuadir John Gregoire, um importante pesquisador de novos materiais para energia limpa, a deixar o Instituto de Tecnologia da Califórnia no ano passado para se juntar à Lila como chefe de pesquisa em ciências físicas.
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George Church, geneticista de Harvard conhecido por sua pesquisa pioneira em sequenciamento de genoma e síntese de DNA, que foi cofundador de dezenas de empresas, também ingressou recentemente como cientista-chefe da Lila.
“Acho que a ciência é um tema muito bom para a IA ”, disse Church. A ciência se concentra em campos específicos do conhecimento, onde a verdade e a precisão podem ser testadas e medidas, acrescentou. Isso torna a IA na ciência menos propensa a respostas errôneas e equivocadas, conhecidas como alucinações, às vezes criadas por chatbots.
Os primeiros projetos ainda estão longe de serem produtos prontos para o mercado. A Lila agora trabalhará com parceiros para comercializar as ideias que surgirem em seu laboratório.
A Lila está expandindo seu espaço de laboratório em um edifício Flagship de seis andares em Cambridge, ao lado do rio Charles. Nos próximos dois anos, diz Lila, ela planeja se mudar para um prédio separado, adicionar dezenas de milhares de pés quadrados de espaço de laboratório e abrir escritórios em São Francisco e Londres.
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Em um dia recente, bandejas com 96 poços de amostras de DNA andavam sobre trilhos magnéticos, mudando rapidamente de direção para serem entregues em diferentes estações de laboratório, dependendo em parte do que a IA sugeria. A tecnologia parecia improvisar ao executar etapas experimentais em busca de novas proteínas, editores de genes ou caminhos metabólicos.
Em outra parte do laboratório, os cientistas monitoravam máquinas de alta tecnologia usadas para criar, medir e analisar nanopartículas personalizadas de novos materiais.
A atividade no chão do laboratório era orientada por uma colaboração de cientistas de jaleco branco, equipamentos automatizados e softwares invisíveis. Todas as medições, todos os experimentos, todos os sucessos e fracassos incrementais foram capturados digitalmente e inseridos na IA da Lila, de modo que ela aprende continuamente, fica mais inteligente e faz mais por conta própria.
“Nosso objetivo é realmente dar à IA acesso para executar o método científico - para apresentar novas ideias e realmente ir ao laboratório e testar essas ideias”, disse Gibson.
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Inovação Educacional
March 16, 5:56 PM
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Enquanto o presidente americano tenta forçar o México a reprimir o fluxo de drogas, membros de um cartel dizem à BBC que não serão dissuadidos.
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Inovação Educacional
March 16, 8:08 AM
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Os mercados de livros novos e usados compartilham uma trajetória parecida no que se refere ao impacto da internet sobre eles. Ambos testemunharam um rearranjo de forças radical com a chegada dos marketplaces, isto é, plataformas que conectam compradores a vendedores. E, mais recentemente, ambos passaram a ser cada vez mais diretamente influenciados pelas redes sociais —vide, no caso dos livros novos, o fenômeno do BookTok. O mercado brasileiro de livros usados tem, no entanto, uma especificidade quando se fala em marketplace. Diferentemente do que ocorreu nos Estados Unidos, onde o setor foi desde o princípio assumida pela Amazon, ou no restante da América Latina, em que esse papel coube ao Mercado Livre, o Brasil viu nascer em 2005 uma plataforma específica para a comercialização de títulos de segunda mão. Era o Estante Virtual que, ao concentrar os acervos de sebos espalhados pelo país em uma única plataforma, aumentou exponencialmente os clientes em potencial desses estabelecimento. O site também permitiu que muita gente que nunca tinha pensado em virar livreiro se aventurasse no negócio sem grandes riscos, inicialmente vendendo livros das próprias coleções. O Estante Virtual reúne hoje cerca de 3.600 vendedores de todas as regiões do Brasil, menos do que os 6.000 que tinha em 2020, quando foi comprado pelo Magazine Luiza. A maioria deles está concentrada na região Sudeste. Do total, afirma a diretora da plataforma, Christiane Bistaco, aproximadamente 80% são pequenos empresários. Os 20% restantes incluem editoras e redes de livrarias. A plataforma permite desde 2015 a venda de livros novos, decisão criticada por muitos de seus livreiros até hoje —eles também reclamam das mudanças promovidas em seu buscador em agosto do ano passado, segundo Bistaco necessários para a continuidade operacional do site. Os números do Estante Virtual são alguns dos poucos disponíveis sobre o mercado secundário de livros no país. O próprio site não sabe dizer a porcentagem que os seus vendedores cadastrados representam em relação à totalidade de sebos no Brasil. Bistaco diz que a comparação que eles costumam fazer é com as livrarias, que segundo ela são cerca de 5.000 no Brasil. Foi por meio do Estante Virtual que Cristina Pizarro, moradora de Itajubá (MG), montou o Casa Sebo da Cris, por volta de 2011. Ela, que é formada em fisioterapia, mas trabalhava administrando franquias ao lado do marido, conta que passou cinco anos vendendo livros de casa. "Percebi que estava meio demais quando o carro começou a ficar fora da garagem para os livros ficarem dentro", relembra. Ela alugou um ponto para servir de estoque mas, três anos depois de abrir o espaço, em 2020, veio a pandemia. Ela então voltou para casa e, em 2022, oficializou sua garagem como a Casa Sebo da Cris após uma obra. Pizarro afirma que, como o lugar fica na ladeira de uma área residencial, há poucos clientes, o que permite a ela conciliar eventuais atendimentos com seus negócios em marketplaces. Hoje, além do Estante Virtual, estes incluem Amazon, Mercado Livre, Americanas, Shoptime, Submarino e até Shoppee. Pizarro também aluga seu espaço para atividades das mais diversas, que incluem saraus, oficinas de artes manuais e até um cineclube. Com isso, tornou-se uma espécie de centro cultural não oficial de Itajubá, história que se repete com vários sebos situados fora das grandes cidades do país. A livreira afirma que esses eventos ajudam a reforçar o vínculo direto com seus clientes. Segundo ela, hoje 40% de suas vendas são feitas diretamente para eles, via Instagram e WhatsApp. Sebos com perfis muito diferentes também encaram com seriedade as redes sociais. O tradicional Nova Floresta —que abriga quase 150 mil livros nos três andares de sua sede no centro de São Paulo—, por exemplo, posta uma seleção de livros quase diariamente em seus stories no Instagram. Sua conta tem 110 mil seguidores. Embora eles ainda estejam à mercê das súbitas mudanças de algoritmo dessas plataformas, a comunicação direta com o cliente que elas viabilizam é um incentivo forte para que os livreiros continuem lá. A maioria deles diz não temer pelo futuro do setor, no entanto. Afinal, eles dizem, seus produtos são únicos. Às vezes literalmente.
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Inovação Educacional
March 16, 7:55 AM
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Na última quinta-feira (13), Mike Magee, presidente da universidade, esteve em São Paulo para uma série de encontros com banqueiros e empresários que são potenciais doadores para a instalação da unidade no Brasil.
"Depois de completarmos uma década, nós começamos a pensar em como queremos crescer e quais cidades são ideais para construirmos experiências de aprendizagem para os nossos alunos. Buscamos cidades que são culturalmente e economicamente vibrantes e São Paulo, com certeza, é uma delas", disse Magee, em entrevista à Folha.
Outro fator para o interesse em trazer a universidade para São Paulo é tentar atrair mais brasileiros. Dos cerca de 900 alunos formados pela Minerva, 49 são do país (e outros 34 estão atualmente cursando). Estudar na universidade custa cerca de US$ 50 mil ao ano.
Magee não revela o valor necessário para a instalação em São Paulo, e diz que é possível ter a estrutura para receber os alunos em até 18 meses.
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Inovação Educacional
March 16, 7:45 AM
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A forma como empresas se comunicam com os clientes mudou drasticamente. Antes, a ligação telefônica era essencial para esclarecer dúvidas e resolver problemas. Hoje, muitas empresas eliminaram essa opção, restringindo o atendimento ao WhatsApp e outras plataformas de mensagens. Recentemente, deixei de consumir serviços porque só ofereciam suporte via mensagens e negaram meu pedido de contato por telefone. Isso me fez refletir: essa modernização realmente facilita a vida do consumidor ou estamos perdendo algo essencial? O atendimento digital trouxe benefícios inegáveis. Empresas podem atender vários clientes ao mesmo tempo, as mensagens deixam um histórico escrito e o consumidor tem mais flexibilidade para interagir no seu próprio ritmo. Além disso, reduzir custos com telefonia e equipe tornou-se uma vantagem competitiva. No entanto, a eliminação das chamadas telefônicas traz consequências. O tom de voz, a empatia e a personalização do atendimento se perdem. Em setores sensíveis, como saúde e bem-estar, a falta de um canal de voz pode ser frustrante e até prejudicial. Imagine um paciente angustiado buscando apoio por mensagens automáticas?
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Inovação Educacional
March 16, 7:38 AM
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O documento da OpenAI argumenta que a disputa entre EUA e China na IA não é só econômica, mas um embate entre modelos de sociedade. O texto constrói uma imagem mental de que se a China chegar na liderança da IA, a tecnologia servirá apenas para a imposição de sistemas de vigilância e controle social em escala mundial. Prever o futuro é incrivelmente difícil. Todas as hipóteses são possíveis. Mas um contraponto para esse argumento está nas evidências atuais: os principais modelos chineses de IA são abertos, o que permite que qualquer um possa usá-los e modificá-los à vontade. A startup Perplexity dos EUA recentemente removeu as travas que o modelo DeepSeek tinha para perguntas sobre o Massacre da Praça da Paz Celestial. Esta liberdade de modificação é justamente uma característica dos modelos abertos, o que ironicamente contrasta com a abordagem proprietária e fechada que a OpenAI defende.
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Inovação Educacional
March 14, 9:42 AM
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O ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou que o curso de Enfermagem é um dos que não devem mais ser autorizado a ter aulas a distância nas novas normas que serão divulgadas pelo governo federal para o setor. “A área da saúde, por exemplo, Enfermagem, quando chegamos ao ministério, 40% das matriculas que estavam sendo autorizadas eram a distância. Nós suspendemos isso e com certeza essa vai ser uma das áreas que vamos garantir 100%”, afirmou, durante o evento Educação Já, promovido pelo Todos pela Educação, nesta quinta-feira, 13, na Bienal do Ibirapuera, zona sul de São Paulo.
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Inovação Educacional
March 14, 8:58 AM
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The internet giant owns 14% of the high-profile artificial intelligence company, according to legal filings obtained by The New York Times.
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Inovação Educacional
March 14, 8:52 AM
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Aqui estão algumas coisas que acredito sobre inteligência artificial: Acredito que, nos últimos anos, os sistemas de IA começaram a superar os humanos em vários domínios — matemática , codificação e diagnóstico médico , só para citar alguns — e estão melhorando a cada dia. Acredito que muito em breve — provavelmente em 2026 ou 2027, mas possivelmente ainda este ano — uma ou mais empresas de IA alegarão ter criado uma inteligência artificial geral, ou AGI, que geralmente é definida como algo como "um sistema de IA de propósito geral que pode realizar quase todas as tarefas cognitivas que um humano pode realizar". Acredito que quando a AGI for anunciada, haverá debates sobre definições e argumentos sobre se ela conta ou não como AGI "real", mas que isso não importará, porque o ponto mais amplo — que estamos perdendo nosso monopólio sobre inteligência de nível humano e fazendo a transição para um mundo com sistemas de IA muito poderosos — será verdade. Acredito que, na próxima década, uma IA poderosa gerará trilhões de dólares em valor econômico e inclinará o equilíbrio do poder político e militar em direção às nações que a controlam — e que a maioria dos governos e grandes corporações já veem isso como óbvio, como evidenciado pelas enormes somas de dinheiro que estão gastando para chegar lá primeiro. Acredito que a maioria das pessoas e instituições estão totalmente despreparadas para os sistemas de IA que existem hoje, muito menos para os mais poderosos, e que não há um plano realista em nenhum nível de governo para mitigar os riscos ou capturar os benefícios desses sistemas. Acredito que os céticos convictos da IA — que insistem que o progresso é só ilusão e que descartam a IA como uma fantasia delirante — não só estão errados quanto ao mérito, mas estão dando às pessoas uma falsa sensação de segurança. Acredito que, independentemente de você achar que a AGI será ótima ou terrível para a humanidade — e, honestamente, pode ser muito cedo para dizer — sua chegada levanta importantes questões econômicas, políticas e tecnológicas para as quais atualmente não temos respostas. Acredito que o momento certo para começar a se preparar para a AGI é agora. Tudo isso pode parecer loucura. Mas eu não cheguei a essas visões como um futurista de olhos brilhantes, um investidor exagerando meu portfólio de IA ou um cara que tomou muitos cogumelos mágicos e assistiu “O Exterminador do Futuro 2”. Cheguei a eles como um jornalista que passou muito tempo falando com engenheiros construindo sistemas poderosos de IA, investidores financiando-os e pesquisadores estudando seus efeitos. E cheguei a acreditar que o que está acontecendo na IA agora é maior do que a maioria das pessoas entende. Em São Francisco, onde estou baseado, a ideia de AGI não é marginal ou exótica. As pessoas aqui falam sobre "sentir a AGI", e construir sistemas de IA mais inteligentes que os humanos se tornou o objetivo explícito de algumas das maiores empresas do Vale do Silício. Toda semana, encontro engenheiros e empreendedores trabalhando em IA que me dizem que a mudança — grande mudança, mudança que abala o mundo, o tipo de transformação que nunca vimos antes — está logo ali na esquina. “No último ano ou dois, o que costumava ser chamado de 'prazos curtos' (pensando que a AGI provavelmente seria construída nesta década) se tornou quase um consenso”, disse-me recentemente Miles Brundage, um pesquisador independente de políticas de IA que deixou a OpenAI no ano passado. Fora da Bay Area, poucas pessoas sequer ouviram falar de AGI, muito menos começaram a planejar para isso. E na minha indústria, jornalistas que levam o progresso da IA a sério ainda correm o risco de serem ridicularizados como ingênuos ou fantoches da indústria . Honestamente, eu entendo a reação. Embora agora tenhamos sistemas de IA contribuindo para avanços vencedores do Prêmio Nobel , e embora 400 milhões de pessoas por semana estejam usando o ChatGPT, muita da IA que as pessoas encontram em suas vidas diárias é um incômodo. Eu simpatizo com as pessoas que veem sujeira de IA espalhada por todos os seus feeds do Facebook, ou têm uma interação desajeitada com um chatbot de atendimento ao cliente e pensam: É isso que vai dominar o mundo? Eu também costumava zombar da ideia. Mas cheguei à conclusão de que estava errado. Algumas coisas me persuadiram a levar o progresso da IA mais a sério. Os insiders estão alarmados. O mais desorientador sobre o setor de IA atual é que as pessoas mais próximas da tecnologia — os funcionários e executivos dos principais laboratórios de IA — tendem a ser as mais preocupadas com a rapidez com que ela está melhorando. Isso é bem incomum. Em 2010, quando eu estava cobrindo a ascensão das mídias sociais, ninguém dentro do Twitter, Foursquare ou Pinterest estava alertando que seus aplicativos poderiam causar caos social. Mark Zuckerberg não estava testando o Facebook para encontrar evidências de que ele poderia ser usado para criar novas armas biológicas ou realizar ataques cibernéticos autônomos. Mas hoje, as pessoas com as melhores informações sobre o progresso da IA — as pessoas que constroem IA poderosa, que têm acesso a sistemas mais avançados do que o público em geral vê — estão nos dizendo que uma grande mudança está próxima. As principais empresas de IA estão se preparando ativamente para a chegada da AGI e estão estudando propriedades potencialmente assustadoras de seus modelos, como se eles são capazes de conspirar e enganar , em antecipação a se tornarem mais capazes e autônomos. Sam Altman, o presidente-executivo da OpenAI, escreveu que “sistemas que começam a apontar para a AGI estão surgindo”. Demis Hassabis, presidente-executivo do Google DeepMind, disse que a AGI provavelmente está “de três a cinco anos de distância”. Dario Amodei, presidente-executivo da Anthropic (que não gosta do termo AGI, mas concorda com o princípio geral), me disse no mês passado que acreditava que estávamos a um ou dois anos de ter "um grande número de sistemas de IA que são muito mais inteligentes que os humanos em quase tudo". No sentido horário, a partir do canto superior esquerdo, Dario Talvez devêssemos descontar essas previsões. Afinal, os executivos de IA lucram com o hype inflado da AGI e podem ter incentivos para exagerar. Mas muitos especialistas independentes — incluindo Geoffrey Hinton e Yoshua Bengio , dois dos pesquisadores de IA mais influentes do mundo, e Ben Buchanan , que foi o principal especialista em IA do governo Biden — estão dizendo coisas semelhantes. Assim como uma série de outros economistas , matemáticos e autoridades de segurança nacional proeminentes . Para ser justo, alguns especialistas duvidam que a AGI seja iminente. Mas mesmo se você ignorar todos que trabalham em empresas de IA, ou que têm interesse investido no resultado, ainda há vozes independentes confiáveis o suficiente com cronogramas curtos de AGI que devemos levar a sério. Os modelos de IA estão cada vez melhores. Para mim, tão persuasiva quanto a opinião de especialistas é a evidência de que os sistemas de IA atuais estão melhorando rapidamente, de maneiras que são bastante óbvias para qualquer um que os utilize. Em 2022, quando a OpenAI lançou o ChatGPT, os principais modelos de IA tiveram dificuldades com aritmética básica, falharam frequentemente em problemas de raciocínio complexos e muitas vezes "alucinaram" ou inventaram fatos inexistentes. Os chatbots daquela época podiam fazer coisas impressionantes com o estímulo certo, mas você nunca usaria um para algo criticamente importante. Os modelos de IA de hoje são muito melhores. Agora, modelos especializados estão obtendo pontuações de nível de medalhista na Olimpíada Internacional de Matemática, e modelos de uso geral ficaram tão bons em resolver problemas complexos que tivemos que criar testes novos e mais difíceis para medir suas capacidades. Alucinações e erros factuais ainda acontecem, mas são mais raros em modelos mais novos. E muitas empresas agora confiam em modelos de IA o suficiente para incorporá-los em funções principais voltadas para o cliente. (O New York Times processou a OpenAI e sua parceira, a Microsoft, acusando-as de violação de direitos autorais de conteúdo de notícias relacionado a sistemas de IA. A OpenAI e a Microsoft negaram as acusações.) Parte da melhoria é uma função de escala. Em IA, modelos maiores, treinados usando mais dados e poder de processamento, tendem a produzir melhores resultados, e os modelos líderes de hoje são significativamente maiores do que seus predecessores. Mas também decorre de avanços que os pesquisadores de IA fizeram nos últimos anos — mais notavelmente, o advento dos modelos de “raciocínio”, que são construídos para dar um passo computacional adicional antes de dar uma resposta. Os modelos de raciocínio, que incluem o o1 da OpenAI e o R1 da DeepSeek, são treinados para trabalhar em problemas complexos e são construídos usando aprendizado por reforço — uma técnica que foi usada para ensinar IA a jogar o jogo de tabuleiro Go em um nível sobre-humano. Eles parecem estar tendo sucesso em coisas que atrapalharam modelos anteriores. (Apenas um exemplo: GPT-4o, um modelo padrão lançado pela OpenAI, pontuou 9 por cento no AIME 2024, um conjunto de problemas matemáticos de competição extremamente difíceis; o1, um modelo de raciocínio que a OpenAI lançou vários meses depois, pontuou 74 por cento no mesmo teste.) À medida que essas ferramentas melhoram, elas estão se tornando úteis para muitos tipos de trabalho de conhecimento de colarinho branco. Meu colega Ezra Klein escreveu recentemente que os resultados do Deep Research do ChatGPT, um recurso premium que produz briefings analíticos complexos, eram "pelo menos a mediana" dos pesquisadores humanos com os quais ele trabalhou. Também encontrei muitos usos para ferramentas de IA no meu trabalho. Não uso IA para escrever minhas colunas, mas a uso para muitas outras coisas — preparação para entrevistas, resumo de artigos de pesquisa, criação de aplicativos personalizados para me ajudar com tarefas administrativas. Nada disso era possível alguns anos atrás. E acho implausível que qualquer pessoa que use esses sistemas regularmente para trabalho sério possa concluir que atingiu um platô. Se você realmente quer entender o quanto a IA melhorou recentemente, converse com um programador. Um ou dois anos atrás, ferramentas de codificação de IA existiam, mas tinham mais como objetivo acelerar codificadores humanos do que substituí-los. Hoje, engenheiros de software me dizem que a IA faz a maior parte da codificação real para eles, e que eles cada vez mais sentem que seu trabalho é supervisionar os sistemas de IA. Jared Friedman, sócio da Y Combinator, uma aceleradora de startups, disse recentemente que um quarto do atual grupo de startups da aceleradora estava usando IA para escrever quase todo o seu código. “Um ano atrás, eles teriam construído seu produto do zero — mas agora 95% dele é construído por uma IA”, disse ele. É melhor se preparar demais do que de menos. No espírito de humildade epistêmica, devo dizer que eu, e muitos outros, podemos estar errados sobre nossos cronogramas. Talvez o progresso da IA atinja um gargalo que não esperávamos — uma escassez de energia que impeça as empresas de IA de construir data centers maiores, ou acesso limitado aos chips poderosos usados para treinar modelos de IA. Talvez as arquiteturas de modelos e técnicas de treinamento de hoje não possam nos levar até a AGI, e mais avanços sejam necessários. Mas mesmo que a AGI chegue uma década depois do que espero — em 2036, em vez de 2026 — acredito que devemos começar a nos preparar para ela agora. A maioria dos conselhos que ouvi sobre como as instituições devem se preparar para a AGI se resumem a coisas que deveríamos estar fazendo de qualquer maneira: modernizar nossa infraestrutura de energia, fortalecer nossas defesas de segurança cibernética, acelerar o pipeline de aprovação de medicamentos projetados por IA, escrever regulamentações para evitar os danos mais sérios da IA, ensinar alfabetização em IA nas escolas e priorizar o desenvolvimento social e emocional em vez de habilidades técnicas que logo se tornarão obsoletas. Todas essas são ideias sensatas, com ou sem AGI Alguns líderes de tecnologia se preocupam que medos prematuros sobre AGI nos farão regular a IA de forma muito agressiva. Mas o governo Trump sinalizou que quer acelerar o desenvolvimento da IA , não retardá-lo. E dinheiro suficiente está sendo gasto para criar a próxima geração de modelos de IA — centenas de bilhões de dólares, com mais a caminho — que parece improvável que as principais empresas de IA pisem no freio voluntariamente. Também não me preocupo com indivíduos se preparando demais para a AGI. Um risco maior, eu acho, é que a maioria das pessoas não vai perceber que a IA poderosa está aqui até que ela esteja bem na cara delas — eliminando seus empregos, enredando-as em um golpe, prejudicando-as ou a alguém que amam. Isso é, mais ou menos, o que aconteceu durante a era da mídia social, quando falhamos em reconhecer os riscos de ferramentas como Facebook e Twitter até que elas estivessem grandes e arraigadas demais para mudar. É por isso que acredito em levar a possibilidade da IAG a sério agora, mesmo que não saibamos exatamente quando ela chegará ou que forma ela assumirá. Se estivermos em negação — ou se simplesmente não estivermos prestando atenção — poderemos perder a chance de moldar essa tecnologia quando ela mais importa. Kevin Roose é um colunista de tecnologia do Times e apresentador do podcast " Hard Fork ". Mais sobre Kevin Roose
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March 14, 8:15 AM
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March 14, 8:14 AM
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