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September 17, 5:33 AM
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Iniciativa busca reduzir desemprego entre jovens

Articulada pelo Centro de Promoção da Saúde (Cedaps), que busca aprimorar serviços públicos de saúde e políticas públicas sustentáveis e inclusivas, o Decola Cria é a versão carioca do Global Opportunity Youth Network (Goyn) desenvolvido pelo Instituto Aspen, organização sem fins lucrativos com sede em Washington.
O objetivo é promover mudanças para gerar oportunidades de trabalho e emprego para 10% dos jovens de 15 a 29 anos que vivem em situação de vulnerabilidade, em um período de dez anos.
O Rio de Janeiro é a 16ª cidade no mundo a receber a iniciativa Goyn, que conta com a parceria do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e de um comitê formado por Fundação Roberto Marinho, Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), JUVRio e Instituto Coca-Cola e outras 30 instituições.

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Curadoria por Luciano Sathler. CLIQUE NOS TÍTULOS. Informação que abre caminhos para a inovação educacional.
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September 10, 9:19 AM
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Igualdade Artificial, um risco para a educação. Por Luciano Sathler

Igualdade Artificial, um risco para a educação. Por Luciano Sathler | Inovação Educacional | Scoop.it

O que acontece quando a maioria faz uso de uma IA para realizar suas atividades laborais? E, no caso dos estudantes, quando os trabalhos passam a ser produzidos com o apoio de uma IA generativa?
Luciano Sathler
É PhD em administração pela USP e membro do Conselho Deliberativo do CNPq e do Conselho Estadual de Educação de Minas Gerais
As diferentes aplicações de Inteligência Artificial (IA) generativa são capazes de criar novos conteúdos em texto, imagens, áudios, vídeos e códigos para software. Por se tratar de um tipo de tecnologia de uso geral, a IA tende a ser utilizada para remodelar vários setores da economia, com impactos políticos e sociais, assim como aconteceu com a adoção da máquina a vapor, da eletricidade e da informática.
Pesquisas recentes demonstram que a IA generativa aumenta a qualidade e a eficiência da produção de atividades típicas dos trabalhadores de colarinho branco, aqueles que exercem funções administrativas e gerenciais nos escritórios. Também traz maior produtividade nas relações de suporte ao cliente, acelera tarefas de programação e aprimora mensagens de persuasão para o marketing.
O revólver patenteado pelo americano Samuel Colt, em 1835, ficou conhecido como o "grande equalizador". A facilidade do seu manuseio e a possibilidade de atirar várias vezes sem precisar recarregar a cada disparo foram inovações tecnológicas que ampliaram a possibilidade individual de ter um grande potencial destrutivo em mãos, mesmo para os que tinham menor força física e costumavam levar desvantagem nos conflitos anteriores. À época, ficou famosa a frase: Abraham Lincoln tornou todos os homens livres, mas Samuel Colt os tornou iguais.
Não fazemos aqui uma apologia às armas. A alegoria que usamos é apenas para ressaltar a necessidade de investir na formação de pessoas que sejam capazes de usar a IA generativa de forma crítica, criativa e que gerem resultados humanamente enriquecidos. Para não se tornarem vítimas das mudanças que sobrevirão no mundo do trabalho.
A IA generativa é um meio viável para equalizar talentos humanos, pois pessoas com menor repertório cultural, científico ou profissional serão capazes de apresentar resultados melhores se souberem fazer bom uso de uma biblioteca de prompts. Novidade e originalidade tornam-se fenômenos raros e mais bem remunerados.
A disseminação da IA generativa tende a diminuir a diversidade, reduz a heterogeneidade das respostas e, consequentemente, ameaça a criatividade. Maior padronização tem a ver com a automação do processo. Um resultado que seja interessante, engraçado ou que chama atenção pela qualidade acima da média vai passar a ser algo presente somente a partir daqueles que tiverem capacidade de ir além do que as máquinas são capazes de entregar.
No caso dos estudantes, a avaliação da aprendizagem precisa ser rápida e seriamente revista. A utilização da IA generativa extrapola os conceitos usualmente associados ao plágio, pois os produtos são inéditos – ainda que venham de uma bricolagem semântica gerada por algoritmos. Os relatos dos professores é que os resultados melhoram, mas não há convicção de que a aprendizagem realmente aconteceu, com uma tendência à uniformização do que é apresentado pelos discentes.
Toda Instituição Educacional terá as suas próprias IAs generativas. Assim como todos os professores e estudantes. Estarão disponíveis nos telefones celulares, computadores e até mesmo nos aparelhos de TV. É um novo conjunto de ferramentas de produtividade. Portanto, o desafio da diferenciação passa a ser ainda mais fundamental diante desse novo "grande equalizador".
Se há mantenedores ou investidores sonhando com a completa substituição dos professores por alguma IA já encontramos pesquisas que demonstram que o uso intensivo da Inteligência Artificial leva muitos estudantes a reduzirem suas interações sociais formais ao usar essas ferramentas. As evidências apontam que, embora os chatbots de IA projetados para fornecimento de informações possam estar associados ao desempenho do aluno, quando o suporte social, bem-estar psicológico, solidão e senso de pertencimento são considerados, isso tem um efeito negativo, com impactos piores no sucesso, bem-estar e retenção do estudante.
Para não cair na vala comum e correr o risco de ser ameaçado por quem faz uso intensivo da IA será necessário se diferenciar a partir das experiências dentro e fora da sala de aula – online ou presencial; humanizar as relações de ensino-aprendizagem; implementar metodologias que privilegiem o protagonismo dos estudantes e fortaleçam o papel do docente no processo; usar a microcertificação para registrar e ressaltar competências desenvolvidas de forma diferenciada, tanto nas hard quanto soft skills; e, principalmente, estabelecer um vínculo de confiança e suporte ao discente que o acompanhe pela vida afora – ninguém mais pode se dar ao luxo de ter ex-alunos.
Atenção: esse artigo foi exclusivamente escrito por um ser humano.
O editor, Michael França, pede para que cada participante do espaço "Políticas e Justiça" da Folha sugira uma música aos leitores. Nesse texto, a escolhida por Luciano Sathler foi "O Ateneu" de Milton Nascimento.

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“Atenção, os algoritmos começam a nos controlar”. Entrevista com Andrés Moya - Instituto Humanitas Unisinos - IHU

“Atenção, os algoritmos começam a nos controlar”. Entrevista com Andrés Moya - Instituto Humanitas Unisinos - IHU | Inovação Educacional | Scoop.it
Andrés Moya (Valência, 1956) encarna a figura do cientista humanista que a Antiguidade e o Renascimento idealizaram. Doutor em filosofia e biologia, professor de genética na Universidade de Valência, ativo divulgador em publicações, palestras e conferências. Conversamos com ele a respeito da tensão entre ecoutópicos e tecnoutópicos que disputam o futuro. Suas respostas retiram a inquietação sobre para onde caminha a Humanidade. Pede para que abramos os olhos, que exijamos responsabilidades políticas que coloquem limites às grandes corporações tecnológicas: “Temos uma dependência crescente dos algoritmos. Isso conta com um enorme perigo, porque você não os controla, no fundo, eles controlam você”.
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Today, 6:30 AM
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A maior ameaça para a humanidade não é a mudança climática, mas a Inteligência Artificial, afirma o filósofo de Oxford apoiado por Bill Gates

A maior ameaça para a humanidade não é a mudança climática, mas a Inteligência Artificial, afirma o filósofo de Oxford apoiado por Bill Gates | Inovação Educacional | Scoop.it
Ele acrescentou: "É improvável que a mudança climática leve a um bom resultado, mas se o desenvolvimento da IA for negativo, será muito pior do que as mudanças climáticas: a inteligência artificial poderia se revelar como algo realmente positivo para a humanidade, mas poderia também ter consequências muito graves”.
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Today, 6:29 AM
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''Não há divórcio entre a evolução biológica humana e a revolução tecnológica''. Entrevista especial com Lucia Santaella

Por isso, defende Santaella, "não há divórcio entre a evolução biológica humana e a revolução tecnológica". "No ponto em que nos encontramos hoje, com as tecnologias digitais, o que está sendo expandido são as nossas capacidades cerebrais".
Nesta entrevista concedida por e-mail à IHU On-Line, Santaella aborda ainda o fenômeno das redes digitais, que, segundo ela, são "um dos grandes índices que nos fornecem pistas para compreender a contemporaneidade".

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Today, 6:24 AM
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Humanidade e Tecnologia: Evolução, Vida digital e Pós-humanismo | Com Lúcia Santaella

O ser humano é tecnológico por natureza, o próprio desenvolvimento da tecnologia se confunde com desenvolvimento humano. Desde as "tecnologias" da natureza, como o aparelho fonador, que nos fizeram diferentes dos outros seres vivos até às mais recentes e impressionantes invenções, nossa vida é indissociável da tecnologia.



Acervo Café Filosófico CPFL: "A definição do humano: impactos da tecnologia", Luiz Alberto
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Today, 6:19 AM
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Dialéticas do neo-humano: enfrentamentos e possibilidades civilizacionais no mundo atual. Conferência com Lucia Santaella

Dialéticas do neo-humano: enfrentamentos e possibilidades civilizacionais no mundo atual. Conferência com Lucia Santaella | Inovação Educacional | Scoop.it
“Minhas preocupações voltam-se sempre para o cerne que dá nó aos emaranhados fios desses impasses, a saber, de que é feito o humano? Quais são hoje suas condições de existência?”, antecipa a professora
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October 4, 4:17 PM
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Humanoid Robot Gains More Human-Like Movements

Humanoid Robot Gains More Human-Like Movements | Inovação Educacional | Scoop.it
“GR-2 is a big step into the future of humanoid robotics,” said Alex Gu, CEO of Fourier. “We’re passionate about building the most intuitive embodied agent for AI, allowing it to engage with the physical world in ways like never before. Fourier is excited to have developers, researchers and enterprises join us on this incredible journey.”
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October 4, 4:13 PM
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Juntos pelos professores

Juntos pelos professores | Inovação Educacional | Scoop.it
As intervenções mais eficazes para melhorar a aprendizagem dos alunos dependem dos professores . Mas o trabalho deles vai muito além da instrução do conhecimento da disciplina.

Os professores podem transformar a maneira como pensamos sobre o mundo e sobre nós mesmos, ser modelos e nos inspirar e equipar para nos envolvermos em nossas comunidades e sermos resilientes diante das mudanças.Ao celebrarmos o Dia Mundial dos Professores em 5 de outubro, reconhecemos o tremendo trabalho e impacto de cada professor em seus alunos e comunidades.

Também somos lembrados de que o trabalho de ensinar não é fácil. Permitir o aprendizado — em disciplinas acadêmicas e além — e promover o desenvolvimento social e emocional dos alunos são mandatos desafiadores e dinâmicos. Para que os professores cumpram essas funções, eles precisam ser apoiados e valorizados como os profissionais essenciais e altamente qualificados que são. Sabemos muito bem que muitos professores não estão sendo preparados, reconhecidos e auxiliados da maneira que deveriam ser, contribuindo para altas taxas de esgotamento, rotatividade e grande escassez de professores em todo o mundo.

Apoiando professores em todas as fases da carreira

Os sistemas educacionais precisam apoiar e valorizar os professores em todas as fases de suas carreiras, desde o momento em que os professores estagiários são atraídos e selecionados para programas iniciais de formação de professores, até sua implantação, indução e desenvolvimento profissional ao longo da carreira como líderes de aprendizagem.

Com isso em mente, o Banco Mundial desenvolveu uma estrutura para fortalecer e dar suporte a um pipeline de professores para melhorar o aprendizado dos alunos, conforme mostrado na figura abaixo. Essa estrutura ajuda a garantir que os projetos do Banco Mundial e os esforços de política de professores dos países equivalentes abordem a carreira docente de forma holística, construindo sistemas nos quais os professores sejam preparados, apoiados, motivados e reconhecidos como merecem ser. 



Reformas que apoiam a profissão docente

Um exemplo dessa abordagem holística vem da República Dominicana. Com o apoio do Banco Mundial e outros parceiros, a República Dominicana promulgou uma reforma de amplo alcance para fortalecer a profissão docente, começando com o desenvolvimento de padrões profissionais e de desempenho para professores. Esses padrões ajudam a informar a seleção de professores, educação e desenvolvimento profissional, indução e avaliação. Regulamentos para treinamento de professores também foram desenvolvidos; esses regulamentos estabelecem competências-chave dos professores para ajudar a orientar o trabalho das instituições de treinamento de professores. Com essa base, a educação inicial de professores foi significativamente reformada. Os requisitos de admissão para a educação inicial de professores aumentaram, tornando a entrada na profissão mais seletiva. Essa reforma da educação inicial de professores foi situada dentro de uma reforma mais ampla do sistema, incluindo práticas de contratação atualizadas para escolas públicas e aumentos nos salários dos professores.

Na Tanzânia, o Banco Mundial tem apoiado os esforços do governo para melhorar o desenvolvimento profissional contínuo (DPC) dos professores, incluindo o design e a implementação da estrutura nacional de Desenvolvimento Profissional Contínuo dos Professores, Mafunzo Endelevu ya Walimu Kazini (MEWAKA). O MEWAKA inclui DPC baseado em escolas e grupos para professores, em grande parte por meio de facilitadores de pares e comunidades de aprendizagem de professores. Desde sua criação em 2021, o MEWAKA agora é implementado em mais da metade dos 184 distritos da Tanzânia. A proporção de professores nesses distritos que participam regularmente do planejamento colaborativo de aulas, observação de sala de aula, aprendizagem e mentoria de pares e relatam maior satisfação e eficácia no trabalho dobrou de cerca de 40% na linha de base para 80%.

Para complementar a implementação do MEWAKA, a Tanzânia construiu uma parceria plurianual com o Centro de Educação de Professores da UNESCO em Xangai para que formuladores de políticas e tutores de matemática da Tanzânia se envolvam com professores e especialistas em Xangai, que tem uma rica história de CPD baseado em escolas e grupos. A parceria forneceu recursos e oportunidades de aprendizagem para formuladores de políticas e tutores da Tanzânia e ajudou a fortalecer a abordagem da Tanzânia ao CPD.

Em Gana, onde a rotatividade e o absenteísmo de professores são significativos e cerca de um em cada cinco professores são colocados em escolas onde não são totalmente proficientes no idioma local (que é incentivado como meio de instrução no nível fundamental), o Banco Mundial apoiou o governo para fortalecer o apoio e os recursos para professores e construir capacidade de gestão educacional distrital. O Ghana Accountability for Learning Outcomes Project apoia áreas de reforma de políticas relacionadas ao recrutamento, implantação, incentivos e transferências de professores, ao mesmo tempo em que dá atenção à capacitação de professores e ao suporte baseado na escola por meio de bolsas de aprendizagem. Esses esforços destacam a necessidade de atender a todas as facetas do pipeline e progressão da carreira do professor.

Ao celebrarmos o Dia Mundial dos Professores em 5 de outubro de 2024, somos lembrados de que homenagear, valorizar e apoiar professores em todo o mundo requer sistemas e políticas educacionais que abordem a profissão docente de forma holística, garantindo que os professores tenham as oportunidades e os recursos de que precisam em todas as fases de suas carreiras.  
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October 4, 11:13 AM
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Vidu AI: Gere videos de alta qualidade com esse novo app de Inteligência Artificial gratuito

Vidu AI: Gere videos de alta qualidade com esse novo app de Inteligência Artificial gratuito | Inovação Educacional | Scoop.it
O Vidu AI é uma plataforma desenvolvida pela empresa chinesa Shengshu Technology em parceria com a renomada Universidade de Tsinghua. Utilizando algoritmos avançados de inteligência artificial, o Vidu é capaz de gerar vídeos de alta qualidade a partir de textos e imagens fornecidos pelo usuário.
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October 4, 8:56 AM
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Combate ao etarismo avança, mas ainda são poucas as empresas que se preocupam com o tema

Combate ao etarismo avança, mas ainda são poucas as empresas que se preocupam com o tema | Inovação Educacional | Scoop.it
O levantamento também apontou que 77% das empresas afirmam não ter iniciativas intencionais para ampliar a diversidade geracional em seus processos seletivos. "Falta informação e letramento sobre o tema, o que faz com que o assunto não esteja integrado ao sistema de gestão de pessoas", comenta Sergio Serapião, fundador e CEO da Labora.
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October 4, 8:54 AM
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Raízen, Shell e Senai construirão centro de bioenergia em Piracicaba (SP)

Projeto terá investimento de R$ 120 milhões e irá desenvolver soluções de descarbonização a partir da cana-de-açúcar
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October 4, 8:51 AM
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Bahema vende 40% de escolas para fundo alternativo

Antes de fechar a venda de 40% das escolas Parque, Balão Vermelho e Centro Educacional Viva por R$ 75 milhões à gestora de fundos alternativos Strata Capital, a Bahema negociou com os três maiores grupos consolidadores de educação básica: Salta, SEB e Inspira, segundo o Valor apurou.
Ainda de acordo com fontes, as conversas não avançaram devido aos elevados múltiplos, entre 15 e 20 vezes o Ebitda (lucro antes de juros, depreciação e amortização), pedidos pela Bahema, assessorada pelo Itaú BBA.
Esse é o patamar que vem sendo pago por grupos ingleses de educação que têm interesse em escolas premium do Brasil, como Eleva, Móbile, Avenue School. No mercado local, fundos adquiriram fatias dos três maiores grupos por múltiplos de cerca de dez vezes.
A Bahema, que também é dona das escolas da Vila e Viva, tem problemas de alavancagem e baixa margem Ebitda, na casa dos 7,5%. A situação do grupo se deteriorou com os investimentos na Escola Mais, rede de colégios de período integral voltada à base da pirâmide. No ano passado, a holding vendeu a fatia de 60% que detinha no colégio bilíngue BIS por R$ 37 milhões parara o grupo inglês ISP.
A Strata adquiriu uma fatia de 40% da subsidiária Bahema RJ, que tem a melhor margem da companhia e onde está concentrada a maior parte da dívida. A subsidiária é dona das escolas Parque, Centro Educacional Viva (ambas no Rio) e Balão Vermelho (em MG).
Em nota, a Bahema informou que “sempre se posicionou como consolidadora” e, com o novo aporte, praticamente zera a dívida bancária e reduz pela metade o endividamento total. “Com isso, a geração de caixa de nossas escolas pode ser direcionada para novos investimentos tanto nas escolas atuais, quanto para novas aquisições”.
A empresa diz ainda que desde o início do ano “trabalhava com o apoio do Itaú BBA em alternativas para equacionar o perfil da dívida, o que incluía uma capitalização primária, operação que agora fechamos com a Strata.”
Os grupos Salta, SEB e Inspira informaram que não comentam rumores de mercado.

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October 4, 8:44 AM
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‘Nova velhice’ da geração 60+ inspira empreendedores sociais e mudanças culturais

‘Nova velhice’ da geração 60+ inspira empreendedores sociais e mudanças culturais | Inovação Educacional | Scoop.it

Hoje existem 34 milhões de brasileiros nessa faixa etária e daqui a 25 anos eles serão o dobro, 68 milhões ou 30% da população brasileira
Uma nova revolução já começou e vai mexer com a nossa vida tanto quanto a tecnologia e a crise climática vêm transformando o cotidiano no mundo ocidental. O Brasil, sempre pensado como país jovem por seu espírito criativo e informalidade, será o terceiro mais velho entre as nações em desenvolvimento daqui a duas décadas, e isto mudará a forma como pensamos e agimos, como a sociedade investe e se organiza. É a revolução demográfica que adiciona o envelhecimento à tecnologia e ao meio ambiente como os temas do século.
A discussão sobre a “nova velhice” já está avançada pelo mundo e ganhando tração no Brasil. A economia foi a primeira a mudar em alguns países, como a China, onde vivem 280 milhões de pessoas de mais de 60 anos. Lá, a força da “economia prateada” está levando jardins de infância a mudar o perfil e mirar o público sênior oferecendo-lhe aulas de dança, canto e arte ou transformando-os em centros de saúde.
As empresas de tecnologia passaram a produzir tablets para os filhos seguirem os pais à distância, invertendo o foco dos dispositivos criados para as mães acompanharem de longe o cotidiano das crianças.
A Nestlé, citando o exemplo da China, anunciou o fechamento da fábrica de comida infantil na Irlanda e investimentos em suplementos em pós para impedir a atrofia dos músculos. A mesma linha foi seguida pela francesa Danone, apostando em leites e bebidas para seniores ou doentes como motor de crescimento e botando em segundo plano o Danoninho das crianças.
No Brasil, o Lab Nova Longevidade, uma colaboração entre Ashoka, Instituto Beja e Itaú Viver Mais, recenseou 400 projetos em andamento para incluir os 60+ na cidade, nas empresas e entre os beneficiados pela tecnologia. Este mapeamento foi um dos destaques da sexta edição do Longevidade Expo+Forum, que teve em São Paulo eventos ligados a teatro, música e debates para lançar um novo olhar sobre o envelhecimento.
A ideia é botar mais vida nos anos a mais conquistados nos últimos séculos. “Nosso primeiro intuito é justamente criar narrativas poderosas para mudar o modelo mental. Porque se a gente não mudar o modelo mental, se não mudar a cultura, não conseguiremos alavancar a nova longevidade”, diz Marília Duque, consultora da Ashoka, maior rede de empreendedores sociais do mundo, tradicionalmente voltada para a infância e agora focada nos desafios a serem enfrentados diante da nova longevidade.
A filósofa Simone de Beauvoir rotulava a velhice como o último tabu. Trinta e quatro anos após a sua morte, o envelhecimento continua sendo cercado de prognósticos horríveis, visto como um período de solidão e decadência, com o melhor da vida já vivido no passado. No Rio, para indicar um lugar reservado aos idosos, os cartazes têm imagens de “velhinhos encurvados e de bengala”.
A representação social dos seniores vem sendo reinventada desde a chegada à meia-idade dos baby boomers, os nascidos entre 1946 e 1964, geração que inovou a maneira de viver ao longo das décadas e teve um papel importante na formatação de novas imagens do envelhecimento.
Herdeiro dos movimentos pós-1968, o francês CNaV (Conselho Nacional Autoproclamado da Velhice), criado ano passado, reuniu centenas de velhos militantes em torno da hashtag “nada para os velhos sem os velhos”. No início de setembro, o grupo organizou uma grande manifestação reivindicando transporte acessível para os velhos, com as pessoas gritando pelas ruas de Paris que “andar de metrô não precisa ser uma prova olímpica”, referindo-se às intermináveis escadas nas entradas das estações.
Aqui, a mesma geração lutou contra a ditadura e está começando a contar em documentários e livros a história das pioneiras na luta por um novo jeito de ser mulher que agora, aos 60 ou 70+, reinventam a velhice. O tema também vai virar série do Globoplay e já foi apropriado por Hollywood no filme “Substância”, em que Demi Moore, aos 61 anos, vive uma personagem vítima do etarismo, em que o vilão é um chefe tóxico que a demite porque “ficou velha e todos querem novidades”.
As novas narrativas indicam mudanças no modelo de vida, chama atenção Marc Freeman, criador de programas para os 60+ na Universidade Yale, fundador da Co-generation. “Herdamos da era industrial uma trajetória em que a educação é concentrada na primeira parte da vida, o trabalho no meio e o lazer no fim. Isto funcionou quando a expectativa de vida era de 60 ou 65 anos, mas não está desenhado para agora, com as pessoas vivendo muito mais. Você não pode simplesmente trabalhar 30 ou 40 anos e viver outros 30 ou 40 anos sem fazer nada, não é possível do ponto de vista econômico nem psicológico. As pessoas mais velhas necessitam de amor, propósito e trabalho para levantar da cama de manhã”, diz ele na TV americana PBS.
São vários os projetos de empreendedores sociais para criar um novo futuro no mundo do trabalho, com diversidade nas equipes e inclusão de pessoas mais velhas. O etarismo leva as empresas a expulsarem os 60+ e a não contratarem ninguém com mais de 40 ou 45 anos. Para desmantelar o preconceito, toda uma estratégia está sendo montada.
O Labora, por exemplo, tem uma plataforma onde os candidatos se inscrevem e definem a quantidade de horas que desejam trabalhar. Ao abrir uma posição com o perfil do inscrito, ele será “lapidado” para ocupá-la e pode dividi-la com outros profissionais. É o “talent as a service”, modelo de negócios em que as empresas acessam profissionais de 45+ sob demanda, com talentos específicos para preencher uma função, mas sem contrato.
“A gente busca quebrar a forma tradicional de se identificar o que é um talento, muito além do ‘job description’, criado para identificar o potencial das pessoas a partir do currículo delas”, diz Sergio Serapião, o criador do projeto.
Junto, vem a atualização do portfólio de serviços do profissional, incluindo nele os aprendizados ao longo da vida, em que, por exemplo, os cuidados dos pais idosos podem entrar como soft skills, habilidades importantes para atuar em equipes inter-geracionais. E ainda corre paralela a reinvenção dos candidatos, no sentido de entenderem melhor as mudanças nas relações de trabalho e aceitarem assumir funções diferentes das exercidas ao longo da carreira.
“Se o Brasil e o mundo estão envelhecendo, a gente está desenhando produtos e políticas pensando em quem? Se a gente não traz as pessoas idosas para fazer parte dessas equipes, é grande a chance de dar errado”, afirma Marília Duque, da Ashoka.
Lisiane Lemos comprova no dia a dia a importância de equipes multigeracionais. Vinda de um emprego no Google, onde a média de idade era de menos de 30 anos, ela assumiu a Secretaria Extraordinária de Inclusão Digital e Apoio às Políticas de Equidade do Rio Grande do Sul. Constatou que também no serviço público a tecnologia era considerada coisa de jovem, em vez de promover a inclusão digital dos mais velhos.
“Tive de destruir tudo que aprendi e reconstruir. Eu hoje tenho no meu time dois homens avôs, com mais de 60 anos, construindo políticas de inclusão. Acho que só constrói política quando as pessoas a quem vamos servir estão na mesa tomando decisão”, constatou.
Já a Talento Senior, comandada por Juliana Ramalho, faz a interface com as empresas, mostrando-lhes que os 4 milhões de trabalhadores informais com 60+ poderiam ser incorporados como pessoa jurídica sem infringir a lei. “Com a nossa pirâmide etária, o Brasil não terá como abrir mão da nossa população ativa de 60+, e a nova legislação já está adaptada para isso”, diz.
Hoje existem 34 milhões de brasileiros nessa faixa etária e daqui a 25 anos eles serão o dobro, 68 milhões ou 30% da população brasileira. No Rio, o número de idosos já é maior do que o de crianças e adolescentes até 14 anos. A partir de 2040, só o subgrupo dos 60+ continuará crescendo.
O médico e gerontólogo Alexandre Kalache, presidente do Centro Internacional de Longevidade Brasil, com uma variada expertise nessa área, adverte que o ecossistema para o nosso processo de envelhecimento exige o estabelecimento de respostas que passam pela saúde pública, o local onde as pessoas trabalham e produzem, os serviços disponíveis na comunidade e onde a maioria das pessoas vive e envelhece.
Num país extremamente desigual como o Brasil, é grande a diferença entre ser um idoso rico e ativo ou pobre e sem rede de proteção social. A aposentadoria é universal no Brasil, mas, para quem perdeu a autonomia, a precariedade é muito grande: não há política de hospedagem e acolhimento para idosos pobres. Ao contrário dos países europeus, o Brasil envelheceu antes de ficar rico e terá, em 2070 apenas duas pessoas em atividade para sustentar os idosos, em 2020 eram sete sete.
Segundo o Ipea, 2,4 milhões de pessoas com mais idade não tinham autonomia e precisavam de cuidados para as atividades básicas. Poucos podem pagar por assistência domiciliar e, em 2019, 5,1 milhões de brasileiros eram responsáveis pelos doentes da sua família em 2019, trabalho invisível, sem reconhecimento nem apoio, invariavelmente exercido por mulheres. “São elas que estão pagando pelo envelhecimento da população”, diz Marilia Duque.
Escaldado pelos cuidados com a mãe doente e idosa, o médico e geriatra João Paulo Nogueira criou o Cuidador de Confiança, um aplicativo em que o idoso ou seu acompanhante faz uma ficha e, com base na última receita do médico visitado, passa a ter ajuda do aplicativo para gerir cuidados necessários, ser avisado nos horários dos remédios e receber atualizações das condições físicas do paciente. Isso cria um histórico médico, evita idas desnecessárias à emergência de hospitais e pode ser usado com facilidade pela família toda.
Os projetos de inclusão vêm se espalhando rapidamente por todo o Brasil. Mas o gestor e professor universitário Marcus Faustini, com longa experiência de trabalho com a juventude das periferias do Rio, adverte que as políticas públicas não podem ser pensadas só para a elite. “A longevidade está provocando uma mudança estruturante em toda a sociedade, é a nossa chance de pensar em viver melhor, com mais qualidade e igualdade”, diz Faustini.
Ele criou a Academia Carioca de Longevidade em 12 bairros da cidade, cujos participantes, entre 50 e 80 anos, recebem bolsas para desenvolver o talento artístico em reuniões semanais com mediadores culturais.
O envelhecimento pode ser um tempo bonito, se tiver um pouco mais de reconhecimento social e apoio de políticas públicas, dizem todos que trabalham com a longevidade.
E também propósito, acrescenta Daniel Becker, 66 anos, pediatra, sanitarista, colunista e ativista voltado para a infância. “Acho que se os velhos aprenderem com os jovens a defender o meio ambiente, ajudarem os jovens nessa luta, seria uma bela maneira de as pessoas mais velhas encontrarem o sentido da vida e o caminho para a saúde mental. O que dá sentido à vida é a dedicação à causa coletiva. E aproveitar os momentos que te tirem do dia a dia, através da arte e da natureza.”

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59% dos alunos de particulares vai para a faculdade direto 

59% dos alunos de particulares vai para a faculdade direto  | Inovação Educacional | Scoop.it

Censo do Ensino Superior mostra que 59% de quem se forma em colégios privados vai para a faculdade no ano seguinte, ante 21% na rede pública
Alunos que terminaram o ensino médio em escola particular foram direto para o ensino superior são quase o triplo daqueles que estudaram na rede pública, aponta levantamento do Ministério da Educação.
Segundo os dados do Censo do Ensino Superior, divulgados nesta quinta-feira (3), 59% dos jovens que concluíram o ensino médio em escola particular em 2022 ingressaram em uma graduação no ano seguinte. Entre os alunos egressos de redes estaduais, esse percentual é de 21%.
Dos cerca de 2,2 milhões de jovens que concluíram o ensino médio em 2022, 85% estudavam em escolas estaduais.
É a primeira vez que o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), órgão responsável pelo censo, calcula quantos alunos ingressam no ensino superior imediatamente após terminar a educação básica.
"É um dado que nos indica para uma série de problemas no nosso sistema educacional", disse Carlos Eduardo Moreno, diretor de estatísticas do Inep.
Além dos alunos de escola particular, os egressos da rede federal de ensino também acessam o ensino superior com mais frequência —58% entraram em uma graduação no ano subsequente ao que se formaram.
As escolas federais, no entanto, são responsáveis por apenas 2,6% das matrículas no ensino médio.
Para Jhonatan Almada, membro da Rede de Especialistas em Política Educativa da Unesco, os dados escancaram a baixa qualidade do ensino que é ofertado para a maioria dos estudantes brasileiros e como essa situação compromete o futuro desses jovens.
"As redes estaduais de modo geral não possuem as mesmas condições de funcionamento e organização da rede privada e da rede federal. Além disso, o país nunca regulamentou o padrão mínimo de qualidade e só recentemente começamos a discutir e implementar políticas de permanência para o ensino médio."
Os dados do censo mostram ainda outras desigualdades, sobretudo a racial. Entre os jovens brancos, 37% entraram em uma graduação no ano seguinte ao que se formaram no ensino médio. Entre os pardos, o número cai para 20%. Para os pretos, é de 17% e chega a apenas 12% para os indígenas.
Mais do que a qualidade do ensino nas escolas estaduais não ser suficiente para os alunos conseguirem a aprovação no ensino superior, Almada destaca o desalento dos jovens para continuar estudando. Muitos alunos sequer cogitam fazer faculdade seja pela necessidade de trabalhar ou por não enxergar o ensino superior como uma perspectiva de melhora.
Segundo o censo, 55,9% dos alunos que concluíram o ensino médio se inscreveram para fazer o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) em 2023. Em alguns estados esse percentual é ainda menor. Em São Paulo, por exemplo, foi de 44,8% —o segundo menor índice, atrás apenas de Roraima.
Para Almada, os efeitos negativos do novo ensino médio podem ter aumentado o desânimo dos alunos para cursar uma graduação, já que a queda de inscritos foi maior em estados que implementaram antes as mudanças, como ocorreu em São Paulo.
"Na rede privada e na rede federal esse modelo do novo ensino médio não foi implementado a ponto de modificar a forma como levavam seu trabalho. Contudo, nas redes estaduais esse modelo foi implementado de forma incisiva e que pode ter gerado um impacto negativo na perspectiva de quem conclui essa etapa."

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Today, 6:30 AM
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Ou os corpos programados, ou o Comum Digital - Instituto Humanitas Unisinos

Ou os corpos programados, ou o Comum Digital - Instituto Humanitas Unisinos | Inovação Educacional | Scoop.it
"Tudo indica que precisamos trabalhar mais e melhor um tipo de nova gramática da soberania. O coronavírus nos mostrou a importância dessas cartografias, bem como nossa dependência do big data e os riscos associados ao uso (ou uso indevido) dessas informações", escreve Antonio Lafuente, físico, pesquisador do Centro de Ciências Humanas e Sociais do Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC) da Espanha, na área de estudos da ciência, em artigo publicado por Outras Palavras, 22-07-2020. A tradução é de Simone Paz.
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Today, 6:29 AM
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Inteligência artificial e pós-humanismo. Artigo de Giannino Piana - Instituto Humanitas Unisinos - IHU

Inteligência artificial e pós-humanismo. Artigo de Giannino Piana - Instituto Humanitas Unisinos - IHU | Inovação Educacional | Scoop.it
“A mutação antropológica põe em causa o futuro de todo o gênero humano. As interrogações que surgem são, a esse respeito, as seguintes: que evolução nos espera? Qual destino para a espécie humana? E ainda: a inteligência artificial poderá evoluir até se auto-humanizar?”
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Today, 6:26 AM
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Dialéticas do neo-humano: enfrentamentos e possibilidades civilizacionais no mundo atual

Com Profa. Dra. Lucia Santaella – PUC-SP
IHU ideias

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Today, 6:20 AM
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A Hipótese do Neo-humano. A Sétima Revolução Cognitiva do Sapiens

Balanço das atividades de um ano na cátedra Oscar Sala:
A Cátedra Oscar Sala mantém uma aliança com o CGI.Br, daí a afinidade que esta cátedra deve ter com os destinos da internet.
Mas a cátedra, por estar em ambiente acadêmico, examina as implicações da revolução digital para além do paradigma da engenharia, o que só pode ser feito sob perspectivas inter e transdisciplinares, inclusive ousadas.
Durante o ano que teve Lucia Santaella como titular, 2021-2022, as preocupações da cátedra tomaram como ponto de partida pensar um novo modelo de interdisciplinaridade com características inovadoras no sentido de se deslocar das tradicionais formatações próprias da estrutura universitária vigentes.
No ponto de desenvolvimento da ciência, do conhecimento e da tecnologia em que estamos, embora continuem necessariamente existindo especializações, a emergência da Inteligência artificial (IA) e seus sucedâneos está provocando verdadeiras simbioses entre aquelas que tradicionalmente eram chamadas de ciências, tecnologias e culturas hard, de um lado, e humanidades e culturas soft, de outro.
A IA centrada no humano, que foi tomada como carro-chefe das atividades realizadas, buscou explorar os espaços intersticiais capazes de dissolver as fronteiras de todas as costumeiras dissociações entre as chamadas hard sciences, as ciências aplicadas, as ciências sociais e as humanidades.
Durante todo o ano, a catedrática Lucia Santaella deixou sua própria voz como pano de fundo para que pudessem soar as vozes de grandes especialistas brasileiros capazes de explorar as contradições e paradoxos dos dilemas contemporâneos, vozes que foram retomadas e rediscutidas pelo admirável grupo de estudos que trabalhou junto à cátedra durante todo o período.
Por fim, nesta reta final, contando com o testemunho do grupo de assessores que a acompanharam, Lucia Santaella, com o título de “A hipótese do neo-humano. A sétima revolução cognitiva do Sapiens”, traz aos interessados a sua própria voz, resultante do aprendizado que este ano de condução e escuta atentas lhe trouxe como saldo.
(Lucia Santaella)
Palestrante: Lucia Santaella (Catedrática)
Cátedra Oscar Sala:
Lucia Santaella (Catedrática)
Eugênio Bucci (Coordenador Acadêmico)
Luiz Fernando Martins Castro (Coordenador Acadêmico-adjunto)
Organização: Cátedra Oscar Sala
Parceria:
Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br)
Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br)

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October 4, 4:18 PM
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As limitações da IA estão em toda parte; a supervisão humana é vital

As limitações da IA estão em toda parte; a supervisão humana é vital | Inovação Educacional | Scoop.it
Oito pesquisadores de universidades europeias - entre eles Philipp Hacker, European University Viadrina, Alemanha; e Alessandro Fabris e Asia J. Biega, Max Planck Institute for Security and Privacy, Alemanha -, investigaram os sistemas de contratação algorítmica comparativamente aos métodos tradicionais de RH, buscando oferecer uma alternativa às narrativas predominantes: otimista, baseada na substituição de decisões tendenciosas do recrutador humano, e pessimista, baseada na automação da discriminação (“Fairness and Bias in Algorithmic Hering: A Multidisciplinary Survey”, 23 de setembro de 2024). A pesquisa se concentrou nos vieses discriminatórios.

O processo de contratação algorítmica inclui:

a) Origem: fornecimento de grandes conjuntos de candidatos para uma posição em aberto - anúncio, com descrição da vaga, por modelos de linguagem, compartilhado em canais adequados; algoritmo de busca, classificação e recomendação favorecendo a correspondência entre empregos e candidatos; e redes sociais, relevantes na visibilidade dos candidatos e identificação das oportunidades;

b) Triagem: classificação dos candidatos em subconjuntos a serem avaliados por especialistas de RH e/ou área contratante; jogos em aplicativo móvel para avaliação psicométrica e medição de habilidades sociais: em geral, os algoritmos procuram semelhanças com o perfil desejado ou com o perfil de funcionários bem avaliados; entrevistas de vídeo assíncronas (AVI) com gravações das respostas dos candidatos a um conjunto específico de perguntas em frente à câmera: os algoritmos avaliam expressões faciais, verbais e parafernais (por exemplo, o tom), inferindo características de personalidade; questionário abrangendo uma ampla gama de propósitos (avaliação de personalidade, inferência de desempenho, entre outros); e chatbots, mediando as interações do processo;

c) Seleção: especialistas de RH entrevistam os candidatos selecionados, otimizando o processo com base em soluções de IA que estimam a probabilidade de aceitação de determinada remuneração e benefícios, checagem de antecedentes (foco em registros criminais), e adequação entre o candidato selecionado e a função; e

d) Avaliação: gerenciamento dos funcionários contratados, ciclos de feedback auxiliados IA (por exemplo, análise de engajamento mede a satisfação, o comprometimento e a probabilidade de retenção dos funcionários).

Conclusões do estudo: a) Oportunidades: soluções de IA podem contemplar grande número de candidatos, evitando excluir preliminarmente perfis incomuns, consequentemente mitigando vieses de sub-representação e amostragem. Adicionalmente, reduz os vieses associados a julgamentos humanos imperfeitos; b) Limitações: soluções de IA baseadas em dados tendem a codificar vieses individuais e sociais. Além desses vieses, é questionável a validade de previsões como empregabilidade e motivação dos candidatos. O desempenho no trabalho é notoriamente difícil de definir e medir, muito menos prever.

A inteligência artificial é a tecnologia de propósito geral do século 21. É mandatório que os usuários intermediários - profissionais de saúde, educadores, gestores de RH, gestores financeiros, e muitos outros - adquiram noções básicas da lógica e do funcionamento da tecnologia para, inclusive, capacitar-se a fazer as perguntas críticas aos fornecedores de soluções de IA. Ao contratar ou adotar um sistema de IA, dispor de conhecimento é essencial para identificar e evitar resultados tendenciosos, riscos não identificados com potenciais danos às pessoas, ao negócio, incluindo reputação, e à sociedade.
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October 4, 4:13 PM
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Laboratório de Inovação da AGU vira ICT e vai ao mercado captar dinheiro –

Laboratório de Inovação da AGU vira ICT e vai ao mercado captar dinheiro – | Inovação Educacional | Scoop.it
Ao se transformar em uma Instituição de Ciência e Tecnologia – ICT – o laboratório de inovação da Advocacia Geral da União está indo ao mercado para captar dinheiro. “Queremos recursos de qualquer parceiro, seja público, privado, nacional ou internacional. Inovação tem muitos riscos e precisamos de dinheiro”, destaca à CDTV, do portal Convergência Digital, o diretor do laboratório de inovação da AGU, Bruno Portela.
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October 4, 4:10 PM
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Por Dentro do ChatGPT: o Que a OpenAI Faz com as Suas Pesquisas

Por Dentro do ChatGPT: o Que a OpenAI Faz com as Suas Pesquisas | Inovação Educacional | Scoop.it
Como impedir que o ChatGPT use seus dados para treinamento
A OpenAI ainda alerta para a não concordância com essa condição: “se você não deseja que usemos o seu conteúdo para treinar nossos modelos, pode optar por não participar seguindo as instruções neste artigo do Centro de Ajuda.” Neste link, a empresa detalha ainda mais como usa os dados para treinamento de IA generativa. “Quando você compartilha seu conteúdo conosco, isso ajuda nossos modelos a se tornarem mais precisos e melhores em resolver seus problemas específicos e também ajuda a melhorar suas capacidades gerais e segurança. Não usamos seu conteúdo para comercializar nossos serviços ou criar perfis de publicidade de você — nós o usamos para tornar nossos modelos mais úteis.”

“Quando o usuário interagir, por exemplo, com o ChatGPT e compartilhar dados pessoais, seja dele ou de terceiros, a OpenAI pode coletar esses dados para fins relacionados aos seus serviços. Além disso, outra possibilidade é a coleta de dados por meio das redes sociais. A OpenAI menciona que, quando o usuário interage com suas páginas nas redes sociais, os dados pessoais podem ser coletados para uso, tanto para o treinamento dos sistemas de IA quanto para outros fins, como a oferta de conteúdos”, destaca Lucas.
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October 4, 11:02 AM
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Upass AI: Um humanizador de Inteligência Artificial focado em estudantes e conteúdos acadêmicos

Upass AI: Um humanizador de Inteligência Artificial focado em estudantes e conteúdos acadêmicos | Inovação Educacional | Scoop.it
Entre essas ferramentas está o uPass, uma plataforma inovadora criada para converter textos gerados por IA em conteúdos com aparência natural e estilo humano, tornando-os indetectáveis. Upass é um humanizador de IA com escrita indetectável e semelhante à humana. Ele tem o foco em estudantes que precisam tornar seus trabalhos acadêmicos, atividades e redações em conteúdos humanizados, contornando detectores de IA e garantindo conteúdo livre de plágio.
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October 4, 8:55 AM
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Maioria dos trabalhadores brasileiros afirmam que empresas não os preparam para o futuro da IA

Maioria dos trabalhadores brasileiros afirmam que empresas não os preparam para o futuro da IA | Inovação Educacional | Scoop.it
Camargo acredita, por fim, que as inteligências artificiais não entram como substituição da força humana, mas como uma maneira de potencializar carreiras. “Estamos falando em melhorar o planejamento e adquirir inspiração mais clara para executar e criar projetos, assim como desenvolver novas ideias”, finaliza.
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October 4, 8:54 AM
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A internet aberta está morrendo e as 'big techs' são as culpadas

A Apple decidiu que pode fazer desaparecer o que bem entende da web; repete o comportamento de gigantes como Google, Meta e OpenAI, que lentamente matam a internet democrática e acessível a todos. Em seu lugar, criam jardins cercados onde uma elite com maior poder aquisitivo leva vantagem ao pagar pelo acesso privilegiado
A recente atualização do sistema operacional da Apple, o iOS 18, lançada há duas semanas, trouxe um recurso que, à primeira vista, parece ótimo: a capacidade de eliminar publicidade e outros elementos indesejados das páginas da internet visitadas no Safari, o navegador da Apple.
A nova tecnologia permite ao usuário “apagar” de uma página tudo aquilo que não gostar, como, por exemplo, a publicidade. Mesmo que o internauta deixe essa página e volte mais tarde, o navegador lembrará do que deve “esconder”.
O recurso se assemelha bastante aos bloqueadores de publicidade, mas vai além ao permitir a customização de todos os elementos a serem “apagados” de uma página.
Embora a experiência de navegação limpa e sem distrações seja atraente, esse recurso levanta questões críticas sobre o futuro da internet aberta. A "open web" (ou "web aberta") refere-se à parte da internet que é acessível a qualquer pessoa sem a necessidade de login, assinatura ou o uso de aplicativos fechados.
Por que a 'open web' é importante?
Caracterizada por ser baseada em padrões abertos, a "open web" permite que usuários, sites e plataformas compartilhem informações de forma acessível e interoperável. Diferente de áreas da web que são restritas ou controladas por grandes empresas (como redes sociais fechadas ou conteúdos que exigem pagamento), a "open web" é indexada por mecanismos de busca e é acessível a qualquer um com uma conexão à internet.
Essas características são fundamentais por garantirem a liberdade de informação, inovação e concorrência justa, já que ela não está sob o controle centralizado de uma entidade específica. Isso inclui blogs, sites de notícias, fóruns e qualquer conteúdo on-line acessível publicamente sem necessidade de login ou pagamento.
Mas, sem a publicidade (a maior vítima do novo recurso da Apple), todo esse modelo fica comprometido. Afinal, ela está ali para ajudar a pagar o custo de produção do conteúdo. Sem receitas publicitárias, os editores de notícias, por exemplo, se veem forçados a cobrar por assinaturas, tornando o acesso à informação um luxo cada vez mais caro e inacessível para muitos.
O "New York Times" talvez seja o exemplo mais evidente dessa transformação, com um aumento nos valores das assinaturas e um esforço contínuo para levar os usuários para dentro de seus apps. Neste ano, até os podcasts do "Times" passaram a exigir assinatura.
Dessa forma, o novo recurso da Apple, em grande medida, é um retrocesso na democratização da internet. Ao facilitar a remoção de publicidade, estamos colocando em risco a sustentabilidade do conteúdo que consumimos, e o acesso à informação se torna cada vez mais elitizado.
IA agrava o problema
Alguns podem argumentar que este é o caminho natural, um exemplo de destruição criativa, com o novo tomando o lugar do velho. Nesse contexto, a IA generativa seria a prova contundente dessa tendência.
Pense nos resultados de busca do Google, que agora, em vez de mostrar as fontes originais de informação com seus links, usa IA para resumir os textos e apresentar uma resposta pronta.
O novo sistema operacional da Apple também traz novidades nesse sentido, com o Safari sendo capaz de resumir textos. E mais: a expectativa é que a Siri, assistente de voz da Apple, em breve também entregue resumos de podcasts e vídeos. Como essas produções vão se sustentar é uma incógnita.
Plataformas que fornecem “respostas” e removem os incentivos para visitar as fontes de informação têm implicações reais para os modelos de negócios de editores de todos os tipos — afinal, se os únicos usuários forem bots, qual é a chance de os editores venderem os anúncios, assinaturas ou licenças de site que os mantêm em funcionamento?
O Google tem seguido esse caminho há anos. A gigante de buscas literalmente decide quem aparece ou não nos resultados, já que detém mais de 90% do mercado. Vale lembrar ainda que o Google já foi derrotado em dois processos de monopólio e caminha para perder um terceiro, sobre o uso de práticas ilegais para garantir o controle do mercado de tecnologia de publicidade.
Mas o movimento acelerou drasticamente no Google e em outras empresas nos últimos dois anos, com o surgimento da IA generativa e a perspectiva da OpenAI ultrapassar as "big techs" já estabelecidas.
Jardins fechados para a elite que pode pagar
Apple, Google e Meta perderam o pudor de matar a web aberta e aceleram os processos de criação dos “walled gardens”, os jardins murados que só acessa quem paga. Além de mais rentáveis, os jardins murados facilitam o exercício do poder de monopólio.
Mas pagar pelo acesso estabelece um dilema importante, pois cria uma assimetria de informação, favorecendo quem tem mais dinheiro. Isso vale para pessoas físicas, mas também para empresas e países. Quem puder pagar mais levará vantagem.
A OpenAI e outras plataformas de IA generativa deixam isso evidente. Na versão gratuita, os assinantes do ChatGPT, da OpenAI, usam um modelo inferior e mais limitado. Já quem paga mais de R$ 100 por mês por usuário tem acesso à última versão, mais poderosa e eficiente.
A expectativa é que o atual modelo GPT-4 da OpenAI tenha custado cerca de US$ 100 milhões para ser desenvolvido. A versão GPT-5, que deverá ser lançada até 2025, custará algo em torno de US$ 1 bilhão. É um jogo para poucas empresas e um número limitado de países. Isso levanta questões importantes sobre quem escolhe o que você vai ver e como verá.
“À medida que a digitalização avançou, vimos o poder se concentrar cada vez mais nas mãos de um pequeno número de empresas, muito parecido com o período que deu origem às primeiras leis antitruste no final do século XIX”, escreveu Margrethe Vestager, Comissária da União Europeia para a Concorrência, em uma carta publicada na "The Economist" em junho.
“Os mercados digitais são particularmente suscetíveis à concentração”, afirma Vestager. “Um exemplo são os gigantes digitais promovendo seus próprios serviços nas plataformas que controlam, ao mesmo tempo em que dificultam para os consumidores encontrarem serviços concorrentes. Anos de experiência na aplicação das leis antitruste nos mostraram que isso freou a inovação e o crescimento de novos modelos de negócios, em detrimento dos cidadãos e da sociedade como um todo”.
Governos tentam conter 'big techs', mas no Brasil nada avança
Governos e reguladores em todo o mundo estão lidando com essas questões. Nos Estados Unidos, o Departamento de Justiça recentemente abriu um caso desafiando o monopólio da Apple no mercado de smartphones. Esse caso segue ações semelhantes contra o Google, com a Comissão Federal de Comércio também apresentando queixas contra a Meta e a Amazon.
A União Europeia, após diversos processos e multas contra as "big techs", optou por uma ação abrangente e preventiva. A Lei de Mercados Digitais (DMA) criou uma lista de "pode" e "não pode", tendo a contestabilidade e a justiça como princípios centrais.
A DMA exige, por exemplo, que os "marketplaces" designados compartilhem os dados que coletam com os pequenos varejistas que hospedam. Também obriga as grandes plataformas a ajustarem seus algoritmos de busca para dar o mesmo destaque às ofertas concorrentes que dão às suas próprias. Os ecossistemas digitais devem ser tornados interoperáveis para abrir oportunidades para concorrentes, enquanto permitem que todos os participantes aproveitem as economias de escala. Os usuários europeus devem ter a opção de onde e como baixar seus aplicativos.
No Brasil, infelizmente, estamos bastante atrasados em relação à União Europeia e aos Estados Unidos. Mesmo diante da barbárie que as redes sociais se tornaram, não conseguimos aprovar qualquer lei ou forma de regulação para o setor. Não surpreende que tenhamos chegado ao ponto do STF precisar intervir para fazer a lei valer para Elon Musk e o X.
Dificilmente passa um mês sem que os reguladores antitruste abram um novo processo contra "big techs". E isso acontece particularmente nos Estados Unidos e na Europa, regiões mais ricas onde o hábito de consumir notícias é mais enraizado e a disposição a pagar por acesso a conteúdo de qualidade por meio de assinaturas é bastante superior em comparação ao Brasil.
Enquanto isso, os veículos de notícia definham, reféns das "big techs". Como o vilão Thanos, da Marvel, a Apple decidiu, sem discutir com ninguém, que possui o poder de fazer a publicidade e o que bem entender desaparecer da web — claro, com a condição de que você possa pagar os altos preços de seus iPhones e computadores Mac.

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October 4, 8:47 AM
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Todos deveriam merecer um aumento salarial?

Todos deveriam merecer um aumento salarial? | Inovação Educacional | Scoop.it

Mozart e Haydn compunham para quartetos de cordas há um quarto de milênio, quando a Revolução Industrial estava em sua infância. Desde então, a escala da economia mundial aumentou pelo menos 100 vezes e o padrão de vida material na Europa cresceu 20 vezes ou mais. Nossa capacidade de viajar, construir, calcular, comunicar ou simplesmente produzir alimentos foi transformada de maneira irreconhecível. Mesmo assim, a produtividade de um recital ao vivo do quarteto “Imperador”, de Haydn, não mudou: ainda são necessários 4 músicos e entre 25 e 30 minutos para executá-lo.
Esta é a essência do que ficou conhecido como “efeito Baumol” ou, de uma maneira mais desalentadora, “doença dos custos de Baumol”. O problema básico foi estabelecido pelos economistas William Baumol e William Bowen em “Performing Arts, the Economic Dilemma” em 1966, em meio a muita preocupação sobre a percepção de que as artes cênicas estavam cheias de desperdício e má gestão. Seja isso verdade ou não, Baumol e Bowen argumentaram: “A dificuldade básica surge não de nenhuma dessas fontes, mas da estrutura básica da performance ao vivo”.
O efeito Baumol descreve o desafio que surge quando algumas partes da economia avançam rapidamente enquanto outras estão paradas. Se você quiser ouvir pessoas tocando Haydn ao vivo, provavelmente terá de pagar a elas um salário competitivo. E em uma economia próspera, o que conta como salário competitivo está sempre aumentando. Se a produtividade dos músicos não muda, mas seus salários continuam aumentando para acompanhar o resto da economia, então pagar às pessoas para tocar Haydn vai parecer cada vez mais um luxo caro.
Mas não é por isso que o efeito Baumol está na boca do povo hoje. A preocupação agora não é o preço de uma noite na sala de concertos, mas o custo da saúde, da assistência social e da educação. Em vez de um violoncelista, pense em uma enfermeira trocando um curativo em uma ferida, um cuidador ajudando uma pessoa com demência a se vestir de manhã ou uma professora de jardim de infância incutindo alguns dos princípios básicos de leitura e contagem para uma classe de crianças de 4 anos. Exigir que essas pessoas se tornem “mais produtivas” parece o mesmo tipo de erro básico que insistir para que o quarteto de cordas toque mais alto e mais rápido. Talvez isso não possa ou não deva ser feito.
Se o efeito Baumol é o culpado pelos problemas dos serviços públicos, temos uma escolha. Podemos deixar os salários dos trabalhadores do setor público caírem e, com o tempo, perder alguns dos melhores deles. Podemos esperar que serviços intensivos em mão de obra, dos trabalhos de assistência aos concertos clássicos, sejam realizados de forma voluntária ou semivoluntária. Ou podemos decidir que, assim como as apresentações ao vivo de obras de Haydn, não precisamos deles tanto quanto antes.
Por outro lado, podemos concordar que o aumento dos custos é algo que estamos preparados para pagar. Afinal, o efeito Baumol é uma consequência direta dos ganhos de produtividade em outras áreas da economia. Por definição, isso implica que o dinheiro está disponível para pagar esses salários mais altos.
O efeito Baumol é uma refutação útil para aqueles que presumem que todo trabalhador deve “merecer” seus aumentos salariais tornando-se mais produtivo. Isso é um absurdo; eles sempre podem justificar seus salários simplesmente pedindo demissão e fazendo outra coisa.
Ainda assim, embora não devamos insistir dogmaticamente que os salários do setor público só podem aumentar se a produtividade do setor público aumentar na mesma proporção, não devemos aceitar rapidamente as limitações do quarteto de cordas de Baumol. Por definição, Baumol e Bowen descartaram a ideia de que os músicos podem gravar suas performances ou usar amplificação para alcançar um público maior. Eles estavam concentrados apenas nas performances ao vivo tradicionais e no custo dessas performances. Tudo bem. Mas seria imprudente simplesmente presumir que nada pode ser feito para aumentar a produtividade de médicos e professores.
Em todo caso, o efeito Baumol é melhor visto como uma boa notícia. É um conto em que partes da economia se tornam dramaticamente mais produtivas. De fato, mesmo que cada parte da economia desfrute de ganhos de produtividade, os efeitos Baumol se aplicarão na medida em que alguns estejam aumentando a produtividade mais rápido do que outros. Aqueles que se preocupam com o efeito Baumol talvez devessem se preocupar mais com a alternativa: um crescimento lento da produtividade em todos os lugares. Isso é muito fácil de imaginar.

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October 4, 8:39 AM
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Mercados ‘livres’ sem restrições só geraram crises, diz o Nobel de Economia Joseph Stiglitz

Mercados ‘livres’ sem restrições só geraram crises, diz o Nobel de Economia Joseph Stiglitz | Inovação Educacional | Scoop.it
Tudo isso o teria levado a escrever seu novo livro: “The Road to Freedom: Economics and the Good Society” (O caminho para a liberdade: economia e a boa sociedade, em tradução livre), lançado em abril deste ano, onde afirma que mercados “livres”, sem restrições, só geraram crises: financeira, dos opioides e da desigualdade.
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