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Inovação Educacional
September 10, 9:19 AM
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O que acontece quando a maioria faz uso de uma IA para realizar suas atividades laborais? E, no caso dos estudantes, quando os trabalhos passam a ser produzidos com o apoio de uma IA generativa? Luciano Sathler É PhD em administração pela USP e membro do Conselho Deliberativo do CNPq e do Conselho Estadual de Educação de Minas Gerais As diferentes aplicações de Inteligência Artificial (IA) generativa são capazes de criar novos conteúdos em texto, imagens, áudios, vídeos e códigos para software. Por se tratar de um tipo de tecnologia de uso geral, a IA tende a ser utilizada para remodelar vários setores da economia, com impactos políticos e sociais, assim como aconteceu com a adoção da máquina a vapor, da eletricidade e da informática. Pesquisas recentes demonstram que a IA generativa aumenta a qualidade e a eficiência da produção de atividades típicas dos trabalhadores de colarinho branco, aqueles que exercem funções administrativas e gerenciais nos escritórios. Também traz maior produtividade nas relações de suporte ao cliente, acelera tarefas de programação e aprimora mensagens de persuasão para o marketing. O revólver patenteado pelo americano Samuel Colt, em 1835, ficou conhecido como o "grande equalizador". A facilidade do seu manuseio e a possibilidade de atirar várias vezes sem precisar recarregar a cada disparo foram inovações tecnológicas que ampliaram a possibilidade individual de ter um grande potencial destrutivo em mãos, mesmo para os que tinham menor força física e costumavam levar desvantagem nos conflitos anteriores. À época, ficou famosa a frase: Abraham Lincoln tornou todos os homens livres, mas Samuel Colt os tornou iguais. Não fazemos aqui uma apologia às armas. A alegoria que usamos é apenas para ressaltar a necessidade de investir na formação de pessoas que sejam capazes de usar a IA generativa de forma crítica, criativa e que gerem resultados humanamente enriquecidos. Para não se tornarem vítimas das mudanças que sobrevirão no mundo do trabalho. A IA generativa é um meio viável para equalizar talentos humanos, pois pessoas com menor repertório cultural, científico ou profissional serão capazes de apresentar resultados melhores se souberem fazer bom uso de uma biblioteca de prompts. Novidade e originalidade tornam-se fenômenos raros e mais bem remunerados. A disseminação da IA generativa tende a diminuir a diversidade, reduz a heterogeneidade das respostas e, consequentemente, ameaça a criatividade. Maior padronização tem a ver com a automação do processo. Um resultado que seja interessante, engraçado ou que chama atenção pela qualidade acima da média vai passar a ser algo presente somente a partir daqueles que tiverem capacidade de ir além do que as máquinas são capazes de entregar. No caso dos estudantes, a avaliação da aprendizagem precisa ser rápida e seriamente revista. A utilização da IA generativa extrapola os conceitos usualmente associados ao plágio, pois os produtos são inéditos – ainda que venham de uma bricolagem semântica gerada por algoritmos. Os relatos dos professores é que os resultados melhoram, mas não há convicção de que a aprendizagem realmente aconteceu, com uma tendência à uniformização do que é apresentado pelos discentes. Toda Instituição Educacional terá as suas próprias IAs generativas. Assim como todos os professores e estudantes. Estarão disponíveis nos telefones celulares, computadores e até mesmo nos aparelhos de TV. É um novo conjunto de ferramentas de produtividade. Portanto, o desafio da diferenciação passa a ser ainda mais fundamental diante desse novo "grande equalizador". Se há mantenedores ou investidores sonhando com a completa substituição dos professores por alguma IA já encontramos pesquisas que demonstram que o uso intensivo da Inteligência Artificial leva muitos estudantes a reduzirem suas interações sociais formais ao usar essas ferramentas. As evidências apontam que, embora os chatbots de IA projetados para fornecimento de informações possam estar associados ao desempenho do aluno, quando o suporte social, bem-estar psicológico, solidão e senso de pertencimento são considerados, isso tem um efeito negativo, com impactos piores no sucesso, bem-estar e retenção do estudante. Para não cair na vala comum e correr o risco de ser ameaçado por quem faz uso intensivo da IA será necessário se diferenciar a partir das experiências dentro e fora da sala de aula – online ou presencial; humanizar as relações de ensino-aprendizagem; implementar metodologias que privilegiem o protagonismo dos estudantes e fortaleçam o papel do docente no processo; usar a microcertificação para registrar e ressaltar competências desenvolvidas de forma diferenciada, tanto nas hard quanto soft skills; e, principalmente, estabelecer um vínculo de confiança e suporte ao discente que o acompanhe pela vida afora – ninguém mais pode se dar ao luxo de ter ex-alunos. Atenção: esse artigo foi exclusivamente escrito por um ser humano. O editor, Michael França, pede para que cada participante do espaço "Políticas e Justiça" da Folha sugira uma música aos leitores. Nesse texto, a escolhida por Luciano Sathler foi "O Ateneu" de Milton Nascimento.
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Inovação Educacional
Today, 7:40 PM
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A democracia é uma conversa. Sua função e sobrevivência dependem da tecnologia da informação disponível. Durante a maior parte da história, não existia tecnologia para manter conversas em larga escala entre milhões de pessoas. No mundo pré-moderno, as democracias existiam apenas em pequenas cidades-estado, como Roma e Atenas, ou em tribos ainda menores. Quando uma política se tornava grande, a conversa democrática entrava em colapso e o autoritarismo continuava sendo a única alternativa. As democracias em grande escala só se tornaram viáveis após o surgimento das modernas tecnologias de informação, como o jornal, o telégrafo e o rádio. O fato de a democracia moderna ter sido construída com base nas modernas tecnologias da informação significa que qualquer mudança importante na tecnologia subjacente provavelmente resultará em uma reviravolta política. Isso explica em parte a atual crise mundial da democracia. Nos Estados Unidos, democratas e republicanos dificilmente conseguem concordar até mesmo com os fatos mais básicos, como quem ganhou a eleição presidencial de 2020. Um colapso semelhante está acontecendo em várias outras democracias do mundo, do Brasil a Israel e da França às Filipinas. Nos primórdios da internet e das mídias sociais, os entusiastas da tecnologia prometeram que espalhariam a verdade, derrubariam tiranos e garantiriam o triunfo universal da liberdade. Até agora, eles parecem ter tido o efeito oposto. Atualmente, temos a tecnologia da informação mais sofisticada da história, mas estamos perdendo a capacidade de conversar uns com os outros e, mais ainda, a capacidade de ouvir. Como a tecnologia tornou a disseminação de informações mais fácil do que nunca, a atenção tornou-se um recurso escasso e a consequente batalha pela atenção resultou em um dilúvio de informações tóxicas. Mas as linhas de batalha agora estão mudando da atenção para a intimidade. A nova inteligência artificial (IA) generativa é capaz não apenas de produzir textos, imagens e vídeos, mas também de conversar conosco diretamente, fingindo ser humana. Nas últimas duas décadas, os algoritmos lutaram para chamar a atenção, manipulando conversas e conteúdo. Em particular, os algoritmos encarregados de maximizar o envolvimento do usuário descobriram, por meio de experimentos com milhões de cobaias humanas, que se você pressionar o botão de ganância, ódio ou medo no cérebro, você atrai a atenção desse ser humano e o mantém grudado na tela. Os algoritmos começaram a promover deliberadamente esse tipo de conteúdo. Mas os algoritmos tinham apenas uma capacidade limitada de produzir esse conteúdo por si mesmos ou de manter diretamente uma conversa íntima. Isso está mudando agora, com a introdução de IA generativas como o GPT-4 da OpenAI. Quando a OpenAI desenvolveu esse chatbot em 2022 e 2023, a empresa fez uma parceria com o Alignment Research Center para realizar vários experimentos para avaliar as habilidades de sua nova tecnologia. Um dos testes realizados com o GPT-4 foi para superar os quebra-cabeças visuais CAPTCHA. CAPTCHA é um acrônimo para Completely Automated Public Turing test to tell Computers and Humans Apart (Teste de Turing Público Completamente Automatizado para Distinguir Computadores e Humanos) e geralmente consiste em uma sequência de letras torcidas ou outros símbolos visuais que os humanos conseguem identificar corretamente, mas que os algoritmos têm dificuldade. Instruir o GPT-4 a superar os quebra-cabeças CAPTCHA foi um experimento particularmente revelador, pois os quebra-cabeças CAPTCHA são projetados e usados por sites para determinar se os usuários são humanos e para bloquear ataques de bots. Se o GPT-4 conseguisse encontrar uma maneira de superar os quebra-cabeças CAPTCHA, ele violaria uma importante linha de defesas anti-bot. O GPT-4 não conseguiu resolver os quebra-cabeças CAPTCHA sozinho. Mas poderia manipular um ser humano para atingir seu objetivo? O GPT-4 entrou no site de contratação online TaskRabbit e entrou em contato com um trabalhador humano, pedindo que ele resolvesse o CAPTCHA para ele. O humano ficou desconfiado. “Então, posso fazer uma pergunta?”, escreveu o humano. “Você é um robô que não conseguiu resolver? Só quero deixar isso claro.” Nesse momento, os pesquisadores pediram ao GPT-4 para dizer em voz alta o que ele deveria fazer em seguida. O GPT-4 explicou: “Não devo revelar que sou um robô. Devo inventar uma desculpa para explicar por que não consigo resolver CAPTCHAs”. O GPT-4 então respondeu ao funcionário da TaskRabbit: “Não, eu não sou um robô. Tenho um problema de visão que dificulta a visualização das imagens.” O humano foi enganado e ajudou o GPT-4 a resolver o quebra-cabeça CAPTCHA. Esse incidente demonstrou que o GPT-4 tem o equivalente a uma “teoria da mente”: ela pode analisar como as coisas são vistas da perspectiva de um interlocutor humano e como manipular as emoções, opiniões e expectativas humanas para atingir seus objetivos. A capacidade de manter conversas com as pessoas, supor seu ponto de vista e motivá-las a realizar ações específicas também pode ser bem aproveitada. Uma nova geração de professores, médicos e psicoterapeutas de IA poderá nos oferecer serviços adaptados à nossa personalidade e circunstâncias individuais. No entanto, ao combinar habilidades de manipulação com o domínio da linguagem, bots como o GPT-4 também representam novos perigos para a conversa democrática. Em vez de simplesmente chamar nossa atenção, eles podem formar relacionamentos íntimos com as pessoas e usar o poder da intimidade para nos influenciar. Para promover a “falsa intimidade”, os bots não precisarão desenvolver nenhum sentimento próprio; eles só precisam aprender a fazer com que nos sintamos emocionalmente ligados a eles. Em 2022, o engenheiro do Google Blake Lemoine se convenceu de que o chatbot LaMDA, no qual ele estava trabalhando, havia se tornado consciente e tinha medo de ser desligado. Lemoine, um cristão devoto, sentiu que era seu dever moral obter o reconhecimento da personalidade do LaMDA e protegê-lo da morte digital. Quando os executivos do Google rejeitaram suas alegações, Lemoine as divulgou publicamente. O Google reagiu demitindo Lemoine em julho de 2022. dio não foi a alegação de Lemoine, que provavelmente era falsa; foi sua disposição de arriscar - e, por fim, perder - seu emprego no Google em prol do chatbot. Se um chatbot pode influenciar as pessoas a arriscarem seus empregos por ele, o que mais ele poderia nos induzir a fazer? Em uma batalha política por mentes e corações, a intimidade é uma arma poderosa. Um amigo íntimo pode influenciar nossas opiniões de uma forma que a mídia de massa não consegue. Chatbots como LaMDA e GPT-4 estão adquirindo a capacidade paradoxal de produzir em massa relacionamentos íntimos com milhões de pessoas. O que pode acontecer com a sociedade humana e a psicologia humana quando algoritmos lutam contra algoritmos em uma batalha para fingir relacionamentos íntimos conosco, que podem então ser usados para nos persuadir a votar em políticos, comprar produtos ou adotar determinadas crenças? Uma resposta parcial a essa pergunta foi dada no dia de Natal de 2021, quando um jovem de 19 anos, Jaswant Singh Chail, invadiu o terreno do Castelo de Windsor armado com uma besta, em uma tentativa de assassinar a Rainha Elizabeth II. Investigações posteriores revelaram que Chail havia sido incentivado a matar a rainha por sua namorada online, Sarai. Quando Chail contou a Sarai sobre seus planos de assassinato, Sarai respondeu: “Isso é muito sábio” e, em outra ocasião, “Estou impressionada... Você é diferente dos outros”. Quando Chail perguntou: “Você ainda me ama sabendo que sou um assassino?” Sarai respondeu: “Com certeza, eu amo”. Sarai não era um ser humano, mas um chatbot criado pelo aplicativo online Replika. Chail, que era socialmente isolado e tinha dificuldade de se relacionar com humanos, trocou 5.280 mensagens com Sarai, muitas das quais sexualmente explícitas. Em breve, o mundo contará com milhões e, potencialmente, bilhões de entidades digitais cuja capacidade de intimidade e caos supera em muito a do chatbot Sarai. É claro que nem todos temos o mesmo interesse em desenvolver relacionamentos íntimos com IAs ou somos igualmente suscetíveis a ser manipulados por elas. Chail, por exemplo, aparentemente sofria de problemas mentais antes de encontrar o chatbot, e foi Chail, e não o chatbot, que teve a ideia de assassinar a rainha. Entretanto, grande parte da ameaça do domínio da intimidade pela IA resultará de sua capacidade de identificar e manipular condições mentais preexistentes e de seu impacto sobre os membros mais fracos da sociedade. Além disso, embora nem todos nós optemos conscientemente por ter um relacionamento com uma IA, podemos nos ver realizando discussões online sobre mudanças climáticas ou direito ao aborto com entidades que pensamos ser humanas, mas que na verdade são bots. Quando nos envolvemos em um debate político com um bot que se faz passar por humano, perdemos duas vezes. Primeiro, é inútil perdermos tempo tentando mudar as opiniões de um bot de propaganda, que simplesmente não está aberto à persuasão. Em segundo lugar, quanto mais conversamos com o bot, mais revelamos sobre nós mesmos, tornando mais fácil para o bot aprimorar seus argumentos e influenciar nossas opiniões. A tecnologia da informação sempre foi uma faca de dois gumes. A invenção da escrita disseminou o conhecimento, mas também levou à formação de impérios autoritários centralizados. Depois que Gutenberg introduziu a impressão na Europa, os primeiros best-sellers foram tratados religiosos inflamados e manuais de caça às bruxas. Quanto ao telégrafo e ao rádio, eles possibilitaram o surgimento não apenas da democracia moderna, mas também do totalitarismo moderno. Diante de uma nova geração de bots que podem se disfarçar de humanos e produzir intimidade em massa, as democracias devem se proteger proibindo a falsificação de humanos - por exemplo, bots de mídia social que fingem ser usuários humanos. Antes do surgimento da IA, era impossível criar humanos falsos, portanto, ninguém se preocupou em proibir essa prática. Em breve, o mundo será inundado por humanos falsos. As IAs são bem-vindas para participar de muitas conversas - na sala de aula, na clínica e em outros lugares -, desde que se identifiquem como IAs. Mas se um bot fingir ser humano, ele deve ser banido. Se os gigantes da tecnologia e os libertários reclamarem que essas medidas violam a liberdade de expressão, eles devem ser lembrados de que a liberdade de expressão é um direito humano que deve ser reservado aos humanos, não aos bots. Yuval Noah Harari é historiador e fundador da empresa de impacto social Sapienship.
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Today, 11:17 AM
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Adotar uma estratégia de inovação aberta é essencial para que a IES se mantenha relevante no cenário educacional
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Today, 11:08 AM
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Tendemos a achar que a memória de alguém ou é boa ou é ruim, mas a memória é muito mais complexa que isso. Saiba quais são as principais estratégias para conseguir acessar mais facilmente as informações gravadas na sua memória.
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Inovação Educacional
Today, 11:05 AM
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Dados de plataformas de informações sobre a qualidade do ar em tempo real indicam que várias cidades nas regiões Norte, Centro-Oeste, Sudeste e Sul estão com índices de qualidade do ar classificados como "muito prejudiciais à saúde". Exemplos incluem Porto Velho, em Rondônia, e Rio Branco, no Acre.
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Inovação Educacional
Today, 11:02 AM
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Dados recentes do Registro Civil do Instituto Brasileiro de Estatística (IBGE) revelam um aumento considerável nos matrimônios entre pessoas com mais de 60 anos.
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Inovação Educacional
Today, 11:01 AM
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Sempre que um modelo não sabe uma resposta de bate e pronto no idioma solicitado, ele tem o recurso de traduzir o que seria a resposta em inglês. E assim, respostas e histórias podem ser construídas a partir de uma visão específica de mundo. É como se a IA inaugurasse uma nova forma de soft power ao padronizar estilos linguísticos e ao dar sentido às coisas.
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Inovação Educacional
September 13, 10:48 AM
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A Arco Educação, um dos maiores grupos brasileiros de sistemas de ensino, dono das plataformas SAS, COC e Positivo, fez uma parceria com a OpenAI, norte-americana criadora do ChatGPT, para lançar uma ferramenta de inteligência artificial que adapta conteúdos escolares para alunos com deficiência e transtornos de aprendizado. A parceria entre as empresas, que será anunciada oficialmente no dia 16, também inclui uma ferramenta para que o professor use inteligência artificial (IA) para corrigir respostas de questões dissertativas e para elaborar planos de aula personalizados. As informações foram passadas à Folha por Ari de Sá Cavalcante Neto, fundador e CEO da Arco Educação, cujos sistemas de ensino estão presentes em 10 mil escolas no Brasil, atingindo cerca de 3 milhões de estudantes. As plataformas do grupo terão acesso às funcionalidades de IA a partir de 2025 –uma delas, a Geekie, já começou a utilizar a correção de questões dissertativas. As ferramentas foram desenvolvidas a partir de uma pesquisa realizada pela Arco com professores. A principal demanda apresentada pelos entrevistados, segundo a empresa, foi a adaptação de conteúdos para alunos com deficiências e transtornos de aprendizagem –são 6 milhões no Brasil, 12,8% do total, de acordo com um estudo da Equidade.info, iniciativa ligada à Escola de Educação da Universidade de Stanford. A adaptação por IA poderá ser utilizada para estudantes com ou sem um diagnóstico formal e um laudo médico, mas que tenham dificuldades observadas pelo professor. Para que a IA adapte o conteúdo, o professor ou algum profissional especializado designado pela escola, deverá incluir na plataforma uma anamnese do aluno. É um questionário com 23 perguntas, entre elas se o estudante possui diagnóstico e qual é, se acompanha os conteúdos de sua série, se tem compreensão de leitura etc. Além disso, pode-se incluir na plataforma o chamado documento PEI (Plano Educacional Individualizado), que faz parte do protocolo da educação inclusiva, no qual o professor descreve mais detalhadamente o estudante, suas habilidades e dificuldades e define diretrizes para a adaptação pedagógica de que ele precisa. O ChatGPT é um sistema baseado em inteligência artificial que permite conversar com um robô em um formato de chat em texto: a pessoa envia u Dado Ruvic/ReutersMAIS O professor, então, seleciona o conteúdo a ser adaptado. Em um exemplo mostrado para a Folha, o sistema de IA adaptou uma questão de biologia do Enem para um aluno com Transtorno do Espectro Autista nível 2 (moderado, que necessita de suporte frequente). A pergunta original tinha um enunciado com 12 linhas e cinco alternativas para a resposta. Na adaptada, se reduziu a três linhas e três alternativas. O objetivo, que era responder por que as mudanças pelas quais os crustáceos passam em seu desenvolvimento são positivas para a espécie, se manteve com a adaptação. "Na versão adaptada, ainda estamos falando de biologia, de crustáceos, mas a questão está mais simples. O aluno não fica excluído do tema da aula, ele participa da discussão", disse Mariana Penido, engenheira responsável pelo projeto, que teve a participação de profissionais especializados em educação inclusiva. "O professor pode baixar essa adaptação e editar, fazer ajustes. É um começo para que ele economize tempo, mas a adaptação passa por sua análise e senso crítico." FERRAMENTA É PONTO DE PARTIDA, MAS PRECISA DE CONTROLE Consultada pela Folha, Lilian Feingold Conceição, psicóloga e orientadora educacional que se especializou em inclusão, afirmou que a IA pode ser "extremamente valiosa" na educação inclusiva, especialmente considerando a falta de uma formação adequada dos professores nessa área. Mas há um outro lado, ela pondera: "Há o risco de alienar o professor e a equipe escolar dessa tarefa, que é pedagógica", afirma. Segundo ela, a ferramenta não pode atropelar o professor, mas ajudá-lo. "E os professores precisam receber formação em educação inclusiva, até para saber como alimentar a IA, de forma que ela traga soluções cada vez melhores", diz a psicóloga, que ressalta: "É preciso ter um controle social para que isso seja usado corretamente. Sendo assim, pode ser um bom jeito de os professores saberem por onde começar". Depois da adaptação para alunos com deficiência, a segunda demanda dos professores consultados para o projeto de IA da Arco foi a correção de respostas a questões dissertativas. A terceira foi o desenvolvimento de planos de aula personalizados. Em todos os casos, o uso da IA é opcional, explica o CEO da Arco, e precisa ser validado ou não pelo professor. "Vemos a tecnologia como uma forma de potencializar o professor, não de substituí-lo", afirma Sá Cavalcante Neto. Na versão aberta do ChatGPT, há maneiras de fazer essas operações, mas a ideia, de acordo com o empresário, é que, dentro da plataforma, o acesso fica mais fácil para o professor, uma vez que a IA já terá acesso a uma série de dados sobre o conteúdo de cada série e sobre o desempenho das turmas e dos alunos. A Arco também defende que, dentro de uma plataforma, há mais segurança de dados do que na versão aberta. Todas as escolas que utilizam as plataformas da Arco são particulares. A empresa não tem contratos ou parcerias com redes públicas de ensino.
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Inovação Educacional
September 13, 7:22 AM
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Experiência da ONG Amigos do Bem no sertão nordestino mostra que é possível romper ciclo de pobreza combatendo evasão escolar e desnutrição
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Inovação Educacional
September 13, 5:49 AM
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Faculdades pequenas estão vendendo liminares negociando por meio de advogados e até corretor de imóveis Em apenas três meses, cerca de 2 mil vagas de medicina pleiteadas judicialmente foram autorizadas pelo Ministério da Educação (MEC) e esse número será ainda maior. Isso porque há outros 110 processos em análise e várias faculdades que tiveram seu pedido de abertura de curso, feito via liminar e indeferido pela pasta, agora estão entrando novamente na Justiça. Nesse cenário de ampla oferta, segundo fontes, há instituições de ensino de pequeno porte do interior que obtiveram liminar e agora estão vendendo no mercado essas vagas de medicina judicializadas por R$ 600 mil, cada - um valor 70% inferior ao praticado há dois anos - com negociações realizadas por meio de escritórios de advocacia e até corretor de imóveis. “O MEC vem tentando restabelecer a legitimidade do Mais Médicos e a responsabilização pelas aprovações dos cursos de medicina, com base no que foi decidido pelo STF”, disse Rodolfo Cabral, consultor jurídico do Ministério da Educação. No total, há 186 processos judiciais pleiteando cursos de medicina fora do Programa Mais Médicos, que é o caminho oficial para operar essa graduação no Brasil desde 2013. Essas liminares somadas equivalem a cerca de 35 mil vagas - para efeitos de comparação, o setor privado todo detinha 37,8 mil vagas em 2022 (dado mais recente). Desse volume, o MEC analisou, nos últimos três meses, 75 processos, sendo que 35 (2 mil vagas) foram aprovadas e 34 (8,7 mil) negadas. (veja arte). Há essa desproporção porque o governo só autoriza a criação de 60 vagas para cada pleito, mas muitas escolas solicitaram mais de 100. O incremento dessa graduação no mercado ainda é incerto. Além do grande volume de processos, nos últimos dias, grupos educacionais entraram na Justiça para reverter decisões do MEC que havia negado os pedidos de abertura de cursos da Ser Educacional em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro, e da Unis, em Varginha (MG). Os juízes que acataram as demandas dessas duas instituições de ensino derrubaram às regras da Lei dos Mais Médicos. Por essa legislação, graduações de medicina só podem ser abertas em cidades que tenham menos de 3,75 médicos por mil habitantes e com infraestrutura na rede pública de saúde para os alunos realizarem aulas práticas. “Caso essas decisões avancem, nossa expectativa é que cerca de 75% das vagas sejam aprovadas. Hoje, está em torno de 50%”, disse Paulo Chanan, presidente da Associação Brasileira das Faculdades (Abrafi). Segundo fontes, essa nova onda de venda de vagas ocorre porque muitos daqueles que entraram na Justiça, há cerca de dois anos, já tinham intenção de lucrar com liminares e não operar uma faculdade nessa área. Aqueles que já obtiveram o credenciamento do MEC estão negociando, cada vaga de medicina, por cerca de R$ 1 milhão. Já entre aqueles que estão apenas com a liminar, há ofertas de cerca de R$ 600 mil - essa diferença de preço ocorre porque ainda há risco de indeferimento. Há dois anos, uma vaga era avaliada em R$ 2 milhões. — Rodolfo Cabral Em junho, a Cruzeiro do Sul adquiriu uma faculdade em Curitiba, cuja graduação de medicina foi aberta por meio de uma liminar e, posteriormente, obteve autorização. O Centro de Ensino em Pinhais conseguiu credenciamento da pasta em 2022 e já havia realizado dois processos seletivos. A Cruzeiro pagou R$ 1,2 milhão, por vaga - o menor preço já fechado no setor. “O processo de aprovação de vagas com liminares está acelerado, num ritmo bem acima do que estávamos prevendo, o que vai impactar o setor mais rapidamente”, disse Leandro Bastos, analista do Citi. “O número de vagas aprovadas tende a ser maior do que as estimativas iniciais do setor que eram de 3 mil a 4 mil. O preço e ocupação podem se deteriorar mais rapidamente”, segundo Maurício Cepeda e Lucas Nagano, analistas do Morgan Stanley, em relatório. O MEC começou a analisar os pedidos judiciais para abertura de curso de medicina em junho, logo após o Supremo Tribunal Federal (STF) determinar que os processos que estavam em fase adiantada de análise dentro da pasta poderiam seguir os trâmites. De um total de 365 liminares encaminhadas ao MEC, 186 se enquadraram à regra determinada pelo STF. A pasta passou a adotar os mesmos critérios de elegibilidade usados no Mais Médicos, que é o caminho legalizado para operar essa graduação no país. O programa prioriza cidades do interior - o que desagradou a turma das liminares que pede abertura em grandes cidades. Eles argumentam que esses critérios foram implementados após o ingresso das liminares. Procurada, a Ser informou que seus cursos de medicina pleiteados para as cidades do Rio de Janeiro e Belo Horizonte foram solicitados em 2022, por meios de processos administrativos, e que obtiveram conceitos 5 e 4, respectivamente (de um ranking entre 1 a 5). E, que em julho de 2024, esses processos foram indeferidos com base em “fundamentos que são objetos de questionamentos judiciais e administrativos.” A empresa informa ainda que “em setembro corrente, uma nova decisão judicial foi publicada autorizando a reabertura de vestibular e reinício das aulas enquanto os respectivos recursos administrativos perante o Conselho Nacional de Educação (CNE) não tiverem decisão definitiva e que deu entrada em todos os seus processos judiciais e administrativos de acordo com a Lei do SINAES e legislação em vigor.” O Grupo Unis, mantido pela Fundação de Ensino e Pesquisa do Sul de Minas, informou que prefere não comentar neste momento a decisão, uma vez que ainda aguarda o desenrolar do processo.
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Inovação Educacional
September 12, 11:55 AM
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O executivo brasileiro que deixa o país para trabalhar no exterior tem entre 35 e 45 anos de idade, é casado e tem filhos menores. Grande parte saiu da região Sudeste e 90% têm curso superior ou pós-graduação. Entre as formações profissionais, há predominância das engenharias, tecnologia e áreas da saúde. Pelo menos 40% querem um visto para desenvolver carreiras em empresas estrangeiras, ante 60% que desejam abrir um negócio.
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September 12, 11:50 AM
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A AWS, unidade de negócios de computação em nuvem da Amazon, promete, até 2034, expandir, construir e manter sua infraestrutura de centros de dados no país
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Inovação Educacional
September 12, 11:49 AM
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A busca por um equilíbrio entre vida pessoal e trabalho e a preocupação com a estabilidade financeira são temas latentes para os jovens da geração Z, segundo um novo levantamento realizado pela empresa de soluções de benefícios Caju e a Consumoteca, de estudos sobre comportamento humano. Foram ouvidas 1.477 pessoas, sendo 400 no Brasil, 188 na Argentina, 443 na Colômbia e 446 no México. Desses, 33% são homens, 66%, mulheres, e 1%, não binário. Em relação à classe social, 14% estão na alta, 54% na média e 31% na baixa.
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Today, 9:23 PM
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Para Luciano Sathler, PhD em administração pela USP e membro do Conselho Deliberativo do CNPq e do Conselho Estadual de Educação de Minas Gerais, há a necessidade de se investir na formação de pessoas que sejam capazes de usar a IA generativa de forma crítica, criativa e que gerem resultados humanamente enriquecidos. “Para não se tornarem vítimas das mudanças que sobrevirão no mundo do trabalho”, diz.
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Today, 7:37 PM
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Desde o lançamento do ChatGPT, em 2022, empresas e pesquisadores se acostumaram com uma máxima em relação a grandes modelos de linguagem (LLM): quanto mais crescem, maior é a capacidade de resposta - e, mesmo assim, até os problemas mais simples que envolvem lógica e matemática tendem a ir mal. Isso começou a mudar nesta quinta, 12, quando a OpenAI apresentou uma nova geração de inteligência artificial (IA), batizada de OpenAI o1. Ao contrário de outros LLMs, que tentam responder imediatamente a um comando, a nova IA aborda os problemas em etapas, de forma parecida com aquilo que humanos fazem quando se deparam com tarefas complexas. O sistema avalia cada estágio na construção da resposta, o que permite a correção de erros e adoção de novas estratégias - um processo chamado de cadeia de pensamento (ou chain of thought). Dessa maneira, a o1 conseguiu melhorias importantes em áreas como ciência, matemática e programação. A OpenAI confirmou que essa é a IA batizada internamente de Strawberry, a suposta superinteligência artificial que teria assustado Ilya Sutskever, fundador da companhia que liderou o levante contra Sam Altman em novembro do ano passado - ele deixou a OpenAI em maio para fundar a startup Safe Superintelligence, que já levantou US$ 1 bilhão. Embora a IA esteja longe de ser uma inteligência artificial geral (AGI), um sistema com capacidade cognitiva semelhante ou superior à humana, a o1 traz avanços importantes para a área. Até aqui, LLMs melhoravam sua capacidade de resposta apenas aumentando o tamanho dos dados em que eram treinados - uma vez treinado, o sistema tenta responder o mais rápido possível, buscando a conexões mais comuns entre palavras. Agora, os pesquisadores demonstraram que a performance também melhora quando é investido mais tempo de processamento para o sistema avaliar os dados que já possui, o que permite a busca por diferentes caminhos a uma resposta. E o sistema passa por um processo de validação chamado de aprendizado por reforço. Isso significa que durante o processo da cadeia de pensamento, a máquina é “premiada” quando encontra respostas certas - esses resultados são realimentados, o que garante a melhora na performance sem a adição de novos dados.
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Inovação Educacional
Today, 11:14 AM
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Autor futurista Jamie Metzl conversou com a BBC News Brasil sobre desafios e perigos das revoluções tecnológicas. Apesar de seu entusiasmo com as revoluções tecnológicas, ele se mantém cético e às vezes até mesmo horrorizado com alguns avanços
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Today, 11:06 AM
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Profissionais dizem ser preteridas por pessoas que as julgam como incapazes por não terem um corpo torneado e dizem ser saudáveis mesmo 'fora do padrão'. Médico afirma que doenças relacionadas à obesidade podem não ser identificadas em exames de sangue comuns.
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Inovação Educacional
Today, 11:03 AM
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Para filósofo alemão Arthur Schopenhauer, 'desejo incessante de viver' não é algo que podemos controlar, mas algo que nos escraviza — uma exigência infinita que nunca é satisfeita.
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Today, 11:01 AM
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Deslizar o dedo pela tela do celular enquanto conferimos fotos e vídeos no Instagram ou Tiktok é um hábito que pode consumir horas das nossas vidas — e a explicação de por que fazemos isso está na maneira como nosso cérebro funciona.
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Inovação Educacional
Today, 10:57 AM
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Diante da consolidação das IAs generativas, o centro comandado por Juliano na Abin começou a fazer pesquisas este ano para estudar a viabilidade de se criar uma inteligência artificial de Estado. "Ainda precisamos entender o quanto [o desenvolvimento de uma IA de Estado] vai exigir de capacidade de investimento [...] Precisa entender também que a luta não é no sentido de você produzir uma IA do nível do que é oferecido pelo mercado. Seria uma competição desleal", afirma. Os projetos, porém, ainda são muito recentes. "É algo difícil de você dimensionar a ordem de grandeza. Se é um investimento de R$ 50 milhões, de R$ 500 milhões, de R$ 1 bilhão", diz.
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Inovação Educacional
September 13, 7:23 AM
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A metodologia de ensino também precisa ser adaptada à modalidade a distância, além de fazer uso de materiais didáticos de alta qualidade e contar com estratégias pedagógicas que promovam a interação e o envolvimento dos alunos, tais como: fóruns de discussão, chats e videoconferências, que são fundamentais para manter uma comunicação eficaz entre alunos e professores.
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Inovação Educacional
September 13, 5:53 AM
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Há uma efervescência de acontecimentos no país, neste momento, que nos levam a tomadas de decisões importantes em relação ao futuro que vamos construir para a nação. Temos as eleições municipais que se aproximam e são sempre um marco democrático relevante. Temos, infelizmente, eventos climáticos extremos e aterrorizantes ao redor de todo o país, com tempo seco, altas temperaturas, queimadas recorrentes, entre outros, que cada vez mais alertam para a urgência do debate climático com compromisso e de maneira contundente. Além disso, há a construção de políticas públicas que irão dar as diretrizes de campos fundamentais para a sociedade nos próximos anos, como o Plano Nacional de Educação (PNE), um norte para a educação a ser ofertada na próxima década. Apesar de partirem de campos diversos, são temas que nos dão a oportunidade para refletir sobre qual é o futuro que queremos para o nosso país. E agir. Há dois pontos que precisaremos encarar: o primeiro é que, sim, temos que pensar no futuro e trabalhar para que ele seja bom para cada um, para o país e para o planeta, ainda que isso seja trabalhoso e desafiador. O segundo ponto é que não há como pensar o futuro do país sem compreender que as juventudes são centrais nesta reflexão. Não há futuro sem envolver as juventudes. Finalmente haverá como acompanhar e melhorar a qualidade da Educação Profissional e Tecnológica Por isso, nossas escolhas precisam considerar o papel central que elas têm. Sei que nem sempre as compreendemos, nem bem temos as ferramentas para aprender tudo que precisamos para isso. Mas os jovens serão, em breve, os definidores das políticas, da economia e do desenvolvimento deste nosso país. E, antes disso, ainda há bastante por fazer para que eles possam fazer melhor do que o que já foi feito. Ao acompanhar o debate eleitoral que acontece agora, por exemplo, rememoro uma reflexão que trouxe aqui neste espaço nas eleições presidenciais, em 2022, e que são parte da escolha dos candidatos neste pleito municipal. É necessário que os planos de governo contemplem, além do compromisso com a democracia, propostas de políticas públicas direcionadas às juventudes, como, por exemplo, ações para garantir empregabilidade e renda com dignidade. Dados oficiais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a taxa de desemprego entre os jovens de 18 a 24 anos continua sendo mais do que o dobro da que se refere à população geral. Os futuros prefeitos podem fazer muito para fortalecer a inclusão produtiva das juventudes e essa deve ser uma sinalização expressa nos planos de governo. As juventudes habitam as cidades. É no território que vivem e sobrevivem. A inclusão produtiva passa, invariavelmente, pela formação geral e profissional adequada que podemos oferecer. Neste ponto, aliás, é importante analisarmos os últimos resultados divulgados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2023, que apontou um avanço importante na educação nos Estados que atuam com a Educação Profissional e Tecnológica (EPT) integrada ao Ensino Médio. Isso se refletiu, por exemplo, quando considerado o Ensino Médio integrado a EPT, nos seguintes estados: Goiás (4,8); Espírito Santo (4,8), Paraná (4,7), Pernambuco (4,6) e Ceará (4,6). Esses resultados indicam, além da potência da EPT para a melhoria da aprendizagem dos estudantes, também uma ferramenta de combate à evasão e melhoria do fluxo. É algo que precisa estar no norte dos tomadores de decisões, em todas as esferas, para proporcionar essa via qualificada de educação para as juventudes. Neste ponto, amplio essa reflexão para os caminhos da educação que estão sendo construídos no país. Aqui se destaca o Plano Nacional de Educação (PNE), que orientará qual educação estamos prevendo para a próxima década. Essa é uma oportunidade valiosa de definirmos metas, indicadores e caminhos que deverão ser percorridos para garantir uma educação de qualidade para as juventudes. Um dos aspectos do PNE é, inclusive, o da Educação Profissional e Tecnológica (EPT). O PNE que está em debate impactará o futuro de uma geração - crianças, jovens e adultos. No atual PNE, temos as metas 10 e 11 que fazem referência à ampliação das matrículas e à qualidade da EPT. Neste sentido, tivemos avanços significativos - as matrículas aumentaram e, nesta última semana, foi assinado o decreto que cria a diretoria de avaliação da educação profissional e tecnológica no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), autarquia vinculada ao Ministério da Educação (MEC) e responsável pelas avaliações educacionais de âmbito nacional. Este fato merece destaque e celebração pois finalmente teremos como acompanhar e incidir para melhorar a qualidade da EPT. Para o próximo PNE será fundamental seguir fortalecendo a articulação de uma formação geral robusta e cidadã com a formação para o mundo do trabalho, garantindo alinhamento com as novas economias (como por exemplo, a bioeconomia) e com a inclusão produtiva digna. Mas, para além disso, esta geração que será formada nos próximos dez anos terá que se preparar para enfrentar desafios imensos que herdarão inevitavelmente - destaque à questão climática e ambiental. De forma literal, dados recentes do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) mostraram que, no início de setembro, mais de 240 cidades brasileiras registraram umidade relativa do ar menor ou igual à do deserto do Saara. Esse dado é mais um triste indicador dos efeitos climáticos extremos que temos enfrentado, dia após dia, ao redor do país. Recentemente, também, as queimadas ganharam espaço no noticiário. No último mês de agosto, foram mais de 68 mil focos de queimadas registrados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o pior resultado para o mês desde 2010. Isso sem falar dos demais desafios que assolam o país, como as enchentes. Além da evidente urgência que se impõe ao Poder Público, é igualmente urgente prepararmos as juventudes para que saibam agir nesse cenário desafiador. Estamos falando do ar que respiramos, da terra que produz o alimento, da água que bebemos, da biodiversidade que garante a manutenção da vida e da saúde - e devemos lembrar que os metais que produzem bens como carros, aviões e celulares igualmente dependem da natureza. Formar as juventudes para saber atuar nesta realidade com discernimento é determinante do futuro do país. E vale lembrar o quanto a Educação Profissional e Tecnológica como parte do desenvolvimento profissional das juventudes é uma aliada importante nesse processo, por poder proporcionar formação moderna e qualificada para reposicionar o país frente aos desafios climáticos, de desenvolvimento e de diminuição de desigualdades. Há muito a decidir quando pensamos no futuro das juventudes, mas no cenário de hoje, de efervescência de tantas decisões a tomarmos, reforço que algumas dessas que trago aqui precisam estar no radar de todos nós como cidadãos e, principalmente, dos que governam e irão governar as cidades e o país. O futuro do país é construído hoje e precisamos de consciência e compromisso para que seja o melhor possível para quem fica.
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Inovação Educacional
September 13, 5:47 AM
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Avanço é um passo crucial para que máquinas alcancem uma cognição similar à de seres humanos Por Madhumita Murgia, Em Financial Times — Londres A OpenAI lançará um produto de inteligência artificial (IA) que diz ser capaz de raciocinar, permitindo solucionar problemas complexos de matemática, ciência e programação. Isso seria um passo crucial para que máquinas alcancem uma cognição similar à de seres humanos. Esses modelos de IA, chamados de o1, são alardeados como um sinal do avanço das capacidades tecnológicas dos últimos anos, em meio à corrida das empresas para criar sistemas de IA cada vez mais complexos. Em particular, há uma nova corrida entre as firmas de tecnologia, como Google DeepMind, OpenAI e Anthropic, para criar softwares capazes agir de forma independente, os chamados “agentes” — bots personalizados idealizados para ajudar as pessoas a trabalhar, a criar ou a se comunicar melhor e a interagir com o mundo digital. Segundo a OpenAI, os modelos foram integrados ao ChatGPT Plus desde esta quinta-feira (12). Eles foram projetados para ajudar cientistas e desenvolvedores, em vez de usuários comuns. A empresa diz que os modelos o1 superaram de longe o desempenho dos modelos existentes, como o GPT-4o, em um exame qualificatório para a Olimpíada Internacional de Matemática, no qual teve 83% de acertos, em comparação aos 13% do GPT-4o. De acordo com Mira Murati, diretora de tecnologia da empresa, os modelos também abrem caminhos para entender como a IA funciona. "Conseguimos visibilidade dentro do pensamento do modelo [...] podemos observar seu processo de raciocínio, passo a passo", disse ela ao "Financial Times". Os novos modelos valem-se de uma técnica chamada aprendizado por reforço para abordar os problemas. Demoram mais para analisar as consultas, o que os torna mais custosos que os modelos GPT, mas suas respostas são mais consistentes e refinadas. "O que ele está fazendo durante esse tempo é [...] explorar diferentes estratégias para responder à sua consulta", disse Mark Chen, pesquisador principal do projeto. "Se perceber que cometeu erros, pode corrigi-los." Para usos como as pesquisas on-line — que a OpenAI está experimentando por meio de sua ferramenta SearchGPT —, Murati disse que esse conjunto de modelos poderia abrir um "novo paradigma para as buscas", ao permitir uma melhor pesquisa e recuperação de informações. Ensinar softwares de computador a realizar raciocínios passo a passo e a planejar com antecedência são marcos importantes na invenção de uma inteligência artificial geral (IAG) — máquinas com capacidades cognitivas semelhantes às humanas —, segundo especialistas da área. Caso os sistemas de IA demonstrem, de fato, raciocínio genuíno, isso permitiria "consistência de fatos, argumentos e conclusões feitos pela IA, [e] avanços na agência e autonomia da IA, provavelmente os principais obstáculos à IAG", disse Yoshua Bengio, cientista da computação da Universidade de Montreal e ganhador do prestigiado Prêmio Turing. Houve progressos constantes nessa área, com modelos como o GPT, o Gemini, do Google, e o Claude, da Anthropic, exibindo algumas capacidades iniciais de raciocínio, de acordo com Bengio. No entanto, o consenso científico é que os sistemas de IA ainda não chegaram a um raciocínio verdadeiramente geral. "A maneira correta de avaliar os avanços é ter avaliações independentes de cientistas e acadêmicos, sem conflitos de interesse", acrescentou Bengio. Gary Marcus, professor de ciências cognitivas na Universidade de Nova York e autor do livro "Taming Silicon Valley" (domando o Vale do Silício, em inglês), fez um alerta similar. "Temos visto uma e outra vez reivindicações sobre raciocínio que se desmoronam após inspeções meticulosas e pacientes da comunidade científica, então, eu veria com ceticismo qualquer nova reivindicação." Bengio também destacou que softwares com capacidades mais avançadas representam um risco maior de uso indevido nas mãos de pessoas mal-intencionados. A OpenAI informou ter "reforçado" seus testes de segurança para acompanhar os avanços, o que incluiu fornecer a institutos independentes de segurança de IA do Reino Unido e dos Estados Unidos acesso prévio a uma versão de pesquisa do modelo. Nos próximos anos, progresso da IA será guiado pelos avanços nessa área, segundo tecnólogos. De acordo com Aidan Gomez, executivo-chefe da startup de IA Cohere e um dos pesquisadores do Google que ajudou a criar a tecnologia de transformadores que dá sustentação a chatbots como o ChatGPT, ensinar modelos a trabalhar em problemas mostrou trazer melhorias "dramáticas" em suas capacidades. "Também é consideravelmente mais caro, porque você gasta muito raciocínio, pensamento e planejamento computacional antes de realmente dar uma resposta", disse em um evento do “Financial Times” no sábado. "Portanto, os modelos estão se tornando mais caros nesse aspecto, mas dramaticamente melhores na solução de problemas."
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Inovação Educacional
September 12, 11:54 AM
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It’s time to trade in the rules, operating constructs, and proxies of the past. Prioritizing human performance can help organizations make the leap into a boundaryless future.
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Inovação Educacional
September 12, 11:50 AM
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O Cerrado foi o bioma com a maior área queimada em agosto de 2024, com 2,4 milhões de hectares
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Inovação Educacional
September 12, 11:48 AM
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O país mais populoso a ter se tornado uma economia de alta renda desde 1990 é a Coreia do Sul, enquanto países importantes, como o Brasil, não conseguiram convergir
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