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Atlas Nacional Digital do Brasil 2022 ressalta diversidade cultural do país

O IBGE lançou hoje (29) o Atlas Nacional Digital do Brasil 2022, comemorativo ao Bicentenário da Independência. Atualizando as informações geográficas sobre o território brasileiro, o Atlas articula mapas, gráficos, tabelas, fotos e textos, ampliando a capacidade de observar a realidade territorial em constante transformação no país. Com seu Caderno Temático, a obra busca avançar no processo de visibilização geográfica e estatística da diversidade cultural, abordando temas relativos à cor ou raça e aos Povos e Comunidades Tradicionais do Brasil.
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Curadoria por Luciano Sathler. CLIQUE NOS TÍTULOS. Informação que abre caminhos para a inovação educacional.
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Representantes do Conselho Estadual de Educação de Minas Gerais participam do GEduc 2024 em São Paulo

Representantes do Conselho Estadual de Educação de Minas Gerais participam do GEduc 2024 em São Paulo | Inovação Educacional | Scoop.it

A 22ª edição do GEduc, realizada presencialmente de 3 a 5 de abril no Centro de Convenções Rebouças, em São Paulo, foi um marco importante para o fortalecimento da gestão e dos ecossistemas educacionais. Sob o tema "Educação por essência: Construindo trajetórias", o evento reuniu especialistas para uma imersão em palestras e debates de alto nível. Entre os temas abordados nesta edição, destacaram-se questões como educação especial e inclusão escolar, a importância e estratégias de desenvolvimento das competências socioemocionais, o uso de dados para uma gestão mais estratégica e assertiva, seja da sala de aula ou da instituição, inovação pedagógica e uso de inteligência artificial (IA) na aprendizagem, entre outros.
Os representantes do Conselho Estadual de Educação (CEE-MG) participaram ativamente, discutindo políticas educacionais, gestão escolar e inovação pedagógica. O Prof. Dr. Luciano Sathler Rosa Guimarães, membro do CEE-MG e do Conselho Deliberativo do CNPq, liderou a mesa XIII no "Fórum de Inovação Acadêmica" do GEduc, na manhã do dia 4 de abril. O painel contou com a participação do Prof. Global Gil Giardelli, que discutiu o impacto da inteligência artificial no futuro do trabalho e da educação. Bruno Piubeli, da Edpuzzle, e Guilherme Pereira, da FIAP, abordaram as tendências tecnológicas e o papel da inteligência artificial na educação. A Pró-reitora de Inovação da PUC Campinas, Camila Brasil Gonçalves Campos, compartilhou suas perspectivas sobre as mudanças necessárias para a inovação acadêmica, e Idelfranio Moreira, do Grupo SAS de Fortaleza, enfatizou a urgência da transformação das escolas diante dos desafios contemporâneos.
"Foi muito importante contar com a presença dos membros do Conselho Estadual de Educação no evento, assim como representantes do Sinepe. Tivemos uma boa delegação de Minas Gerais, o que permite nos manter atualizados sobre o que está acontecendo no país e no mundo. Essa constante atualização demanda uma transformação, começando por uma mudança em nosso mindset, em nossa mentalidade, para depois mudarmos processos e a nossa concepção de escola, colocando o nosso aluno no centro e a aprendizagem em destaque. A partir dessa mudança de perspectiva, poderemos selecionar as melhores tecnologias e parcerias para impulsionar essa transformação”, ressaltou Luciano Sathler.
As Conselheiras do CEE - MG, Girlaine Oliveira Figueiró, Juliana de Carvalho Moreira e Claudia Maria Fradico Lucas também estiveram presentes e expressaram seu entusiasmo com as discussões promovidas durante o evento. “É imprescindível ao Conselho Estadual de Educação, como órgão normativo, participar deste evento, onde podemos ver os desafios da gestão educacional frente às estratégias tecnológicas para uma nova educação, como também as inúmeras possibilidades de integrar o público e o privado, fortalecendo ações já existentes e articulando as inovações tão necessárias à garantia da qualidade da Educação Básica no Sistema de Ensino de Minas Gerais.”, afirmou Girlaine Figueiró Oliveira, Presidente na Comissão de Acompanhamento da Implementação da Reforma do Ensino Médio.
Juliana de Carvalho Moreira, Presidente da Câmara de Ensino Médio do CEE-MG, enfatizou que "O GEduc é um espaço privilegiado para o compartilhamento de experiências, dores e boas práticas com gestores de todo o país, além de proporcionar atualizações sobre as tendências e inovações do mercado educacional." Segundo Juliana, o Painel "Ações colaborativas para a prevenção de violência na comunidade escolar", com a apresentação do trabalho desenvolvido pela OAB e o TJSC, bem como a exposição da experiência de Sobral, no Ceará, conduzida pelo Secretário Municipal de Educação Francisco Herbert Lima Vasconcelos, mereceram destaque especial.
A participação dos membros do Conselho Estadual de Educação no GEduc é uma oportunidade para a reflexão acerca dos desafios e soluções no âmbito da educação, tanto no ensino básico, quanto no superior. A busca pela excelência educacional, que é a essência da missão do CEEMG, requer uma análise contínua das necessidades e expectativas da comunidade educacional para aprimorar os sistemas normativos em todos os níveis de ensino, impulsionando o avanço qualitativo e contribuindo para o fortalecimento do Sistema Estadual de Ensino de Minas Gerais.
Sobre o GEduc
O Congresso de Gestão Educacional acontece há 21 anos, reunindo os principais especialistas da área em três dias de imersão que envolvem palestras e debates de alto nível. O evento é promovido pela HUMUS, empresa que realiza capacitações para gestores de universidades e escolas, além de possuir soluções em consultoria e seleção de profissionais – serviços também exclusivos para o segmento educacional.

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Skill-building to support industry transformation for AI

AI is changing how we work and what skills workers need to thrive in a world of intelligent machines and cognitive computing.
Only a sliver of education initiatives are devoted to AI and these are not yet integrated into most education systems.
Collaborative initiatives between education and industry can accelerate the transition to a greener, more efficient and inclusive world where jobs and skills development pathways are readily available.
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Inteligência artificial vai elaborar aulas em SP

O governo de São Paulo planeja implementar um projeto-piloto para incluir inteligência artificial (IA) na elaboração das aulas dos alunos das escolas estaduais.
Segundo a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP), a ideia é aprimorar o conteúdo e incluir a IA em etapas dos processos de atualização do ensino de estudantes do terceiro bimestre dos anos finais do ensino fundamental e médio.
“Esse processo de fluxo editorial ainda será testado e passará por todas as etapas de validação para ser avaliada a possível implementação”, revela em nota.
Segundo a Seduc, as aulas que já foram produzidas por um professor curriculista - especialista na elaboração de currículos de ensino - e já estão em uso na rede serão aprimoradas pela IA com a inserção de novas propostas de atividades. Atualmente, são 90 professores curriculistas no Estado.
Conforme a pasta, o conteúdo será avaliado e editado pelos curriculistas em duas etapas diferentes e deve passar por revisão de direitos autorais e intervenções de design. Segundo a secretaria, se a aula estiver adequada com os padrões pedagógicos, será disponibilizada uma versão atualizada das aulas feitas em 2023.
Sem se identificar, professores da rede estadual disseram que as reuniões realizadas para alinhamento pedagógico não dão margem à discussão e se limitam a informar sobre as mudanças.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou em um evento nesta quarta-feira, 17, que a ferramenta será usada como uma facilitadora.
O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) deve discutir uma campanha contra o uso da IA e a valorização do professor.

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Por que de perto ninguém é normal, segundo um antropólogo de Harvard

Por que de perto ninguém é normal, segundo um antropólogo de Harvard | Inovação Educacional | Scoop.it

Segundo Grinker, as palavras “normal” e “anormal” só se tornaram categorias do comportamento humano em meados do século XIX, na área estatística. Com o tempo, diz o antropólogo, o uso dessas palavras no contexto dos transtornos mentais passou a definir “quem aceitamos em nosso grupo social e quem rejeitamos”. Dessa forma, a história da doença mental anda de mãos dadas com o estigma que ela provoca. “O estigma não vem da nossa biologia; vem de nossa cultura”, diz Grinker.
Por causa do estigma que cerca os transtornos psiquiátricos, 60% dos americanos que passam por sofrimentos desse tipo não buscam auxílio profissional, seja por relutância, seja por falta de acesso. No total, 20% de toda a população adulta americana se enquadra nos critérios de transtorno mental. Estão aí incluídos males potencialmente fatais, como a anorexia nervosa, que causa morte em 10% dos casos, e ocorrências graves de depressão que podem levar ao suicídio, a terceira causa de mortes entre os adolescentes nos EUA.
“As doenças físicas e outros aspectos corporais que põem em risco a saúde tendem a ser menos estigmatizados socialmente se estiverem além do controle da pessoa e se têm, ao menos parcialmente, causas conhecidas”, diz Grinker. “De maneira oposta, muitas pessoas, incluindo médicos, veem as doenças mentais como sinais de fraqueza ou resultado de uma herança genética degenerada.”
O estigma, de qualquer forma, varia conforme o tempo e o lugar. Entre os jun/oasi, povo de aldeias do deserto de Kalhari, na Namíbia, os casos de esquizofrenia são atribuídos a espíritos conjurados por pessoas mal-intencionadas e os esquizofrênicos são apenas considerados atípicos ou, no linguajar local, “esquisitos”, e convivem normalmente com a comunidade.
Também nessa região existe um menino autista que não consegue falar, mas é ótimo pastor de cabras, sabendo sempre quantas elas são e onde estão, outro modo de se integrar ao grupo. “Em regiões da Índia, os esquizofrênicos são tradicionalmente tratados em casa, com um suporte extensivo”, diz Grinker. “Enquanto isso, nos EUA, especialmente em cidades grandes, os esquizofrênicos costumam ser isolados de suas famílias e muitas vezes são levados à miséria e a morar na rua.”
Historicamente os conceitos de loucura também mudam acentuadamente. Segundo Grinker, do século XIV a meados do XIX a literatura sobre os “loucos” os associava ao “divino” e aceitava que fossem venerados, contanto que não fizessem mal. O antropólogo recorre ao filósofo Michel Foucault em sua “História da loucura” para lembrar que a prática de confinamento com o objetivo de isolar pessoas classificadas como ociosas e mendicantes, que eram tidas como fontes de desordem social, começou em meados do século XVII, mas a tipificação da loucura foi muito posterior.
“Na Europa, onde a psiquiatria nasceu como um ramo da medicina, as doenças mentais não foram uma categoria distinta de outros tipos de doenças ou comportamentos problemáticos até a virada do século XIX”, diz Grinker. “E as prisões só haviam se popularizado quando os reformadores decidiram separar os doentes mentais dos criminosos no final do século XVIII.”
O autor divide o livro em três padrões históricos que influem no estigma que acompanha há séculos a doença mental: o capitalismo, as guerras e a medicalização. Quanto ao capitalismo, “o estigma não deriva da ignorância, mas antes da concepção do transtorno mental como marca do ocioso, de uma personalidade incapaz de realizar o ideal: produzir para si e para a economia”. Não por acaso, o advento do capitalismo coincide com a criação obrigatória de asilos na Inglaterra, por exemplo.

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Localiza&Co e AWS abrem 700 vagas para curso gratuito em nuvem e IA generativa | Empregos & Oportunidades

Localiza&Co e AWS abrem 700 vagas para curso gratuito em nuvem e IA generativa | Empregos & Oportunidades | Inovação Educacional | Scoop.it
Capacitação acontece em formato remoto e irá preparar candidatos para certificação AWS Certified Cloud Practitioner
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SP deve lançar leilão para privatizar gestão de escolas em novembro

SP deve lançar leilão para privatizar gestão de escolas em novembro | Inovação Educacional | Scoop.it
O objetivo é "liberar a direção da escola de tarefas burocráticas, permitindo maior dedicação às questões pedagógicas", diz a secretaria da Educação. A parte pedagógica, como a definição do material didático e o planejamento escolar, continuará sob responsabilidade da pasta.

A privatização das escolas faz parte de um pacote de desestatização no qual o governador aposta para esse ano. Em 2023, Tarcísio conseguiu aprovar a privatização da Sabesp.

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Josias de Souza

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José Roberto de Toledo

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Tales Faria

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Segundo o governo, o projeto das escolas prevê R$ 1,6 bilhão de investimento e concessão de 25 anos. "Metade das unidades serão construídas até o segundo ano e as demais, até o terceiro ano de contrato", afirma a secretaria.

Em novembro, o estado abriu uma consulta pública sobre o tema. O projeto é feito com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e prevê a construção de escolas em 29 municípios paulistas.

O governo Tarcísio prevê a abertura de mais de 35 mil matrículas para alunos dos ensinos fundamental e médio. Inicialmente, a proposta do então governador João Doria (hoje sem partido) era passar para iniciativa privada a gestão de 60 escolas estaduais.

A PPP [Parceria Público-Privada] envolverá a construção, gestão e operação das unidades, além de serviços não pedagógicos, como limpeza, manutenção, gestão de infraestrutura e segurança.
Secretaria da Educação do Estado de São Paulo

Escolas do Paraná
Em 2022, o Paraná lançou um programa que prevê a entrega da administração de escolas à iniciativa privada. A proposta foi feita quando Renato Feder, atual secretário da Educação paulista, chefiava a pasta no estado.

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A ideia era que a iniciativa privada assumisse 27 escolas, inicialmente. No momento, duas unidades são geridas por empresas do setor privado no modelo piloto do programa. Elas foram escolhidas com base nos critérios da nota do Saeb (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica), frequência e indicadores socioeconômicos.

A proposta tem tópicos parecidos com a que o governo paulista quer adotar. As empresas no Paraná são responsáveis pelos processos das áreas administrativa, financeira e estrutural das escolas. Entre as ações, está o fornecimento de merenda, uniforme e limpeza.

O objetivo do projeto é garantir a prestação de serviços públicos educacionais com mais eficiência e eficácia por meio dessa parceria. Dessa forma, os diretores das instituições podem se concentrar mais na área da educação, enquanto a área de gerenciamento fica sob a responsabilidade das empresas parceiras. A empresa parceira também deve se comprometer com a melhoria da infraestrutura e, consequentemente, do ensino.
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E por falar em educação - E-book 4ª Temporada

E por falar em educação - E-book 4ª Temporada | Inovação Educacional | Scoop.it
A Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) reúne nesta coletânea todos os episódios de podcast veiculados no ano de 2023.
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Think Faster, Talk Smarter with Matt Abrahams

Many of us dread having to convey our ideas to others, often feeling ill-equipped, anxious, and awkward. Experts help by focusing on planned communication experiences; yet, most of our professional and personal communication occurs in spontaneous situations that leave us flustered and stumbling for words. Together, we’ll explore science-based strategies for managing anxiety, responding to the mood of the room, and making content concise, relevant, compelling, and memorable. By the end of this class, you’ll know how to navigate the situation like a pro and bring out your very best.
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Educação perde R$ 1,2 bilhão por gastos abaixo do piso durante a pandemia

Educação perde R$ 1,2 bilhão por gastos abaixo do piso durante a pandemia | Inovação Educacional | Scoop.it
Valor ainda pode crescer, já que 1,5 mil municípios e oito estados ainda não prestaram contas de seus gastos; Ministério Público cobra pendências
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Formação à distância de professores está em debate; MEC começa a fazer mudanças | Jornal Nacional

Formação à distância de professores está em debate; MEC começa a fazer mudanças | Jornal Nacional | Inovação Educacional | Scoop.it
Na chamada educação à distância, onde os cursos para a formação de professores deram um salto, as matrículas representam quase 40% do total dessa modalidade no país.
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XIII Conferência Regional da IEAL define estratégias para fortalecimento da educação na América Latina - PROIFES

XIII Conferência Regional da IEAL define estratégias para fortalecimento da educação na América Latina - PROIFES | Inovação Educacional | Scoop.it
“Esta foi uma Conferência muito significativa, todos os países e entidades que compõem a IEAL estavam presentes e a troca política e pedagógica realizada foi de grande relevância. Foi possível, ainda, a aproximação com entidades parceiras por campo específico e as entidades sindicais do ensino superior, como o PROIFES-Federação, CONADU (Argentina), ADUR (Uruguai), ASPU (Colômbia) e FAUECH (Chile), em reunião específica, pensaram estratégias para fortalecer as pautas da educação superior junto à IEAL, com o entendimento que, ainda que tenhamos realidades distintas, a realidade latino-americana que nos une nos faz, também, sermos muito mais fortes”, Ana Boff de Godoy.
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Educação, inovação e o desenvolvimento

Os aspectos centrais da atividade jornalística estão relacionados com a busca da verdade, a transparência e o compartilhamento de valores globais fundamentais para a sociedade, como a paz, os direitos humanos e a liberdade. Ao definir suas bandeiras editoriais, as empresas de comunicação ao mesmo tempo refletem e pautam as discussões relevantes que ajudam a sociedade a se conhecer, a refletir criticamente sobre seu passado e a construir seu futuro. Emergem assim temas atuais como mudanças climáticas, energias renováveis, ESG, educação, inovação e desenvolvimento social.
Uma visão mais propositiva do papel do jornalismo profissional e de seu compromisso com a sociedade em que atua envolve uma dimensão pedagógica relevante. Sob um certo aspecto, significa uma busca constante de um novo jornalismo para uma sociedade em transformação para o tempo que vivemos. Para o nosso tempo. 
E quanto mais se configura o mundo digital, em que as dimensões física, digital e social se confundem, mais importante é estarmos atentos aos vetores da transformação que vivemos. As redes sociais e as novas tecnologias, como inteligência artificial, terapias gênicas, ciência de dados e internet das coisas, não são elementos neutros ou passivos nos processos de comunicação e interação entre as pessoas. As novas tecnologias, em especial as deep techs, quanto mais pervasivas se tornam, mais influenciam e afetam nossas relações. E mais atentos devemos estar a elas.
Voltando ao tema da dimensão pedagógica do jornalismo profissional na busca da verdade com transparência, um bom exemplo envolve a discussão, tanto nacional como regional, da construção de planos e definição de estratégias de desenvolvimento. E a identificação das relações entre o desenvolvimento, a inovação e a educação. No tempo em que vivemos, desenvolvimento deve envolver sempre as perspectivas econômica, social, cultural e ambiental. 
Quando falamos de inovação, globalmente aceita como um atributo essencial na busca de produtividade e de competitividade no mundo empresarial, devemos ter também em mente que ela (a inovação) sequer faz sentido se não se traduzir em impacto social e melhorias na qualidade de vida das pessoas ao longo do tempo.
A educação é em si o fator principal e preliminar para qualquer processo de desenvolvimento. Além de ser o mais eficaz processo de mobilidade e justiça social, a educação é fator crítico para o desempenho de uma economia e uma sociedade moderna. Uma educação inclusiva e de qualidade, que ofereça oportunidades para o pleno desenvolvimento das pessoas, seu preparo para a cidadania e sua qualificação para o trabalho. 
Todos os países do mundo que se desenvolveram de forma destacada a partir da revolução da tecnociência da metade do século 20, primeiro realizaram uma transformação na educação de seu povo. Somente depois definiram e implantaram planos nacionais de desenvolvimento, tendo a inovação como um dos pilares do processo. Não adianta a inovação ser uma prioridade sem ter a educação como o elemento central da estratégia de desenvolvimento. 
Conectando novamente com o papel do jornalismo neste mundo cada vez mais complexo e com fontes de informações diversas e pouco confiáveis, os veículos de comunicação, ao darem espaço para discussões relevantes e atuais, como a do desenvolvimento, acabam atuando, também, como propulsores dessas transformações.

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A educação híbrida no Ceará: 10 anos mediando saberes e aproximando pessoas

A educação híbrida no Ceará: 10 anos mediando saberes e aproximando pessoas | Inovação Educacional | Scoop.it
Para o desenvolvimento de suas atividades, a Coordenadoria possui uma infraestrutura composta por laboratórios, auditórios, estúdios e salas de videoconferência.  Nesses espaços, são realizadas ações, como as Práticas Laboratoriais de Ciências da Natureza e Matemática (LabCED), que proporcionam experiências de aprendizado imersivas e interativas, assim como no Laboratório de Criatividade e Inovação para a Educação Básica (LabCrie), onde são oferecidas formações para o desenvolvimento da cultura maker. 
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Texas is replacing thousands of human exam graders with AI

Texas is replacing thousands of human exam graders with AI | Inovação Educacional | Scoop.it
Don’t call the ‘automated scoring engine’ AI, though. They don’t like that
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Ganhadores do Nobel debatem financiamento da ciência

Ganhadores do Nobel debatem financiamento da ciência | Inovação Educacional | Scoop.it
O financiamento científico também foi um ponto importante na discussão. “Os jovens cientistas não conseguem viver do seu trabalho”, afirmou Calé. “Não temos recursos suficientes para entregar tudo que precisamos para o Brasil. Não temos recursos suficientes para fazermos pesquisas. Não é muito dinheiro. É pouco dinheiro para um grande país”, afirmou Packer.
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Maioria dos profissionais não se sentem maduros para usar a IA no trabalho

Maioria dos profissionais não se sentem maduros para usar a IA no trabalho | Inovação Educacional | Scoop.it
O levantamento apontou ainda que 23% das empresas não têm estratégia de gerenciamento de dados e que apenas 19% o fazem de forma integrada em toda a organização. "Esses resultados são preocupantes, pois indicam que a maioria das empresas ainda não está aproveitando todo o potencial das informações que possuem", alerta Naves.
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SP vai usar ChatGPT para produzir aulas digitais

SP vai usar ChatGPT para produzir aulas digitais | Inovação Educacional | Scoop.it

O governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) vai passar a usar o ChatGPT, ferramenta de inteligência artificial, para produzir as aulas digitais que são usadas pelos professores de todas as escolas da rede estadual paulista.
Até então, o material didático era produzido por professores curriculistas, ou seja, especialistas na elaboração desse tipo de conteúdo. Agora, esses docentes terão a função de "avaliar a aula gerada [pela inteligência artificial] e realizar os ajustes necessários para que ela se adeque aos padrões pedagógicos".
A Folha teve acesso a um documento que foi enviado aos professores com as novas orientações para a produção do material do 3º bimestre deste ano. O texto explica que a ferramenta de inteligência artificial vai gerar a "primeira versão da aula com base nos temas pré-definidos e referências concedidas pela secretaria".
Os professores depois serão responsáveis por editar o material e encaminhar para uma equipe interna da secretaria, que fará a revisão final de aspectos linguísticos e formatação.
Em nota, a Secretaria de Educação confirmou que planeja testar o uso de inteligência artificial para atualização e aprimoramento das aulas digitais do terceiro bimestre dos anos finais do ensino fundamental (do 6º ao 9º ano) e do ensino médio. Segundo a pasta, a ferramenta vai ser usada para melhorar o que foi elaborado anteriormente pelos professores.
Ainda segundo a secretaria, o ChatGPT será configurado para gerar as aulas, usando como referência o que foi produzido pela equipe nos últimos meses, além do material didático de outros autores.
A decisão de usar o Chat GPT foi do próprio secretário de Educação, o empresário Renato Feder, para agilizar a produção do material didático que é usado pelos 3,5 milhões de alunos da rede estadual paulista.
Até o segundo bimestre deste ano, os professores tinham que entregar quatro aulas por semana. Com o uso da ferramenta, eles passam a ter que entregar três aulas a cada dois dias úteis —ou seja, pelo menos seis por semana.
As aulas digitais passaram a ser produzidas e distribuídas para as escolas no ano passado. Elas são a principal aposta de Feder para melhorar os indicadores educacionais de São Paulo —a estratégia é a mesma que ele usou quando era secretário do Paraná.
O secretário defende que o material produzido sob sua orientação é mais adequado para orientar as aulas, já que prioriza os conteúdos que são cobrados em avaliações nacionais, como o Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica).
No ano passado, Feder chegou a decidiu abrir mão dos livros didáticos impressos do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD). Assim, as escolas teriam à disposição apenas os slides.
Depois de uma série de críticas sobre a inviabilidade de se usar apenas o material digital e de diversos erros serem encontrados nas aulas produzidas pela secretaria, o governo Tarcísio anunciou um recuo parcial.
Ele decidiu que São Paulo voltaria a aderir ao programa nacional para continuar recebendo os livros impressos, mas manteve a produção e envio de slides para serem usados nas aulas
Especialistas e professores encontraram diversos tipos de erros no material distribuído pelo governo Tarcísio. Foram identificados erros gramaticais e conceituais, além de atividades em desacordo com o que deveria ser ensinado para cada série.
Uma das aulas, por exemplo, dizia que a Lei Áurea, de 1888, foi assinada por dom Pedro 2º e que a capital paulista possui praias.
Em nota, a Secretaria de Educação disse que o processo de fluxo editorial com o uso do ChatGPT "ainda será testado e passará por todas as etapas de validação para que seja avaliada a possível implementação."
Apesar de afirmar que o processo ainda está em teste, os professores curriculistas já receberam as orientações sobre como devem trabalhar nas próximas semanas.
Segundo a pasta, a ferramenta vai aprimorar as aulas produzidas anteriormente pelos docentes. "Com a inserção de novas propostas de atividades, exemplos de aplicação prática do conhecimento e informações adicionais que enriqueçam as explicações de conceitos-chave de cada aula."
"Na sequência, esse conteúdo será avaliado e editado por professores curriculistas em duas etapas diferentes, além de passar por revisão de direitos autorais e intervenções de design. Por fim, se essa aula estiver de acordo com os padrões pedagógicos, será disponibilizada como versão atualizada das aulas feitas em 2023", diz a nota.
Ainda de acordo com a secretaria, a equipe de produção dos materiais conta com 90 professores curriculistas.

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A IA moldará a nova era das métricas de desempenho dos funcionários

A IA moldará a nova era das métricas de desempenho dos funcionários | Inovação Educacional | Scoop.it
As futuras medidas de produtividade do desempenho dos funcionários irão além dos parâmetros atuais para incluir aspectos como qualidade, inovação, bem-estar dos funcionários e práticas éticas, enfatizando o valor global criado pelos trabalhadores e não apenas o seu resultado.
A inteligência artificial desempenhará um papel crucial no avanço e no refinamento das métricas de desempenho, oferecendo análises mais profundas para eficiência.
À medida que o acompanhamento do desempenho evolui, a transparência na utilização dos dados, o consentimento ético e a proteção da privacidade dos funcionários tornar-se-ão imperativos para manter a confiança e equilibrar os benefícios e riscos associados à IA no local de trabalho.
As avaliações de desempenho anuais tradicionais provavelmente serão muito diferentes no próximo ano. As futuras medidas da produtividade do trabalho humano prometem ir além do rudimentar, à medida que o cenário de trabalho continua a ser moldado pela IA.

Novas métricas que quantificam produtividade, eficiência, qualidade e inovação estão no horizonte, à medida que a grande maioria dos empregadores percebe a importância de evoluir: 74% dos entrevistados na pesquisa Global Human Capital Trends 2024 da Deloitte disseram que é muito ou extremamente importante procurar formas melhoradas de medir o desempenho dos trabalhadores e o seu valor (além da produtividade tradicional).

“Apenas 17% dos entrevistados afirmaram que a sua organização é muito ou extremamente eficaz na avaliação do valor criado por trabalhadores individuais na sua organização, para além do acompanhamento de atividades ou resultados”, de acordo com a Deloitte . 


Como será medida a produtividade do trabalho humano em 2024 e além? 
Para a produtividade, em 2024, podemos antecipar uma utilização mais generalizada de ferramentas sofisticadas de controlo do tempo auxiliadas pela inteligência artificial – que poderiam diferenciar entre tipos de tarefas e categorizar automaticamente as atividades para fornecer informações sobre quanto tempo os funcionários gastam em diferentes tipos de trabalho. Isso incluiria trabalho ativo, reuniões e pausas, oferecendo uma imagem de produtividade com mais nuances do que o simples volume de produção.

“Com as novas tecnologias digitais a proporcionar acesso a mais dados sobre trabalho e força de trabalho do que nunca, pode parecer que a mudança para um novo sistema de medição seria fácil de fazer”, segundo a Deloitte . 

Por exemplo, as métricas de eficiência incluem a relação entre resultados e insumos, fornecendo uma avaliação da eficácia com que os recursos (incluindo tempo, dinheiro e materiais) estão sendo usados. A IA poderia melhorar essas métricas otimizando fluxos de trabalho e sugerindo melhorias com base em padrões identificados nos dados.

A qualidade do trabalho costuma ser mais difícil de medir, mas geralmente gira em torno de taxas de erro, satisfação do cliente e avaliações por pares. Os avanços no processamento de linguagem natural e na análise de sentimentos poderiam ajudar a quantificar essas métricas subjetivas, analisando o feedback do cliente ou as comunicações da equipe sobre o trabalho realizado.

As métricas de inovação centram-se na geração de novas ideias, patentes registadas ou novas soluções para problemas – que são mais difíceis de quantificar, mas são importantes para as organizações que impulsionam o crescimento e a adaptação. A IA pode ajudar acompanhando os cronogramas e resultados dos projetos para identificar quais equipes ou indivíduos estão consistentemente envolvidos em projetos inovadores bem-sucedidos.

No futuro, poderemos também assistir a uma evolução em direção a métricas que enfatizem o bem-estar e o envolvimento dos colaboradores, considerando a ligação entre estes aspetos e a produtividade geral. Estes poderiam incluir estatísticas sobre o moral, taxas de esgotamento e utilização de recursos de saúde mental.

Além das medidas diretas de produção de trabalho, o desenvolvimento de competências e a aprendizagem podem ser uma métrica focal a ser observada pelas empresas. Uma organização em 2024 e posteriormente pode querer acompanhar a taxa a que os colaboradores adquirem novas competências, especialmente porque a aprendizagem ao longo da vida se torna essencial para se manter relevante num mercado de trabalho em rápida mudança.

A IA também pode começar a contribuir para métricas de desempenho ético , monitorizando e garantindo a conformidade com práticas de trabalho justas, diversidade e políticas de inclusão. 

O mais difícil de medir, pelo menos inicialmente, pode ser encontrar formas de medir a proficiência com ferramentas de IA. Os saltos na eficiência serão possibilitados pela IA, portanto, monitorar o conhecimento e as habilidades de um funcionário com ferramentas relevantes se tornará vital. À medida que a utilização da IA ​​no local de trabalho continua a crescer, os empregadores quererão medir a taxa e o sucesso dos programas de melhoria de competências. 

Os trabalhadores precisam estar cientes de quais métricas estão sendo medidas
Os líderes devem construir confiança comunicando de forma transparente os objetivos da recolha de dados, especialmente o rastreio da localização no trabalho por razões de segurança, e permitir que os trabalhadores aceitem. Apesar do alinhamento na utilização de dados da força de trabalho, as considerações éticas exigem transparência, consentimento e partilha de benefícios criteriosos, que são cruciais para perceber o valor de tais dados.

Também é importante que os líderes do local de trabalho compreendam que os dados agregados e anonimizados protegem a privacidade dos trabalhadores. O uso eficaz da IA ​​pode impulsionar o desempenho humano, mas o uso indevido pode prejudicar a reputação e os resultados, por isso as organizações devem empregar uma estrutura ética para equilibrar os riscos e benefícios da IA.

As futuras métricas de desempenho para a produção de trabalho humano serão provavelmente multifacetadas, abrangendo não apenas a produtividade e a eficiência, mas também a qualidade e a inovação do trabalho, o bem-estar dos trabalhadores e a adesão a padrões éticos, com a IA a apoiar cada vez mais a avaliação e estratégias de melhoria dessas métricas.
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Mulheres estudam mais tempo, mas não chegam a 40% de cargos de liderança

Mulheres estudam mais tempo, mas não chegam a 40% de cargos de liderança | Inovação Educacional | Scoop.it
Mulheres ocupam hoje 39,1% dos cargos de liderança no país, segundo levantamento da CNI (Confederação Nacional da Indústria) feito com dados de 2023. Isso representa um aumento de menos de quatro pontos percentuais em relação a 2013, quando ocupavam 35,7% das posições de liderança. Os levantamentos foram feitos pelo Observatório Nacional da Indústria, com base em microdados da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). São considerados cargos de liderança quem exerce funções como diretores, dirigentes, gerentes ou supervisores.
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CIEBCast | Ep #2: Experiência do usuário na educação, apoiando o professor e reduzindo desigualdades

O segundo episódio do CIEBCast faz uma reflexão sobre como a experiência do usuário pode apoiar o professor e reduzir as desigualdades na educação.
O novo Diário Escolar Digital, o DED+, é uma experiência da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) que auxilia no registro e acompanhamento da frequência e do desempenho dos estudantes da rede pública do estado. A ferramenta é resultado da escuta e participação de professores, diretores e especialistas que compõem a rede estadual de ensino.
A diretora-executiva do CIEB, Julia Sant'Anna, conversou com Telma Martins, professora de Arte da Escola Estadual Caetano Azeredo, Magno Peluso Torquette, assessor-chefe de inovação da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais, e Matheus Silvino, product manager da Prodemge, que compartilharam os passos desse processo de revisão feito com a participação de muitos.

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O exílio da infância

O exílio da infância | Inovação Educacional | Scoop.it

Os nascidos entre 1995 e 2010 sofreram uma reprogramação cerebral inédita na história, com consequências nefastas para sua saúde. Por Daniel Becker, 14/04/2024 
Ninguém hoje duvida que cigarro faz mal. Mas foram décadas até a ciência vencer o negacionismo propagado pela indústria, e até governos desenvolverem políticas de combate ao tabagismo. Muitas vidas foram perdidas nesse ínterim
A ciência atualmente trava uma batalha contra o negacionismo e a inação na questão climática. Para evitarmos catástrofes e reduzir o risco da extinção humana, precisamos criar um consenso que nos habilite a mudar de rumo.
Há uma terceira questão que precisa de nossa atenção coletiva: os danos causados pelo excesso de telas a crianças e adolescentes — e a necessidade de retomarmos uma infância rica em experiências no mundo real.
Me parece que um consenso começa a surgir em torno desse tema. Pais, mães, educadores e até mesmo nossos jovens estão reconhecendo a importância desse movimento.
Jonathan Haidt, psicólogo social americano que leciona na New York University, há tempos escreve sobre o tema, equilibrando paixão com evidências científicas. Tenho uma forte afinidade com seus pontos de vista e propostas de soluções, as mesmas que venho procurando divulgar há tempos.
Num livro publicado esse ano, Haidt mostra que a geração Z, os nascidos entre 1995 e 2010, sofreram uma reprogramação cerebral inédita na história humana, com consequências nefastas para sua saúde.
Eles foram abalroados pelos celulares em plena puberdade, um período decisivo no amadurecimento cerebral. Nessa fase há uma grande mudança no córtex pré-frontal, responsável pelas funções executivas, como tomada de decisão, foco, controle de impulsos, julgamento e resolução de problemas. Surgem novos neurônios, 40% das sinapses são eliminadas, e muitas outras são criadas. Capacidades fundamentais para a vida adulta se desenvolvem e hábitos e vícios formados nessa época tendem a se tornar mais arraigados.
Desde os primórdios da humanidade até em torno de 2010, as crianças entravam na puberdade se relacionando com o mundo real, com seu corpo, com seus amigos e família. Nessa época, a velocidade da internet aumenta, surge a App Store e a câmera frontal, o Facebook cria o botão de like e os comentários (e com isso o algoritmo e seus direcionamentos), aparece o Instagram. Começa então uma maciça migração dos adolescentes para o mundo virtual. Dez anos depois, estão online quase o tempo todo.
Costumo dizer que essa mudança histórica cria um múltiplo exílio para a infância: de seu corpo, que perde o movimento; do seu território essencial, o ar livre e a natureza; da sua capacidade de atenção, raciocínio e criatividade; do sono, essencial para a vida; do brincar e da socialização, cruciais para o desenvolvimento humano. Em vez de passar o dia conhecendo e pensando o mundo, realizando tarefas, lendo, se movimentando, em contato com natureza e cultura, interagindo e brincando com seus pares, e assim aprendendo a se comunicar, discutir, se conhecer, brigar e se reconciliar, suportar frustrações, gastam seu tempo postando fotos, assistindo vídeos curtos e hiperestimulantes, fragmentando sua atenção, sendo interrompidos por notificações, esperando comentários, se comparando com imagens irreais de outros, desprovidos de experiências naturais e sociais.
Os resultados são desastrosos: a partir de 2012, as notas do PISA global, que subiram por décadas consecutivas, iniciam uma queda abrupta. No mesmo período, as curvas de automutilação, ansiedade, depressão e suicídio em crianças e adolescentes começam uma ascensão violenta. A autolesão nos EUA aumenta cinco vezes em dez anos, a ansiedade e depressão quase triplicam. É espantoso e assustador.
Essa é uma sinalização de que precisamos prestar muita atenção ao problema e iniciar uma mudança de rumo coletiva com a mais absoluta urgência. Creio que a maioria de nós está preocupada: é hora de agir. É o que discutirei na coluna do próximo domingo.

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IA no Ensino Superior: experimentar e refletir

IA no Ensino Superior: experimentar e refletir | Inovação Educacional | Scoop.it
A integração da IA no ensino superior abre portas para uma profunda transformação, colocando-o ao serviço das necessidades da comunidade académica e da sociedade em geral. O ensino, impulsionado pela IA, pode criar espaços de experimentação, descoberta e inspiração para as novas gerações. Através da personalização da aprendizagem, da otimização da pesquisa e da cocriação de soluções inovadoras para problemas reais, a IA pode impulsionar o desenvolvimento social e económico, respondendo aos desafios do presente e do futuro.
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Formação à distância de professores está em debate; MEC começa a fazer mudanças | Jornal Nacional

Formação à distância de professores está em debate; MEC começa a fazer mudanças | Jornal Nacional | Inovação Educacional | Scoop.it
Na chamada educação à distância, onde os cursos para a formação de professores deram um salto, as matrículas representam quase 40% do total dessa modalidade no país.
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Inflação de diplomas

Se as pessoas que se formam, sobretudo em nível superior, não conseguem trabalho compatível com seu nível de formação, e isso vem aumentando, algo está errado
Por Simon Schwartzman, 12/04/2024 
Se há uma quase unanimidade no Brasil, é de que o País precisa de mais educação, e isso tem justificado um investimento cada vez maior no setor. Entre 2012 e 2023, a proporção de pessoas entre 18 e 40 anos com ensino médio completo ou mais passou de 53% para 71%, e com educação superior, de 11% para 19%. A estimativa é de que, em 2018 – o dado mais recente que consegui –, o País tenha gastado 6,6% do Produto Interno Bruto (PIB) com os alunos da rede pública, dos quais 1,4% no ensino superior. E isso sem contar os gastos com aposentadorias e pensões de professores, bolsas de estudo, além do crédito educativo e do Prouni, que beneficiam o ensino privado. É muito ou pouco? Afinal, ainda temos muita gente que não completou o ensino médio, e a educação superior deveria ser para todos. Vamos investir mais? Que tal gastar 10% do PIB, como aprovado, mas nunca cumprido, pelo Plano Nacional de Educação de 2014? Em troca de quê?
Antes de fazer isso, seria interessante refletir sobre um trabalho recente de pesquisadores do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) sobre a relação entre a educação e o mercado de trabalho no Brasil (Carvalho, Sandro Sacchet, e Maurício Cortez Reis. Evolução da sobre-educação no mercado de trabalho no Brasil entre 2012 e 2022: primeiros resultados. Boletim Mercado de Trabalho: Conjuntura e Análise. Ipea, 2023). O que eles fizeram foi, com base na Classificação Brasileira de Ocupações, verificar qual o nível educacional requerido para cada uma delas (fundamental, médio, superior) e, depois, com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do IBGE, verificar a proporção de pessoas que estão trabalhando em atividades abaixo, equivalentes ou superiores à sua formação, entre 2012 e 2022.
Os resultados são impressionantes. Nestes dez anos, a proporção de pessoas sobre-educadas, ou seja, com mais educação do que o requerido pelas ocupações que desempenham, passou de 26% para 37% do total, enquanto a de subeducados, ou seja, pessoas trabalhando em atividades que requerem mais educação do que a que têm, caiu de 32% para 20%. É um caso claro de inflação educacional, em que se emitem cada vez mais títulos que um mercado de trabalho não tem como absorver. A maior parte dos sobre-educados são os de nível médio, cerca de 50%, mas a proporção entre os de nível superior também é alta, pouco mais de 30%.
Os dados mostram, ainda, que a grande maioria das ocupações existentes não requer muita educação. Este quadro praticamente não se alterou nos últimos dez anos, exceto na indústria de transformação de alta tecnologia, em que há uma polarização, com mais trabalhadores de formação superior e de educação fundamental, e menos de educação média. Mas é um setor pequeno, com menos de 5% dos empregos.
Os autores não especulam muito sobre as razões deste quadro, exceto para dizer que ele deve ter sido afetado pelas crises no mercado de trabalho que vêm ocorrendo no Brasil desde 2015. Mas uma lição que podemos tirar é de que não basta dar mais educação para que as pessoas se tornem mais produtivas. Outra possível conclusão seria de que se trata de um problema dos conteúdos da educação. Para obter um emprego compatível, não basta ter um diploma de nível médio ou superior, é necessário que esse diploma esteja associado às competências que o mercado de trabalho requer. Mas, mesmo que essa associação exista, o mercado de trabalho tem uma lógica que depende de muitos fatores, entre os quais a disponibilidade de recursos humanos qualificados é somente um – uma condição necessária, mas não suficiente.
A conclusão mais geral é de que não faz sentido continuar aumentando os investimentos em educação de forma indiscriminada, isso só produz inflação de diplomas. Além da grande frustração dos que não conseguem trabalhos condizentes com sua formação, existem os milhões que gastam tempo e dinheiro aprendendo coisas que nunca usam e de que logo se esquecem, os que abandonam seus cursos antes de terminá-los e os que saem cedo do mercado de trabalho, sobretudo mulheres.
Claro que a educação tem outros objetivos além de preparar as pessoas para o trabalho – formar pessoas mais cultas, mais solidárias, melhores cidadãos, com capacidade de aprender e lidar com uma sociedade em constante transformação. Mas, se as pessoas que se formam, sobretudo em nível superior, não conseguem trabalho compatível com seu nível de formação, e isso vem aumentando, algo está errado.
Existe uma prioridade clara, que requer investimentos, que é a educação fundamental de qualidade, até os 15 anos de idade. É neste nível também que a questão das desigualdades deve ser enfrentada – não há política de ação afirmativa que consiga compensar as desigualdades de formação inicial. A partir daí, é necessário abrir espaço para caminhos alternativos, inovações e flexibilidade. A reforma do ensino médio, felizmente salva pelo Congresso em suas ideias centrais, pode contribuir para isso, se bem conduzida. E, no ensino superior e na pós-graduação, é importante ser seletivo no uso de recursos públicos, deixando de subsidiar as ilusões do diploma salvador, como se ele pudesse compensar as disfunções econômicas e institucionais que mantêm o País no atraso e os jovens sem poder fazer uso de seu potencial.

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Transmitir a Eucaristia online deveria ser proibido. Artigo de Thomas Reese

Transmitir a Eucaristia online deveria ser proibido. Artigo de Thomas Reese | Inovação Educacional | Scoop.it

Uma experiência em vídeo da Eucaristia pode ter valor se fizer as pessoas ansiarem pela coisa real, mas como uma alternativa para comparecer à igreja, é o equivalente eclesial de substituir um canal de culinária por um jantar com a família ou amigos.
É hora de a Igreja dizer aos padres para pararem de transmitir a Eucaristia.

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Senado pode ter palavra final na reforma do novo ensino médio

A reforma (Lei 13.415, de 2017) alterou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB — Lei 9.394, de 1996) e, entre outros pontos, determinou que disciplinas tradicionais passassem a ser agrupadas em áreas do conhecimento (linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas). Cada estudante também passou a montar a sua própria grade de disciplinas, escolhendo os chamados itinerários formativos, para se aprofundar em uma das áreas. Essa divisão por áreas do conhecimento, que havia sido mudada no projeto do Executivo, foi reincorporada ao texto na Câmara.
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