Robôs-mula capazes de carregar centenas de quilos e se equilibrar em terrenos acidentados. Vírus desenvolvidos em computador e sintetizados para curar o câncer. Próteses que transformam deficientes em ciborgues. Aplicativos para smartphones para consultas médicas a distância. A crença de que os grandes problemas do mundo serão resolvidos por meio da inovação. Tudo isso embalado pela imagem hype do Vale do Silício, onde o mix de espírito empreendedor e capital de risco inverte raciocínios: você tem de se preocupar com o que quer mesmo fazer na vida, não com um emprego.
Essa é uma síntese possível do rasante feito em São Paulo este mês pela Singularity University (SU), polo hi-tech criado em 2008 em instalações da Nasa na Califórnia. Especialistas com aura de visionários falaram num evento aberto no dia 15, no Colégio Dante Alighieri (como parte do ciclo Grandes Universidades, promovido pela Fundação Estudar com apoio do Estadão.edu), e, nos dois dias seguintes, para estudantes da Fiap, faculdade de Tecnologia da Informação que é parceira da SU no Brasil.