Cidade adota o modelo de “cluster criativo” para fomentar pequenas, médias e grandes empresas da economia criativa
A ideia central desse modelo é incentivar empresas de um mesmo setor econômico (de preferência, com atividades de inovação e criatividade) a se instalarem em um único bairro, em geral, fora do centro. Assim, além de transformar a região em referência em um determinado assunto, facilita a cooperação entre companhias e melhora a qualidade de vida de quem trabalha em um cluster (que pode morar perto de onde trabalha, já que as empresas de seu setor sempre estarão em um único lugar).
“Nosso objetivo é desenvolver um plano que consolide as atividades criativas, que hoje já respondem por 10% da economia de Buenos Aires, tornando tão importante quanto o turismo ou comércio”, diz Enrique Avogadro, diretor de Indústrias Criativas e Comércio Exterior de Buenos Aires e diretor do Centro Metropolitano de Design da cidade.
O processo de convencer as empresas pequenas, médias e grandes a instalar sua sede lado a lado de seus concorrentes, porém, não depende apenas de alguns impostos a menos no meio do caminho. A ideia é que a promoção dos clusters incentive investimentos nas companhias, na melhoria urbana do local e promova a troca de experiências e tecnologia entre as empresas. “Muito depende de as primeiras empresas chegarem a um bairro e começarem a conseguir resultados palpáveis. Quando isso acontece, outras enxergam a oportunidade e também vão para os clusters”, explica.