Tecnologia e Educação a Distância

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A Kroton está propondo a venda de todo os ativos de ensino a distância (EAD) da Estácio para conseguir aprovar a fusão com a companhia carioca no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A ideia é transferir o negócio de ensino a distância para o centro universitário da Estácio, localizado em Santa Catarina, que se tornaria uma nova companhia e que, por sua vez, poderia ser vendida, segundo o Valor apurou.
Ainda de acordo com fontes, o Ministério da Educação (MEC) já sinalizou que concorda com a transferência do EAD para o centro universitário de Santa Catarina. A primeira opção da Kroton era transferir para a faculdade de Niterói, no Rio, mas o MEC não aceitou porque essa unidade não é um centro universitário que tem autonomia para abrir novos cursos e campus. Até então, o maior empecilho nessa transação era separar o ensino a distância e o presencial da Estácio, que hoje estão sob a mesma mantenedora. O MEC não permite a venda de apenas uma parte de uma instituição de ensino, mas não se opôs à transferência.
Com o sinal verde do MEC, a Kroton encaminhou a proposta ao Cade, que deve dar uma resposta dentro de um mês. Caso a resposta da autarquia antitruste saia realmente dentro desse período, a fusão entre Kroton e Estácio pode ser concluída num prazo muito inferior ao estimado anteriormente que era de até 360 dias. Ainda de acordo com fontes, o objetivo de Rodrigo Galindo, presidente da Kroton, é não prolongar as negociações por muito tempo, como ocorreu na associação com a Anhanguera, que levou quase um ano e desvalorizou o ativo neste período. Além disso, desde o começo, o maior interesse de Galindo na fusão com a Estácio é o ensino presencial. Juntas, as companhias passam a ter quase 900 mil estudantes em cursos presenciais.
Na época da fusão com a Anhanguera, em 2014, a Kroton vendeu a Uniasselvi para atender a exigência do Cade. Neste caso, a equação do problema foi menos problemática porque a Uniasselvi é uma instituição de ensino a distância e não houve necessidade de segregar a instituição. Já na atual transação, a Estácio é dona da UniSEB que tem uma forte atuação em EAD, mas a venda só deste ativo não seria suficiente para equacionar os problemas concorrenciais. A UniSEB foi adquirida pela Estácio em 2013 por R$ 615 milhões. O novo dono dessa nova companhia criada com os ativos de ensino a distância poderá usar a marca UniSEB, que é bastante conhecida no mercado.
Segundo projeções do mercado, há uma concentração crítica em ensino a distância em 460 praças. Já no presencial, a concentração das companhias combinadas ultrapassa os 30% estabelecidos pelo Cade em cinco cidades, mas só em três delas a situação é severa: São José (SP), Niterói (RJ), Campo Grande (MS) e Macapá (AP).
Ao fim do terceiro trimestre, a Estácio tinha 161 mil matriculados em ensino a distância, o que representa cerca de 30% da base total. O tíquete médio das mensalidades dos cursos de EAD é R$ 189,9. Já a Kroton conta com mais de 500 mil alunos em ensino a distância, cerca de metade do total de matriculados.

By Natalie Abel - As an emerging and evolving field, it is essential to clearly define personalized learning to avoid confusion and frustration.

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